Recurso de Apelação 2
Recurso de Apelação 2
Recurso de Apelação 2
RECURSO DE APELAÇÃO
Requer que seja recebido o presente recurso no seu regular efeito devolutivo com a
concessão do efeito suspensivo, nos termos do art. 1.012 e seguintes do CPC.
Requer ainda que seja realizada a imediata intimação do recorrido para, querendo,
oferecer as contrarrazões e, ato contínuo, sejam os autos, com as razões anexas, remetidos ao
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para os fins aqui aduzidos.
DO PREPARO
O presente recurso preenche o requisito do preparo, já que suas custas exigidas por
lei foram devidamente pagas, conforme guias e comprovantes de pagamento em anexo.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Advogado
OAB/SP
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
RAZÕES DA APELAÇÃO
COLENDA DA CÂMARA,
A sentença de fls. ____, data vênia, não pode prosperar, merecendo a reforma,
porquanto desatenta ao mais adequado emprego da Justiça e do direito, aplicáveis à matéria,
o que prejudicou o apelante, pela ausência de satisfação de todo o seu direito, não restando
alternativa a não ser interpor o presente Recurso de Apelação, nos termos expostos a seguir.
1. SÍNTESE DO PROCESSO
2. DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO
Há adequação do presente recurso com a espécie de decisão proferida, visto que tem seu
cabimento delineado pelo art. 994, inciso I, e art. 1009, ambos do Código de Processo Civil.
Ademais, o presente recurso de apelação é tempestivo, visto que interposto dentro do prazo
de 15 dias determinado pelo artigo 1003, § 5º do CPC/15.
Conforme o art. 1003, caput, do CPC, a decisão que ora se recorre foi disponibilizada em
data de _________, de modo que considera-se que foi publicada no dia útil imediatamente seguinte.
Assim, em data de ________ iniciou-se o prazo para a interposição do recurso de apelação, de
modo que o 15º, último dia do prazo será em ________.
Portanto, resta demonstrada o cabimento e tempestividade do presente recurso.
No caso em tela, verificou-se que o Juízo a quo fixou seu entendimento em que a cláusula
contratual prevendo a retenção de 20% do valor pago pelo Apelado era abusiva.
Todavia, parece-me razoável a cobrança de um percentual para compensar os gastos com a
confecção e a execução do contrato realizado, o que aponta que não há qualquer nulidade na
referida cláusula.
Para o Superior Tribunal de Justiça, no caso de rescisão de contrato de compromisso de
compra e venda de imóvel ocorrida por culpa do consumidor, o padrão-base da retenção pela
construtora é 25% dos valores já pagos, vejamos:
Dessa forma, no presente caso não seria cabível a aplicação dos termos do artigo 51, inciso
II do Código de Defesa do consumidor, uma vez que será reembolsado 80% dos valores pagos ao
Apelado.
Diante do exposto, é cediço que não houve abusividade alguma na cláusula contratual que
prevê a retenção de 20% do valor pago pelo adquirente no momento da resolução do contrato de
aquisição de unidade imobiliária, em virtude da inadimplência do consumidor.
Por fim, considera-se que a possibilidade do direito do apelante posteriormente não ser
reconhecido é extremamente remota, presente os argumentos expostos, portanto, há probabilidade
de provimento recursal e perigo de dano.
Posto isto, resta evidente a necessidade da reforma da r. sentença, devendo a Ação
Originária ser julgada totalmente procedente.
4. DOS PEDIDOS
a) Que seja recebido o presente recurso em seus regulares efeitos devolutivo e suspensivo,
nos termos do art. 1.012 e seguintes do CPC.
b) A admissibilidade do presente recurso de Apelação, tendo em vista o preenchimento de
todos os requisitos recursais.
c) Que seja dado integral provimento ao recurso, reformando a sentença da ação originária
e reconhecendo a validade da cláusula contratual.
d) Por fim, requer, nos termos do art. 82, § 2º e do art. 85 do Código de Processo Civil, que
seja a parte apelada condenada ao pagamentos das custas e despesas processuais, bem
como nos honorários advocatícios.
Termos em que,
Pede deferimento.
Advogado
OAB/SP