Coletânea Textos Cursiva

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A girafa gerente

A girafa Genoveva é a gerente de uma loja que vende


guloseimas. Ela vende gelatinas, chocolates, picolé e
sorvete de todos os sabores. Uma delícia!
Genoveva recebe muitos elogios dos clientes, pois ela
está sempre atendo todos muito contentes.
Sua agenda é cheia de compromissos, por isso ela
vive de olho no relógio.

A árvore de Jaqueline

Jaqueline é uma menina que não tem muitos


brinquedos.
Seu pai trabalha limpando as ruas e sua mãe é
costureira em uma fábrica.
Toda tarde, depois de fazer os deveres da escola, ela
corre para brincar na árvore que tem em frente a sua
casa.
A árvore vive carregada de laranjas. Jaqueline vende
as laranjas da árvore para as professoras de sua escola
e o dinheiro dá para sua mãe.
A árvore de João
João é um menino que gosta muito de plantas.
No seu aniversário seu tio disse:
 João essa sementinha é um presente para você.
João disse:
 Obrigado tio! Vou plantar essa semente no quintal
da minha casa.
Ele plantou a semente na terra e todos os dias ele
molhava e conversava com a sua plantinha.
A plantinha foi crescendo e se tornou uma árvore
enorme.
Numa tarde ele viu que estava nascendo uma frutinha
e descobriu que sua árvore era uma laranjeira. Ele disse:
 Oba! Vou poder fazer sucos de laranjas todos os
dias!

O burrinho teimoso
Renato tem um burrinho que se chama Barroso. O
burrinho adora fugir escondido.
Um dia Barroso pulou a cerca e correu para o morro.
Renato pegou o burrinho e amarrou em uma árvore.
Renato falou para Barroso:
― Que burrinho teimoso!
A escola da bicharada
Na escola da bicharada, dona coruja por ser muito
inteligente, é a professora.
O papagaio fala o tempo todo, por isso ainda não
aprendeu a ler. O macaco só faz palhaçada.
O aluno que dá mais trabalho é o vaidoso pavão. Ele
não fica quieto na carteira e passeia o tempo todo, pra lá
e pra cá.
Um dia o pavão falou:
 Como sou lindo! Vejam minhas penas!
O macaco respondeu:
 Olhe para seus pés, como são feios!
O pavão olhou para os pés e levou um enorme susto e
ficou muito triste até o fim da aula.

O papagaio
Pepe é o papagaio de Paula.
A menina deu melão, mamão, pipoca e bala ao Pepe.
O papagaio comeu e pediu:
— Dá comida! Dá comida!
Paula falou:
— Pepe é comilão!
A galinha medrosa - Liliana e Michele Lacocca.

Logo ao nascer do sol, uma galinha medrosa, que


acordou antes das outras, saiu do galinheiro.
Ainda tonta de sono e meio distraída, viu a própria
sombra atrás dela e levou o maior susto:
 Cocó... cococó... cocoricó... socorro! Tem um
bicho horroroso me perseguindo!
E saiu correndo pra lá e pra cá, toda arrepiada,
soltando penas para tudo quanto é lado.
A barulheira acordou as outras galinhas que,
assustadas, saíram do galinheiro:
 O que foi que aconteceu? Cadê o bicho? Que
susto! Cocoricó... cocoricó... cocoricó...
E saíram correndo pra lá e pra cá, todas arrepiadas,
soltando penas para tudo que é lado.
Só depois de muito tempo e de muita correria é que
elas se deram conta de que não estavam vendo bicho
nenhum.
 Onde está o bicho? – perguntou uma delas ainda
meio sem fôlego.
 Ali – respondeu a galinha medrosa e apontou
para a própria sombra.
O burro e o cão"
Um homem tinha um cão e um burro.
Gostava muito de brincar com o cão. Jogava-lhe
gulodices e fazia-lhe muitas festas.
O burro foi ficando com ciúmes:
- A final, que faz esse cãozinho para ter tantas regalias?
Ele salta em volta de nosso dono,
lambe-lhe as mãos, dá a patinha. Nada de extraordinário.
Posso Fazer igual.
E se bem pensou, melhor fez: Assim que o dono se
aproximou, começou a saltar-lhe ao redor e logo lhe pôs
as duas patas no peito.
O dono, é claro, machucou-se. Furioso, mandou que
recolhessem o burro a pauladas e o amarrassem na cerca.
Muito desapontado, nosso amigo lá ficou a tarde
inteira. No fim do dia, tinha concluído:
- Nada adianta querermos ter talentos que não temos.
Nada sai com graça.
A lebre e as Rãs
Dentro de sua toca, uma lebre refletia sobre a vida:
- As pessoas medrosas são bem infelizes- pensava.- Não
aproveitam a vida.
Sempre sustos, alarmes, desassossegos. É assim que
eu vivo. Esse medo maldito só me deixa dormir de olhos
abertos. Lembrou-se então de amigos que lhe diziam:
"corrija-se".
- É fácil de dizer. O medo não se corrige. Creio mesmo,
sinceramente, que os seres humanos também têm medo.
Ao mesmo tempo que pensava, nossa lebre viajava o que se
passava ao redor, um sopro; uma sombra, tudo a
apavorava.
Meditando assim, ouviu um pequeno ruído. Foi o sinal
para sair correndo. Perto, havia um brejo onde moravam
muitas rãs. Estas, ao som de um animal, se aproximando,
atiraram-se ao brejo, buscando abrigo nas grotas
profundas.
- Oh!- disse a lebre.- Pus tudo em debandada! Será
possível que eu também amedronte alguém? Há animais que
tremem diante de mim? Nem podia acreditar.
-É.....- convenceu-se afinal.- Não há covarde neste mundo
que não possa encontrar outro covarde maior.
A lua e a sua Mãe
A lua pediu á sua mãe que lhe fizesse um vestido.
- Um vestido?- perguntou a mãe, espantada.- Não é
possível fazer um vestido para você, minha filha.
- Por que não?
- Hoje você está gorda, amanhã você está magra.
Um dia você é lua cheia, outro dia você é lua nova. E
ainda, ás vezes, não é nem cheia, nem nova.
Impossível fazer um vestido para alguém como você.
E como a lua teimava, a mãe acabou o assunto:
- Decida a quantas anda, antes de querer um vestido.
Isso também é importante para as pessoas.
Como fazer alguma coisa por alguém que não sabe direito
quem é?

Pega o tatu!
Tadeu viu um tatu jogando bola.
O bola pulou no sofá da sala.
Tia Tânia ficou com medo.
— Pega o tatu, Tadeu! – ela falou.
Tadeu pegou o tatu pelo rabo.
Cássia e o pássaro
O pássaro pousou no pé de pêssego.
Cássia assobiou e o pássaro voou.
Cássia disse:
 Se o pássaro ficasse, eu poderia pegá-lo!
A mãe de Cássia ouviu e falou:
 Não diga isso, menina! Você viveria numa
gaiola?
Cássia ficou calada. A mãe dela falou de novo:
 Deixe o pássaro na natureza. Ela é a casa dele.

A ema
A ema chega e come uma folha.
Come o gafanhoto que está na folha.
A borboleta, mais que depressa, voa pra longe dali.
Pois, onde há uma ema, há sempre outra e mais outra.
Comem moscas, mosquitos, borboletas e mariposas.
Engolem do mesmo jeito qualquer coisa que encontram.
Não querem saber se é pedra, botão ou parafuso.
A Formiga e a Pomba
Uma Formiga foi à margem do rio para beber água e,
sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se
afogar.
Uma Pomba que estava numa árvore sobre a água,
arrancou uma folha e a deixou cair na correnteza perto
dela. A Formiga subiu na folha e flutuou em segurança
até a margem.
Pouco tempo depois, um caçador de pássaros veio por
baixo da árvore e se preparava para colocar varas com
visgo perto da Pomba que repousava nos galhos alheia
ao perigo.
A Formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe uma
ferroada no pé. Ele repentinamente deixou cair sua
armadilha e, isso deu chance para que a Pomba voasse
para longe a salvo.
Moral da História: Quem é grato de coração sempre
encontrará oportunidades para mostrar sua gratidão.
O Boi e a Rã
Um Boi indo beber água num charco pisou em uma
ninhada de rãs e esmagou uma delas.
A mãe das Rãs veio, e, dando pela falta de um dos seus
filhos, perguntou aos seus irmãos o que havia acontecido
com ele.
- Ele foi morto mãe; ainda a pouco uma grande besta
com quatro enormes pés veio à lagoa e pisou em cima dele
com sua pata que era rachada no meio.
A mãe, se inflou toda e perguntou:
- A besta era maior do que estou agora?
- Pare mãe, pare de se inflar - Disse o seu filho - e
não fique aborrecida por tentar, eu lhe asseguro, você
explodiria antes que conseguisse imitar o tamanho
daquele Monstro.
Moral da História: Muitas vezes, coisas
insignificantes, nos desviam a atenção do verdadeiro
problema.
O Leão e o Rato
Um Leão foi acordado por um Rato que passou
correndo sobre seu rosto. Com um salto ágil ele o
capturou e estava pronto para matá-lo, quando o Rato
suplicou:
- Se o senhor poupasse minha vida, tenho certeza que
poderia um dia retribuir sua bondade.
O Leão deu uma gargalhada de desprezo e o soltou.
Aconteceu que pouco depois disso o Leão foi capturado por
caçadores que o amarraram com fortes cordas no chão.
O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou, roeu as
cordas e libertou-o dizendo:
- O senhor achou ridícula a ideia de que eu jamais
seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim
qualquer compensação pelo seu favor; Mas agora sabe
que é possível mesmo a um Rato conceber um favor a um
poderoso Leão.
Moral da História: Os pequenos amigos podem se
revelar grandes aliados
A Raposa e as Uvas
Uma Raposa morta de fome, viu alguns cachos de
Uvas negras maduras penduradas nas grades de uma
viçosa videira.
Ela então usou de todos os seus dotes e artifícios
para alcançá-las, mas acabou se cansando em vão, sem
no entanto conseguir.
Por fim deu meia volta e foi embora consolando a si
mesmo desapontada e dizendo:
- As Uvas estão estragadas e não maduras como eu
pensei.
Moral da História: Para uma pessoa vaidosa é
difícil reconhecer as próprias limitações, abrindo assim
caminho para as desventuras.
A casa e o seu dono
Essa casa é de caco
Quem mora nela é o macaco.
Essa casa tão bonita
Quem mora nela é a cabrita.
Essa casa é de cimento.
Quem mora nela é o jumento.
Essa casa é de lata
Quem mora nela é a barata.

A bola
A bola caiu no mato e bateu no pé do sapo.
O sapo – coitado – pulou de lado e falou:
— Eu te pego, bola maluca!
E deu peteleco na bola.
A bola voou no céu e caiu na cuca do pato.
O pato ficou danado e falou:
— Eu te pego, bola maluca!
E deu uma bicada na bola.
O cachorrinho

Cachorrinho bonito
De rabo curtinho
De pêlo sedoso
De língua molhada
Que lambe meu dedo
Que corre na rua
Que rola na grama
Que pula na poça
E sai todo sujo.
Cachorro bonito
De rabo abanando
Você quer seu meu?

A baleia
A baleia é o maior animal que vive na água.
Está sempre de boca aberta para comer as plantinhas
e animais que vivem no mar.
A baleia vem à tona sempre que quer respirar.
Ela é um animal que mama quando filhote.
O nome
Quem quiser saber meu nome,
Dê uma volta no jardim.
Que meu nome está escrito
Numa folha de jasmim.
Quem quiser saber meu nome,
Dê uma volta no quartel.
Que meu nome está escrito
No chapéu do coronel.

A televisão
A TV chegou no mato,
Novidade nunca vista!
Todo bicho quer contrato
Para trabalhar como artista.
Por ter ótima memória
E um olhar sedutor,
O elefante – que glória! -
Vai trabalhar como ator.
A tartaruga e o coelho
A tartaruga resolveu apostar uma corrida com o
coelho.A corrida começou.O coelho saiu na frente e nem
enxergou a tartaruga.
“Acho qte porro dormir tm potco. Ela vai demorar
para me alcançar”, pensou o coelho.
O coelho pegou no sono e nem viu a tartaruga
passar.
― Venci ! Venci! – gritava a tartaruga.

O macaquinho moleque
Quito é um macaquinho peralta. Ele vive fazendo
bagunça.
Um dia, ele pegou queijo e caqui na geladeira e jogou
dentro do aquário. Fez isso e correu para o quintal.
O esquilo fofoqueiro viu e conto para a dona Quirina.
Quito se escondeu atrás do tanque, mas não adiantou.
Ficou de castigo no chiqueiro.
Gigi
A girafa Gigi adora viajar
Com seu pescoço comprido,
Vai a qualquer lugar.
Vê o jacaré na lagoa,
Vê a abelha no ar,
E a zebra a galopar,
Vê o elefante passar,
E até ri do seu andar,
Gigi é muito feliz!
Ela pode viajar,
Sem sair do lugar...
A tartaruga triste
A tartaruga saiu para passear e viu o coelho.
 Que pêlo macio você tem! – disse a tartaruga.
O coelho disse com carinho:
 O seu casco também é bonito, tartaruga.
A tartaruga respondeu:
 Não gosto do meu casco! Ele é tão duro! Queria
ter pêlo macio e bonito como o seu.
De repente, o céu ficou escuro e caiu uma tempestade.
 Adeus, tartaruga! Vou correr para casa! – disse
o coelho.
Mas não deu tempo! O coelho ficou todo molhado! A
sarsartga ficot penrando: “ O meu casco é feio, mas não
deixa a ágta parrar.”
E feliz, continuou seu passeio.
O coelho sabido
Janjão é um coelho que gosta de muito de ler.
Todos os dias, antes de tomar café, ele lê seu jornal.
Um dia o elefante perguntou ao coelho:
 Você me ensina a ler?
O coelho respondeu:
 Claro que ensino! Você vai aprender rapidinho.
Muito contente, o elefante foi logo contar para a
tartaruga a novidade.
E assim, todos os animais da floresta começaram a
pedir para o coelho a ensinar eles a lerem. O coelho
disse:
 Tive uma idéia! Vou abrir uma escola para
ensinar a bicharada!
O galo e a raposa

O galo e as galinhas viram de longe uma raposa que


chegava. Empoleiraram-se na árvore mais próxima para
escapar da inimiga.
Usando de esperteza, a raposa chegou perto da árvore
e dirigiu-se a eles:
__ Ora, meus amigos, podem descer daí. Não sabem
que foi decretada a paz entre os animais? Desçam e
vamos festejar este dia tão feliz!
Mas o galo, que também não era tolo, respondeu:
__ Que boas notícias! Mas estou vendo daqui de cima
alguns cães que estão chegando. Decerto eles também vão
querer festejar...
A raposa com medo, mais que depressa foi saindo:
__Olha, é melhor que eu vá andando... Os cães podem
não saber da novidade e me matar...
O grilo

Depois da manhã chuvosa


O sol já torna a brilhar
E eu venho alegre, correndo,
Pelo jardim, a brincar.

De repente, encontro um grilo,


Ainda molhado, a pular.
Fico então muito quietinha
Perto dele a espiar.

Nesse momento o grilinho


Uma canção inicia.
Parece que diz, cantando:
“Sot feliz! Qte lindo dia!”
O Marreco
O marreco queria pular no córrego.
Amarrou uma corda na cintura e pediu ao burro para
segurar.
O marreco subiu no barranco, levou um escorregão e
caiu.
Ficou agarrado numa rocha, dando berros e gritando:
 Por favor, me ajude !
O burro deu risadas, puxou a corda e falou:
 Que marreco atrapalhado!

O ratinho encrenqueiro
Rudi era um ratinho muito curioso.
Um dia ele foi visitar um amigo na fazenda e os dois
fizeram a festa no armário da dona Maria. Comeram
queijo, pão, bolachas e beberam leite. Ele olhou para seu
amigo e disse:
 Estou estufado de tanto comer! Posso voltar outro
dia?
 Claro que pode Rudi!
Rudi foi para casa contente e a noite dormiu feliz e
sonhou com outro armário cheio de coisas gostosas!
O sapo e o boi
Um sapo conversava com um boi à beira de um rio.
Ele disse para o boi:
 Boi, quer ver eu estufar até ficar do seu
tamanho?
O boi respondeu para o sapo:
 Pare com isso, sapo! Cada um deve gostar do
jeito que é.
Quando o boi acabou de dizer isso, o sapo já tinha
estufado tanto que estourou!

Os brinquedos de Guilherme
Guilherme é um garoto feliz, ele tem muitos
brinquedos: foguete, guitarra, soldadinhos guerreiros,
mesa e bola de pingue-pongue e outros.
Sua vida é cheia de brincadeiras: esguicha água nos
soldadinhos, põe guizo na tartaruguinha e joga pingue-
pongue com Guido.
Depois, sem preguiça, guarda tudo no seu caminhão
guincho. Guilherme é mesmo um garoto esperto!
Os sete anões
Você conhece a história de Branca de Neve? Pois é, a
história conta que ela conheceu sete anõezinhos que a
ajudaram a escapar da bruxa malvada.
O primeiro anão se chama Mestre e tem esse nome
porque é muito inteligente.
O segundo é o Dunga que é muito engraçado e
distraído.
O terceiro é o Zangado que vive mal-humorado.
O Dengoso é um anão faceiro e manhoso.
O anão Atchim está sempre gripado.
O sexto anão é o Feliz, este sim, está sempre de bem
com a vida.
E o sétimo é o Soneca. Sabe porque ele tem esse nome?
Os três amigos
Um dia três amigos resolveram construir uma casa,
em cima da árvore, que ficava atrás da escola.
Carlos colocou um capacete na cabeça e foi logo
procurar madeira para fazer a casa.
Ricardo disse:
 Vou fazer uma escada no tronco da árvore.
Diego foi pregar as madeiras para fazer o telhado da
casa.
Depois de pronto Carlos falou:
 Nossa casa está pronta!
 Agora vamos fazer uma festa de inauguração! -
disse Diego.
Se essa rua fosse minha
Eduardo Amos

Se essa rua fosse minha, seria toda colorida.


Teria casa amarela, casa vermelha,lilás, azul e
laranja.
Só não teria casa cinza, porque cinza é a cor da
sombra.
Mas teria casa verde, porque o verde é a cor da
esperança.
Teria também algumas casas malucas.
Uma de bolinhas, outra cheia de listras.
Uma pintada de rabiscos, outra toda xadrezinha.
Tudo teria cor.
O poste, a calçada, a lata de lixo.
O céu seria sempre azul e, à noite, teria muitas
estrelinhas.
Assim seria essa rua,
Se essa rua fosse minha.
Inutilidades

Ninguém coça as costas da cadeira.


Ninguém chupa a manga da camisa
O piano jamais abana a cauda.
Tem asa, porém não voa, a xícara.

De que serve o pé da mesa, senão anda?


E a boca da calça, senão fala nunca.
Nem sempre o botão está na sua casa.
O dente de alho não morde coisa nenhuma.

Ah! Se trotassem os cavalos do motor...


Ah! Se fosse do circo o macaco do carro...
Então a menina dos olhos comeria
Até bolo esportivo e bala de revólver.

José Paulo Paes. É isso aí. Rio de Janeiro,


Salamandra, 1984
Jacaré com catapora
Jacaré com catapora toma banho de hora em hora.
A coruja uma senhora, toma suco de amora.
Perereca pula, pula, pra girafa faz careta.
O peru muito elegante, faz glu- glu, mas é xereta!
Não há luz na casa do Luíz.
Às dez horas da noite, falhou a luz, na casa do Luíz.
O Luíz foi buscar duas velas e deu-as ao pai que as
acendeu.
— E agora, o que vamos fazer? – perguntou o Luíz.
— Vamos para a cama. – disse o pai.
— Não. Vamos para a rua passear. – disse a mãe.
— Boa idéia! – disse o Luíz.

A arara
O menino Poti saiu da taba a pé e foi até a mata.
Lá, viu uma arara muito bonita no pé de guaraná.
Com o peito amarelo e pena colorida na asa e no rabo.
A arara falava:
- Arara! Arara!
Poti subiu no pé de guaraná e pegou a arara para
ele.
O Dia da Helena no Zoológico.
A Helena foi ao Zoológico.
Lá viu um hipopótamo, um camelo, um macaco, uma
hiena, uma jibóia e um peixe roxo.
Foi de mão dada com a mãe e o pai até ao lago da
foca e à toca do leão.
No Zoológico comeu bolo de limão e bebeu Coca-Cola.
Eles voltaram para casa de táxi. Ela mora numa rua
iluminada pelo holofote.

Que azar!
Certa vez, eu estava assistindo a um programa de
televisão. Coisa que eu mais gosto de fazer.
De repente, acabou a luz. Fiquei muito nervoso.
Peguei o radinho de pilha e fiquei escutando até chegar a
luz.
Só depois de umas seis horas é que a luz chegou e
bem na horinha em que eu ia ligar, todo feliz a TV...
Tcham, tcham, tcham !
Meu pai mandou eu ir dormir.
Que azar!
A onça e a raposa
A onça estava faminta. Querendo pegar algum
animal, teve uma ideia.
 Vou me fingir de morta. Quando algum, mais
bobinho, se aproximar, pumba! Salto em cima dele.
Mas a raposa, muito esperta, ao ver a onça esticada
no chão, ficou de longe e resolveu testar:
 Meu avô quando morreu arrotou três vezes. Se o
defunto não arrota, é porque não está morto.
A onça, mais que depressa, deu logo os três arrotos.
A raposa deu uma gargalhada e fugiu bem rápido.
 Há, há, defunto que arrota, nunca vi!
A onça e o sapo
Um dia o sapo estava à beira da lagoa e a chegou a
onça.
 Nunca vi bicho tão feio e pequeno!
 Dona onça, eu sei que sou feio e pequeno, mas
sou valente.
 Ah! Então você é valente? Vamos ver quem
assusta mais os bichos da floresta!
A onça urrou o mais que pôde. A bicharada toda
escondeu-se no mato.
 Agora sapo, é a sua vez. Vamos coaxe!
O sapo então coaxou.
Imediatamente, rãs, pererecas, jias e outros sapos
fizeram coro.
A onça levou tamanho susto que até hoje está
correndo pela floresta.
Uma escola diferente

Na escola da bicharada, Dona Corujinha, por ser


muito sabida é a professora.
O burro ainda não sabe ler. A preguiça dorme o
tempo todo e até hoje nada aprendeu. A hiena só dá
risadas. O macaco só faz palhaçadas.
O aluno que dá mais trabalho é o vaidoso pavão. Ele
não fica quieto na carteira e passeia o tempo todo, pra lá
e pra cá, com sua calda colorida.
Um dia, o pavão falou:
__ Como sou belo! Vejam minhas penas.
O macaco deu uma pirueta e respondeu:
__ Ó vaidoso animal! Olhe para seus pés. Veja como
são feios!
O pavão olhou para seus pés, levou um enorme susto
e ficou muito triste até o fim da aula.
Um dia divertido!

João, Carlos e Guilherme são amigos.


Num sábado ensolarado eles resolveram brincar no
parquinho da cidade.
No parque tinha balanço, escorregador, gira-gira e
gangorra.
Carlos falou para Guilherme:
 Vamos brincar na gangorra?
Guilherme respondeu:
 Vamos! Depois quero brincar no escorregador!
Os três brincaram até as quatro horas da tarde!
Antes de chegar em casa passaram na sorveteria e
tomaram um delicioso sorvete de chocolate!

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