Prof Ling Portuguesa
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EDITAL NO 02/2016
NÍVEL: Superior
Cargo: Professor II − Língua Portuguesa
TURNO: Manhã
CADERNO DE QUESTÕES
Instruções ao candidato – parte integrante do Edital – subitem 13.4
1 Ao receber este Caderno de Questões, confira se o cargo indicado é aquele para o qual você
está concorrendo. Verifique se constam deste Caderno, de forma legível, cinquenta questões de
múltipla escolha. Caso contrário, notifique imediatamente ao fiscal.
2 Além deste Caderno de Questões, você deverá ter recebido a Folha de Respostas.
3 Verifique se seus dados conferem com os que aparecem na Folha de Respostas. Em caso
afirmativo, assine-a e leia atentamente as instruções para seu preenchimento. Caso contrário,
notifique imediatamente ao fiscal.
4 Sob pena de eliminação do concurso, não é permitido que faça uso de instrumentos auxiliares
para cálculos ou desenhos, ou que porte qualquer dispositivo eletrônico que sirva de consulta ou
comunicação.
5 Você vai verificar que cada questão de múltipla escolha apresenta cinco opções de respostas,
sendo apenas uma correta. Na Folha de Respostas, para cada questão, assinale apenas uma
opção, pois será atribuída pontuação zero à questão da prova que contiver mais de uma ou
nenhuma resposta assinalada, emenda ou rasura.
6 O tempo disponível para você fazer esta prova, incluindo o preenchimento da Folha de
Respostas, é de quatro horas.
7 Colabore com o fiscal, na coleta da impressão digital.
8 Use caneta esferográfica de corpo transparente e de ponta média com tinta azul ou preta para
preencher a Folha de Respostas.
9 Reserve um tempo que seja suficiente para preencher a Folha de Respostas.
10 Terminando a prova, entregue ao fiscal o Caderno de Questões e a Folha de Respostas
assinada. A não entrega da Folha de Respostas implicará na sua eliminação no Concurso.
11 Você poderá levar seu Caderno de Questões, ao terminar a prova, quando faltar no máximo uma
hora para o término da mesma e desde que permaneça em sala até esse momento.
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“OS que O fazem, porém, sabem que é 09 A palavra em destaque que deriva – como
precisamente a exigência do poema – a interação e “temporalidade” (§ 3) – de um radical secundário é:
a atualização das NOSSAS faculdades – que
constitui a recompensa (incomparável) QUE ELE (A) TEMPORADA de férias.
oferece ao SEU leitor.” (§ 3) (B) reino TEMPORAL.
(C) fruto TEMPORÃO.
Aqueles que fazem, com fins coesivos, referência (D) emprego TEMPORÁRIO.
exofórica são: (E) morar TEMPORARIAMENTE.
(A) Os – nossas.
(B) nossas – que. Texto 2
(C) que – ele.
(D) ele – seu. 1 Para o Brasil o homem da África foi trazido
(E) seu – o. principalmente como mão de obra: a mão de obra
capaz de substituir o indígena, pois este não estava
06 Em vários poemas de Ou isto ou aquilo, afeito ao trabalho sedentário e de rotina da lavoura.
Cecília Meireles obtém efeitos muito “sugestivos” (...)
extraídos de “relações paronomásicas” (§ 2) – o que 2 Foi particularmente o escravo que influiu na
se observa, por exemplo, nos seguintes versos: organização econômica e social do Brasil,
constituindo a escravidão uma daquelas três forças
(A) “Ou se tem chuva e não se tem sol / ou se – as outras duas, a monocultura e o latifúndio – que
tem sol e não se tem chuva!” caracterizam o processo de exploração da nova
(B) “Com seu colar de coral / Carolina / corre por terra portuguesa; e que fixaram igualmente a
entre as colunas / da colina.” paisagem social da vida de família ou coletiva no
(C) “No último andar é mais bonito: do último Brasil. Esta distinção já a fazia Joaquim Nabuco,
andar se vê o mar. / É lá que eu quero em 1881, antecipando-se assim aos modernos
morar.” estudos de interpretação antropológica ou
(D) “Arabela / abria a janela. / Carolina / erguia a sociológica sobre o negro: “o mau elemento da
cortina. / E Maria / olhava e sorria: / „Bom população não foi a raça negra, mas essa raça
dia!‟” reduzida ao cativeiro”, escreveu ele em “O
(E) “Esta menina / tão pequenina / quer ser Abolicionismo”.
bailarina.” 3 Essa situação de escravo, portanto, marca
como traço fundamental e indispensável de ser
07 Em cada um dos períodos a seguir há uma assinalada a presença do negro africano no Brasil;
oração subordinada adverbial: a influência não foi do negro em si, mas do escravo
e da escravidão, já observou Gilberto Freyre.
“Nada mais entediante do que a leitura desatenta Como escravo, e por causa da escravidão, o negro
de um poema. Quanto melhor ele for, mais africano teve sua vida perturbada; dela afastado
faculdades nossas, e em mais alto grau, são por ele bruscamente, misturou-se com outros grupos
solicitadas e atualizadas.” (§ 3) culturais. Esta circunstância contribuiu para que os
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valores culturais de que era portador fossem (B) o objeto direto se acha topicalizado, como
prejudicados em sua completa autenticidade ao se (popular e familiarmente) em: “Pedro a gente
integrar no Brasil. viu ele hoje na rua”.
4 Não puderam os escravos negros manter (C) o emprego pleonástico do pronome “a” é de
íntegra sua cultura, nem utilizar preferentemente uso corrente na língua oral coloquial.
suas técnicas em relação ao novo meio. Não foi (D) a reescrita na voz passiva analítica se faz
possível aos negros revelarem e aplicarem todo o usando o verbo auxiliar no pretérito perfeito
seu conjunto cultural: ou porque, ao contato com do indicativo.
outros grupos negros, receberam ou perderam (E) a anteposição de “já” ao sintagma “esta
certos elementos culturais, ou porque, como distinção” não altera o sentido fundamental
escravos, tiveram sua cultura deturpada. Daí os do enunciado.
sincretismos e os processos transculturativos.
5 Talvez este fato tenha concorrido para fazer 13 Releia-se a passagem seguinte, constituída
com que no novo meio nem sempre fosse o negro de dois períodos.
um conformado; um joão-bobo que aceitasse
pacificamente o que lhe era imposto. Foi, ao “Não foi possível aos negros revelarem e aplicarem
contrário, e por vezes através de processos todo o seu conjunto cultural: ou porque, ao contato
bastante expressivos – e o caso dos Palmares é com outros grupos negros, receberam ou perderam
típico –, um rebelado. certos elementos culturais, ou porque, como
(JÚNIOR, M. Diégues. Etnias e culturas no Brasil. 4 ed.: Rio, escravos, tiveram sua cultura deturpada. DAÍ os
Paralelo, INL, 1972, p. 85-6.) sincretismos e os processos transculturativos.” (§ 4)
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conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer (B) apenas II está correta.
comigo que a natureza parece estar chorando a (C) apenas II e III estão corretas.
perda irreparável de um dos mais belos caracteres (D) apenas I e II estão corretas.
que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, (E) todas estão corretas.
estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que
cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é 22 Estão presentes no texto de Machado de
a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais Assis os seguintes aspectos:
íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao
nosso ilustre finado”. (A) idealização amorosa e bucolismo.
(ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás (B) obsessão pela morte e sentimentalismo.
Cubas. Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar Editora, (C) religiosidade e concepção materialista dos
1971, volume I, p. 513-514.) fatos.
(D) egocentrismo e ruptura com a tradição
Texto 2 clássica.
(E) utilização da ironia e crítica social.
Resolvo-me a contar, depois de muita
hesitação, casos passados há dez anos – e, antes 23 Situa-se a literatura de Graciliano Ramos na:
de começar, digo os motivos por que silenciei e por
que me decido. Não conservo notas: algumas que (A) primeira fase do modernismo.
tomei foram inutilizadas, e assim, com o decorrer do (B) segunda fase do modernismo.
tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, (C) terceira fase do modernismo.
quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, (D) geração de 45.
julgando a matéria superior às minhas forças, (E) pós-modernidade.
esperei que outros mais aptos se ocupassem dela.
Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá.
Também me afligiu a ideia de jogar no papel Texto 3
criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que
têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, Uma vez determinado e conhecido o fim, o
dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de gênero se apresenta naturalmente. Até aqui,
romance; mas teria eu o direito de utilizá-las em como só se procurava fazer uma obra segundo a
história presumivelmente verdadeira? Que diriam Arte, imitar era o meio indicado: fingida era a
elas se se vissem impressas, realizando atos inspiração, e artificial o entusiasmo.
esquecidos, repetindo palavras contestáveis e Desprezavam os poetas a consideração se a
obliteradas? Mitologia podia, ou não, influir sobre nós.
(...) Certos escritores se desculpam de não Contanto que dissessem que as Musas do
haverem forjado coisas excelentes por falta de Hélicon os inspiravam, que Febo guiava seu
liberdade − talvez ingênuo recurso de justificar carro puxado pela quadriga, que a Aurora abria
inépcia ou preguiça. Liberdade completa ninguém as portas do Oriente com seus dedos de rosas,
desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e e outras tais e quejandas imagens tão usadas,
acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem cuidavam que tudo tinham feito, e que com
Política e Social, mas, nos estreitos limites a que Homero emparelhavam; como se pudesse
nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos parecer belo quem achasse algum velho manto
mexer. grego, e com ele se cobrisse! Antigos e safados
(RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. São Paulo: ornamentos, de que todos se servem, a ninguém
Record, 1996, volume I, p. 33-34.)
honram.
21 Observe as afirmativas a seguir, em relação à (GONÇALVES DE MAGALHÃES. “Suspiros poéticos e
leitura comparativa dos textos de Machado de Assis saudades” In CANDIDO, Antônio e CASTELLO, J.
e Graciliano Ramos. Aderaldo. Presença da literatura brasileira. Das origens
ao Romantismo. São Paulo: DIFEL, 1976, p. 219.)
I Ambos exploram a metalinguagem, ou seja,
refletem sobre o próprio ato de escrever. 24 O fragmento escolhido do prefácio de
II A narrativa machadiana subverte a lógica da Suspiros poéticos e saudades contém uma crítica à
verossimilhança narrativa. escola:
III O texto de Graciliano Ramos privilegia a
memória individual como única fonte de (A) árcade.
criação. (B) parnasiana.
(C) simbolista.
Das afirmativas acima: (D) romântica.
(A) apenas I está correta. (E) barroca.
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Texto 4 Texto 5
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(A) coloca em prática uma educação voltada (A) é um documento que se reduz à dimensão
para a reprodução, para o conformismo e curricular.
para o controle social pelas classes (B) prescinde de um estudo do meio em que a
dominantes. escola está inserida.
(B) propõe uma pedagogia que assuma sua força (C) desconhece a identidade da instituição e
como contribuinte para a constituição de uma privilegia as idiossincrasias individuais.
sociedade de indivíduos dependentes. (D) implica ação articulada de todos os
(C) leva o educando a se converter em sujeito do envolvidos com a realidade da escola.
seu próprio desenvolvimento, à existência do (E) é construído como produto acabado, não
grupo, da participação e da conscientização passível de modificações.
que gera transformação.
(D) propõe uma educação para uma sociedade 39 Nos Referenciais Curriculares para a Rede
em que as pessoas se subordinem ao Municipal de Educação de Niterói – Ensino
planejamento tecnocrático. Fundamental (Referenciais Curriculares 2010: Uma
(E) coloca em prática uma educação voltada Construção Coletiva), na construção de um
para o pleno domínio das tecnologias e com currículo para a cidadania e a diversidade cultural,
uma postura individualista. os aportes multiculturais assim se apresentam:
(A) desafios cognitivos que estejam além das (A) de maneira exclusiva por Língua Portuguesa,
capacidades e competências dos alunos. Língua Estrangeira, Educação Física e Arte.
(B) exclusividade para trabalhos individuais (B) em especial, mas não exclusivamente, por
voltados ao desenvolvimento da Língua Portuguesa, Língua Estrangeira,
competitividade. Educação Física e Arte.
(C) oportunidade de participação, em situações (C) pela Educação Física e pelas Línguas
com multiplicidade de interações que Portuguesa e Estrangeira em seus aspectos
promovam a cooperação e a coesão do socioculturais.
grupo. (D) pela Língua Portuguesa, Língua Estrangeira,
(D) situações de rígida disciplina e controle, Informática e Arte.
sendo a fala privilégio do professor. (E) em especial pela Língua Portuguesa, pela
(E) situações que impeçam as modificações nos Educação Física e pela Arte, sendo a Língua
esquemas de conhecimento. Estrangeira opcional.
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Parte IV: Estatuto dos Funcionários Públicos (D) servirá de base de cálculo para novos
Municipais de Niterói aumentos, mas não para futuros adicionais.
(E) servirá como base de cálculo proporcional
para futuros adicionais ou aumentos.
41 De acordo com o Estatuto dos Funcionários
Públicos Municipais de Niterói, o retorno de 44 O pedido de reconsideração e o recurso,
funcionário demitido ao serviço público municipal, quando cabíveis, interrompem a prescrição até:
com ressarcimento do vencimento, direitos e
vantagens atinentes ao cargo, denomina-se: (A) três vezes.
(B) duas vezes.
(A) acesso. (C) cinco vezes.
(B) promoção.
(D) quatro vezes.
(C) reintegração.
(D) transferência. (E) uma vez.
(E) readaptação.
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