Prof Ling Portuguesa

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE


COSEAC–COORDENAÇÃO DE SELEÇÃO ACADÊMICA
FUNDAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE
NITERÓI

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGOS E FORMAÇÃO DE CADASTRO


RESERVA DA FUNDAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NITERÓI

EDITAL NO 02/2016

NÍVEL: Superior
Cargo: Professor II − Língua Portuguesa
TURNO: Manhã

CADERNO DE QUESTÕES
Instruções ao candidato – parte integrante do Edital – subitem 13.4

1 Ao receber este Caderno de Questões, confira se o cargo indicado é aquele para o qual você
está concorrendo. Verifique se constam deste Caderno, de forma legível, cinquenta questões de
múltipla escolha. Caso contrário, notifique imediatamente ao fiscal.
2 Além deste Caderno de Questões, você deverá ter recebido a Folha de Respostas.
3 Verifique se seus dados conferem com os que aparecem na Folha de Respostas. Em caso
afirmativo, assine-a e leia atentamente as instruções para seu preenchimento. Caso contrário,
notifique imediatamente ao fiscal.
4 Sob pena de eliminação do concurso, não é permitido que faça uso de instrumentos auxiliares
para cálculos ou desenhos, ou que porte qualquer dispositivo eletrônico que sirva de consulta ou
comunicação.
5 Você vai verificar que cada questão de múltipla escolha apresenta cinco opções de respostas,
sendo apenas uma correta. Na Folha de Respostas, para cada questão, assinale apenas uma
opção, pois será atribuída pontuação zero à questão da prova que contiver mais de uma ou
nenhuma resposta assinalada, emenda ou rasura.
6 O tempo disponível para você fazer esta prova, incluindo o preenchimento da Folha de
Respostas, é de quatro horas.
7 Colabore com o fiscal, na coleta da impressão digital.
8 Use caneta esferográfica de corpo transparente e de ponta média com tinta azul ou preta para
preencher a Folha de Respostas.
9 Reserve um tempo que seja suficiente para preencher a Folha de Respostas.
10 Terminando a prova, entregue ao fiscal o Caderno de Questões e a Folha de Respostas
assinada. A não entrega da Folha de Respostas implicará na sua eliminação no Concurso.
11 Você poderá levar seu Caderno de Questões, ao terminar a prova, quando faltar no máximo uma
hora para o término da mesma e desde que permaneça em sala até esse momento.

Após o aviso para o início da prova, você deverá permanecer no local


de realização da mesma por, no mínimo, sessenta minutos.

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Parte I: Conhecimentos Específicos inteiramente diferente da temporalidade utilitária em


que passamos a maior parte das nossas vidas.
Após a leitura dos textos, responda às questões (CÍCERO, Antônio. In: antoniocicero. Hogspot.com.br/
que se seguem. 2008_09_01archive.html (adaptado de uma entrevista).

Texto 1 01 A argumentação desenvolvida no texto está


orientada no sentido de conduzir o leitor a concluir
1 No Brasil de hoje, talvez no mundo, parece que:
haver um duplo fenômeno de proliferação dos
poetas e de diminuição da circulação da poesia (por (A) a preguiça de ler poesia no Brasil atual e no
exemplo, no debate público e no mercado). Uma mundo é grande, uma vez que seu consumo
das possíveis explicações para isso é a resistência exige muito esforço pessoal.
que a poesia tem de se tornar um produto mercantil, (B) os bons poemas são hoje raridades
ou seja, de se tornar objeto da cultura de massas. anacrônicas porque sua fruição é
Ao mesmo tempo, numa sociedade de consumo e incompatível com o utilitarismo imediatista do
laica, parece não haver mais uma função social nosso tempo.
para o poeta, substituído por outros personagens. A (C) a poesia sempre foi e será uma arte
poesia, compreendida como a arte de criar poemas, destinada às elites, pois só estas possuem
se tornou anacrônica? conhecimento e espírito sensível.
2 Parece-me que a poesia escrita sempre será (D) a leitura de um poema é sempre entediante,
– pelo menos em tempo previsível – coisa para se o seu leitor não tiver hábito de leitura e
poucas pessoas. É que ela exige muito do seu uma boa formação acadêmica.
leitor. Para ser plenamente apreciado, cada poema (E) poemas são raridades atualmente destinadas
deve ser lido lentamente, em voz baixa ou alta, ou à atualização e interação das nossas
ainda “aural”, como diz o poeta Jacques Roubaud. faculdades.
Alguns de seus trechos, ou ele inteiro, devem ser
relidos, às vezes mais de uma vez. Há muitas 02 A proposição em que se nota a inexistência
coisas a serem descobertas num poema, e tudo de indicador modal – isto é, de marca linguística
nele é sugestivo: os sentidos, as alusões, a destinada a sinalizar a modalidade sob a qual o
sonoridade, o ritmo, as relações paronomásicas, as conteúdo proposicional deve ser interpretado – é:
aliterações, as rimas, os assíndetos, as
associações icônicas etc. Todos os componentes (A) “Uma das possíveis explicações para isso é a
de um poema escrito podem (e devem) ser levados resistência que a poesia tem de se tornar um
em conta. Muitos deles são inter-relacionados. Tudo produto mercantil” (§ 1).
isso deve ser comparado a outros poemas que o (B) “Ao mesmo tempo, numa sociedade de
leitor conheça. E, de preferência, o leitor deve ser consumo e laica, parece não haver mais uma
familiarizado com os poemas canônicos. (...) O função social para o poeta” (§ 1).
leitor deve convocar e deixar que interajam uns com (C) “Alguns de seus trechos, ou ele inteiro,
os outros, até onde não puder mais, todos os devem ser relidos, às vezes mais de uma
recursos de que dispõe: razão, intelecto, vez” (§ 2).
experiência, cultura, emoção, sensibilidade, (D) “Sem isso tudo, a leitura do poema não
sensualidade, intuição, senso de humor, etc. compensa: é uma chatice” (§ 3).
3 Sem isso tudo, a leitura do poema não (E) “Um quadro pode ser olhado en passant; um
compensa: é uma chatice. Um quadro pode ser romance, lido à maneira dinâmica” (§ 3).
olhado en passant; um romance, lido à maneira
dinâmica; uma música, ouvida distraidamente; um 03 O advérbio em “-mente” que funciona no texto
filme, uma peça de teatro, um ballet, idem. Um como indicador atitudinal – ou seja, indicador do
poema, não. Nada mais entediante do que a leitura estado psicológico com que o autor se representa
desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, diante daquilo que enuncia – encontra-se em:
mais faculdades nossas, e em mais alto grau, são
por ele solicitadas e atualizadas. É por isso que (A) “Para ser plenamente apreciado” (§ 2).
muita gente tem preguiça de ler um poema, e muita (B) “cada poema deve ser lido lentamente” (§ 2).
gente jamais o faz. Os que o fazem, porém, sabem (C) “uma música, ouvida distraidamente” (§ 3).
que é precisamente a exigência do poema – a (D) “é precisamente a exigência do poema (...)
interação e a atualização das nossas faculdades – que constitui a recompensa” (§ 3).
que constitui a recompensa (incomparável) que ele (E) “Felizmente elas são anacrônicas” (§ 3).
oferece ao seu leitor. Mas os bons poemas são
raridades. A função do poeta é fazer essas
raridades. Felizmente, elas são anacrônicas, porque
nos fazem experimentar uma temporalidade

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04 A intertextualidade é condição necessária Elas expressam, respectivamente:


para que um poema possa ser plenamente
apreciado – o que o autor, no segundo parágrafo, (A) comparação / proporção.
deixa bastante evidente ao dizer que: (B) proporção / concessão.
(C) concessão / condição.
(A) “Alguns de seus trechos, ou ele inteiro, (D) condição / conformidade.
devem ser relidos, às vezes mais de uma (E) conformidade / comparação.
vez.”
(B) “Há muitas coisas a serem descobertas num 08 Ao se substituir por um nome o verbo da
poema, e tudo nele é sugestivo”. oração adjetiva de: “Tudo isso deve ser comparado
(C) “Todos os componentes de um poema escrito a outros poemas que o leitor conheça.” (§ 2),
podem (e devem) ser levados em conta.” comete-se, no português padrão, ERRO de
(D) “Tudo isso deve ser comparado a outros regência nominal em:
poemas que o leitor conheça.”
(E) “de preferência, o leitor deve ser familiarizado (A) com que o leitor mantenha contato.
com os poemas canônicos.” (B) em que o leitor se veja espelhado.
(C) que o leitor tenha conhecimento.
05 No trecho seguinte destacam-se vários (D) pelos quais o leitor guarde admiração.
pronomes: (E) sobre os quais o leitor viva debruçado.

“OS que O fazem, porém, sabem que é 09 A palavra em destaque que deriva – como
precisamente a exigência do poema – a interação e “temporalidade” (§ 3) – de um radical secundário é:
a atualização das NOSSAS faculdades – que
constitui a recompensa (incomparável) QUE ELE (A) TEMPORADA de férias.
oferece ao SEU leitor.” (§ 3) (B) reino TEMPORAL.
(C) fruto TEMPORÃO.
Aqueles que fazem, com fins coesivos, referência (D) emprego TEMPORÁRIO.
exofórica são: (E) morar TEMPORARIAMENTE.

(A) Os – nossas.
(B) nossas – que. Texto 2
(C) que – ele.
(D) ele – seu. 1 Para o Brasil o homem da África foi trazido
(E) seu – o. principalmente como mão de obra: a mão de obra
capaz de substituir o indígena, pois este não estava
06 Em vários poemas de Ou isto ou aquilo, afeito ao trabalho sedentário e de rotina da lavoura.
Cecília Meireles obtém efeitos muito “sugestivos” (...)
extraídos de “relações paronomásicas” (§ 2) – o que 2 Foi particularmente o escravo que influiu na
se observa, por exemplo, nos seguintes versos: organização econômica e social do Brasil,
constituindo a escravidão uma daquelas três forças
(A) “Ou se tem chuva e não se tem sol / ou se – as outras duas, a monocultura e o latifúndio – que
tem sol e não se tem chuva!” caracterizam o processo de exploração da nova
(B) “Com seu colar de coral / Carolina / corre por terra portuguesa; e que fixaram igualmente a
entre as colunas / da colina.” paisagem social da vida de família ou coletiva no
(C) “No último andar é mais bonito: do último Brasil. Esta distinção já a fazia Joaquim Nabuco,
andar se vê o mar. / É lá que eu quero em 1881, antecipando-se assim aos modernos
morar.” estudos de interpretação antropológica ou
(D) “Arabela / abria a janela. / Carolina / erguia a sociológica sobre o negro: “o mau elemento da
cortina. / E Maria / olhava e sorria: / „Bom população não foi a raça negra, mas essa raça
dia!‟” reduzida ao cativeiro”, escreveu ele em “O
(E) “Esta menina / tão pequenina / quer ser Abolicionismo”.
bailarina.” 3 Essa situação de escravo, portanto, marca
como traço fundamental e indispensável de ser
07 Em cada um dos períodos a seguir há uma assinalada a presença do negro africano no Brasil;
oração subordinada adverbial: a influência não foi do negro em si, mas do escravo
e da escravidão, já observou Gilberto Freyre.
“Nada mais entediante do que a leitura desatenta Como escravo, e por causa da escravidão, o negro
de um poema. Quanto melhor ele for, mais africano teve sua vida perturbada; dela afastado
faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele bruscamente, misturou-se com outros grupos
solicitadas e atualizadas.” (§ 3) culturais. Esta circunstância contribuiu para que os

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valores culturais de que era portador fossem (B) o objeto direto se acha topicalizado, como
prejudicados em sua completa autenticidade ao se (popular e familiarmente) em: “Pedro a gente
integrar no Brasil. viu ele hoje na rua”.
4 Não puderam os escravos negros manter (C) o emprego pleonástico do pronome “a” é de
íntegra sua cultura, nem utilizar preferentemente uso corrente na língua oral coloquial.
suas técnicas em relação ao novo meio. Não foi (D) a reescrita na voz passiva analítica se faz
possível aos negros revelarem e aplicarem todo o usando o verbo auxiliar no pretérito perfeito
seu conjunto cultural: ou porque, ao contato com do indicativo.
outros grupos negros, receberam ou perderam (E) a anteposição de “já” ao sintagma “esta
certos elementos culturais, ou porque, como distinção” não altera o sentido fundamental
escravos, tiveram sua cultura deturpada. Daí os do enunciado.
sincretismos e os processos transculturativos.
5 Talvez este fato tenha concorrido para fazer 13 Releia-se a passagem seguinte, constituída
com que no novo meio nem sempre fosse o negro de dois períodos.
um conformado; um joão-bobo que aceitasse
pacificamente o que lhe era imposto. Foi, ao “Não foi possível aos negros revelarem e aplicarem
contrário, e por vezes através de processos todo o seu conjunto cultural: ou porque, ao contato
bastante expressivos – e o caso dos Palmares é com outros grupos negros, receberam ou perderam
típico –, um rebelado. certos elementos culturais, ou porque, como
(JÚNIOR, M. Diégues. Etnias e culturas no Brasil. 4 ed.: Rio, escravos, tiveram sua cultura deturpada. DAÍ os
Paralelo, INL, 1972, p. 85-6.) sincretismos e os processos transculturativos.” (§ 4)

10 A argumentação desenvolvida no texto está É possível, sem alteração fundamental de sentido,


orientada no sentido de conduzir o leitor a concluir reescrevê-la num período único, substituindo-se,
que: com os ajustes necessários, a palavra em destaque
pela seguinte expressão:
(A) os negros não puderam, no novo meio,
revelar e aplicar todo o seu conjunto cultural, (A) origens de.
menos ainda utilizar suas técnicas. (B) produtos de.
(B) o negro foi, por vezes, através de processos (C) frutos de.
até bastante expressivos, como no caso dos (D) decorrências de.
Palmares, um rebelado. (E) reflexos de.
(C) foram o escravo e a escravidão, não o negro
em si, que influíram na organização social e 14 O sinal de dois-pontos, usado após
econômica do Brasil. “mão de obra” (§ 1), anuncia:
(D) por ser escravo, e em decorrência da
escravidão, o negro africano teve, no (A) uma citação.
princípio, sua vida um tanto perturbada. (B) uma discriminação.
(E) o negro foi trazido para o Brasil como (C) uma consequência.
mão de obra para substituir o indígena, que (D) um esclarecimento.
não estava afeito à rotina da lavoura. (E) um exemplo.

15 A substituição do conectivo em destaque


11 Para persuadir o leitor a concluir como ele, altera o sentido fundamental do enunciado em:
vale-se o autor de todas as estratégias
argumentativas a seguir, EXCETO: (A) “a mão de obra capaz de substituir o
indígena, POIS este não estava afeito ao
(A) apoiar-se em argumento de autoridade. trabalho” (§ 1) / porquanto.
(B) basear-se em fatos da história nacional. (B) “a influência não foi do negro em si, MAS do
(C) estabelecer relações de causalidade. escravo e da escravidão” (§ 3) / senão.
(D) exemplificar. (C) “Essa situação de escravo, PORTANTO,
(E) recorrer à ironia. marca como traço (...) a presença do negro
africano no Brasil” (§ 3) / pois.
12 Acerca da oração: “Esta distinção já a fazia (D) “Não puderam os escravos negros manter
Joaquim Nabuco, em 1881” (§ 2), pode-se afirmar íntegra sua cultura, NEM utilizar (...) suas
que: técnicas em relação ao novo meio.” (§ 4) / e
não.
(A) o termo “Esta distinção”, que designa “o ser (E) “OU porque (...) receberam ou perderam
sobre o qual se diz algo”, exerce função de certos elementos culturais, OU porque (...)
sujeito. tiveram sua cultura deturpada.” (§ 4) / já... já.

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Texto 3 18 O verso que apresenta a mesma distribuição


de ictos ou acentos tônicos de: “essa total
Banzo explicação da vida”, do poema “A máquina do
Raimundo Correia mundo”, de Carlos Drummond de Andrade, é:
Visões que n‟alma o céu do exílio incuba, (A) “Visões que n‟alma o céu do exílio incuba”.
Mortais visões! Fuzila o azul infando... (B) “Dos cafres, pelas grotas retumbando”.
Coleia, basilisco de ouro, ondeando (C) “De paquidermes colossais derruba”.
O Níger... Bramem leões de fulva juba... (D) “Dorme em ninhos de sangue o sol oculto”.
(E) “Vai co‟a sombra crescendo o vulto enorme”.
Uivam chacais... Ressoa a fera tuba
Dos cafres, pelas grotas retumbando, 19 Dentre os recursos formais a seguir, o poeta
E a estralada das árvores, que um bando evita recorrer apenas ao que se lê em:
De paquidermes colossais derruba...
(A) enjambements expressivos.
Como o guaraz nas rubras penas dorme, (B) rimas soantes.
Dorme em ninhos de sangue o sol oculto... (C) rimas entre palavras da mesma classe.
Fuma o saibro africano incandescente... (D) versos graves.
(E) versos isométricos.
Vai co‟a sombra crescendo o vulto enorme
Do baobá... E cresce n‟alma o vulto 20 No poema, os dois vocábulos cujos encontros
De uma tristeza, imensa, imensamente... vocálicos constituem exemplos do fenômeno
(In: RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. Panorama da poesia
fonético conhecido como sinérese são:
brasileira. Rio, Civilização Brasileira, 1959, v. III, p. 90-1.)
(A) coleia (v. 3) / ondeando (v. 3).
(B) ondeando (v. 3) / leões (v. 4).
16 Em relação ao poema, pode-se fazer (C) leões (v. 4) / chacais (v. 5).
qualquer das afirmações a seguir, EXCETO: (D) chacais (v. 5) / baobá (v. 13).
(E) baobá (v. 13) / coleia (v. 3).
(A) pertence ao gênero lírico, sendo fortemente
marcado pelo tipo descritivo.
(B) reitera a topicalização dos verbos para Parte II: Literatura Brasileira
enfatizar imagens sensoriais, sobretudo
visuais e auditivas.
(C) explora a temática expressa no título, ou seja, Texto 1
a nostalgia do negro que perdeu o vínculo
com a terra de origem. Algum tempo hesitei se devia abrir estas
(D) compara o Níger, principal rio da África memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria
ocidental, a um “basilisco”, réptil fantástico em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha
em forma de serpente. morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo
(E) é dominado pelas reticências, sinal usado nascimento, duas considerações me levaram a
pelo poeta para assinalar a interrupção da adotar diferente método: a primeira é que eu não
sintaxe normal da frase. sou propriamente um autor defunto, mas um
defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a
17 Dentre os verbos seguintes, cujo sentido no segunda é que o escrito ficaria assim mais galante
poema se acha descrito entre parênteses, aquele e mais novo. Moisés, que também contou a sua
que está empregado como transitivo direto é: morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença
radical entre este livro e o Pentateuco.
(A) incubar (v. 1) - chocar, como se chocam Dito isto, expirei às duas horas da tarde de
ovos. uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na
(B) fuzilar (v. 2) – brilhar, como que soltando minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns
faíscas. sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era
(C) colear (v. 3) - mover-se sinuosamente; solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui
serpentear. acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze
(D) ressoar (v. 5) - soar com estrépito; ressonar. amigos! Verdade é que não houve cartas nem
(E) fumar (v. 11) - lançar fumo, fumaça; fumegar. anúncios. Acresce que chovia – peneirava – uma
chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e
tão triste, que levou um daqueles fiéis da última
hora a intercalar esta engenhosa ideia no discurso
que proferiu à beira de minha cova: – “Vós, que o

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conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer (B) apenas II está correta.
comigo que a natureza parece estar chorando a (C) apenas II e III estão corretas.
perda irreparável de um dos mais belos caracteres (D) apenas I e II estão corretas.
que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, (E) todas estão corretas.
estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que
cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é 22 Estão presentes no texto de Machado de
a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais Assis os seguintes aspectos:
íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao
nosso ilustre finado”. (A) idealização amorosa e bucolismo.
(ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás (B) obsessão pela morte e sentimentalismo.
Cubas. Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar Editora, (C) religiosidade e concepção materialista dos
1971, volume I, p. 513-514.) fatos.
(D) egocentrismo e ruptura com a tradição
Texto 2 clássica.
(E) utilização da ironia e crítica social.
Resolvo-me a contar, depois de muita
hesitação, casos passados há dez anos – e, antes 23 Situa-se a literatura de Graciliano Ramos na:
de começar, digo os motivos por que silenciei e por
que me decido. Não conservo notas: algumas que (A) primeira fase do modernismo.
tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do (B) segunda fase do modernismo.
tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, (C) terceira fase do modernismo.
quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, (D) geração de 45.
julgando a matéria superior às minhas forças, (E) pós-modernidade.
esperei que outros mais aptos se ocupassem dela.
Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá.
Também me afligiu a ideia de jogar no papel Texto 3
criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que
têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, Uma vez determinado e conhecido o fim, o
dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de gênero se apresenta naturalmente. Até aqui,
romance; mas teria eu o direito de utilizá-las em como só se procurava fazer uma obra segundo a
história presumivelmente verdadeira? Que diriam Arte, imitar era o meio indicado: fingida era a
elas se se vissem impressas, realizando atos inspiração, e artificial o entusiasmo.
esquecidos, repetindo palavras contestáveis e Desprezavam os poetas a consideração se a
obliteradas? Mitologia podia, ou não, influir sobre nós.
(...) Certos escritores se desculpam de não Contanto que dissessem que as Musas do
haverem forjado coisas excelentes por falta de Hélicon os inspiravam, que Febo guiava seu
liberdade − talvez ingênuo recurso de justificar carro puxado pela quadriga, que a Aurora abria
inépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém as portas do Oriente com seus dedos de rosas,
desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e e outras tais e quejandas imagens tão usadas,
acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem cuidavam que tudo tinham feito, e que com
Política e Social, mas, nos estreitos limites a que Homero emparelhavam; como se pudesse
nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos parecer belo quem achasse algum velho manto
mexer. grego, e com ele se cobrisse! Antigos e safados
(RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. São Paulo: ornamentos, de que todos se servem, a ninguém
Record, 1996, volume I, p. 33-34.)
honram.
21 Observe as afirmativas a seguir, em relação à (GONÇALVES DE MAGALHÃES. “Suspiros poéticos e
leitura comparativa dos textos de Machado de Assis saudades” In CANDIDO, Antônio e CASTELLO, J.
e Graciliano Ramos. Aderaldo. Presença da literatura brasileira. Das origens
ao Romantismo. São Paulo: DIFEL, 1976, p. 219.)
I Ambos exploram a metalinguagem, ou seja,
refletem sobre o próprio ato de escrever. 24 O fragmento escolhido do prefácio de
II A narrativa machadiana subverte a lógica da Suspiros poéticos e saudades contém uma crítica à
verossimilhança narrativa. escola:
III O texto de Graciliano Ramos privilegia a
memória individual como única fonte de (A) árcade.
criação. (B) parnasiana.
(C) simbolista.
Das afirmativas acima: (D) romântica.
(A) apenas I está correta. (E) barroca.

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Texto 4 Texto 5

Jogos florais I Pneumotórax


Minha terra tem palmeiras
onde canta o tico-tico. Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
Enquanto isso o sabiá A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
vive comendo o meu fubá. Tosse, tosse, tosse.

Ficou moderno o Brasil Mandou chamar o médico:


ficou moderno o milagre: - Diga trinta e três.
a água já não vira vinho, - Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
vira direto vinagre. - Respire.
..................................................
Jogos florais II
Minha terra tem Palmares - O senhor tem uma escavação no pulmão
memória cala-te já. esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
Peço licença poética -Os
Belém capital Pará. - Então, doutor, não é possível tentar o
pneumotórax?
Bem, meus prezados senhores - Não. A única coisa a fazer é tocar um tango
dado o avançado da hora argentino.
errata e efeitos do vinho (BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de
o poeta sai de fininho. Janeiro: José Olympio, 1973, p.107.)

(será mesmo com dois esses 27 Percebe-se no poema de Manuel Bandeira a


que se escreve paçarinho?) predominância de um tom propositalmente:
(CACASO, Antônio Carlos de Brito. IN HOLLANDA,
Heloísa Buarque de. (org.). 26 poetas hoje. Rio de (A) grandiloquente.
Janeiro: Labor, 1976, p. 35.) (B) sublime.
(C) dramático.
(D) prosaico.
25 A presença do humor e da crítica no poema (E) sentimental.
de Cacaso tem como recurso estilístico o seguinte
dispositivo: 28 Em relação ao poema “Pneumotórax”, é
correto afirmar que o poeta:
(A) paráfrase.
(B) perífrase. (A) recorre à ironia como procedimento textual.
(C) paródia. (B) retorna a uma visão simbolista de poesia.
(D) pastiche. (C) valoriza as formas clássicas de versificação.
(E) plágio. (D) abandona a postura iconoclasta do
modernismo.
(E) utiliza elementos da estética naturalista.

26 A característica que marca o gênero literário 29 As características que melhor definem a


predominante no texto 4 é: poesia brasileira contemporânea são:

(A) a valorização do narrador de primeira pessoa. (A) a defesa do engajamento político e a


(B) a presença do eu-lírico. valorização da identidade nacional.
(C) o conflito entre os personagens. (B) o retorno ao subjetivismo romântico e a
(D) a exaltação da figura do herói. negação da liberdade formal.
(E) a utilização das rubricas. (C) a reafirmação dos valores neoclássicos e a
mitificação da experiência pessoal.
(D) a ligação estreita com o concretismo e a
desvalorização do cotidiano e do comum.
(E) a dispersão temática e a convivência com a
fragmentação e a multiplicidade.

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30 “A própria ideia de livro e literatura perde 32 Para Gadotti, o pensamento pedagógico


parte de seu sentido quando nos deparamos com brasileiro tem sido definido por duas tendências
novas estratégias narrativas em bases digitais, que gerais: a liberal e a progressista. Os educadores e
atuam na confluência de várias artes e mídias. O teóricos da educação progressista defendem:
aspecto inovador não está restrito apenas à
tecnologia de leitura dos tablets, nos chamados (A) o sistema educativo liberal-burguês
>ita<enhanced books ou enriched books (livros reprodutor da divisão social do trabalho e da
enriquecidos ou turbinados), mas também às competição.
maneiras de narrar”. (B) a liberdade de ensino e de pesquisa e os
(http://blogs.oglobo.globo.com/prosa/post/artigo-por-uma- métodos novos baseados na natureza da
ideia-de-literatura-expandida-387143.html) criança.
(C) uma educação moldada às necessidades da
De acordo com a ideia defendida pela pesquisadora sociedade de mercado em que está inserida.
Cristiane Costa no texto acima, pode-se afirmar que (D) o envolvimento da escola na formação de um
na contemporaneidade: cidadão crítico e participante da mudança
social.
(A) os postulados canônicos que moldaram o (E) o papel da escola restringido ao estritamente
gosto literário deixam de existir. pedagógico e livre de qualquer intervenção
(B) as noções clássicas de livro e de literatura do estado.
não podem mais ser utilizadas.
(C) as tecnologias alteram simultaneamente a
recepção e a produção do texto literário. 33 Segundo Vygotsky, a questão central do
(D) as novas mídias retiram da literatura a sua processo de formação de conceitos na
aura de transcendência. adolescência é:
(E) a literatura perdeu a importância que tinha na
tradição cultural do Ocidente. (A) o emprego funcional do signo ou da palavra.
(B) a associação entre os fatos presentes e
passados.
(C) a operação intelectual elementar por meio de
Parte III: Fundamentos da Educação estímulos.
(D) a consolidação da formação dos juízos de
valor.
31 Ao se conceber o erro como fonte de virtude (E) o uso da atenção e da memória na
na aprendizagem escolar, contribui-se para a aprendizagem.
promoção do sucesso do aluno porque:

(A) a aprendizagem limita-se à assimilação de 34 De acordo com o Artigo 13 da Lei de


conteúdos definidos pelos padrões escolares Diretrizes e Bases da Educação Nacional
e os erros apenas comprovam que o aluno (Lei 9.394/96), dentre as várias incumbências dos
não aprendeu o que deveria ter aprendido. docentes está a de:
(B) serve positivamente de ponto de partida para
o avanço, na medida em que é compreendido (A) coletar, analisar e disseminar informações
e identificado, e sua compreensão é o passo sobre educação.
fundamental para a sua superação. (B) administrar pessoal e recursos financeiros.
(C) os conteúdos devem estar centrados no (C) assegurar o ensino fundamental e oferecer o
treinamento para resolver questões e, ensino médio.
portanto, o erro do aluno demonstra apenas (D) garantir o cumprimento dos dias letivos e da
que ele não estudou suficientemente. carga horária.
(D) a avaliação da aprendizagem deve ser (E) colaborar com as atividades de articulação da
considerada como uma prática seletiva, de escola com as famílias e a comunidade.
modo que se possam classificar os alunos
em bem e mal posicionados.
(E) o erro evidencia que o aluno fracassou e
valorizá-lo faz com que o educando não
consiga formar valores sobre o certo e o
errado e se desinteresse pela aprendizagem.

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35 Segundo Gandin, no planejamento é 38 Para Ilma Passos Veiga, quanto à execução,


fundamental a ideia de transformação da realidade e, um projeto político-pedagógico é de qualidade
nesse sentido, uma educação libertadora é aquela que: quando:

(A) coloca em prática uma educação voltada (A) é um documento que se reduz à dimensão
para a reprodução, para o conformismo e curricular.
para o controle social pelas classes (B) prescinde de um estudo do meio em que a
dominantes. escola está inserida.
(B) propõe uma pedagogia que assuma sua força (C) desconhece a identidade da instituição e
como contribuinte para a constituição de uma privilegia as idiossincrasias individuais.
sociedade de indivíduos dependentes. (D) implica ação articulada de todos os
(C) leva o educando a se converter em sujeito do envolvidos com a realidade da escola.
seu próprio desenvolvimento, à existência do (E) é construído como produto acabado, não
grupo, da participação e da conscientização passível de modificações.
que gera transformação.
(D) propõe uma educação para uma sociedade 39 Nos Referenciais Curriculares para a Rede
em que as pessoas se subordinem ao Municipal de Educação de Niterói – Ensino
planejamento tecnocrático. Fundamental (Referenciais Curriculares 2010: Uma
(E) coloca em prática uma educação voltada Construção Coletiva), na construção de um
para o pleno domínio das tecnologias e com currículo para a cidadania e a diversidade cultural,
uma postura individualista. os aportes multiculturais assim se apresentam:

(A) articulando o local e o global, e fundados no


36 Para Vygotsky, com relação à aprendizagem binômio cultura erudita / cultura popular.
da criança, a zona de desenvolvimento proximal (B) voltados exclusivamente para a valorização
provê psicólogos e educadores de um instrumento das comunidades niteroienses e seu
por meio do qual se pode entender: patrimônio cultural.
(C) pela subordinação da cultura local à cultura
(A) o curso interno do desenvolvimento. global.
(B) os processos incompletos de maturação. (D) por meio de um currículo que exclui as
(C) o desenvolvimento mental retrospectivo. identidades marginalizadas social e
(D) o emprego da fala analítica. economicamente.
(E) as estruturas lógicas inatas. (E) sem qualquer ordem hierárquica entre si, mas
como caminhos para a pluralidade e a
inclusão.
37 Segundo Zabala, para aprender é
indispensável que haja um clima e um ambiente 40 Os Referenciais Curriculares para a Rede
adequados, já que a aprendizagem é potencializada Municipal de Educação de Niterói – Ensino
quando convergem as condições que estimulam o Fundamental (Referenciais Curriculares 2010: Uma
trabalho e o esforço. Para tal, é necessário criar um Construção Coletiva) se organizam em três Eixos
ambiente seguro e ordenado que ofereça aos Temáticos. O Eixo Linguagens, quanto aos
alunos: conteúdos curriculares, é composto:

(A) desafios cognitivos que estejam além das (A) de maneira exclusiva por Língua Portuguesa,
capacidades e competências dos alunos. Língua Estrangeira, Educação Física e Arte.
(B) exclusividade para trabalhos individuais (B) em especial, mas não exclusivamente, por
voltados ao desenvolvimento da Língua Portuguesa, Língua Estrangeira,
competitividade. Educação Física e Arte.
(C) oportunidade de participação, em situações (C) pela Educação Física e pelas Línguas
com multiplicidade de interações que Portuguesa e Estrangeira em seus aspectos
promovam a cooperação e a coesão do socioculturais.
grupo. (D) pela Língua Portuguesa, Língua Estrangeira,
(D) situações de rígida disciplina e controle, Informática e Arte.
sendo a fala privilégio do professor. (E) em especial pela Língua Portuguesa, pela
(E) situações que impeçam as modificações nos Educação Física e pela Arte, sendo a Língua
esquemas de conhecimento. Estrangeira opcional.

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Parte IV: Estatuto dos Funcionários Públicos (D) servirá de base de cálculo para novos
Municipais de Niterói aumentos, mas não para futuros adicionais.
(E) servirá como base de cálculo proporcional
para futuros adicionais ou aumentos.
41 De acordo com o Estatuto dos Funcionários
Públicos Municipais de Niterói, o retorno de 44 O pedido de reconsideração e o recurso,
funcionário demitido ao serviço público municipal, quando cabíveis, interrompem a prescrição até:
com ressarcimento do vencimento, direitos e
vantagens atinentes ao cargo, denomina-se: (A) três vezes.
(B) duas vezes.
(A) acesso. (C) cinco vezes.
(B) promoção.
(D) quatro vezes.
(C) reintegração.
(D) transferência. (E) uma vez.
(E) readaptação.

42 Sobre o afastamento do servidor para estudo


45 Alzenir prestou serviços em órgão estadual
no exterior ou em outro local do território nacional, é
correto afirmar que: ao mesmo tempo em que prestou serviço em órgão
do Município. De acordo com o Estatuto dos
Funcionários Públicos do Município de Niterói, a
(A) o afastamento se dará sem percepção de
acumulação do tempo de serviço no mesmo ente:
vencimento se houver bolsa concedida por
entidade ao governo municipal e o
afastamento se der no interesse da (A) é possível em qualquer hipótese.
Administração, reconhecido pelo Prefeito. (B) não é possível.
(B) o cônjuge do servidor bolsista afastado, se (C) é possível, desde que haja correlação de
também servidor municipal, será autorizado a matérias.
acompanhá-lo, com direito à percepção dos (D) é possível, desde que haja compatibilidade
vencimentos e vantagens recebidos. de horários.
(C) o servidor afastado deverá apresentar (E) não é possível, porque a acumulação de
relatório circunstanciado dos estudos ou tempo de serviço só é possível entre dois
atividades desenvolvidos, dentro de sessenta entes federativos de mesmo escalão.
dias do término do afastamento.
(D) se houver acumulação de cargos, o servidor 46 O salário-família:
será afastado do segundo cargo sem
vencimentos e com interrupção da contagem
(A) será sujeito a imposto ou taxa e servirá de
base para qualquer contribuição de finalidade
de tempo de serviço, na hipótese de a bolsa
assistencial.
ser concedida pela entidade ao Governo
Municipal e houver interesse para a (B) não será sujeito a qualquer imposto ou taxa,
Administração, e o afastamento for inferior a nem servirá de base para qualquer
doze meses. contribuição, ainda que de finalidade
assistencial.
(E) o servidor afastado com percebimento dos
seus vencimentos e vantagens será obrigado (C) será sujeito a imposto ou taxa, mas não
a restituir o que percebeu durante o servirá de base para contribuição de
afastamento, se for demitido, exonerado ou finalidade assistencial.
licenciado para assuntos particulares nos três (D) será parcialmente sujeito a imposto ou taxa e,
anos subsequentes ao término da bolsa. também parcialmente, servirá de base para
contribuição de finalidade assistencial.
43 De acordo com o Estatuto dos Funcionários (E) será facultativamente sujeito a imposto ou
Públicos Municipais de Niterói, o adicional por taxa e, também facultativamente, servirá de
tempo de serviço: base para contribuição de finalidade
assistencial.
(A) não servirá como base de cálculo para
futuros adicionais ou aumentos.
(B) servirá como base de cálculo para futuros
adicionais ou aumentos.
(C) servirá de base de cálculo para futuros
adicionais, mas não para novos aumentos.

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47 Acerca da promoção, considere as 50 André, servidor público da Secretaria de


afirmativas seguintes. Educação, não se conforma por ter sido preterido
em promoção por Márcia, que acabou por se tornar
I As promoções serão obrigatoriamente sua chefe. Um dia, ao ser repreendido verbalmente
realizadas de doze em doze meses, sempre pela mesma, dentro da repartição, começa a
no dia consagrado ao funcionário, desde que ofendê-la, aduzindo que não aceita ser mandado
verificada a existência de vaga, na forma da por mulher, e insinuando que Márcia teria se valido
regulamentação própria. de meios escusos para garantir sua promoção.
II O funcionário em exercício de mandato eletivo Márcia o adverte, argumentando que esse
federal, estadual ou municipal pode ser comportamento é passível de penalidade. André,
promovido por antiguidade e por merecimento. então, destemperado, lhe desfere violento tapa no
III Na promoção dos ocupantes dos cargos de rosto, fazendo-a cair. André somente para com a
classe inicial de série de classes, o primeiro agressão após ser contido por outros colegas de
desempate se determinará pela classificação trabalho, e continua ofendendo Márcia verbalmente,
obtida em concurso. com inúmeras ofensas de baixo calão.
Considerando o comportamento de André, este
Das afirmativas acima: deve ser punido, de acordo com o Estatuto dos
Funcionários Públicos Municipais de Niterói, com a
(A) apenas I está correta. pena de:
(B) apenas III está correta.
(C) todas estão corretas. (A) suspensão.
(D) apenas I e II estão corretas. (B) advertência.
(E) apenas I e III estão corretas. (C) destituição de função.
(D) cassação de aposentadoria.
48 São hipóteses de afastamento consideradas (E) demissão.
como tempo de serviço efetivo os afastamentos em
virtude de:

(A) férias; moléstia devidamente comprovada na


forma regulamentar por cinco dias; período
de afastamento compulsório, determinado
pela autoridade sanitária.
(B) recolhimento à prisão, se absolvido ou
reabilitado, ao final; luto por falecimento de
enteado, por até cinco dias; casamento, por
até sete dias.
(C) licença para tratamento de saúde; licença a
funcionário acidentado em serviço; mandato
legislativo, ou executivo federal ou estadual.
(D) candidatura a cargo eletivo, do registro de
candidatura ao dia seguinte ao da eleição;
casamento por até cinco dias; exercício de
mandato de Prefeito.
(E) licença à gestante; convocação para o
serviço militar; luto por falecimento de
cônjuge, por cinco dias.

49 De acordo com o Estatuto dos Funcionários


Públicos Municipais de Niterói, o servidor, em cada
período de cinco anos, pode tirar licença para
tratamento de doença em pessoa da família por, no
máximo:

(A) dois anos, seguidos ou intercalados.


(B) um ano, seguido ou intercalado.
(C) seis meses, seguidos ou intercalados.
(D) três anos, seguidos ou intercalados.
(E) dezoito meses, seguidos ou intercalados.

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