Manual de Anatomia

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BASES ANATÔMICAS

Anatomia - palavra grega que significa cortar em partes, cortar separado sem
destruir os elementos componentes. O equivalente em português é dissecação.
Anatomia é a parte da biologia que estuda a morfologia ou estrutura dos seres
vivos.

Posição Anatômica:

A posição anatômica é uma posição de referência, que


dá significado aos termos direcionais utilizados na descrição nas partes e
regiões do corpo. As discussões sobre o corpo, o modo como se movimenta,
sua postura ou a relação entre uma e outra área assumem que o corpo como
um todo está numa posição específica chamada POSIÇÃO ANATÔMICA.
Deste modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao
objeto de descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na
posição padronizada.

O corpo está numa postura ereta (em pé, posição ortostática ou bípede) com
os membros superiores estendidos ao lado do tronco e as palmas das mãos
voltadas para a frente. A cabeça e pés também estão apontados para frente e
o olhar para o horizonte.

POSIÇÃO SUPINA ou DECÚBITO DORSAL –


o corpo está deitado com a face voltada para
cima.

POSIÇÃO PRONA ou DECÚBITO VENTRAL –


o corpo está deitado com a face voltada para
baixo.

DECÚBITO LATERAL – o corpo está deitado de


lado.
Planos anatômicos:

Plano Sagital ou Medial: plano vertical que passa


longitudinalmente através do corpo, dividindo-o em metades
direita e esquerda.

Plano Frontal ou Coronal: plano vertical que


passam através do corpo em ângulos retos com
o plano mediano, dividindo-o em partes anterior (frente) e
posterior (de trás).

Plano Transversal ou Horizontal: plano que passa através


do corpo em ângulos retos com os planos coronais e
mediano. Divide o corpo em partes superior e inferior.

Normal e variação anatômica:


Normal, para o anatomista, é o estatisticamente mais comum, ou seja, o que é
encontrado na maioria dos casos. Variação anatômica é qualquer fuga do
padrão sem prejuízo da função.
Quando ocorre prejuízo funcional trata-se de uma anomalia e não de uma
variação. Se a anomalia for tão acentuada que deforme profundamente a
construção do corpo, sendo, em geral, incompatível com a vida, é uma
monstruosidade.
Termos anatômicos:

 Inferior ou caudal: mais próximo dos pés;


 Superior ou cranial: mais próximo da cabeça;
 Anterior ou ventral: mais próximo do ventre;
 Posterior ou dorsal: mais próximo do dorso;
 Proximal: mais próximo do ponto de origem;
 Distal: mais afastado do ponto de origem;
 Medial: mais próximo do plano sagital mediano;
 Lateral: mais afastado do plano sagital mediano;
 Superficial: mais próximo da pele;
 Profundo: mais afastado da pele;
SISTEMA ESQUELÉTICO
Funções do Sistema Esquelético:
Sustentação do organismo (apoio para o corpo)

Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões,


cérebro

Base mecânica para o movimento

Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo)

Hematopoiética (suprimento contínuo de células sanguíneas novas)

O sistema esquelético é composto de ossos e cartilagens.

Conceito de Cartilagem: É uma forma elástica de tecido


conectivo semi-rígido - forma partes do esqueleto nas quais
ocorre movimento. A cartilagem não possui suprimento
sanguíneo próprio; consequentemente, suas células obtêm
oxigênio e nutrientes por difusão de longo alcance.

Conceito de Ossos: Ossos são órgãos esbranquiçados,


muito duros, que unindo-se aos outros, por intermédio das
junturas ou articulações constituem o esqueleto.

O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de tecido


conjuntivo, altamente especializado que forma a maior parte do esqueleto e é o
principal tecido de apoio do corpo. O tecido ósseo participa de um contínuo
processo de remodelamento dinâmico, produzindo osso novo e degradando
osso velho.

O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso,


conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de
sangue.
Tecido Ósseo Tecido Ósseo
Compacto Esponjoso
Contém poucos Constitui a maior
espaços em seus parte do tecido
componentes ósseo dos ossos
rígidos. Dá curtos, chatos e
proteção e irregulares. A
suporte e resiste maior parte é
às forças encontrada
produzidas pelo nas epífises.
peso e
movimento.
Encontrados
geralmente
nas diáfises.

Classificação dos Ossos:


Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em:

 Ossos Longos:
Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo e
duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes garante maior
resistência. O osso um pouco encurvado absorve o estresse mecânico do peso
do corpo em vários pontos, de tal forma que há melhor distribuição do mesmo.
Os ossos longos tem suas diáfises formadas por tecido ósseo compacto e
apresentam grande quantidade de tecido ósseo esponjoso em suas
epífises. Exemplo: Fêmur e Falanges

Ossos Curtos:
São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos praticamente iguais às
suas larguras. Eles são compostos por osso esponjoso, exceto na superfície,
onde há fina camada de tecido ósseo compacto.
Exemplo: ossos do carpo.

 Ossos Laminares (planos):


São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo
compacto, com camada de osso esponjoso entre elas. Os ossos planos
garantem considerável proteção e geram grandes áreas para inserção de
músculos. Exemplo : Frontal.

 Ossos Alongados:
São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central.
Exemplo: Costelas.

 Ossos Pneumáticos:
São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa (seios),
apresentando pequeno peso em relação ao seu volume.

Exemplo: Esfenóide
 Ossos Irregulares:
Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados em nenhuma das
categorias prévias. Eles tem quantidades variáveis de osso esponjoso e de
osso compacto.

Exemplo: Vértebras.

 Ossos Sesamóides:

Estão presentes no interior de alguns tendões em que há considerável fricção,


tensão e estresse físico, como as palmas e plantas. Eles podem variar de
tamanho e número, de pessoa para pessoa, não são sempre completamente
ossificados, normalmente, medem apenas alguns milímetros de diâmetro.
Exceções notáveis são as duas patelas, que são grandes ossos sesamóides,
presentes em quase todos os seres humanos.

Exemplo: Patela.

Estrutura dos Ossos Longos:

A disposição dos tecidos ósseos compactos e esponjosos em um osso longo é


responsável por sua resistência. Os ossos longos contém locais de
crescimento e remodelação, e estruturas associadas às articulações. As partes
de um osso longo são as seguintes:
Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituído principalmente de tecido
ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência ao osso longo.
Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de um osso o
articula, ou une, a um segundo osso, em uma articulação. Cada epífise
consiste de uma fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso
e recoberta por cartilagem.
Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise.
Distribuição da diáfise, epífise e metáfise de um osso longo.

As diferenças entre os dois tipos de osso, compacto e esponjoso ou reticular,


dependem da quantidade relativa de substâncias sólidas e da quantidade e
tamanho dos espaços que eles contém. Todos os ossos tem uma fina lâmina
superficial de osso compacto em torno de uma massa central de osso
esponjoso, exceto onde o último é substituído por uma cavidade medular. O
osso compacto do corpo, ou diáfise, que envolve a cavidade medular é a
substância cortical. A arquitetura do osso esponjoso e compacto varia de
acordo com a função. O osso compacto fornece força para sustentar o peso.

Nos ossos longos planejados para rigidez e inserção de músculos e


ligamentos, a quantidade de osso compacto é máxima, próximo do meio do
corpo onde ele está sujeito a curvar-se. Os ossos possuem alguma elasticidade
(flexibilidade) e grande rigidez.

Divisão do esqueleto:
O esqueleto é composto por 206 ossos, distribuídos 33 na coluna vertebral, 22
na cabeça, 25 nas costelas, 64 nos membros superiores e 62 nos membros
inferiores.

Esqueleto Axial - Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco.

Esqueleto Apendicular - Composta pelos membros superiores e inferiores.

A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas
escapular e pélvica.
Vista anterior e posterior do esqueleto axial (azul) e do esqueleto apendicular (amarelo).

OSSOS DA CABEÇA:

Ossos do crânio Ossos da face


Frontal ( 01 ) Mandíbula ( 01 )
Parietal ( 02 ) Vômer ( 01 )
Temporal ( 02 ) Zigomático ( 02 )
Occipital ( 01 ) Nasal ( 02 )
Esfenóide ( 01 ) Lacrimal ( 02 )
Etmóide ( 01 ) Concha Nasal Inferior ( 02 )
Palatino ( 02 )
Maxila ( 02 )
OSSOS DO TÓRAX:
A caixa torácica contém os principais órgãos da respiração e circulação e cobre
parte dos órgãos abdominais. A face dorsal é formada pelas doze vértebras
torácicas, e a parte dorsal das doze costelas. A face ventral é constituída pelo
esterno e cartilagens costais. As faces laterais são compostas pelas costelas e
separadas umas das outras pelos onze espaços intercostais, ocupados pelos
músculos e membranas intercostais.

Vista anterior e posterior da caixa torácica.

Osso esterno e costelas.


OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL:
A coluna vertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio
até a pelve. Ela é responsável por dois quintos do peso corporal total e é
composta por tecido conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras,
as quais estão sobrepostos em forma de uma coluna, daí o termo coluna
vertebral. A coluna vertebral é constituída por 24 vértebras + sacro + cóccix e
constitui, junto com a cabeça, esterno e costelas, o esqueleto axial.

Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-


se com o osso do quadril ( Ilíaco ).

A coluna vertebral é dividida em quatro regiões:

 Região cervical:
São 7 vértebras cervicais, responsáveis pelos movimentos da cabeça, através
da articulação das duas primeiras (C1 ou Atlas e C2 ou Axis). A primeira
permite a articulação com o crânio permitindo os movimentos de extensão e
flexão, além de suportar seu peso. Já a segunda é que permite que aconteça o
movimento de rotação da cabeça.

As vértebras cervicais possuem forame transverso, processo espinhoso


bifurcado ou bífido e corpo reduzido. A C1 possui o corpo em forma de anel,
com tubérculos anterior e posterior, faces articulares lisas na inferior e
acidentadas na parte superior, onde aconteça a articulação com os Côndilos
Occipitais. Entretanto, a C2 é a única vértebra que possui uma saliência,
chamada de dente, que se articula com o tubérculo anterior da Atlas,
realizando o movimento de rotação da cabeça. Esta é a única vértebra cervical
a ter processo espinhoso ascendente.

Atlas: 1ª vértebra cervical Áxis: 2ª vértebra cervical

 Região torácica:
A região é composta por 12 vértebras torácicas. Possuem o corpo reforçado e
maior do que o das cervicais, articulam com as costelas e por isso possuem
quatro Fóveas Costais, duas no corpo e duas no Processo Transverso. Seu
Processo Espinhoso é mais comprido e inclinado para baixo.
Vértebra torácica

 Região Lombar:
Composto por 5 vértebras lombares. Os corpos vertebrais são maiores.

 Região Sacral:
O sacro tem a forma de uma pirâmide quadrangular com a base voltada para
cima e o ápice para baixo. Articula-se superiormente com a 5ª vértebra lombar
e inferiormente com o cóccix.

Sacro e Cóccix.
 Região Coccígea:
Fusão de 3 a 5 vértebras, apresenta a base voltada para cima e o ápice para
baixo.

Curvaturas da Coluna Vertebral

Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas


fisiológicas. São elas:

cervical (convexa ventralmente - LORDOSE),


torácica (côncava ventralmente - CIFOSE),
lombar (convexa ventralmente - LORDOSE) e
pélvica (côncava ventralmente - CIFOSE).
Quando uma destas curvaturas está
aumentada, chamamos
de HIPERCIFOSE(Região dorsal e pélvica)
ou HIPERLORDOSE (Região cervical e
lombar).

Numa vista anterior ou posterior, a coluna


vertebral não apresenta nenhuma curvatura.
Quando ocorre alguma curvatura neste plano
chamamos de ESCOLIOSE.
Funções da Coluna Vertebral:

Protege a medula espinhal e os nervos espinhais;


Suporta o peso do corpo;
Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a
cabeça;
Exerce um papel importante na postura e locomoção;
Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos
do dorso;
Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás
e para os lados e ainda girar sobre seu eixo maior.

Disco Intervertebral

Entre os corpos de duas vértebras adjacentes desde a segunda vértebra


cervical até o sacro, existem discos intervertebrais.
Constituído por um disco fibroso periférico composto por tecido
fibrocartilaginoso, chamado ANEL FIBROSO; e uma substância interna,
elástica e macia, chamada NÚCLEO PULPOSO. Os discos formam fortes
articulações, permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem os
impactos.

Ossos dos Membros Superiores


Os ossos dos membros superiores podem ser divididos em quatro segmentos:
Clavícula:

A clavícula forma a porção ventral da cintura escapular. É um osso longo


curvado como um “S” itálico, situado quase que horizontalmente logo acima da
primeira costela. Articula-se medialmente com o manúbrio do esterno e
lateralmente com o acrômio da escápula.

Escápula:

É um osso par, chato bem fino


podendo ser translúcido em certos
pontos. Forma a parte dorsal da
cintura escapular.

Úmero:

É o maior e mais longo osso do


membro superior. Articula-se com a
escápula na articulação do ombro e
com o rádio e a ulna na articulação
do cotovelo.
Ulna: É o osso medial do antebraço.
Articula-se proximalmente com o
úmero e o rádio e distalmente
apenas com o rádio.

Rádio:

É o osso lateral do antebraço. É o


mais curto dos dois ossos do
antebraço. Articula-se
proximalmente com o úmero e a
ulna e distalmente com os ossos do
carpo e a ulna.

Ossos da mão

A mão se divide em: carpo, metacarpo e falanges.


Ossos do Carpo
São oito ossos distribuídos em duas fileiras: proximal e distal.
Fileira Proximal: Escáfoide, Semilunar, Piramidal e Pisiforme
Fileira Distal: Trapézio, Trapezóide, Capitato e Hamato

Ossos do Metacarpo
É constituído por 5 ossos metacarpianos que são numerados no sentido látero-
medial em I, II, III, IV e V e correspondem aos dedos da mão. Considerados
ossos longos, apresentam uma epífise proximal que é a base, uma diáfise
(corpo) e uma epífise distal que é a cabeça.

Ossos dos Dedos da Mão


Apresentam 14 falanges: Do 2º ao 5º dedos:
1ª falange (Proximal) Polegar:
2ª falange (Média) 1ª falange (Proximal)
3ª falange (Distal) 2ª falange (Distal)

Ossos dos Membros Inferiores


O membro inferior tem função de sustentação do peso corporal, locomoção,
tem a capacidade de mover-se de um lugar para outro e manter o equilíbrio. Os
membros inferiores são conectados ao tronco pelo cíngulo do membro inferior
(ossos do quadril e sacro).
A base do esqueleto do membro inferior é formado pelos dois ossos do quadril,
que são unidos pela sínfise púbica e pelo sacro. O cíngulo do membro inferior e
o sacro juntos formam a PELVE ÓSSEA.
Os ossos dos membros inferiores podem ser divididos em quatro segmentos:
Ilíaco (osso do quadril)
O Ilíaco é um osso plano, chato, irregular, par e constituído pela fusão de três
ossos:
Ílio - 2/3 superiores
Ísquio - 1/3 inferior e posterior (mais resistente)
Púbis - 1/3 inferior e anterior

Fêmur:

O fêmur é o mais longo e pesado


osso do corpo. O fêmur consiste em
uma diáfise e duas epífises.
Articula-se proximalmente com o
osso do quadril e distalmente com a
patela e a tíbia.

Patela:
A patela é um osso pequeno e
triangular, localizado anteriormente
à articulação do joelho. É um osso
sesamóide. É dividida em: base
(larga e superior) e ápice
(pontiaguda e inferior). Articula-se
somente com o fêmur.
Tíbia:
Exceto pelo fêmur, a tíbia é o maior osso no corpo que suporta peso. Está
localizada no lado ântero-medial da perna. Apresenta duas epífises e uma
diáfise. Articula-se proximalmente com o fêmur e a fíbula e distalmente com o
tálus e a fíbula.

Fíbula:
A fina fíbula situa-se póstero-lateralmente à tíbia e serve principalmente para
fixação de músculos. Não possui função de sustentação de peso. Articula-se
com a tíbia (proximalmente e distalmente) e o tálus distalmente.

Ossos do Pé
O pé se divide em: tarso, metatarso e falanges.
Ossos do Tarso
São em número de 7 divididos em duas fileiras: proximal e distal.
Fileira Proximal: Calcâneo (túber do calcâneo) e Tálus (tróclea)
Fileira Distal: Navicular, Cubóide, Cuneiforme Medial, Cuneiforme Intermédio
(Médio) e Cuneiforme Lateral .
Metatarso
É contituído por 5 ossos metatarsianos que são numerados no sentido medial
para lateral em I, II, III, IV e V e correspondem aos dedos do pé, sendo o I
denominado hálux e o V mínimo. Considerados ossos longos. Apresentam uma
epífise proximal que é a base e uma epífise distal que é a cabeça.

Dedos do Pé Hálux:
Apresentam 14 falanges: 1ª falange (Proximal)
Do 2º ao 5º dedos: 2ª falange (Distal)
1ª falange (Proximal)
2ª falange (Média)
3ª falange (Distal)
Sistema Muscular

especializadas denominadas fibras


musculares, cuja energia latente é
ou pode ser controlada pelo sistema
nervoso. Os músculos são capazes
de transformar energia química em
energia mecânica.

O músculo vivo é de cor vermelha.


Os músculos são estruturas Essa coloração denota a existência
individualizadas que cruzam de pigmentos e de grande
uma ou mais articulações e quantidade de sangue nas fibras
pela sua contração são musculares.
capazes de transmitir-lhes
Os músculos representam 40-50%
movimento. Este é efetuado
do peso corporal total.
por células

Funções dos Músculos:


a) Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo,
como andar e correr.

b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos


esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das
posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar.

c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas


anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de
um órgão oco.

d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos


músculos lisos das paredes vasos sangüíneos regulam a intensidade do fluxo.
Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do
sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o
retorno do sangue para o coração.

e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e


grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da
temperatura corporal.

Tipos de Músculos:
a) Músculos Estriados Esqueléticos: Contraem-se por influência da nossa
vontade, ou seja, são voluntários. O tecido muscular esquelético é chamado de
estriado porque faixas alternadas claras e escuras (estriações) podem ser
vistas no microscópio óptico.

b) Músculos Lisos: Localizado nos vasos sangüíneos, vias aéreas e maioria


dos órgãos da cavidade abdômino-pélvica. Ação involuntária controlada pelo
sistema nervoso autônomo.

c) Músculo Estriado Cardíaco: Representa a arquitetura cardíaca. É um


músculo estriado, porém involuntário – AUTO RITMICIDADE.
Classificação dos Músculos Quanto à Função:
a) Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento
específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um movimento
desejado. Ex: Pegar uma chave sobre a mesa, agonistas são os flexores dos
dedos.

b) Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o


agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um
movimento suave. Ex: idem anterior, porém os antagonistas são os extensores
dos dedos.

c) Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações para


que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. Ex: idem
anterior, os sinergistas são estabilizadores do punho, cotovelo e ombro.

d) Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir


mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se
a parte distal.

Componentes Anatômicos dos Músculos Estriados:

a) Ventre Muscular é a porção


contrátil do músculo, constituída por
fibras musculares que se contraem.
Constitui o corpo do músculo
(porção carnosa).
b) Tendão é um elemento de tecido
conjuntivo, ricos em fibras
colágenas e que serve para fixação
do ventre, em ossos, no tecido
subcutâneo e em cápsulas
articulares. Possuem aspecto
morfológico de fitas ou de cilindros.

c) Aponeurose é uma estrutura


formada por tecido conjuntivo.
Membrana que envolve grupos
musculares. Geralmente apresenta-
se em forma de lâminas ou em
leques.

d) Bainhas Tendíneas são


estruturas que formam pontes ou
túneis entre as superfícies ósseas
sobre as quais deslizam os tendões.
Sua função é conter o tendão,
permitindo-lhe um deslizamento
fácil.

e) Bolsas Sinoviais são


encontradas entre os músculos ou
entre um músculo e um osso. São
pequenas bolsas forradas por uma
membrana serosa que possibilitam
o deslizamento muscular.
Tipos de Contrações:
O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o
fisiológico e o topográfico:

a) Contração Concêntrica: o músculo se encurta e traciona outra estrutura,


como um tendão, reduzindo o ângulo de uma articulação. Ex: Trazer um livro
que estava sobre a mesa ao encontro da cabeça.

b) Contração Excêntrica: quando aumenta o comprimento total do músculo


durante a contração. Ex: idem anterior, porém quando recolocamos o livro
sobre mesa.

c) Contração Isométrica: servem para estabilizar as articulações enquanto


outras são movidas. Gera tensão muscular sem realizar movimentos. É
responsável pela postura e sustentação de objetos em posição fixa. Ex: idem
anterior, porém quando o livro é sustentado em abdução de 90°.

Componentes Anatômicos do Tecido Conjuntivo:


a) Fáscia Superficial separa os músculos da pele.
b) Fáscia Muscular é uma lâmina ou faixa larga de tecido conjuntivo fibroso,
que, abaixo da pele, circunda os músculos e outros órgãos do corpo.
c) Epimísio é a camada mais externa de tecido conjuntivo, circunda todo o
músculo.
d) Perimísio circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares
individuais, separando-as em feixes chamados fascículos. Os fascículospodem
ser vistos a olho nu.
e) Endomísio é um fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no
interior de cada fascículo e separa as fibras musculares individuais de seus
vizinhos.

Couro Cabeludo Pálpebras


Músculos do Ombro - Vista Posterior

Músculos do Braço - Vista Anterior

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Músculos do Braço Vista Posterior

Músculos do Antebraço - Vista Anterior

MFonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SISTEMA
CARDIOVASCULAR
O Sistema Cardiovascular ou circulatório é responsável
por levar material nutritivo e oxigênio às células. O
sistema circulatório é um sistema fechado, sem
comunicação com o exterior, constituído por tubos, que
são chamados vasos, e por uma bomba percussora que
tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a
rede vascular.

O sistema cardiovascular consiste no sangue, no coração e nos vasos


sanguíneos. Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar
materiais com elas, ele deve ser, constantemente, propelido ao longo dos
vasos sangüíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de sangue
por cerca de 100 mil quilômetros de vasos sanguíneos.

Estruturas do sistema cardiovascular

SANGUE:

O sangue está contido num sistema fechado de canais (vasos sanguíneos),


impulsionados pelo coração. Sai do coração pelas artérias que vão se
ramificando em arteríolas e terminando em capilares que por sua vez se
continuam em vênulas e veias, retornando ao coração. As células de nosso
organismo precisam constantemente de nutrientes para manutenção do seu
processo vital, os quais são levados até elas pelo sangue.
Estes elementos nutritivos são constituídos por proteínas, hidratos de carbono
e gordura, desdobrados em suas
moléculas elementares (protídeos,
lipídeos e glicídios) e ainda sais
minerais, água e vitaminas. Ao
sangue cabe também a função de
transportar oxigênio para as células,
e servir de veículo para que
elementos indesejáveis como gás
carbônico, que deve ser expelido
pelos pulmões, e ureia, que deve
ser eliminado pelos rins.
O sangue é composto por uma parte líquida, o plasma, constituído de
substâncias nutritivas e elementos residuais das reações celulares. O plasma
também possui uma parte organizada, os elementos figurados, que são os
glóbulos sanguíneos e as plaquetas.

Os glóbulos dividem-se em vermelhos e bancos. Os glóbulos vermelhos são


as hemácias, células sem núcleo contendo hemoglobina, um pigmento
vermelho do sangue responsável pelo transporte de oxigênio e de gás
carbônico. Os glóbulos brancos são os leucócitos, verdadeiras células
nucleadas, incumbidas da defesa do organismo. São eles: neutrófilos,
basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos.

Plaquetas são fragmentos citoplasmáticos de células da medula óssea,


implicadas diretamente no processo de coagulação sanguínea.

CORAÇÃO:
Apesar de toda a sua potência, o coração, em forma de cone, é relativamente
pequeno, aproximadamente do tamanho do punho fechado, cerca de 12 cm de
comprimento, 9 cm de largura em sua parte mais ampla e 6 cm de espessura.
Sua massa é, em média, de 250g, nas mulheres adultas, e 300g, nos homens
adultos.

O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto


da linha média da cavidade torácica, no mediastino,
a massa de tecido que se estende do esterno à
coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras)
dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca
ficam a esquerda da linha média do corpo. A
posição do coração, no mediastino, é mais
facilmente apreciada pelo exame de suas
extremidades, superfícies e limites.
A extremidade pontuda do coração é o ápice,
dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A
porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a
base, dirigida para trás, para cima e para a direita.

Camadas da Parede Cardíaca:


Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração.
Epicárdio: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido
seroso.
Miocárdio: é a camada média e a mais espessa do coração. É composto de
músculo estriado cardíaco. É esse tipo de músculo que permite que o coração
se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para o interior dos vasos
sangüíneos.
Endocárdio: é a camada mais interna do coração. A superfície lisa e brilhante
permite que o sangue corra facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste
as valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sanguíneos que entram e
saem do coração.

ConfiguraçãoInterna:

O coração possui quatro


câmaras: dois átrios e dois
ventrículos. Os átrios (as
câmaras superiores) recebem
sangue; os ventrículos
(câmaras inferiores)
bombeiam o sangue para fora
do coração. O átrio direito é
separado do esquerdo por
uma fina divisória
chamada septo interatrial; o
ventrículo direito é separado
do esquerdo pelo septo
interventricular.

-Átrio direito: forma a borda direita do coração e recebe sangue rico em dióxido
de carbono (venoso) de três veias: veia cava superior, veia cava inferior e seio
coronário. A veia cava superior, recolhe sangue da cabeça e parte superior do
corpo, já a inferior recebe sangue das partes mais inferiores do corpo
(abdômen e membros inferiores) e o seio coronário recebe o sangue que nutriu
o miocárdio e leva o sangue ao átrio direito. O sangue passa do átrio direito
para ventrículo direito através de uma válvula chamada tricúspide (formada por
três folhetos - válvulas ou cúspides).

-Átrio esquerdo: cavidade de parede fina, com paredes posteriores e anteriores


lisas, que recebe o sangue já oxigenado; por meio de quatro veias pulmonares.
O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, através da valva
bicúspide (mitral), que tem apenas duas cúspides.

-Ventrículo direito: forma a maior parte da superfície anterior do coração,


ejetando sangue para os pulmões.

-Ventrículo esquerdo: recebe sangue oxigenado do átrio esquerdo que vai para
a maior artéria do corpo, a aorta ascendente. A principal função do ventrículo
esquerdo é bombear sangue para a circulação sistêmica (corpo). A parede
ventricular esquerda é mais espessa que a do ventrículo direito. Essa diferença
se deve à maior força necessária para bombear sangue para a circulação
sistêmica.

Ciclo cardíaco:
Um ciclo cardíaco único inclui todos os eventos associados a um batimento
cardíaco. No ciclo cardíaco normal os dois átrios se contraem, enquanto os
dois ventrículos relaxam e vice versa. O termo sístole designa a fase de
contração; a fase de relaxamento é designada como diástole.
Quando o coração bate, os átrios contraem-se primeiramente (sístole atrial),
forçando o sangue para os ventrículos. Um vez preenchidos, os dois
ventrículos contraem-se (sístole ventricular) e forçam o sangue para fora do
coração. A direção do fluxo sanguíneo deve ser orientada e controlada, o
que é obtido pelas valvas. As valvas ou válvulas são para impedir
comportamento anormal do sangue, o refluxo, elas fecham após a
passagem do sangue.

VASOS SANGUÍNEOS:
Formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em direção
aos tecidos do corpo e de volta ao coração. Os vasos sangüíneos podem ser
divididos em sistema arterial e sistema venoso:

Sistema Arterial: Constitui um conjunto de vasos que partindo do coração, vão


se ramificando, cada ramo em menor calibre, até atingirem os capilares.

Sistema Venoso: É constituído por tubos chamados de veias que tem como
função conduzir o sangue dos capilares para o coração. Formam um conjunto
de vasos que partindo dos tecidos, vão se formando em ramos de maior calibre
até atingirem o coração.
Os vasos sanguíneos que
conduzem o sangue para fora do
coração são as artérias. Estas se
ramificam muito, tornam-se
progressivamente menores, e
terminam em pequenos vasos
determinados arteríolas. A partir
destes vasos, o sangue é capaz de
realizar suas funções de nutrição e
de absorção atravessando uma
rede de canais microscópicos,
chamados capilares, os quais
permitem ao sangue trocar
substâncias com os tecidos. Dos
capilares, o sangue é coletado em
vênulas; em seguida, através das
veias de diâmetro maior, alcança
de novo o coração. Esta passagem
de sangue através do coração e
dos vasos sanguíneos é chamada
de CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA.
VEIAS DA CABEÇA E PESCOÇO
VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES

VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES

Circulação Pulmonar e Sistêmica


Circulação Pulmonar - leva sangue do ventrículo direito do coração para os
pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue
pobre em oxigênio para os pulmões, onde ele libera o dióxido de carbono
(CO2) e recebe oxigênio (O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao lado
esquerdo do coração para ser bombeado para circulação sistêmica.

Circulação Sistêmica - é a maior circulação; ela fornece o suprimento


sanguíneo para todo o organismo. A circulação sistêmica carrega oxigênio e
outros nutrientes vitais para as células, e capta dióxido de carbono e outros
resíduos das células.
SISTEMA LINFÁTICO:
O sistema linfático é uma
rede complexa de órgãos
linfoides, linfonodos, ductos
linfáticos, tecidos linfáticos,
capilares linfáticos e vasos
linfáticos que produzem e
transportam o fluido
linfático (linfa) dos tecidos
para o sistema circulatório,
ou seja, é constituído por
uma vasta rede de vasos
semelhantes às veias
(vasos linfáticos), que se
distribuem por todo o corpo
e recolhem o líquido
tissular que não retornou
aos capilares sanguíneos,
filtrando-o e reconduzindo-
o à circulação sanguínea.
O sistema linfático também
é um importante
componente do sistema
imunológico, pois colabora
com glóbulos brancos para
proteção contra bactérias e
vírus invasores.

Possui três funções inter relacionadas:

Remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais;

Absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o


sistema circulatório;

Produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células


produtoras de anticorpos conhecidas como plasmócitos).

Os vasos linfáticos têm a função de drenar o excesso de líquido que sai do


sangue e banha as células. Esse excesso de líquido, que circula nos vasos
linfáticos e é devolvido ao sangue, chama-se linfa.
A linfa é um líquido transparente, esbranquiçado (algumas vezes amarelado ou
rosado), alcalino e de sabor salgado, que circula pelos vasos linfáticos. Sua
composição é semelhante à do sangue, mas não possui hemácias, apesar de
conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos. No sangue os linfócitos
representam cerca de 50% do total de glóbulos brancos. A linfa é transportada
pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos
(também conhecidos como nódulos linfáticos ou gânglios linfáticos). Após a
filtragem, é lançada no sangue, desembocando nas grandes veias torácicas.

Órgãos Linfáticos:

O baço, os linfonodos (nódulos linfáticos), as tonsilas palatinas (amígdalas), a


tonsila faríngea (adenoides) e o timo (tecido conjuntivo reticular linfoide rico em
linfócitos) são órgãos do sistema linfático. Estes órgãos contém uma armação
que suporta a circulação dos linfócitos A e B e outras células imunológicas tais
como os macrófagos e células dendríticas. Quando micro-organismos invadem
o corpo ou o mesmo encontra outro antígeno (tal como o pólen), os antígenos
são transportados do tecido para a linfa. A linfa é conduzida pelos vasos
linfáticos para o linfonodo regional. No linfonodo, os macrófagos e células
dendríticas fagocitam os antígenos, processando-os, e apresentando os
antígenos para os linfócitos, os quais podem então iniciar a produção de
anticorpos ou servir como células de memória para reconhecer o antígeno
novamente no futuro.

- Baço: órgão linfoide apesar de não filtrar linfa, ou seja, é um órgão excluído
da circulação linfática
porém interposto na
circulação sanguínea e
cuja drenagem venosa
passa,
obrigatoriamente, pelo
fígado. Possui grande
quantidade de
macrófagos que,
através da fagocitose,
destroem micróbios,
restos de tecidos,
substâncias estranhas,
células do sangue em
circulação já
desgastadas como
eritrócitos, leucócitos e
plaquetas. Dessa forma,
o baço “limpa” o
sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também
tem participação na resposta imune,
reagindo a agentes infecciosos.
Inclusive, é considerado por alguns
cientistas, um grande nódulo
linfático.

Localização do Baço

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

- Linfonodos (Nódulos Linfáticos): são pequenos órgãos em forma de feijões


localizados ao longo do canal do sistema linfático. São os órgãos linfáticos mais
numerosos do organismo. Armazenam células brancas (linfócitos) que tem
efeito bactericida, ou seja, são células que combatem infecções e doenças.
Quando ocorre uma infecção, podem aumentar de tamanho e ficar doloridos
enquanto estão reagindo aos microrganismos invasores. Eles também liberam
os linfócitos para a corrente sanguínea. Os linfonodos tendem a se aglomerar
em grupos (axilas, pescoço e virilha). Quando uma parte do corpo fica
infeccionada ou inflamada, os linfonodos mais próximos se tornam dilatados e
sensíveis.

- Tonsilas Palatinas (Amígdalas): encontra-se na parede lateral da parte oral


da faringe, entre os dois arcos palatinos. Produzem linfócitos.

- Tonsila Faríngea (Adenoides): saliência produzida por tecido linfático


encontrada na parede posterior da parte nasal da faringe. Esta, durante a
infância, em geral se hipertrofia em uma massa considerável conhecida como
adenoide.
- Timo: considerado um órgão linfático por ser composto por grande número de
linfócitos e por sua única função conhecida que é de produzir linfócitos. Órgão
linfático mais desenvolvido no período pré-natal, evolui desde o nascimento até
a puberdade.

Circulação Linfática
A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos e
macromoléculas que as células produzem durante seu metabolismo, ou que
não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo.

O sistema linfático coleta a linfa, por difusão, através dos capilares linfáticos, e
a conduz para dentro do sistema linfático. Uma vez dentro do sistema, o fluido
é chamado de linfa, e tem sempre a mesma composição do que o fluido
intersticial.

A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos músculos,


da pulsação das artérias próximas e do movimento das extremidades. Todos os
vasos linfáticos têm válvulas unidirecionadas que impedem o refluxo, como no
sistema venoso da circulação sanguínea. Se um vaso sofre uma obstrução, o
líquido se acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado
edema.

Pode conter microrganismos que, ao passar pelo filtros dos linfonodos


(gânglios linfáticos) e baço são eliminados. Por isso, durante certas infecções
pode-se sentir dor e inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço, axila ou virilha,
conhecidos popularmente como "íngua".
Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos pela força do
coração, o sistema linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba
central. A linfa depende exclusivamente da
ação de agentes externos para poder
circular. A linfa move-se lentamente e sob
baixa pressão devido principalmente à
compressão provocada pelos movimentos
dos músculos esqueléticos que pressiona
o fluido através dele. A contração rítmica
das paredes dos vasos também ajuda o
fluido através dos capilares linfáticos. Este
fluido é então transportado
progressivamente para vasos linfáticos
maiores acumulando-se no ducto
linfático direito (para a linfa da parte
direita superior do corpo) e no ducto
torácico (para o resto do corpo); estes
ductos desembocam no sistema circulatório na veia subclávia esquerda e
direita.

Ducto Linfático Direito


Esse ducto corre ao longo da borda medial do músculo escaleno anterior na
base do pescoço e termina na junção da veia subclávia direita com a veia
jugular interna direita. Seu orifício é guarnecido por duas válvulas semilunares,
que evitam a passagem de sangue venoso para o ducto. Esse ducto conduz a
linfa para circulação sangüínea nas seguintes regiões do corpo: lado direito da
cabeça, do pescoço e do tórax, do membro superior direito, do pulmão direito,
do lado direito do coração e da face diafragmática do fígado.

Ducto Torácico
Conduz a linfa da maior parte do corpo para o sangue. É o tronco comum a
todos os vasos linfáticos, exceto os vasos sitados acima (ducto linfático direito).
Se estende da segunda vértebra lombar para a base do pescoço. Ele começa
no abdome por uma dilatação, acisterna do quilo, entra no tórax através do
hiato aórtico do diafragma e sobe entre a aorta e a veia ázigos. Termina por
desembocar no ângulo formado pela junção da veia subclávia esquerda com a
veia jugular interna esquerda.
SISTEMA DIGESTÓRIO
O trato digestório e os órgãos
anexos constituem o sistema
digestório. O trato digestório é um
tubo oco que se estende da
cavidade bucal ao ânus, sendo
também chamado de canal alimentar
ou trato gastrintestinal. As estruturas
do trato digestório incluem: boca,
faringe, esôfago, estômago, intestino
delgado, intestino grosso, reto e
ânus.

Os órgãos digestório acessórios são os dentes, a língua, as glândulas


salivares, o fígado, vesícula biliar e o pâncreas. Os dentes auxiliam no
rompimento físico do alimento e a língua auxilia na mastigação e na
deglutição. Os outros órgãos digestórios acessórios, nunca entram em contato
direto com o alimento. Produzem ou armazenam secreções que passam para
o trato gastrintestinal e auxiliam na decomposição química do alimento.

FUNÇÕES

1- Destina-se ao aproveitamento pelo organismo, de substâncias estranhas


ditas alimentares, que asseguram a manutenção de seus processos vitais.

2- Transformação mecânica e química das macromoléculas alimentares


ingeridas (proteínas, carboidratos, etc.) em moléculas de tamanhos e formas
adequadas para serem absorvidas pelo intestino.

3- Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal


para os capilares sanguíneos da mucosa do intestino.

4- Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos


juntamente com restos de células descamadas da parte do trato
gastrointestinal e substâncias secretadas na luz do intestino.

Mastigação: Desintegração parcial dos alimentos, processo mecânico e


químico.

Deglutição: Condução dos alimentos através da faringe para o esôfago.


Ingestão: Introdução do alimento no estômago.

Digestão: Desdobramento do alimento em moléculas mais simples.

Absorção: Processo realizado pelos intestinos.

Defecação: Eliminação de substâncias não digeridas do trato gastrointestinal.

BOCA:
O alimento é ingerido pela boca e preparado para a digestão no estômago e
intestino delgado. Mastigado pelos dentes, e a saliva, proveniente das
glândulas salivares, facilita a formação de um bolo alimentar controlável. A
deglutição é iniciada voluntariamente na cavidade da boca. A fase voluntária
do processo empurra o bolo da cavidade da boca para a faringe – a parte
expandida do trato digestório – onde ocorra a fase automática da deglutição.

DENTES:
Os dentes são estruturas cônicas, duras, fixadas nos alvéolos da mandíbula e
maxila que são usados na mastigação e na assistência à fala.

LÍNGUA:
Principal órgão do sentido do gosto e um importante órgão da fala, além de
auxiliar na mastigação e deglutição de alimentos.

FARINGE:
Tubo que se estende da boca até o esôfago onde apresenta suas paredes
muito espessas devido ao volume dos músculos que a revestem externamente,
por dentro, o órgão é forrado pela mucosa faríngea, um epitélio liso, que facilita
a rápida passagem do alimento.
O movimento do alimento, da boca para o estômago, é realizado pelo ato da
deglutição. A deglutição é facilitada pela saliva e muco e envolve a boca, a
faringe e o esôfago.

Três estágios:

Voluntário: no qual o bolo alimentar é passado para a parte oral da faringe.

Faríngeo: passagem involuntária do bolo alimentar pela faringe para o esôfago.

Esofágico: passagem involuntária do bolo alimentar pelo esôfago para o


estômago.

ESÔFAGO:
O esôfago é um tubo fibro-músculo-mucoso que se estende entre a faringe e o
estômago.
A presença de alimento no interior do esôfago estimula a atividade peristáltica,
e faz com que o alimento mova-se para o estômago.
As contrações são repetidas em ondas que empurram o alimento em direção
ao estômago. A passagem do alimento sólido, ou semi-sólido, da boca para o
estômago leva 4-8 segundos ; alimentos muito moles e líquidos passam cerca
de 1 segundo.

ESTÔMAGO:

O estômago é o segmento mais dilatado do tubo digestório, em virtude dos


alimentos permanecerem nele por algum tempo, necessita ser um reservatório
entre o esôfago e o intestino delgado.

Funções Digestivas
- Digestão do alimento
- Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas digestórias e ácido
hidroclorídrico como substâncias mais importantes.
- Secreção de hormônio gástrico e fator intrínseco.
- Regulação do padrão no qual o alimento é parcialmente digerido e entregue
ao intestino delgado.
- Absorção de pequenas quantidades de água e substâncias dissolvidas.

INTESTINO DELGADO:
A principal parte da digestão ocorre no intestino delgado, que se estende do
piloro até a junção iliocólica (ileocecal), que se reúne com o intestino grosso. O
intestino delgado é um órgão indispensável. Os principais eventos da digestão
e absorção ocorrem no intestino delgado, portanto sua estrutura é
especialmente adaptada para essa função. Sua extensão fornece grande área
de superfície para a digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas
pregas circulares, vilosidades e microvilosidades.

INTESTINO GROSSO:
Parte final do tubo digestivo. É responsável pelo importante processo de
absorção da água, o que determina a consistência do bolo fecal, possui uma
rica flora bacteriana.

As funções do intestino grosso são as seguintes: absorção de água e de certos


eletrólitos; síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais;
armazenagem temporária dos resíduos; eliminação de resíduos do corpo
(defecação).

FÍGADO:
A função digestiva do fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada,
para passar para o duodeno. A bile é produzida no fígado e armazenada na
vesícula biliar, que a libera quando gorduras entram no duodeno. A bile
emulsiona a gordura e a distribui para a parte distal do intestino para a digestão
e absorção.
Outras funções do fígado são:

Metabolismo dos carboidratos;

Metabolismo dos lipídios;

Metabolismo das proteínas;

Processamento de fármacos e hormônios;

Excreção da bilirrubina;

Excreção de sais biliares;

Armazenagem;

Fagocitose;

Ativação da vitamina D.

PÂNCREAS:
O pâncreas produz através de uma secreção exócrina o suco pancreático que
entra no duodeno através dos ductos pancreáticos, uma secreção endócrina
produz glucagon e insulina que entram no sangue.

Tem as seguintes funções:


Dissolver carboidrato (amilase pancreática);
Dissolver proteínas (tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase e
elastáse);
Dissolver triglicerídios nos adultos (lípase pancreática);
Dissolver ácido nucléicos (ribonuclease e desoxirribonuclease).
SISTEMA RESPIRATÓRIO
A função do sistema respiratório é facultar ao
organismo uma troca de gases com o ar
atmosférico, assegurando permanente
concentração de oxigênio no sangue,
necessária para as reações metabólicas, e
em contrapartida servindo como via de
eliminação de gases residuais, que resultam
dessas reações e que são representadas pelo
gás carbônico. Este sistema é constituído
pelos tratos (vias) respiratório superior e
inferior. O trato respiratório superior é
formado por órgãos localizados fora da caixa
torácica: nariz externo, cavidade nasal,
faringe, laringe e parte superior da traqueia. O
trato respiratório inferior consiste em órgãos
localizados na cavidade torácica: parte
inferior da traqueia, brônquios, bronquíolos,
alvéolos e pulmões. As camadas da pleura e os músculos que formam a
cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior.

O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar
deve percorrer diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome
conjunto de vias aeríferas.

As vias aeríferas podem ser divididas em:

Nariz: O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas


narinas. Em seguida, flui pelas cavidades nasais direita e esquerda, que estão
revestidas por mucosa respiratória. O septo nasal separa essas duas
cavidades. Os pelos do interior das narinas filtram grandes partículas de poeira
que podem ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contêm células
receptoras para o olfato. A cavidade nasal é a escavação que encontramos no
interior do nariz, ela é subdividida em dois compartimentos um direito e outro
esquerdo. Cada compartimento dispõe de um orifício anterior que é a narina e
um posterior denominado coana. As coanas fazem a comunicação da cavidade
nasal com a faringe. É na cavidade nasal que o ar torna-se condicionado, ou
seja, é filtrado, umidecido e aquecido.

Faringe: tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço.
Ela se situa logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras
cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e revestida de
túnica mucosa. A faringe funciona como uma passagem de ar e alimento.
A faringe é dividida em três regiões anatômicas: nasofaringe, orofaringe e
laringofaringe.
Figura 2 - Parede lateral do nariz.

Figura 3 - Faringe.

Laringe: órgão curto que conecta a faringe com a traqueia. Possui três
funções:
 Atua como passagem para o ar durante a respiração;
 Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz);
 Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas
respiratórias (como a traqueia).

Traqueia: tubo de 10 a 12,5cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro. Constitui


um tubo que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se
bifurcando nos dois brônquios principais.

Figura 4 - Traqueia.
Brônquios: fazem a
ligação da traqueia com os pulmões, são considerados um direito e outro
esquerdo. Dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores
denominados bronquíolos. Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão
origem a minúsculos túbulos denominados ductos alveolares. Estes ductos
terminam em estruturas microscópicas com forma de uva chamados alvéolos.

Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que


constituem o final das vias respiratórias. Um capilar
pulmonar envolve cada alvéolo. A função dos
alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono
através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.

Figura 5 - Alvéolos
Pulmões: órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma
de cada lado, no interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico
com o sangue circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas (HEMATOSE).

Figura 6 - Hematose
SISTEMA URINÁRIO
SISTEMA URINÁRIO
O sistema urinário é constituído pelos
órgãos uropoéticos, isto é, incumbidos
de elaborar a urina e armazená-la
temporariamente até a oportunidade de
ser eliminada para o exterior. Na urina
encontramos ácido úrico, ureia, sódio,
potássio, bicarbonato, etc.

Este aparelho pode ser dividido em


órgãos secretores - que produzem a
urina - e órgãos excretores - que são
encarregados de processar a
drenagem da urina para fora do corpo.

Os órgãos urinários compreendem os rins (2), que produzem a urina, os


ureteres (2) ou ductos, que transportam a urina para a bexiga (1), onde fica
retida por algum tempo, e a uretra (1), através da qual é expelida do corpo.

Além dos rins, as estruturas restantes do sistema urinário funcionam como um


encanamento constituindo as vias do trato urinário. Essas estruturas – ureteres,
bexiga e uretra – não modificam a urina ao longo do caminho, ao contrário, elas
armazenam e conduzem a urina do rim para o meio externo.

RINS:
Os rins realizam o trabalho principal do sistema urinário, com as outras partes
do sistema atuando, principalmente, como vias de passagem e áreas de
armazenamento. Com a filtração do sangue e a formação da urina, os rins
contribuem para a homeostasia dos líquidos do corpo de várias maneiras. As
funções dos rins incluem:
Regulação da composição iônica do sangue;
Manutenção da osmolaridade do sangue;
Regulação do volume sangüíneo;
Regulação da pressão arterial;
Regulação do pH do sangue;
Liberação de hormônios;
Regulação do nível de glicose no sangue;
Excreção de resíduos e substâncias estranhas.
Figura 7 - Anatomia interna do Rim

URETER:
São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga.
Os ureteres são capazes de realizar contrações rítmicas denominadas
peristaltismo. A urina se move ao longo dos ureteres em resposta à gravidade
e ao peristaltismo.

Figura 8 - Ureter

BEXIGA:
A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o
armazenamento da urina. A saída da bexiga urinária contém o músculo
esfíncter chamada esfíncter interno, que se contrai involuntariamente,
prevenindo o esvaziamento. Inferiormente ao músculo esfíncter, envolvendo a
parte superior da uretra, está o esfíncter externo, que controlado
voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de urinar. A
capacidade média da bexiga urinária é de 700 – 800ml; é menor nas mulheres
porque o útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga.

URETRA:
A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo
revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras
de muco. A uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra.

A uretra é diferente entre os dois sexos. As uretras masculinas e a femininas se


diferem em seu trajeto. Na mulher, a uretra é curta (3,8cm) e faz parte
exclusivamente do sistema urinário. Seu óstio externo localiza-se anteriormente
à vagina e entre os lábios menores. Já no homem, a uretra faz parte dos
sistemas urinário e reprodutor. Medindo cerca de 20cm, é muito mais longa que
a uretra feminina. Quando a uretra masculina deixa a bexiga, ela passa através
da próstata e se estende ao longo do comprimento do pênis. Assim, a uretra
masculina atua com duas finalidades: conduz a urina e o esperma.

Figura 9 - Uretra Feminina


Figura 10 - Uretra masculina
SISTEMA ENDÓCRINO

Dá-se o nome de sistema


endócrino ao conjunto de órgãos
que apresentam como atividade
característica a produção de
secreções denominadas
hormônios, que são lançados na
corrente sanguínea e irão atuar
em outra parte do organismo,
controlando ou auxiliando o
controle de sua função. Os
órgãos que tem sua função
controlada e/ou regulada pelos
hormônios são denominados
órgãos-alvo.

Constituição dos órgãos do sistema endócrino:

Os tecidos epiteliais de secreção ou epitélios glandulares formam as glândulas,


que podem ser uni ou pluricelulares. As glândulas pluricelulares não são
apenas aglomerados de células que desempenham as mesmas funções
básicas e tem a mesma morfologia geral e origem embrionária - o que
caracteriza um tecido. São na verdade órgãos definidos com arquitetura
ordenada. Elas estão envolvidas por uma cápsula conjuntiva que emite septos,
dividindo-as em lobos. Vasos sanguíneos e nervos penetram nas glândulas,
fornecendo alimento e estímulo nervoso para as suas funções. Os hormônios
influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas corporais.
Frequentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso,
formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode
fornecer ao endócrino a informação sobre o meio externo, ao passo que regula
a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema
endócrino, juntamente com o sistema nervoso atua na coordenação e
regulação das funções corporais.

Órgãos produtores de hormônios


Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios no homem são as
hipófises, o hipotálamo, a tireoide, as paratireoides, as suprarrenais, o
pâncreas e as gônadas.
Hipófises ou pituitária: situa-se na base do encéfalo, em uma cavidade do osso
esfenoide chamada tela túrcica, tem o tamanho aproximado de um grão de
ervilha e possui duas partes: o lobo anterior (ou adeno-hipófise) e o lobo
posterior (ou neuro-hipófise).
Além de exercerem efeitos sobre órgãos nos endócrinos, alguns hormônios,
produzidos pela hipófise são denominados trópicos (ou tróficos) porque atuam
sobre outras glândulas endócrinas, comandando a secreção de outros
hormônios. São eles:
 Tireotrópicos: atuam sobre a glândula endócrina tireoide.
 Adrenocorticotróficos: atuam sobre o córtex da glândula endócrina
adrenal (suprarrenal)
 Gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas.
 Somatotrópico: atua no crescimento, promovendo o alongamento dos
ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da
massa muscular. Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a
captação de glicose plasmática pelas células, aumentando a
concentração de glicose no sangue (inibe a produção de insulina pelo
pâncreas, predispondo ao diabetes).
Hipotálamo: Localizado no cérebro
diretamente acima da hipófise, e
conhecido por exercer controle sobre ela
por meios de conexões neurais e
substâncias semelhante a hormônios
chamados fatores desencadeadores (ou
de liberação), o meio pelo qual o sistema
nervoso controla o comportamento sexual
via sistema endócrino.

O hipotálamo estimula a glândula hipófise a


liberar os hormônios Gonadotróficos (FSH e
LH), que atuam sobre as gônadas,
estimulando a liberação de hormônios
gônadas na corrente sanguínea. Na mulher a
glândula-alvo do hormônio gonadotrófico e o
ovário e no homem são os testículos. Os
hormônios gônadas são detectadas pela
pituitária e pelo hipotálamo, inibindo a
liberação de mais hormônio pituitário, por
feedback. Como a hipófise secreta hormônios
que controlam outras glândulas e está
subordinada, por sua vez, ao sistema nervoso,
pode-se dizer que o sistema endócrino é
subordinado ao nervoso e que o hipotálamo é
o mediador entre esses dois sistemas.

O hipotálamo também produz outros fatores de


liberação que atuam sobre a adeno-hipófise,
estimulando ou inibindo suas secreções. Produz
também os hormônios ocitocina e ADH
(antidiurético), armazenados e secretados pela
neuro-hipófise.

Tireoide: localiza-se no pescoço, estando apoiada


sobre as cartilagens da laringe e da traqueia. Seus
dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4),
aumentam a velocidade dos processos de
oxidação e de liberação de energia nas células do
corpo, elevando a taxa metabólica e a geração de
calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a síntese de proteínas, estando
relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento. A calcitonina,
outro hormônio secretado pela tireoide, participa do controle da concentração
sanguínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele
para o plasma sanguíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.
SISTEMA NERVOSO

Sistema Nervoso Central

O sistema nervoso central recebe, analisa e integra informações. É o local


onde ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens.

É formado pelo encéfalo e medula espinhal. O encéfalo localiza-se dentro da


caixa craniana e é constituído por três órgãos: cérebro, cerebelo e tronco
encefálico. A medula espinhal situa-se dentro da coluna vertebral, ou seja, no
canal medular. Todos esses órgãos são formados por uma substância cinzenta
e uma substância branca. A substância cinzenta produz ou recebe os estímulos
nervosos, enquanto a substância branca é responsável pela transmissão dos
estímulos nervosos do sistema nervoso para os órgãos e vice-versa.

Encéfalo

O encéfalo é formado pelo cérebro,


tronco encefálico e cerebelo.
Cérebro

É o órgão mais volumoso e mais importante do sistema nervoso. Compreende


o telencéfalo e do diencéfalo. O telencéfalo é a parte mais desenvolvida do
encéfalo e ocupa 80% da cavidade craniana. O diencéfalo é uma estrutura
impar que só é vista na porção mais inferior do cérebro. Ao diencéfalo
compreendem as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo.

O cérebro divide-se em duas partes denominadas hemisférios cerebrais. Os


hemisférios estão ligados um ao outro pelo corpo caloso.

A superfície do cérebro apresenta


espaços chamados sulcos. Os sulcos
dividem a superfície do cérebro em
regiões que se chamam circunvoluções
cerebrais ou giros. Durante o
desenvolvimento embrionário, quando o
tamanho do encéfalo aumenta
rapidamente, a substância cinzenta do
córtex aumenta com maior rapidez que
a substância branca subjacente. Como
resultado, a região cortical se enrola e se dobra sobre si mesma. Portanto, a
superfície do cérebro do homem e de vários animais apresenta depressões
denominadas sulcos, que delimitam os giros ou circunvoluções cerebrais. A
existência dos sulcos permite considerável aumento do volume cerebral e
sabe-se que cerca de dois terços da área ocupada pelo córtex cerebral estão
“escondidos” nos sulcos.

Cada circunvolução cerebral é responsável pelo controle de determinadas


funções. As circunvoluções que se localizam na frente, junto ao osso frontal,
controlam a fala. As que se situam atrás, junto ao osso occipital, controlam as
sensações visuais. Junto aos ossos parietais ficam as circunvoluçoes que
controlam os movimentos do corpo. As sensações auditivas são controladas
pelas circunvoluções localizadas junto aos ossos temporais.
A substância cinzenta do cérebro localiza-se na parte externa; a substância
branca situa-se na parte interna. O cérebro é o órgão mais importante do
sistema nervoso, pois ele controla os movimentos, recebe e interpreta os
estímulos sensitivos, coordena os atos da inteligência, da memória, do
raciocínio e da imaginação.

Cerebelo

Situa-se embaixo e na parte posterior do


cérebro. Divide-se em duas massas
denominadas lobos cerebelares. Da mesma
forma que o cérebro, o cerebelo apresenta
substância cinzenta na parte exterior e branca
no interior.

Tronco encefálico
O tronco encefálico se divide em:
bulbo, mesencéfalo e a ponte,
situada entre ambos. A função do
cerebelo é coordenar os
movimentos do corpo para manter
seu equilíbrio. Regula também o
tônus muscular, que é o estado de
semi-contração que os músculos se
encontram, para entrarem
imediatamente em movimento,
sempre que for necessário. O álcool
afeta o cerebelo e é por essa razão
que a pessoa bêbada não consegue
caminhar em linha reta.
Bulbo (medula oblonga):No bulbo localiza-se o centro respiratório, muito
importante para a regulação do ritmo respiratório. Localizam-se também o
centro vasomotor e o centro do vômito. A presença dos centros respiratórios e
vasomotor no bulbo torna as lesões neste órgão particularmente perigosas. Em
razão de sua importância com relação ás funçoes vitais, o bulbo é muitas vezes
chamado de centro vital. Pelo fato de essas estruturas serem fundamentais
para o organismo, você pode compreender a seriedade de uma fratura na base
do crânio. O bulbo é também extremamente sensível a certas drogas,
especialmente os narcóticos. Uma dose excessiva de narcótico causa
depressão do bulbo e morte porque a pessoa para de respirar.
Ponte: A ponte tem um papel fundamental na regulação do padrão e ritmo
respiratório. Lesões nessa estrutura podem causar graves distúrbios no ritmo
respiratório.
Mesencéfalo:Interpõe-se entre a ponte e o cerebelo.

Medula espinhal
É um tubo (cilindro) nervoso, com aproximadamente 45 centímetros de
comprimento e 1 centrímetro de
diâmetro, situado dentro do canal
medular na coluna vertebral. Na parte
superior, a medula está ligada ao bulbo,
como se fosse uma continuação desse
órgão. A medula espinha possui uma
substãncia branca na parte e extera e
cinzenta na interna. A substância
cinzenta se dispõe na forma de um H,
cujos ramos dão origem às raízes
nervosas que saem da medula. A
medula apresenta forma aproximada de
um cilindro, achatada no sentido ântero-
posterior. Seu calibre não é uniforme,
pois ela apresenta duas dilatações
denominadas de intumescência cervical
e intumescência lombar.

A medula espinhal tem duas funções:


 Conduzir os impulsos
nervosos do corpo para o
cérebro e vice-versa. Essa
função é realizada pela
substância branca;
 Produzir os impulsos
nervosos. Essa função é
realizada pela substância
cinzenta. A medula é capaz de
coordenar os atos involuntários
ou inconscientes, como retirar
o dedo rapidamente de uma
panele de água fervendo.
Meninges
O tecido do SNC é muito delicado. Por esse motivo, apresenta um elaborado
sistema de proteção que consiste de quatro estruturas: ossos (crânio e coluna
vertebral), meninges, líquido cerebrospinhal (líquor) e barreira
hematoencefálica. O sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas
denominadas meninges que são classificadas como três: dura-máter,
aracnóide e pia-máter.
Dura-máter: é a meninge mais
superficial, espessa e resistente,
formadfa por tecido conjuntivo
muito rico em fibras colágenas ,
contendo nervos e vasos. É
formada por dois folhetos: um
externo e um interno. O folheto
externo adere intimamente aos
ossos do crânio e se comporta
como um periósteo destes ossos
(nas fraturas cranianas dificulta a
formação de um calo ósseo). A
dura-mater, ao contrário das
outras meninges, é ricamente inervada. Como o encéfalo não possui
terminações nervosas sensitivas, toda ou qualquer sensibilidade intracraniana
se localiza na dura-máter, que é responsável pela maioria das dores de
cabeça.
Aracnóide: é uma membrana muito delgada, justaposta à dura-mater, da qual
se separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo uma pequena
quantidadede líquido necessário à lubrificação das superfícies de contato das
membranas.
Pia-máter: é a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície
do encéfalo e da medula, cujos relevos e depressões acompanham até o fundo
dos sulcos cererais.

Sistema Nervoso Periférico

Sistema Nervoso Periférico é formado


por um conjunto de nervos que podem
ser classificados em dois tipos:
raquidianos (espinhais) e cranianos.
Nervos espinhais (raquidianos): são 31 pares de nervos que partem da medula
espinhal e se ramificam por todo o corpo. Os nervos espinhais (raquidianos)
são formados pelas raízes nervosas que se iniciam nos ramos que formam o H
da substãncia cinzenta da medula espinhal. Quanto à transmissão dos
estímulos nervosos, os nervos podem ser de tres tipos:
 Sensitivos: levam os estímulos nervosos do corpo para o cérebro;
 Motores: levam os estímulos nervosos do cérebro para o corpo;
 Mistos: são sensitivos e motores, simultaneamente.
Na realidade, os nervos raquidianos são mistps, pois são formados por duas
raízes nervosas: a raíz anterior, que é motora, e a raiz posterior, que é
sensitiva.

De acordo com as regiões da coluna


vertebral, os 31 pares de nervos
espinhais distribuem-se da seguinte
forma:
 Oito pares de nervos cervicais;
 Doze pares de nervos dorsais;
 Cinco pares de nervos
lombares;
 Seis pares de nervos sagrados
ou sacrais.
Também encontramos quatro plexos
principais que são: cervical, braquial,
lombar e pélvico. Plexos são os locais
de aglomerados de raízes nervosas
que vão formar nervos importantes do
sistema nervoso.
Nervos cranianos: os nervos cranianos são constituídos por doze pares de
nervos que saem do encéfalo e se distribuem pelo corpo. Podem ser
sensitivos, motores ou mistos.

Sistema Nervoso Autônomo


Sistema nervoso autônomo é a árte do sistema nervoso que está relacionada
ao controle da vida vegetativa, ou seja, controla funções como a respiração,
circulação do sangue, controle de temperatura e digestão. O SNA é dividido em
duas partes:
 Sistema nervoso simpático (toracolombar);
 Sistema nervoso parassimpático (craniossacral).
O SNP autônomo simpático, de modo geral, estimula ações que mobilizam
energia, permitindo ao organismo responder a situações de estresse. Por
exemplo, o sistema simpático é responsável pela aceleração dos batimentos
cardíacos, pelo aumento da pressão arterial, da concentração de açúcar no
sangue e pela ativação do metabolismo geral do corpo. O simpático tem ação
essencialmente vasoconstritora, mediante a liberação do neurotransmissor
norepinefrian (vasoconstritor) pelos seus botões terminais, ao contrário do
parassimpático.
O SNP autônomo parassimpático estimula principalmente atividades
relaxantes, como as reduções do ritmo cardíaco e da pressão arterial, entre
outras funções como ação vasodilatadora mediante a liberação de acetilcolina.
SISTEMA TEGUMENTAR

O tegumento ou pele cobre a


superfície do corpo protegendo-o
das influências ambientais danosas.
Como a pele é facilmente acessível,
ela é importante nos exames
físicos. A pele propicia:

Proteção do corpo contra o


meio ambiente, abrasões, perda de
líquido, substâncias nocivas e
microrganismos invasores.

Regulação do calor através


das glândulas sudoríparas e vasos
sanguíneos.

Sensibilidade por meio dos nervos superficiais e suas terminações


sensitivas.

A pele forma um envoltório para as estruturas do corpo e substâncias vitais


(líquidos), formando assim o maior órgão do corpo.

A pele é composta de: epiderme, derme e tecido subcutâneo.

EPIDERME:

A epiderme, ou cutícula, não é vascularizada, consiste de epitélio estratificado,


amolda-se perfeitamente sobre a camada papilar da derme, e varia de
espessura em diferentes partes. Em alguns lugares como na palma da mão e
planta dos pés, ela é espessa, dura e de textura córnea. O epitélio estratificado
da epiderme compõe-se de várias camadas denominadas de acordo com
diversas categorias, tais como o aspecto das células, textura, composição e
posição. Essas camadas são de superficial para profundo:

estrato córneo: constituída por células mortas, sem núcleo e completamente


achatadas em forma de lâminas. Estas lâminas se sobrepõem formando uma
estrutura rígida e hidrófila exercendo as funções de proteção contra agentes
físicos, químicos e biológicos, além de impedir a evaporação de água. Nesta
camada ocorre o desprendimento constante dos queratinócitos e
consequentemente uma renovação constante da epiderme.
estrato lúcido: constituída por uma fina camada de células achatadas, cujos
núcleos celulares apresentam sinais de degeneração e existem poucas
organelas citoplasmáticas. Estas células estão parcialmente preenchidas por
queratina e sobre elas existe uma cobertura glicolipídica que, juntamente com a
queratina, torna a membrana plasmática impermeável a fluidos. Nem todas as
regiões do corpo possuem esta camada que existe mais comumente nas
regiões palmoplantares.

estrato granuloso: caracterizada pela presença de células poligonais com


núcleo central, achatadas, com a presença de grânulos de queratina no
citoplasma. Estas células produzem grânulos de queratina e grânulos de
substância fosfolipídica associada à glicosaminoglicanas que são expulsos das
células, formando uma barreira entre as células e impedindo a passagem de
compostos e água. Esta barreira proteica confere grande resistência às células.
Na camada granulosa os queratinócitos encontram-se menos hidratados,
achatados e com maior produção de queratina.

estrato espinhoso: formada por 4 a 10 fileiras de células cuboides ou


ligeiramente achatadas, com núcleo central e pequenas expansões no
citoplasma que dá o aspecto espinhoso. Estão localizadas acima da camada
basal. Os queratinócitos continuam produzindo queratina e apresentam-se
ligeiramente achatados e unidos entre si, permanecendo na camada espinhosa
por aproximadamente 26 a 42 dias.

estrato basal: camada mais profunda da epiderme que faz contato direto com a
derme. É formada por uma única fileira de células prismáticas. É a camada
onde ocorre intensa divisão celular, responsável pela renovação da epiderme,
fornecendo células para substituir as que são perdidas na camada córnea.
Nesse processo as células partem da camada basal e vão sendo deslocadas
para a periferia até a camada córnea, num período de 21 a 28 dias.
DERME

A derme, cório, cútis verdadeira ou pele verdadeira é rija, flexível e elástica. É


mais espessa na superfície dorsal do corpo que na ventral e na parte lateral
mais que na medial dos membros. Nas pálpebras, escroto e pênis é
excessivamente fina e delicada. Consiste em um tecido conjuntivo com
quantidade variável de fibras elásticas e numerosos nervos, vasos sanguíneos
e linfáticos. O tecido conjuntivo se dispõe em duas camadas:

profunda ou reticular: consiste de tecido


conjuntivo fibroelástico, composto sobretudo
de feixes colágenos. As células desta
camada são principalmente fibroblastos e
histiócitos. Nas camadas mais profundas da
camada reticular encontram-se glândulas
sudoríparas, sebáceas, folículos do pêlo e
pequenos acúmulos de células.

superficial ou papilar: consiste em


numerosas eminências vasculares altamente
sensitivas, as papilas. As papilas são
pequenas eminências cônicas de
extremidades arredondadas ou dilatadas.

TECIDO SUBCUTÂNEO:

A derme está situada sobre a tela subcutânea. Esta última camada não é
considerada como pertencente à pele e por isso é chamada detela ou tecido
subcutâneo ou hipoderme. O tecido subcutâneo é composto principalmente por
tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. Ela desempenha duas funções
principais: auxilia a isolar o corpo das variações extremas do meio ambiente e
fixa a pele às estruturas subjacentes. Poucas áreas do corpo não possuem
esse tecido; nestes locais, a pele está fixada diretamente no osso. A pele das
articulações e dos dedos apresenta dobras e é enrugada porque está aderida
ao osso.
ANEXOS DA PELE

Os anexos da pele são as unhas, os pelos e as glândulas sudoríparas e


sebáceas com seus respectivos ductos.

Unhas: são estruturas achatadas, elásticas, de textura córnea, aplicadas sobre


a superfície dorsal das falanges distais. Cada unha está implantada por uma
porção chamada raiz em um sulco da pele; a porção exposta é denominada
corpo e a extremidade distal, borda livre. A unha é firmemente aderente ao
cório e exatamente moldada sobre a superfície; a parte de baixo do corpo e da
raiz da unha é chamada matriz da unha porque é esta que a produz. Próximo a
raiz da unha o tecido não está firmemente aderido ao tecido conjuntivo, mas
apenas em contato com o mesmo; por isso esta porção da unha é
esbranquiçada e chamada lúnula devido a sua forma.

Pelos: são encontrados em quase toda superfície do corpo. Variam muito em


comprimento, espessura e cor nas diferentes partes do corpo e nas várias
raças humanas. Um pelo consiste em raiz (a parte implantada na pele) e haste
(a porção que se projeta da superfície). A raiz do pelo termina no bulbo do pelo
que é mais esbranquiçado e de textura mais mole do que a haste e está
alojado em um canalículo da epiderme que o envolve, chamado folículo do
pelo. No fundo de cada folículo encontra-se uma pequena eminência cônica
vascular ou papila. Ela é contínua com a camada dérmica do folículo e suprida
com fibrilas nervosas. O folículo piloso consiste em duas túnicas: externa e
interna ou epidérmica. O bulbo piloso é moldado sobre a papila e compõe-se
de células epiteliais poliédricas que, ao passarem para o interior da raiz do
pêlo, se alongam, tornando-se fusiformes. A haste do pêlo consiste, de dentro
para fora, de três partes: a medula, o córtex e a cutícula. A medula em geral
está ausente em delgados pêlos que cobrem a superfície do corpo e
comumente nos da cabeça. O córtex constitui a parte da haste; suas células
são alongadas e unidas para formar fibras fusiformes a achatadas contendo
grânulos de pigmento em pêlos escuros e ar nos brancos. A cutícula compõe-
se de uma simples camada de escamas achatadas que se sobrepõem da
profundidade para a superfície. Correlacionado aos folículos pilosos há um
conjunto de pequeninos feixes de fibras musculares lisas involuntárias,
denominadas eretores dos pelos. Emergem
da camada superficial da derme e se
inserem no folículo. Colocam-se do lado
para onde o pelo se inclina, e pela sua ação
diminuem a obliquidade do folículo,
tornando-o reto.

Glândulas Sudoríparas: são encontradas


em quase toda a parte da pele. Consistem de um simples tubo cuja a parte
profunda constitui uma bolsa esférica ou oval chamada corpo da glândula,
enquanto a porção superior ou ducto atravessa a derme e a epiderme, abrindo-
se na superfície da pele por uma abertura afunilada. Nas camadas superficiais
da derme o ducto é retilíneo, mas nas camadas profundas o ducto é enrolado
ou mesmo retorcido. São muito abundantes na palma das mãos e planta dos
pés.

Glândulas Sebáceas: são órgãos glandulares pequenos e saculiformes


alojados na derme, encontradas em muitas partes da pele, mas em abundância
no couro cabeludo e na face. Cada glândula consiste de um simples ducto que
emerge de um agrupamento ovalado ou em forma de garrafa – os alvéolos,
que são em geral de dois a cinco, podendo chegar, em alguns casos, até vinte.
Cada alvéolo é composto de uma membrana basal transparente contendo um
certo número de células epiteliais.

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