T.R Sistema de Controle Ambiental - Sca

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TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DO

SISTEMA DE CONTROLE AMBIENTAL – SCA

OBS: Os documentos enviados a este Instituto deverão ser apresentados


sem o timbre do IMAM, pois os Brasões e símbolos dos órgãos da
administração pública são de uso exclusivo para identificar documentos por
estes emitidos, uma vez que estes denotam fé pública do ente e a origem do
documento público. Para tanto, estes só poderão ser utilizados por Ofícios
expedidos pelo IMAM, bem como em formulários próprios, não podendo ser
utilizados por particulares em seus documentos, mesmo que destinados a
este Orgão.

O conteúdo básico do SCA deverá abordar os seguintes aspectos: descrição do


empreendimento a ser licenciado; descrição do processo de produção;
caracterização das emissões geradas nos diversos setores do empreendimento, no
que concerne a ruídos, efluentes líquidos, efluentes atmosféricos e resíduos
sólidos. O detalhamento das informações a serem prestadas deverá obedecer
rigorosamente ao roteiro apresentado a seguir.

1. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Descrever o empreendimento a ser licenciado, abordando os aspectos


relacionados a seguir.
Razão social, nome fantasia, endereço do estabelecimento.
Tamanho da área construída e área não construída, bem como se há
perspectivas de ampliação e/ou diversificação da produção, informando
como e quando ocorrerá a ampliação e/ou diversificação, se for o caso.
Na hipótese de empreendimento em fase de projeto ou de instalação,
solicita-se, que o empreendedor apresente uma avaliação dos impactos
decorrentes das fases de preparação do terreno e de implantação,
destacando seus efeitos sobre o meio ambiente e as providências tomadas
para minimizá-los. Deverá especificar se a comunidade local foi informada
sobre a perspectiva de implantação da indústria e se tal comunidade tem
conhecimento do empreendimento que ali se desenvolverá, bem como das
medidas de segurança e de controle da poluição que serão implantadas.
Deverá, por fim, informar quais são as expectativas da comunidade em
relação ao empreendimento, particularmente com relação aos moradores e
demais usuários mais próximos à área selecionada. Considerando ainda a
hipótese de empreendimento em fase de projeto ou de instalação, deverá
ser informado se a implantação será feita por etapas; se positivo, detalhar
cada uma das etapas previstas, principalmente no que se refere aos prazos.
Atividade principal, informando os nomes comerciais e técnicos dos produtos
fabricados, citando produção média, formas de acondicionamento e, no que
for pertinente, propriedades gerais, tais como: composição química,
RUA JOAQUIM TEIXEIRA ALVES, Nº 3.770 – PQ ARNULPHO FIORAVANTI
DOURADOS – MS – CEP 79.830-010 – FONE (67) 3428-4970 / 4971
CNPJ 04.329.061/0001-58 – e-mail: [email protected]
concentração, estado físico, informações toxicológicas, distribuição
granulométrica, densidade, teor de umidade, pH “in natura” ou em solução
aquosa, solubilidade em água, limites superior e inferior de explosividade,
pontos de fulgor, de combustão e de ignição, etc.
Número total de empregados, inclusive pessoal de serviço terceirizado que
compareça regularmente no estabelecimento (vigilantes, faxineiras, etc.).
Regime de operação do estabelecimento industrial (horas/dia e
dias/semana), mencionando jornada de trabalho e número de empregados
por turno de trabalho (havendo variação no período de funcionamento em
diferentes setores industriais, especificar cada um).
Consumo médio de energia elétrica (kwh/mês).
Capacidade nominal instalada e o percentual dessa capacidade atualmente
em uso.

2. PROCESSO INDUSTRIAL

Descrever o processo industrial segundo o detalhamento especificado a seguir.


Apresentar fluxograma do processo de produção, destacando os pontos ou
etapas em que há emissão de ruídos, emissão de efluentes líquidos
(inclusive águas de refrigeração e águas oriundas de operações de lavagens
de pisos e/ou equipamentos, citando-se os produtos químicos nelas
contidos, tais como detergentes, desinfetantes, anticorrosivos,
antiincrustrantes, etc.), emissão de efluentes gasosos, emissão de material
particulado e geração de resíduos sólidos (além dos subprodutos ou
resíduos diversos, consideram-se também resíduos sólidos as embalagens
sem retorno ao fornecedor/fabricante, tais como: tambores, bombonas,
caixas, “big-bags”, latas, vidrarias, baldes, galões, etc.). No fluxograma
deverá estar incluída a legenda para a simbologia utilizada.
Especificar as fontes de fornecimento de água para uso industrial (rio, lagoa,
poço, rede pública, etc.), informando o consumo médio em base diária ou
mensal.
Listar os equipamentos utilizados diretamente no processo de produção,
bem como aqueles pertencentes às unidades auxiliares, tais como
compressores, geradores, caldeiras, unidades de tratamento de água para
uso industrial, unidades de refrigeração industrial, etc. Deverão ser
fornecidas as especificações de cada equipamento.
Descrever as matérias-primas e demais produtos utilizados no processo de
produção, destacando as quantidades médias consumidas, em base diária
ou mensal, especificando formas de acondicionamento e, no que for
pertinente, propriedades gerais, tais como: composição química,
concentração, estado físico, informações toxicológicas, distribuição
granulométrica, densidade, teor de umidade, pH “in natura” ou em solução
aquosa, solubilidade em água, limites superior e inferior de explosividade,

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pontos de fulgor, de combustão e de ignição, etc. (Estas informações
geralmente são obtidas junto aos próprios fornecedores ou fabricantes).
Especificar os fornecedores de carvão e/ou madeira, se estes insumos
tiverem sido listados anteriormente. Nesse caso, deverá ser anexada as
notas fiscais de compra ou DOF (documento de origem florestal).
Deverão ser apresentadas informações que permitam identificar as fontes ou
etapas de geração de ruídos, de efluentes líquidos, de efluentes gasosos, de
material particulado e de resíduos sólidos. No caso de transformações
químicas, apresentar as reações químicas pertinentes.
Descrever as unidades de armazenamento de insumos e produtos,
especificando a forma e capacidade de armazenamento (silos, tanques,
pilhas ao ar livre, produtos a granel em galpões, etc.), considerando a
compatibilidade química entre as substâncias armazenadas.
Para áreas de tancagem, informar se existem ou não bacias de contenção.
Caso existam, especificar, para cada bacia: as dimensões e as
características construtivas; os produtos armazenados; o volume e a
distribuição dos tanques por bacia; o volume de deslocamento de cada
tanque.

3. MINIZAÇÃO DA GERAÇÃO E/OU REAPROVEITAMENTO DE


EFLUENTES E RESÍDUOS SÓLIDOS

Considerando o Sistema de Controle Ambiental - SCA, sugere-se que o


empreendedor ou a consultoria técnica por ele contratada avalie a possibilidade de
intervenções no processo industrial, visando à minimização da geração de
efluentes líquidos, de efluentes atmosféricos e de resíduos sólidos.
Simultaneamente a esta providência, sugere-se que o empreendedor promova a
conscientização, o comprometimento e o treinamento do pessoal da área
operacional da empresa, relativamente às questões ambientais, visando atingir os
melhores resultados possíveis. Tal procedimento poderá dar ao empreendedor a
oportunidade de reduzir seus custos de produção e, como conseqüência,
minimizará os investimentos necessários à implantação e operação dos sistemas
de tratamento de efluentes e de resíduos sólidos.

4. CARACTERIZAÇÃO DAS EMISSÕES

Caracterizar as emissões conforme o roteiro a seguir. (No caso de estabelecimento


em fase de projeto ou de instalação, as informações referentes às emissões
poderão ser obtidas a partir de literatura técnica e/ou de estabelecimento similar já
em operação - nestes casos é imprescindível citar a bibliografia consultada, os
estabelecimentos usados como referências e as considerações técnicas feitas para
se chegar aos valores apresentados).

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4.1 RUÍDOS

Apresentar laudo de avaliação de ruídos, baseando-se na NBR nº


10.151/2000. A constatação de que as exigências desta lei não estejam
sendo atendidas significa que, sob o enfoque legal, o empreendimento é
efetiva ou potencialmente poluidor, caracterizando-se a necessidade de
apresentação de propostas de medidas corretivas
OBS: O atendimento ao disposto na NBR nº 10.151/2000 não isenta o
empreendedor do cumprimento de outras exigências pertinentes a ruídos, tais
como aquelas citadas nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho ou
previstas em Legislação Municipal específica.

4.2 EFLUENTES LÍQUIDOS INDUSTRIAIS

Para cada efluente líquido de origem industrial, proceder conforme as


exigências a seguir.
a) Informar se o regime de lançamento é contínuo ou descontínuo.
b) No caso de lançamento descontínuo, especificar os tipos de tratamento
realizado (caixa separadora de areia, água e óleo – SAAO, caixa de decantação e
outros) antes da destinação final.

4.3 ESGOTO SANITÁRIO

Embora a carga poluente do esgoto sanitário seja típica, sugere-se fazer


uma caracterização preliminar desse efluente, nos moldes propostos para o
efluente líquido de origem industrial. Tal procedimento permite detectar
indícios de ligações indevidas em fossas sépticas ou em rede de esgotos.

4.4 EFLUENTE ATMOSFÉRICO (gases, vapores e material particulado)

Para cada efluente atmosférico, proceder conforme as exigências a seguir.


a) Informar se as emissões são contínuas ou descontínuas.
b) No caso de emissões descontínuas, especificar o número e a duração média
das descargas ao longo de um dia e/ou de um ciclo completo de trabalho, caso a
produção seja em batelada.
c) No caso de emissões contínuas de vazão variável, especificar em que fase do
processo produtivo ou intervalos do dia ocorre a descarga máxima, informando sua
duração média.
d) Visando à caracterização do efluente e à sua confrontação com os padrões de
emissão prescritos na Resolução Conama nº 382 de 26/12/2006, apresentar
relatórios de amostragem e análises, incluindo-se as planilhas de campo e de
laboratório. A coleta do efluente deverá ser feita segundo Normas Técnicas ABNT
12827/93, 12019/90, 12021/90 e 12022/90, para emissões em dutos e chaminés de
fontes estacionárias. Os resultados deverão ser expressos de maneira concordante
com as unidades previstas na Resolução Conama nº 382 de 26/12/2006. Para as
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fontes amostradas, apresentar desenho da chaminé ou duto, especificando o
diâmetro e indicando a posição dos pontos de amostragem.
d.1) Para amostragens em chaminés de fontes que queimam madeira, bagaço de
cana, carvão vegetal ou similares, deverá ser analisado, no mínimo, material
particulado.
d.2) Para amostragens em chaminés de fontes que queimam óleo combustível,
óleo diesel, carvão mineral, coque ou misturas de combustíveis derivados de
petróleo, deverão ser analisados, no mínimo, material particulado e dióxido de
enxôfre.
d.3) Outros parâmetros a serem considerados para fins de coleta e caracterização
do efluente deverão ser estipulados pelo empreendedor ou por consultoria técnica
por ele contratada, face às peculiaridades do processo de produção e das outras
fontes de emissão existentes. Como exemplo de outras fontes de emissão de
poluentes atmosféricos, citamos: dutos de exaustão de ambientes ocupacionais;
dutos de exaustão de moinhos; dutos de exaustão de unidades misturadoras ou
embaladoras de materiais na forma de pó; dutos de exaustão de reatores, dutos de
exaustão do ar circulante em estufas de secagem, etc.
d.4) O IMAM poderá exigir, complementarmente: caracterização completa do
efluente, para qualificar e quantificar os poluentes presentes nas emissões;
distribuição granulométrica do material particulado; estudo de dispersão
atmosférica dos poluentes; instalação de dispositivos para amostragem de
partículas totais em suspensão.
e) Para fins de caracterização de efluentes atmosféricos deverão ser consideradas
também as substâncias odoríferas resultantes de fontes específicas, Conama nº
382 de 26/12/2006. A constatação de que as exigências da Conama nº 382 de
26/12/2006 não estejam sendo atendidas significa que, sob o enfoque legal, o
empreendimento é efetiva ou potencialmente poluidor, caracterizando-se a
necessidade de apresentação de propostas de medidas corretivas.

4.5 RESÍDUOS SÓLIDOS

Para cada resíduo sólido citado anteriormente, deverá estar relatado no


Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS de acordo com o
Termo de Referencia fornecido pelo IMAM.

OBS: A não abordagem de qualquer exigência contida nos itens anteriores deste
termo de referência, sem justificativas plausíveis por parte do empreendedor ou
técnico, retardará a tramitação do requerimento de licença, podendo até mesmo
implicar seu indeferimento por parte do IMAM.

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