Livreto FisicaI IFUSP SEM1 Noturno 2022

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Universidade de São Paulo

Instituto de Fı́sica

Fı́sica I - 4302111 - Noturno

Informações Gerais
e
Coletânea de Exercı́cios

Profa. Lucy Vitória Credidio Assali


Prof. Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva

IFUSP - Primeiro Semestre - 2022


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

Índice
1 Informações Gerais 5
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2 Resumo do programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.4 Critério de avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.5 Critério de aprovação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.6 Calendário dos feriados escolares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.7 Calendário das provas gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.8 Calendário das provinhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.9 Equipe de professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.10 Equipe de estagiários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.11 Horário e local das aulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.12 Horário e local dos plantões de dúvidas . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.13 Página da disciplina na internet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

2 Calendário semanal de Fı́sica I - 2022 - Noturno 11

3 Coletânea de exercı́cios 12
3.1 Grandezas fı́sicas e análise dimensional . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.2 Cálculo diferencial e integral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.3 Movimento em uma dimensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.4 Movimento em duas e três dimensões . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.4.1 Lançamento de projéteis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.4.2 Movimento circular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.5 Aplicações das Leis de Newton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.5.1 Sem incluir atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.5.2 Incluindo atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.6 Trabalho e energia cinética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.7 Forças conservativas: energia potencial . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.8 Sistemas de partı́culas: momento linear . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.9 Sistema de partı́culas: colisões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
3.10 Corpos rı́gidos: cinemática e dinâmica . . . . . . . . . . . . . . . . 52
3.11 Momento angular: conservação e aplicações . . . . . . . . . . . . . 58
3.12 Corpo rı́gido em equilı́brio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

4 Coordenadas polares e o movimento circular 68


4.1 Vetores polares unitários: êr e êθ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
4.2 Vetores posição, velocidade e aceleração em coordenadas polares 69

5 Colisão elástica em uma dimensão: alvo em repouso 71

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 3


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

6 Solução de alguns exercı́cios 72


6.1 Exercı́cio 66 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
6.2 Exercı́cio 74 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
6.3 Exercı́cio 118 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
6.4 Exercı́cio 126 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

7 Momentos de inércia 89

8 Respostas 90
8.1 Grandezas fı́sicas e análise dimensional . . . . . . . . . . . . . . . . 90
8.2 Cálculo diferencial e integral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
8.3 Movimento em uma dimensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
8.4 Movimento em duas e três dimensões . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
8.4.1 Lançamento de projéteis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
8.4.2 Movimento circular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
8.5 Aplicações das Leis de Newton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
8.5.1 Sem incluir atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
8.5.2 Incluindo atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
8.6 Trabalho e energia cinética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
8.7 Forças conservativas: energia potencial . . . . . . . . . . . . . . . . 101
8.8 Sistemas de partı́culas: momento linear . . . . . . . . . . . . . . . 103
8.9 Sistema de partı́culas: colisões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
8.10 Corpos rı́gidos: cinemática e dinâmica . . . . . . . . . . . . . . . . 105
8.11 Momento angular: conservação e aplicações . . . . . . . . . . . . . 106
8.12 Corpo rı́gido em equilı́brio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108

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Fı́sica I - 4302111 - Noturno

1 Informações Gerais
Este texto contém informações importantes sobre a disciplina de Fı́sica I (4302111).
Nele estão apresentados, entre outros, o programa da disciplina, a bibliografia
recomendada, os critérios de avaliação e de aprovação, o calendário das provas,
etc.

1.1 Introdução
A disciplina de Fı́sica I (4302111) tem como objetivo apresentar uma discussão
clara e lógica dos conceitos e princı́pios básicos da mecânica clássica, procurando
desenvolver a intuição e a capacidade de raciocı́nio fı́sico, utilizando a análise
vetorial e os elementos básicos do cálculo diferencial e integral. Ela compreende
vários tópicos da mecânica clássica, apresentados resumidamente na próxima
seção deste livreto. A disciplina contará com o apoio de dois estagiários, alunos
de graduação do IFUSP, que serão responsáveis pela manutenção da página da
disciplina, na internet, pelos plantões para resolver dúvidas e eventuais aulas
de exercı́cios. Para um melhor aprendizado, sugere-se a leitura de um ou mais
dos livros apresentados na bibliografia e a solução dos exercı́cios propostos
neste livreto. É importante, também, a utilização sistemática dos plantões
de dúvidas.

1.2 Resumo do programa


1. O método cientı́fico: leis e teorias Ô⇒ domı́nio de validade, ordens de
grandeza, notação cientı́fica, dimensões
2. Cinemática vetorial: movimentos uni-, bi- e tridimensional
3. Dinâmica: leis de Newton, forças de contato e atrito
4. Trabalho e energia: teorema da energia cinética, trabalho de forças con-
servativas e não conservativas, energia potencial e conservação de energia
5. Sistemas de muitas partı́culas: centro de massa, colisões e conservação do
momento linear
6. Cinemática do corpo rı́gido: torque, momento de inércia e conservação do
momento angular
7. Noções de dinâmica do corpo rı́gido: rolamento e deslizamento

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1.3 Bibliografia
A bibliografia básica da disciplina engloba vários livros:

1. Fı́sica I, H. D. Young e R. A. Freedman, vol. 1, Editora Addison Wesley;


2. Fı́sica, P. A. Tipler, vol. 1, Editora Guanabara Dois;
3. Fı́sica, D. Halliday e F. Resnick, vol. 1, Editora LTC;
4. Fı́sica 1 - Mecânica e Gravitação, R. Serway, Editora LTC;
5. Fı́sica: Uma abordagem estratégica, Randall D. Knight, vol. 1, Editora
Bookman Companhia;
6. Curso de Fı́sica Básica, H. M. Nussenzveig, vol. 1, Editora Blücher Ltda.

O primeiro livro tem uma boa apresentação da teoria, com exemplos, e um


grande número de problemas, apresentando um texto agradável e ótimas ilus-
trações. Os quatro livros seguintes têm uma razoável apresentação da teoria,
frequentemente acompanhada de exemplos, e contam com um grande número de
questões e problemas no fim de cada capı́tulo. O sexto livro, embora com menor
número de exemplos e problemas, é extremamente preciso na apresentação do
conteúdo. A biblioteca do Instituto de Fı́sica dispõe de vários exemplares des-
ses livros, bem como de outros textos que poderão ser usados como bibliografia
complementar.
As noções de derivada e integral de uma função e de grandezas vetoriais,
necessárias para completar a formação dos estudantes, serão introduzidas pelos
professores no decorrer do semestre. Vale destacar que estes conceitos estão
muito bem apresentados no livro Introdução elementar às técnicas do cálculo
diferencial e integral, dos professores Carlos E. I. Carneiro, Carmen P. C. do
Prado e Silvio R. A. Salinas, do IFUSP, editado pela Livraria do IFUSP.

1.4 Critério de avaliação


A avaliação dos alunos será efetuada através de Provas Gerais (PG) e de
Avaliações Quinzenais (A).

1. Provas Gerais:
Serão realizadas duas Provas Gerais, PG1 e PG2 , mais uma Prova Subs-
titutiva, PS , que é uma prova única, no final do semestre, versando sobre
toda a matéria e só poderá fazê-la o(a) aluno(a) que não comparecer em
pelo menos uma das provas gerais.

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 6


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2. Avaliações Quinzenais:
Serão realizadas de cinco a seis Avaliações Quinzenais, que poderão ser
provas de exercı́cios (provinhas) e/ou exercı́cios resolvidos para entrega e
a nota correspondente, MA , resulta da média aritmética destas atividades.
OBS1.: Nos dias das PROVAS e avaliações os alunos devem apresen-
tar um documento de identidade com foto.

1.5 Critério de aprovação


A Nota Final, MF , será calculada em função da média aritmética das duas
provas gerais (MPG ) e da Nota das Avaliações Quinzenais (MA ), da seguinte
forma:

MF = 0, 6 (MPG ) + 0, 4 MA
de modo que
MF ≥ 5 aprovação

3 ≤ MF < 5 recuperação

MF < 3 reprovação

O(A) aluno(a) que alcançar frequência mı́nima às aulas de 70% e média final
entre 3,0 (três) e 5,0 (cinco), poderá realizar uma prova de recuperação (PRec ),
a qual compreende toda a matéria do semestre e será realizada no mês de julho.
Neste caso, a nota final NF será calculada da seguinte forma:

NF = (MF + 2PRec )/3

de modo que
NF ≥ 5 aprovação

NF < 5 reprovação

1.6 Calendário dos feriados escolares


ˆ 11 a 16 de abril: Semana Santa. Não haverá aula.
ˆ 21 de abril (quinta-feira): Tiradentes. Não haverá aula.
ˆ 22 e 23 de abril: Recesso (Tiradentes). Não haverá aula.
ˆ 16 de junho (quinta-feira): Corpus Christi. Haverá aula para o campus da
capital.
ˆ 17 e 18 de junho: Recesso (Corpus Christi). Haverá aula para o campus
da capital.

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1.7 Calendário das provas gerais

● 1a Prova Geral (PG1 ): 11 de maio (quarta-feira)


● 2 a Prova Geral (PG2 ): 29 de junho (quarta-feira)
● Prova Substitutiva (PS ): 06 de julho (quarta-feira)
● Prova de Recuperação (PRec ): 27 de julho (quarta-feira)

1.8 Calendário das provinhas

1a provinha: 30 de março (quarta-feira)


2 a provinha: 20 de abril (quarta-feira)
3 a provinha: 04 de maio (quarta-feira)
4 a provinha: 01 de junho (quarta-feira)
5 a provinha: 15 de junho (quarta-feira)

1.9 Equipe de professores

Lucy Vitória Credidio Assali


Professora associada do Departamento de Fı́sica dos Materiais e
Mecânica. Desenvolve pesquisa na área de propriedades fı́sicas
de materiais e nano-materiais através de simulações computacio-
nais que utilizam métodos de primeiros princı́pios, atuando prin-
cipalmente nos seguintes temas: estrutura eletrônica, proprieda-
des hiperfinas elétricas e magnéticas, materiais semicondutores,
spintrônica, materiais nanoestruturados bidimensionais, materi-
ais a altas pressões e materiais ferroelétricos impróprios hı́bridos.
Escritório: Ed. Alessandro Volta, Bloco C, sala 210 (IFUSP)
Fone: 3091-7041 e-mail: [email protected]

Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva


Professor associado do Departamento de Fı́sica dos Materiais e
Mecânica. Desenvolve pesquisa na área de fı́sica dos materiais,
com ênfase em teoria e métodos computacionais. As linhas de
pesquisa atuais incluem propriedades eletrônicas de nanomateri-
ais, sistemas fortemente correlacionados e materiais topológicos.
Escritório: Ed. Alessandro Volta, Bloco C, sala 214 (IFUSP)
Fone: 3091-7154 e-mail: [email protected]

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1.10 Equipe de estagiários

Marcelo Marcelino de Carvalho


Estudante de graduação em Fı́sica, bacharelado. Faz iniciação ci-
entı́fica, desenvolvendo pesquisa na área de ondas gravitacionais
e relatividade geral. Administra o Clube do Jornal da Fı́sica.
e-mail: marcelo [email protected]

Gabriel Sousa Ferigato Hiraoka


Estudante de graduação em Fı́sica, bacharelado. Administra o
Clube do Jornal da Fı́sica. e-mail: [email protected]

1.11 Horário e local das aulas


ˆ Turma 2 (T2): Prof. Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva
3 as das 21:00h às 23:00h
4 as das 19:00h às 21:00h
5 as das 21:00h às 23:00h
Local: Edifı́cio Principal - Ala Central - Sala 2021
ˆ Turma 4 (T4): Profa. Lucy Vitória Credidio Assali
2 as das 21:00h às 23:00h
4 as das 19:00h às 21:00h
5 as das 19:00h às 21:00h
Local: Edifı́cio Principal - Ala Central - Sala 2028

1.12 Horário e local dos plantões de dúvidas

ˆ 4 as das 18:00h às 19:00h

Local: Edifı́cio Principal - Ala Central - Salas 2021 e 2028

Recomendamos a todos que participem dos plantões e sanem suas


dúvidas.

1.13 Página da disciplina na internet


A disciplina conta com uma página na internet, onde diversas in-
formações, além das contidas neste livreto, estarão anunciadas, tais
como alterações de datas de provas, notas, gabaritos, etc. Deste

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Fı́sica I - 4302111 - Noturno

modo, é importante consultá-la periodicamente. Para acessá-la entre


na página do STOA:

https://edisciplinas.usp.br/course/view.php?id=97943

Atenção: para ter acesso à página da disciplina é necessário acessar o


site http://disciplinas.stoa.usp.br/ e fazer o login para que os e-mails
e avisos referentes à disciplina possam ser enviados e recebidos.

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2 Calendário semanal de Fı́sica I - 2022 - Noturno

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3 Coletânea de exercı́cios

3.1 Grandezas fı́sicas e análise dimensional


1. Assumindo que o coração humano bata 60 vezes por minuto,
estime o número de vezes que ele bate durante a vida média de
70 anos de um ser humano.
2. Engenheiros da força aérea, em 1946, determinaram a distância
Terra-Lua usando um radar. Se o feixe do radar levou 2, 56 s para
completar a viagem total Terra-Lua-Terra, qual a distância Terra-
Lua em km? (A velocidade das ondas do radar é 3, 0 × 108 m/s)
3. Um bilionário ofereceu-se para lhe dar R$ 2 bilhões (em notas
de R$ 1,00) se você for capaz de contar o dinheiro. Você deveria
aceitar a oferta? Assuma que você tem 18 anos e que pode contar
uma nota por segundo e que, ainda, necessita de 8 horas por dia
para comer e dormir.
Mm
4. A lei universal da gravitação de Newton é: F = G 2 , onde F
r
é a força gravitacional, M e m são as massas dos corpos e r é a
distância entre eles. No SI a unidade de força é kg m/s2 . Qual é
a unidade da constante G no SI de unidades?
5. O volume de um objeto é dado por V = At3 +B/t, onde t é o tempo
dado em segundos e V está em metros cúbicos. Determine as
dimensões das constantes A e B.
6. A aceleração de uma partı́cula se movendo em um cı́rculo de raio
r é proporcional ao raio e à velocidade, tal que a = krp v q , onde k
é uma constante adimensional. Ache, por análise dimensional os
valores de p e q. Com essa análise pode-se obter o valor de k?
7. Uma criatura se move com uma velocidade de 5, 0 furlongs por
fortnight 1 . Sabendo que 1, 0 furlong ≈ 202 m e 1 fortnight = 14
dias, determine a velocidade desta criatura em m/s. (A criatura
deve ser, provavelmente, uma lesma)
8. Um metro cúbico de alumı́nio tem uma massa de 2, 70×103 kg e um
metro cúbico de ferro tem uma massa de 7, 86×103 kg. Encontre o
raio r de uma esfera sólida de alumı́nio, em metros, a qual pode
ser balanceada por uma esfera de ferro de raio 2, 0 cm em uma
balança de braços. (Lembre que o volume de uma esfera é dado
por 34 πr3 )
1
O furlong é uma unidade de comprimento do sistema imperial de medidas e equivale a 220 jardas.

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Fı́sica I - 4302111 - Noturno

9. Assumindo que existem 50 milhões de carros em um certo paı́s


e que o consumo médio de gasolina seja 8 kilometros por litro,
quanta gasolina poderia ser poupada, por ano, se o consumo pas-
sasse a ser de 10 km/` ? Assuma que a distância média percorrida
por um carro seja 16.000 km por ano.
10. Sabendo que a densidade média da Terra é de 5, 5 g/cm3 e que
seu raio médio é 6, 37 × 106 m, calcule a massa da Terra em kg.

3.2 Cálculo diferencial e integral

11. Calcule a derivada das seguintes funções:


(a) f (x) = 7x3 + 3x + 2; (b) f (x) = x cos (x);

(c) f (t) = t + cos (t); (d) f (z) = 9z 7 + 6z + 8;

(e) f (y) = y
cos(y) ; (f) f (t) = te−t .

12. Calcule as seguintes integrais:


2 2
(a) ∫ dx; (b) ∫ (x7 + 7x + 4) dx;
1 x2
3
(c) ∫ (x3 + ex ) dx; (d) ∫ (cos y + y) dy;
0

2π 2
(e) ∫ cosθ dθ; (f) ∫ (4 − z 2 ) dz;
0 0

4 2x para x≤2
(g) ∫ f (x) dx onde f (x) = { .
1 x2 para x≥2

3.3 Movimento em uma dimensão

13. A posição de uma pedra que cai do alto de um rochedo, a partir


do repouso, é dada por x(t) = 5t2 (m), medidos para baixo a partir
da posição inicial x0 = 0, no instante t = t0 s. Determine:
(a) O deslocamento do corpo para um intervalo de tempo ∆t;
(b) A expressão que nos permite calcular a velocidade média em
um intervalo de tempo ∆t;

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 13


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∆t (s) ∆x (m) ∆x
∆t (m/s)

1,00
0,50
0,20
0,10
0,05
0,01
0,005
0,001
0,0001

(c) O deslocamento (∆x) do corpo e a velocidade média ( ∆x ∆t ) para


os intervalos de tempo ∆t dados na tabela acima, principiando
no instante t0 = 2 s;
∆x
(d) O lim ( ) e avalie este limite em t = 2 s;
∆t→0 ∆t
dx
(e) Calcule e avalie esta derivada em t = 2 s.
dt
14. A velocidade de uma partı́cula é dada por v(t) = 8t − 7, onde v está
em metros por segundo e t em segundos.
(a) Calcular a aceleração média no intervalo de tempo que se
inicia em t = 3 s e termina em t = 4 s;
(b) Determinar a expressão para a(t) e fazer os gráficos de v(t) e
a(t);
(c) Determine x(t) (posição da partı́cula em função do tempo)
por integração da expressão de v(t) e use este resultado para
determinar o deslocamento da partı́cula durante o intervalo
de tempo entre t = 2 s e t = 6 s. Qual a velocidade média neste
intervalo de tempo?
(d) Qual a distância total percorrida D no intervalo 0 ≤ t ≤ 2 s?
15. Um motorista entra em um rua estreita e reta, sem saı́da, com
uma velocidade de 12 km/h. Ao se deparar com o fim da rua,
pára, dá marcha a ré e retorna. O gráfico da Figura 1 mostra sua
aceleração em função do tempo.
(a) Faça o gráfico da velocidade para 0 ≤ t ≤ 3 minutos;

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 14


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(b) Determine a distância total percorrida D pelo carro para 0 ≤


t ≤ 3 minutos;
(c) Determine o comprimento L da rua.

Figura 1: Gráfico de a × t.

16. Um carro A, inicialmente em repouso, parte do inı́cio de uma


pista retilı́nea de 1.000 metros de comprimento. No mesmo ins-
tante, um carro B, também em repouso, parte do final da mesma
pista, no sentido contrário. A tabela abaixo indica a velocidade
dos dois carros em alguns instantes.

t (s) vA (m/s) vB (m/s)

0 0 0
20 16 -9
40 32 -18
60 48 -27
80 64 -36
100 80 -45

(a) Em uma mesma escala faça os gráficos da velocidade dos car-


ros A e B em função do tempo e calcule suas acelerações no
instante t = 40 s;
(b) Em uma mesma escala, faça os gráficos das posições xA (t)
e xB (t) dos carros para o intervalo de tempo 0 ≤ t ≤ 50 s e
determine a distância percorrida pelo carro A do inı́cio do
movimento até o instante em que ele cruza com o carro B.

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 15


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

17. O gráfico da velocidade em função do tempo para uma partı́cula


que sai da origem e se move ao longo do eixo x está representado
na Figura 2.
(a) Trace o gráfico da aceleração a(t) e da posição x(t) para o
intervalo de tempo 0 ≤ t ≤ 16 s;
(b) Quantos metros a partı́cula terá percorrido ao todo, para
frente e para três, no fim de 12 segundos? Qual é o valor
de x neste instante?
(c) Qual o valor de x em t = 16 s? O que isso significa?

Figura 2: Gráfico de v × t.

18. Um objeto é abandonado, em t = 0 s, do alto de um prédio de


80 metros de altura. Sua velocidade é dada por vy (t) = 10 t (m/s).
(a) Usando o processo de integração, calcule o deslocamento do
objeto para 0 ≤ t ≤ 2 s. Quanto vale y(0)?
(b) Calcule o deslocamento do objeto para 2 ≤ t ≤ 4 s;
(c) Faça um gráfico de vy (t) × t e calcule graficamente o desloca-
mento do objeto para 2 ≤ t ≤ 4 s, indicando as áreas que foram
calculadas.
19. Um objeto é lançado verticalmente, em t = 0 s, com uma veloci-
dade de 20 m/s para cima, de uma janela situada a 60 metros do
solo.
(a) Determine a expressão de vy (t) considerando o eixo de re-
ferência orientado para cima;

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 16


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

(b) Faça o gráfico de vy (t) × t;


(c) Calcule o deslocamento do objeto para os intervalos de tempo
0 ≤ t ≤ 2 s e 0 ≤ t ≤ 6 s;
(d) Determine a distância total D percorrida para o intervalo de
tempo 0 ≤ t ≤ 6 s;
(e) Determine a altura máxima H que o objeto atinge.
20. Uma bola cai do topo de um edifı́cio. No mesmo instante, outra
bola é lançada verticalmente para cima, a partir do solo, com
velocidade inicial de 9 m/s. As bolas colidem 1, 8 segundos depois.
(a) Qual é a altura H do prédio?
(b) A que altura do solo a colisão ocorre?
(c) Você é capaz de explicar o que aconteceu?

21. Uma bola é arremessada verticalmente para cima, partindo do


chão, com uma velocidade de 30 m/s.
(a) Quanto tempo levará para atingir o ponto mais alto da tra-
jetória?
(b) Que altura a bola atingirá?
(c) Em que instante a bola estará a 30 m do chão?
(d) Quanto tempo leva até a bola retornar ao chão?
(e) Qual a distância total percorrida pela bola?

22. A lebre e a tartaruga iniciam uma corrida de percurso linear de


10 km, no instante t = 0 s. A lebre corre com uma velocidade
constante de 4 m/s e rapidamente deixa a tartaruga para trás,
que corre com uma velocidade constante de 1 m/s. Depois de 5
minutos de corrida, a lebre pára e cai no sono. A soneca dura
135 minutos. Depois a lebre acorda e sai correndo, com a mesma
velocidade de 4 m/s.
(a) Esboce os gráficos da posição, em função do tempo, da tar-
taruga e da lebre, no mesmo sistema de coordenadas. Quem
ganha a corrida?
(b) Em que instante a tartaruga alcança a lebre?
(c) A que distância da tartaruga está a lebre quando a vencedora
cruza a linha de chegada?
(d) Qual é o tempo máximo que a lebre pode dormir e ainda
assim ganhar a corrida?

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 17


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

23. Uma bola de chumbo é largada de um trampolim a 5, 5 metros


acima da superfı́cie de uma piscina. Ela atinge a superfı́cie da
água com uma certa velocidade, a qual permanece constante até
atingir o fundo da piscina. A bola atinge o fundo da piscina 2
segundos após o instante em que é largada.
(a) Quanto tempo a bola leva para atingir a superfı́cie da piscina?
(b) Com que velocidade a bola atinge a superfı́cie da piscina?
(c) Qual é a profundidade h da piscina?
(d) Qual é a velocidade média da bola no intervalo ∆t = 2 s?
(e) Suponha que a piscina seja esvaziada. Qual deve ser a velo-
cidade inicial da bola para que atinja o fundo da piscina nos
mesmos 2 s?

24. Um objeto está se deslocando com velocidade de 20 m/s, no sen-


tido positivo do eixo x, quando passa a sofrer, em t = 0 s, uma
aceleração dada por a(t) = 2 + 0, 2 t (m/s2 ), durante 10 segundos.
(a) Qual é o sentido dessa aceleração em relação ao eixo de re-
ferência?
(b) Qual a expressão da velocidade v(t) no intervalo 0 ≤ t ≤ 10 s?
(c) Calcule a velocidade deste objeto em t = 10 s;
(d) Calcule sua aceleração média durante esses 10 segundos;
(e) Determine a expressão de x(t), sabendo que em t = 3 s o corpo
está passando pela posição 10 m;
(f ) Calcule o deslocamento do corpo nos primeiros 5 segundos do
movimento;
(g) Calcule a velocidade média do objeto durante os 10 segundos.
25. Um objeto, partindo do repouso em t = 0 s, está se deslocando,
ao longo do eixo x, com velocidade v(t) = t(4 − t) m/s. Nestas
condições, pede-se:
(a) Faça o gráfico da velocidade em função do tempo para o in-
tervalo de tempo 0 ≤ t ≤ 6 s, indicando os instantes em que a
velocidade é nula e em que ela é máxima (positiva);
(b) O deslocamento do corpo até ele atingir a velocidade máxima;
(c) O deslocamento do corpo nos intervalos 0 ≤ t ≤ 4 s, 4 ≤ t ≤ 6 s e
0 ≤ t ≤ 6 s;
(d) O caminho total percorrido nos 6 segundos do movimento;

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 18


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

(e) O tempo que o objeto leva para voltar à mesma posição,


sabendo que partiu, em t = 0 s, da posição x0 .
26. Um trem parte da estação com aceleração constante de 0, 40 m/s2 .
Um passageiro chega à estação 6, 0 segundos depois de o trem
ter passado pelo mesmo ponto da plataforma. Qual a menor
velocidade constante que o passageiro deve correr para pegar o
trem? Resolva o problema de duas maneiras:
(a) Analiticamente;
(b) Através dos gráficos dos movimentos do passageiro e do trem.
27. A posição de uma partı́cula varia com o tempo de acordo com a
expressão x(t) = αt2 − βt3 (m).
(a) Quais as unidades, no SI, de α e β?
(b) Supondo α = 3 e β = 1, determine em que instante a partı́cula
atinge sua posição máxima (positiva);
(c) Qual é o deslocamento da partı́cula nos 3 primeiros segundos
do movimento? E o caminho total percorrido D nesse mesmo
intervalo de tempo?
(d) Qual é a velocidade da partı́cula no final de cada um dos 4
primeiros segundos?
(e) Qual é a aceleração da partı́cula no final de cada um dos 4
primeiros segundos?

3.4 Movimento em duas e três dimensões

28. Desenhe os vetores A⃗ = ı̂ − 4̂ e B


⃗ = 2ı̂ + 6̂, em um sistema de
coordenadas cartesianas
29. Dados os vetores A⃗ = 4ı̂ + 12 ̂ e B
⃗ = 4ı̂ − 3 ̂ + 2 k̂, encontre:

(a)A/8; ⃗
(b) A componente y do vetor B;

(c) A⃗ + B
⃗ e A⃗ − B;
⃗ (d) Os módulos dos vetores A⃗ e B;

(e) O produto escalar A⃗ ⋅ B;


⃗ (f) O ângulo entre os vetores A⃗ e B.

30. Um observador, localizado na origem de um sistema de referência,


acompanha o movimento de um automóvel através de uma lu-
neta. O automóvel passa pelo ponto P e se dirige para o ponto
Q. As coordenadas cartesianas do ponto P são (xP , yP ) = (2, −4)
km e do ponto Q são (xQ , yQ ) = (−2, −6) km. Calcule:

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(a) A distância d entre os pontos P e Q;


(b) O ângulo θ que a luneta girou acompanhando o movimento
do automóvel entre P e Q.
31. Um ponto material caminha, sempre em movimento retilı́neo,
10 metros para leste (trecho 1), depois 20 metros para nordeste
(trecho 2) e, em seguida, mais 10 metros para o norte (trecho 3),
com velocidade uniforme, gastando 5 segundos em cada trecho.
Calcule:
(a) O vetor deslocamento total;
(b) A velocidade média em cada trecho;
(c) O vetor velocidade média do movimento total;
(d) A distância total percorrida D e o módulo do vetor desloca-
mento total.
32. Uma partı́cula move-se descrevendo a trajetória ABC da Figura
3. A velocidade da partı́cula tem módulo constante v = 2 m/s du-
rante todo o percurso. O inı́cio do movimento é em A. Adotando
a origem do sistema de referência em 0, determine:

Figura 3: Trajetória da partı́cula.

(a) O vetor velocidade em função do tempo, no trecho AB da


trajetória;
(b) O vetor posição em função do tempo, no trecho AB da tra-
jetória;
(c) O tempo que a partı́cula leva para sair de A e chegar em B;
(d) O vetor velocidade em função do tempo, no trecho BC da
trajetória;
(e) O vetor posição em função do tempo, no trecho BC da tra-
jetória;

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Fı́sica I - 4302111 - Noturno

(f ) O tempo que a partı́cula leva para sair de A e chegar em C;


(g) O módulo do vetor deslocamento entre A e C;
(h) A distância total percorrida pela partı́cula (D) entre os ins-
tantes t = 0 e t = 3 s.
33. Um carro percorre uma curva plana de tal modo que suas co-
ordenadas retangulares, em metros, como função do tempo, em
segundos, são dadas por:

x(t) = 2t3 − 3t2 e y(t) = t2 − 2t + 1

Calcular:
(a) O vetor posição do carro quando t = 1 s;
(b) As espressões das componentes retangulares da velocidade,
num instante qualquer;
(c) O vetor velocidade nos instantes t = 0 s e t = 1 s;
(d) O instante em que a velocidade é nula;
(e) As expressões das componentes cartesianas da aceleração,
num instante qualquer;
(f ) O instante que a aceleração é paralela ao eixo y.
34. Um corpo puntiforme, em movimento retilı́neo, vai do ponto A,
na posição r⃗A = ̂ para o ponto B, na posição r⃗B = 3ı̂ + 5 ̂ em 5
segundos (unidades no SI).
(a) Calcule o vetor deslocamento;
(b) Desenhe os vetores r⃗A e r⃗B e o vetor deslocamento calculado
no item (a);
(c) Calcule o vetor velocidade média e o seu módulo;
(d) Se o corpo, partindo do ponto A, estivesse caminhando em
sentido oposto, com o mesmo módulo da velocidade média
anterior, em que posição estaria após 10 segundos?
35. Um ponto move-se no plano xy com velocidade v⃗(t) = vx (t)ı̂+vy (t) ̂,
onde vy (t) = 4 t3 + 4 t e vx (t) = 2. Sabendo que para t = 0, x = 0 e y = 2
(unidades no SI), obtenha:
(a) Os vetores posição e aceleração instantâneos;
(b) A equação cartesiana da trajetória.
36. Uma partı́cula A move-se ao longo da reta y = D = 30 m, com uma
velocidade constante v⃗A (t) = 3ı̂ (m/s). Uma segunda partı́cula,

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B, começa a movimentar-se, a partir da origem, com velocidade


inicial nula e com aceleração constante a⃗, tal que ∣⃗
a∣ = 0, 40 m/s2 ,
no mesmo instante em que a partı́cula A passa pelo eixo y. Qual
deve ser o valor do ângulo θ, entre o vetor a⃗ e o eixo y, para que,
nesta situação, ocorra uma colisão entre A e B? Em que posição
a colisão ocorre?

3.4.1 Lançamento de projéteis

37. Uma pedra, que se encontra numa elevação de 60 metros sobre


uma plataforma horizontal, é arrastada com velocidade de 3 m/s.
A que distância horizontal do ponto de projeção ela atinge o solo?
Qual é seu vetor velocidade neste instante?
38. Uma mangueira, com o bico localizado 1, 5 metros acima do solo,
é apontada para cima, segundo um ângulo de 30○ com o chão. O
jato de água atinge um canteiro a 15 metros de distância (Figura
4).

Figura 4: Aguando o canteiro.

(a) Com que velocidade o jato sai da mangueira?


(b) Que altura máxima H ele atinge?
39. Uma pedra cai de um balão que se desloca horizontalmente ao
solo, com velocidade constante. A pedra permanece no ar du-
rante 3 segundos e atinge o solo segundo uma direção que faz um
ângulo de 30○ com a vertical.
(a) Qual é a velocidade do balão?
(b) De que altura caiu a pedra?
(c) Que distância a pedra percorreu na horizontal?
(d) Qual o vetor velocidade da pedra quando atinge o solo?
40. Um avião bombardeiro, a 300 metros de altitude, mergulha se-
gundo um ângulo de 30○ com a horizontal, voando a 180 km/h,

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em perseguição a um carro, no solo, que viaja a 90 km/h. A que


distância horizontal do carro deve ser lançada uma bomba para
que acerte o alvo?
41. Um canhão está instalado na borda de um penhasco o qual, por
sua vez, está situado na borda do mar. A boca do canhão está a
uma altura de 56,25 metros do pé do penhasco. Observa-se que a
bala disparada na direção do mar atinge 101,25 metros no ponto
mais alto de sua trajetória e cai no mar a 300 metros do pé do
penhasco. Determine:
(a) O vetor velocidade da bala no instante em que abandona o
canhão;
(b) O vetor velocidade da bala quando atinge a superfı́cie do mar.
42. Um garoto está 4 metros à frente de uma parede vertical e lança
uma bola. A bola deixa a mão do garoto, a uma altura de√ 2 me-
tros do chão, com velocidade inicial de módulo v0 = 10 2 m/s,
fazendo um ângulo de 45○ com o chão (Figura 5). Quando a bola
bate na parede, a componente horizontal de seu vetor velocidade
inverte de sentido e a componente vertical permanece inalterada
(módulo, direção e sentido se mantém os mesmos).
(a) Onde a bola atinge o solo?
(b) Qual a altura máxima H que ela atinge?
(c) Qual sua velocidade ao atingir o solo?

Figura 5: Garoto lançando a bola contra a parede.

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43. Um jogador de futebol, a 20, 5 metros do gol adversário, dá um


chute na bola, levantando-a do chão com uma velocidade inicial
de módulo v0 = 15 m/s, passando-a ao centro-avante do time,
que está alinhado com ele e o gol, posicionado a 5, 5 metros do
gol adversário. O centro-avante, que tem 1, 80 metros de altura,
acerta uma cabeçada na bola, imprimindo-lhe um incremento de
velocidade somente na direção horizontal, e marca gol. Responda
as perguntas a seguir:
(a) De que ângulo(s) a bola havia sido levantada do chão?
(b) Qual foi o incremento de velocidade impresso à bola pela ca-
beçada? Considere todas as soluções possı́veis.

3.4.2 Movimento circular

44. A posição de uma partı́cula em função do tempo é dada por:

r⃗(t) = 4 sen(2πt)ı̂ + 4 cos(2πt) ̂ ,

onde r está em metros e t em segundos.


(a) Mostre que a trajetória desta partı́cula é um cı́rculo com 4
metros de raio e centro em (0, 0);
(b) Calcule o vetor velocidade e mostre que
vx −y
= ;
vy x

(c) Calcule o vetor aceleração e mostre que a sua direção é radial


e que seu módulo é v 2 /r;
(d) Qual é o perı́odo do movimento?
45. Um atleta corre em uma pista de corrida circular com uma velo-
cidade de 9, 2 m/s e com uma aceleração radial de 3, 8 m/s2 .
(a) Qual o raio da pista?
(b) Quanto tempo o atleta leva para completar uma volta?
46. Uma partı́cula se desloca, no sentido anti-horário, sobre um cı́rculo
de raio 50 metros no plano xy (Figura 6). Sua velocidade escalar
é descrita pela equação v(t) = 8 + 2t (m/s). Determine o módulo
do vetor aceleração e o ângulo que este vetor faz com o eixo y
quando t = 1 s, sabendo que neste instante a partı́cula encontra-se
na posição indicada na figura.

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Figura 6: Trajetória da partı́cula.

47. Um astronauta gira em uma centrı́fuga de raio 5 metros. Se sua


aceleração for de 7g, onde g é a aceleração da gravidade (g = 10
m/s2 ), pergunta-se:
(a) Qual a sua velocidade?
(b) Quantas rotações por minuto são necessárias para produzir
esta aceleração?

48. Calcule a aceleração de uma pessoa situada em um local de 40○


de latitude, devido ao movimento de rotação da Terra. Assuma
que o raio da terra é RTerra = 6.400 km e que seu perı́odo é TTerra =
23h56min.
49. A hélice de um ventilador completa 1.200 rotações em cada mi-
nuto. Considere um ponto localizado na extremidade da hélice,
que tem um raio de 0, 15 m.
(a) Qual a distância percorrida por este ponto em uma volta?
(b) Qual a sua velocidade e aceleração?
50. Um corpo, inicialmente em repouso, é acelerado em uma tra-
jetória circular de raio 1, 5 m, segundo a equação α = 120 rad/s2 .
Sabe-se que a partı́cula passa pela posição θ = π/2 em t = 0. De-
terminar:
(a) A velocidade angular do corpo em função do tempo;
(b) A posição angular do corpo em função do tempo;
(c) As componentes tangencial e centrı́peta de sua aceleração.
51. Na Figura 7, a polia maior, de 30 cm de raio, transmite seu
movimento à menor, de 20 cm de raio, através da corrente sem
fim C, que permanece sempre bem esticada e sem deslizar.

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Figura 7: Esquema de duas polias.

A polia maior, partindo do repouso com aceleração angular uni-


forme, leva 1 minuto para atingir sua velocidade de regime per-
manente, e efetua um total de 540 rotações durante esse intervalo.
Calcule a velocidade angular da polia menor e a velocidade linear
da correia uma vez atingido o regime permanente.
52. Um corpo percorre uma circunferência de raio R de modo que
o arco percorrido até o instante t é dado por S = t3 + 2t2 onde S
é medido em metros e t em segundos.
√ Sabe-se que o módulo da
aceleração total do corpo é 16 2 m/s2 quando t = 2 s.
(a) Escreva o vetor aceleração do corpo, em função do raio R, em
termos dos versores radial e tangencial (êr e êθ );
(b) Encontre o raio R da circunferência;
(c) Sabendo que em t = 3 s, o corpo passa a ser freado com de-
saceleração angular uniforme α0 , percorrendo a distância de
4.680 m, quanto tempo demora para a partı́cula parar? Qual
é o valor de α0 ?
53. Um corpo, inicialmente em repouso, é acelerado numa trajetória
circular de raio R, segundo a equação
d2 θ
(t) = α(t) = a t3 + b t2 .
dt2
Determine:
(a) A posição angular θ(t) e a velocidade angular ω(t) como função
do tempo;
(b) O vetor velocidade v(t) como função do tempo;
(c) As componentes centrı́peta e tangencial da aceleração, como
função do tempo.

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3.5 Aplicações das Leis de Newton


3.5.1 Sem incluir atrito

54. Um bloco de massa M é puxado ao longo de uma superfı́cie, lisa


e horizontal, por uma corda de massa m sobre a qual se exerce
uma força horizontal F . Determine as acelerações do bloco e da
corda e a força T exercida pela corda sobre o bloco. Qual é o
valor de T se desprezarmos m em confronto com M ?
55. Uma esfera maciça e homogênea está apoiada entre duas su-
perfı́cies rı́gidas, como mostra a Figura 8. Indique as direções

Figura 8: Representação esquemática da esfera.

e sentidos das forças que a esfera aplica em cada plano, sendo N ⃗1


a força entre a esfera e o plano de 30○ e N⃗2 a força entre a esfera
e o plano de 60○ . Calcule os módulos dessas forças sabendo que
a massa da esfera é de 1 kg.
56. Um bloco de massa m = 1 kg está apoiado sobre outro bloco de
massa M = 3 kg, o qual está sobre uma mesa horizontal de massa
20 kg. Faça um diagrama de forças, indicando:
(a) As forças que agem em cada um dos blocos e na mesa;
(b) Indique, separadamente, os pares de forças que correspondem
à “ação e reação”(3a Lei de Newton);
(c) Invertendo a posição das massas, quais forças serão alteradas?
57. No sistema da Figura 9, o bloco de massa M está preso por fios
ideais rotulados por a, b e c, onde o segmento a é horizontal e
o segmento c é vertical. A tensão no fio b é de 100 N. Considere
a aceleração da gravidade g = 10 m/s2 e orientada de cima para
baixo.
(a) Calcule as tensões nos fios a e c;
(b) Determine o valor da massa M ;

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Fı́sica I - 4302111 - Noturno

Figura 9: Sistema de fios e bloco.

(c) Qual deveria ser o valor da massa M para que a tensão no


segmento a do fio fosse de 15 N?
58. O fio ideal ABC, mostrado na Figura 10, suporta um corpo de
massa m, passando por um prego fixo no ponto B e preso a uma
parede vertical no ponto A. A linha AB faz um ângulo ϕ com
a vertical. O prego, em B, exerce uma força sobre o fio, de
magnitude F , que forma um ângulo θ com a horizontal. Se o
sistema está em equilı́brio, então:

Figura 10: Esquema do corpo e do prego.

(a) Mostre que θ = ϕ/2;


(b) Mostre que F = 2 m g sen(ϕ/2);
(c) Faça um gráfico de F em função de ϕ, com 0 ≤ ϕ ≤ 180○ ;

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(d) Encontre a intensidade da força e da tensão que o fio aplica


na parede, supondo m = 1 kg e ϕ = 30○ (use g = 10 m/s2 ).
59. Um bloco de massa m é largado em repouso a uma altura h da
superfı́cie de uma mesa, no topo de um plano inclinado liso, de
inclinação θ, como mostra a Figura 11. A altura da mesa é H e
a aceleração da gravidade é g.

Figura 11: Esquema do conjunto de corpos.

(a) Determine a expressão para o módulo da aceleração do bloco


a medida que ele desliza sobre o plano inclinado;
(b) Qual é a expressão para o módulo da velocidade do bloco ao
deixar o plano inclinado?
(c) Quão longe da mesa (R) o bloco atinge o chão?
(d) Quanto tempo o bloco leva para atingir o chão, desde o ins-
tante em que foi largado no topo do plano inclinado?
(e) Assumindo que g = 10 m/s2 , h = 0, 5 m, H = 2, 0 m e θ = 30○ ,
calcule os valores das grandezas dos itens (a), (b), (c) e (d).
60. Uma bola de massa m está presa a uma corda de comprimento
L e massa desprezı́vel e percorre com velocidade uniforme v, um
cı́rculo de raio R. A corda faz um ângulo θ com a vertical, como
mostrado na Figura 12. Achar a expressão para a tensão T na
corda e a velocidade da bola, sabendo que a aceleração da gravi-
dade é g.
61. Um homem está sobre uma balança num elevador, que tem uma
aceleração para cima de módulo a. A balança marca 960 N. Nas
mesmas condições, o homem apanha uma caixa de 20 kg e a
balança marca 1.200 N. Determinar a massa do homem e a sua
aceleração.

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Fı́sica I - 4302111 - Noturno

Figura 12: Esquema do arranjo bola-corda.

62. Três blocos estão conectados entre si por roldanas e fios ideais,
como mostrado no esquema da Figura 13. Não há atrito entre as
massas e as mesas e a aceleração da gravidade é g.

Figura 13: Esquema de blocos e polias.

(a) Considere que m1 = m2 = m, ou seja, que as massas m1 e m2


são iguais. Determine:
(1) A razão entre as acelerações das massas m e M ;
(2) A aceleração de M ;
(3) A tensão T no fio.
(b) Suponha agora que as massas sejam todas diferentes. Deter-
mine
(1) A relação entre as acelerações das massas m1 , m2 e M ;
(2) A aceleração de cada massa;
(3) A tensão T no fio.
(c) A aceleração de cada bloco e a tensão na corda se m1 = M = m
e m2 = 3m.

63. Um engenheiro deseja projetar uma rampa de saı́da de uma ro-


dovia de maneira que os carros não precisem utilizar o atrito para
fazer a curva sem derrapar (Figura 14).

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Fı́sica I - 4302111 - Noturno

Figura 14: Rampa de saı́da, inclinada, de uma rodovia.

Para isso ele tem que avaliar qual deve ser o ângulo θ de in-
clinação da curva, em função da velocidade v do carro e do raio
R de curvatura da rampa. Encontre a expressão para θ que ele
deve utilizar. Sabendo que o raio da curva projetada é R = 50 m
e que v = 50 km/h, velocidade tı́pica com que um carro faz a
curva, avalie o valor de θ. A rampa foi projetada com esse valor
que você avaliou. Discuta o que aconteceria com um carro, com
pneus carecas, que entra na rampa com velocidade inferior e com
velocidade superior a 50 km/h.

3.5.2 Incluindo atrito

64. Um bloco de massa m = 2, 6 kg está parado, devido ao atrito, sobre


um plano inclinado que faz um ângulo de 60○ com a horizontal.
Qual a componente da força que m aplica no plano inclinado:
(a) Perpendicular à superfı́cie?
(b) Tangente à superfı́cie?
(c) Qual o módulo, direção e sentido da força que o plano incli-
nado aplica em m?
65. Um corpo de massa m1 = 2 kg, repousa sobre um outro de massa
m2 = 4 kg, que por sua vez está sobre uma superfı́cie horizontal
sem atrito. Uma força F = 3 N atua sobre m2 conforme mostra a
Figura 15.

Figura 15: Esquema dos blocos.

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(a) Sendo sem atrito a superfı́cie entre os dois corpos, determinar


a aceleração de cada um deles;
(b) Admitindo que a superfı́cie entre os corpos seja suficiente-
mente grosseira para que m1 não escorregue sobre m2 , deter-
minar a aceleração dos dois corpos;
(c) Determinar a força resultante que age sobre cada corpo em
(b);
(d) Qual é o módulo, a direção e o sentido da força de contato
exercida pelo corpo de massa m1 sobre o corpo de massa m2 ?
66. Um cubo muito pequeno, de massa m, deve ser colocado no inte-
rior de um funil, a uma distância r de seu eixo vertical de sime-
tria, de modo que quando o funil é posto para girar, em torno de
seu eixo de simetria, com uma frequência constante de rotações
por segundo, especı́fica, o cubo seja impedido de deslizar para
baixo ou para cima, sobre a superfı́cie interna do funil, ou seja,
permaneça em repouso em relação ao funil. A parede do funil
faz um ângulo θ com a horizontal, como indicado na Figura 16.

Figura 16: Desenho do funil e do cubo.

(a) Supondo que não há atrito entre a parede do funil e o bloco,
encontre a expressão para a frequência ν0 do funil.
(b) Supondo, agora, que o coeficiente de atrito estático entre a
parede do funil e o cubo vale µe , encontre os valores máximo
(νmáx ) e mı́nimo (νmı́n ) da frequência que o funil pode girar,
em função de ν0 .
(c) Admitindo g = 10, 0 m/s2 , θ = 45○ , r = 2, 53 cm e µe = 0, 5 encontre
os valores numéricos de ν0 , νmáx e νmı́n .

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 32


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

Figura 17: Carro trafegando sobre uma estrada horizontal na forma de um cı́rculo.

67. Um carro trafega sobre uma estrada horizontal, na forma de um


cı́rculo de raio r = 30 m, como esquematizado na Figura 17.
Sabendo que o coeficiente de atrito estático é 0, 6, com que velo-
cidade o carro pode trafegar sem risco de derrapar? Se a curva
não for horizontal, mas inclinada, achar o ângulo de inclinação θ
para que o carro a 40 km/h possa fazer a curva na ausência de
atrito no pavimento.
68. Uma caixa de 3 kg está sobre uma mesa horizontal. Os coefici-
entes de atrito estático e cinético, entre a caixa e a mesa, são,
respectivamente, µe = 0, 6 e µc = 0, 5. A caixa é tracionada por um
cabo ideal que faz um ângulo de 30○ com a horizontal, como na
Figura 18. Determinar a força de atrito e a aceleração da caixa
se a tensão no fio for: (a) 10 N; (b) 20 N.

Figura 18: Esquema da caixa e da mesa.

69. Um vagão pode deslizar, sem atrito, sobre uma superfı́cie hori-
zontal. Um bloco A, de massa m = 2 kg, está encostado na face
vertical do vagão, como mostra a Figura 19. O coeficiente de
atrito estático entre o bloco e o vagão é 0, 6 e o cinético é 0, 5.
(a) Determinar a aceleração mı́nima do vagão para que o bloco
não caia;

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 33


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

Figura 19: Esquema do vagão e do bloco A.

(b) Neste caso, qual é o módulo da força de atrito?


(c) Sendo a aceleração maior que este mı́nimo, a força de atrito
será maior que a calculada na parte (b) ? Explique.
70. Um homem está limpando o assoalho com um escovão de massa
m. O cabo do escovão forma um ângulo θ com a direção vertical,
como mostra a Figura 20. Seja µc o coeficiente de atrito cinético
entre o escovão e o assoalho e µe o coeficiente de atrito estático.
Despreze a massa do cabo do escovão.

Figura 20: Desenho do escovão sendo empurrado pelo homem.

(a) Ache o módulo da força F , dirigida ao longo do cabo, ne-


cessária para fazer deslizar o escovão sobre o assoalho, com
velocidade constante;
(b) Mostre que se θ for menor que um certo valor θ0 , o escovão não
deslizará sobre o assoalho, qualquer que seja a força aplicada
ao longo do cabo. Explicite θ0 em termos dos parâmetros
acima;
(c) Assumindo m = 0, 5 kg, µe = 0, 38 e θ = 22○ , calcule F .

71. No esquema mostrado na Figura 21, o bloco de massa m2 pode


deslizar sem atrito, enquanto os coeficientes de atrito entre m1 e
a superfı́cie horizontal valem: µe = 0, 6 e µc = 0, 4.
(a) Qual deve ser o menor valor de m2 para que se inicie o movi-
mento?

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Figura 21: Esquema do conjunto de corpos.

(b) Qual será a tensão na corda se m2 = 2, 0 kg e m1 = 1, 0 kg?


72. Um cubinho de gelo escorrega sobre um plano inclinado de in-
clinação 45○ no dobro do tempo que leva para escorregar em um
plano análogo, mas sem atrito. Qual é o valor do coeficiente de
atrito cinético entre o gelo e o plano?
73. Um bloco desliza, para baixo, sobre um plano de inclinação ϕ,
com velocidade constante. Ao atingir o final do plano, ele é
projetado plano acima, por um dispositivo, com velocidade inicial
v0 . A aceleração da gravidade é g.
(a) Que distância acima, no plano, ele percorrerá, antes de parar?
(b) Ele tornará a deslizar para baixo no plano inclinado? Expli-
que.
74. Um bloco de massa m1 = 3 kg é colocado sobre outro de massa
m2 = 4 kg. Os coeficientes de atrito estático e cinético entre os
blocos são µe1 = 0, 5 e µc1 = 0, 4, respectivamente, e os coeficientes
de atrito estático e cinético entre o bloco de massa m2 e o solo
são µe2 = 0, 2 e µc2 = 0, 1, respectivamente. Considere a situação em
que uma força externa, paralela ao solo, é aplicada no bloco de
massa m1 , cujo módulo F é aumentado devagar e continuamente.
Pergunta-se:
(a) Até que valor do módulo de F (=F ′ ), todo o sistema perma-
nece em repouso?
(b) A partir do valor encontrado no item anterior (F = F ′ ), um
aumento no módulo desta força aplicada (F > F ′ ), faz com
que os blocos não se desloquem relativamente um ao outro.
Qual o valor máximo de F = Fmáx para que isso ocorra? Neste
caso, qual o valor do módulo da aceleração do sistema?
(c) Qual o valor dos módulos das acelerações dos blocos se a força
aplicada na massa m1 chegar ao valor de 24 N?

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75. Um carro, de massa M , faz uma curva de raio R com velocidade v,


sem derrapar, sobre uma pista inclinada de ângulo de inclinação
β. Como visto no exercı́cio 63, existe um único valor da veloci-
dade, v = v0 , para a qual o carro faz a curva
√ sem derrapar e sem
precisar contar com o atrito, onde v0 = g R tgβ , com g sendo a
aceleração da gravidade. Encontre:
(a) O módulo da força normal que a pista da estrada exerce sobre
os pneus para os casos sem e com atrito, onde o coeficiente
de atrito estático é µe ;
(b) O módulo da força de atrito entre a pista e os pneus para
os casos em que v > v0 e v < v0 , sabendo que o coeficiente de
atrito estático é µe ;
(c) Os valores máximo e mı́nimo de v (vmáx e vmı́n ), dado que o
coeficiente de atrito estático é µe .

3.6 Trabalho e energia cinética

76. Um estudante levanta uma rocha de massa m = 12 kg, e eleva-a


verticalmente, com aceleração desprezı́vel, até a altura D = 1, 8 m,
para colocá-la em um armário.
(a) Qual o trabalho realizado pelo estudante sobre a rocha?
(b) Qual o trabalho realizado pela força de atração gravitacional
da Terra sobre a rocha?
(c) Qual o trabalho total realizado sobre a rocha por todas as
forças que atuam sobre ela?
77. Um funcionário empurra, num assoalho áspero, uma escriva-
ninha, cuja massa é 85 kg, com velocidade constante, por uma
distância de 3, 0 m. O coeficiente de atrito entre a mesa e o
assoalho é de 0, 22.
(a) Qual o trabalho realizado pelo funcionário sobre a escriva-
ninha?
(b) Qual o trabalho realizado pela força peso, pela força normal
e pela força de atrito?
(c) Qual o trabalho realizado sobre a escrivaninha por todas as
forças que atuam sobre ela?
78. Um engradado de massa m = 15 kg é puxado com velocidade
constante por um guincho, numa distância d = 6, 0 m, numa rampa
sem atrito, até uma altura H = 3, 0 m acima do ponto de partida.

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(a) Qual a força F exercida pelo guincho e qual o trabalho reali-


zado por esta força?
(b) Quanto trabalho seria necessário para elevar o engradado ver-
ticalmente para cima, na mesma altura H? Neste caso, qual
a força exercida pelo guincho?
(c) Compare e analise os resultados encontrados nos itens ante-
riores.
79. Um jogador de beisebol lança uma bola de massa m = 250 g com
velocidade inicial de 18 m/s. Um outro jogador, no mesmo nı́vel,
pega a bola quando sua velocidade se reduziu para 12 m/s. Que
trabalho foi realizado pela resistência do ar?
80. Um helicóptero é usado para erguer, verticalmente do oceano,
um náufrago de massa m = 70, 0 kg a uma altura de 20, 0 m, por
meio de um cabo ideal, como mostra a Figura 22. O náufrago
sobe com aceleração g/10, onde g é a aceleração da gravidade.
Desprezando a resistência do ar, determine:
(a) O trabalho realizado pelo helicóptero sobre o náufrago;
(b) O trabalho realizado pelo campo gravitacional sobre o náufrago;
(c) A velocidade com que o náufrago chega ao helicóptero.

Figura 22: Resgate do náufrago.

81. Mostre que a distância mı́nima necessária para deter um carro


(derrapando) que se move com velocidade v ao longo de uma
estrada horizontal, é ∆x = v 2 /(2 µc g), onde µc é o coeficiente de
atrito cinético entre os pneus do carro e a estrada e g é a acele-
ração da gravidade.

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82. Um corpo de massa 10 kg está em repouso sobre uma superfı́cie


horizontal, sem atrito. Uma força de módulo constante de 30 N,
fazendo um ângulo de 30○ com a vertical, puxa o corpo. De-
terminar o trabalho efetuado pela força da corda e a velocidade
escalar final do corpo, depois de deslocar-se 3 m sobre a superfı́cie
horizontal.
83. Um bloco de massa 4 kg está apoiado sobre uma mesa e ligado
a uma mola horizontal que obedece a lei de Hooke F (x) = −kx,
onde x se mede a partir do comprimento de equilı́brio da mola e
a constante de força k vale 400 N/m. A mola está comprimida
até x1 = −5 cm.
(a) Determinar o trabalho efetuado pela mola quando o bloco se
desloca desde x1 = −5 cm até a sua posição de equilı́brio x2 = 0,
admitindo que não haja atrito entre o bloco e a mesa;
(b) Determinar a velocidade escalar do bloco em x2 = 0, admitindo
que não haja atrito entre o bloco e a mesa;
(c) Determinar a velocidade do bloco quando a mola está na
posição de equilı́brio, mas agora admitindo que o coeficiente
de atrito cinético entre a mesa e o bloco é 0, 20.
84. Uma partı́cula move-se, sob a ação da força F⃗ = 10 y ı̂ − 10 x ̂ (N),
no plano xy. Calcule:
(a) O trabalho realizado pela força F⃗ ao longo do quadrado indi-
cado na Figura 23. Ela é conservativa?

Figura 23: Trajetória da partı́cula.

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(b) O trabalho realizado pela força F⃗ ao longo da diagonal do


quadrado da trajetória da Figura 23, partindo da posição
(2, 2) e chegando à posição (6, 6).
85. Uma força resultante de 5, 0 N passa a atuar, durante 20 segundos,
sobre um corpo de massa 15, 0 kg, inicialmente em repouso, sobre
uma superfı́cie horizontal.
(a) Encontre uma expressão, em função do tempo, para o traba-
lho realizado por esta força;
(b) Qual o trabalo realizado por esta força, passados 3 segundos,
a contar do décimo segundo?
(c) No instante t = 15 s, qual a velocidade do corpo?
(d) Qual foi seu deslocamento para o intervalo 0 ≤ t ≤ 15 s?
86. A posição de uma partı́cula de massa m = 2 kg é dada pela ex-
pressão x(t) = 2t−t2 +t3 , onde x é dado em metros e t em segundos.
Obtenha o trabalho realizado, durante os primeiros 2 s, pela força
que atua sobre a partı́cula.
87. Uma partı́cula de massa m = 2 kg desloca-se ao longo de uma reta.
Entre x = 0 e x = 7 m, ela está sujeita à uma força F (x), represen-
tada no gráfico da Figura 24. Calcule a velocidade da partı́cula
depois de percorrer 4 m e 7 m, sabendo que sua velocidade em
x = 0 é de 3 m/s.

Figura 24: Gráfico de F (x) × x.

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 39


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3.7 Forças conservativas: energia potencial

88. Um carrinho desliza, a partir do repouso, do alto de uma mon-


tanha russa de 5 m de altura, com atrito desprezı́vel. Chegando
ao sopé da montanha, ele é freado pelo terreno coberto de areia,
parando em 1,25 s. Qual é o coeficiente de atrito cinético entre
o carrinho e a areia?
89. Um pêndulo de massa m é afastado da vertical de um ângulo
inicial θ0 e solto a partir do repouso. A aceleração da gravidade
é g.
(a) Qual é a expressão para a tensão no fio quando o pêndulo
está com sua velocidade máxima?
(b) Para que ângulo θ, com a vertical, a velocidade será metade da
velocidade máxima atingida pelo pêndulo? Para esse ângulo,
qual é a expressão para a tensão no fio?
(c) Avalie os resultados encontrados nos itens (a) e (b) tomando
g = 10 m/s2 , θ0 = 60○ e m = 1, 0 kg.
90. Um bloco de massa m = 5 kg, deslizando sobre uma mesa hori-
zontal, com coeficiente de atrito cinético µc = 0, 5, colide com uma
mola de massa desprezı́vel, de constante de mola k = 250 N/m,
inicialmente na posição relaxada, como mostra a Figura 25. O
bloco atinge a mola com velocidade de 1 m/s. Assuma g = 10 m/s2 .

Figura 25: Esquema bloco-mola.

(a) Qual é a deformação máxima dmáx da mola?


(b) Que acontece depois que a mola atinge a sua deformação
máxima?
(c) Que fração da energia inicial é dissipada pelo atrito nesse
processo?

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 40


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91. Uma conta de massa m, enfiada num aro circular de raio R, que
está num plano vertical, desliza, a partir do repouso e sem atrito,
da posição A, no topo do aro, para a posição B, descrevendo um
ângulo θ < 90○ , como mostra a Figura 26.

Figura 26: Esquema do aro e da conta.

(a) Qual é o trabalho realizado pela força de reação do aro sobre


a conta?
(b) Qual é a velocidade da conta na posição B?
92. Um vagão de massa m2 = 4 toneladas está sobre um plano de
inclinação θ = 45○ , ligado a uma esfera de massa m1 = 500 kg,
suspensa por um sistema de cabos e polias como ilustrado na
Figura 27. O cabo é inextensı́vel e as massas do cabo e das polias
são desprezı́veis em comparação com as demais. O coeficiente de
atrito cinético entre o vagão e o plano inclinado é µc = 0, 5 e o
sistema é solto do repouso.
(a) Determinar as relações entre os deslocamentos e as velocida-
des das massas m1 e m2 ;

Figura 27: Esquema do vagão no plano inclinado.

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(b) Utilizando a conservação da energia, calcule de que distância


D o vagão terá se deslocado, ao longo do plano inclinado,
quando sua velocidade atingir 4, 5 km/h.
93. Um esquimó escorrega do alto de um iglu, um domo hemisférico
de gelo de altura 3 m.
(a) De que altura h, acima do solo, o esquimó perde o contato
com a superfı́cie do iglu?
(b) A que distância d da parede do iglu ele cai?
94. O cabo de um elevador de 20 kN rompe-se quando ele está parado
no primeiro andar, onde o piso do elevador encontra-se a uma
distância d = 3, 5 m acima de uma mola amortecederora, cuja
constante de mola é k = 150 kN/m. Um sistema de segurança
prende os trilhos laterais que servem de guia, de modo que uma
força de atrito constante de 4, 5 kN opõe-se ao movimento do
elevador após o rompimento do cabo. Determine:
(a) A velocidade do elevador imediatamente antes de atingir a
mola;
(b) A deformação máxima da mola;
(c) A altura que o elevador subirá de volta, a partir da posição
inicial da mola relaxada;
(d) A distância total, aproximada, percorrida pelo elevador an-
tes de parar totalmente, utilizando, para isto, o princı́pio da
conservação de energia. Porque esta resposta não é exata?
95. Uma moeda de massa m = 2 g é pressionada sobre uma mola
vertical, comprimindo-a em 1, 0 cm. A constante elástica da mola
é 40 N/m. A que altura h, a partir da posição inicial, se elevará
a moeda quando a mola for liberada?
96. Um bloco de massa m = 10 kg é solto em repouso em um plano
inclinado de 45○ em relação ao plano horizontal, com coeficiente
de atrito cinético µc = 0, 5. Depois de percorrer uma distância
d = 2 m ao longo do plano inclinado, o bloco colide com uma mola
de constante k = 800 N/m, de massa desprezı́vel, que se encontrava
relaxada, de acordo com o esquema mostrado na Figura 28.
(a) Qual é a compressão sofrida pela mola?
(b) Qual é a energia dissipada pelo atrito durante o trajeto do
bloco desde o alto do plano até a compressão máxima da
mola? Que fração representa da variação total de energia
potencial durante o trajeto?

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Figura 28: Esquema do plano inclinado, mola e bloco.

(c) Sabendo que o coeficiente de atrito estático é µe = 0, 8, que


acontece com o bloco logo após a compressão máxima da
mola?
97. Num parque de diversões, um carrinho desce de uma altura H,
a partir do repouso, para dar a volta no loop de raio R indicado
na Figura 29.

Figura 29: Esquema do loop.

(a) Desprezando o atrito do carrinho com o trilho, qual é o menor


valor de H = h necessário para permitir ao carrinho dar a volta
completa?
(b) Se R < H < h o carrinho cai no trilho em um ponto rotulado
por B, quando ainda falta percorrer mais um ângulo θ para
chegar até o topo A. Calcule θ.
(c) Que acontece com o carrinho para H < R?
98. Uma partı́cula de massa m = 1 kg se move ao longo da direção x
sob o efeito da força F (x) = 3x2 − 12x + 9 (N).

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(a) Tomando U (1) = 0 J, calcule a energia potencial da partı́cula;


(b) Faça um gráfico de U (x) em função de x para o intervalo de
posições −0, 5 < x < 4, 5 m. Determine as posições de equilı́brio
e discuta suas estabilidades.
(c) Considerando que a partı́cula tenha velocidade nula na ori-
gem, discuta seu movimento nesta situação. Qual será a ve-
locidade máxima e em que ponto isso ocorrerá?
(d) Para que valores da energia mecânica total a partı́cula poderá
apresentar um comportamento oscilatório?
99. Uma partı́cula está submetida a uma força dada pela energia
potencial U (x, y) = 3x2 y − 7x (J).
(a) Qual é a força F⃗ (x, y) a que ela está sujeita?
(b) Qual é a variação da energia cinética entre os pontos (0, 0)
e (1, 1)? Este resultado depende do caminho percorrido pela
partı́cula? Justifique.
100. Uma partı́cula de massa m = 2 kg move-se ao longo do eixo x
sob a ação de uma força conservativa F (x) em uma região onde
a energia potencial U (x) varia conforme o gráfico apresentado na
Figura 30.

Figura 30: Gráfico da energia potencial.

(a) Determine os pontos ou as regiões de equilı́brio, classificando-


as;
(b) Se a energia mecânica total for ETOTAL = 5 J, determine:

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1. as regiões permitidas para o movimento da partı́cula;


2. a energia cinética da partı́cula em x = 8 m;
3. o trabalho realizado pela força F (x) para deslocar o corpo
desde x = 1, 5 m até x = 8 m.
(c) Qual deve ser a velocidade mı́nima da partı́cula em x = 0 para
que ela possa atingir a posição x = 12 m? Neste caso, qual sua
energia cinética em x = 12 m?
101. Uma partı́cula de massa m = 6 kg move-se em uma trajetória
retilı́nea sob a ação de uma força conservativa F (x) = x − x3 , onde
x é medido em metros e F em Newtons.
(a) Determine a expressão da energia potencial associada a esta
força, a qual satisfaz a condição U (0) = 1/4;
(b) Esboce o gráfico de U (x) × x;
(c) É possı́vel esta partı́cula ter uma energia mecânica total igual
a 0,15 J? Justifique.
(d) Sabendo que a partı́cula parte da origem com velocidade 0,5
m/s, encontre a energia mecânica total da partı́cula. Nesse
caso seu movimento é oscilatório? Se sim, encontre os pontos
de retorno clássico.
102. Ionização do átomo de hidrogênio:
No modelo de Bohr do átomo de hidrogênio, o elétron segue uma
órbita circular em torno do próton. No estado de energia mais
baixa (estado fundamental), o raio da órbita é R = 0, 529 × 10−10 m.
A força entre o próton e o elétron é dada por

e2
F (r) = −k ,
r2

onde e = 1, 6 × 10−19 C é a carga elementar e k = 9 × 109 Nm2 /C2 .


(a) Calcule o trabalho que a força elétrica realiza para trazer o
elétron de uma distância muito grande (r → ∞) até a posição
r = R e determine a energia potencial do elétron em r = R;
(b) Calcule a energia cinética do elétron nesta órbita2 ;
(c) Qual é a energia de ligação do elétron?
2
Em Fı́sica Atômica mede-se, usualmente, a energia em elétron-volts (eV), onde 1 eV ≈ 1, 6 × 10−19 J.

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3.8 Sistemas de partı́culas: momento linear

103. Ache as coordenadas do centro de massa dos sistemas mostrados


na figura 31. Em (a) todas as massas são pontuais, em (b) as
barras tem a mesma densidade linear uniforme de massa e em
(c) a placa tem densidade superficial uniforme de massa.

Figura 31: Sistemas para encontrar as coordenadas do CM.

104. Um avião explode no ar e se divide em três partes, cujas massas


e velocidades, imediatamente depois da explosão, são:
m1 = 4000 kg e v⃗1 = 200 ı̂ + 25 k̂ (m/s)
m2 = 2000 kg e v⃗2 = −50 ı̂ + 50 ̂ − 25 k̂ (m/s)
m3 = 2000 kg e v⃗3 = −50 ı̂ − 25 k̂ (m/s).
Considere cada parte como um ponto material.
(a) Qual era a velocidade do avião ao explodir?
(b) Qual era o seu momento linear?
105. Um corpo de massa 5 kg desloca-se para a direita com velocidade
de 5 m/s, perseguindo outro corpo de massa 3 kg, que se desloca
também para a direita a 1 m/s. Determine:
(a) A energia cinética dos dois corpos nesse referencial e a velo-
cidade do centro de massa;
(b) A velocidade de cada um dos corpos em relação ao centro de
massa;
(c) A energia cinética do movimento em relação ao centro de
massa;
(d) A energia cinética do movimento do centro de massa.

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 46


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106. As massas m1 = 10 kg e m2 = 6 kg estão ligadas por uma barra


rı́gida de massa desprezı́vel, como indicado na Figura 32. Inici-
almente em repouso, elas são submetidas às forças F⃗1 = 8ı̂ (N) e
F⃗2 = −6 ̂ (N).
(a) Escreva as coordenadas do centro de massa como função do
tempo;
(b) Expresse a quantidade de movimento total como função do
tempo.

Figura 32: Configuração inicial das massas m1 e m2 .

107. Um corpo de massa 3 kg escorrega ao longo de um plano horizon-


tal sem atrito com velocidade v⃗ = 4 ı̂ (m/s). Num certo instante,
explode, dividindo-se em duas partes, uma de massa 2 kg e outra
de massa 1 kg. Depois da explosão, o pedaço de 1 kg desloca-se
com velocidade v⃗1 = 8 ̂ (m/s).
(a) Qual a velocidade do pedaço de 2 kg depois da explosão?
(b) Qual a velocidade do centro de massa depois da explosão?
108. Um projétil de 6 kg é disparado num ângulo θ = 30○ com a ho-
rizontal, com velocidade inicial de 40 m/s. No topo da sua tra-
jetória, o projétil explode em dois fragmentos com massas de
2 kg e 4 kg. Imediatamente depois da explosão, os fragmentos
deslocam-se na horizontal e o fragmento de 2 kg cai no lugar do
disparo do projétil. Determine:
(a) O local onde cai o fragmento de 4 kg;
(b) A energia liberada na explosão.

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109. Um homem de 70 kg e um garoto de 35 kg estão juntos sobre uma


superfı́cie gelada, na qual o atrito é desprezı́vel. Um empurra o
outro, e o homem se desloca para três, com velocidade de 0,3 m/s,
em relação ao gelo.
(a) Qual a distância de separação dos dois corpos depois de 5 s?
(b) A energia mecânica do sistema se conserva?
110. Um garoto de massa 30 kg, correndo a 2,5 m/s, salta sobre um
carrinho de massa 10 kg (Figura 33), que estava parado, perma-
necendo sobre ele.

Figura 33: Garoto saltando sobre o carrinho.

(a) Determine a velocidade do conjunto carrinho+garoto depois


que ambos estiverem andando juntos.
(b) Em seguida, o garoto começa a andar sobre o carrinho com
uma velocidade de 0,5 m/s, relativa ao carrinho, dirigindo-se
para a frente do mesmo. Qual a nova velocidade do carrinho?
(c) Quando o garoto chega na extremidade do carrinho, ele pula
para a frente com velocidade de 1,0 m/s em relação ao carri-
nho. Com que velocidade o carrinho fica depois disso?
111. Um remador de 75 kg, sentado na popa de uma canoa de 150 kg
e 3 m de comprimento, conseguiu trazê-la para uma posição em
que está parada perpendicularmente à margem de um lago, com
sua proa voltada e encostada em um pier com uma estaca, onde
o remador quer amarrar a canoa. Ele se levanta e caminha até
a proa, o que leva a canoa a afastar-se da margem. Chegando à
proa, ele consegue esticando o braço, alcançar até uma distância
de 80 cm da proa. Conseguirá agarrar a estaca? Caso contrário,
quanto falta? Despreze a resistência da água e considere o centro
de massa da canoa como localizado em seu ponto médio.

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 48


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

Figura 34: Canoa, remador e estaca.

112. Um canhão montado em uma carreta, apontado numa direção


horizontal, atira uma bala de 50 kg, cuja velocidade na boca do
canhão é v⃗0 = 300ı̂ (m/s). A massa total do canhão e da carreta é
de 5 toneladas. Calcule:
(a) A velocidade inicial de recuo da carreta;
(b) A distância que a carreta recua, sabendo que o coeficiente de
atrito cinético é 0,7.

3.9 Sistema de partı́culas: colisões

113. Um vagão de 20 toneladas está freado no topo de uma desci-


da. Quando o carro é solto, ele rola, descendo 9 m em relação à
posição original. Na parte mais baixa da ladeira, ele engata em
outro vagão, de 10 toneladas, que está livre nos trilhos. Os dois,
engatados, sobem outra ladeira até uma altura H. Calcular H.
114. Um bloco de madeira, de massa 1 kg, está ligado a uma mola
de constante de força 200 N/m e repousa sobre uma superfı́cie
horizontal lisa, sem atrito. Uma bala de 20 g atinge o bloco e
comprime a mola de 13,3 cm. Determine:
(a) A velocidade da bala antes da colisão;
(b) A fração da energia mecânica inicial que se perde na colisão.
115. Uma bala de 10 g é disparada sobre um pêndulo balı́stico de
massa 990 g.

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 49


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(a) Se a velocidade inicial da bala é 300 m/s, qual a altura h


(Figura 35) atingida pelo pêndulo (junto com a bala) depois
da colisão?

Figura 35: Pêndulo balı́stico.

(b) Se a velocidade inicial da bala é 200 m/s, determine a altura


máxima atingida pelo pêndulo quando a bala passa através
dele e emerge com velocidade de 50 m/s.
116. Um corpo de 4 kg, deslocando-se a 5 m/s, em uma dimensão,
efetua uma colisão perfeitamente elástica com um corpo de 1 kg,
inicialmente em repouso. Determine a velocidade final de cada
corpo e a energia transferida para o corpo de 1 kg.
117. Durante a madrugada, um carro de luxo de massa 2.400 kg, bate
na traseira de um carro de massa 1.200 kg que estava parado.
O motorista do carro de luxo alega que o outro carro estava
com as luzes apagadas e que ele vinha reduzindo a marcha ao
aproximar-se do sinal, estando a menos de 10 km/h quando o
acidente ocorreu. A perı́cia constata que o carro de luxo arrastou
o outro de uma distância de 10,5 m e estima que o coeficiente de
atrito cinético com a estrada, no local do acidente, é 0,6. Calcule
a que velocidade o carro de luxo estava realmente correndo.
118. Considere o espalhamento elástico entre uma partı́cula alfa de
massa m1 = 4m por um neutron em repouso, de massa m2 = m
como mostra a Figura 66.
(a) Qual é o ângulo máximo θ1 de espalhamento?
(b) Neste ângulo, que fração da energia cinética incidente vai
para o neutron?
(c) Qual é o ângulo θ2 entre as direções de recuo e de incidência?

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 50


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Figura 36: Espalhamento bidimensional: alfa-neutron.

119. Um caminhão carregado, de massa M = 3 ton., viajando para


o norte a 60 km/h, colide, num cruzamento, com um carro de
massa total m = 1 ton., que vinha trafegando para leste a 90 km/h.
Calcule em que direção e de que distância o carro é arrastado pelo
caminhão, sabendo que o coeficiente de atrito cinético no local
do acidente é 0,5.
120. Uma bola deslocando-se a 10 m/s, faz um colisão perfeitamente
elástica, mas oblı́qua, com uma outra bola de mesma massa e em
repouso. A bola incidente é desviada de um ângulo θ1 = 30○ em
relação à direção inicial do movimento. Determinar a velocidade
de cada bola depois da colisão e o ângulo de recuo θ2 .
121. Uma bola de massa m = 0, 5 kg é presa a um pino por um fio leve
e inextensı́vel de 0,8 m de comprimento. A bola é abandonada
quando o fio está na horizontal. Na parte mais baixa da trajetória
a bola atinge um bloco de massa M = 2, 0 kg, inicialmente em
repouso sobre uma superfı́cie, como esquematizado na Figura
37. A colisão, entre a bola e o bloco, pode ser considerada como
perfeitamente elástica. O coeficiente de atrito cinético entre o
bloco e a superfı́cie é µc = 0, 16.
(a) Qual o trabalho realizado pelas forças que atuam sobre a
bola?
(b) Quais as velocidades dos corpos após a colisão?
(c) Até que altura sobe a bola após a colisão?
(d) Qual a distância percorrida pelo bloco depois da colisão?

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 51


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Figura 37: Colisão da bola com o bloco.

122. Num choque entre dois corpos de massas m1 = 0, 8 kg e m2 = 1, 2 kg,


o primeiro desvia 90○ de sua trajetória original, mantendo inal-
terada sua energia cinética. Se as velocidades iniciais dos corpos
eram, respectivamente, v⃗1 = 3, 0 ı̂ (m/s) e v⃗2 = 2, 0 ı̂ − 1, 0 ̂ (m/s),
pede-se:
(a) Calcule o vetor velocidade de m2 após a colisão;
(b) Verifique se o choque foi elástico ou inelástico.
123. Uma bala de massa 4,5 g é disparada, horizontalmente, num bloco
de madeira de massa 2,4 kg, em repouso sobre uma superfı́cie
horizontal. O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a
superfı́cie vale 0,20. A bala fica retida no bloco, que sofre um
deslocamento de 1,8 m até parar.
(a) Qual a velocidade do bloco imediatamente após a bala parar
em seu interior?
(b) Qual a velocidade inicial da bala?

3.10 Corpos rı́gidos: cinemática e dinâmica

124. No sistema mostrado na Figura 38, os corpos estão ligados por


barras muito leves cujos momentos de inércia podem ser despre-
zados. O sistema gira em torno do eixo y com velocidade angular
ω = 2 rad/s.
(a) Considere que no instante t = 0 s os corpos estejam nas posições
indicadas na figura. Determine o vetor velocidade de cada
partı́cula usando o produto vetorial v⃗ = ω
⃗ × r⃗.

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 52


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Figura 38: Massas girando em torno do eixo y.

(b) Use a velocidade escalar de cada corpo para calcular a energia


cinética do sistema.
(c) Determine o momento de inércia do sistema em torno do eixo
y e calcule a energia cinética do sistema utilizando a relação
Iω 2
E= .
2
125. Quatro esferas pequenas de massa m estão presas às extremida-
des de uma estrutura de massa desprezı́vel, no plano xy, como
mostrado na Figura 39.

Figura 39: Sistema de quatro esferas.

(a) Se a rotação do sistema ocorre ao redor do eixo y com velo-


cidade angular ω, encontre o momento de inércia ao redor do
eixo y (Iy ) e a energia cinética rotacional ao redor desse eixo.
(b) Supondo que o sistema gire no plano xy com velocidade an-
gular ω, ao redor de um eixo perpendicular passando por O
(eixo z), calcule o momento de inércia Iz ao redor do eixo z e
a energia cinética rotacional ao redor desse eixo.

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 53


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126. Considere um cilindro, com uma distribuição de massa uniforme


M e comprimento L (Figura 40).

Figura 40: Cilindro maciço e cilindro vazado.

(a) Mostre que o momento de inércia em relação ao eixo central


1
z (CM) é Iz = ICM = M R2 , onde R é o raio do cilindro.
2
(b) Se o cilindro tiver raio interno R1 e raio externo R2 , mostre
que o momento de inércia em relação ao eixo z que passa pelo
1
seu centro (CM) é dado por Iz = ICM = M (R12 + R22 ).
2
(c) De acordo com os itens anteriores, podemos dizer que um
cilindro maciço de raio R2 e massa M tem momento de inércia,
em relação ao eixo z que passa pelo seu centro, Iz = ICM =
1
M R22 . Como explicar o fato que se fizermos um buraco de
2
raio R1 em um cilindro maciço, o momento de inércia parece
1
aumentar de uma quantidade Iz = ICM = M R12 ?
2
127. Uma barra fina, com uma distribuição de massa uniforme, tem
massa M e comprimento L. Calcule o seu momento de inércia em
relação a um eixo perpendicular à barra e que passa pelo centro
da barra (eixo z). Determine o momento de inércia em relação
ao eixo z ′ , que passa pela extremidade da barra e é paralelo à z
(teorema dos eixos paralelos).
128. Um disco uniforme, de raio R = 0, 12 m e massa M = 5 kg, está
apoiado de modo a poder girar livremente em torno de seu eixo.
Uma corda está enrolada em torno do disco e é puxada com uma
força de 20 N, como mostra a figura 41.
(a) Qual é o torque exercido sobre o disco?

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 54


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Figura 41: Disco que gira em torno do seu eixo.

(b) Qual é a aceleração angular do disco?


(c) Se o disco parte do repouso, qual é a sua velocidade angular
e sua energia cinética depois de 3 s?
(d) Determine o deslocamento angular ∆θ⃗ do cilindro nesses 3 s.
Verifique que o trabalho efetuado pelo torque (W = τ⃗ ⋅ ∆θ), ⃗
neste intervalo de tempo, é igual a variação da energia cinética
calculada no item (c).
129. Uma pedra de amolar circular, de massa 2 kg e raio 7 cm, gira
a 700 rev/min, como mostra a Figura 42. Depois de a potência
do motor ter sido desligada, uma pessoa continua a afiar o seu
machado, contra a pedra, durante 10 segundos, quando então o
rebolo pára. Encontre:

Figura 42: Pedra de amolar.

(a) A energia cinética de rotação no momento em que o motor é


deligado;
(b) A aceleração angular da pedra, admitindo que seja constante;

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(c) O torque exercido pelo machado sobre a pedra de amolar;


(d) O trabalho realizado pelo machado.
130. Dois blocos estão ligados por um fio de massa desprezı́vel através
de uma polia de raio 0, 25 m e momento de inércia I. O bloco
sobre o plano inclinado, sem atrito, está subindo com uma ace-
leração constante de 2, 0 m/s2 , como na Figura 43. Determine:

Figura 43: Esquema de blocos, fios, plano inclinado e polia.

(a) As tensões T1 e T2 nas duas partes do fio;


(b) O momento de inércia da polia.
131. Um cilindro uniforme de 100 kg e raio 0, 60 m está sobre uma
superfı́cie de gelo lisa. Duas patinadoras gêmeas enrolam cordas
em torno do cilindro, num mesmo sentido, como mostra a Figura
44. Depois, cada qual puxa a sua corda e se afasta do cilindro,
exercendo sobre ele forças constantes de 40 N e 60 N durante 5 s.

Figura 44: Patinadoras gêmeas puxando o cilindro.

(a) Determine a aceleração, a velocidade e a posição, em função


do tempo, do centro de massa do cilindro.

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 56


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(b) Quais são a aceleração angular e a velocidade angular em


função do tempo?
(c) Quantas voltas em torno de seu eixo o cilindro dá durante
este tempo?
(d) Calcule a energia cinética do cilindro quando t = 5 s.
132. Dois corpos, de massas m1 e m2 , estão ligados a cordas que passam
por polias montadas num eixo comum, como mostra a Figura 45.
O momento de inércia total das duas polias é de 40 kg ⋅ m2 e os

Figura 45: Polias e massas.

raios são R1 = 0, 4 m e R2 = 1, 2 m.
(a) Se m1 = 24 kg, determine m2 de modo que o sistema fique em
equilı́brio;
(b) Se, agora, ao corpo m1 for adicionado outro de 12 kg, partindo
do equilı́brio encontrado no item anterior, qual será a acele-
ração angular das polias e qual será a tensão nas cordas?
133. Calcule o efeito da massa M da polia, de raio R, sobre o sistema
mostrado na Figura 46, onde a massa m1 , que desliza sem atrito,
está ligada à massa suspensa m2 , pelo fio que passa pela polia,
determinando:
(a) A aceleração do sistema e as tensões T1 e T2 nos fios ligados a
m1 e m2 , respectivamente, utilizando a segunda lei de Newton;
(b) O torque externo resultante que atua sobre o sistema (os dois
corpos e a polia) em relação ao centro da polia;
(c) O momento angular total do sistema em relação ao centro da
polia quando as massas deslocam-se com a velocidade escalar
v;

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Figura 46: Esquema de massas, mesa e polia.

(d) A aceleração do sistema a partir dos resultados dos itens (b)


e (c), fazendo o torque resultante, em relação ao centro da
polia, igual à taxa de variação do momento angular do sis-
tema.

134. O sistema da figura abaixo principia a movimentar-se do repouso.


O corpo de massa m1 = 30 kg
está dois metros acima do solo.
O corpo apoiado no solo tem
massa m2 = 20 kg e a polia é
um disco uniforme com raio R =
10 cm e massa M = 5 kg. Deter-
minar:
(a) A velocidade escalar do
corpo de massa m1 imedi-
atamente antes de atingir
o solo e a velocidade esca-
lar angular da polia neste
instante;
(b) As tensões nos cabos;
(c) O tempo que o corpo de
massa m1 leva para atingir
o nı́vel do solo.

3.11 Momento angular: conservação e aplicações

135. Uma partı́cula de massa m move-se num cı́rculo de raio R com


velocidade angular ω, como mostra a Figura 47. Calcule:

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Figura 47: Partı́cula em movimento circular.

(a) O torque que atua sobre essa partı́cula em relação à origem


O;
(b) O vetor momento angular em relação à origem O.
136. Dois patinadores, cada um de massa m = 60 kg, deslizando sobre
uma pista de gelo, com atrito desprezı́vel, aproximam-se com
velocidades iguais e opostas de módulo v = 5 m/s, segundo re-
tas paralelas, na direção x, as quais estão separadas por uma
distância d = 1, 40 m.
(a) Calcule o vetor momento angular do sistema e mostre que é
o mesmo em relação a qualquer ponto e se conserva.
(b) Quando os dois patinadores chegam a uma distância d = 1, 40 m
um do outro, estendem os braços e dão-se as mãos, passando
a girar em torno do centro de massa do sistema. Calcule a
velocidade angular.
(c) Calcule a energia cinética do sistema antes e depois dos pa-
tinadores se unirem. Explique o resultado.
137. Uma bolinha presa a um fio de massa desprezı́vel gira em torno
de um eixo vertical com velocidade escalar constante, formando
um ângulo θ0 = 30○ com a vertical e mantendo-se a uma distân-
cia d0 = 0, 5 m do eixo. O fio passa, sem atrito, através de um
orifı́cio O numa placa, como mostra a Figura 48. O fio é puxado
lentamente para cima até que o ângulo com a vertical passe a ser
θ = 60○ .
(a) Que comprimento δ` do fio foi puxado?
(b) Qual é a razão entre as velocidades de rotação final e inicial
(ωf /ωi )?
138. Um disco com momento de inércia I1 está girando, com veloci-
dade angular inicial constante ω1 , em torno de um eixo central

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Figura 48: Pêndulo cônico.

sem atrito. Num certo instante, este disco cai sobre outro disco,
de momento de inércia I2 , que estava inicialmente em repouso, no
mesmo eixo. Em virtude do atrito entre as superfı́cies, os dois
discos terminam por atingir uma velocidade angular constante
ωf , comum a ambos. Estas duas situações estão mostradas na
Figura 49.

Figura 49: Discos girando e colidindo.

(a) Determine ωf .
(b) A energia cinética do sistema se conserva?
139. Uma mesa de coquetel tem um tampo giratório, que é uma tábua
circular de raio R e massa M capaz de girar com atrito desprezı́vel
em torno de um eixo vertical da mesa. Uma bala de massa m <<
M e velocidade v, disparada por um convidado numa direção
horizontal, acaba por ficar encravada na periferia da tábua.

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(a) Qual é a velocidade angular de rotação adquirida pela tábua?


(b) Que fração da energia cinética inicial é perdida no impacto?
140. Uma porta de 15 kg e 70 cm de largura, suspensa por dobradiças
bem azeitadas, está aberta de 90○ , ou seja, com seu plano perpen-
dicular ao plano do batente. Ela leva um empurrão na beirada
aberta, com impacto equivalente ao de uma massa de 1 kg com
velocidade de 2,5 m/s. Quanto tempo ela leva para fechar?
141. Um alçapão quadrado de lado L e massa M está levantado ver-
ticalmente, em equilı́brio, sobre as dobradiças quando é levado
a cair por uma ligeira trepidação. Desprezando o atrito, que
velocidade angular terá adquirido ao bater no chão?
142. Um bloco de massa m1 , que pode deslizar com atrito desprezı́vel
sobre um plano inclinado, de inclinação θ em relação à horizontal,
está ligado por um fio, que passa sobre uma polia de raio R e
massa M , a uma massa suspensa m2 (m2 > m1 ), como na Figura
50. O sistema é solto em repouso. Calcule, por conservação da
energia, a velocidade v de m2 após cair de uma altura h.

Figura 50: Esquema do plano inclinado com as massas e a polia.

143. Um disco uniforme de raio R e massa M tem um fio enrolado


sobre a sua superfı́cie. O disco é solto do repouso com o fio
vertical e com sua extremidade superior presa a uma barra fixa,
como mostra a Figura 51.
(a) Qual é a tensão no fio?
(b) Qual é o módulo da aceleração do centro de massa?
(c) Qual é a velocidade do centro de massa depois que o disco
desce uma distância vertical h?
(d) Verifique a resposta anterior utilizando o enfoque da energia.

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Figura 51: Disco com fio enrolado.

144. Uma roda cilı́ndrica, de raio R e massa M , rola sem deslizar


sobre um plano horizontal, deslocando-se com velocidade v, e
sobe sobre um plano inclinado de inclinação θ, continuando a
rolar sem deslizar (Figura 52).

Figura 52: Roda cilı́ndrica subindo a rampa.

(a) Até que altura h o centro da roda subirá sobre o plano incli-
nado?
(b) Calcule a força de atrito entre o corpo e o plano inclinado
para garantir que o movimento seja de rolamento sem desli-
zamento.
145. Uma bola esférica e uniforme, de massa m = 400 g e com diâmetro
d = 24 cm, rola sem deslizar sobre um plano inclinado. Ela parte
do repouso e, depois de 5 s e tendo completado exatamente 10
rotações, escapa pela borda do plano inclinado, como mostra a
Figura 53.
(a) Calcule o torque resultante sobre a bola relativo ao seu centro
de massa, enquanto ela rola sobre o plano inclinado.
(b) Calcule a energia de rotação da bola ao colidir com o solo.

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Figura 53: Bola homogênea descendo rolando, sem deslizar, o plano inclinado.

146. Uma bola homogênea de raio r rola, sem deslizar, a partir do


repouso, desde o topo de um domo hemisférico de raio R, como
mostra a Figura 54.
(a) Depois de percorrer que ângulo θ em relação à vertical a bola
deixará a superfı́cie?
(b) Com que velocidade v isso acontece?
(c) A que distância d da parede do domo ela cai?

Figura 54: Bola descendo o domo esférico.

147. Uma bola de boliche esférica e uniforme, de massa M e raio R, é


lançada com velocidade linear inicial v⃗0 = 5ı̂ m/s e com velocidade
angular inicial nula. O coeficiente de atrito cinético entre a bola
e a pista é µc = 0, 3. Determinar:
(a) O tempo que a bola escorrega até atingir a condição de rola-
mento sem deslizamento;
(b) A distância D que a bola percorre antes de principiar a rolar
sem escorregar.

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148. Uma bola de bilhar de raio R = 2, 5 cm e massa m = 350 g, inicial-


mente em repouso, recebe uma tacada seca. O impulso do taco é
horizontal e aplicado à distância 2R/3 abaixo da linha horizontal
do centro, como mostra a Figura 55. A velocidade linear inicial
da bola é v0 = 3 m/s.

Figura 55: Bola de bilhar com tacada baixa.

(a) Qual é o vetor velocidade angular inicial ω0 ?


(b) Qual é o vetor velocidade linear da bola v⃗r uma vez iniciado
o rolamento sem escorregamento?
(c) Qual é a energia cinética inicial da bola?
(d) Qual é o trabalho da força de atrito?

3.12 Corpo rı́gido em equilı́brio

149. Na figura abaixo, a barra cujo peso é 20 N e o comprimento é L,


está submetida à ação de várias forças.

(a) Determine a tensão no fio que sus-


tenta a barra.
(b) Qual é o módulo da força exercida
sobre a barra pela articulação A?
(c) Se os fios que sustentam a barra
e o peixe forem cortados, qual é a
aceleração angular da barra exata-
mente no instante do corte?
(d) Qual é a velocidade angular da
barra quando esta atinge a posição
horizontal?

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150. Uma escada de comprimento L = 4, 0 m e massa m = 15 kg repousa


apoiada numa parede. Sua extremidade superior está a uma
altura H = 3, 0 m do chão. O centro de gravidade da escada
está situado a um terço do comprimento da escada, a partir da
extremidade inferior. Um macaco de massa m = 7 kg sobe até
um ponto situado na metade da escada. Suponha que não existe
atrito entre a escada e a parede, mas que existe atrito entre a
escada e o chão.
(a) Determine as forças exercidas na escada pela parede e pelo
chão.
(b) Considere, agora, que o coefi-
ciente de atrito estático entre
a escada e o piso seja igual a
0, 53. Determine a fração r do
comprimento da escada que o
macaco poderá subir sem que
a escada comece a deslizar.
(c) Encontre os valores mı́nimo
e máximo de µe , respectiva-
mente, para que o macaco não
possa sair do lugar ou possa
chegar ao topo da escada, sem
que ela comece a deslizar.

151. A figura mostra uma barra homogênea, de massa M = 1, 0 kg


e comprimento L = 0, 75 m que está apoiada em um banquinho
de altura h = 0, 40 m. Supor que a barra está parada e que só
há atrito no ponto onde a barra encosta no chão. Sabendo que
d = 0, 30 m, calcule:
(a) As forças de contato (nor-
mal) entre o banquinho e a
barra (N1 ) e entre a barra
e o chão (N2 ).
(b) A força de atrito com o
chão.
152. Uma tábua de 90 N e 12 m de comprimento apóia-se em dois ca-
valetes, cada qual colocado a 1 m da extremidade da tábua. Um
bloco de 360 N é colocado sobre a tábua, a 3 m de uma extre-
midade. Determinar as forças exercidas pelos cavaletes sobre a
tábua.

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 65


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Figura 56: Tábua apoiada em cavaletes.

153. Na Figura abaixo, considerando que a massa da barra horizontal


é desprezı́vel, pede-se:

(a) Qual é o módulo de


cada uma das três
forças que atuam na
barra?
(b) Qual é a força exer-
cida pela barra so-
bre a articulação A?

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4 Coordenadas polares e o movimento circular


4.1 Vetores polares unitários: êr e êθ
ˆ êr ⇒ versor na direção radial e
sentido para fora, com ∣êr ∣ = 1 e
direção e sentido variando com
o tempo.
ˆ êθ ⇒ versor na direção tangen-
cial, perpendicular à êr , sen-
tido anti-horário, com ∣êθ ∣ = 1 e
direção e sentido variando com
o tempo.

Vamos escrever os versores polares em termos dos cartesianos:

êr = cos θ(t)ı̂ + sin θ(t) ̂

êθ = − sin θ(t)ı̂ + cos θ(t) ̂

Como êr e êθ dependem implicitamente do tempo, pois o ângulo θ


varia com o tempo, então suas derivadas em relação ao tempo não
são nulas, de modo que:

dêr d [cos θ(t)] dθ d [sin θ(t)] dθ


= ı̂ + ̂ =
dt dθ dt dθ dt

= − sin θ(t) ω(t)ı̂ + cos θ(t) ω(t) ̂ = ω(t) êθ ;

dêθ d [sin θ(t)] dθ d [cos θ(t)] dθ


= − ı̂ + ̂ =
dt dθ dt dθ dt

= − cos θ(t) ω(t)ı̂ − sin θ(t) ω(t) ̂ = −ω(t) êr .

Portanto, temos que


dêr
= ω(t) êθ
dt

dêθ
= −ω(t) êr
dt

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4.2 Vetores posição, velocidade e aceleração em coordenadas polares


Utilizando as coordenadas polares, podemos escrever o vetor posição
de uma partı́cula, em movimento circular, como:
r⃗ (t) = R êr

onde R é o raio da órbita circular. O vetor velocidade da partı́cula


será:
d⃗
r dêr
v⃗ (t) = =R
dt dt
v⃗ (t) = R ω(t) êθ

mostrando que o vetor velocidade da partı́cula tem direção sempre


tangente à trajetória e módulo R ω. Podemos obter o vetor aceleração
derivando o vetor velocidade:

d⃗
v d [ω (t) êθ ]
⃗ (t) =
a =R
dt dt
dω dêθ
= R êθ + R ω (t)
dt dt

⃗ (t) = R α (t) êθ − R [ω (t)]2 êr


a

Assim, o vetor aceleração de uma partı́cula em movimento circular


tem duas componentes: uma tangencial e uma radial. A componente
radial é chamada de aceleração centrı́peta, está sempre presente em
um movimento circular, seja ele uniforme ou não, e seu sentido é
sempre para dentro. A componente tangencial é não nula somente se
o movimento for acelerado. Desse modo, podemos escrever que
⃗ (t) = aT êθ − acp êr
a

com
dω d ∣⃗
v∣
aT (t) = R α (t) = R =
dt dt

v2
acp (t) = ω2 R =
R

⃗ (t)∣ = a2T + a2cp
∣a

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5 Colisão elástica em uma dimensão: alvo em repouso


Considere uma colisão elástica unidimensional entre um corpo de
massa m1 e velocidade v1i e um outro de massa m2 em repouso. É
possı́vel demonstrar, usando as leis de conservação do momento linear
e conservação da energia cinética do sistema (feito em sala de aula),
que as velocidades finais dos corpos v1f e v2f , após a colisão, podem
ser escritas como:

(1 − λ)
v1f = v1i (1)
(1 + λ)
2
v2f = v1i (2)
(1 + λ)
m2
onde λ = .
m1
Existem três situações limites para este problema:
(a) m1 = m2 Ô⇒ λ = 1
Neste caso v1f = 0 e v2f = v1i Ô⇒ existe uma troca de velocidades:
a partı́cula incidente pára e a outra continua com a velocidade
da primeira.
(b) m1 ≫ m2 Ô⇒ λ ≪ 1
Neste caso v1f ≃ v1i e v2f ≃ 2 v1i Ô⇒ a partı́cula incidente pratica-
mente não sofre alteração alguma, enquanto que a partı́cula que
estava inicialmente em repouso é impulsionada para frente com
o dobro da velocidade inicial da partı́cula incidente.
(c) m1 ≪ m2 Ô⇒ λ ≫ 1
Neste caso v1f = −v1i e v2f ≃ 0 Ô⇒ a partı́cula incidente é refletida
para três com a mesma velocidade e a partı́cula que estava em
repouso praticamente não sofre perturbação alguma.

Além destes casos limites, é interessante estudar o comportamento


completo das velocidades v1f e v2f em função da razão das massas λ.
Note das Eqs. (1) e (2) que as formas das curvas v1f (λ) e v2f (λ) não
dependem de v1i . Apenas suas amplitudes dependerão.
As Figuras 57 e 58 ilustram as funções v1f (λ) e v2f (λ), em função
de λ, para v1i = 1, com 0, 001 < λ < 1000. Note que o eixo das abscissas
(λ) está na escala logarı́tmica para melhor representar este enorme
intervalo de valores de λ.

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 71


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

Figura 57: Velocidade final, após a colisão, da partı́cula incidente (v1f ).

Figura 58: Velocidade final, após a colisão, da partı́cula alvo (v2f ).

Os comportamentos analisados anteriormente, para as três situações


limites, podem ser observados nestas figuras:

ˆ A velocidade final v1f da partı́cula incidente, figura 57, é pouco


alterada enquanto λ ≪ 1 (m1 ≫ m2 ). Em seguida, ela se anula
quando λ = 1 e posteriormente inverte de sinal até chegar a −v1i
quando λ ≫ 1.
ˆ A velocidade final v2f do alvo apresenta uma velocidade próxima
de 2v1i enquanto λ ≪ 1, que diminui com o aumento de λ até se
igualar a v1i = 1 quando λ = 1. Em seguida, para λ ≫ 1, v2f tende a
zero.

6 Solução de alguns exercı́cios


6.1 Exercı́cio 66
Um cubo muito pequeno, de massa m, deve ser colocado no interior
de um funil, a uma distância r de seu eixo vertical de simetria, de

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 72


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

modo que quando o funil é posto para girar, em torno de seu eixo
de simetria, com uma frequência constante de rotações por segundo,
o cubo seja impedido de deslizar para baixo ou para cima, sobre a
superfı́cie interna do funil, ou seja, permaneça em repouso em relação
ao funil. A parede do funil faz um ângulo θ com a horizontal, como
indicado na figura 59.

Figura 59: Desenho do funil e do cubo.

(a) Supondo que não há atrito entre a parede do funil e o bloco,
encontre a expressão para a frequência ν0 do funil.
Ô⇒ (a) Cálculo da frequência ν0 do funil, para que o cubo não deslize
sobre a superfı́cie interna do funil, supondo que não há atrito entre
o cubo e a parede do funil: a Figura 60 mostra o diagrama de forças
no cubo:
y
N

P
q
x

Figura 60: Diagrama de forças no cubo, sem atrito entre cubo e funil.

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 73


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

De acordo com o diagrama de forças da figura temos:


direção y ∶
N cos θ = m g (3)
v02
direção x ∶ N senθ = m . (4)
r
Dividindo a equação (4) pela (3), temos que
v02 4 π 2 ν02 r
tg θ = = , (5)
gr g
onde utilizamos a relação
v = ω r = 2 π ν r. (6)
Assim, da equação (5), temos que,
g tgθ
ν02 = (Hz)2
4 π2 r
(b) Supondo, agora, que o coeficiente de atrito estático entre a pa-
rede do funil e o cubo vale µe , encontre os valores máximo (νmáx )
e mı́nimo (νmı́n ) da frequência ν que o funil pode girar.
Ô⇒ (b) Se existe atrito, então devemos considerar dois casos:
(i) A frequência ν é tal que o cubinho tenderia a subir sobre a su-
perfı́cie interna do funil e, portanto, a força de atrito estática
atuaria para dentro da inclinação. Neste caso devemos encontrar
um valor máximo (νmáx ) para a frequência de rotação do funil;
(ii) A frequência ν é tal que o cubinho tenderia a descer sobre a
superfı́cie interna do funil e, portanto, a força de atrito estática
atuaria para fora da inclinação. Neste caso devemos encontrar
um valor mı́nimo (νmı́n ) para a frequência de rotação do funil.
⇒ (i) Calculando νmáx : a Figura 61 mostra o diagrama de forças no
cubo:
De acordo com o diagrama de forças temos:
direção y ∶ N cos θ − Fat sin θ = m g; (7)
v2
direção x ∶ N sin θ + Fat cos θ = m . (8)
r
Como Fat = Femáx = µe N , então as equações (7) e (8) ficam:

N cos θ − µe N sin θ = m g; (9)


v2
N sin θ + µe N cos θ = m máx . (10)
r
Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 74
Fı́sica I - 4302111 - Noturno

y
N

F
at

P
q
x

Figura 61: Diagrama de forças no cubo, com atrito entre funil e cubo e tendência a subir.

Encontrando a expressão para o módulo da força normal N , das


equações (9) e (10), temos que

mg
N = ; (11)
cos θ − µe sin θ
2
m vmáx
N = ; (12)
r (sin θ + µe cos θ)

Igualando as equações (11) e (12) e utilizando a expressão (6), en-


contramos
2
4 π 2 νmáx r g
= . (13)
sin θ + µe cos θ cos θ − µe sin θ
Resolvendo a equação (13) e utilizando a expressão encontrada para
ν0 (item (a)) temos:


⎪ +
µe ⎫




1 ⎪


tgθ
νmáx = ν0 ⎨
2 2 ⎬ (Hz)2 .


⎪ 1 − µe tgθ ⎪



⎩ ⎪

⇒ (ii) Calculando νmı́n : a Figura 62 mostra o diagrama de forças


no cubo:
De acordo com o diagrama de forças temos:

direção y ∶ N cos θ + Fat sin θ = m g; (14)


v2
direção x ∶ N sin θ − Fat cos θ = m . (15)
r

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Fı́sica I - 4302111 - Noturno

y
F
at
N

P
q
x

vspace-0.25cm
Figura 62: Diagrama de forças no cubo, com atrito entre funil e cubo e tendência a descer.

Como Fat = Femáx = µe N , então as equações (14) e (15) ficam:


N cos θ + µe N sin θ = m g; (16)
v2
N sin θ − µe N cos θ = m máx . (17)
r
Encontrando a expressão para o módulo da força normal N , das
equações (16) e (17), temos que

mg
N = ; (18)
cos θ + µe sin θ
2
m vmáx
N = ; (19)
r (sin θ − µe cos θ)

Igualando as equações (18) e (19) e utilizando a expressão (6), en-


contramos

4 π 2 νmı́n 2 r g
= . (20)
sin θ − µe cos θ cos θ + µe sin θ

Resolvendo a equação (20) e utilizando a expressão encontrada


para ν0 (item (a)) temos:


⎪ −
µe ⎫




1 ⎪


tgθ
νmı́m = ν0 ⎨
2 2 ⎬ (Hz)2 .


⎪ 1 + µe tgθ ⎪



⎩ ⎪

Resumindo:

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 76


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

g tgθ
ν02 = (Hz)2
4 π2 r


⎪ +
µe ⎫




1 ⎪


tgθ
νmáx = ν0 ⎨
2 2 ⎬ (Hz)2 .


⎪ 1 − µe tgθ ⎪



⎩ ⎪


⎪ −
µe ⎫




1 ⎪


tgθ
νmı́m = ν0 ⎨
2 2 ⎬ (Hz)2 .


⎪ 1 + µ e tgθ ⎪



⎩ ⎪

(c) Admitindo g = 10, 0 m/s2 , θ = 45○ , r = 2, 53 cm e µe = 0, 5 encontre os


valores numéricos de ν0 , νmáx e νmı́n .
Ô⇒ (c) Substituindo os valores dados, nas expressões encontradas,
temos:
ν0 = 3, 2 Hz
νmáx = 5, 5 Hz
νmı́n = 1, 8 Hz

6.2 Exercı́cio 74
Um bloco de massa m1 = 3 kg é colocado sobre outro de massa m2 = 4
kg. Admita que os coeficientes de atrito estático e cinético entre os
blocos sejam µe1 = 0, 5 e µc1 = 0, 4, respectivamente, e que os coeficientes
de atrito estático e cinético entre o bloco de massa m2 e o solo sejam
µe2 = 0, 2 e µc2 = 0, 1, respectivamente. Considere a situação em que
uma força externa, paralela ao solo, é aplicada no bloco de massa
m1 , onde seu módulo F seja aumentado devagar e continuamente.
Pergunta-se:
(a) Até que valor do módulo de F (=F ′ ), todo o sistema permanece
em repouso?
(b) A partir do valor encontrado no item anterior (F = F ′ ), um
aumento no módulo desta força aplicada (F > F ′ ), faz com que
os blocos não se deslocam relativamente um ao outro. Qual o
valor máximo de F = Fmáx para que isso ocorra? Neste caso, qual
o valor do módulo da aceleração do sistema?

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 77


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

(c) Qual o valor dos módulos das acelerações dos blocos se a força
aplicada na massa m1 for de 24 N?

A Figura 63 mostra o diagrama de forças nas massas.

Figura 63: Diagrama de forças nas massas m1 e m2 .

De acordo com a figura, como não há movimento na direção verti-


cal, temos que:
N1 = m1 g (21)
N2 = N1 + m2 g. (22)

Substituindo a equação (21) na (22), ficamos com


N2 = (m1 + m2 ) g. (23)

Substituindo os valores das massas nas expressões (21) e (23) temos


que N1 = 30 N e N2 = 70 N. Com isso podemos avaliar os valores das
forças de atrito entre as duas interfaces de contacto.

Para as forças de atrito estáticas temos que:


Fat1e ≤ µe1 N1 = 0, 5(30) = 15 N ⇒ Fat1e ≤ 15 N; (24)

Fat2e ≤ µe2 N2 = 0, 2(70) = 14 N ⇒ Fat2e ≤ 14 N. (25)

Para as forças de atrito cinéticas temos que:

Fat1c = µc1 N1 = 0, 4(30) = 12 N; (26)

Fatc2 = µc2 N2 = 0, 1(70) = 7 N. (27)

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 78


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

Agora, podemos responder as questões formuladas:

Ô⇒ (a) Cálculo do valor de F ′ para que os dois blocos permaneçam


em repouso. Neste caso temos que:

v1 = v2 = 0 e a1 = a2 = 0 (28)

Como não há movimento, temos que utilizar a força de atrito estática
e, de acordo com o diagrama de forças na direção horizontal, temos:

F − Fat1e = 0 (29)

Fat1e − Fat2e = 0, (30)

cuja solução é
F = Fat2e . (31)

Utilizando a equação (25), encontramos que a equação (31) é válida


para

F ′ = Fat2e )máx = 14 N.

Desse modo, se a força aplicada for F ≤ 14 N, o sistema como um


todo permanece em repouso. Por outro lado, se F > 14 N, o corpo
de massa m2 irá deslizar sobre o solo. Como Fat1e ≤ 15 N, haverá um
intervalo de valores para o módulo da força externa F⃗ , tal que 14 <
F ≤ Fmáx (N), para o qual os dois blocos não se deslocam relativamente
um ao outro, mas juntos se deslocam em relação ao solo, e teremos
a1 = a2 = a , de onde surge a questão feita no item (b), ou seja, qual
deve ser o valor máximo do módulo da força F que movimenta o
sistema, sem que os blocos se desloquem relativamente um ao outro.

Ô⇒ (b) Cálculo do valor de F para que os dois blocos se movimentem


juntos: valores da força externa F tal que 14 < F ≤ Fmáx (N).

Neste caso, de acordo com o diagrama de forças na direção horizontal,


as equações de Newton para o sistema são:

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 79


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

F − Fat1e = m1 a ⇒ F − Fat1e = 3a ; (32)

Fat1e − Fat2c = m2 a ⇒ Fat1e − 7 = 4a. (33)

Utilizando as equações (32) e (33), encontramos a relação entre Fat1e


e F e entre a aceleração a do sistema e F :

7 Fat1e − 21
F = (34)
4
F −7
a = . (35)
7

Para encontrarmos o valor máximo do módulo da força F (Fmáx ) que


movimenta o sistema, sem que os blocos se desloquem relativamente
um ao outro, e o correspondente valor da aceleração do sistema (amáx ),
devemos substituir Fat1e por Fat1e )máx = 15 N e encontramos:

(7)(15) − 21
Fmáx = = 21 N
4

21 − 7
amáx = = 2 m/s2
7

Se F > 21 N, o corpo de massa m1 irá deslizar sobre o corpo de massa


m2 e este sobre o solo. Neste caso, teremos a1 ≠ a2 , pois as forças de
atrito que estarão atuando serão as cinéticas e, portanto, constantes,
tal que Fat1c = 12 N e Fat2c = 7 N. Neste caso, surge a questão feita no
item (c), ou seja, saber qual o valor dos módulos das acelerações dos
blocos (a1 e a2 ) se o módulo da força externa for F = 24 N, a qual é
maior que 21 N.

Ô⇒ (c) Cálculo das acelerações dos corpos para o valor da força ex-
terna F = 24 N: os dois blocos se movimentam com acelerações dife-
rentes já que F = 24 > Fmáx = 21 N.

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 80


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

Neste caso, de acordo com o diagrama de forças na direção horizontal,


as equações de Newton para o sistema são:

F − Fat1c = m1 a1 ⇒ F − 12 = 3a1

F − 12
⇒ a1 = (36)
3

Fat1c − Fat2c
Fat1c − Fat2c = m2 a2 ⇒ a2 = (37)
4

Substituindo os valores de Fat1c = 12 N e Fat2c = 7 N na equação (37),


encontramos a aceleração da massa m2 :

a2 = 1, 25 m/s2

Substituindo o valor de F = 24 N na equação (36), encontramos a


aceleração da massa m1 :

a1 = 4, 0 m/s2

Podemos perceber que se a força F externa aplicada for tal que F >
Fmáx = 21 N, então a aceleração do corpo de massa m2 independe do
módulo desta força e permanecerá com módulo constante (neste caso
de 1,25 m/s2 ), enquanto que a aceleração do bloco de massa m1 , no
qual a força externa é aplicada, depende do valor do módulo desta
força F .

Os resultados obtidos nos itens (a), (b) e (c) podem ser sintetiza-
dos através da construção dos gráficos das forças de atrito Fat (em
Newtons) e das acelerações a (em m/s2 ) dos dois corpos, em função
da força externa aplicada F (N). As Figuras 64 e 65 mostram estes
gráficos.

6.3 Exercı́cio 118


Considere o espalhamento elástico entre uma partı́cula alfa de massa
m1 = 4m por um neutron em repouso, de massa m2 = m como mostra
a Figura 66.

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Fı́sica I - 4302111 - Noturno

Figura 64: Gráfico das forças de atrito Fat1 e Fat2 das massas m1 e m2 do sistema de massas da
figura 63 em função da força F externa aplicada na massa m1 .

Figura 65: Gráfico das acelerações a1 e a2 das mass as m1 e m2 do sistema de massas da figura
63 em função da força F externa aplicada na massa m1 .

(a) Qual é o ângulo máximo θ1 de espalhamento?

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 82


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

(b) Neste ângulo, que fração da energia cinética incidente vai para
o neutron?
(c) Qual é o ângulo θ2 entre as direções de recuo e de incidência?

Figura 66: Espalhamento bidimensional: alfa-neutron.

Ô⇒ (a) Como o espalhamento é elástico, devemos ter:


1. Conservação do momento total do sistema: P⃗i = P⃗f
2. Conservação da energia cinética do sistema: Eci = Ecf

1. P⃗i = P⃗f

Seja p⃗1i o momento da partı́cula incidente de massa m1 . Então, o


momento total do sistema na configuração inicial é

P⃗i = p⃗1i = m1 v⃗1i .


Sejam p⃗1f e p⃗2f os momentos finais das duas partı́culas. Assim, o
momento total do sistema na configuração final é

P⃗f = p⃗1f + p⃗2f .


Como o momento total do sistema se conserva temos:

p⃗1i = p⃗1f + p⃗2f ⇒ p⃗2f = p⃗1i − p⃗1f (38)

2. Eci = Ecf

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 83


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

Igualando a energia cinética total antes da colisão com a energia


cinética total depois da colisão, temos:

p21i p21f p22f p22f 1


= + ⇒ = (p21i − p21f ) (39)
2m1 2m1 2m2 m2 m1

Elevando a expressão (38) ao quadrado obtemos:

p⃗2f ⋅ p⃗2f = (⃗
p1i − p⃗1f ) ⋅ (⃗
p1i − p⃗1f )

Esta expressão ainda pode ser desenvolvida como:

p1i ⋅ p⃗1f
p22f = p21i + p21f − 2⃗ (40)

Por causa da conservação do momento,


os vetores p⃗1i , p⃗1f e p⃗2f estão dispostos
como no triângulo representado na fi-
gura ao lado. O produto escalar do ter-
ceiro termo do lado direito da equação
(40) pode ser escrito como

2 p⃗1i ⋅ p⃗1f = 2 p1i p1f cos θ1 .

Desta forma, a expressão (40) pode ser reescrita como:

p22f = p21i + p21f − 2 p1i p1f cos θ1 (41)

Substituindo a expressão (41) em (39) obtemos:

p21i + p21f − 2 p1i p1f cos θ1 = λ p21i − λ p21f (42)

onde introduzimos o parâmetro adimensional


m2
λ= .
m1
Os termos da expressão (42) podem ser reagrupados e obtemos a
equação do segundo grau:

(1 + λ) p21f − 2 p1i cos θ1 p1f + (1 − λ) p21i = 0 (43)

Para que esta equação do segundo grau tenha solução devemos ter
que:

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 84


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

∆ = 4 p21i cos2 θ1 − 4 (1 + λ)(1 − λ) p21i ≥ 0 (44)

ou ainda,

4 p21i [ cos2 θ1 − (1 − λ2 )] ≥ 0 ⇒ cos2 θ1 ≥ (1 − λ2 ) (45)

Substituindo os valores das massas das partı́culas obtemos

m2 1
λ= =
m1 4
e encontramos o valor limite para o ângulo de espalhamento da partı́cula
α:

1 2 15
cos θ1 ≥ [1 − ( ) ] Ô⇒ cos2 θ1 ≥
2
4 16

Ô⇒ θ1 ≤ 14, 5○

Ô⇒ (b)

p21i
ˆ Energia cinética inicial da partı́cula α: Ecα =
4m
p22f
ˆ Energia cinética do neutron de recuo: Ecn =
m

Assim, para obtermos que fração da energia cinética incidente vai


para o neutron, devemos escrever o momento linear final do neutron
(p2f ) em função do momento linear inicial da partı́cula α (p1i ). Temos
então que, para θ1 = 14, 5○ , a solução da equação (43) é:

4 15
p1f = p1i (46)
5 16

Substituindo este resultado na equação (39), encontramos p2f em


função de p1i :
m2 2 15 2 1 2
p22f = [p1i − p1i ] Ô⇒ p22f = p (47)
m1 25 10 1i
Desse modo:

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 85


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

Ecn 4 p22f 4
= = = 0, 40
Ecα p21i 10

Portanto, 40% da energia incidente vai para o neutron de recuo.


Ô⇒ (c) Para obter o ângulo θ2 , que é o ângulo entre a direção de recuo
e a de incidência, é melhor escrever as equações de conservação do
momento linear projetadas em suas componentes nas direções x e y:

direção x ∶ p1f cos θ1 + p2f cos θ2 = p1i ; (48)


direção y ∶ p1f sin θ1 − p2f sin θ2 = 0. (49)

Da equação (49) temos que

p1f
sin θ2 = sin θ1 (50)
p2f
Substituindo os resultados obtidos da relação entre p1f e p2f com p1i ,
equações (46) e (47), na equação (50), e fazendo θ1 = 14, 5○ , temos


150
sin θ2 = ≈ 0, 61 Ô⇒ θ2 = 37, 5○
20

6.4 Exercı́cio 126


Considere um cilindro, com uma distribuição de massa uniforme M
e comprimento L.
(a) Mostre que o momento de inércia em relação ao eixo central z
1
(CM) é Iz = ICM = M R2 , onde R é o raio do cilindro.
2
(b) Se o cilindro tiver raio interno R1 e raio externo R2 , mostre que
o momento de inércia em relação ao eixo z que passa pelo seu
1
centro (CM) é dado por Iz = ICM = M (R12 + R22 ).
2
(c) De acordo com os itens anteriores, podemos dizer que um cilindro
maciço de raio R2 e massa M tem momento de inércia, em relação
1
ao eixo z que passa pelo seu centro, dado por Iz = ICM = M R22 .
2
Como explicar o fato que se fizermos um buraco de raio R1 em
um cilindro maciço, o momento de inércia parece aumentar de
1
uma quantidade Iz = ICM = M R12 ?
2
Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 86
Fı́sica I - 4302111 - Noturno

(a) Escolhemos como elemento de volume uma casca cilı́ndrica ho-


mogênea, de raio interno r e raio externo r + dr, e comprimento
L, como mostra a figura abaixo:

Figura 67: Coordenadas cil’ındricas.

A densidade volumétrica de massa, em coordenadas cilı́ndricas


(r, θ, z), é:

M dm
ρ= = onde dV = r dr dθ dz,
V dV

com 0 ≤ r ≤ R , 0 ≤ θ ≤ 2 π e 0 ≤ z ≤ L. Assim, o elemento de massa


se escreve: dm = ρ dV = ρ r dr dθ dz
Utilizando a definição do momento de inércia: I = ∫ r2 dm, onde
r é a distância do eixo até o elemento de massa, temos:

R 2π L
I = ρ ∫ r3 dr dθ dz = ρ ∫ r3 dr ∫ dθ ∫ dz
0 0 0

r4 R 2π L R4
= ρ [ ] [θ ]0 [z]0 = ρ [ ] [2π] L
4 0 4

Espressando o momento de inércia em função da massa total M


do corpo, que é a sua densidade volumétrica ρ multiplicada pelo
volume total V = π R2 L, temos

M R4 1
I =[ 2
] [ ] [2π] L = M R2
πR L 4 2

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 87


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

(b) No caso de um cilindro vazado de raio interno R1 e raio externo


R2 , a integral em r deve ser efetuada tendo estes raios como
limites inferior e superior de modo que:

R2 2π L
I = ρ ∫ r3 dr dθ dz = ρ ∫ r3 dr ∫ dθ ∫ dz
R 1 0 0

r 4 R2 2π L R24 R14
= ρ [ ] [θ ]0 [z]0 = ρ [ − ] [2π]L
4 R1 4 4

Espressando, novamente, o momento de inércia em função da


massa total M do corpo, que é a sua densidade volumétrica ρ
multiplicada pelo volume total V = π (R22 − R12 ) L, temos

M R24 R14
I = [ ] [ − ] [2π]L
π (R22 − R12 ) L 4 4

M 1
= [(R1
2
+ R2
2
)(R2
2
− R1
2
)] = M (R12 + R22 )
2(R2 − R1 )
2 2 2

(c) No cilindro vazado a massa M está distribuı́da em uma distância


média maior, em relação ao eixo, quando comparada com a do
cilindro maciço.

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7 Momentos de inércia

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Fı́sica I - 4302111 - Noturno

8 Respostas
8.1 Grandezas fı́sicas e análise dimensional
1. Bate ≈ 2 × 109 vezes.
2. 3, 84 × 105 km.
3. Não, pois levaria cerca de 95 anos para contar o dinheiro, ou seja,
você teria 113 anos no final da contagem.
m3
4. .
kg s2
5. [A] = m3 s−3 e [B] = m3 s.
6. p = −1 e q = 2.
7. v = 8, 35 × 10−4 m/s.
8. RA` = 2, 86 × 10−2 m.
9. 20 bilhões de litros.
10. MTerra = 5, 95 × 1024 kg.

8.2 Cálculo diferencial e integral

11. (a) 21x2 + 3; (b) cos(x) − x sen(x); (c) 1 − sen(t);


(d) 63z 6 + 6; (e) sec(y)[1 + y tg(y)]; (f ) e−t (1 − t).
x8 x2
12. (a) 1; (b) + 7 + 4x + x0 ; (c) ≈ 39, 3;
8 2
y 2
(d) sen(y) + + y0 ; (e) 0; (f ) ≈ 5, 3; (g) ≈ 21, 7.
2

8.3 Movimento em uma dimensão

13. (a) ∆x = xf − x0 = 5∆t2 + 10t0 ∆t, onde ∆t = tf − t0 ;


∆x
(b) vm = = 5∆t + 10t0 ;
∆t
(c)
∆x
(d) lim ( ) = 10 t0 , que para t0 = 2 s ⇒ 20 m/s;
∆t→0 ∆t
dx
(e) x(t) = 5 t2 , então v(t) = = 10 t → v(2) = 20 m/s.
dt
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∆x
∆t (s) ∆x (m) ∆t (m/s)
1,00 25,00 25,00
0,50 11,25 22,50
0,20 4,20 21,00
0,10 2,05 20,50
0,05 1,01 20,25
0,01 0,20 20,05
0,005 0,100 20,025
0,001 0,020 20,005
0,0001 0,0020 20,0005

14. (a) am = 8 m/s2 ;


(b) a(t) = am = 8 m/s2 ;
(c) x(t) = 4t2 − 7t + x0 ; ∆x2→6 = 100 m e vm = 25 m/s;
(d) D = 8, 125 m.
15. (a) 0, 0 ≤ t ≤ 0, 5 min ⇒ v(t) = 0, 2 (km/min)
0, 5 ≤ t ≤ 1, 5 min ⇒ v(t) = 0, 2t + 0, 1 (km/min)
1, 5 ≤ t ≤ 2, 5 min ⇒ v(t) = −0, 8t + 1, 6 (km/min)
2, 5 ≤ t ≤ 3, 0 min ⇒ v(t) = −0, 4 (km/min);
(b) D = 800 m;
(c) L = 500 m.
16. (a) Façam graficamente!
Analiticamente: os carros A e B, para intervalos de tempo
iguais, apresentam valores iguais de ∆v, ou seja,

∆vA0→20 = ∆vA20→40 = ⋯ = ∆vA80→100 = 16 m/s

∆vB0→20 = ∆vB20→40 = ⋯ = ∆vB80→100 = −9 m/s.


Assim, suas acelerações são constantes, ou seja,
∆vA 4
aA (t) = am = = m/s2
∆t 5
∆vB 9
aB (t) = am = =− m/s2 .
∆t 20
Sabendo que vA (0) = vB (0) = 0 e assumindo o eixo das posições
com origem no inı́cio da pista, de onde parte o carro A, então
as posições iniciais dos carros A e B serão, respectivamente,
no instante t = 0, xA (0) = 0 e xB (0) = 1000 m e, pelo processo de
integração, encontramos:

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 91


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Carro A Carro B
aA (t) = (4/5) (m/s2 ) aB (t) = −(9/20) (m/s2 )
vA (t) = (4/5)t (m/s) vB (t) = −(9/20)t (m/s)
xA (t) = (4/10)t2 (m) xB (t) = −(9/40)t2 + 1000 (m)
(b) xA = 640 m.

⎪ a(t) = 32 (m/s2 )


17. (a) 0 ≤ t ≤ 8 s ⇒ ⎨



⎩ x(t) = 4 t (m)
3 2


⎪ a(t) = −6 (m/s2 )


8 ≤ t ≤ 12 s ⇒ ⎨



⎩ x(t) = −3t + 60t − 240 (m)
2


⎪ a(t) = 0 (m/s2 )


12 ≤ t ≤ 16 s ⇒ ⎨



⎩ x(t) = −12t + 192 (m);
(b) D = 72 m e x(12) = 48 m;
(c) x(16) = 0. Após 16 segundos de movimento, a partı́cula está
novamente na origem (posição inicial).
18. (a) ∆y = 20 m e y(0) = 0 (origem no alto do prédio);
(b) ∆y2→4 = 60 m .
19. (a) vy (t) = −10t + 20 m/s;
(b) Gráfico;
(c) ∆y0→2 = 20 m e ∆y0→6 = −60 m;
(d) D = 100 m;
(e) H = 80 m.
20. (a) H = 16, 2 m;
(b) A colisão ocorre no solo, ou seja, em y = 0;
(c) No instante em que a bola, que saiu do chão, retorna ao chão,
ela colide com a bola que caiu do topo do edifı́cio.
21. (a) 3 segundos;
(b) 45 metros;

6 ± 12
(c) t = = 4, 7 s ou 1, 3 s;
2
(d) 6 segundos;
(e) 90 metros.

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22. (a) Façam graficamente!


Analiticamente: utilizando a unidade de comprimento em km
e de tempo em minutos, as posições da tartaruga e da lebre,
em função do tempo são :
Tartaruga: xt (t) = (6, 0 × 10−2 ) t

Lebre: 0 ≤ t ≤ 5 min ⇒ x` (t) = 0, 24 t


5 ≤ t ≤ 140 min ⇒ x` (t) = 1, 2
t ≥ 140 min ⇒ x` (t) = 0, 24 t − 32, 4
A tartaruga alcança a linha de chegada, após deslocar-se 10
km, em t = 166, 7 min. Para este tempo, a posição da lebre é
x` = 7, 6 km. Portanto, a tartaruga vence a corrida.
(b) t = 20 min;
(c) A lebre está ≈ 2, 4 km atrês da tartaruga, depois de 10 km de
pista.
(d) Se a lebre tirar uma soneca de 125 minutos ela chega junto
com a tartaruga. Portanto, o tempo máximo da soneca deve
ser um pouco menor que 125 minutos.
23. Adotando o eixo y com sentido para cima:
(a) t = 1, 05 s;
(b) v = −10, 5 m/s;
(c) h ≈ 10 m;
(d) vm ≈ −7, 7 m/s;
(e) v ≈ 2, 3 m/s
24. (a) No mesmo sentido do movimento;
(b) v(t) = 2t + 0, 1t2 + 20 (m/s);
(c) v(10) = 50 m/s;
(d) am = 3 m/s2 ;
1 3
(e) x(t) = −60 + 20t + t2 + t (m);
30
(f ) ∆x0→5 = 129, 2 m;
(g) vm = 33, 3 m/s.
25. (a) Raı́zes: t = 0 s e t = 4 s (velocidade nula)
Máximo: t = 2 s (velocidade máxima ⇒ aceleração nula);

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(b) ∆x0→2 = 16/3 = 5, 3 m;


(c) ∆x0→4 = 32/3 = 10, 7 m, ∆x4→6 = −32/3 = −10, 7 m e ∆x0→6 = 0
(d) t = 6 s.
26. (a) vmı́n = 4, 8 m/s

Trem Passageiro
aT (t) = 0, 40 (m/s2 ) aP (t) = 0 (m/s2 )
vT (t) = 0, 40t (m/s) vP (t) = v0 (m/s)
xT (t) = 0, 20t2 (m) xP (t) = v0 (t − 6) (m)

(b) Façam o gráfico!


27. (a) [α] = L T−2 = m s−2 e [β] = L T−3 = m s−3 ;
(b) t = 2 s;
(c) ∆x0→3 = 0 e D = 8 m;
(d) e (e)

Velocidade (m/s) Aceleração (m/s2 )


v(1) = 3 a(1) = 0
v(2) = 0 a(2) = −6
v(3) = −9 a(3) = −12
v(4) = −24 a(4) = −18

8.4 Movimento em duas e três dimensões

28. Aprendendo a trabalhar com vetores: Façam!


29. Aprendendo a trabalhar com vetores: Façam!

30. (a) d = 2 5 m;
(b) θ = 45○ .

r = 10(1 +
31. (a) ∆⃗ 2) (ı̂ + ̂) (m);

(b) v⃗1 = 2ı̂ ; v⃗2 = 2 2(ı̂ + ̂) ; v⃗3 = 2 ̂ (m/s);
2 √
(c) v⃗m = (1 + 2) (ı̂ + ̂) (m/s);
3

(d) D = 40 m; ∣∆⃗ r∣ = 10 (2 + 2) = 34, 1 m.

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32. (a) v⃗AB = 2ı̂ (m/s);


(b) r⃗AB = 2 tı̂ + 2 ̂ (m);
(c) t = 2 s;

(d) v⃗BC = 2(ı̂ − ̂) (m/s);
√ √ √
(e) r⃗BC = 2 [(2 2 − 2 + t)ı̂ + ( 2 + 2 − t) ̂] (m);

(f ) t = 2 + 2 = 3, 41 s;

(g) ∣∆⃗ rtotal ∣ = 2 10 = 6, 33 m;
(h) D = 6 m.
33. (a) r⃗(1) = −ı̂ (m);
(b) vx (t) = 6t(t − 1) (m/s) e vy (t) = 2(t − 1) (m/s);
(c) v⃗(0) = −2̂ (m/s) e v⃗(1) = 0 (m/s);
(d) t = 1 s;
(e) ax (t) = 6(2t − 1) (m/s2 ) e ay (t) = 2 (m/s2 );
(f ) t = 0, 5 s.
r = 3ı̂ + 4̂ (m);
34. (a) ∆⃗
(b) Desenho: façam
1
(c) v⃗m = ( 3ı̂ + 4̂) (m/s) e ∣⃗
vm ∣ = 1 (m/s);
5
(d) r⃗(10) = −6ı̂ − 7̂ (m).
⃗(t) = (12t2 + 4)̂ (m/s2 ) e r⃗(t) = 2tı̂ + (t4 + 2t2 + 2)̂ (m/s);
35. (a) a
1
(b) y(x) = ( x4 + 8x2 + 32) (m).
16

36. θ = 60○ e r⃗ = 30( 3ı̂ + ̂) (m).

8.4.1 Lançamento de projéteis

√ √
37. d = 6 3 m; v⃗ = 3ı̂ − 20 3 ̂ (m/s).
38. (a) v0 = 12, 2 m/s;
(b) h = 3, 4 m.

39. (a) v⃗ = 10 3ı̂ (m/s);
(b) h = 45 m;

(c) d = 30 3 m;

(d) v⃗ = 10 3ı̂ − 30 ̂ (m/s).

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40. x = 102, 5 m.
41. (a) v⃗ = 40ı̂ + 30 ̂ (m/s);
(b) v⃗ = 40ı̂ − 45 ̂ (m/s)
42. Atinge o solo a 17,8 m da parede; H = 7, 0 m e vsolo = 15, 5 m/s.
43. (a) θ = 67, 7○ ou θ = 29, 1○ ;
(b) vx = 33, 6 m/s (= 121 km/h) se θ = 67, 7○ ;
vx = 4, 1 m/s (= 15 km/h) se θ = 29, 1○ .

8.4.2 Movimento circular

44. (d) T = 1 s.
45. (a) R = 22, 3 m;
(b) T = 15, 2 s.

46. a = 2 2 m/s2 e θ = 45○ .
47. (a) v = 18, 7 m/s;
(b) 35,7 rpm.
48. a = 2, 6 cm/s2 .
49. (a) 0,943 m;
(b) v = 18, 85 m/s e a = 2, 37 × 103 m/s2 .
50. (a) ω(t) = 120 t (rad/s);
(b) θ(t) = π
2 + 60 t2 (rad);
(c) aT = 180 m/s2 e acp = (21, 6 × 103 ) t2 (m/s2 ).
51. ω = 54π (rad/s) e v = 34 m/s.
(3t2 + 4t)2
⃗(t) = (6t + 4) êθ − [
52. (a) a ] êr (m/s2 );
R
(b) R = 25 m;
(c) ∆t = 4 minutos e α0 = 6, 5 × 10−3 rad/s2 .
a 5 b 4
53. (a) θ(t) = t + t + θ0 (rad) e
20 12
a b
ω(t) = t4 + t3 (rad/s);
4 3
a b
(b) v⃗(t) = R t3 ( t + ) êθ ( m/s);
4 3

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a b 2
⃗cp (t) =
(c) a −R t6 ( t + ) êr (m/s2 ) e
4 3
⃗T (t) = R t (a t + b) êθ (m/s2 ).
a 2

8.5 Aplicações das Leis de Newton


8.5.1 Sem incluir atrito

F⃗ M ⃗
⃗M = a
54. a ⃗m = e T⃗ = F
m+M m+M
Se m ≪ M Ô⇒ T⃗ = F⃗ = M a
⃗.

55. N1 = 5 3 N e N2 = 5 N
56. (c) Só a força de contacto entre m e M .
57. (a) Ta = 60 N e Tc = 80 N;
(b) M = 8 kg;
(c) M = 2 kg.
58. (d) F = 5, 2 N e T = 10 N.
59. (a) a = g sin θ (m/s2 );

(b) v = 2gh (m/s);
⎡ √ ⎤
⎢ H ⎥⎥

(c) R = 2 h sin θ cos θ ⎢ − 1 + 1 + ⎥ (m);
⎢ h sin2 θ ⎥
⎣ ⎦
√ ⎧ ⎡ √ ⎤⎫
2h ⎪⎪ 1 ⎢ H ⎥⎪
⎥⎪
(d) t = ⎨ + sin θ ⎢⎢−1 + 1 + ⎥⎬ (s);
g ⎪⎪ sin θ ⎢ h sin 2
θ ⎥⎪

⎩ ⎣ ⎦⎭
(e) Assumindo os valores dados temos:
(a) a = 5 m/s2 ;

(b) v = 10 = 3, 16 m/s;
1 √ √
(c) R = [ 51 − 3] = 1, 35 m;
√4
10 √
(d) t = [3 + 17] = 1, 13 s.
20
mg √
60. T = e v = g R tgθ.
cos θ
61. Mhomem = 80 kg e a = 2 m/s2 .
62. (a) i. am = aM = a;

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 97


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M
ii. a = g (m/s2 );
M + 2m
Mm
iii. T = g (N);
M + 2m
a1 m2 a1 + a2
(b) i. = e aM = ;
a2 m1 2
M (m1 + m2 )
ii. aM = g (m/s2 ),
4m1 m2 + M (m1 + m2 )
2M m2
am1 = g (m/s2 ),
4m1 m2 + M (m1 + m2 )
2M m1
am2 = g (m/s2 );
4m1 m2 + M (m1 + m2 )
2M m1 m2
iii. T = g (N),
4m1 m2 + M (m1 + m2 )
3 1 1 3
(c) am1 = g ; am 2 = g ; aM = g e T= mg.
8 8 4 8
v2
63. θ = arctg ( ) Ô⇒ θ = 21, 1○ .
gR
Se o carro entra nesta rampa com v ≠ 50 km/h, o motorista terá
que contar com o a força de atrito para que o carro não escorre-
gue.

⎪ v < 50 km/h → para fora da curva inclinada.


Sentido de Fat ∶ ⎨



⎩ v > 50 km/h → para dentro da curva inclinada.

8.5.2 Incluindo atrito

64. (a) 13 N;

(b) 13 3 N;
(c) 26 N, vertical para cima.
65. (a) a1 = 0 e a2 = 0, 75 m/s2 ;
(b) a1 = a2 = 0, 5 m/s2 ;
(c) R1 = 1, 0 N e R2 = 2, 0 N;
(d) Fc = 20, 03 N e forma um ângulo, com o eixo horizontal, de
87, 1○ .
66. Solução na página 68

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 98


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

g tgθ
(a) Sem atrito: ν02 = 2
(Hz)2 ;
4π r

⎪ +
µe ⎫




1 ⎪


tgθ
(b) νmáx = ν0 ⎨
2 2 ⎬ (Hz)2 ;


⎪ 1 − µe tgθ ⎪⎪


⎩ ⎪


⎪ −
µe ⎫




1 ⎪


tgθ
νmı́n = ν0 ⎨
2 2 ⎬ (Hz)2 ;


⎪ 1 + µe tgθ ⎪



⎩ ⎪

(c) ν0 = 3, 2 Hz; νmáx = 5, 5 Hz; νmı́n = 1, 8 Hz.

67. v = 6 5 = 13, 4 m/s = 48, 3 km/h. Se inclinada: θ = 22, 4○ .
68. (a) Fat = 8, 7 N e a = 0;
(b) Fat = 10 N e a = 2, 44 m/s2 .
69. (a) amı́n = 16, 7 m/s2 ;
(b) F = 20 N;
(c) Não, pois a força de atrito é uma força de solicitação, respon-
dendo de acordo com a força aplicada, e o peso é sempre de
20 N. Assim, ela não muda se a > amı́n .
µc m g
70. (a) F = ;
senθ − µc cos θ
(b) θ0 = arc tg µe ;
(c) F ≈ 85 N.
71. (a) M2 = 1, 2M1 ;
(b) T = 6 N;
72. µc = 0, 75.
v02
73. (a) D = (m);
4 g sin ϕ
(b) Não.
74. Solução na página 73
(a) F ≤ 14 N;
(b) Fmáx = 21 N e amáx = 2 m/s2 ;
(c) a1 = 4 m/s2 e a2 = 1, 25 m/s2 .

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 99


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

Mg
75. (a) Sem atrito: N = (N);
cos α
v2
Com atrito: N = M (g cos α + senα) (N);
R
v2
(b) Para v < v0 : Fat = M (g senα − cos α) (N);
R
v2
Para v > v0 : Fat = M ( cos α − g senα) (N);
R
1 − tgα
µe
2
(c) vmı́n = v02 { } (m/s)2
1 + µe tgα
1 + tgα
µe
2
vmáx = v02 { } (m/s)2
1 − µe tgα

8.6 Trabalho e energia cinética

76. (a) We = 216 J;


(b) Wg = −216 J;
(c) WT = 0.
77. (a) Wf = 561, 0 J;
(b) Wg = WN = 0 e Wat = −561, 0 J;
(c) WT = 0.
78. (a) F = 75 N e WF = 450 J;
(b) F = 150 N e WF = 450 J.
79. Wres = −22, 5 J.
80. (a) Wh = 15, 4 × 103 J;
(b) Wg = −14, 0 × 103 J;

(c) vn = 2 10 = 6, 3 m/s.
81. Dica: Calcule o trabalho realizado pela força de atrito.
82. WF = 45 J e v = 3, 0 m/s.
83. (a) Wm = 0, 5 J;
(b) vbloco = 0, 5 m/s;
(c) vbloco = 0, 22 m/s.
84. (a) WF = −320 J. Não é conservativa;

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 100


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(b) WF = 0.
5
85. (a) W (t) = t2 (J);
6
(b) WF = 57, 5 J;
(c) v = 5, 0 m/s;
(d) ∆x = 37, 5 m.
86. WF = 96 J.
√ √
87. v = 5 m/s e v= 10 m/s.

8.7 Forças conservativas: energia potencial

88. µc = 0, 8.
89. (a) T = mg(3 − 2 cos θ0 ) (N);
1 mg
(b) θ = arccos [ (3 cos θ0 + 1)] e T= (3 + cos θ0 ) (N);
4 4
(c) Tmáx = 20 N, θ = 51, 3○ e T = 11, 3 N.
90. (a) dmáx = 7, 3 cm;
(b) O bloco pára;
(c) 73%.
91. (a) W = 0;

(b) vB = 2 g R(1 − cos θ).
92. (a) ∆x1 = 2∆x2 e v1 = 2v2 ;
(b) D = 1, 13 m.
93. (a) h = 32 R = 2 m;
(b) d = 38 cm.
94. (a) v = 7, 4 m/s;
(b) d = 0, 96 m;
(c) y = 1, 86 m;
(d) D = 15, 6 m. Não é exata porque quando o elevador pára de
oscilar, a mola fica um pouco comprimida e, portanto, não é
toda a energia inicial que é dissipada pelo atrito, ficando uma
pequena parte armazenada na mola.
95. h = 9 cm.

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96. (a) ∆d = 47 cm;


(b) Ed = 87, 3 J (50%);
(c) Ele volta a subir o plano inclinado.
5
97. (a) h1 = R;
2
2 h
(b) θ = arccos [ ( − 1)];
3 R
(c) Fica oscilando entre dois pontos, à direita e à esquerda do
eixo vertical, ao redor da base do loop. O ângulo com o eixo
h
vertical é α = arccos ( − 1).
R
98. (a) U (x) = −x3 + 6x2 − 9x + 4;
(b) Equilı́brio estável: x = 1 m
Equilı́brio instável: x = 3 m;
(c) O movimento tem inı́cio √ em x = 0 e a partı́cula pára em x = 3 m,
apresentando vmáx = 2 2 m/s em x = 1 m;
(d) 0 < ET ≤ 4 J.
99. (a) F⃗ (x, y) = (7 − 6xy)ı̂ − 3x2 ̂;
(b) ∆Ec = 4 J.
100. (a) Equilı́brio estável: x = 4, 0 m
Equilı́brio instável: x = 9, 0 m
Equilı́brio indiferente: x ≳ 10, 5 m
(b) 1. 0 ≤ x ≤ 8, 3 m e x ≥ 9, 7 m;
2. x = 8, 0 m Ô⇒ Ec = 1 J;
3. W = 4 J.

(c) vmı́n = 2 m/s e Ec = 4 J.
1 4
101. (a) U (x) = [x − 2x2 + 1] (J);
4
(b) Gráfico de U (x) × x na Figura 68.
(c) É possı́vel. Se ET = 0, 15 J, a partı́cula poderá ter movimento
oscilatório ou ao redor da posição x = 1 m ou ao redor da
posição x = −1 m. Se o movimento for ao redor de x = −1 m,
os pontos de retorno são xmı́n = −1, 33 m e xmáx = −0, 474 m. Se
ao redor de x = 1 m, os pontos de retorno são xmı́n = 0, 474 m
e xmáx = 1, 33 m. Para a região onde −0, 474 < x < 0, 474 m não é
possı́vel esta partı́cula ter energia total ET = 0, 15 J, pois isto
implicaria em uma energia cinética negativa.

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Fı́sica I - 4302111 - Noturno

U(x) (J)
y

2

1

-2 -1

1 2 x(m)

Figura 68: Gráfico de U(x) × x.

(d) ET = 1 J √
e o movimento é oscilatório, com pontos de retorno
em x = ± 3 m.
102. (a) W = 27, 2 eV;
(b) Ec = 13, 6 eV;
(c) E` = −13, 6 eV.

8.8 Sistemas de partı́culas: momento linear

103. (a) R⃗ CM = 16 ı̂ + 20 ̂ (m);


15 15
(b) R⃗ CM = 5 ı̂ + 3 ̂ + 1 k̂ (m);
6 6 6
(c) R⃗ CM = − 1 ı̂ (m).
4
104. (a) v⃗avião = V⃗CM = 75, 0 ı̂ + 12, 5 ̂ (m/s);
(b) P⃗ = (6 × 105 ) ı̂ + (1 × 105 ) ̂ (kg⋅m/s).
105. (a) Ec = 64, 0 J e V⃗CM = 3, 5 ı̂ (m/s);
(b) u⃗1 = 1, 5 ı̂ (m/s) e u⃗2 = −2, 5 ı̂ (m/s);
(c) Erel = 15, 0 J.

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(d) ECM = 49, 0 J.

106. (a) R⃗ CM (t) = [ 1 t2 + 3 ]ı̂ − [ 3 t2 − 15 ] ̂ (m);


4 2 16 8
(b) P⃗ = (8t) ı̂ − (6t) ̂ (kg⋅m/s).
107. (a) v⃗2 = 6, 0 ı̂ − 4, 0 ̂ (m/s);
(b) V⃗CM = 4, 0 ı̂ (m/s).

108. (a) x2 = 120 3 m;
(b) ∆E = +7200, 0 J.
109. (a) D = 4, 5 m;
(b) A energia mecânica não se conserva, pois a energia cinética
inicial é nula e a energia cinética final é diferente de zero,
sendo que a energia potencial não se altera. A energia cinética
final é igual a 9,45 J.
110. (a) v⃗ = +1, 88 ı̂ (m/s);
(b) v⃗c = +1, 50 ı̂ (m/s);
(c) v⃗c = +1, 13 ı̂ (m/s);
111. O remador não consegue alcançar a estaca. Faltam 20 cm.
112. (a) v⃗ = −3 ı̂ (m/s);
(b) ∆s = 64, 34 cm.

8.9 Sistema de partı́culas: colisões

113. H = 4 m.
114. (a) vbala ≈ 95 m/s.
(b) 98% da energia mecânica inicial se perde na colisão.
115. (a) h = 45, 0 cm (b) hmáx = 11, 5 cm.
116. (a) v1f = 3 m/s e v2f = 8 m/s.
(b) A energia transferida é de 32 J.
117. vf ≈ 61 km/h.
118. Solução na página 77
(a) θ1 = 14, 5○ ;

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Ecn
(b) α = 0, 4; (c) θ2 ≈ 37, 5○
Ec
1
119. v⃗CM = [25 ı̂ + 50 ̂ ] (m/s).
4
O carro foi arrastado em uma direção que faz um ângulo θ ≈ 63, 4○
com o eixo x, por uma distância de 19,53 m.

120. v1f = 5 3 m/s, v2f = 5 m/s e θ2 = 60○ .
121. (a) W = +4 J.
(b) vbola = −2, 4 m/s e vbloco = +1, 6 m/s.
(c) H = 28, 8 cm (d) ∆s = 80 cm.
122. (a) v⃗2f = 4ı̂ − 3 ̂ (m/s).
(b) Choque inelástico: ⇒ ∆Ec = +12 J.
123. (a) v⃗bloco = 2, 68 ı̂ (m/s).
(b) v⃗bala = 1432 ı̂ (m/s).

8.10 Corpos rı́gidos: cinemática e dinâmica

124. (a) Partı́culas nas posições x1 = ±0, 2 m ⇒ v1 = 0, 4 m/s.


Partı́culas nas posições x2 = ±0, 4 m ⇒ v2 = 0, 8 m/s.
(b) Energia cinética do sistema ⇒ Ec = 1, 12 J.
(c) Momento de inércia do sistema ⇒ I = 0, 56 kg⋅m2 .
125. (a) Iy = 2 m a2 e Ec = m a2 ω 2 .
(b) Iz = 2 m (a2 + b2 ) e Ec = (a2 + b2 ) m ω 2 .
126. (c) No cilindro vazado a massa M está distribuı́da em uma
distância média maior, em relação ao eixo.
1 1
127. Iz = M L2 e Iz ′ = M L2
12 3
128. (a) τ⃗ = −2, 4 k̂ (N⋅m);
200
(b) α⃗ (t) = − k̂ rad/s2 ;
3
(c) ω⃗ (3) = −200 k̂ (rad/s) e Ec = 720 J;
(d) ∆θ⃗0→3 = −300 k̂ (rad) e W = τ⃗ ⋅ ∆θ⃗ = 720 J.
129. (a) Ec = 13, 16 J.
⃗ = −7, 33 k̂ (rad/s2 ).
(b) α

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 105


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(c) τ⃗ = −0, 036 k̂ (N⋅m).


(d) W = −13, 16 J.
130. (a) T1 = 120, 3 N e T2 = 160, 0 N.
(b) I = 1, 25 kg⋅m2
⃗CM (t) = +0, 2 ı̂ (m/s2 );
131. (a) a
v⃗CM (t) = +0, 2 t ı̂ (m/s);
r⃗CM (t) = +0, 1 t2 ı̂ (m).
10
(b) α⃗ (t) = + k̂ (rad/s2 );
3
10
ω⃗ (t) = + t k̂ (rad/s);
3
⃗ = + 10 t2 k̂ (rad).
θ(t)
6
(c) O cilindro dará 6,63 voltas.
(d) Ec = 2550 J.
132. (a) m2 = 8 kg.
⃗ = 0, 84 k̂ (rad/s2 ), T1 = 347, 9 N
(b) α e T2 = 88, 1 N.
m2 g
133. (a) a = ;
m1 + m2 + M /2
m1 m2 g
T1 = e
m1 + m2 + M /2
m1 + M /2
T2 = m2 g [ ]
m1 + m2 + M /2
(b) τ = m2 g R, saindo ou entrando na página;
(c) L = (m1 + m2 + M /2) v R, na mesma direção e no mesmo sentido
do torque.
1/2
2 (m2 − m1 ) g h
134. (a) v = [ ] = 2, 76 (m/s) e
m1 + m2 + M /2
ω = 27, 6 rad/s.
(b) T1 = 238 N e T2 = 243 N.
(c) t = 1, 45 s.

8.11 Momento angular: conservação e aplicações

135. (a) O torque é nulo.

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(b) `⃗o = +m v R k̂ = m R2 ω k̂
⃗ = 420 kg⋅m2 /s e direção perpendicular ao chão.
136. (a) ∣L∣
(b) ∣⃗
ω ∣ = 7, 14 rad/s na mesma direção e sentido de L.
(c) Eca = Ecd = 1500 J (⇒ se conserva).
137. (a) δ` = 0, 60 m.
(b) ωf /ωi = 2, 04.
I1
138. (a) ωf = [ ] ω1
I1 + I2
I1
(b) A energia cinética do sistema diminui: Ef = [ ] Ei .
I1 + I2
2mv
139. (a) ω = ;
MR
Ef 2m
(b) = e a fração da energia cinética inicial perdida na
Ei M
2m
colisão é f = ( − 1)
M
140. t = 2, 2 s.

3g
141. ω = .
L
1/2
2 g h (m2 − m1 sin θ)
142. v = [ ]
m1 + m2 + M /2
Mg
143. (a) T = .
3
2
(b) a = g.
3
1/2
4
(c) v = [ g h] .
3
3 v2 M g sin θ
144. (a) h = R + . (b) Fat =
4g 3
145. (a) τ = 1, 93 × 10−2 N⋅m (b) Erot = 1, 2 J.
146. (a) θ ≈ 54○ .
1/2
10
(b) v = [ g (R + r)] .
17
10
147. (a) t = s.
21
Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 107
Fı́sica I - 4302111 - Noturno

(b) D = 2, 04 m.
5 v0
⃗0 =
148. (a) ω k̂ = 200 k̂ (rad/s).
3R
5 v0 5
(b) v⃗r = ı̂ = ı̂ = 0, 714ı̂ (m/s) e
21 7
5 R v0 1
ω⃗r = − k̂ = − k̂ = −0, 018 k̂ (rad/s)
21 56
19 133
(c) Eci = m v02 = = 3, 325 J
18 40
64 16
(d) Wat = − m v02 = − = −3, 200 J.
63 5

8.12 Corpo rı́gido em equilı́brio

149. (a) T = 55, 85 N.


(b) O vetor força na articulação é A⃗ = 52, 48 ı̂ + 100, 90 ̂ (N).
3g
(c) α = .
4L √
3g 3
(d) ω 2 = .
2L
150. (a) As intensidades das forças são:
ˆ Entre a parede e a tábua: N1 = 75 N;
ˆ Entre o chão e a tábua: N2 = 220 N e Fat = 75 N.
(b) r = 1, 175 > 1, ou seja, pode subir, sobre a escada, uma distância
de até D = 1, 175 L = 4, 7 m. Este resultado significa que o ma-
caco pode subir até o topo da escada que ela não deslizará.
(c) µmı́n
e = 0, 341 ⇒ r = 21 ⇒ o macaco não pode se mexer, senão a
escada escorrega.
µmáx
e = 0, 481 ⇒ r = 1 ⇒ o macaco pode subir exatamente até o
topo da escada, sem que ela escorregue.
151. (a) N1 = 4, 5 N e
(b) N2 = 7, 3 N.
(c) Fat = 3, 6 N.
152. N1 = 117 N e N2 = 333 N.

153. (a) T1 = 80 N, T2 = 160 N e o vetor força na articulação é A⃗ = 80 3ı̂ =
138, 6 ı̂ (N).

(b) F⃗B = −A⃗ = −80 3 ı̂ = −138, 6 ı̂ (N).

Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 108


Fı́sica I - 4302111 - Noturno

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Fı́sica I - 4302111 - Noturno

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Lucy V. C. Assali e Luı́s Gregório G. V. Dias da Silva 110

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