TJ-SP APL 00069033520118260400 Bfcee

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

Registro: 2015.0000228345

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº


0006903-35.2011.8.26.0400, da Comarca de Olímpia, em que é apelante JOÃO CARLOS
BRUNO, é apelado JOÃO ANTONIO PESARELI.

ACORDAM, em 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de


São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Deram provimento em parte ao recurso. V. U.", de
conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores LUIZ


ANTONIO DE GODOY (Presidente) e RUI CASCALDI.

São Paulo, 7 de abril de 2015

CLAUDIO GODOY
RELATOR
Assinatura Eletrônica
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PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

APELAÇÃO CÍVEL
Processo n. 0006903-35.2011.8.26.0400
Comarca: Olímpia
Apelante: JOÃO CARLOS BRUNO
Apelado: JOÃO ANTONIO PESARELI
Juiz: Dr. Lucas Figueiredo Alves da Silva
Voto n. 9.861

Sociedade limitada. Procuração outorgada pela


sociedade, presentada por um único sócio. Amplos poderes
conferidos para administração social. Atuação do procurador
como administrador-delegado, em funções primordiais para o
desempenho das atividades sociais. Desrespeito ao art. 1.018
do CC. Reconhecimento da invalidade da procuração que é de
rigor. Sentença revista neste ponto.

Sociedade limitada. Destituição de sócio


administrador nomeado no contrato social. Quadro societário
composto por dois sócios, com igual participação no capital
social. Impossibilidade de alcance do quórum do art. 1.063, §
2º, do CC. Previsão às sociedades simples, do art. 1.019,
parágrafo único, do CC, que exige justa causa, no caso
inexistente. Improcedência. Sentença mantida nesta parte.
Recurso parcialmente provido.

Cuida-se de recurso interposto contra


sentença (fls. 174/183 e 192/193) que apreciou em conjunto e julgou
improcedentes duas demandas, uma tendente a reconhecer a invalidade de
outorga pública de poderes realizada pelo sócio administrador da sociedade
limitada Uniflavors Ingredientes Alimentícios a terceiro estranho ao quadro
social e outra voltada a remover o administrador desta sociedade,
substituindo um sócio pelo outro, tudo ao argumento de que inexistente
vedação do contrato social a outorga de procuração a terceiros, destinada ao
exercício da administração da sociedade por prazo de até um ano ao que se

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determinou se limitasse a procuração, com determinação ao Tabelião e de


que não comprovadas irregularidades na gestão da sociedade pelo réu.

Sustenta o vencido, em sua irresignação, que


o réu contratou vultosos empréstimos bancários em nome da sociedade sem a
necessária aquiescência de todos os sócios, na forma do contrato social; que
outorgou procuração pública a terceiro, estranho ao quadro social, o que era
vedado pelo contrato social; que não presta contas de sua administração
desde fevereiro de 2009; e que a sociedade apresenta grave quadro deficitário
e vem deixando de recolher tributos sob a administração do réu, tudo o que
justifica a sua imediata remoção da administração social. Assevera, ainda,
que, ao contrário do que considerado pela sentença, a alteração da cláusula
sétima do contrato social proibiu a contratação de empréstimos bancários
isoladamente por um dos sócios e a cláusula quinta já vedava a cessão de
quotas sociais sem o consentimento do outro sócio, poderes estes atribuídos
ao mandatário através da procuração pública, que por isso é nula; e que, tal
como reconhecido pela sentença, não se limitou o prazo da procuração a um
ano, como exigido pelo contrato social, o que leva à invalidação do
instrumento.

Recurso regularmente processado e


respondido.

É o relatório.

A sociedade limitada Uniflavor Ingredientes


Alimentícios tem como sócios, desde fevereiro de 2009 (fls. 22/26), com
igual participação no capital social, João Antonio Pesareli e João Carlos
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Bruno, cabendo a ambos, isoladamente, como regra, a administração social.

O sócio autor, João Carlos Bruno, ajuizou


uma primeira demanda, a fim de invalidar o ato de outorga de poderes,
dizendo que desrespeitada a cláusula 5ª e o parágrafo 1º da cláusula 7ª do
contrato social, bem como os preceitos dos artigos 1.002 e 1.018 do Código
Civil.

Em seguida, no mesmo dia, ajuizou a


segunda demanda, tendente a afastar o sócio réu da administração social e ser
judicialmente investido no cargo, aduzindo que obtidos vultosos mútuos
bancários em nome da sociedade sem seu necessário consentimento, na
forma do contrato social; que constituído mandatário da sociedade em
negócio inválido, pelos motivos expostos na primeira demanda; que o sócio
réu não vem prestando contas de sua administração, o que o levou a ajuizar
demanda própria; e que irregular a administração da sociedade, deixando de
recolher tributos e verbas trabalhistas e levando a empresa à falência.

Pois bem. Como se vê da certidão copiada a


fls. 31/33, a sociedade, presentada por seu sócio João Antonio Pesareli,
outorgou procuração pública a Vanderlei Aparecido Marcussi com amplos
poderes, entre eles o de “gerir e administrar a empresa outorgante”, de
“fazer alteração contratual, vender, ceder ou transferir quotas” e de “em
qualquer estabelecimento bancário, instituição financeira ou de crédito em
geral, abrir, movimentar e encerrar qualquer tipo de conta, podendo dito
procurador para esse fim, requerer e assinar o que for preciso, depositar,
emitir, fazer cadastramento e recadastramento, endossar, assinar e avalizar
cheques, notas promissórias, títulos, letras de cambio e duplicatas; (...)
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assinar propostas ou contratos de abertura de créditos ou de contas de


depósitos, ajustas as cláusulas e condições de empréstimos a contratar,
combinar juros, comissões, prazos, formas de pagamento, prorrogações de
prazos e elevações ou reduções de créditos”.

Realmente não havia vício decorrente da


previsão constante da cláusula quinta do contrato social, a dispor que “as
cotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou transferidas terceiros
sem o consentimento do outro sócio a quem fica assegurado, em igualdade
de condições e preço, o direito de preferência para sua aquisição se postas à
venda, formalizando, se realizada a cessão delas a alteração contratual
pertinente” (fls. 28), assim estatuindo tão somente sobre a cessão de
participação societária feita pelos sócios e o ingresso de terceiros na
sociedade, nada do que seja pertinente a poderes que pudessem ser
outorgados pela sociedade.

De mais a mais, a previsão não impede que a


cessão se faça por meio de mandatário, mas apenas condiciona a eficácia do
negócio ao cumprimento de suas disposições.

Na mesma esteira é a previsão do artigo


1.002 do Código Civil, invocado pelo recorrente, proibindo, senão a
transferência do exercício das prerrogativas próprias, a não ser que se cuide
de ato pontual, decorrente de sua condição, ao menos que o sócio que preste
serviços à sociedade (v. Alfredo de Assis Gonçalves Neto, Direito de
empresa, 4ª ed., RT, 2012, comentário ao art. 1.002, p. 209-210) ou,
conforme a interpretação que se dê ao preceito, abrangendo também a cessão
ainda que informal da participação societária ou de direitos dela decorrentes
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(cf. Marcelo Fortes Barbosa, CC comentado, Coord.: Min. Cezar Peluso,


Manole, 8ª ed., 2014, comentário ao art. 1.002, p. 945), tudo na esteira do
que preveem os artigos 1.074, 1º, do CC e art. 126, 1º, da Lei 6.404/76, tudo
a não ser que com o consentimento dos demais sócios. A ideia é a de
preservar espaços próprios dos sócios, sem a intromissão de terceiros nos
negócios sociais.

Dito de outro modo, a proibição legal se


dirige à transmissão de poderes e cessões que o sócio realize, em nome
próprio. Mas o que não diz respeito à hipótese vertente, de constituição de
mandatário pela sociedade. Sucede que aí já a questão diz com a indevida
transferência de funções de gestão.

Com efeito, e respeitada a convicção do I.


Juiz de origem, entende-se que conferida ao procurador interferência
definitiva nas relações da sociedade, a ele atribuída ampla gestão da vida
financeira da pessoa jurídica, ponto essencial para seu regular
funcionamento, havendo real e indevida delegação das funções
administrativas.

Sabido que a constituição da sociedade


limitada está intrinsecamente relacionada às qualidades particulares de cada
sócio, o que também se vislumbra na atribuição do cargo de administrador,
sendo descabido que as funções de sócio sejam repassadas a terceiro estranho
ao quadro social, frise-se, sem consentimento dos demais sócios.

Em diversos termos, é defeso à sociedade ou


a seu administrador outorgar poderes genéricos, a que o mandatário exerça,
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em última análise, a administração social, conforme o preceito do artigo


1.018 do CC.

Na lição de Marcelo Fortes Barbosa “é


proibida a criação de 'administradores-delegados' ou 'administradores de
segundo grau'. Isso não quer dizer que os administradores sejam obrigados
a atuar sempre pessoalmente, por si mesmos. A lei faculta-lhes a
constituição de mandatários, incumbidos de atuar em nome e por conta da
sociedade (pessoa jurídica), que os auxiliem a desincumbiu todos os seus
devedores da maneira mais eficiente possível. Os mandatários,
evidentemente, não poderão ostentar poderes superiores aos dos próprios
administradores e exige-se, também, que sua atuação seja fundada sempre
em poderes especiais de representação. Resta imprescindível a elaboração
de instrumento particular ou público de procuração, em que deverá
permanecer especificado, com os pormenores suficientes, o âmbito dos atos
e operações em que a representação se operará validamente” (CC
comentado, Coord.: Min. Cezar Peluso, Manole, 8ª ed., 2014, comentário
ao art. 1.018, p. 955).

Colhem-se, ainda, as lições no sentido de que


“os procuradores continuam podendo ser constituídos por qualquer
sociedade, desde que sejam especificados no instrumento os atos e
operações que poderão praticar (art. 1.018)” (José Edwaldo Tavares
Borba, Direito societário, 13ª ed., Renovar, 2012, p. 137) e de que “a
norma veda a outorga de poderes gerais, exigindo que sejam especificados
na procuração os atos e operações que o mandatário poderá praticar.
Poderes lacônicos, vagos ou excessivamente amplos, como o de administrar
a sociedade, de praticar todos os atos que julgar convenientes para o
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desenvolvimento das atividades sociais estão proibidos” (Alfredo de Assis


Gonçalves Neto, Direito de empresa, 4ª ed., RT, 2012, comentário ao art.
1.018, p. 250).

E ainda se quisesse tê-la por norma


dispositiva, no caso concreto não há previsão do contrato social ou mesmo
deliberação dos sócios que autorize a constituição de mandatário para que
administre a sociedade, o que nem bem alegou o sócio réu.

De um lado, a disposição considerada pela


sentença constava do contrato social (fls. 16/21) até o ingresso das partes na
sociedade (fls. 22/29), deste então não havendo mais qualquer menção à
constituição de mandatários a despeito do exaustivo tratamento da matéria na
cláusula sétima da última consolidação do contrato social (fls. 28).

Aliás, a própria redação de uma consolidação


do contrato social já se contrapõe à previsão da cláusula 13ª (“Ficam
vigorado todas as demais cláusulas e condições do primitivo contrato social
e posteriores alterações as quais não foram aqui modificadas ou alteradas
pelo presente instrumento de alteração de contrato social” fls. 29), mas
que, de qualquer modo, não se aplica se a matéria foi inteira e diversamente
disciplinada.

De outro, ainda assim não fosse, dispunha-se


ser “facultado as administradoras, nomear procuradores, para um período
pré-determinado, nunca excedente a um ano, devendo o instrumento de
procuração especificar os atos a serem praticados pelos procuradores ou
procurador” (cláusula 9ª, parágrafo único fls. 13 e 19, g.n.), exigindo-se a
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especificação dos poderes, cuja ausência no caso é a causa de invalidação do


ato.

Com efeito, como já se adiantou, a


procuração pública traz amplos e inespecíficos poderes de administração,
enumerando exemplificativamente diversos atos sociais e diversos entes
públicos e privados perante os quais eles poderiam ser realizados,
transmitindo expressamente poderes para “gerir e administrar a empresa”,
pelo que o reconhecimento da nulidade se impõe.

Ademais, e ainda que circunscrito a parte dos


poderes para representação da sociedade perante instituições financeiras, se o
contrato social dispõe expressamente ser “proibido aos administradores,
isoladamente, fazerem quaisquer tipos de empréstimos bancários ou
financiamentos junto a quaisquer instituições financeiras, sendo necessária
à assinatura de ambos os sócios, ficando permitido somente aos
administradores fazerem, isoladamente, antecipações de recebíveis tais
como desconto de títulos e descontos de duplicatas”, também não poderia o
sócio réu, sozinho, presentar a sociedade para constituir mandatário com
poderes para contratar empréstimos bancários.

Destarte, é mesmo de rigor a invalidação


perseguida, pelo que se revê a sentença para julgar procedente o pedido
formulado no processo nº 0006903-35.2011.8.26.0400.

No mais, isto é, no que concerne ao pedido


formulado no processo nº 0006905-05.2011.8.26.0400, o recurso, a rigor,
sequer comportava conhecimento, reproduzida literalmente a petição inicial.
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Sabido que o apelo deve se voltar


especificamente contra as razões da sentença recorrida. Deve atacar seus
fundamentos.

Na lição de Araken de Assis, a respeito dos


requisitos ao atendimento do que considera ser o princípio da dialeticidade,
“é preciso que haja simetria entre o decidido e o alegado no recurso. Em
outras palavras, a motivação deve ser, a um só tempo, específica, pertinente
e atual.” (Manual dos Recursos, 3ª ed., RT, p. 103).

E nem se furta a observar que, mesmo por


imposição do preceito do artigo 514, inciso II, do CPC, a apelação deve
conter as razões do inconformismo, deste modo atacando, específica e
justificadamente, os fundamentos da sentença recorrida, com o que não se
compadece a mera reprodução da tese antes desenvolvida, na inicial ou na
contestação. Apelo assim apresentado, portanto, nem mesmo suscitaria
conhecimento (STJ, Resp. n. 359.080, j. 11.12.2001; Resp. n. 553.242, j.
09.12.2003; RSTJ 54/192; JTJ 335/40 e 354/262).

Seja como for, e o que supera a questão


prejudicial, não se entende que a sentença, nesta parte, esteja a merecer
reparo, ausente causa bastante a que se removesse o sócio réu da
administração conjunta da sociedade.

Certo que, em tese, os sócios podem


deliberar a destituição, ad nutum, do administrador da sociedade limitada,
mediante deliberação de dois terços do capital social se se tratar de sócio

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administrador constituído no contrato social (art. 1.063, § 1º, do CC).

Como acentua Raquel Sztajn, sob pena de se


estabelecer real vitaliciedade ou perpetuidade do administrador, este quórum
deve observar o saldo do capital social, excluída a participação do sócio
administrador que se quer afastar (CC Comentado. Coord.: Álvaro Villaça
Azevedo. Atlas, 2008. v. XI. p. 463). Afinal, a não ser assim e possível que
nunca se consiga atingir o quórum qualificado conforme seja a força da
participação do sócio administrador no capital social.

Mesmo assim, o impasse persistiria para a


escolha do substituto se o administrador vier nomeado no contrato social ou
se nem mesmo a maioria simples puder ser alcançada sem a participação do
administrador destituído, por exemplo, em sociedades compostas por dois
sócios com igual participação no capital social, como no caso.

Neste contexto, além de recurso ao instituto


do abuso no direito de voto ou no poder de controle societário, poder-se-ia
cogitar da destituição judicial do administrador se houver justa causa, a
exemplo do que se dá no regime geral das sociedades simples (art. 1.019,
parágrafo único, do CC), mas o que inexiste no caso concreto.

A rigor, não se controverteu a alegação


defensiva de que o contrato bancário firmado sem a anuência do sócio autor
se limitou à antecipação de créditos da sociedade, cujos títulos foram dados
em garantia, assim expressamente autorizada a atuação individual do sócio,
nos termos da cláusula sétima, parágrafo primeiro (fls. 28).

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Depois, se não se cogitou de qualquer desvio


de recursos, má-gestão ou incapacidade técnica do réu ao exercício da
administração, insuficiente a indicar o descumprimento dos deveres afetos ao
administrador a situação deficitária da empresa ou mesmo o atraso no
recolhimento de tributos e pagamento de funcionários e fornecedores, o que,
segundo consta, conforme os elementos probatórios trazidos, não é
sistemático, mas contingencial.

Ademais, o só fato de presentar a sociedade


na outorga da procuração que ora se reconhece nula não é suficiente a
caracterizar justa causa, pois não se cogitou de que com isso se tenha
buscado qualquer objetivo escuso, também não comprovado e sequer
indicado qualquer ato do mandatário que pudesse prejudicar a sociedade.

Enfim, só restava mesmo a improcedência do


pedido de destituição.

Em razão da sucumbência recíproca, ficam


repartidas as custas e compensados os honorários.

Ante o exposto, DÁ-SE PARCIAL


PROVIMENTO ao recurso, nos moldes acima declinados.

CLAUDIO GODOY
relator

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