Modelo de Apelação Civil
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Valdemir J. Henrique
Luiz Antonio A. Prado
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José Eduardo Coura Lustri
Ailton Batista Rocha
Daniel Vieira Paganelli
Sirlei Nobre Nascimento de Oliveira
Ana Paula de Jesus
Luiz Antonio A. Prado Junior
Daniela Lombardi Vieira
PROCESSO Nº 1081482-85.2016.8.26.0100
RECURSO DE APELAÇÃO
RECORRENTE: J. SANTORO COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA-ME
RECORRIDA: USI BRASIL LTDA
PROCESSO: 1081482-85.2016.8.26.0100
VARA: 20ª (VIGÉSIMA) VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA
COMARCA DA CAPITAL - ESTADO DE SÃO PAULO.
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Ínclitos Julgadores!
Merece a r. sentença de fls. ser reformada, por divergir das provas produzidas
nos autos, conforme se demonstra a seguir.
1 - DOS FATOS.
1.2 – Após o deferimento da tutela provisória para a sustação dos títulos, uma
vez intimada, a Apelada em sua contestação rebateu o pedido de cancelamento,
alegando que: não houve erro, uma vez que o diagnóstico foi prestado
devidamente, sob o argumento de que a sugestão dada pelo técnico, fora apenas
questão de segurança. Assim, como o técnico foi até o local, não há porque
ensejar o cancelamento dos títulos, tampouco reparação por danos morais.
2 – DA SENTENÇA.
2.2 – Com efeito, com a devida vênia, o Juízo a quo apenas disse: “com relação
ao programador (peça), até houve orientação por parte do preposto da Apelada
para a sua troca. Todavia, não foi possível demonstrar nos autos que o preposto
(prestador do serviço) tenha indicado/diagnosticado como problema técnico a
peça – PROGRAMADOR” (a qual posteriormente foi trocada).
2.3 - Além disso, que uma vez prestados efetivamente os serviços técnicos pela
Recorrida os valores cobrados seriam devidos, e que, apesar da Recorrente
alegar que o reparo técnico correto somente teria se realizado por meio de
terceiros, tais fatos não foram demonstrados.
2.4 - Contudo, tal decisão não pode prevalecer, por não ter efetuado a melhor
apreciação a respeito dos documentos juntados nos autos, conforme se
demonstrará a seguir.
3.3 - A prova desse fato reside no próprio documento juntado pela Recorrida
(Ordem de Serviço 1441 fls. 103), o qual demonstrou que o técnico
diagnosticou “SIM” o problema como sendo o PROGRAMADOR, diferentemente
do que afirmou o Magistrado de origem, confira-se:
3.4 – Como pode ser verificado, não obstante o Nobre Magistrado a quo entender
que não houve indicação por parte do preposto da Recorrida quanto ao
apontamento do programador como sendo de fato o defeito, é certo que conforme
documento acima exposto, o diagnóstico técnico para o problema apresentado
pelo CLIENTE foi sim a substituição da peça PROGRAMADOR. O que mais tarde
verificou-se, por meio de outro profissional, que não era esse o problema.
3.6 - Ora ilustres julgadores, os valores cobrados não são proporcionais aos
serviços acessórios prestados, pois tratam-se de tarefas irrelevantes. Se fosse
para obter esse tipo de incumbência, esta Apelante nem teria contratado seus
serviços. Até porquê, o chamado se fez para reparo, e não limpeza do
equipamento.
4.3 – Ocorre que, mesmo com a encomenda desse programador, no final de abril
de 2016, a Apelada não veio a instalá-lo na sede da Apelante, alegando falta
de tempo. A prova disso reside na conversa de whatsapp juntada às fls 153 dos
autos, entre a sócia da Recorrente (sra MARLENE SANTORO) com o técnico da
Recorrida (sr VICENTE). Nessa conversa, o sr VICENTE ignora os apelos da
Recorrente para a instalação, afirmando que apenas poderia voltar em meados
de maio de 2016. Ou seja, aqui se configura a exceção do contrato não
cumprido, vez que foi realizada a compra do componente conforme orientação
técnica, mas, por falta de agenda, a Recorrente não pôde acionar os serviços
da Recorrida, que dispunha de datas superiores a quinze dias para tanto.
4.7 – Desta forma, a empresa ARTEC efetuou a troca do cabo, conforme as notas
de serviço anexas, às fls 155, 156 e 157 dos autos.
4.9 - Assim, DESCABE À APELADA COBRAR POR UMA VISITA TÉCNICA QUE
NÃO GEROU A SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA. Em suma, esta sofreu os
seguintes prejuízos:
- por primeiro, a Apelante solicitou da Apelada a visita de um técnico, o qual não
conseguiu diagnosticar o efetivo problema da máquina adquirida pela autora,
tendo apontado um diagnóstico errôneo,
- por segundo, a máquina da Apelante somente foi reparada mediante a troca da
peça, efetuada por uma terceira empresa,
- por terceiro, a Apelante foi obrigada pelo preposto da Apelada a gastar com um
novo programador do queimador, porém, de forma desnecessária, já que o
problema estava em outra peça.
4.10 - Assim, apela-se, para que esse Egrégio Tribunal reforme o entendimento
de que houve falta de provas pela Recorrente acerca da inoperância do serviço
prestado pela ré, se existe prova documental indicativa de que o reparo somente
se fez efetuado por outra empresa, sem que a Apelada ou seu preposto efetuasse
tais reparos de forma satisfatória. Assi m, estes ilustres julgadores efetuem um
juízo valorativo acerca das provas apresentadas.
5. DO DANO MORAL.
Como orienta a Súmula 227 do STJ, no que tange aos protestos feitos de forma
indevida, se por um lado a pessoa física experimenta a dor pelo sentimento, a
pessoa jurídica tem sua reputação abalada, o que causa constrangimento e
prejuízo. Assim, justifica-se a condenação a título de danos morais.
6. REQUERIMENTO.