Teorico 4
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Material Teórico
Anatomia e morfologia das flores
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Anatomia e morfologia das flores
“Se você quer ser bem-sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor de si“
(Ayrton Senna).
Nesta Unidade daremos início aos estudos da anatomia e morfologia das flores. Adiante,
estudaremos as diferentes características de suas estruturas e funções.
Para que você obtenha uma melhor aprendizagem e memorização do assunto apresentado,
leia com atenção o conteúdo desta Unidade e os materiais complementares, como referências
bibliográficas e vídeos.
Recomendamos a pesquisa de mais fontes que, certamente, contribuirão para sua formação,
melhor desempenho e maior aprendizado.
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Unidade: Anatomia e morfologia das flores
Contextualização
Para entender de que forma as flores se organizam, sua estrutura e função precisam também
ser compreendidas, assim como seus tipos. Assim, o conhecimento da anatomia e morfologia
das flores, bem como de seus diferentes tipos são imprescindíveis para entender a classificação
das plantas, tornando ainda mais importante o bom aproveitamento desta Disciplina.
Como você já deve ter observado, as plantas possuem diferentes tipos e padrões de flores
e, com isso, distintas formas de reprodução. Além disso, sua diversidade se aplica nos estudos
de classificação das angiospermas e seus diferentes padrões de polinização também são de
extrema importância, uma vez que sua morfologia está intimamente conectada ao seu tipo de
reprodução e polinização.
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Estrutura das flores
As flores são os órgãos reprodutivos das plantas. Alguns botânicos, provavelmente a maioria,
consideram a flor como um ramo modificado e suas partes componentes homólogas às folhas.
Assim como a parte vegetativa, a flor é formada por um eixo e seus apêndices laterais.
Esses são denominados partes florais, ou órgãos florais. São divididos nas flores entre os
órgãos estéreis e os órgãos reprodutivos. A ordem em que esses órgãos, ou partes florais,
estão dispostos no eixo das flores e a relação entre essas partes é extremamente variável e isso
é utilizado no contexto da classificação e estudo taxonômico e filogenético nas plantas.
A parte vegetativa da planta, que é conhecida por não cessar seu crescimento, é o oposto
que ocorre com as flores, uma vez que essas apresentam crescimento determinado, pois seu
meristema apical cessa a sua atividade logo após a produção de todas as estruturas florais.
Abordando um pouco sobre as estruturas foliares, daremos início à morfologia das flores.
Muitas flores possuem duas séries de apêndices estéreis conhecidos por sépalas e pétalas. Esses
são parecidos internamente com as folhas, uma vez que são formados por parênquima fundamental,
sistema vascular e epiderme. De uma forma geral, as sépalas são verdes e as pétalas coloridas, no
entanto, pode ocorrer de ambas as estruturas possuírem a mesma coloração.
As sépalas originam-se abaixo das pétalas. O conjunto de sépalas é conhecido como cálice,
enquanto o conjunto das pétalas é denominado corola e esses dois, quando ligados, são
denominados perianto. Essa porção vegetativa da flor está fixada junto ao receptáculo abaixo
das partes florais férteis, que são os estames e carpelos.
Os estames, que coletivamente são conhecidos por androceus – casa de homem – são
microsporófilos e na grande maioria das angiospermas são constituídos por uma haste,
ou filete, que será responsável pela sustentação da antera bilobada que contém os quatro
microsporângios, ou sacos polínicos. O filete é simples estruturalmente, possuindo parênquima
envolvendo seu feixe vascular e apresentando epiderme cutinizada. Além disso, pode apresentar
tricomas e estômatos em sua epiderme.
Lembre-se que o carpelo geralmente é interpretado como uma estrutura foliar. Em muitas flores,
trata-se de uma estrutura mais ou menos alongada, de modo que o estilete conecta o estigma ao
ovário. Em sua constituição, o estigma possui um tecido glandular secretor de substâncias que cria
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Unidade: Anatomia e morfologia das flores
um meio propício para o desenvolvimento e germinação dos grãos polínicos. A epiderme do estigma
possui conformação alongada, formando papilas, pelos curtos, ou alongados e ramificados. O tecido
do estigma está ligado à cavidade do ovário por um tecido similar, chamado de tecido estigmatoide,
através do qual desenvolvem-se os tubos polínicos.
Figura 1 – Esquema representando as estruturas florais.
Fonte: cienciasnamosca2.wordpress.com
Fonte: ebah.com.br
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Figura 3 – Tipos de placentação. A parte do ovário da qual os óvulos se originam
e onde permanecem conectados é denominada
placenta. A forma como estão organizadas as
placentas – placentação – e, por sua vez, os óvulos
varia entre os grupos de plantas com flores. Existe
a placentação parietal, na qual os óvulos estão
fixados na parede do ovário ou em extensões dessas;
existe o tipo axial de placentação, no qual os óvulos
são fixados em uma coluna central de tecido do
próprio ovário, com tantos lóculos quantos forem
os carpelos; existe também a placentação central-
livre, cujos óvulos estão fixos em um eixo central de
tecido que não está conectado às paredes do ovário
por suas divisões; por fim, existe ainda o tipo de
placentação basal, no qual há um único óvulo fixo na
Fonte: – www.pt.slideshare.net
base do ovário unilocular.
Abordando um pouco sobre a estrutura floral, sabemos que existem muitos e diferentes
tipos de organização na tipologia das plantas. As flores que possuem estames e carpelos
são conhecidas como perfeitas. Caso os estames e carpelos estejam ausentes, essas são
conhecidas como imperfeitas. Além disso, quando ambos estão presentes na mesma planta,
essa é conhecida por monoica – do grego monos, um e oecos, casa – como, por exemplo,
o milho. Caso as estruturas reprodutivas estejam presentes – estames e carpelos – em
indivíduos diferentes, essa espécie é denominada dioica – duas casas – como, por exemplo,
o pé de maconha – Cannabis sativa.
Ainda com relação aos verticilos florais, quando todos estão presentes nas flores – sépalas,
pétalas, estames ou carpelos –, essas são denominadas completas, ao passo que quando um
desses verticilos está ausente, tais flores são denominadas incompletas.
Além dessas classificações há outras como, por exemplo, o nível de inserção das sépalas,
pétalas e estames no eixo floral, podendo variar com relação ao nível do ovário, ou dos
ovários. Caso os verticilos florais – sépalas, pétalas e estames – estiverem fixados ao
receptáculo abaixo do ovário, o ovário é dito súpero e a flor é chamada de hipógina.
Contudo, caso os verticilos florais – sépalas, pétalas e estames – estiverem na porção
superior do ovário, esse é considerado ínfero e as flores são denominadas epíginas. Em
alguns casos, quando as flores com ovário súpero, as pétalas, as sépalas e os estames
estão fundidos entre si, formando uma extensão cupuliforme do receptáculo denominada
hipanto, essas flores são denominadas períginas, pois os verticilos florais parecem emergir da
margem do hipanto.
Figura 4 – Esquema dos tipos de classificação dos verticilos florais em relação à posição dos ovários.
Fonte: www.bio.miami.edu.
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Abordando um pouco sobre a simetria das estruturas florais, sabemos que em algumas flores
a corola – quando apresenta pétalas do mesmo tamanho, disposição e partindo do mesmo
ponto – é conhecida por simetria radial. Essas flores são ditas regulares ou actinomorfas. Em
outros tipos, quando uma ou mais partes dos verticilos florais são diferentes entre si, essas
flores possuem simetria bilateral, denominadas, então, irregulares ou zigomorfas.
Figura 5 – Esquema representando os tipos de classificação com relação à simetria das flores.
Fonte: universitario.com.br
Quanto ao pedúnculo:
Pedunculada quando possui o pedúnculo, que é a estrutura sobre a qual nascerá a flor
Fonte: ebah.com.br
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Quanto ao receptáculo:
Acíclica quando possui um eixo espiral na disposição dos verticilos florais
Figura 7 – Esquema representando a disposição dos verticilos florais: a) tipo acíclico; e b) tipo cíclico.
Fonte: urg.es
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Fonte: elbauldelaculturaleonesa.eu5.org
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Quanto ao tipo de corola:
Tubulosa Em forma de cilindro
Figura 12 – Esquema representando a disposição dos verticilos florais: a) tipo acíclico; e b) tipo cíclico.
Fonte: ebah.com.br
Fonte: universitario.com.br 13
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Figura14 – Esquema representando as flores quanto ao número de estames em relação ao número de pétalas.
Fonte: www.actaplantarum.org
Figura15 – Esquema representando as flores quanto ao número de estames em relação ao número de pétalas.
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Figura15 – Esquema representando as flores quanto ao número de estames em relação ao número de pétalas.
Linear em linhas
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Quanto a ramificação:
Ramificado Não remificação
Quanto à forma:
Apical Ginobásico Lateral
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Quanto à fusão dos carpelos:
Apocarpo Apresenta os carpelos livres
Quanto à placentação:
A placenta se dispôe ao longo do eixo central em ovário composto e que
Axilar possui septos
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Figura 24 – Esquema representando os tipos de inflorescência.
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Material Complementar
Vídeos:
REPRODUCTIVE cycle of flower plants / the amazing lives of plants. 10 jun. 2013. Disponível em:
https://youtu.be/0UEpq1W9C_E
SAIBA qual a importância das flores no ambiente de trabalho. 21 dez. 2009. Disponível em:
https://youtu.be/PUYH3hO_4O8
Livros:
FERRI, M. G. Botânica: morfologia externa das plantas (organografia). 15. ed. São Paulo: Nobel, 1987.
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia das células. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
Sites:
Leituras:
CASTRO, A. S.; CAVALCANTE, A. Flores da caatinga. Campina Grande, PB:
Instituto Nacional do Seminárido, 2011. Disponível em:
http://www.insa.gov.br/~webdir/salomao/livros/flores.pdf
ALMEIDA, D. de et al. Plantas visitadas por abelhas e polinização. Piracicaba, SP: Esalq,
2003. (Série Produtor Rural). Disponível em: http://goo.gl/wbwKc3
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Referências
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia das células. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
FERRI, M. G. Botânica: morfologia externa das plantas (organografia). 15. ed. São Paulo:
Nobel, 1987.
RAVEN, H. P.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biology of plants. 6. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2001.
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Anotações
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