Osteologia

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 35

TEMA 3:

GENERALIDADES DE OSTEOLOGIA E
ARTROLOGIA

1. Definição de osso
2. Funções do esqueleto
3. Número de ossos
4. Divisão do esqueleto
5. Ossos supra-numerários
6. Classificação dos ossos
7. Elementos descritivos
8. Periósteo
9. Endósteo
10. Configuração interna
11. Cartilagem
12. Ligamentos
13. Articulações
13.1 Fibrosas
13.2 Cartilaginosas
13.3 Sinoviais
13.3.1 Movimentos
13.3.2 Classificação Funcional
13.3.3 Classificação Morfológica
13.3.4 Complexidade de organização
13.3.5 Inervação
14. Classificação das articulações do corpo humano
14.1 articulações da cabeça
14.2 articulações da coluna vertebral
14.3 articulações do tórax
14.4 articulações do membro superior
14.5 articulações do membro inferior
15. Aplicação clínica
15.1 Exemplos de patologia óssea
15.2 Exemplos de patologia articular
16. Controle da aprendizagem

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 1


1. Definição

O Sistema esquelético (ou esqueleto) humano consiste num


conjunto de ossos, cartilagens e ligamentos que se interligam
para formar o arcabouço do corpo e desempenhar várias
funções

Ossos:
são órgãos esbranquiçados, muito duros,
que unindos-se aos outros, por intermédio
das junturas ou articulações constituem o
esqueleto.

É uma forma especializada de tecido


conjuntivo cuja a principal característica é
a mineralização (cálcio) de sua matriz
óssea (fibras colágenas e proteoglicanas).

No interior da matriz óssea existem


espaços chamados lacunas que contêm
células ósseas chamadas osteófitos. Cada
osteófito possui prolongamentos chamados
canalículos, que se estendem a partir das
lacunas e se unem aos canalículos das
lacunas vizinhas, formando assim, uma
rede de canalículos e lacunas em toda a
massa de tecido mineralizado.

Quanto à irrigação do osso, temos os


canais de Volkman (vasos sangüíneos
maiores) e os canais de Havers (vasos
sangüíneos menores). O tecido ósseo não
apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido
periósteo tem drenagem linfática.

2. FUNÇÕES:

• Sustentação e forma do corpo


• Protecção de órgãos nobres (coração, pulmões, sistema
nervoso central)

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 2


• local de armazenamento de cálcio e fósforo (durante a
gravidez a calcificação fetal faz-se, em grande parte, pela
reabsorção destes elementos armazenados no organismo
materno)
• sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos
permitem os deslocamentos do corpo, no todo ou em parte
• Hematopoiética (produz células sangüíneas)

3. Número de ossos:

É clássico admitir o número como sendo de 206.

Cabeça = 22 Membro Superior = 32


Crânio = 08 Cíngulo = 2
Face = 14 Braço = 1
Antebraço = 2
Pescoço = 8
Mão = 27
Tórax = 37
Membro Inferior = 31
24 costelas
12 vértebras Cíngulo = 1
Coxa = 1
1 esterno
Joelho = 1
Abdómen = 7 Perna = 2
5 vértebras Pé = 26
lombares
Ossículos do Ouvido
1 sacro
Médio = 3
1 cóccix

4. DIVISÃO DO ESQUELETO:

O sistema esquelético pode ser dividido em duas


grandes porções:

4.1 Esqueleto Axial (formando o eixo do corpo):


Composto pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco

4.2 Esqueleto Apendicular: Composto pelos ossos


dos membros superiores e inferiores.

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 3


A união do esqueleto axial com o apendicular faz-se por meio
das cinturas escapular e pélvica.

5. OSSOS SUPRA-NUMERÁRIOS:

Além desse número normal de ossos, alguns supra-


numerários são freqüentemente encontrados.

Suturais ou vormianos: são


encontrados quando se
interpõem nas linhas
articulares dos ossos do
crânio.

Fonte: SOBOTTA, Johannes.


Atlas de Anatomia Humana.
21ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2000.

Sesamóides: quando são


encontrados em outras
regiões do corpo. Desenvolve-
se na substância de certos
tendões ou da cápsula fibrosa
que envolve certas
articulações. Os primeiros são
chamados intratendíneos e os
segundos periarticulares. A
patela é um exemplo típico de
osso sesamóide intratendíneo

6. CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS:

Há várias formas de classificar os ossos. Uma delas é


classificá-los por sua posição topográfica, reconhecendo-se

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 4


ossos axiais (que pertencem ao esqueleto axial) e
apendiculares (que fazem parte do esqueleto apendicular).
Entretanto, a classificação mais difundida é aquela que leva
em consideração a forma dos ossos, classificando-os segundo
a relação entre suas dimensões lineares (comprimento,
largura ou espessura), em ossos longos, curtos, laminares e
irregulares.

Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em:

Ossos Longos
São aqueles em que o
comprimento predomina sobre
a largura e espessura. Os ossos
longos apresentam uma
escavação central que é o canal
medular, onde se encontra a
medula óssea. Os ossos longos
são constituídos por um corpo
(diáfise) e 2 extremidades
(epífises).

Exemplo: Fêmur.
Ossos Curtos
As 3 dimensões se eqüivalem,
são ossos mais ou menos
cúbicos.

Exemplo: Ossos do Tarso.

Ossos Laminares (Planos)

São osso finos, em que o


comprimento e a largura
predominam sobre a espessura.

Exemplo: Parietal.

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 5


Ossos Irregulares

São aqueles que apresentam


uma caracterização muito
específica.

Exemplo: Vértebras.

Além desses três grupos básicos bem definidos, há


outros intermediários como por exemplo

Ossos Pneumáticos

São ossos ocos, apresentando


pequeno peso em relação ao seu
volume. Têm uma ou mais
cavidades, de volume variável,
revestidas de mucosa e contendo
ar. Estas cavidades recebem o
nome de sinus ou seio.

Exemplo: situados no crânio:


frontal, maxilar, temporal, etmóide
e esfenóide

7. ELEMENTOS DESCRITIVOS(Configuração
Externa):

SALIÊNCIA CAVIDADE
BURACO

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 6


7.1 Saliências
SALIÊNCIA
ARTICULAR

7.1.1 Articulares:
• cabeça
• côndilos.
SALIÊNCIA
NÃO
ARTICULAR

7.1.2 Não
Articulares:

• Processos,
• Tubérculos,
• Trocanter,
• Espinha,
• Eminência,
• Lâminas
• Cristas.

INSERÇÃO
RESSONÂNCIA
RECEPÇÃO

7.2
Cavidades:

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 7


CAVIDADE
CAVIDADE NÃO
ARTICULAR ARTICULAR

7.2.1
Articulares:
• cavidade
glenóide
• acetábulo.

7.2.2 Não
Articulares:
• fossas
• sulcos
• canais.

7.3 Buracos
• Transmissão
• Nutrício

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 8


8. PERIÓSTEO:

No vivente e no cadáver o osso encontra-se sempre revestido


por delicada membrana conjuntiva, com excepção das
superfícies articulares. Esta membrana é denominada
periósteo e apresenta dois folhetos: um superficial e outro
profundo, este em contacto directo com a superfície óssea. A
camada profunda é chamada osteogénica pelo facto das suas
células se transformarem em células ósseas, que são
incorporadas à superfície do osso, promovendo assim o seu
espessamento. Além da função de proteção, o periósteo é
responsável pela reconstituição do osso em casos de fratura.

CARTILAGEM
ARTICULAR

PERIÓSTEO

Os ossos são altamente vascularizados. As artérias do periósteo


penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula
óssea. Por esta razão, desprovido do seu periósteo o osso
deixa de ser nutrido e morre.

9. ENDÓSTEO:

Tecido que reveste tanto o osso que está voltado para a


cavidade medular quanto as trabéculas do osso
esponjoso.

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 9


10. CONFIGURAÇÃO INTERNA DOS OSSOS

O estudo microscópico do tecido ósseo distingue a substância


óssea compacta e a esponjosa. Embora os elementos
constituintes sejam os mesmos nos dois tipos de substância
óssea, eles dispõem-se diferentemente conforme o tipo
considerado e seu aspecto macroscópico também difere. Na
substância óssea compacta, as lamínulas de tecido ósseo
encontram-se fortemente unidas umas às outras pelas suas
faces, sem que haja espaço livre interposto. Por esta razão,
este tipo é mais denso e rijo.

CANAL MEDULAR
(SOMENTE NOS OSSOS
LONGOS)

Na substância óssea esponjosa as lamínulas ósseas, mais


irregulares em forma e tamanho, se arranjam de forma a
deixar entre si espaços ou lacunas que se comunicam umas
com as outras e que, a semelhança do canal medular, contém
medula Nos ossos longos a diáfise é composta por osso
compacto externamente ao canal medular, enquanto as
epífises são compostas por osso esponjoso envolto por uma
fina camada de osso compacto. Nos ossos planos, a
substância esponjosa situa-se entre duas camadas de
substância compacta. Nos ossos da abóbada craniana, a
substância esponjosa é chamada de díploe. Os ossos curtos
são formados por osso esponjoso revestido por osso
compacto, como nas epífises dos ossos longos.

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 10


11. CARTILAGEM

A cartilagem é uma forma de tecido de suporte firme e


resistente, mas não tanto como o osso. Não tem vasos
sangüíneos nem linfáticos e não recebe nervos. Três tipos são
conhecidos:

• a cartilagem hialina tem uma aparência translúcida,


branco-azulada. É o tipo de mais larga distribuição e
aparece no modelo cartilagíneo dos ossos em
desenvolvimento. Ela persiste, na vida adulta, como
ƒ cartilagem articular, nas extremidades dos
ossos;
ƒ cartilagens costais, da traquéia, do nariz,
septo nasal dos brônquios
ƒ as maiores cartilagens da laringe. Os
representantes não-articulares da cartilagem
hialina têm tendência a ossificar-se mais tarde
na vida.
• a fibrocartilagem consiste em colecções densas
de fibras colágenas nas quais está misturada uma
matriz cartilagínea. Ela é menos homogênea que a
cartilagem hialina, porém é mais resistente e mais
flexível. Está presente nos discos intervertebrais e
articulares e nas orlas glenoidais de certas articulações.
Está presente na sínfise púbica e cobre tendões onde
estes têm relação com ossos.
• a cartilagem elástica é atravessada por uma rica rede de
fibras elásticas, o que lhe dá, além de uma aparência
amarelada, a capacidade de retornar rapidamente a sua
forma original, quando tracionada ou torcida. A
cartilagem elástica ocorre somente nas partes móveis
do ouvido externo, no nariz e na epiglote.

12. LIGAMENTOS

Um ligamento é uma faixa ou corda bem definida de tecido


fibroso unindo dois ossos. A maioria dos ligamentos actua
resistindo ao movimento de uma articulação em uma direção
específica. Existem aqueles que são espessamentos
localizados da cápsula da articulação (ligamentos capsulares),
outros que são completamente isolados da cápsula da
articulação sobre a qual atuam (ligamentos extra-capsulares)

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 11


e outros, ainda, que estão situados dentro da articulação
(ligamentos intracapsulares).

Algumas estruturas, tais como o ligamento inguinal e o


ligamento redondo do fígado, que recebem a denominação de
ligamentos não o são no sentido estrito do termo. Também
distantes deste sentido estrito, recebem o nome de
ligamentos, algumas pregas do peritoneu, que contêm vasos
sangüíneos e tecido conjuntivo e unem uma víscera a outra
ou a parede do corpo.

13. ARTICULAÇÕES

Articulação é a conexão entre duas ou mais peças


esqueléticas (ossos ou cartilagens). Essas uniões não só
colocam as peças do esqueleto em contacto, como também
permitem que o crescimento ósseo ocorra e que certas partes
do esqueleto mudem de forma durante o parto. Além disto,
capacitam que partes do corpo se movimentem em resposta à
contracção muscular.

Embora apresentem consideráveis variações entre elas, as


articulações possuem certos aspectos estruturais e funcionais
em comum que permitem classificá-las em três grandes
grupos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. O critério para
esta divisão é o da natureza do elemento que se interpõe às
peças que se articulam.

13.1 ARTICULAÇÕES FIBROSAS

As articulações nas quais o elemento que se interpõe às peças


que se articulam é o tecido conjuntivo fibroso são ditas
fibrosas (ou sinartroses). O grau de mobilidade delas, sempre
pequeno, depende do comprimento das fibras interpostas.
Existem três tipos de articulações fibrosas: sutura,
sindesmose e gonfose.

As suturas, que são encontradas somente entre os ossos do


crânio, são formadas por várias camadas fibrosas, sendo a
união suficientemente íntima de modo a limitar intensamente
os movimentos, embora confiram uma certa elasticidade ao

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 12


crânio. A maneira pela qual os bordos dos ossos articulados
entram em contacto é variável, reconhecendo-se: (i) suturas
planas (união linear rectilínea ou aproximadamente
rectilínea). Ex.: ossos nasais, (ii) suturas escamosas (união
em bisel). Ex.: entre o parietal e o temporal e (iii) suturas
dentada (união em linha “dentada”). Ex.: entre os parietais.

No crânio do feto e recém-nascido, onde a ossificação ainda é


incompleta, a quantidade de tecido conjuntivo fibroso
interposto é muito maior, explicando a grande separação
entre os ossos e uma maior mobilidade. Estas áreas fibrosas
são denominadas fontículos (ou fontanelas). São elas que
permitem, no momento do parto, uma redução bastante
apreciável do volume da cabeça fetal pela sobreposição dos
ossos do crânio. Esta redução de volume facilita a expulsão do
feto para o meio exterior.

Na idade avançada pode ocorrer ossificação do tecido


interposto (sinostose), fazendo com que as suturas, pouco a
pouco, desapareçam e, com elas, a elasticidade do crânio.

Nas sindesmoses os ossos estão unidos por uma faixa de


tecido fibroso, relativamente longa, formando ou um
ligamento interósseo ou uma membrana interóssea, nos
casos, respectivamente de menor ou maior comprimento das
fibras, o que condiciona um menor ou maior grau de
movimentação. Exemplos típicos são a sindesmose tíbio-
fibular e a membrana interóssea radio-ulnar.

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 13


TÍBIA
FÍBULA
FÍBULA

TE
TECIDO CONJUNTIVO
INTERPOSTO EM GRANDE
QUANTIDADE

Gonfose é a articulação específica entre os dentes e seus


receptáculos, os alvéolos dentários. O tecido fibroso do
ligamento periodontal segura firmemente o dente no seu
alvéolo. A presença de movimentos nesta articulação significa
uma condição patológica.

13.2 ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS

Nas articulações cartilaginosas o tecido que se interpõe é a


cartilagem. Quando se trata de cartilagem hialina, temos as
sincondroses; nas sínfises a cartilagem é fibrosa. Em ambas a
mobilidade é reduzida. As sincondroses são raras e o exemplo
mais típico é a sincondrose esfeno-occipital que pode ser

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 14


visualizada na base do crânio. Exemplo de sínfise é a união,
no plano mediano, entre as porções púbicas dos ossos do
quadril, constituindo a sínfise púbica. Também as articulações
que se fazem entre os corpos das vértebras podem ser
consideradas como sínfise, uma vez que se interpõe entre
eles um disco de fibrocartilagem - o disco intervertebral.

CARTILAGINOSA

PRIMÁRIA SECUNDÁRIA
(COSTELA-ESTERNO) (ESFENO-OCCIPITAL)

Sinfise púbica

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 15


13.3 ARTICULAÇÕES SINOVIAIS

A mobilidade exige livre deslizamento de uma superfície óssea


contra outra e isto é impossível quando entre elas interpõe-se
um meio de ligação, seja fibroso ou cartilagíneo. Para que
haja o grau desejável de movimento, em muitas articulações,
o elemento que se interpõe às peças que se articulam é um
líquido denominado sinóvia, ou líquido sinovial.

Cartilagem articular

Cavidade articular

Além da presença deste líquido, as articulações sinoviais


possuem três outras características básicas:

• a cartilagem articular é a cartilagem do tipo hialino


que reveste as superfícies em contato numa
determinada articulação (superfícies articulares), ou
seja, a cartilagem articular é a porção do osso que não
foi invadida pela ossificação. Em virtude deste
revestimento as superfícies articulares se apresentam
lisas, polidas e de cor esbranquiçada. A cartilagem
articular é avascular e não possui também inervação.
Sua nutrição, portanto, principalmente nas áreas mais
centrais, é precária, o que torna a regeneração, em
caso de lesões, mais difícil e lenta.

• a cápsula articular é uma membrana conjuntiva que


envolve a articulação sinovial como um manguito.

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 16


Apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa
(externa) e a membrana sinovial (interna). A primeira é
mais resistente e pode estar reforçada, em alguns
pontos, por ligamentos, destinados a aumentar sua
resistência. Em muitas articulações sinoviais, todavia,
existem ligamentos independentes da cápsula articular
e em algumas, como na do joelho, aparecem também
ligamentos intra-articulares.

• a cavidade articular é o espaço existente entre as


superfícies articulares, estando preenchido pelo líquido
sinovial

A membrana sinovial é a mais interna das camadas da


cápsula articular. É abundantemente vascularizada e
inervada, sendo encarregada da produção da sinóvia (líquido
sinovial), o qual tem consistência similar à clara do ovo e
tem por funções lubrificar e nutrir as cartilagens articulares. O
volume de líquido sinovial presente numa articulação é
mínimo, somente o suficiente para revestir delgadamente as
superfícies articulares e localiza-se na cavidade articular.

Além destas características, que são comuns a todas


articulações sinoviais, em várias delas encontram-se
formações fibrocartilaginosas, interpostas às superfícies
articulares, os discos, meniscos, e rodetes de função
discutida: serviriam à melhor adaptação das superfícies que
se articulam (tornando-as congruentes) ou seriam estruturas
destinadas a receber violentas pressões, agindo como
amortecedores. Meniscos, com sua característica forma de
meia lua são p.ex. encontrados na articulação do joelho.
Discos são encontrados nas articulações esternoclavicular e
temporomandibular. Rodete anel fibrocartilaginoso que
reveste a cavidade glenoidea e que serve sobretudo para
aumentar a profundidade da cavidade encontrando-se p.ex.
na cavidade glenoidea da omoplata.

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 17


CÁPSULA

DISCO

CARTILAGEM
MEMBRANA SINOVIAL

13.3.1 MOVIMENTOS

As articulações fibrosas e cartilagíneas tem um mínimo grau


de mobilidade. Assim, a verdadeira mobilidade articular é
dada pelas articulações sinoviais. Estes movimentos ocorrem,
obrigatoriamente, em torno de um eixo, denominado eixo de
movimento. A direcção destes eixos é ântero-posterior,
latero-lateral e longitudinal. Na análise do movimento
realizado, a determinação do eixo de movimento é feita
obedecendo a regra, segundo a qual, a direção do eixo de
movimento é sempre perpendicular ao plano no qual se
realiza o movimento em questão. Assim, todo movimento é
realizado em um plano determinado e o seu eixo de
movimento é perpendicular àquele plano. Os movimentos
executados pelos segmentos do corpo recebem nomes
específicos e aqui serão definidos, a seguir, apenas os mais
comuns:

• flexão e extensão são movimentos angulares, ou seja,


neles ocorre uma diminuição ou um aumento do ângulo
existente entre o segmento que se desloca e aquele que
permanece fixo. Quando ocorre a diminuição do ângulo
diz-se que há flexão; quando ocorre o aumento,
realizou-se a extensão, excepto para o pé. Neste caso,
não se usa a expressão extensão do pé: os movimentos
são definidos como flexão dorsal e flexão plantar do pé.
Os movimentos angulares de flexão e extensão ocorrem
em plano sagital e, seguindo a regra, o eixo desses
movimentos é latero-lateral.

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 18


• adução e abdução que são movimentos nos quais o
segmento é deslocado, respectivamente, em direção ao
plano mediano ou em direção oposta, isto é, afastando-
se dele. Para os dedos prevalece o plano mediano do
membro. Os movimentos da adução e abdução
desenvolvem-se em plano frontal e seu eixo de
movimento é ântero-posterior.

• rotação que é o movimento em que o segmento gira


em torno de um eixo longitudinal (que na maior parte
dos casos é vertical). Assim, nos membros, pode-se
reconhecer uma rotação medial, quando a face anterior
do membro gira em direção ao plano mediano do corpo,
e uma rotação lateral, no movimento oposto. A rotação
é feita em plano horizontal e o eixo de movimento,
perpendicular a este plano é vertical.

• circundação, é o resultado do movimento combinatório


que inclui a adução, extensão, abdução, flexão e
rotação. Neste tipo de movimento, a extremidade distal
do segmento descreve um círculo e o corpo do
segmento, um cone, cujo vértice é representado pela
articulação que se movimenta.

MOVIMENTO ANGULAR ROTAÇÃO

EIXO
EIXO

EIXO

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 19


13.3.2 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL

O movimento nas articulações depende, essencialmente, da


forma das superfícies que entram em contacto e dos meios de
união que podem limitá-lo. Na dependência destes factores as
articulações podem realizar movimentos em torno de um, dois
ou três eixos. Este é o critério adoptado para classificá-las
funcionalmente. Quando uma articulação realiza movimentos
apenas em torno de um eixo, diz-se que é mono-axial ou
que possui um só grau de liberdade; será bi-axial a que os
realiza em torno de dois eixos (dois graus de liberdade); e
tri-axial se eles forem realizados em torno de três eixos (três
graus de liberdade). Assim, as articulações que só permitem a
flexão e extensão, como a do cotovelo, são mono-axiais;
aquelas que realizam extensão, flexão, adução e abdução,
como a radio-cárpica (articulação do punho), são bi-axiais;
finalmente, as que além de flexão, extensão, abdução e
adução, permitem também a rotação, são ditas tri-axiais,
cujos exemplos típicos são as articulações do ombro e do
quadril.

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 20


MOVIMENTO ANGULAR

FLEXÃO

EXTENSÃO

MOVIMENTO: ANGULAR ADUÇÃO

LINHA MÉDIA

ABDUÇÃO

13.3.3 CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA

O critério de base para a classificação morfológica das


articulações sinoviais é a forma das superfícies articulares.
Contudo, às vezes é difícil fazer esta correlação. Além disto,
existem divergências entre anatomistas quanto não só a
classificação de determinadas articulações, mas também
quanto à denominação dos tipos. De acordo com a
nomenclatura anatómica, os tipos morfológicos de
articulações sinoviais são:

1. plana ou artroidea, na qual as superfícies articulares


são planas ou ligeiramente curvas, permitindo
deslizamento de uma superfície sobre a outra em
qualquer direção. A articulação acrômio-clavicular (entre
o acrômio da escápula e a clavícula) é um exemplo.
Deslizamento existe em todas as articulações sinoviais

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 21


mas nas articulações planas ele é discreto, fazendo com
que a amplitude do movimento seja bastante reduzida.
Entretanto, deve-se ressaltar que pequenos
deslizamentos entre vários ossos articulados permitem
apreciável variedade e amplitude de movimento. É isto
que ocorre, por exemplo, nas articulações entre os
ossos curtos do carpo, do tarso e entre os corpos das
vértebras.

INTERVER-
TEBRAL
POSTERIOR
CARPO

TARSO

2. gínglimo, ou dobradiça, sendo que os nomes


referem-se muito mais ao movimento (flexão e
extensão) que elas realizam do que à forma das
superfícies articulares. A articulação do cotovelo é um
bom exemplo de gínglimo e a simples observação
mostra como a superfície articular do úmero, que entra
em contato com a ulna, apresenta-se em forma de
carretel. Todavia, as articulações entre as falanges
também são do tipo gínglimo e nelas a forma das
superfícies articulares não se assemelha a um carretel.
Este é um caso concreto em que o critério morfológico
não foi rigorosamente obedecido. Realizando apenas
flexão e extensão, as articulações sinoviais do tipo
gínglimo são mono-axiais.

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 22


INTERFALANGEANA
PROXIMAL
INTERFALANGEANA
DISTAL

3. trocóide, na qual, as superfícies articulares são


segmentos de cilindro e, por esta razão, cilindróides
talvez fosse um termo mais apropriado para designá-
las. Estas articulações permitem rotação e o seu eixo de
movimento, único, é vertical: são mono-axiais. Um
exemplo típico é a articulação radio-ulnar proximal
(entre o rádio e a ulna) responsável pelos movimentos
de pronação e supinação do antebraço. Na pronação
ocorre uma rotação medial do rádio e, na supinação,
rotação lateral. Na posição de descrição anatómica o
antebraço está em supinação.

RÁDIO-ULNAR ATLANTO-AXIAL
PROXIMAL

4. condiliana, cujas superfícies articulares são de forma


elíptica e elipsóide seria talvez um termo mais

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 23


adequado. Estas articulações permitem flexão,
extensão, abdução e adução, mas não a rotação.
Possuem dois eixos de movimento, sendo portanto bi-
axiais. A articulação radio-cárpica (ou do punho) é um
exemplo. Outros são a articulação temporomandibular e
as articulações metacarpofalângicas.

CÔNDILO

ARTICULAÇÃO DO JOELHO

5. selar, na qual a superfície articular de uma peça


esquelética tem a forma de sela, apresentando
concavidade num sentido e convexidade em outro, e se
encaixa numa segunda peça onde convexidade e
concavidade apresentam-se no sentido inverso da
primeira. A articulação carpo-metacárpica do polegar é
exemplo típico. É interessante notar que esta
articulação permite flexão, extensão, abdução, adução e
rotação (conseqüentemente, também circundação) mas
é classificada como bi-axial. O facto é justificado porque
a rotação isolada não pode ser realizada ativamente
pelo polegar sendo só possível com a combinação dos
outros movimentos.

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 24


SELAR

ARTICULAÇÃO
CARPO-METACARPIANA
DO 1º DEDO

ARTICULAÇÃO
RÁDIO-CARPIANA

ELIPSÓIDE
(VARIAÇÃO DA
CONDILIANA)

6. esferóide, que apresenta superfícies articulares que


são segmentos de esferas e se encaixam em
receptáculos ocos. O suporte de uma caneta de mesa,
que pode ser movimentado em qualquer direção, é um
exemplo não anatômico de uma articulação esferóide.
Este tipo de articulação permite movimentos em torno
de três eixos, sendo portanto, tri-axial. Assim, a
articulação do ombro (entre o úmero e a escápula) e a

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 25


do quadril (entre o osso do quadril e o fémur) permitem
movimentos de flexão, extensão, adução, abdução,
rotação e circundação.

ARTICULAÇÃO ARTICULAÇÃO
ESCÁPULO-UMERAL COXO-FEMORAL

13.3.4 COMPLEXIDADE DE ORGANIZAÇÃO

Quando apenas dois ossos entram em contacto numa


articulação sinovial diz-se que ela é simples (por exemplo, a
articulação do ombro); quando três ou mais ossos participam
da articulação ela é denominada composta (a articulação do
cotovelo envolve três ossos: úmero, ulna e rádio).

13.3.5 INERVAÇÃO

As articulações sinoviais são muito inervadas. Os nervos são


derivados dos que suprem a pele adjacente ou os músculos
que movem as articulações.

As terminações nervosas sensíveis a dor são numerosas na


membrana fibrosa da cápsula e nos ligamentos e são
sensíveis ao estiramento e à torção destas estruturas.
Contudo, o principal tipo de sensibilidade é a propriocepção.

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 26


Das terminações proprioceptoras da cápsula - fusos
neurotendinosos - partem impulsos que interpretados no
sistema nervoso central informam sobre a posição relativa dos
ossos da articulação, do grau e direcção de movimento. Às
vezes, essas informações são inconscientes, e actuam em
nível de medula espinhal para controle dos músculos que
agem sobre a articulação.

14. CLASIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES DO


CORPO HUMANO:

14.1 ARTICULAÇÕES DA CABEÇA

Frontoparietal: Sutura dentada

Biparietal: Sutura dentada

Temporoparietal: Sutura em bisel

Parieto occipital: Sutura dentada

Temporooccipital: Sutura dentada

Basiesfenoidal: Sincondrose

Petrobasilar Sincondrose

Esfenovomeriana: Esquindelesis

Esfenoetmoidal: Sincondrose

Temporozigomática: Sutura dentada

Frontal asa menor do esfenoide: Sutura


dentada

Asa maior do esfenoide com o frontal


,parietal e escama do temporal: Sutura plana

Naso frontal: Sutura plana

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 27


Frontal e a processo ascendente do Maxilar:
Sutura dentada

Osso nasal- processo ascendente do Maxilar:


Sutura plana

Maxilar- malar: Sutura plana

Esfenozigomática: Sutura dentada

Frontoetmoidal: Sutura plana

Lámina perpendicular- Cartílagem do


tabique: Sincondrose

Maxilar entre sí: Sutura plana

Articulação temporomandibular: bicondíliana


dupla

Martelo-bigorna: Encaixe recíproco

Bigorna-estribo: Esferoíde

14.2 ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL

Corpos vertebrais entre sì: Sínfisis

Apófisis articulares entre sí: artroidea

Atloidoaxoídea: Artroidea

Atloidoodontoídea: Trocoide

Occipitoatloídea: Bicondíliana

Occipitoaxoídea: Ligamentos
Occipitoaxoídeos e occipitoodontoídeos

14.3 ARTICULAÇÕES DO TORAX

Costo-vertebrais: Artroideas

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 28


Costo-transversas: Artroideas

Costo-condrais: Sincondrose

Condro-esternais: Artroideas

Corpo esternal com apéndice xifoide:


Sincondrose

14.4 ARTICULACÕES DO MEMBRO SUPERIOR

Acromio-clavicular: Articulação artroidea/


Sinovial Plana

Acromio-coracoidea: Articulação a
distancia/Fibrosa Sindesmosis.

Escapulo-umeral: Articulação Enartrose/


Sinovial Esférica.

Cotovelo: Apresenta 3 articulações incluidas


numa só cápsula, em conjunto comportam-se
como uma articulação troclear.

Umero-radial: Art. Condiliana/ Sinovial


condiliana

Umero-cubital: Art. Troclear/ Sinovial em


polia.

Radio- cubital Superior: Art. Trocoide/


Sinovial Cilíndrica.

Radio-cubital Inferior: Art. Trocoide


imperfeita/ Sinovial Cilíndrica

Radio-cubital através do ligamento


interósseo: Art. A distancia/ Fibrosa
Sindesmosis.

Radio-carpiana: Art. Condiliana/ Sinovial


Condiliana.

Inter-carpiana: Art. Artrodia/ Sinovial Plana.

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 29


Medio-carpiana Externa : Art. Condiliana/
Sinovial Condilea.

Medio-carpiana interna: Art. Artoidea/


Sinovial Plana.

Trapezio-metacarpiana: Art. Encaixe


recíproco/ Sinovial em sela de montar.

Carpo-metacarpiana: Artoidea/ sinovial


Plana.

Inter-metacarpianas: artroideas/ sinovial


Plana

Metacarpo-falângicas: Art. Condíliana/


sinovial Condiliana.

Inter-falângicas: Art. Trocleares/ Sinovial


Ginglimo

14.5 ARTICULAÇÕES DO MEMBRO INFERIOR

Sacro-ilíaca: Sínfise

Sínfisis púbica: Sínfise

Coxo-femoral: Esferoíde

Articulação do joelho: Troclear

Tibio-peroneal superior: Artroidea

Tibio-peroneal inferior: Sindesmose

Tibio-tarsiana: Troclear

Astragalo-calcânea ou sub- astragalina:


Dupla artroidea

Medio-tarsianas:

Astragaloescafoídea: Esferoíde

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 30


Calcaneo-cuboídea: Encaixe recíproco

Segunda fila dos tarsos entre sí:

Escafoidocuboídea: Artroidea

Escafoidocuneal: Artroidea

Intercuneana: Artroidea

Cuboido-cuneana: Artroidea

Tarsometatarsiana: Artroideas

Intermetatarsiana: Artroideas

Metatarsofalángica: Condilianas

Interfalángica: Trocleares

15. APLICAÇÃO CLÍNICA:

A partir do exame de um pequeno pedaço de osso, os


especialistas em osteologia são capazes de determinar o sexo,
a altura e o peso de uma pessoa e até mesmo as dimensões e
tipo de vida de animais pré-históricos.

15.1 Exemplos de Patologia Óssea

No que se refere à patologia óssea, a osteologia abrange


doenças inflamatórias, tumores, lesões congénitas dos ossos
e das articulações e afecções displásicas do esqueleto,
causadas por modificações nos componentes orgânicos e
inorgânicos.

O principal grupo de doenças ósseas, no entanto, é objecto da


traumatologia, que abrange o diagnóstico e o tratamento de
fraturas e outras lesões traumáticas.

Entre as doenças ósseas de natureza inflamatória, ou osteítes,


uma das que apresentam maior incidência é a osteomielite,
que pode apresentar-se na forma aguda ou crônica. A doença
afecta as partes moles do osso, isto é, a medula óssea; os
canais de tecido ósseo compacto, ou canais de Havers; e o

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 31


periósteo. As inflamações que afectam simultaneamente o
osso e a cartilagem denominam-se osteocondrites e
apresentam variedades deformantes -- que provocam
encurtamento ou engrossamento das extremidades ósseas --
e dissecantes -- que têm como resultado a separação
estratificada de osso e cartilagem.

Entre os processos displásicos -- nos quais se verifica


alteração da composição óssea --, um dos quadros clínicos
mais importantes é o da osteomalacia, amolecimento dos
ossos que se regista com relativa freqüência depois de várias
gestações continuadas. O problema é provocado por carência
de vitamina D, fixadora de cálcio.

Outra doença característica desse campo é a osteoporose,


formação de espaços anómalos no tecido ósseo que provoca
aumento da porosidade óssea e deformação do esqueleto.

Quanto às formações tumorais, podem encontrar-se nos ossos


tumores benignos, como o osteoma, ou malignos
(cancerosos), como o osteoclastoma e o osteossarcoma. Este
último é o de maior incidência, em especial entre crianças e
adolescentes. Desenvolve-se pela proliferação de células
anómalas, que formam uma substância fibrilar ou homogénea
e em geral invadem as laterais das articulações do joelho ou o
extremo superior do úmero, na articulação do ombro.

O tratamento das doenças osseas consiste em combater os


sintomas, em promover a reabilitação e na aplicação de
agentes específicos contra o factor desencadeante do mal --
antibióticos nas infecções, reposição de componentes
deficitários nas carências e extirpação cirúrgica dos tumores e
radioterapia.

15.2 Exemplos de Patologia Articular:

Entorse: Torsão ou alongamentos exagerados podem romper


o ligamento ou separar-se da fixação óssea associando-se à
acumulação de liquido que causa inchaço

Luxação: superficies articulares são violentamente deslocadas


e consequentemente ossos, tendões e ligamentos podem ser
danificados. Ocorre mais comumente no ombro e dedos

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 32


Tendinite: Inflamação da bainha dos tendões com
sensisibilidade local nos pontos de inflamação e dôr severa ao
movimento

Hérnia discal: Na coluna vertebral uma das causas mais


comuns de dôr nas costas e porção inferior. Pode resultar de
distribuição imprópria do peso ao longo da coluna. Se o disco
se projecta sobre a medula pressiona as raízes nervosas
resultando em dôr ou adormecimento da região inervada.

Artrite: inflamação

Gota: Acumulação de ácido úrico que se deposita nas


articulações sob a forma de cristais.

Lesões nos meniscus: mudanças súbitas de direcção podem


romper os meniscus resultando em dôr intesa e inchaço nas
articulações.

Desgaste mecânico: perda progressive das superficies


articulares devido ao envelhecimento.

16. CONTROLE DA APRENDIZAGEM:

1. Conhecendo a classificação dos ossos e, tendo como exemplo os


ossos das falanges distais da mão, estes podem ser
enquadrados como:

a) ossos longos

b) ossos curtos

c) ossos pneumáticos

d) ossos planos

e) ossos irregulares

2. Dentre os seguintes movimentos, aquele que NÃO pode ser


relacionado com o braço é:

a) flexão

b) abdução

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 33


c) adução

d) pronação

e) extensão

3. Dentre os ossos abaixo, aquele que NÃO faz parte do esqueleto


axial é:

a) osso frontal

b) décima costela

c) C1 ( atlas )

d) Clavícula

e) Esterno

4. Dentre os ossos abaixo, aquele que NÃO faz parte do esqueleto


apendicular é:

a) úmero

b) sacro

c) tálus

d) escafóide

e) fíbula

Bibliografia:

1. Osteología: esqueleto apendicular


apuntes.rincondelvago.com/osteologia_esqueleto-
apendicular.html -

2. www.grandesregalos.com/libros/c615.htm -

3. ucsc_lortiz.tripod.com/photo.htm

4. www.geocities.com/danieldace/osteologia.

5. Gray's Anatomy of the Human Body: Osteology


www.bartleby.com/107/17.html

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 34


6. www.simuplast.com/anatomia/osteologia/osteologia0.
htm -

7. www.anatomiahumana2002.cjb.net

8. www.geocities.com/osteologia2003 -

9. www.simuplast.com/usa/anatomia/osteologia/osteologi
a11.htm

10. www.geocities.com/joonatas/xidar/artrologia.htm

11. www.geocities.com/artrologiaanato2002

12. www.facmed.unam.mx/deptos/anatomia/museo/
Artrologia/artrologia.html

13. www.facmed.unam.mx/deptos/anatomia/museo/

Artrologia/img54.html

14. artrologia - anatomia.molbr


molbr.vilabol.uol.com.br/anat01/artrologia.htm

15. docentes.esel.ipleiria.pt/joaocruz/Anat2TArtrGer&ColVer
t.pdf -

16. OSTEOLOGIA:
www.viavale.com.br/pneumo/anatomia/aula03.

17. Osteologia:
www.urisan.tche.br/~ckonrat/anato_intro.ppt

18. www.viavale.com.br/pneumo/anatomia/aula08.ppt

19. SOBOTTA, Johannes; Atlas de Anatomia Humana. 21ed.


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

Temas de Anatomia 1: Compilado e Editado por Prof. Dra. MAFRodrigues 35

Você também pode gostar