LIVRO - UNICO Hist. Da Arte
LIVRO - UNICO Hist. Da Arte
LIVRO - UNICO Hist. Da Arte
e do Design
U1 - Título da unidade 1
História da Arte
e do Design
Franceli Guaraldo
© 2018 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
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Editorial
Camila Cardoso Rotella (Diretora)
Lidiane Cristina Vivaldini Olo (Gerente)
Elmir Carvalho da Silva (Coordenador)
Letícia Bento Pieroni (Coordenadora)
Renata Jéssica Galdino (Coordenadora)
Guaraldo, Franceli
G914h História da arte e do design / Franceli Guaraldo.
– Londrina : Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018.
328 p.
ISBN 978-85-522-1134-1
CDD 700.9
Thamiris Mantovani CRB-8/9491
2018
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: [email protected]
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário
Arte na Pré-história,
Antiguidade e Idade
Média
Convite ao estudo
Diálogo aberto
Você vai realizar um workshop em seu antiquário para mostrar
a importância da Arte e do Design como manifestações da cultura
material da nossa civilização. Este é o momento oportuno para refletir
sobre como a pintura, a escultura e a arquitetura, além do mobiliário
e outros objetos podem colaborar para o desenvolvimento de uma
determinada sociedade. Como você abordaria isso neste workshop?
Como abranger os temas principais e suas correspondências de
forma que todos entendam?
Reflita
De acordo com o filósofo italiano Luigi Pareyson, existem três definições
conhecidas a respeito da arte ao longo de sua história que consistem
em considerá-la ora como um fazer, ora como um conhecimento, ora
como um exprimir. Essas três definições podem se contrapor e/ou se
excluir umas às outras, ou serem combinadas de diversas maneiras.
Reflita sobre as três definições formuladas por Pareyson e como elas
podem estar presentes em imagens e/ou objetos artísticos selecionados
por você, procurando identificar características associadas a cada uma
dessas três definições de arte.
Exemplificando
Walter Benjamin, crítico cultural, filósofo e sociólogo alemão, possui
uma importante contribuição para a Teoria e Crítica de Arte em seu
ensaio, intitulado A obra de arte na época de sua reprodutibilidade
técnica. Nesse ensaio, é essencial o conceito de aura, formulado por
Benjamin, para relacionar os elementos que caracterizam uma obra de
arte original.
A obra de arte tradicional (pintura, escultura) era uma obra única.
Mesmo que fosse copiada por outros, nenhuma cópia manteria a
autoridade do original. Ela era feita e mantinha a sua existência num
Pesquise mais
A produção artística sempre esteve profundamente integrada à cultura
ao longo do desenvolvimento da sociedade humana. Você pode
melhorar e/ou aprofundar a sua compreensão sobre o assunto através
do texto Arte: Conceito, Origem e Função” de Irama Sonary de Oliveira
Ferreira e Lívia Freire de Oliveira.
Assimile
• A arte é uma das primeiras manifestações da humanidade,
considerada um modo de organização da experiência vivida
no mundo, através do sentimento e da imaginação, ou seja, da
expressão de ideias e sensações.
• A própria definição de arte é uma construção cultural e seu
significado tem variado ao longo da história da humanidade. De
acordo com Pareyson (2001), existem três definições conhecidas
a respeito da arte que podem se contrapor e/ou se excluir umas às
outras, ou serem combinadas de diversas maneiras.
• Na Antiguidade, prevaleceu a concepção da “arte como um
fazer”, ou seja, o aspecto executivo, fabril, manual era acentuado,
havendo pouca distinção entre a arte propriamente dita e o ofício
ou técnica do artesão.
• O Romantismo no século XIX valorizou a criatividade, a intuição,
a liberdade e a visão individual do artista, fazendo prevalecer a
concepção da “arte como um exprimir”.
2.
3.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
Legenda: Figura 1.1 pigmento soprado. Cabrerets, França.; Figura 1.2 pigmento
aplicado provavelmente com pincéis e bastonetes, região de Dordogne, França.;
Figura 1.3 pigmento aplicado provavelmente com pincéis e bastonetes, Altamira,
Espanha.; Figura 1.4 escultura em calcário colorido com ocre vermelho, 11,1 cm,
Museu de História Natural, Viena (Áustria).
Fonte: Figura 1.1 <https://goo.gl/SZFjNS>.; Figura 1.2 <https://goo.gl/kvukdi>.; Figura 1.3 <https://goo.gl/
xCjjo1>.; Figura 1.4 <https://goo.gl/Y31fCe>. Acesso em: 7 maio 2018.
Assimile
Na “Idade dos Metais”, de 6 mil anos até o desenvolvimento da escrita, o
homem já dominava a produção do fogo e a técnica da forma de barro
(ou a técnica da cera perdida), que propiciam esculturas em metal, ricas
em detalhes, com representações de guerreiros e de mulheres que
servem de testemunho da cultura do período em questão.
Legenda: Figura 1.6: dedicada à deusa acádia Ishtar, a porta foi construída em
fileiras de azulejos azuis brilhantes mesclados com faixas de baixo-relevo ilustrando
dragões e auroques. Museu Pergamon, Berlim (Alemanha).; Figura 1.7: gesso,
calcário e alabastro com olhos de concha. Museu Metropolitan de Nova Iorque;
Museu do Iraque; Instituto Oriental; Universidade de Chicago.; Figura 1.8: basalto.
Museu do Louvre, Paris (França).
Fonte: Figura 1.5 <https://goo.gl/kiqq1p>. Acesso em: 7 maio 2018.; Figura 1.6 <https://goo.gl/HQnGk2>. Figura
1.7 <https://goo.gl/sxEq76>. Acesso em: 7 maio 2008. Figura 1.8 Meggs; Purvis (2009, p. 23).
Legenda: tratam-se das três pirâmides dos faraós mais conhecidos do Egito:
Quéops, Quéfren e Miquerinos, e a esfinge que guarda estes três túmulos.
Fonte: iStock.
Fonte: Figura 1.12: <https://goo.gl/HYF3hn>. Figura 1.13: iStock. Figura 1.14. Santos (2017, p. 23).
Reflita
A cultura grega teve uma produção artística ligada a uma visão
racionalista, e a arte estava engajada na construção e transformação
da sociedade. Na arquitetura, destacam-se os templos, com o uso da
planta simétrica, construídos a partir de três ordens clássicas. Assim,
a organização social influenciou diretamente a produção cultural e
artística na Grécia e vice-versa. Será que isso também acontece nos
dias de hoje?
Legenda: Figura 1.19: cerâmica com pintura decorativa no estilo ‘figuras negras’.
Museu do Vaticano (Vaticano).; Figura 1.20: cerâmica com pintura decorativa no
estilo ‘figuras vermelhas’. Munique (Alemanha).
Fonte: Figura 1.19: <https://goo.gl/92DkQM>.; Figura 1.20: <https://goo.gl/aLh8dV>. Acesso em: 8 maio 2018.
Fonte: Figura 1.21. <https://goo.gl/vLTv5U>.; Figura 1.22: <https://goo.gl/L4w44h>.; Figura 1.23: <https://goo.gl/
Ty1sNz>. Acesso em: 8 maio 2018.
Pesquise mais
Exemplificando
Marcus Vitruvius Pollio foi um arquiteto romano do primeiro século
d.C. que estudou as proporções anatômicas e arquitetônicas, deixando
como legado a obra De Architectura, em 10 volumes, o único tratado
do período greco-romano que chegou aos nossos dias. Em seu estudo
sobre os padrões de proporções e sua aplicabilidade à arquitetura e
a produção de artefatos, Vitruvius formulou os princípios conceituais
que serviram de base para criação da Arte e Arquitetura Clássica: utilitas
(utilidade), venustas (beleza) e firmitas (solidez). Posteriormente, tais
princípios lançaram os fundamentos para a arte e a arquitetura do
Renascimento.
a) Arte da Pré-história.
b) Arte infantil.
c) Arte Pós-moderna.
d) Arte do grafite.
e) Arte expressionista.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Diálogo aberto
Nas seções anteriores, estudamos as manifestações artísticas
da Pré-história até à Antiguidade, considerando as culturas:
mesopotâmica, egípcia, grega e romana, dentre outras.
Dando continuidade aos estudos, essa seção apresenta a
trajetória da Arte ao longo do período que denominamos de Idade
Média, um período de grandes transformações, e por isso, o foco
dos estudos serão as diversas manifestações artísticas relacionadas
à arte paleocristã e bizantina, à arte islâmica, à arte da alta Idade
Média, à arte românica, e à arte gótica.
Você é proprietário de um antiquário em sua cidade e trabalha
com Arte Antiga e Idade Média, além de mobiliário nos mesmos
estilos, e foi convidado a participar de uma feira importante intitulada
“Arte, Design e Arquitetura na Idade Média”. Você precisa selecionar
imagens e artefatos diversos para apresentar no seu estande. Que
critérios você pode utilizar em relação à seleção dos períodos e
culturas para a escolha de artefatos e imagens para exposição?
Que imagens e peças são relevantes e devem ser apresentadas no
estande considerando o tema da feira?
Bons estudos!
Pesquise mais
A religiosidade desempenhou um importante papel no desenvolvimento
das manifestações artísticas relacionadas à arte paleocristã na cultura
ocidental. Você pode aprofundar sua compreensão sobre isso através da
leitura do texto Arte Paleocristã: espelho da visão de mundo dos primeiros
cristãos, de Rosa Maria Blanca Cedilho e Ana Paula Bernardo de Sousa.
CEDILHO, Rosa M. B.; SOUSA, Ana P. Bernardo. A Arte Paleocristã: espelho
da visão de mundo dos primeiros cristãos. Dialnet. Disponível em: <https://
dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5180470>. Acesso em: 14 abr.
2018.
Fonte: iStock.
Figura 1.27 | Mosaico bizantino no interior da basílica de Santa Sofia, com a imagem
do Cristo Pantocrator, do século XII d.C.
Legenda: Cristo Pantocrator (Cristo todo poderoso) deve ser representado com a
mão direita levantada.
Fonte: <https://goo.gl/SucE6r>. Acesso em: 11 maio 2018.
Fonte: iStock.
Fonte: iStock.
Figura 1.31 | Escola da Corte de Carlos Magno (escola Ada) Evangelho de Lindau:
frontispício. 870 d. C. 35 cm x 27,5 cm. Morgan Pierpont Library, Nova York (EUA)
Assimile
Na Alta Idade Média, destacam-se nesse período as manifestações
artísticas carolíngias, que integraram elementos da Antiguidade com
características do norte da Europa, relacionadas à forte herança
céltico-germânica. As manifestações artísticas do período otoniano são
consideradas como antecessoras formalmente do estilo “românico” na
Europa Ocidental.
Fonte: iStock
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Exemplificando
Objetos utilitários no período gótico, destinados ao culto, tais como
cálices, relicários, cruzes, tabernáculos e outros, que pertenciam às
igrejas abastadas, eram produzidos com metais e pedras preciosas,
marfim e madeira com alto grau de acabamento artesanal e riqueza
de detalhes, através do uso de várias técnicas combinadas, como a
ourivesaria, a pintura, a escultura e mesmo a arquitetura. E o esmalte de
Limoges, um esmalte vítreo produzido em Limoges, na França, foi uma
das técnicas mais usadas em relicários e cruzes.
Reflita
a) Arquitetura gótica.
b) Arquitetura românica.
c) Arquitetura bizantina.
d) Arquitetura islâmica.
e) Arquitetura paleocristã.
a) Apenas I e II.
b) Apenas II e III.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
Arte e design: do
Renascimento ao
século XIX
Convite ao estudo
Na primeira unidade de estudos desta disciplina, você teve
contato com alguns dos principais conceitos de arte, estética
e design, a partir dos quais começou a conhecer a arte e o
design ao longo da história, bem como aprendeu sobre as
manifestações artísticas na Pré-História, na Antiguidade e na
Idade Média. Agora, você vai conhecer a trajetória da arte e
do design no período que sucede a Idade Média, ou seja, do
Renascimento até o Século XIX; abordaremos nesta primeira
seção os movimentos artísticos relacionados ao Renascimento,
ao Barroco e ao Rococó. Você terá oportunidade de estudar
também outros movimentos artísticos importantes para o
desenvolvimento da arte e do design na cultura ocidental,
tais como o Neoclassicismo, o Romantismo, o Realismo,
o Impressionismo, o Pós-Impressionismo e o Art Noveau,
situando também o desenvolvimento da Fotografia e do
Design no contexto da urbanização e da organização industrial
dos séculos XVIII e XIX; conhecer as definições, evoluções
e contextualizações da arte, do design e da arquitetura,
considerando as características dos diversos movimentos
artísticos ao longo do desenvolvimento da cultura ocidental,
que abrangem desde o Renascimento até o final do século
XIX, fundamentais para a formação de seu repertório e para a
sua formação profissional em design de interiores.
Bons estudos!
Seção 2.1
Renascimento, Barroco e Rococó
Diálogo aberto
Nesta seção você irá estudar a trajetória da Arte e do Design
após a Idade Média e conhecer as principais manifestações artísticas
relacionadas ao Pré-Renascimento, Renascimento, Barroco e
Rococó, que estabelecem as bases para o desenvolvimento da cultura
ocidental no período que se estende do século XIV até o século XVIII.
Os conhecimentos abordados nesta seção são muito importantes
para a formação de seu repertório dentro da formação profissional
escolhida, sendo aplicáveis e aplicados a muitos contextos,
pesquisas e problematizações que são o ponto de partida para o
desenvolvimento de projetos e outras atividades profissionais na
área de design de interiores.
Você vai participar do desenvolvimento do projeto de uma
mostra sobre “Arte, Design e Arquitetura no Barroco” e precisa
elaborar e selecionar um conjunto de imagens fotográficas que
estabeleçam comparação e “diálogos” entre interiores, objetos
e imagens do Barroco na Europa. Descreva que critérios você
utilizaria para fazer uma seleção de interiores, objetos e imagens
das manifestações do Barroco considerando suas manifestações
nos diversos países europeus.
Figura 2.1 | Filippo Brunelleschi. Fachada da Duomo Santa Maria del Fiore, 1434.
Florença, Itália
Figura 2.2 | Vista lateral do Duomo com a cúpula e a torre do sinoFlorença, Itália
Exemplificando
A perspectiva por linhas paralelas (Figura 2.4) é a representação gráfica
mais comum entre as representações tridimensionais. As vistas de
linhas paralelas exprimem a natureza tridimensional de um objeto ou
da relação espacial em uma única imagem.
Figura 2.7 | Donatello. David, c.1430-32. Bronze. Altura 158cm. Museo Nazionale del
Bargello. Florença, Itália
Figura 2.8 | Michelangelo Buonarroti. Pietà. c.1498. Mármore. Altura 174 cm. Basílica
de São Pedro, Vaticano
Figura 2.10 | Masaccio. A Santíssima Trindade com a Virgem, São João e doadores, c.
1425-28. Afresco, 667x317 cm. Igreja Santa Maria Novella. Florença, Itália
Figura 2.12 | Rafael. O Casamento da Virgem. 1504. óleo sobre painel. Pinacoteca di
Brera. Milão, Itália
Reflita
A geometria e os conceitos de proporção, equilíbrio, simetria e ritmo
formulados por teóricos e artistas do Renascimento estão presentes
em nosso dia a dia, nos objetos e nas imagens que consumimos e
criamos. Tomando como base a compreensão desses conceitos aqui
estudados, reflita sobre eles, identificando sua existência em imagens e
objetos artísticos contemporâneos do seu cotidiano.
Figura 2.14 | Gian Lorenzo Bernini. O Êxtase de Santa Teresa, 1645-52. Mármore,
tamanho natural. Capela Cornaro, Igreja Santa Maria della Vittoria, Roma, Itália
Figura 2.17 | Diego Velázquez. As Meninas, 1655. Óleo sobre tela. 318x278cm. Museu
do Prado. Madri, Espanha
Figura 2.18 | Rembrandt van Rijn. Ronda Noturna, 1642. Óleo sobre tela, 359x438cm.
Rijksmuseum, Amsterdã
Assimile
No Barroco, a interpretação de temas idênticos, relacionados à
Antiguidade Clássica, possui uma expressão diferente, que busca
influenciar os estados emocionais do observador e persuadi-lo de
forma teatral. Dessa forma, o Barroco é caracterizado pela imponência,
possui grande riqueza formal, tensão e movimento, fortes contrastes,
grande dramaticidade, exuberância e realismo com uma tendência
ao decorativo, além de manifestarem uma tensão entre o gosto pela
materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual.
1. Texto-base:
O ______________foi um movimento cultural, científico e artístico, que
ocorreu ______________, inicialmente na ______________, e se caracterizou
pelo______________, ou seja, centrada ______________, colocando o ser
humano______________.
3.
Figura 2.21 | Tintoretto. A Última Ceia, 1591-94. Óleo sobre tela. 365x568cm. Igreja
San Giorgio Maggiore. Veneza, Itália
Figura 2.24 | Jacques-Louis David. O Juramento dos Horácios, 1784. Óleo sobre
tela, 3,30x 4,25 m. Louvre, Paris
Figura 2.25 | Benjamin West. A Morte do General Wolfe, 1770. Óleo sobre tela.
151x2,13 m. Galeria Nacional do Canadá, Ottawa
Assimile
O século XVIII foi o período áureo das academias – filosóficas, científicas
e literárias – que disseminaram uma cultura laica, enciclopédica,
universal e relacionada à revolução política, sendo um momento em
que a arte se destacou pelo seu papel social e as instituições artísticas
passaram a receber o apoio crescente do Estado.
Figura 2.27 | Sir Charles Barry e A.W. N. Welby Pugin. Parlamento, Londres, Inglaterra.
A construção foi iniciada em 1836
Fonte: iStock.
Fonte:<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ch%C3%A2teau_de_Malmaison_-_Appartement_de_
Jos%C3%A9phine_001.jpg>. Acesso em: 15 jun. 2018.
Figura 2.30 | Eugène Delacroix. A Liberdade guiando o povo, 1830. Óleo sobre tela.
2,12x 1,44 m. Louvre, Paris
Figura 2.33 | J. M. W. Turner. O incêndio no Parlamento, 1835. Óleo sobre tela, 92,7
cm × 123 cm. Cleveland Museum of Art, Cleveland, Estados Unidos.
Figura 2.35 | Edouard Manet. Almoço na Relva. 1863. Óleo sobre tela, 2,13x2,69 m.
Museu d’Orsay
Reflita
Na última grande obra prima realista de Manet, intitulada “Um
Bar no Folie-Bergère” (1881-1882), há um novo colorido, grandes
referências e significados ocultos, que são características ou
qualidades geralmente ausentes em pinturas do Realismo ou do
Impressionismo. A maior parte da cena está contida no espelho,
uma superfície lisa como uma tela, que apresenta uma ilusão. Reflita
sobre a imagem dessa pintura, comparando o que pode ser visto no
espelho e fora dele, descrevendo os possíveis significados existentes
na pintura. Para vê-la, acesse o link: <https://upload.wikimedia.org/
wikipedia/commons/0/0d/Edouard_Manet%2C_A_Bar_at_the_
Folies-Berg%C3%A8re.jpg>. Acesso em: 15 jun. 2018.
Figura 2.37 | Claude Monet. Impressão: Nascer do Sol, 1872. Óleo sobre tela.
48×63cm. Musée Marmottan Monet. Paris
Figura 2.39 | Claude Monet. Nenúfares e ponte japonesa. 1899. Óleo sobre tela.
89,7x 90,5cm. Princeton University Art Museum. Princeton, New Jersey, EUA
Figura 2.40 | Alfred Sisley. Vista do Canal de Saint-Martin, 1870. Óleo sobre tela,
50×65 cm. Museu d'Orsay, Paris
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pissarro,_Camille_-_Boulevard_Monmartre_in_Paris.jpg>.
Acesso em: 15 maio 2018.
Figura 2.42 | Pierre-Auguste Renoir, Baile no Moulin de la Galette, 1876. Óleo sobre
tela, 175x131 cm. Museu d'Orsay, Paris, França
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pierre-Auguste_Renoir,_Le_Moulin_de_la_Galette.jpg>.
Acesso em: 15 maio 2018.
Figura 2.44 | Paul Cézanne. Natureza morta com cebolas, c. 1895-1900. Óleo sobre
tela, 63x78 cm. Museu d'Orsay, Paris, França
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:A_Sunday_on_La_Grande_Jatte,_Georges_Seurat,_1884.
jpg>. Acesso em: 15 jun. 2018.
Figura 2.46 | Vincent Van Gogh. Paisagem com Ciprestes, perto de Arles. 1889. Óleo
sobre tela, 0,72x0,91 m. National Gallery, Londres, Inglaterra
Figura 2.49 | Edvard Munch. O Grito. 1893. Óleo sobre tela. 0,91x0,73 m. Museu
Nacional, Oslo, Noruega.
a) Realismo.
b) Impressionismo.
c) Neoclassicismo.
d) Romantismo.
e) Pós-Impressionismo.
a) Apenas I.
b) Apenas II e III.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
Figura 2.53 | John Wedgwood. Vaso “Portland” cerâmica “Jasper”. 1790. Jasper
Azul-preto, com relevos aplicados e acabados a mão. 25,4 cm (altura) x 18,73 cm
(largura). British Museum, Londres, Inglaterra
Figura 2.54 | Cadeira nº 14, 1859. Madeira de faia curvada. Firma: Irmãos Thonet
Figura 2.56 | Singer Corporation. Máquina de costura Singer modelo 12K com
decoração dourada, 1878
Figura 2.57 | Joseph Paxton. Palácio de Cristal. 1851. Ferro, vidro. Hyde Park,
Londres, Inglaterra
Figura 2.59 | Pôster para a Exposição Mundial em Paris 1889, com a torre Eiffel, de
Gustav Eiffel. Paris, França, 1889
Figura 2.61 | Papel de parede de alcachofra, de John Henry Deale para William
Morris & Co., 1897. Victoria and Albert Museum, Londres
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Artichoke_wallpaper_Morris_and_Co_J_H_Dearle.jpg>.
Acesso em: 25 jun. 2018.
Figura 2.63 | West Dining Room. Interior de um quarto decorado William Morris.
Victoria and Albert Museum, Londres, Inglaterra
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Victoria_and_Albert_Museum_the_Morris_Room.jpg>.
Acesso em: 25 jun. 2018.
Figura 2.65 | William Morris. Design da identidade visual da Kelmscott Press. 1981.
Londres, Inglaterra
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Petit_Palais_-_Salle_%C3%A0_manger_Maison_Guimard_-_002.
jpg>. Acesso em: 25 jun. 2018.
Figura 2.69 | Charles Rennie Mackintosh. Cadeira para Hill House, Glasgow, Escócia
Figura 2.71 | Adolf Loos. Interior do Café Museum, restaurado de acordo com o
projeto original de Loos. 2009. Viena, Áustria
Exemplificando
Frank Lloyd Wright afirmava que cada projeto é individual, pois deve
ser realizado de acordo com seu contexto (localização e finalidade).
Ele acreditava que o arquiteto é um “modelador de homens”, já que
os edifícios projetados influenciam o comportamento das pessoas
no cotidiano, sendo que a casa deve ser considerada como um
“organismo vivo”, destinada a atender as necessidades das pessoas
e se relacionar às características do país. Esse conceito inaugurou o
“organicismo”, que se contrapôs ao Estilo Internacional (de origem
europeia). O Arquiteto postulou, em 1908, seis princípios para a
arquitetura orgânica, que consistem em:
Ele foi um modelo para Walter Groupius, Mies van der Rohe e Peter
Behrens, assim como para o movimento De Stijl, tendo se destacado
também no projeto de elementos que compunham os interiores de
seus edifícios, como móveis e vitrais.
Reflita
Na contemporaneidade, marcada pelo processo de industrialização, tem
se discutido, por diversos movimentos artísticos, a relação entre arte, design
e indústria e suas possíveis integrações e/ou diálogos. Tais discussões
ainda se fazem presentes nos objetos e nas imagens que consumimos e
criamos. Tomando como base a compreensão dos conceitos explicitados
nos conteúdos aqui estudados. Reflita sobre isso, identificando sua
existência em imagens e objetos artísticos contemporâneos.
2.
3.
Figura 2.72 | Alphonse Mucha. Dança. 1898. Painel decorativo. 38 x 60 cm. Paris, França
Figura 2.73 | Charles R. Mackintosh. Cartaz para The Scottish Musical Review. 1896. 2,45
m. Glasgow, Escócia
a) Apenas I.
b) Apenas II e III.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
Arte e design no
século XX
Convite ao estudo
Na unidade anterior, observamos que, diante das grandes
transformações políticas, econômicas e socioculturais da
Europa até o final do século XIX, surgiram movimentos
artísticos reformistas, como o Arts and Crafts, que criticaram a
civilização e a produção industrial em massa, e se ocuparam
com a criação de novas formas para o cotidiano. O movimento
Arts and Crafts teve uma forte influência sobre a Art Nouveau,
o Jugendstil, a Deutscher Werkbund (Alemanha). Houve a
busca de um estilo unificado e adequado ao novo século
que estava começando – o século XX –, e que resultou em
manifestações internacionais do Art Nouveau. Mesmo assim,
dentro dessa vertente estilística, havia duas soluções formais
mais ou menos distintas. Uma delas defendeu o uso de formas
orgânicas, oriundas da natureza, com o intuito de humanizar
a máquina através de formas estilizadas. A outra, empregava
formas geométricas, em direção a motivos abstratos e lineares,
com o objetivo de adaptar o mundo e as pessoas às máquinas
através da imposição de formas euclidianas uma vez que estas
pareciam ser mais adequadas à produção mecanizada.
Bons estudos!
Seção 3.1
Vanguardas históricas
Diálogo aberto
Nesta Unidade você entrará em contato com diversos e
significativos movimentos artísticos do século XX que influenciaram
o cenário do design, e estabeleceram as bases para o que
denominamos de design moderno, e para o desenvolvimento
de novas possibilidades no campo do design como um todo ao
longo do século XX. Esses conhecimentos, fundamentais para
a sua formação profissional, são aplicáveis e aplicados a muitos
contextos, pesquisas e problematizações que são o ponto de
partida para o desenvolvimento de projetos de design de interiores.
Você está participando da elaboração das pesquisas para um
projeto de cenografia que deve incorporar elementos relacionados
às vanguardas históricas: expressionismo e fauvismo, cubismo
e futurismo, dadaísmo e surrealismo. Cabe a você levantar e
apresentar as referências mais importantes para esses movimentos
de vanguarda. Quais os artistas e obras você selecionaria para cada
um dos movimentos das vanguardas artísticas? Que imagens você
utilizaria para realizar a tarefa proposta? E como apresentaria esse
conteúdo para o responsável pelo projeto?
Legenda: (3.1) Cartaz de apresentação para uma exposição do grupo Expressionista Die Brücke - Galeria Arnold,
Dresden, em 1910; (3.2) Capa do almanaque Der Blaue Reiter, 1912.
Legenda: (3.3) Óleo sobre tela, 1,74 m x 2,38 m. Fundação Barnes, Merion, Pensilvânia; (3.4) Óleo sobre tela, 1,81
m x 2,46 m. Museu Hermitage, Leningrado.
Legenda: Óleo sobre tela, 2,44 m x 2,33 m. Museu de Arte Moderna, Nova Iorque (adquirido através do legado
de Lillie P. Bliss).
Legenda: (3.6) Óleo sobre tela, 0,91 m x 0,65 m. Museu Pushkin, Moscou; (3.7) Colagem, 0,51 m x 0,57 m. Museu
de Arte de Filadélfia (EUA).
Legenda: (3.8) Óleo sobre tela, 147cm x 89.2 cm, Museu de Arte de Filadélfia – USA.; (3.9) Página de livro
impresso (Fisher Fine Arts Library Image Collection)
Legenda: Bronze. 111,4 cm x 88,6 cm x 40 cm. Museu de Arte Moderna (MoMA), Nova Iorque (EUA).
Fonte: (3.10) <https://goo.gl/fbKP4s>. Fig. 11. Disponível em: <https://goo.gl/Tporus>. Acesso em 26 fev. 2018.
Fonte: (3.12) <https://goo.gl/k6dYDJ>.; (3.13) <https://goo.gl/Yk5QEu>. Acesso em: 26 fev. 2018.; (3.14).
Hurlburt (1986, p. 22).
Exemplificando
Um dos exemplos clássicos de arte surrealista é a obra do pintor
Salvador Dalí, que sustentava os pesadelos realistas de suas pinturas
através de um fundo com um permanente estilo acadêmico. Marx
Ernst, adepto do movimento dadaísta, voltou-se para o surrealismo
em 1921, com a pintura O Elefante Celebes. Muitas vezes, reutilizava
imagens encontradas, adicionando ou removendo elementos a fim
de criar novas realidades. Utilizou uma série de técnicas que foram
incorporadas pelo design, e suas colagens tiveram uma forte influência
sobre a ilustração. Trabalhando com a fotografia, Man Ray criou imagens
surrealistas através de ‘rayografias’, como em Pistola com Quadrados
de Letras, nas quais a exposição múltipla e as fontes de luz alternadas,
modificam os objetos da fotografia, criando uma nova ordem.
Figura 3.15 | Salvador Dalí. A Persistência Figura 3.16 | Max Ernst. O Elefante
da Memória, 1931. Museu de Arte Celebes, 1921, Tate Gallery, Londres
Moderna (MoMa), Nova Iorque (EUA)
Assimile
O design do século XX tem como base um conjunto complexo
de influências e movimentos artísticos, denominados vanguardas
históricas, que se iniciaram no começo do século e se estenderam até
à Segunda Guerra Mundial. São elas:
Pesquise mais
Para sentir o clima da Paris do início século XX, onde se deu a criação
de parte das vanguardas estudadas nessa seção, assistindo ao filme
Meia Noite em Paris, uma comédia romântica, na qual um roteirista
bem-sucedido visita Paris com a noiva e, andando pelas ruas da cidade,
acaba viajando no tempo e vai parar na década de 1920, entrando em
contato com personalidades famosas, tais como os escritores Scott
Fitzgerald, Ernest Hemingway, Gertrude Stein, e os artistas Pablo
Picasso, Salvador Dali, Luís Buñuel e outros.
a) Cubismo.
b) Futurismo.
c) Dadaísmo.
d) Surrealismo.
e) Expressionismo.
2.
O ready-made foi a principal estratégia de fazer artístico utilizada pelo artista Marcel
Duchamp e se refere ao uso de objetos já feitos, selecionados de modo aleatório,
e sua exposição em museus e galerias. Sendo assim, analise as afirmativas a seguir:
I. Trata-se de uma atitude antiarte, uma prática dadaísta que resgata produtos
industriais, realizados com finalidade prática e não artística (urinol de louça, pá,
roda de bicicleta), e os eleva à categoria de obra de arte.
II. O ready-made promove a ressignificação de objetos industrializados do
cotidiano à categoria de obra de arte, ampliando as possibilidades de divulgação e
valorização de práticas do vernacular no campo do Design.
III. O ready-made promove o questionamento sobre o que vem a ser Arte, pois
envolve o deslocamento de uma situação não artística para o contexto da Arte: a
inversão do objeto física do objeto corresponde à inversão de seu sentido.
A respeito disso, é possível afirmar que está correto o que se apresenta em:
Diálogo aberto
Nesta seção você entrará em contato com importantes
movimentos artísticos do século XX, como a Vanguarda Russa e
o Construtivismo, o Neoplasticismo e a Bauhaus, que, juntamente
com os movimentos artísticos estudados na seção anterior,
influenciaram o cenário do design, e estabeleceram as bases para
o que denominamos de Design Moderno. Além disso, promoveu
o desenvolvimento de novas possibilidades no campo do design
como um todo ao longo do século XX. Você conhecerá também
as características de outras manifestações da Arte e do Design
que ocorreram entre as guerras, como o Art Déco e o Styling, e
também sua presença no design americano, em contraponto com
o conceito de “bom design”. E o Estilo Internacional, desenvolvidos
na área de arquitetura e design na Europa. Esses conhecimentos,
fundamentais para a sua formação profissional, são aplicáveis e
aplicados a muitos contextos, pesquisas e problematizações que
são o ponto de partida para o desenvolvimento de projetos de
design de interiores.
Você foi convidado a participar da elaboração de conceitos-
chave para o desenvolvimento do projeto de comunicação e
design para uma exposição intitulada Arte, Arquitetura e Design na
Bauhaus. Você precisa mostrar a teoria, seus princípios e mudanças
fundamentais na história da Escola. Cabe a você fazer um
levantamento de referenciais visuais da Bauhaus, que se relacionam
aos diversos segmentos do design em sua relação com a Arte e
a Arquitetura.
Você utilizará textos e imagens para apresentar a exposição e
sintetizar a ‘atmosfera’ e os principais conceitos que devem contribuir
para o desenvolvimento do projeto dessa exposição, de modo a
transmitir ao visitante usuário a mesma mensagem, comunicando
claramente o objeto, os valores e a identidade institucional desse
espaço expositivo. Como fazer uma abordagem que evidencie as
Figura 3.20 | Kazimir Malevich, Quadrado Branco Sobre Fundo Branco, 1917-1918
Legenda: (3.18) Óleo sobre tela, 106 cm x 106 cm. Original perdido.; (3.20) Óleo sobre tela, 79,4 cm x 79,4 cm.
Museu de Arte Moderna (MoMA), Nova Iorque (EUA).
Legenda: (3.21) Madeira, ferro e vidro; altura 6,10 m (destruído).; (3.22) Pôster em papel, litografia.; (3.23)
Fotomontagem.107 mm x 118 mm. Victoria and Albert Museum, Londres (Inglaterra).
Legenda: (3.24) Óleo sobre tela. 50,8 cm x 50,8 cm. Coleção particular.; (3.26) Dimensões: 86,7 cm x 66 cm x
83,8 cm. Museu de Arte Moderna (MoMa), Nova Iorque (EUA). Doação de Philip Johnson.
Figura 3.29 | Walter Groupius. Diagrama Figura 3.30 | Joost Schmidt, Cartaz de
com o programa da escola (1922) exposição da Bauhaus (1923)
Legenda: (3.27) Xilogravura impressa na folha de rosto do Manifesto da Bauhaus; (3.28a) O estilo e o repertório
deste selo (escolhido num concurso para estudantes de design) expressam as afinidades medievais e artesanais
do início da Bauhaus; (b) Evoca a orientação geométrica e mecânica; (3.29) Influências do cubismo, do
construtivismo e do De Stijl. Versão original.
Fonte: (3.27), (3.28), e (3.30): Meggs e Purvis (2009, p. 404-405). (3.29) adaptado de Lupton e Miller (2008.
Figura 3.31 | Klaus Rudolph Barthelmess. Figura 3.32 | Walter Groupius e Adolf
Estudo de contrastes com materiais Meyer. Casa Sommerfeld, Berlim (1920-21)
diferentes realizado por M. Mirkin (1920)
Legenda: (3.33a) Hall de entrada com esculturas em madeira na escadaria por Joost Schmidt, e poltrona de
Marcel Breuer; (b) Marcel Breuer, mesa da casa Sommerfeld (1922), madeira; (c) Joost Schmidt, porta de entrada
e revestimentos dos aquecedores (1921), madeira; (d) Dörte Helm, cortinado com trabalho aplicado (1920-21).
Figura 3.34 | Karl J. Jucker & Wilhelm Figura 3.35 | Marianne Brandt, Jogo de
Wagenfeld, Luminária de mesa Café (1924)
(1923-1924)
Legenda: (3.34a) Catálogo de modelos, que apresenta a luminária e outros produtos da Bauhaus (1925); (b)
Protótipo da luminária, em metal e vidro.
(3.35) Prata. Fotografias de Lúcia Moholy-Nagy.
(3.36a) Mobiliário para o quarto de vestir de senhora, parte da casa Hörn experimental, projetada por Wlater
Groupius (1923). A estrutura é realçada através do uso de madeira clara de limoeiro com madeira escura de
nogueira; (b) Cadeira B3 (Cadeira Wassily, 1925). Aço tubular e couro preto.
Legenda: (3.37a) Construção em níquel, 1921. Escultura em níquel; (b) Cartaz de tipofoto para pneus (1923), com
letras, foto e elementos de design integrados em uma comunicação imediata e unificada;
(3.38a) Alfabeto Universal (1925). Experiência de redução do alfabeto a um conjunto de caracteres
geometricamente construídos, aumentando as diferenças entre as letras para obter maior legibilidade; (b)
Cartaz para exposição dos 60 anos de Kandisnky (1926). Composição dinâmica em que se verifica claramente
uma hierarquia visual, com tipos e pesos organizados em tamanho e peso, de forma a permitir uma sequência
funcional de informações. Cuidadosos alinhamentos horizontais e verticais foram feitos, girando depois o
conteúdo inteiro diagonalmente para alcançar uma estrutura arquitetônica dinâmica, porém equilibrada.
(3.39) Proposta de estação de bonde e banca de jornais (1924). Unidade modular concisa, projetada para
produção econômica em massa, com uma área de espera aberta combinada com banca de jornais e painéis de
propaganda na cobertura.
Fonte: (3.37a) <https://goo.gl/J6X7ZJ>.; (b) Meggs; Purvis (2009, p. 407). Acesso em: 5 mar. 2018.
(3.38) Meggs; Purvis (2009, p. 412).
(3.38) Meggs; Purvis (2009, p. 409).
Pesquise mais
Para sabre mais sobre a Escola Bauhaus, assista ao documentário
Bauhaus: a face do século XX, que dá uma boa visão do século XX e do
surgimento da Bauhaus após a Primeira Guerra Mundial, e analisa como
a escola se desenvolveu, abordando aspectos artísticos e históricos, e
apresentando vários nomes importantes associados à Escola, como
Wlater Groupius, Josef Albers, Mies Van Der Rohe e Lásló Moholy-Nagy.
Figura 3.42 | Paul Poiret. Vestidos no Figura 3.43 | Romain de Tirtoff (Erte).
estilo oriental. Museu Metropolitano de Capa da revista impressa Harper’s
Arte, Nova Iorque (EUA) Bazaar (1931)
Exemplificando
As raízes do Estilo Internacional (International Style) encontram-se nas
obras do arquiteto Le Corbusier e da Bauhaus. O termo ‘internacional’
está ligado ao Zeitgeist (espírito da época) da cultura tecnológica
do século XX, ao desenvolvimento de uma estética da máquina,
referindo-se à arquitetura e design de caráter funcionalista, produzido
sobretudo entre os anos de 1930 e 1950 no mundo ocidental, a partir
do pleno desenvolvimento dos princípios defendidos pelas vanguardas
modernistas europeias dos anos 1920.
Reflita
Ao longo da história da Arte e do Design, nos deparamos com diversos
movimentos artísticos e culturais que ‘modelaram’ o desenvolvimento
do design moderno ao longo do século XX. De acordo com Schneider
(2010), os movimentos das vanguardas históricas influenciaram de
modo diverso os vários segmentos do design (gráfico, interiores,
produto, moda).
Grupo De Stijl, fundado por Theo van Doesburg, em 1917, rejeitava não
só os aspectos figurativos, mas os emocionais e individuais nas Artes,
estes últimos foram eliminados em prol da abstração pura e ordem
geométrica severa que expressava de modo mais adequado a estética
da sociedade moderna, industrial e técnica. Caracterizou-se pela
redução a formas elementares, neutras as linhas retas e cores primárias,
e a ênfase estrutural e a necessidade vital do equilíbrio assimétrico.
1.
Figura | Gerrit Thomas Rietveld. Cadeira Vermelha e Azul, 1918-1923. Dimensões: 86,7
cm x 66 cm x 83,8 cm. Museu de Arte Moderna de Nova York (doação de Philip Johnson)
3.
Figura a Figura b
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
Diálogo aberto
Nesta seção você entrará em contato com importantes
conceitos sobre o design modernista do século XX, aprofundando
conhecimentos relacionados ao Styling e ao desenvolvimento
do design nos Estados Unidos e sua repercussão no continente
europeu após a Segunda Guerra Mundial. Você conhecerá algumas
manifestações do design após a Segunda Guerra Mundial, como
o design italiano e o design neofuncionalista da Escola de Ulm e
sua repercussão no Brasil e no mundo. Para fecharmos os estudos
nessa seção, veremos ainda um breve panorama do cenário
socioeconômico e cultural após a década de 1950, abordando
brevemente a Arte Contemporânea e suas principais vertentes
relacionadas ao design, o que fornece as bases para a compreensão
do campo do design a partir da década de 1960 – o que estudaremos
na próxima unidade.
Esses conhecimentos, fundamentais para a sua formação
profissional, são aplicáveis e aplicados a muitos contextos,
pesquisas e problematizações que são o ponto de partida para o
desenvolvimento de projetos de design de interiores.
Você foi convidado a participar do desenvolvimento de um
projeto de um bistrô (bar e/ou pequeno restaurante), cuja concepção
deve estar baseada nos anos 1950. Cabe a você fazer uma
pesquisa e um levantamento de informações a respeito da cultura
material relacionada às manifestações socioculturais, artísticas e
de design da década de 1950, relacionando tais manifestações e
considerando os diversos segmentos do design (gráfico, interiores,
produto, moda, etc.). Você precisará utilizar citações, imagens
e materiais que evidenciem elementos do cotidiano, da cultura,
da arte e do design que sirvam como ponto de partida para o
desenvolvimento do conceito espacial do design desse bistrô.
Sendo assim, é preciso refletir sobre: como fazer uma abordagem
que evidencie os principais elementos da cultura material dos anos
Figura 3.44 | Castagna. L'Alfa 40-60 Figura 3.45 | Norman Bel Geddes. Ônibus
HP Aerodinamica nº 2 (1932)
Legenda: (3.44) Alfa Romeo encomendado por Marco Ricotti para a Carrozeria Castagna, 1914. O veículo, em
forma de gota, indica que o futurismo italiano já havia se apropriado da forma aerodinâmica no design de
automóveis; (3.46) Rabo de peixe e luzes traseiras em forma de jatos.
Legenda: (3.48) Produzido pela Sparks-Withington Co. Vidro, metal, madeira, borracha, 22,2 cm x 44,5 cm
x 21,3 cm. Museu do Brooklyn, Nova Iorque (EUA); (3.49) Caixa em termoplástico e aparelho F1, produzido
pela Western Electric, de 1937 a 1955.
Pesquise mais
Você pode melhorar e/ou aprofundar a sua compreensão sobre a
cultura industrial, a produção em massa e a sociedade de consumo em
sua relação com o design, assistindo ao documentário The Light Bulb
Conspiracy (A conspiração da lâmpada) com o título em português
Comprar, jogar fora, comprar: a história da obsolescência programada,
que mostra o surgimento da prática da obsolescência programada (ou
planejada) como o motor da sociedade de consumo, em que desde os
anos de 1920 fabricantes começaram a diminuir a vida útil dos produtos
para aumentar as vendas.
Exemplificando
Ao lado do styling americano, do design italiano e do design
neofuncionalista alemão, é importante considerar o design
escandinavo, ou seja, um movimento de design que floresceu na
Dinamarca, Finlândia, Islândia e Suécia, e que se tornou importante
e marcou a cultura habitacional dos anos 1950 e 1960. O design
escandinavo foi caracterizado pela simplicidade e funcionalidade,
destacando-se por uma cultura de produção de móveis, com forte
tradição artesanal no processamento de madeira (móveis de bétula
e pinho), sendo que a Dinamarca desenvolveu, como principal
importador europeu de madeira, o estilo teca dinamarquês.
legenda: (3.53) 82,5 cm x 150 cm x 85cm. altura do assento 37 cm. fibra de vidro, varas de ferro, madeira,
produzida pela vitra ag, basel.
Figura 3.55 | Charles e Ray Eames. Figura 3.56 | Harry Bertóia. Cadeiras
Pôsteres publicitários (1952)
Legenda: (3.55) Produzidos pelo escritório do casal Eames para divulgar seus modelos de mesas e cadeiras,
feitos de compensado de madeira, fibra de vidro e arame; (3.56) Fio de aço envernizado, ferro redondo,
borracha, produzida desde 1953 até os dias atuais pela Knoll Associates, Inc., New York.
Fonte: (3.55) Design Museum (2011, p. 48-49); (3.56) <https://goo.gl/yr36J9>. Acesso em: 8 fev. 2018.
Figura 3.57 | Corradino D’Ascanio. Vespa, Figura 3.58 | Dante Giacosa. FiatT 500, 1ª
125 ccm, 1951, produzida pela Piaggio serie, 1957, produzido na Fiat de Turim
Legenda: (3.57) Carroceria com monobloco, cuja forma aerodinâmica lembra o design americano de
automóveis; (3.58) Características: 2,97 m de comprimento, e motor de 479 cm3 de dois cilindros refrigerado a
ar Esse automóvel é considerado um dos pioneiros quando se fala de automóveis citadinos.
Fonte: (3.57) McDermott (1999, p. 236); (3.58) <https://goo.gl/PX2rbV>.; (3.59) <https://goo.gl/SVNTp1>. Acesso
em: 8 mar. 2018.
Figura 3.60 | Gio Ponti, Cadeira Figura 3.61 | Achille Castiglione. Luminária
Superleggera (1957) Arco (1962)
Legenda: (3.60) O projeto foi influenciado pelas chiavari, cadeiras de pescadores comuns em praias italianas.
Além de ser muito resistente, ela é tão leve, que pode ser levantada com apenas um dedo; (3.61) Porta - lâmpada
de vidro opalescente, cúpula de alumínio, haste telescópica de aço inox, base de mármore. Produzida pela Flos.
Fonte: (3.60) Design Museum (2011, p. 53); (3.61) <https://goo.gl/egJJn2>. Acesso em: 16 ago. 2018.
Legenda: (3.62a) Assento Sella, 1957, selim de couro para bicicleta, tubo metálico vertical, base de ferro fundido,
produzido por Zanotta; (b) ‘Banco de telefone’ feito com elementos industriais, traduz-se em um assento
‘sempre em pé’, composto por uma base dinâmica de equilíbrio de meia esfera em ferro fundido (diâmetro 33
cm), o assento é composto por uma sela de couro, ajustável em altura, carregada por um aço tubular vertical
pintado de rosa. A ideia do design desse objeto só pode ser compreendida se nos lembrarmos que, nos anos
1950, a maioria dos telefones nas casas eram colocados em uma parede e as pessoas tinham que permanecer
em pé ao lado do aparelho para utilizá-los. O protótipo foi apresentado na exposição Cores e formas na casa de
hoje realizada em Villa Olmo (Como), em 1957;
(3.63) Banco metálico de trator, arco de suporte de aço inox, travessa de base de madeira, produzido por
Zanotta. O nome mezzadro (meeiro) foi pensado pelo designer gráfico Michele Provinciali, e remete ao mundo
da agricultura, evidenciando a ideia de transpor um objeto “roubado” de um trator para o ambiente doméstico.
Como no objeto anterior, esse objeto surge a partir de uma prática ready-made à maneira de Marcel Duchamp,
na qual um objeto comum é deslocado para um outro ambiente e passa por uma ressignificação. O protótipo
desse objeto foi apresentado também na exposição realizada em Villa Olmo, (Como), em 1957.
Reflita
Dez regras para um ‘Bom Design’ (RAMS s/d apud SCHNEIDER, 2010)
O bom design
1. É inovador.
3. É design estético.
5. É discreto.
6. É honesto.
7. É duradouro.
Figura 3.64 | Hans (Nick) Roerich. Empilhar Figura 3.65 | Max Bill, Hans
Vasilhames TC 100 Gugelot, Paul Hildinger. Móvel
multifuncional da HfG (1955)
Figura 3.67 | Hans Gugelot e Dieter Rams. Figura 3.68 | Tomás Maldonado,
Braun SK 4. Combinação Radio Phono (1956) L. Fünfschilling, W. Wurm.
Superfícies Hiperbólicas, Stj
(1958-1959)
Assimile
No desenvolvimento do design moderno no século XX, também
devem ser considerados o styling e o desenvolvimento do design
americano, assim como sua influência no continente europeu no
período pós-guerra.
2.
A respeito disso, é possível afirmar que está CORRETO o que se apresenta em:
Figura 3.63 | Assento Mezzadro, criado Figura 3.59 | Mesa Arabesco, de Carlo
e produzido por Achille e Pier Giacomo Mollino (1949)
Castiglioni (1957)
Fonte: (3.47) <https://goo.gl/e6sJ4Q>.; (3.53) Vitra Design Museum (1996, p. 152-153).; (3.63) <https://goo.gl/
YjuE7a>.; (3.59) <https://goo.gl/SVNTp1>. Acesso em: 8 mar. 2018.
a) Apenas III.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I e III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
Design contemporâneo
e design no Brasil
Convite ao estudo
Vamos fazer uma breve retrospectiva do que já estudamos
nessa disciplina para que você possa assimilar melhor os
conteúdos dessa unidade que segue.
Diálogo aberto
Nos estudos anteriores, você pôde conhecer diversos e
significativos movimentos artísticos do século XX denominados
de vanguardas históricas, tais como o Expressionismo, o
Fauvismo, o Cubismo, o Futurismo, o Dadaísmo, o Surrealismo,
a Vanguarda Russa, o Construtivismo, o Neoplasticismo e a
Bauhaus, que influenciaram o cenário do design e estabeleceram
as bases para o que denominamos de design moderno.
Bons estudos!
Figura 4.3 | Pensando nele, Roy Lichtenstein, 1963. Magna sobre tela. Série Comics, Girls
Figura 4.4 | Sem título, Donald Judd, Figura 4.5 | Fulcrum, Richard Serra,
1967. Cobre. Solomon R. Guggenheim 1987. Escultura em aço córtex. London
Museum, Nova Iorque, Estados Unidos Liverpool Stree, Broadgate Complex,
Londres, Inglaterra
Figura 4.6 | Vega 200, Victor Vasarely, Figura 4.7 | Respirar (Breathe), Brid-
1968. Acrílico sobre tela get Riley, 1966. Emulsão sobre tela.
Londres, Inglaterra
Exemplificando
O movimento Body Art caracterizou-se por fazer com que o corpo
fosse o suporte para a criação e expressão artística, sendo com
frequência associado ao happening, uma forma de arte que combina a
organização de eventos de vários tipos, envolvendo ao mesmo tempo
criador e público; a obra consiste na execução de uma ação e não na
produção de um objeto, e à performance, que combina elementos do
teatro, das artes visuais e da música, também voltado para a uma ação
e não à produção de objetos específicos.
Exemplificando
O Hiper-Realismo surgiu nos Estados Unidos (Nova Iorque e Califórnia)
e na Europa por volta de 1968, expandindo-se no início da década de
1970, em contraposição ao Minimalismo e às pesquisas formais da Arte
Abstrata. O termo “hiper-realismo” ou “suprarrealismo” remete a uma
exposição organizada em 1973 por Isy Brachot, que reuniu diversos
artistas americanos e europeus, tais como Ralph Goings, Chuck Close,
Don Eddy, Robert Bechtle, Richard McLean, Gnoli, Gerhard Richter,
Klapheck e Delcol. A representação pictórica no Hiper-Realismo
caracterizou-se pelo uso da fotografia como modelo para a produção
da obra. O hiper-realismo se apropriou do cenário contemporâneo
através de temáticas da vida cotidiana e de materiais e técnicas
modernas para a produção de suas obras.
Assimile
A Arte Contemporânea incorpora o interesse pelo cotidiano e o “acaso”
na expressão artística, o que pode ser visto nos movimentos como a Pop
Art, que buscou integrar arte e vida através do uso de signos da cultura de
massa e o Minimalismo, que fez uso de formas elementares e “conteúdos
mínimos”, rompendo com os limites entre pintura e escultura e concebendo
objetos com materiais industriais (vidro, aço, acrílico). Outros movimentos,
tais como a Op Art, Body Art, Hiper-realismo e Arte Conceitual influenciaram
o desenvolvimento do design a partir da década de 1960.
Exemplificando
Embora as preocupações com o meio ambiente tenham se manifestado
a partir do século XIX, foi só no final da década de 1960 que o movimento
ambientalista tomou as características que o conhecemos até hoje.
Inicialmente, esteve estreitamente ligado à contracultura, portanto, a uma
rejeição do consumismo moderno, e a estilos de vida alternativos. Uma das
suas primeiras manifestações na área de design está relacionada a uma série
de propostas do tipo “faça-você-mesmo” (Do it yourself). Nesse contexto,
destaca-se o designer americano Victor Papanek, o grande mentor do
design alternativo da década de 1970, que propôs projetos de baixo custo
para a fabricação de uma série de objetos do cotidiano de modo caseiro,
como mesas, cadeiras, e até rádios, defendendo que as pessoas deveriam
consumir menos produtos industriais e que o consumo em si deveria ser mais
consciente. Papanek publicava seus projetos com instruções detalhadas, o
que impossibilitava que qualquer empresa pudesse patenteá-los.
Figura 4.8 | Cabideiro Cactus, Guido Figura 4.9 | Pufe Sacco, Piero Gatti, Ce-
Drocco e Franco Mello, 1971. Espuma sare Paolini e Franco Teodoro, 1968-
de Poliuretano 1969. Saco preenchido com bolinhas de
poliestireno expandido (isopor)
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:%22_12_-_ITALY_-_Pouf_Tuffet_Sacco_di_
Zanotta_red_armchair_Triennale_Design_Museum.
Fonte: Schneider (2010, p. 140). jpg>. Acesso em: 10 jun. 2018.
Fonte: Vitra Design Museum (2000, p.170). Fonte: Fiell, C. e Fiell, P. (2000. p. 469).
Fonte: Fiell, C. e Fiell, P. (2000. p. 469). Fonte: Fiell, C. e Fiell, P. (2000. p. 495).
Figura 4.19 | Frank Owen Gehry, Museu Figura 4.20 | Zaha Hadid, espaço
Guggenheim, em Bilbao, Espanha, interior do Hotel Puerta America,
1992-1997 Madrid, (2003-2005)
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Alessandro_mendini_per_atelier_mendini_e_studio_
alchimia,_poltrona_di_proust,_1978.jpg>. Acesso em: 30 jul. 2018.
Figura 4.24 | Estante Carlton, Ettore Figura 4.25 | First Chair, Michelle De
Sottsass, 1981. Madeira e plástico laminado. Lucchi, 1983. Madeira pintada, metal
John C. Waddell Collection, Gift of John C. e borracha
Waddell, 1997
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/
Fonte: <https://www.metmuseum.org/toah/works- File:Ngv_design,_michele_de_lucchi,_first_chair,_1983.
of-art/1997.460.1ab/>. Acesso em: 10 jul. 2018. JPG?uselang=it>. Acesso em: 10 jul. 2018.
Fonte: Vitra Design Museum (2000, p. 228). Fonte: Vitra Design Museum (2000, p. 229).
Figura 4.29 | Cadeiras de artistas, Siegfried Figura 4.30 | Cômoda Manhatan, Trix e
Michel Syniuga, 1987. Colônia, Alemanha Robert Haussmann, 1987. Berna, Suíça
Figura 4.32 | Café Costes, Philippe Starck, Figura 4.33 | Café Costes com as cadeiras
1984. Paris, França de três pernas que Starck projetou, Philippe
Starck, 1984. Paris, França
Figura 4.35 | Banheira para Axor, Duravit Figura 4.36 | “A cadeira bem temperada”,
e Hoesch, Philippe Starck, 1994 Ron Arad, 1986-1987. Chapa cromada
de aço inoxidável. Vitra
Fonte: Schneider (2010, p. 176). Fonte: Vitra Design Museum (2000, p. 130).
Figura 4.37 | Cadeira Pylon, Tom Dixon, Figura 4.38 | Luminária de teto Mirror
1991. Aço. Produzida pela Cappellini Ball. Esferas de vidro espelhado. 2004
Reflita
Reflita sobre as duas afirmações “a forma segue a função”, base do
desenvolvimento do design modernista/funcionalista, e “a forma segue
a emoção”, que caracteriza o design no pós-modernismo, após a
Revolução Digital.
Pesquise mais
Você pode aprofundar seu conhecimento sobre o design
contemporâneo através do documentário Objectified, realizado em
2009 pelo diretor Garry Hustwit, que apresenta um panorama do
design através de depoimentos de diversos designers internacionais
sobre sua atuação profissional e seu processo criativo.
Bom trabalho!
1. Observe as figuras:
Figura | Lata de sopa Campbell (Onion), Figura | 32 latas de sopa Campbell,
Andy Warhol, 1962. Museu de Arte Andy Warhol, 1962. Museu de Arte
Moderna de Nova Iorque, Nova Iorque, Moderna de Nova Iorque, Nova
Estados Unidos Iorque, Estados Unidos
Fonte: <https://news.masterworksfineart.com/2017/10/10/andy-warhols-marilyn-monroe-series-1967>.
Acesso em: 30 jul. 2018.
a) Romantismo.
b) Expressionismo.
c) Pop Art.
d) Op Art.
e) Surrealismo.
Fonte: Fiel C. e Fiel P. (2000, p. 116). Fonte: Fiel C. e Fiel P. (2000, p. 415).
a) Apenas I.
b) Apenas II e III.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
Diálogo aberto
Resgatando seus estudos anteriores, você já deve ter tido a
oportunidade de compreender os movimentos artísticos que
influenciaram o campo do Design a partir da década de 1960 até os
dias atuais, estudando as manifestações do Design no movimento
Pós-Moderno, o Novo Design da década de 1980, o Design da
década de 1990 e a Nova Simplicidade, além do desenvolvimento e
das perspectivas do Design com as novas tecnologias da informação
e comunicação (TICs), ou seja, o Design na era da informação.
Com isso, uma nova cliente pediu que você pensasse e elaborasse
um projeto para o escritório que tem em casa, com o mobiliário
voltado para o uso de materiais tipicamente brasileiros. O que você
poderá fazer para desenvolver esse projeto? Por onde começar a
sua pesquisa por materiais e referências brasileiras? Quais seriam
suas referências e escolhas e como utilizá-las em um escritório
dentro de um apartamento já decorado?
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Aleijadinho_-_Detalhe_de_Jesus_-_Carregamento_da_cruz_2_-_
Santu%C3%A1rio_do_Bom_Jesus_de_Matosinhos_-_Congonhas.jpg>. Acesso em: 17 jul. 2018.
Na ourivesaria, a presença negra também foi forte até que uma Carta
Régia, no século XVIII, quebrou as bancas de ourives negros da Bahia e
do Rio de Janeiro, a fim de privilegiar os ourives portugueses. As joias
dos crioulos, ou dos escravos não mestiços nascidos no Brasil, de pura
ourivesaria, adornavam os braços, os dedos e o colo feminino, o que
indicava o poder dos donos das escravas que faziam uso desses adornos,
ou indicava que as escravas eram alforriadas (ou que haviam conseguido
Figura 4.42 | Moinho de Milho, 1799. Acervo Figura 4.43 | Forma para Pão de Açúcar,
do Museu Afro Brasil, São Paulo, SP 1799. Acervo do Museu Afro Brasil, São
Paulo, SP
Figura 4.44 | Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, 1799. Acervo do Museu Afro
Brasil, São Paulo
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/
Fonte: <https://commons.wikimedia.org/wiki/ File:Teatro_Municipal_de_S%C3%A3o_Paulo_8.jpg>.
File:MarcFerrez-AIBA-1891.jpg>. Acesso em: 18 jul. 2018. Acesso em: 18 jul. 2018.
Figura 4.47 | Cadeira Eclética, século XIX. Acervo do Museu da Casa Brasileira, São
Paulo, SP
Legenda: estrutura delgada em jacarandá-da-baía, esta cadeira é plena de referências medievais e orientais,
ricamente entalhadas.
Legenda: madeira caviúna roliça e estrado de malha Legenda: cadeira de escritório com altura do assento
metálica com sistema de molas tensionadas. regulável a partir de uma engrenagem giratória de
ferro oriunda dos bancos de piano, 1920. Imbuia.
Fonte: <http://www.mcb.org.br/pt-BR/acervo/
museologico/cama-patente>. Acesso em: 18 jul. 2018. Fonte: <http://www.mcb.org.br/pt-BR/acervo/
museologico/cadeira-cimo>. Acesso em: 18 jul. 2018.
Figura 4.51 | Teto da Confeitaria Colombo, Figura 4.52 | Annuario Fluminense, Eliseu
1912-1918. Rio de Janeiro, RJ Visconti, 1902. Rio de Janeiro, RJ
Exemplificando
O pintor e desenhista Eliseu Visconti é considerado um dos pioneiros
no design do Brasil devido a sua visão integradora entre as artes
decorativas e a indústria. Visconti produziu a ilustração para a capa da
revista Revue du Brésil, em 1896, introduzindo o Art Noveau nas artes
gráficas do País, e foi o criador do projeto de decoração do Teatro
Municipal do Rio de Janeiro, em 1907-1908. O artista designer realizou
diversos trabalhos de arte aplicada à indústria, tais como objetos em
ferro, cerâmica, trabalhos de marchetaria, vitrais, estamparia de tecidos,
papel de parede e couro cinzelado, além de uma coleção de dezesseis
Assimile
O período que se estende do final do século XIX às primeiras décadas
do século XX abarcou também dois outros importantes movimentos
artísticos: o Art Noveau e o Art Déco, que prepararam o terreno para a
ruptura com dos cânones acadêmicos e a estética do século XIX, o que
ocorreu a partir da Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, e
do advento da Arquitetura Modernista no país, através das ideias de Le
Corbusier e da arquitetura de forma livre de Oscar Niemeyer.
Figura 4.56 | John Graz. Poltrona Figura 4.57 | John Graz. Planta de mesa
em aço tubular cromado, veludo em madeira e metal, década de 1920
e madeira
Figura 4.58 | John Graz. Sala de jantar Figura 4.59 | Gregori Warchavchik.
em madeira. Cadeira em madeira com Biblioteca e sala de estudo da Associação
assento e encosto estofados em veludo, Paulista de Medicina, 1931. (G. Ferraz)
1925. Residência Carvalho da Fonseca
Pesquise mais
Para saber mais veja o documentário Alexandre Wollner e a formação
do design moderno no Brasil, que apresenta um panorama da história
do design modernista no Brasil e a trajetória profissional de um dos
pioneiros do Design Gráfico brasileiro:
Fonte: <http://www.revistacliche.com.
br/2013/06/a-brasilidade-de-joaquim/>.
Acesso em: 6 ago. 2018.
Fonte: <http://www.mcb.org.br/pt-BR/acervo/
museologico/poltrona-de-embalo>. Acesso em: 6
ago. 2018.
Legenda: compensado de madeira e fórmica em cores vivas para criar móveis em formas irregulares e sinuosas,
revestimento de curvim e mangueira plástica. Produzido em escala industrial por uma fábrica montada com a
utopia de tornar o design acessível a amplas camadas da população.
Legenda: desenhos/esboços para uma série de móveis em madeira compensada, constituídos por um único
elemento base desenhado de acordo com observações feitas de caboclos do interior.
Fonte: Poltrona Chifruda (2018). Disponível em: Fonte: Luz (2018, p. 20).
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra70564/
poltrona-chifruda>. Acesso em: 6 ago. 2018.
Reflita
Reflita sobre a relação do design realizado no Brasil com a cultura
brasileira, e busque imagens, objetos e interiores do seu cotidiano que
exemplifiquem essa relação.
Diálogo aberto
Anteriormente você aprendeu sobre o desenvolvimento da Arte,
da Arquitetura e do Design no Brasil, considerando a cultura europeia
e sua influência sobre o desenvolvimento do Design Moderno
brasileiro. Ampliou seus conhecimentos a respeito das culturas
africana e indígena na produção de artefatos em nosso país, sobre
a relação entre arte e indústria, e o processo de industrialização
no Brasil. Você também teve contato com um panorama do
desenvolvimento do Design brasileiro do final do século XIX até as
décadas de 1940 e 1950.
Nesta seção, você vai dar continuidade aos seus estudos sobre
Design brasileiro e vai aprender sobre o seu desenvolvimento
a partir da década de 1960, considerando a implantação das
multinacionais e a influência das tecnologias alternativas sobre a
produção do Design. Esses estudos abrangem ainda a influência
das ideias do Pós-Modernismo e a incorporação da diversidade e do
multiculturalismo na produção dos designers do país, assim como,
um panorama sobre o Design Contemporâneo e as perspectivas de
desenvolvimento do Design brasileiro no século XXI.
Exemplificando
O Concretismo foi um movimento artístico de vanguarda. Surgiu em 1950,
primeiro na música, passando para a poesia e depois para as artes plásticas.
Pesquise mais
Para conhecer mais a respeito do Concretismo nas Artes Plásticas,
acesse o artigo:
Figura 4.70 | Geraldo de Barros. Buffet Figura 4.71 | Geraldo de Barros. Catálogo
em fórmica Unilabor, 1956 da Hobjeto, sem data
Pesquise mais
O vernacular diz respeito às manifestações e/ou práticas do cotidiano,
realizadas por não designers e que têm sido valorizadas em nossos dias
atuais. Para saber mais a respeito do assunto e de sua relação com a
Arquitetura e o Design, leia o artigo:
Figura 4.79 | Carlos Motta. Cadeira São Figura 4.80 | Carlos Motta. Poltrona
Paulo, 1982 Asturias Balanço, 2001
Legenda: recebeu o prêmio por suas qualidades estéticas e sua clareza construtiva, por meio do sistema
de malhete, e pesquisa de madeiras brasileiras, que é explorada em seus aspectos cromáticos e texturais.
Legenda: madeira, com estrutura retrátil, tem bandeja Legenda: estrutura de papelão reciclado e tampo de
removível para uso independentemente do móvel e vidro. Prêmio Greenbest, finalista TOP3 na categoria
duas bandejas articuladas presas às laterais. Exemplo Móveis e Decoração, 2011. CASA BRASIL - Bento
da produção de Cláudia, caracterizada pelo domínio Gonçalves, RS.
dos detalhes e das possibilidades geradas pela
produção artesanal em madeira. Fonte: <http://www.acasa.org.br/reg_mv/OB-
01633/116baf4dbca12912aee 7fcff0ff36ab5>. Acesso
Fonte: <http://www.mcb.org.br/pt-BR/acervo/ em: 9 ago. 2018.
museologico/carrinho-de-cha-nomade>. Acesso
em: 9 ago. 2018.
Figura 4.84 | Nido Campolongo. Design de interiores da loja Pursuco em Paris, 2006
Legenda: estante com aros de papelão reutilizado. O anteparo de aros de papelão posiciona-se nas proximidades
da divisa esquerda, de forma a suavizar a assimetria dos interiores.
Figura 4.85 | Guto Índio da Costa. Figura 4.86 | Guto Índio da Costa.
Aladin, garrafa térmica Futura, 1994 Ventilador de teto Spirit, 2001
Legenda: mobiliário urbano para a cidade do Rio de Janeiro. Estrutura em ripas conectadas em anéis de madeira
contínuos. Um vão livre com o apoio de uma leve treliça de inox provoca a percepção.
Legenda: da estampa da chita são colhidas as flores. Como ramalhetes, elas dão forma à linha de produtos
de decoração e mobiliário com o nome do pano que está na literatura regionalista e no universo poético do
folclore do país. A coleção exibe a delicadeza do floral estruturado em arame e envolvido com fios de crochê
pelas mãos caprichosas das artesãs paraibanas da Comunidade Alfa, na cidade portuária de Cabedelo. As peças
traduzem a relação afetiva do designer (radicado na Paraíba) pela cultura nordestina e privilegiam técnicas
artesanais que as tornam únicas. Campina Grande, Paraíba.
Reflita
Você já se perguntou alguma vez sobre a relação entre o Design
e o artesanato encontrado nas mais diversas regiões do Brasil? Já
parou para observar imagens, objetos e interiores do seu cotidiano
que exemplifiquem essa relação? Faça esse exercício e você
poderá se surpreender!
Mãos à obra!