Divisão de Engenharia Curso: Engenharia de Minas Turma: A C/D 4º ANO Mineração Áceu Aberto
Divisão de Engenharia Curso: Engenharia de Minas Turma: A C/D 4º ANO Mineração Áceu Aberto
Divisão de Engenharia Curso: Engenharia de Minas Turma: A C/D 4º ANO Mineração Áceu Aberto
Discentes:
Docente:
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2. OBJECTIVOS
2.2. Específicos:
Conhecer os resíduos provenientes da actividade mineira;
Descrever os parâmetros para a construção de uma pilha de estéril;
Realçar as consequências geradas pela má gestão do Resíduos Sólidos no
Campo Mineiro.
2.3. Metodologia
A realização deste trabalho resultou de uma grande discussão do grupo onde houve
ideias diversas divergentes e convergentes foi ainda pelo resultado de participação de
todos os elementos do grupo afim de cada um dar o seu parecer sobre o mesmo, foi
ainda preciso o investimento no tempo e valores monetários para a impressão e
encadernação do presente trabalho, para o efeito foram obtidas certas informações
PDFs, disponíveis na internet.
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DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE MINERAÇÃO
Resíduos sólidos contendo sulfetos produzidos em instalações de mineração e
beneficiamento, quando dispostos de forma inadequada podem gerar drenagens ácidas
de mina. A prevenção, minimização e tratamento destas drenagens requer um sistema de
gestão que estabeleça critérios para escolha do local e forma de disposição.
Estes critérios são estabelecidos a partir da análise de factores tais como o tipo de
resíduo, suas características físicas, químicas e mineralógicas e seu potencial de geração
de ácidos além de aspectos específicos da área de disposição (clima, geologia, distância
em relação aos cursos de água, etc.) A análise destes factores condiciona a necessidade
da implantação de obras de engenharia para redução de percolado e estruturas de
retenção de contaminantes que visam a protecção dos recursos hídricos na área do
empreendimento (Ritcey, 1989).
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3.1.1. Estéreis
São materiais de cobertura, camadas intermediárias ou circundantes do mineral de
interesse, extraídos fisicamente através do uso de explosivos ou escavadeiras e muitas
vezes dispostos em pilhas sem estruturas de contenção. As pilhas deste resíduo são em
geral de granulométria bastante variada e na ausência de compactação, apresentam
elevada porosidade, o que facilita a penetração de oxigénio gasoso e águas pluviais em
seu interior. O estéril das operações de lavra de minérios sulfetados de ouro ou de
sulfetos polimetálicos dos quais se extrai este metal, caso contenha sulfetos e seja
submetido a condições de disposição inadequadas, pode ser potencialmente gerador de
DAM. ( Exemplo de operações de lavra de carvão mineral).
3.1. 2. Rejeito
São resíduos sólidos resultantes das operações de beneficiamento e metalurgia
extractiva. Uma vez que estas implicam em cominuição e classificação do minério, os
rejeito apresentam distribuição granulométria pouco dispersa e usualmente mais fina
que os estéreis. São frequentemente depositados em áreas confinadas (barragens ou
bacias) dotadas de estruturas de contenção. Os rejeito resultantes da operação de
lixiviação em instalações para o processamento de minérios auríferos sulfetados porém,
não são geradores de ácido. Este é o caso de minérios auríferos refractários onde o ouro
encontra-se frequentemente incluído em sulfetos e não disponível ao cianeto de sódio,
empregado industrialmente na lixiviação. Neste caso, o minério é submetido a uma
etapa de oxidação dos sulfetos, que torna o metal disponível. Os rejeito da cianetação,
sem a presença de sulfetos, não oferecem riscos de geração de DAM.
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(Couzens, 1985). Cada local e projecto de disposição de estéreis são únicos, e condições
específicas podem ditar um número significativo de investigações geotécnicas e
condicionantes de projecto. Geralmente, investigações específicas para disposição de
estéril não são realizadas durante a fase inicial de exploração da mina, mas informações
básicas colectadas na fase de exploração, como topografia, geologia, hidrologia, clima,
etc. Podem ser avaliadas e utilizadas na fase de planeamento (Eaton et al., 2005). A
fase de planeamento compõe-se de algumas etapas como a fase de exploração, fase de
préviabilidade, fase de viabilidade e projecto preliminar. A fase de exploração de uma
mina é a etapa em que as maiorias das informações são colectadas, e, geralmente para o
planeamento de uma pilha, são utilizados os dados obtidos nesta fase (Eaton et al.,
2005). Segundo Welsh (1985), a fase de pré-viabilidade compreende a etapa de
aquisição de informações específicas sobre os locais prováveis para disposição do
estéril procurando obter um reconhecimento preliminar das áreas pré-seleccionadas,
buscando dados referentes à geologia, à topografia, à vegetação, à hidrologia, ao clima e
possíveis informações arqueológicas, como também projectos relevantes ou publicações
(fotos aéreas, mapas geológicos, relatórios de estações climáticas). Além disso, são
também determinados os dados básicos sobre a disposição do estéril, como a
quantidade, o tipo do material, a origem e os métodos propostos para manejo e
disposição.
Do ponto de vista ambiental, duas questões devem ser consideradas. A primeira trata-se
de um estudo prévio das áreas disponíveis para disposição do estéril. É necessário
conhecer os locais pré-seleccionados e verificar se esses são destinados a parques
(nacional, estadual ou municipal), à reserva ecológica, se é um sítio arqueológico ou
histórico, se é nascente de alguma bacia hidrográfica. Esses locais devem ser
identificados, pois necessitam da liberação de órgãos competentes. A segunda refere-se
à descrição e classificação dos possíveis impactos ambientais, causados pela pilha de
estéril. O local escolhido deverá ser aquele onde os impactos ambientais sejam
preferencialmente mínimos. Preparar classificações preliminares das estruturas de
disposição de estéreis, utilizando, por exemplo, o sistema de classificação objecto dessa
pesquisa, é uma outra opção na fase de préviabilidade. O sistema de classificação é uma
ferramenta de planeamento, pois propicia realizar classificações preliminares dos
possíveis locais para disposição do estéril, tornando-se possível comparações entre
estes locais quanto ao potencial de instabilidade, e estabelecendo o nível de esforço de
investigação, projecto, construção e monitoramento necessários para cada local de
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acordo com a cada classe encontrada. A selecção de um local para construção de uma
pilha de estéril envolve algumas considerações de ordem económica, técnica e
ambiental. Esses factores devem ser primeiramente analisados em separado, para em
seguida serem avaliados em conjunto, a fim de se determinar um local, onde os
objectivos económicos e técnicos (por exemplo, a estabilidade) sejam maximizados e os
impactos ambientais minimizados. Por outro lado, esses factores são inter-relacionados,
a importância de um depende fundamentalmente do nível de estudo adoptado na
avaliação dos demais (Bohnet, 1985). As últimas etapas do planeamento são a fase de
viabilidade e o projecto preliminar. Na primeira são conduzidos estudos para o projecto
preliminar, além de tratar de questões específicas esboçadas no estágio anterior,
submetidas ao órgão ambiental. Nesta fase realizam-se investigações de campo para
obter uma melhor avaliação das condições do local e sua adequabilidade, além de se
determinar as características do material de fundação (resistência ao cisalhamento,
durabilidade, composição química) e de materiais que vão compor a pilha (Eaton et al.,
2005).
O projecto preliminar deve conter informações detalhadas como planos preliminares
para a disposição de estéril, avaliações das condicionantes ambientais, impactos
potenciais, estratégias de mitigação destes impactos e parâmetros de projecto para que
possa ser submetido a avaliação dos órgãos competentes. Finalizado, o projecto deve ser
encaminhado ao órgão ambiental para concessão da licença e caso algum problema seja
identificado, a licença não é concedida até que sejam realizados os estudos necessários
para a complementação do mesmo e passar a etapa subsequente.
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É necessário conhecer se determinado local é designado a parques (nacional ou
municipal), reserva ecológica, se é um sítio arqueológico ou histórico, se é nascente de
alguma bacia hidrográfica etc.
b) Levantamento e classificação dos possíveis impactos ambientais.
O local a ser escolhido deverá ser aquele onde os impactos ambientais sejam mínimos.
c) Investigações preliminares das áreas:
Avaliação superficial do local;
Colecta de dados disponíveis da área.
d) Estudos Geotécnicos
Mapas topográficos;
Fotografias aéreas;
Clima (registos de temperatura, precipitação, vento, radiação solar e
evaporação);
Rede hidrográfica;
Geologia regional e mapas geológicos;
Hidrogeologia;
Sísmica;
Estabilidade, etc.
Concluídos os estudos geotécnicos preliminares e definido o local; Faz-se a
investigações geotécnicas detalhadas. O principal objectivo desta investigação
geotécnica detalhada e para ter se em conta as informação relativo a:
Estratigrafia do local: incluindo profundidade, espessura, continuidade e
composição de cada estrato;
Geologia local: história de deposição erosão, glaciação, estruturas de colapsos,
cavernas, movimentos tectónicos e falhas, planos de cisalhamento etc.
Hidrogeologia do local, determinação da espessura dos sedimentos não
consolidados, determinação de sistemas de fluxo de água subterrânea local e
regional, pressão piezometria nos aquíferos;
Propriedades geotécnicas do solo, humidade, granulométria, testes de
consolidação, compressão triaxial e ou testes de cisalhamento, testes de
permeabilidade, etc.
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3.3. CONSTRUÇÃO DA PILHA DE ESTÉRIL
Pilhas de estéril: disposição de forma controlada e planeada do material obedecendo a
factores de ordem económica, técnica, ambiental e social, em locais previamente
determinados. Finalizada a etapa de elaboração do projecto, passa-se à fase de
construção. De um modo geral, a formação ordenada de uma pilha de estéril deve
compreender os seguintes pontos básicos:
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Figura 2: Dreno de fundo (Freitas, 2004)
Em qualquer caso, os benefícios e o desempenho dos drenos devem ser avaliados
sempre que possível e acompanhados no tempo por meio de monitoramento. A
formação de um aterro para adensar o solo de fundação é uma alternativa à remoção e à
drenagem de solos fracos e saturados. Esses pré-carregamentos consistem, tipicamente,
de aterros de 10 a 15 m (Eaton et al., 2005).
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difícil manutenção. Os drenos de fundo de enrocamento são geralmente aceitáveis, no
caso de fluxo de até 20 m3/s (Eaton et al., 2005).
Figura 3:Construção de uma pilha pelo método ascendente por camada (Freitas, 2004).
A construção descendente, como mostra a Figura 2.3, não é recomendada porque a
camada posterior é suportada no pé do talude anterior. Neste caso, as condições de
fundação e os taludes do terreno natural na região do pé da pilha frequentemente são
quem controlam a estabilidade.
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Figura 4: Construção de uma pilha pelo método descendente (Freitas, 2004).
A construção ascendente permite que sejam deixados terraços ou bermas. Resultam
quando em alteamentos sucessivos a disposição não se estende até a crista da plataforma
anterior, deixando assim uma berma. Essas podem ser deixadas em todas as plataformas
ou em algumas seleccionadas, como mostra a Figura 5 a). A construção descendente
pode ser melhorada com o uso de “wrap-arounds”. Essa alternativa de projecto consiste
em executar a expansão do aterro inicial com outro aterro descendente em elevação
mais baixa (equivalente a um banco) servindo como contraforte do aterro anterior. A
Figura 5 b) mostra a evolução desse tipo de construção. Evidentemente que esse tipo de
alternativa melhora e muito a estabilidade da pilha construída com o método
descendente. As plataformas ou bermas ficam localizadas a intervalos de 20 a 40 m e
podem ter caimento para baixo (Eaton et al 2005.)
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Figura n˚5: Construção de pilha por terraceamento e wrap-arounds (modificado de BC
Mine Waste Rock Pile Research Committee, 1991)
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volume e a inclinação geral do talude. Em relação à inclinação do terreno de fundação e
o grau de confinamento, a situação mais favorável é a formação côncava dos taludes em
vale fechado (confinamento 3D); já a menos favorável seria uma formação convexa dos
taludes de fundação como no caso de aterros de crista. As condições de fundação são
factores-chave na estabilidade geral da pilha, e a causa mais comum de ruptura. Nesse
sentido, classificam-se as fundações em competente (fundação igual ou mais resistente
que o aterro), intermediária (resistência entre competente e fraca) e fraca (capacidade de
suporte limitada). Características do material do aterro, como textura, resistência ao
cisalhamento e durabilidade são também muito importantes em relação à estabilidade da
pilha. Os materiais mais favoráveis são aqueles constituídos por materiais grosseiros, de
rocha dura e durável, com pouco ou nenhum fino. Os menos favoráveis são materiais
de capeamento ou rocha muito intemperizada com grande percentagem de finos. O
método construtivo contribui também para a estabilidade, sendo o mais favorável o
método ascendente (empilhamento ascendente) em formas de bermas, e o pior, o
método descendente em talude único (bota-fora). A construção em que se dá preferência
para a expansão da pilha na direcção das curvas de nível (para o lado, na direcção do
vale) favorece mais a estabilidade do que perpendicular a elas (para baixo). As
condições piezométricas e climáticas são outros factores importantes para estabilidade,
sabendo-se que a água pode entrar no aterro, seja por infiltração directa, água
superficial, ou como percolação subterrânea. Uma situação de desenvolvimento de
freática dentro do aterro, por exemplo, será sempre uma condição adversa. Altas taxas
de subida do aterro podem resultar em geração de excesso de poro pressões,
contribuindo para a instabilidade, além de dificultar o adensamento do material. A
sismicidade natural, causada por abalo sísmico no Brasil geralmente é baixa, mas as
vibrações causadas por desmonte de rocha pode ser um factor a ser considerado.
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acesso ou como plataformas para vegetação. Tais terraços são também valiosos no
controle da erosão e fluxos de água.
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Adopção de medidas estabilizadoras para impedir a continuidade dos fenómenos
de instabilidade.
Permitir a retomada segura do lançamento do estéril;
Limpeza e recuperação do meio ambiente As características de resistência do
depósito são condicionadas por factores tais como:
Tipo e qualidade do material lançado;
Método de construção e equipamentos utilizados;
Resistência dos materiais à degradação por agentes químicos e atmosféricos;
Selagem de porções externas decorrentes de acções intempéricas;
Nível da água;
Teor de humidade.
3.3.7. Conclusão:
O projecto de construção de pilha de estéril compreende os seguintes pontos
básicos:
Levantamento topográfico;
Investigações (Sondagem, Trincheira, Poços)
Desmatamento;
Aberturas de acessos;
Retirada da camada de solo orgânico;
Drenagem da base;
Disposição do estéril;
Drenagem Superficial;
Acabamento das frentes;
Protecção das frentes com vegetação;
Monitoramento da pilha;
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do vento. Permite também definir as condições de uso dos resíduos em estruturas de
contenção e, através de ensaios específicos, prever a permeabilidade das pilhas de
resíduos às águas pluviais e aos contaminantes dissolvidos, o que é de particular
importância para o desenvolvimento de projectos envolvendo a prevenção e controle da
DAM. As principais características dos resíduos e propriedades físicas associadas,
(Hutchinson; Ellison, 1992) são apresentadas na Tabela 1. A caracterização química de
um resíduo é realizada através da determinação das concentrações analíticas de seus
constituintes.
Características Propriedades físicas associadas
Empilhamento/armazenamento Resistência ao cisalhamento;
Condutibilidade hidráulica (que determina a
habilidade de um dado material drenar líquidos em
função da sua distribuição granulométria).
Resistência á erosão pela Distribuição granulométria;
acção da agua e do vento Coesão.
Capacidade de infiltração Condutibilidade hidráulica;
Inclinação da pilha de talude de resíduos;
Capacidade de suporte ao crescimento da
vegetação.
Quantidade de líquido drenado Teor de humidade inicial;
Retenção específica - função da distribuição
granulométria.
Aproveitamento para Durabilidade;
construção de aterros Resistência ao cisalhamnto;
Condutibilidade hidráulica;
Compatibilidade química com fluidos a serem
retidos (estabilizados).
Aproveitamento para a Condutibilidade hidráulica;
construção de revestimentos Compatibilidade química com fluidos a serem
(“liners”), prevenção e estabilizados.
controle da DAM
Tabela 1: Principais características dos resíduos e propriedades físicas associadas.
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5.1. Aspectos específicos da área de deposição.
As condições naturais predominantes na região onde se localiza o depósito, tais como as
formações geológicas subjacentes, clima e proximidade de corpos hídricos são também
relevantes para a gestão da disposição dos resíduos, no que diz respeito à geração de
DAM.
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aquático receptor (corpos hídricos superficiais e subterrâneos) é importante nas
próximas à área de disposição, por exemplo, são mais facilmente alcançadas pelos
efluentes, estando portanto mais expostas à contaminação. Da mesma forma águas
subterrâneas que encontram-se a pequena profundidade (inferior a 3 metros) são mais
sujeitas a contaminação, que pode ser evitada com a aplicação de estruturas de retenção
de percolados. Como prática geral é conveniente que em projectos de gestão de resíduos
geradores de DAM, as áreas de disposição sejam localizadas distantes de corpos
hídricos, reduzindo-se assim a probabilidade de que os efluentes venham a alcançá-los.
Além disso, estes projectos devem prever o monitoramento sistemático das águas
superficiais e subterrâneas vulneráveis à contaminação através da avaliação de
parâmetros relativos à sua qualidade e disponibilidade.
De maneira geral, a fim de identificar os efeitos da instalação de um empreendimento
mineral sobre a qualidade das águas da região onde ele se encontra, é recomendável a
execução de um programa de monitoramento que anteceda a implantação. Um
programa prévio de monitoramento envolvendo a colecta das informações listadas a
seguir, entre outras, permite a avaliação da extensão dos efeitos adversos da DAM sobre
os recursos hídricos locais e a proposta de medidas preventivas ou correctivas ainda na
fase de projecto.
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As propriedades físicas dos resíduos são tais que permitem a infiltração de água
e oxigénio em quantidade suficiente para promover a ocorrência de reacções
químicas e biológicas;
O clima é húmido o bastante para que a água da chuva se infiltre e percole
através do resíduo e/ou o resíduo esteja localizado em uma área exposta às águas
que o atravessam, transportando a drenagem ácida ao meio ambiente.
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naturais para disposição subaquática não é recomendável, uma vez que além de
acarretar assoreamento, pode aumentar a acidez das águas de cobertura comprometendo
o ecossistema lacustre. O aumento de acidez ocorre como consequência das reacções de
oxidação dos resíduos de disposição recente sob água. Estas reacções podem continuar
ocorrendo por um algum tempo, antes que finalmente cessem por deficiência de
oxigénio. O uso de cavas e antigas bacias de rejeito reduz o investimento necessário
para a disposição subaquática segura dos resíduos, uma vez que podem ser aproveitadas
as estruturas de contenção construídas anteriormente para retenção de sólidos e água.
Considerando que receberão nova destinação, tais estruturas necessitam de avaliação
prévia quanto à capacidade de reter água e contaminantes a curto e longos prazos.
Quando a disposição subaquática exige a construção por outro lado, pode tornar-se
economicamente inviável.
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camada de material permeável, em geral arenoso, formando uma barreira capilar que
auxilia na retenção de água no interior da camada argilosa, reduzindo as perdas por
evaporação. (Figura 3). A manutenção do grau de saturação da camada argilosa garante
a eficiência desse sistema de cobertura como barreira à difusão do oxigénio (Yanful,
1993; Yanful et al., 1993 e Nicholson et al., 1989). Segundo Schackelford; Nelson,
1996, o efeito de barreira capilar resulta da ocorrência de fluxo não saturado através de
uma camada de solo de granulométria fina sobrejacente a uma camada de solo de
granulométria mais grosseira (por exemplo argila sobre areia, areia sobre pedregulho,
etc.). O funcionamento de uma barreira capilar baseia-se nas propriedades hidráulicas
de meios porosos não saturados e na capacidade de armazenamento de água do material
utilizado na cobertura (Fredlund; Rahardjo, 1993).
Conforme discutido anteriormente, as condições climáticas predominantes na região
onde se localiza a área de disposição devem ser levadas em conta para efeito do projecto
das estruturas de retenção de contaminantes. Este cuidado deve ser estendido também
aos projectos da cobertura húmida ou seca. É importante ter em mente que um projecto
de cobertura, desenvolvido para uma determinada área não pode ser transposto com
sucesso para outro local de condições climáticas diferentes.
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de prevenção e controle da geração de DAM envolve, em geral, o uso de coberturas,
sistemas de drenagem (canais, diques, poços, etc.) e uma unidade de tratamento de
efluentes. Por outro lado, há casos em que os problemas causados pela DAM podem ser
resolvidos satisfatoriamente com soluções simples, sem a aplicação de coberturas e
envolvendo apenas a colecta e tratamento dos efluentes ácidos. É recomendável que, ao
se escolher uma estratégia para mitigação da DAM, sejam comparados os custos e
eficiência das alternativas envolvendo soluções com e sem o uso de coberturas.
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oxidação e os metais são precipitados na forma de hidróxidos. São recomendadas
quando o pH do efluente a ser tratado é fracamente ácido;
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9. CONCLUSÃO
Este trabalho abordou gestão de depósito de estéril e manuseio de resíduos minerais no
campo de mina conclui-se que os Resíduos sólidos gerados das operações de lavra e
processamento mineral podem ser classificados preliminarmente em estéreis e rejeito.
Para tal é necessário acomodar estes resíduos sólidos gerados no processo de lavra de
forma racional isto é obedecendo os parâmetros Económico, Técnico, Ambiental e
Social. Para a construção da pilha de Estéril e barragens de rejeito é necessário
desenvolver estudos ou pesquisa sobre o terreno com esta pesquisa permite-se conhecer
a verdadeira grandeza do local a ser construído a pilha de Estéril ou barragens de rejeito.
Estes resíduos sólidos podem causar drenagem ácida mineira caso haja uma má gestão
dos mesmos
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