Representação Gráfica para Engenharias, Arquitetura, Expressão Gráfica e Design: Projeções Cilíndricas
Representação Gráfica para Engenharias, Arquitetura, Expressão Gráfica e Design: Projeções Cilíndricas
Representação Gráfica para Engenharias, Arquitetura, Expressão Gráfica e Design: Projeções Cilíndricas
L864r
Livro em PDF
ISBN 978-65-5939-604-7
DOI 10.31560/pimentacultural/2023.96047
CDD 516
PIMENTA CULTURAL
São Paulo . SP
Telefone: +55 (11) 96766 2200
[email protected]
www.pimentacultural.com 2 0 2 3
CONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICO
Doutores e Doutoras
Apresentação e agradecimentos............................................................12
Prefácio.................................................................................................14
Capítulo 1
Capítulo 2
Cavaleira:
projeção cilíndrica oblíqua.....................................................................46
2.1 Caracterização da Cavaleira.................................................................. 47
2.2 Observador, objeto e planos de projeção............................................. 48
2.3 Eixos coordenados................................................................................ 49
2.3.1 Posicionamento das faces........................................................................ 50
2.4 O eixo y................................................................................................. 52
2.5 Parâmetros da Cavaleira....................................................................... 54
2.5.1 Direção da Cavaleira (α)........................................................................... 55
2.5.2 Fator de deformação K............................................................................. 57
2.6 Rotação da peça................................................................................... 59
2.6.1Diferença entre rotação e variação
da direção da projeção do eixo Y...................................................................... 60
2.6.2 Diferença entre faces e vistas................................................................... 61
2.7 Trabalhando com arestas
que não estão paralelas aos eixos coordenados........................................ 62
2.8 Cilindros e cones................................................................................... 64
2.8.1 Cilindros................................................................................................... 67
2.8.2 Cones........................................................................................................ 69
2.8.3 A representação da elipse........................................................................ 70
Capítulo 3
Isometria:
projeção cilíndrica ortogonal.................................................................79
3.1 Caracterização da axonometria............................................................ 80
3.2 Observador, objeto e planos de projeção............................................. 82
3.3 Caracterização da isometria................................................................. 83
3.4 Isometria simplificada.......................................................................... 84
3.5 Eixos coordenados
e ortoedro de referência............................................................................ 86
3.5.1 Visualização de todas as faces.................................................................. 87
3.5.2 Rotação da peça....................................................................................... 89
3.6 Cilindros e cones................................................................................... 90
3.6.1 Representação da elipse
e da oval regular de quatro centros.................................................................. 92
3.7 Furo cilíndrico..................................................................................... 100
Capítulo 4
Sistema de Vistas:
projeção cilíndrica ortogonal...............................................................103
4.1 Introdução.......................................................................................... 104
4.2 Caracterização do sistema de vistas mongeanas................................ 106
4.3. Observador, objeto e planos de projeção.......................................... 111
4.3.1 Primeiro e terceiro diedros.................................................................... 112
4.3.2 Segundo e quarto diedros...................................................................... 113
4.3.3 Sistemas alemão e americano................................................................ 115
4.4 As seis vistas....................................................................................... 116
4.5 Os eixos coordenados ........................................................................ 122
4.6 Visualizações das vistas e da peça...................................................... 123
4.7 A escolha das vistas............................................................................ 126
4.8 Representações das vistas de objetos................................................ 128
4.8.1 Passando das vistas para a Cavaleira
e Isometria Simplificada.................................................................................. 132
4.9 Sólidos básicos:
prismas, pirâmides, cilindros, cones e esferas.......................................... 134
4.9.1 Prisma.................................................................................................... 134
4.9.2 Pirâmides................................................................................................ 138
4.9.3 Geratrizes de limites de visibilidade
nos cilindros e cones....................................................................................... 140
4.9.4 Cilindros................................................................................................. 147
4.9.5 Cones...................................................................................................... 151
4.9.6. Esferas................................................................................................... 154
4.9.7 Partes da esfera...................................................................................... 159
4.9.7.1 Meias esferas................................................................................... 160
4.9.7.2 Quartos de esfera............................................................................ 162
4.9.7.3 Oitavos de esfera............................................................................. 163
Capítulo 5
Verdadeira Grandeza...........................................................................164
5.1 Definições e usos................................................................................ 165
5.1.1 Compreendendo a relação entre
as três posições básicas dos elementos
geométricos e a visualização da VG................................................................ 166
5.2 Sistema de vistas mongeanas e plano auxiliar................................... 169
5.3 Mudança de plano.............................................................................. 171
5.3.1 Caso 1............................................................................................... 172
5.3.2 Caso 2..................................................................................................... 176
5.3.3 Caso 3..................................................................................................... 182
Capítulo 6
Seção Plana.........................................................................................188
6.1 Introdução aos conceitos
de seção plana e de interseção................................................................ 189
6.1.1 Superfície e sólido.................................................................................. 189
6.1.2. Interseção e seção................................................................................. 193
6.2. Seção plana de sólidos geométricos ................................................. 196
6.2.1 Seção plana de prismas ......................................................................... 196
6.2.2 Seção plana de pirâmides...................................................................... 201
6.2.3 Seção plana de cilindros......................................................................... 207
6.2.4 Seção plana de cones............................................................................. 215
Referências..........................................................................................230
Índice remissivo..................................................................................231
APRESENTAÇÃO
E AGRADECIMENTOS
Atenciosamente,
s umári o
s umári o
1 BONAFE, Silvana; NICASIO, Cristina. ENSEÑANZA COOPERATIVA DE LOS SISTEMAS DE REPRESEN-
TACIÓN. In Actas del XIV CONGRESO NACIONAL DE PROFESORES DE EXPRESIÓN GRÁFICA EN IN-
GENIERÍA, ARQUITECTURA Y CARRERAS AFINES - Representando ideas, generando soluciones:
XIV Congreso Nacional de Profesores de Expresión Gráfica en Ingeniería, Arquitectura y Carreras
Afines. Laurentino, Auta L; Lucero, Hernán (coordinación general); Martínez,Gonzalo; Bombas-
sei,Elisa. 1a ed. Río Cuarto: UniRío Editora, 2017, p.77-80.Libro digital- ISBN 978-987-688-244-6.
2 PFULLER, Nora Alicia; GORDILLO STEMBERGER, Gabriela Julieta; ZAPATA, Sandra Lilian. CROQUIS
COMO MÉTODO DE APROXIMACIÓN A LA COMPRENSIÓN DE LOS SISTEMAS DE REPRESENTACION
in Actas de trabajos extensos del XVI Congreso Nacional de profesores de expresión gráfica en
s umári o ingeniería, arquitectura y carreras afines: la representación gráfica de naturaleza técnica. Salguei-
ro, Walter (organizador); Bairo, Susana; Arce, Marcelo. 1a ed. - Tandil: Universidad Nacional del
Centro de la Provincia de Buenos Aires, 2019, p.159-163. Libro digital - ISBN 978-950-658-498-6.
3 GALVÃO, T. F.; ADAUTO, T. E. R.; BARRETO, H. T. A. N.; SILVA, E. C. R. da; MACHADO, G. B. B. N.;
RIBEIRO, J. V. O. Geometria gráfica no exame nacional do ensino médio brasileiro In XII congreso
nacional de profesores de expresión gráfica en ingeniería, arquitectura y áreas afines, EGRAFIA
2015, Río Cuarto, Córdoba, Argentina, 2015.
4 ULACIA, Andrea M.; GARCIA VOGLIOLO, Matías. ENSEÑAR A PENSAR “LO DIBUJADO”In Actas de
s umári o trabajos extensos del XVI Congreso Nacional de profesores de expresión gráfica en ingeniería,
arquitectura y carreras afines: la representación gráfica de naturaleza técnica. Salgueiro, Walter
(organizador); Bairo, Susana; Arce, Marcelo. 1ª ed. Tandil: Universidad Nacional del Centro de la
Provincia de Buenos Aires, 2019, p.190-195. Libro digital - ISBN 978-950-658-498-6.
5 Pece, Carlo Alessandro Zanetti; Padovani, Stephania; Mafioletti, Diego; Galeb, Anna Carolina
Murata; Paranhos, Pedro Serigheli da Rocha. Desenvolvimento de material didático instrucional
para Geometria Descritiva: uma experiência de design participativo in ID, v.6, nº1, 14/01/2009.
s umári o
Noções básicas
sobre representações
gráficas
1.1 ELEMENTOS BÁSICOS
DA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
A Geometria Gráfica possui três elementos básicos por meio dos quais
é possível representar as formas, são eles: o ponto, a linha e a superfície. Esses
elementos são conceitos ou ideias, portanto são abstratos, porém quando se
faz a representação de um ponto, de uma linha ou de uma superfície os mes-
mos deixam de ser conceitos e passam a ser representações gráficas.
Portanto,
Em uma linha, há uma infinidade de pontos; em uma superfície uma
infinidade de linhas; e em um corpo uma infinidade de superfícies e o
número que resulta da medida de uma linha chama-se comprimento;
de uma superfície, área; de um corpo, volume (CHAPUT, 1954, p. 2).
s umári o
t t
reta r
h s
B
β A
f
p p →
semirreta AB
g
e t
d d D
C
—
segmento de reta CD
APLICAÇÃO
Representar as Representar as
Contínua larga
arestas visíveis arestas visíveis
Representar o Ortoedro
Representar as
de Referência e as linhas
linhas de cha-
Contínua estreita auxiliares, construtivas
mada (projeção
gerais e arestas
das projetantes)
não visíveis
Representar
Tracejada larga - as arestas
não visíveis
Representar as
linhas de terra
Contínua mais larga* -
(encontro dos pla-
nos de projeção)
(*) Esse tipo de linha não é contemplado pela ABNT.
h c
β α
f b
g d
e a
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
s umári o
Além disso, de acordo com Costa e Costa (1996), para que uma re-
presentação qualquer de um objeto se constitua em um sistema de repre-
sentação é necessário que haja mais de uma projeção/imagem/representa-
ção deste objeto e que elas estejam inter-relacionadas.
4 A ABNT NBR 6492, cujo título é “Documentação técnica para projetos arquitetônicos e urbanís-
ticos — Requisitos”, foi atualizada em 2021 e substitui o termo desenho técnico por documen-
tação técnica.
Sombra
Fonte de Luz
OBJETO
sombra projetada
Fonte: Autoras.
s umári o
Na figura 1.13, a fonte de luz emite raios luminosos que iluminam o
objeto e a parede atrás do objeto. Como os raios que iluminam a parede so-
frem uma interrupção ao chegar ao objeto, cria-se uma sombra na parede.
PLANO DE PLANO DE
PROJEÇÃO PROJEÇÃO
PROJETANTES
(feixe cilíndrico)
IMAGEM
IMAGEM
8
OBSERVADOR
(tende a infinito)
OBJETO
PROJETANTES
(feixe cônico)
OBJETO
OBSERVADOR
Fonte: Autoras.
O OR possui características que facilitam tanto a sua representação
quanto a visualização espacial do objeto, sendo elas:
1. Todas as suas arestas são paralelas a algum dos três eixos coordenados
x, y e z, largura, profundidade e altura, respectivamente;
A A
s umári o
B C B C
s umári o
1 FUGA
PROJEÇÃO
2 FUGAS
CÔNICA
3 FUGAS
TIPOS DE
PROJEÇÃO
OBLÍQUA CAVALEIRA
PROJEÇÃO
ISOMETRIA
CILÍNDRICA
AXONOMETRIA DIMETRIA
ORTOGONAL TRIMETRIA
SISTEMA DE
VISTAS
1.22
Fonte: Autoras.
s umári o
s umári o
B
A
C
B'
A'
C'
s umári o
PLANO DE
PROJEÇÃO
PROJETANTES
(feixe cônico)
OBSERVADOR
IMAGEM
OBJETO
Fonte: Autoras.
PLANO DE
PROJEÇÃO
OBSERVADOR
PROJETANTES
OBJETO
IMAGEM
s umári o
Fonte: Autoras.
PLANO DE
PROJEÇÃO
PROJETANTES
(feixe cilíndrico)
OBSERVADOR
(tende ao infinito) IMAGEM
OBJETO
s umári o
Fonte: Autoras.
PLANO DE
PROJEÇÃO
PROJETANTES
(feixe cilíndrico)
OBSERVADOR IMAGEM
OBJETO
(tende a infinito)
Fonte: Autoras.
C B
A
A
B'
C'
B'
A' A'
s umári o C'
SISTEMA DE VISTAS
CAVALEIRA ISOMETRIA
(MONGEANAS)
PROJEÇÕES
ProjeçãoMAIS USADAS
PROJEÇÕES NO DESENHO
Projeção Cilíndrica TÉCNICO*
PROJEÇÕES MAIS MAIS USADAS
USADAS NO NO DESENHO
DESENHO TÉCNICO*
TÉCNICO*
Projeção Cilíndrica
Cilíndrica Oblíqua Ortogonal SISTEMA
SISTEMA DE
DE VISTAS
CAVALEIRA
CAVALEIRA ISOMETRIA
ISOMETRIA SISTEMA DE VISTAS
Ortogonal VISTAS
CAVALEIRA ISOMETRIA (MONGEANAS)
(MONGEANAS)
Projeção
Projeção Cilíndrica
Cilíndrica Projeção
Projeção Cilíndrica
Cilíndrica (MONGEANAS)
OBSERVADOR Infinito
Projeção Cilíndrica Infinito
Projeção Cilíndrica Infinito
Projeção
Projeção Cilíndrica
Cilíndrica
Oblíqua
Oblíqua Ortogonal
Ortogonal Projeção Cilíndrica
Oblíqua Ortogonal Ortogonal
Ortogonal
PROJETANTES Oblíquas ao Ortogonais Ortogonalao
OBSERVADOR
OBSERVADOR
OBSERVADOR
Infinito
Infinito
Infinito Infinito ao
Infinito Ortogonais
Infinito
Infinito
PROJETANTES Plano de
Oblíquas Projeção
ao Plano de Plano Infinito
deao
Ortogonais Projeção
Plano de Plano
Ortogonais
Infinito
deaoProjeção
Plano de
PROJETANTES
PROJETANTES Oblíquas
Oblíquas ao Plano de
ao Plano de Ortogonais
Ortogonais aoao Plano
Plano de
de Ortogonais
Ortogonais ao ao Plano
Plano de
de
Projeção
Projeção Projeção
Projeção Projeção
Projeção
OBJETO Face Projeção
frontal do OR Projeção
OR em posição Facefrontal Projeção
frontal do OR paralela
OBJETO
OBJETO Face frontal do OR OR em posição Face
Face frontal do
do OR
OR paralela
paralela ao
OBJETO Face
Face frontal
frontalao
paralela
do
do OR
OR OR
OR em
em posição
posição
oblíqua** ao de Faceao
frontal
Plano dodeOR paralela ao
Projeção ao
paralela
paralela ao
ao Plano
Plano de oblíqua** ao
ao Plano Plano
Plano de
de Projeção
Projeção
paralela
Plano de ao Plano de
Projeção de oblíqua**
oblíqua**
de ao
PlanoProjeção
Plano
Plano de
Projeção de Plano de Projeção
Projeção
Projeção Projeção
Projeção Projeção
IMAGEM
IMAGEM
IMAGEM
IMAGEM
(resultante
(resultante do
(resultantedo
(resultante do
processo
processo de
de
processo de
do processo
projeção)
projeção)
de projeção)
projeção)
*Esse
*Esse é um quadro síntese que apresenta apenas um esquema geral dos Sistemas de Projeção tendo como base
*Esse éé um
um quadro
quadro síntese
síntese que
que apresenta
apresenta apenas
apenas um um esquema
esquema geral
geral dos
dos Sistemas
Sistemas de de Projeção
Projeção tendo
tendo como
como base
base
s umári o *Esse édos
alguns
alguns umelementos
quadro síntese
que os que apresenta
compõe apenas projetantes,
(observador, um esquema geral dos
objeto, imagem
alguns dos elementos que os compõe (observador, projetantes, objeto, imagem resultante) e que
dos elementos
como basedetalhadamente
trabalhados
que os
alguns dos elementos
compõe
que os
nos capítulos
(observador,
2, compõe
projetantes, objeto,
(observador, projetantes,
3 e 4, respectivamente,
Sistemas
imagem
deste livro.
de Projeção
resultante)
resultante) ee que tendo
serão
que serão
objeto, imagem resultante) e
serão
trabalhados
trabalhados detalhadamente
detalhadamente nos nos capítulos
capítulos 2,
2, 33 ee 4,
4, respectivamente,
respectivamente, deste
deste livro.
livro.
que serão
**No
**No trabalhados
capítulo 3, no qual detalhadamente
será trabalhada nos capítulos
aaIsometria, será 2, 3 e 4, respectivamente,
especificada aaposição exata deste
do OR livro.
para se gerar
geraruma
**No capítulo 3, no qual será trabalhada a Isometria, será especificada a posição exata
capítulo 3, no qual será trabalhada Isometria, será especificada posição exata do
do OR
OR para
para se uma
**No capítulo
Isometria.
Isometria. 3, no qual será trabalhada a Isometria, será especificada a posição exata dose
ORgerar
parauma
se
Isometria.
gerar uma Isometria.
Fonte: Autoras.
s umári o
1x 1x 1x 1x
1x 1x 3x 3x 2x
513
1 3 5
1 2
2 4 6
268
s umári o
CAVALEIRA:
PROJEÇÃO CILÍNDRICA OBLÍQUA
Cavaleira:
projeção
cilíndrica
oblíqua
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA CAVALEIRA
s umári o
Fonte: Costa, 2008.
Fonte: Autoras.
s umári o 3. Objeto e OR: o OR, que envolve o objeto, possui face frontal paralela
ao plano de projeção;
A figura 2.3 traz uma representação esquemática dos três eixos coor-
denados em Cavaleira.
Z (alturas)
X (larguras)
s umári o
Y (profundidades)
Fonte: Autoras.
Y
Fonte: Autoras.
ATENÇÃO!
Z (alturas)
X (larguras)
Y (profundidades)
Fonte: Autoras.
s umári o X
X
Y
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
Quadrante 2 Z Quadrante 1
F F
Y LD LE Y
I I
X X
S S
s umári o Y LD LE Y
F F
Quadrante 3 Z Quadrante 4
Fonte: Autoras.
2. K: fator de deformação.
ATENÇÃO!
Ao escolher a medida de α, evite os ângulos 0° e 90°, porque com esses valores só é
possível mostrar uma ou duas das faces do Ortoedro de Referência, respectivamente,
como mostra a figura 2.9.
Figura 2.9 - Ortoedro de referência desenhado com
ângulos 0° e 90°, respectivamente
90° 90°
0°
s umári o
Fonte: Autoras.
Na figura 2.10, α mede 30°, e a face LD aparece com bem mais des-
taque do que a face S. Já na figura 2.11, onde α mede 45°, ambas as faces
aparecem com o mesmo destaque. Finalmente, na figura 2.12, que tem α
medindo 60°, vemos uma porção bem menor da face LD do que da face S. O
mesmo pode ser feito com as outras combinações de faces.
S S
S
LD LD
LD
F F F
45º 60º
30º
ubo com α =4
Após a análise das figuras acim a é possível concluir que quando o
ângulo α varia, porções diferentes das faces Frontal e Lateral Direita são mos-
tradas. Sendo assim, mesmo que estejam sendo mostradas as mesmas faces
secundárias, estas ganham destaques diferentes de acordo com o ângulo α.
No entanto, o mesmo não ocorre com a face FRONTAL, que aparece com o
mesmo destaque nas três figuras. Isso acontece porque ela está paralela ao
plano de projeção e, consequentemente, em VG. Dessa forma, suas medidas
s umári o lineares e angulares são resguardadas mesmo depois da sua projeção.
DEMONSTRAÇÃO:
s umári o
Figura 2.13 - Objeto com K=1 Figura 2.14 - Objeto com K=0,4
H
AH
H
X
AH
H
Y AH
Fonte: Autoras.
Z Z
M L
A B L B
K J F
M A
D C C
I G
E F X D E X
H G N H
Y Y
X X
Y
Y
Z
Z Y
X
X
Fonte: Autoras.
Y
Fonte: Autoras.
As figuras 2.19 e 2.20 trazem o mesmo prisma, porém cada uma de-
las mostra vistas diferentes do mesmo. Na primeira figura vemos as vistas
F, S e LD. Já na segunda figura podemos ver as vistas F, I, e LD. A única dife-
rença é que escolheu-se trocar a vista S pela I. Observe que a peça não foi
rotacionada e nem o K, nem o α, foram modificados.
s umári o
A D
A D
P Q B C
B C P Q
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
Por que isso acontece? Isso acontece porque as arestas que não estão
paralelas aos eixos coordenados têm dimensões que podem variar devido
ao efeito da projeção. Foi o que aconteceu ao trocar as vistas mostradas.
No caso das arestas paralelas ao eixo z (AP e DQ) elas são considera-
s umári o das invariantes por manterem as medidas da representação iguais às me-
didas reais do objeto. No caso das arestas paralelas ao eixo y (PB e QC) elas
também são consideradas invariantes, pelo mesmo motivo. No entanto,
em se tratando do eixo y, é importante observar o valor de K. Quando k=1
eixo
diretriz
Fonte: Autoras.
eixo
vértice
s umári o
Fonte: Autoras.
Figura 2.23 - Cilindro com Figura 2.24 - Cilindro com Figura 2.25 - Cilindro com
GLVs paralelas ao eixo z GLVs paralelas ao eixo x GLVs paralelas ao eixo y
Z Z Z
GLV
GLV
GLV
X X
GLV X GLV
GLV
Y
Y Y
s umári o
GLV
GLV
X
Y
Fonte: Autoras.
2.8.1 Cilindros
X
X
Y
Y
Y
Fig. 2.27: C
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
Figura 2.30 - Cone com face Figura 2.31 - Cone com face Figura 2.32 - Cone com face
plana paralela ao plano plana paralela ao plano plana paralela ao plano
formado pelos eixos x e y formado pelos eixos y e z formado pelos eixos x e z
Z Z Z
X X
Y
Y
Y
Os cones das figuras 2.30 e 2.31 têm suas faces planas representadas
em forma de elipse, uma vez que se apoiam em um plano paralelo tanto
aos eixos x e y, como aos eixos y e z, respectivamente, sofrendo assim uma
deformação, passando de circunferência (real) para elipse (representada).
Já na figura 2.32 a face plana do cone aparece como uma circunferência
porque ela está paralela ao plano de projeção (plano formado pelos eixos x
e z), portanto em VG.
s umári o
1 1
6 5
2 42 4
7 8
s umári o
3 3
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
Figura 2.35 - Pontos 1’, 2’, 3’ e 4’ no Figura 2.36 - Pontos 5’, 6’, 7’ e 8’ no
paralelogramos, correspondentes paralelogramos, correspondentes
aos pontos 1, 2, 3 e 4 aos pontos 5, 6, 7 e 8
1' 1'
5'
6'
2' 2'
4' 4'
8'
3' 7' 3'
1 1
6 5
6 5
2 4 2 4
7 8
7 8
s umári o 3 3
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
1'
5'
6' 1'
5'
2' 4'
4'
1
8' 6 5 6'
7' 3'
8'
1
6 5 2'
2 4
2 4 7'
3'
7 8
7 8
3
3
s umári o
Um exercício muito interessante, que pode ser realizado tanto com o
procedimento que acabou de ser apresentado, quanto com o procedimento
que será apresentado a seguir, consiste em representar a elipse em todas
as faces de um OR.
M1
1/2
2º 1º
M2 M4
1/2 3º 4º
1/2 M3 1/2
s umári o
Fonte: Autoras.
A B
Fonte: Autoras.
Primeiro constrói-se uma linha auxiliar partindo de uma das extremidades do segmento
AB, formando um ângulo qualquer com o segmento AB, figura 2.44.
A B
Ꝋ
Ꝋ = qualquer
Fonte: Autoras.
Em seguida, divide-se a linha auxiliar no número de partes que se quer dividir o seg-
mento AB (nesse exemplo o segmento será dividido em três partes iguais). Essa divisão
pode ser feita com uma escala (régua) ou utilizando uma mesma abertura no compas-
so, como mostra a figura 2.45.
A B
Ꝋ
u
1
u
s umári o 2
u
3 Ꝋ = qualquer
Fonte: Autoras.
A B
3
Fonte: Autoras.
Para finalizar deve-se traçar segmentos paralelos ao segmento 3A passando pelos pon-
tos 1 e 2. Dessa maneira, os segmentos traçados irão interceptar o segmento AB divi-
dindo-o em três partes iguais, como se vê na figura 2.47.
A B
3
Fonte: Autoras.
1
A 2
B
2
1
2 1 0 1 2
2 1 0 1 2
A 2
B
2
1
2 1 0 1 2
Fonte: Autoras.
Para demonstrar como representar a elipse vamos realizar o
procedimento no primeiro quadrante (Figura 2.51) e, depois, repeti-lo
nos demais quadrantes.
C C
D
1 1
2
s umári o
2
A A
B B
2
H
1 G
0 1 2
s umári o
ISOMETRIA:
PROJEÇÃO CILÍNDRICA
ORTOGONAL
Isometria:
projeção
cilíndrica
ortogonal
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA AXONOMETRIA
s umári o
Fonte: Costa, 2008.
Fonte: Autoras.
3.2
A depender da posição extata do objeto em relação ao plano de pro-
jeção as face são projetadas com angulações segundo três tipos de situação:
B. Duas faces são projetadas com o mesmo ângulo e a terceira face é pro-
jetada com um ângulo diferente. Assim tem-se a Dimetria, ou Bimetria,
onde duas faces terão mais destaque do que a outra (ver figura 3.4);
s umári o C. As três faces são projetadas com o mesmo ângulo, dessa forma tem-
-se a Isometria, onde as três faces sofrem a mesma deformação. O
ângulo que as faces fazem com o plano de projeção é igual a 120°
(pois 360°/3 = 120°, ver figura 3.5).
α
Ω
α α
ɸ
α ß
θ θ
3.5
3.4
3.3
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
3. Objeto e OR: o OR, que envolve o objeto, possui face frontal oblíqua
ao plano de projeção. A definição do ângulo de obliquidade define
s umári o o tipo de axonometria: Isometria (figura 3.3), Bimetria, ou Dimetria
(figura 3.4) e Trimetria (figura 3.5), neste livro será abordada apenas
a Isometria, em seu modo simplificado (ver itens a seguir);
A’C’= 0,816 x AC
A’D’= 0,816 x AD
Fonte: Costa, 2008.
Fonte: Costa, 2008. Fonte: Costa, 2008.
Z Z
Y X Y X
Y X
Fonte: Autoras.
Z Z
Y X
X Y
Fonte: Autoras.
s umári o
4. A figura 3.15 mostra como fica a rotação para cada um dos eixos
coordenados.
AH H
H
H
Y X
AH
s umári o AH
Fonte: Autoras.
Z Z
Y X Y X
X Y
Y X Y X
Fonte: Autoras.
ATENÇÃO!
Pode-se aplicar para os cones o mesmo que foi visto para os cilin-
dros, uma vez que as situações são semelhantes. Na figura 3.19, a primeira
representação traz um cone cuja face plana está paralela aos eixos x e y.
Sendo assim, ocorrerá o mesmo que aconteceu com o cilindro, ou seja, a
face em forma de circunferência vai aparecer como uma elipse. Na segunda
representação, a face plana do cone está paralela aos eixos y e z, e a exem-
plo do cilindro, também se torna uma elipse. Já na última representação a
face plana do cone está paralela aos eixos x e z.
s umári o
Y X
Y X X Y
Fonte: Autoras.
6 5
2 4
7 8
3
Fonte: Autoras.
M2 M1 2 1
2º
3º 1º
M3 4º M4
3 4
Fig.
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
AB
5
2 5 1 2 1
AB
6
6 8
8
s umári o 3 4
7 7
Fonte: Autoras.
M2 M1
2º
3º 1º
M3 4º M4
Fonte: Autoras.
2
1
A 0 A 0
1 1 1 1
2 C 2 2 C 2
D 2 D
2 1
1
B 0 B
1
2
M2 M1 M2 M1
2º
3º 1º
M3 4º M4
M3 M4
C1
Resumindo:
C2 C2
M2 M1 M2 M1
C3 C4
M3 M4 M3 M4
Fig.
C1 C1
M2 M1 M2 M1
s umári o
C3 C4 C3 C4
M3 M4 M3 M4
C1 C1
M2 M1
C3 C4
M3 M4
Fig. 3.
C1
Perfurar uma peça é retirar dela uma parte. Essa parte retirada
pode vazar toda a peça ou apenas parte desta. Para furar, cavar ou vazar
deve-se pensar em uma primeira peça, a qual se quer furar, e em uma
s umári o segunda peça, que terá a forma da parte que se quer retirar da primeira.
Dessa maneira, introduz-se a segunda peça na primeira de forma a reti-
rar desta um determinado volume.
Fonte: Costa, 2008.
A A
B B
C C
3.35
3.36
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
A figura 3.37 mostra os planos com as curvas que correspondem
às novas arestas geradas pela perfuração da peça. Finalmente, a figura 3.38
mostra a peça perfurada.
s umári o C
SISTEMA DE VISTAS:
PROJEÇÃO CILÍNDRICA ORTOGONAL
Sistema
de Vistas:
projeção
cilíndrica
ortogonal
4.1 INTRODUÇÃO
s umári o
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 104
Gaspard Monge, cuja foto aparece na figura 4.1, é considerado o
criador da Geometria Descritiva e grande teórico da Geometria Analítica.
Ele viveu na França em meados do século XVIII, era uma pessoa que gos-
tava das ciências exatas (física, matemática e geometria) e que possuía o
que chamamos atualmente de inteligência espacial, ou seja, ele facilmente
visualizava relações espaciais complexas. Foi um dos fundadores da Escola
Politécnica Francesa e também lecionou na Escola Militar Meziéres, tornan-
do-se um acadêmico de renome.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 105
4.2 CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA
DE VISTAS MONGEANAS
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 106
Figura 4.2 - Hemisférios Norte Figura 4.3 - Hemisférios Ocidental
e Sul do Globo Terrestre e Oriental do Globo Terrestre
1º Diedro
)
LT Plano Horizontal Anterior
A(
RR
E TE
H AD
LIN
Plano Horizontal Posterior
3º Diedro
s umári o 4º Diedro
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 107
Em seguida, Monge posicionou o objeto a ser representado num dos
diedros – geralmente sem tocar em nenhum dos planos de projeção – e,
assim, realizou a projeção ortogonal de todos os pontos desse objeto nos
planos de Projeção Vertical e Horizontal (ver figura 4.5).
π2
B=F
F
A=E
E
S B
D=H A
H
F C
LT
E=H
D
π1
B=C
afastamento
A=D
cota
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 108
Tomando como exemplo o objeto da figura 4.5, sua face frontal está
perpendicular ao plano de projeção horizontal, assim é possível perceber:
(1) que as arestas AB e DC têm projeções em forma de segmento de reta no
plano π1; (2) que as arestas AD e BC foram reduzidas a pontos também no
plano π1; (3) todos os pontos contidos na face ABCD foram projetados no
plano π1 sobre o mesmo segmento de reta, ou seja, o plano ABCD está em
Vista Básica (VB) com relação a π1. Vale salientar que a condição para que
um plano fique em VB com relação a outro plano é que ele contenha uma
reta que seja perpendicular ao plano onde ele será projetado. Segundo J. B.
Millar, em sua obra Elements of Descriptive Geometry de 1887, o teorema
IV da Geometria Descritiva, afirma que “todo plano que contém a normal
de outro plano é perpendicular a este plano” (MILLAR, 1887, p.5).
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 109
Figura 4.6 - A Épura
GIRO ÉPURA MONGEANA
π2 π2
π2
Z Z
Z
LT LT
LT
X X
Y X
π1
Y Y
π1
REBATIMENTO DE π1
π1
SOBRE π2
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 110
4.3. OBSERVADOR, OBJETO E PLANOS DE PROJEÇÃO
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 111
4.3.1 Primeiro e terceiro diedros
Observador
2° DIEDRO
Plano Horizontal
3° DIEDRO 4° DIEDRO
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 112
Figura 4.9 - Objeto Figura 4.10 - Objeto
no terceiro diedro no terceiro diedro em épura
OBJETO NO 3° DIEDRO
al
rtic
Ve ÉPURA
Observador no
Pla
2° DIEDRO 1° DIEDRO
Plano Horizontal
Observador
4° DIEDRO
Essa mudança faz com que a face frontal do objeto seja projetada
no plano vertical inferior e a face superior é projetada no plano horizontal
posterior. Quando se faz o rebatimento do plano horizontal sobre o vertical
para obter a épura teremos – tem-se, diferente do que ocorre no primeiro
diedro – a face frontal abaixo e a face superior acima da LT.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 113
Figura 4.11 - Objeto Figura 4.12 - Objeto
no segundo diedro no segundo diedro em épura
OBJETO NO 2° DIEDRO
Observador
ÉPURA
al
rtic
Ve
no
Pla
1° DIEDRO Observador
Plano Horizontal
3° DIEDRO 4° DIEDRO
al
OBJETO NO 4° DIEDRO
rtic
Ve Observador
Pla
no ÉPURA
2° DIEDRO 1° DIEDRO
Plano Horizontal
Observador
3° DIEDRO
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 114
4.3.3 Sistemas alemão e americano
Figura 4.15 - Vistas no Sistema Alemão Figura 4.16 - Vistas no Sistema Americano
I S
LD F LE P LE F LD P
s umári o I
S
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 115
No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que regula todo tipo
de padronização, não só para a área da Geometria Gráfica e do Desenho Técnico, como
também para outras áreas do conhecimento, adota o Sistema Alemão, também chama-
do de Sistema Europeu. No entanto, ela admite a utilização do Sistema Americano em
determinadas áreas do conhecimento (NBR 10067) (ABNT, 1995).
π2
π2
s umári o
LT
LT
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 116
Na medida em que outras faces da peça são projetadas é possível
visualizar outras dimensões do objeto. As figuras 4.19 e 4.20 trazem a pro-
jeção da face superior das peças, o que por consequência faz as dimensões
de largura e de profundidade serem mostradas.
Com as projeções das faces frontal e superior dos objetos, as três di-
mensões da peça são visualizadas (frontal = largura x altura; superior = largura
x profundidade). Dessa maneira, muitas peças já podem ser definidas, como é
o caso das peças das figuras 4.17 e 4.18. Por essa razão essas duas projeções, a
frontal e a superior, são chamadas de projeções básicas do Sistema de Vistas.
π2
π2
π1
π1
LT LT
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 117
Na primeira linha da figura 4.21 apenas uma das vistas é conhecida.
Nesse caso, são possíveis pelo menos três interpretações do objeto, como
mostram as figuras da linha 1, colunas A, B e C. Todas essas figuras podem
ser representações da figura dada na épura 1.
Quando são fornecidas duas vistas, épura 2, ainda são possíveis duas
interpretações do objeto, os objetos das colunas A e da coluna B. Note que a
figura da coluna C é descartada, uma vez que a vista superior dada na épura
não é compatível com a vista superior de um cilindro.
Para que se possa ter certeza de que objeto se trata, mais uma
vista precisa ser dada. Tem-se, então, a épura 3, que traz as vistas F, S e
LD. Com tais informações é possível afirmar que o objeto tratado é o que
está representado na coluna B. Assim, percebe-se que ao fornecer três
vistas define-se o objeto.
ÉPURAS A B C
s umári o 3
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 118
Para realizar as seis projeções possíveis de um objeto é mais prático
imaginar os seis planos de projeção se unindo para formar uma Caixa de
Projeção imaginária. Dessa maneira, é mais fácil controlar a posição dos
planos de projeção e garantir que estes estejam perpendiculares e/ou para-
lelos entre si. Sendo assim, os pares de planos (frontal x posterior, superior x
inferior e lateral esquerdo x lateral direito) estão paralelos entre si; enquan-
to os planos laterais estão perpendiculares aos planos frontal, posterior, su-
perior e inferior, como mostra a figura 4.22.
s umári o
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 119
Após as projeções, a Caixa de Projeção é aberta, como mostra a figura
4.24. Esse movimento é o mesmo feito por Gaspard Monge ao fazer o plano
horizontal coincidir com o plano vertical, para assim criar a épura mongeana.
De forma análoga, quando a caixa é aberta, é possível ver todas as representa-
ções do objeto em uma superfície bidimensional. No caso da figura analisada,
após a abertura da caixa, todos os planos envolvidos coincidiram com o plano
vertical e, assim, tem-se as vistas de todas as faces do objeto.
LD F LE P
s umári o
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 120
Essa organização também deixa clara uma característica das vistas,
a relação projetiva existente entre elas, a qual se dá por meio das linhas
de chamada, que aparecem em verde na figura 4.25. Tal relação possibilita
que informações dimensionais (x, y e z) de uma vista, auxiliem a construção
das outras vistas. Além disso, é exatamente essa relação que possibilita que
operações gráficas sejam realizadas na épura, isso porque elas registram as
medidas lineares e angulares do objeto, bem como as distâncias entre as
arestas e os planos de projeção.
LD F LE P
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 121
4.5 OS EIXOS COORDENADOS
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 122
Figura 4.26 - Vistas com eixos coordenados
I
z z x z z
LD F LE P
y x y x
x
S
y
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 123
Figura 4.27 - Vista Figura 4.28 - Possíveis interpretações
frontal de um objeto para o objeto com base na leitura
da vista frontal (figura 4.27)
A figura 4.29 traz uma segunda vista da peça, nela estão indicadas
por setas as superfícies 1 e 2, que estão reduzidas a uma reta. Sabe-se, por
exemplo, que não há superfícies curvas, o que descartaria algumas das pos-
síveis interpretações da peça presentes na figura 4.28.
Já a figura 4.30 traz as duas vistas associadas, tal fato facilita a inter-
pretação das informações, inclusive porque pelo próprio posicionamento
das vistas já é possível afirmar que a vista da figura 4.27 é a vista F, enquan-
to que a vista da figura 4.29 é a vista S ou ainda que a primeira é a vista I
s umári o e a segunda é a vista F. O mais comum é que sejam fornecidas as vistas F e S,
visto que essas são as vistas que mostram as faces com mais detalhes da peça.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 124
Figura 4.29 - Vista Figura 4.30 - Relação entre a vista
superior do objeto frontal e a vista superior do objeto
s umári o
Fonte: Costa, 2008.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 125
A superfície número 2 aparece do mesmo modo que a primeira
superfície analisada, ou seja, em vista na vista F e como um segmento na
vista S. No entanto, seu posicionamento em relação aos planos de proje-
ção é diferente. Ela está perpendicular ao plano horizontal, mas é oblíqua
ao plano vertical (ver figura 4.31).
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 126
as vistas do objeto que mais claramente caracterizam-no. De forma que
não deixe margens para dúvidas na interpretação.
s umári o
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 127
4.8 REPRESENTAÇÕES DAS VISTAS DE OBJETOS
APLICAÇÃO
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 128
Figura 4.37 - Isometria simplificada de um objeto
s umári o
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 129
Na sequência, as vistas são organizadas nos quadrantes formados
pelas LTs, de acordo com a ordem mostrada na figura 4.25, já que nesse
livro o Sistema Europeu ou Alemão foi o padrão adotado para representar
os objetos. O resultado dessa organização das vistas está na figura 4.41.
A A
X X
s umári o Y
A
Y
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 130
Na figura 4.40, que traz também a vista S, é possível observar a coor-
denada y do ponto A, que é [5]. Dessa forma, tem-se as três coordenadas,
sendo elas [x; y; z] = [1; 5; 1]. Com essa informação e a relação projetiva
entre as faces, dada pelas linhas de chamada, é possível encontrar o ponto
A em qualquer uma das outras vistas.
A A
X
A
Y
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 131
• As linhas tracejadas (grossas) são utilizadas para representar as
arestas existentes, porém não visíveis;
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 132
3. Iniciar a representação da peça traçando o OR ainda nas vistas orto-
gráficas. Assim se terá total controle sobre as medidas totais da peça,
larguras, alturas e profundidades. Em seguida, representar a peça,
com auxílio do esboço, dentro do OR;
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 133
4.9 SÓLIDOS BÁSICOS:
PRISMAS, PIRÂMIDES,
CILINDROS, CONES E ESFERAS
4.9.1 Prisma
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 134
No caso dessa figura, o objeto está desenhado em Cavaleira e possui
K = 0,5, isso significa que quando a peça for representada em Isometria
Simplificada ou no Sistema de Vistas, as medidas relativas ao eixo y serão
aumentadas (segundo o fator K dado que é de 0,5), uma vez que nesses
sistemas de representação o K sempre é igual a 1.
K = 0,5 K = 0,5
S
LD
F
s umári o
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 135
Figura 4.44 - Organização das vistas em épura
Z
LATERAL FRONTAL
DIREITA
SUPERIOR
Fonte: Autoras.
Z Z
F
F
s umári o X X
Y Y
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 136
Em seguida, as medidas de profundidade, extraídas da Cavaleira são
introduzidas na representação no quadrante da vista S, como também apa-
rece na figura 4.46.
Z Z
F LD F
X X
S S
s umári o
Y Y
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 137
4.9.2 Pirâmides
s umári o
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 138
dadas na projeção. O próximo procedimento é a representação da vista F.
Para isso estendemos as linhas de chamada no sentido vertical, incluindo a
linha de chamada que contém as informações sobre o vértice.
Figura 4.50 - Vista Figura 4.51 - Vistas superior Figura 4.52 - Vistas
superior da pirâmide e frontal da pirâmide superior, frontal e lateral
direita da pirâmide
Z Z Z
V V V
X X X
V V V
Y Y Y
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 139
chamada. Um ótimo exemplo para ilustrar essa situação é o ponto V que
representa o vértice da pirâmide. Ele está sempre na mesma linha de cha-
mada, não importa a vista em questão. Em outras palavras, ele “percorre”
todos os quadrantes (ver figura 4.52).
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 140
de um eixo, de uma reta geratriz (concorrente a este eixo) e de uma diretriz
(circunferência) e ao mover a geratriz em torno do eixo por toda a diretriz
tem-se uma superfície cônica. A quantidade de geratrizes em cada sólido é
ilimitada, no entanto, quando representamos esses sólidos, precisamos mos-
trar apenas algumas delas, as Geratrizes de Limite de Visibilidade (GLV) que,
como o nome já diz, é a geratriz que marca o limite da superfície que está sen-
do visualizado pelo observador em cada projeção. Consequentemente, cada
projeção possui suas GLVs. No caso de uma peça representada em diferentes
tipos de projeção, as geratrizes não serão, necessariamente, as mesmas, pois
elas mudam de uma projeção para outra.
Z
g6 g6
g4 g3 g2 g1
g5 g5
X
g5=g6
s umári o
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 141
Figura 4.55 - Isometria Simplificada Figura 4.56 - Cavaleira do
do mesmo cilindro da figura mesmo cilindro da figura
4.54, mostrando suas GLVs 4.54, mostrando suas GLVs
g6
g6 g10
g7 g8
g9
g5
g5
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 142
da peça nas outras representações da mesma peça, ou seja, onde estariam
g1, g2, g3, g4, g5, g6, g7, g8, g9 e g10 em todas as representações.
Z
g6 g6
g4 g1=g2 g3 g2 g3=g4 g1
g5 g5
X
g3
g5=g6
g2 g1
g4
Y
Fonte: Autoras.
s umári o
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 143
Figura 4.58 - Isometria Simplificada do cilindro com destaque para as GLVs
g6 g6
g3
g2
g7 g8 g7 g8
g1 g4
g5 g5
Fonte: Autoras.
g6 g6
g3
g10 g10
g2 g1
g9 g9
g4
g5 g5
Fonte: Autoras.
s umári o
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 144
O segundo aspecto tem a ver com as geratrizes retas. Nas represen-
tações, apenas as GLVs “aparecem” em linha contínua grossa, já as outras
geratrizes não “aparecem”, ou seja, estão nas projeções apenas como linhas
de construção (contínua fina). O importante é entender que mesmo sem
“aparecer” elas são parte das representações e mantêm suas propriedades
geométricas. Tal fato tem grande importância não somente na construção
das representações, mas também no estudo de outros conteúdos como, por
exemplo, Seção Plana, pois elas auxiliarão na construção de resoluções que
serão estudadas no Capítulo 6.
Z
V V V
V
g4 g3 g2 g1 g10
g7 g8 g9
g5 g5
X
g5
g5
V
g5
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 145
Figura 4.63 - Vistas de um cone com destaque para as GLVs
Z
V V
g4 g3 g2 g1
g1=g2 g3=g4
g5 g5
X
g5
g3
V
g2 g1
g4
Fonte: Autoras.
V V
g10
g7 g8 g9
g2 g3 g3
g2
g1
s umári o g1
g4 g4
g5 g5
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 146
4.9.4 Cilindros
g2 g3
g5
GLV GLV
g4 g1
g6
s umári o
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 147
Na figura 4.66, tem-se um cilindro com seu OR e oito das suas ge-
ratrizes destacadas. Primeiramente, foram destacadas as duas GLVs retas
da Isometria Simplificada, que estão presentes em qualquer representação
de sólidos que possuem superfícies curvas. Isso porque superfícies dessa
natureza não possuem arestas, logo a superfície curva aparece na forma de
duas arestas. As GLVs servem para marcar os limites de visibilidade do ob-
servador quando este observa a peça. As outras seis geratrizes destacadas
na figura 4.66 são:
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 148
a vista S, foi definida uma medida de afastamento do sólido para os planos
de projeção, que se traduz na distância existente entre o OR e as LTs. É
interessante que essa medida de afastamento seja a mesma em todas as
vistas. Em seguida, o quadrilátero que circunscreverá a circunferência é re-
presentado (geratrizes g5 e g6). Dentro dele se constrói uma circunferência
que será a vista S da peça. Na circunferência, é possível identificar as quatro
geratrizes em VB (g1, g2, g3 e g4) (ver figura 4.67).
Na vista F as GLVs do cilindro são g1, g2, g5, e g6 (ver figura 4.68).
Para representar a vista F do cilindro é necessário levar as linhas de chama-
da que partem das arestas do quadrilátero até o quadrante onde ficará a
vista F. Para definir a altura de g1 e g2 basta buscar essa medida no OR da
Isometria Simplificada e marcá-la sobre as linhas de chamada. Pode-se ain-
da representar as GLVs da vista LD, g3 e g4 na vista F. A diferença é que g1,
g2, g5 e g6 são marcadas com linhas grossas de aresta visível enquanto g3 e
g4 são marcadas com linhas finas, de construção ou auxiliares.
Z Z
g6
g2 g3=g4 g1
g5
X X
g3 g3
g2 g1 g2 g1
g5=g6 g5=g6
s umári o g4 g4
Y Y
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 149
Na vista LD as GLVs são g3, g4 e, novamente, g5 e g6, ver figura 4.69.
Para representar a vista LD, é necessário levar as linhas de chamada que par-
tem das vistas S e F. Quando elas se cruzam no quadrante em que fica a vista
LD a vista está praticamente pronta. Na vista LD se pode ainda marcar as GLVs
da vista F (g1 e g2). As GLVs g3, g4, g5 e g6 são marcadas com linhas grossas
enquanto g1 e g2 são marcadas com linhas finas, como mostra a figura 4.70.
Z Z
g6 g6 g6
g5 g5 g5
X X
g3 g3
g2 g1 g2 g1
g5=g6 g5=g6
g4 g4
Y Y
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 150
4.9.5 Cones
GLV GLV
s umári o g2 g3
g4 g1
g5
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 151
No caso do exemplo tratado neste item, a representação no Siste-
ma de Vistas também vai ter início com a vista S. Como mostra a figura 4.72,
a representação dessa vista consiste na construção de uma circunferência,
que é a GLV g5 (circunscrita por um quadrilátero que representa a vista S do
OR) e na localização do vértice do cone no centro dela. Nota-se que não há
GLVs na vista S, pois quando visto de cima o cone não possui arestas.
Z Z
V
g2 g1
g3=g4
g5
2 3=4 1
X X
3
g3 g3
g2 V g1 2 g2 V g1 1
g4 g4 g5
g5
4
Y Y
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 152
da vista F, localiza-se os pontos 1 e 2 que estão na base do cone e o ponto V
que está no ponto mais alto do cone. Ao conectar, com linhas contínuas gros-
sas, os pontos V aos pontos 1 e 2 tem-se as GLVs g1 e g2. Conecta-se também
o ponto 1 ao ponto 2, finalizando assim, a representação da vista F do cone.
Z Z
V V V
g2 g1 g4 g3 g2 g1
3 3
g3 g3
2 g2 V g1 1 2 g2 V g1 1
g4 g4
s umári o g5 g5
4 4
Y Y
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 153
4.9.6. Esferas
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 154
Para representar a esfera em Isometria Simplificada vai ocorrer o
contrário, ou seja, como as medidas que estão paralelas aos eixos coorde-
nados sofrem deformação, a qual é desconsiderada, a representação do
CAE (que na Isometria Exata não sofre deformação) será deformada em
0,816, para que ela possa compensar a deformação das outras medidas,
como mostra a figura 4.78.
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 155
Figura 4.79 - Elementos de uma esfera
rai l
or ea
ea or
l rai
raio deformado
4.00
ea
l 2.45 elipse que divide a esfera
or
rai 2.0
0
em meias esferas
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 156
Figura 4.80 - Geratrizes de uma esfera
g2
g3
g1
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 157
Para representar a vista F, mostrada na figura 4.82, traçam-se duas
tangentes à g1 na vista S, que serão as linhas de chamada que vão levar as
medidas de largura para a vista F. Sobre essas linhas marca-se o diâmetro da
esfera e fecha-se a vista F do OR. Com isso é possível traçar a GLV da vista F, g2
da esfera. Assim como a g1, a g2 corresponde a um dos meridianos da esfera.
Z Z
g2
g1
X X
g1 g1
Y Y
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 158
Figura 4.83 - Construção da vista Figura 4.84 - Vistas superior, frontal
lateral direita de uma esfera e lateral direita de uma esfera
Z Z
g3 g2 g3 g2 g3 g2
g1 g1 g1
X X
g3 g1 g3 g1
Y Y
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 159
Dessa maneira, a depender do posicionamento do plano de seção, os
seguintes sólidos podem ser gerados:
Observações importantes:
√ Para não confundir o CAE das elipses nas partes da esfera, representam-se todos os
planos de corte, bem como todas as partes de elipse necessárias para a construção
da figura;
√ Para construção de:
• 1/2 da esfera serão necessários um plano de corte e uma elipse completa (ver
figuras 4.85, 4.86 e 4.87);
• 1/4 da esfera serão necessários dois planos de corte, cada um contendo 1/2 de
elipse (ver figura 4.88);
• 1/8 da esfera, serão necessários três planos de corte, cada um contendo 1/4 de
elipse (ver figura 4.89);
• Partes de esfera cujos planos de corte não passam pelo centro da esfera exigirão
um trabalho referenciado pelo OR.
Atenção para as cores: em todas as imagens o OR e as linhas de construção estão
em verde; os arcos de elipse (que representam circunferências na realidade) estão em
preto; e os CAEs estão em vermelho.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 160
Figura 4.85 - Exemplos de metades de esferas
com plano de seção paralelo aos eixos x e y.
Fonte: Autoras.
4.86
Fonte: Autoras.
s umári o
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 161
Figura 4.87 - Exemplos de metades de esferas
com plano de seção paralelo aos eixos x e z
4.87
Fonte: Autoras.
s umári o
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 162
4.9.7.3 Oitavos de esfera
Figura 4.89 - Oitavos de esfera, mostrando
oito dentre as 24 possibilidades
Fonte: Autoras.
s umári o
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Sistema de Vistas: projeção cilíndrica ortogonal • 163
5
Capítulo 5
VERDADEIRA GRANDEZA
Verdadeira
Grandeza
5.1 DEFINIÇÕES E USOS
Saber “ler” ou, mais ainda, saber extrair as VGs de um objeto que está
representado no Sistema de Vistas é importante não somente para cálculo
de áreas, mas também para a realização de diversas outras atividades da
prática profissional dessas áreas do conhecimento como, por exemplo, a
análise de projetos e a elaboração de pareceres técnicos.
• Mudança de Plano;
• Rotação; e
s umári o • Rebatimento.
Fonte: Autoras.
Quadro 5.1 - Resumo das posições que um objeto pode tomar em relação
a um plano de projeção e as suas consequentes representações
s umári o
objeto oblíquo ao plano de projeção = objeto com dimensões reduzidas
Fonte: Autoras.
PA
π2
PA
D
π2 VG
AB A
CD
D C
B
C A
π2
π1
π1
5.3.1 Caso 1
π2π3
1 4 1=4
2 3 2=3
π1π3 π1π2
4 3
1 2
π1π3
Fonte: Autoras.
π2π3
1 4 1=4
π2
2 3 π4
2=3
π1π3 π1π2
4 3
1 2
π1π3
Fonte: Autoras.
Na sequência, como mostra na figura 5.5, também por meio das li-
nhas de chamada, ocorre o transporte das medidas das arestas 14 e 23 que
estão em VG no plano π1. Nesse momento é preciso ter o cuidado de tomar
como referência as linhas de terra (π1π2 e π2π4), ou seja, transfere-se as
medidas m e n do plano π1 para o plano π4.
s umári o
4
2
π2π3
1 4 1=4
n
π2
m
2 3 π4
2=3
π1π3 π1π2
m
4 3
n
1 2
π1π3
Fonte: Autoras.
4
VG da face
2
π2π3
1234
1 4 1=4
n
π2
m
2 3 π4
2=3
π1π3 π1π2
s umári o
m
4 3
n
1 2
π1π3
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Verdadeira Grandeza • 175
Resumo dos procedimentos ilustrados na figura 5.6
5.3.2 Caso 2
s umári o
A segunda das três situações possíveis de posicionamento entre
os entes geométricos e os planos de projeção na operação de Mudança
de Plano fica configurada quando a face não está em VB, mas pelo menos
π2π3
1 2 1 2
4 3 4 3
π 1π 3 π1π2
2
π1π3
Fonte: Autoras
Fonte: Autoras.
π2π3
1 2 1 2
4 3 4 3
π1π3 π1π2
π1π3
π1
π4
Fonte: Autoras.
s umári o O próximo passo consiste em projetar a face 1234 no plano π4 para que
esta fique em VB. Para isso utilizam-se linhas de chamada e o transporte de
medidas já comentados na explicação do Caso 1, como mostra a figura 5.10.
π2π3
1 2 1 2
4 3 4 3
m
π1π3 π1π2
π1π3
n
1=2
π1
m
π4
VB da face
3=4
1234
Fonte: Autoras.
s umári o
π2π3
1 2 1 2
4 3 4 3
π1π3 π1π2
t
3
s
π1π3
1=2
π1
π4
VB da face
3=4
1234
π4π
5
s
t
4
VG da face
1234
2
5.11
Fonte: Autoras.
s umári o
π2π3
1 1
2
2
3 3
π1π3 π1π2
1
π1π3
Fonte: Autoras.
π2π3
1 1
2
P
2
3 3
π1π3 π1π2
1
2
P
π1π3
Fonte: Autoras.
s umári o
s umári o
π2π3
1 1
2
P
2
a
3 3
b
c
π1π3 π1π2
1
2
a P
1 b
3
2=P
π1π3
VB da face c
123
3
π1π
4
Fonte: Autoras.
s umári o
π2π3
1 1
2
P
2
3 3
π1π3 π1π2
1
d
2
e
P
1 π1π3
3
2=P
f
d
π1π
3
s umári o π4
4
π5
1
e
VG da face
123
2 3
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Verdadeira Grandeza • 187
6
Capítulo 6
SEÇÃO PLANA
Seção
Plana
6.1 INTRODUÇÃO AOS CONCEITOS DE
SEÇÃO PLANA E DE INTERSEÇÃO
α
Fonte: Bortolossi, 20222 Fonte: Bortolossi, 20223 Fonte: Bortolossi, 20224
Uma superfície pode ser gerada por mais de uma lei de geração. No
caso da superfície cilíndrica (figura 6.3), por exemplo, uma de suas leis de
geração é a seguinte: uma superfície cilíndrica pode ser obtida quando um
segmento de reta, paralelo a um eixo localizado no centro de uma circun-
ferência, gira em torno desse eixo sobre essa circunferência. Outra lei de
geração para a mesma superfície da figura 6.3 é a seguinte: se uma circun-
ferência se move ao longo de um eixo, o qual passa pelo seu centro de modo
perpendicular ao plano que a contém, tem-se uma superfície cilíndrica.
s umári o
Fonte: Autoras.
Fonte: Sá (1982).
Fonte: Docplayer, c2022 .6
Fonte: Docplayer, c20227.
A
A C
B
m
s umári o
Fonte: Barison, 2022.8 Fonte: Autoras.
Figura 6.17 - Prisma seccionado por Figura 6.18 - Prisma truncado após a seção
um plano paralelo ao plano π1
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
α
3=4 1=2 1=4 2=3 3=4 1=2 1=4 2=3
1 2 1 2
4 3 4 3
s umári o
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
4 1 1=4 4 1 1=4
3 2 2=3 3 2 2=3
α
1 2 1 2
4 3 4 3
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
s umári o
3=4 4 3 3=4 4 3
α
1=4 2=3 1=4 2=3
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
s umári o
1 2 1 2
4 3 4 3
s umári o
2=3 2 3 2 3
2=3
1=4 1 4 1=4 1 4
α
2 3 2 3
1 4 1 4
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
2=3 2 3 2=3 2 3
1 4 1 4
1=4 1=4
s umári o
α
1 2 3 4 1 2 3 4
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
s umári o
s umári o
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
g3 g2=g1 g4 g1 g3=g4 g2
α
3 1=2 4 1 3=4 2 3 1=2 4 1 3=4 2
4= g4 4
1=g1 2=g2 1 2
3=g3 3
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
1 1 1 1
3 4 3=4 3 4 3=4
2 2
2 2 α
g3 g2=g1 g4 g1 g3=g4 g2
4 4=g4
1 2 1=g1 2=g2
3 3=g3
s umári o
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Seção Plana • 211
A figura 6.57 mostra a representação, em vistas, da seção de um
cilindro reto por um plano oblíquo ao plano π1, o plano de seção α, que
passa por uma das superfícies planas do sólido. Na vista F, o plano de se-
ção α está em VB. Na vista S, a área seccionada é limitada por um arco de
circunferência somado a um segmento de reta. O arco de circunferência
corresponde ao arco de elipse projetado na vista S e o segmento de reta
corresponde à interseção entre o plano de seção e o topo do cilindro.
Na vista LD, a área seccionada também corresponde a um arco de elipse
somado a um segmento de reta, aqui o arco de elipse apresenta um tama-
nho reduzido no sentido do eixo maior.
s umári o
3 4 3 4 3=4
3=4
2 2
2 2
α
g3 g2=g1 g4 g1 g3=g4 g2
4=g4 4
1' 1'
1 2
1=g1 2=g2
1 1
3=g3 3
s umári o
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
s umári o
g3 g2=g1 g4 g1 g3=g4 g2
3=4 3 4 3=4 3 4
α
1=3 2=4 1=3 2=4
s umári o
Fonte: Autoras.
Figura 6.64 - Geratrizes curvas do cone Figura 6.65 - Geratrizes retas do cone
s umári o
Superfície Cônica
V
Geratriz
Fonte: Autoras.
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
α Circunferência
s umári o
α ┴ eixo Circunferência
Fonte: Autoras.
g3 g4 g1 g2
3 1=2 4 1 3=4 2 α 4
3 1=2 1 3=4 2
g1=g2 g3=g4
g4
4
4
1 2
g1 g2
1 2
s umári o
3
g3
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
α V
Elipse
β
β>ɸ Elipse
Fonte: Autoras.
g1 g2
g3 1 g4 1
1 1
3 4 3=4 3 4 3=4
2 2
2 2
g1=g2 g3=g4
α
g4
4 4
1 2 1 2
g1 g2
3 3
g3
s umári o
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
α ɸ
β Parábola
ɸ=β Parábola
Fonte: Autoras.
α
1 1 1 1
g3 g4
4 g1 g2 3 4
3 3=4 3=4
g1=g2 g3=g4
2=2'
2 2' 2=2' 2 2'
2' 2'
g4
4
4
1 1
g1 g2
3 3
g3 2
2
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
α e
V
β Hipérbole
s umári o
β<ɸ Hipérbole
Fonte: Autoras.
Andiara Lopes e Mariana Gusmão • Seção Plana • 225
A figura 6.85 mostra a representação, em vistas, da seção de um plano
oblíquo ao eixo do cone em um cone reto tendo como resultado uma hipér-
bole e a figura 6.86 mostra o resultado dessa seção, com destaque para a área
seccionada (hachura com linhas oblíquas) e para a peça resultante da seção
(hachura com pontos). Na vista F o plano de seção α está em VB. Nas vistas S
e LD, a área seccionada corresponde a hipérboles somadas a segmentos de
reta, já que o plano de seção corta a base e o topo do sólido. As dimensões das
hipérboles estão reduzidas no sentido vertical devido à obliquidade do plano
que a contém em relação aos planos em que estão projetadas.
g1=g2 g3=g4
3 3
3 3
g3 g4 g1 g2
4=4'
4 4'
4 4' 4=4'
1'
1' 4'
g4 4' 4
4
t' 3
t' 3
2
g1 2 g2 t"
t"
g3 4
4 1
1
s umári o
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
Fonte: Autoras. Fonte: Autoras.
s umári o
Fonte: Autoras.
s umári o
2 2 2
2
g3 g4
3 3 3
3
g1 g2
4 4 4' 4=4'
4' 4=4'
1'=4' 1'=4'
g4
2=3 2=3
g1 g2
g3
1=4 1=4
s umári o