Dogmas Da Igreja Católica

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CRISMA DE JOVENS – PARÓQUIA SANTA LUZIA

DOGMAS DA IGREJA CATÓLICA

PARA A IGREJA Católica, dogma é uma verdade de fé revelada por Deus. Logo, um dogma é imutável e definitivo; não
pode ser mudado nem revogado, pois Deus, sendo Perfeito e Eterno, não está sujeito à mudança – o SENHOR é o
mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13,8).

Uma verdade divinamente revelada só pode ser considerada dogma quando proposta diretamente à fé cristã católica,
através de uma definição solene (clarificação ou esclarecimento da Sã Doutrina), portanto infalível, do Magistério da Igreja.
Para que tal aconteça, são necessárias duas condições:

a) O sentido deve ser suficientemente manifestado como sendo uma autêntica verdade revelada por Deus;

b) Essa verdade ou doutrina deve ser proposta e definida solenemente pela Igreja, Corpo de Cristo como um todo, como
sendo verdade revelada e parte integrante da fé católica.

A palavra dogma vem do verbo grego dokein, que significa parecer, parecer bem. Portanto, o substantivo dogma exprime
parecer no sentido técnico do termo (como quando se fala, por exemplo, no 'parecer' de um médico ou perito) sobre uma
doutrina (filosófica, por exemplo). Na época patrística, o vocábulo era usado nas escolas filosóficas, para designar pontos-
chave da doutrina desta ou daquela corrente, obrigatórios para os que aderissem a ela. O termo entrou também na área
jurídica, para expressar uma decisão, um decreto, uma sentença.

Assim, nos Setenta (Septuaginta) e no Novo Testamento, dogma significa um decreto ou uma prescrição legal. Vejam-se,
por exemplo, as disposições da lei judaica (Col 2,14; Ef 2,15), o edito de César Augusto (Lc 2,1), os editos do imperador
(At 17,7) e as decisões do Concílio de Jerusalém, quando Paulo e Silas são encarregados de transmitir a dogmata que os
Apóstolos e os anciãos haviam recebido "no Espírito Santo" (At 16,4). Essa prática antecipa, seguramente, o sentido
futuro das decisões dogmáticas da Igreja.

Entre os primeiros padres da Igreja, a palavra significa decreto, preceito, ensinamento e, muitas vezes, uma instrução
moral do Cristo. Do mesmo modo, para o cristianismo, "verdadeira Filosofia", os dogmata constituem os pontos
fundamentais da fé e da prática religiosa e tudo o que é objeto de preceito1.

São 43 dogmas proclamados pela Igreja, divididos em 8 categorias:

1. Dogmas sobre Deus;


2. Dogmas sobre Jesus Cristo;
3. Dogmas sobre a criação do mundo;
4. Dogmas sobre o ser humano;
5. Dogmas marianos;
6. Dogmas sobre o Papa e a Igreja;
7. Dogmas sobre os Sacramentos;
8. Dogmas sobre as últimas coisas (Escatologia).

Apresentamos abaixo a lista de todos os dogmas da Igreja Católica, com sua respectiva breve descrição, organizados em
suas categorias:
DOGMAS SOBRE DEUS

1 – A Existência de Deus

A ideia de Deus não é inerente em nós, já que transcende a natureza humana, mas nós temos capacidade natural para
conhecê-Lo, de certo modo espontaneamente, por meio de sua obra. O ser humano pode saber que Deus existe, por
exemplo, mediante a observação atenta do universo natural.

2 – A Existência de Deus como Objeto de Fé

A existência de Deus, porém, não é apenas objeto do conhecimento da razão natural, mas também e principalmente é
objeto da fé sobrenatural.

3 – A Unidade de Deus

Não existe mais que um único Deus.

4 – Deus é Eterno

Deus não tem princípio nem fim, está além do espaço e do tempo como somos capazes de experimentá-los e concebê-
los.

5 – A Santíssima Trindade

No Deus Uno há três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Cada uma possui a imutável Essência Divina.

DOGMAS SOBRE JESUS CRISTO

6 – Jesus Cristo é verdadeiro Deus e Filho de Deus por Essência

O Cristo possui a infinita Natureza Divina com todas as suas infinitas Perfeições, por haver sido gerado eternamente por
Deus.

7 – Jesus possui duas naturezas que não se transformam nem se misturam ou confundem

Declara o Concílio de Calcedônia (451, IV): "Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele mesmo perfeito em Divindade e Ele mesmo
perfeito em humanidade (...) que se há de reconhecer nas duas naturezas: sem confusão, sem mudanças, sem divisão,
sem separação e de modo algum apagada a diferença de natureza por causa da união, conservando cada natureza sua
propriedade e concorrendo em uma só Pessoa" (Dz. 148).

Conforme as Sagradas Escrituras, "o Verbo se fez carne..." (Jo 1,14). / "...o qual, sendo de condição divina, não reteve
avidamente o fato de ser igual a Deus, mas se despojou de Si mesmo, tomando a condição de servo, fazendo-se
semelhante aos homens e aparecendo em seu porte como homem" (Fl 2,6-7). Vemos então que Cristo é possuidor de
uma íntegra Natureza Divina e de uma íntegra natureza humana: a prova está, entre outros, nos seus milagres, em sua
Ressurreição, em suas dores e no seu padecimento.

Fonte: Site O Fiel Católico


8 – Cada uma das Naturezas em Cristo possui uma própria vontade física e uma própria operação física

Declara o III Concílio de Constantinopla (680-681): "Proclamamos, conforme os ensinamentos dos Santos Padres, que
não existem duas vontades físicas e duas operações físicas, de modo indivisível, de modo que não seja conversível, de
modo inseparável e de modo não confuso. E estas duas vontades físicas não se opõem uma à outra como afirmam os
ímpios hereges..." (Dz. 291 e Dz. 263-288).

Deus Filho diz a Deus Pai nas Sagradas Escrituras: "Não seja como Eu quero, mas sim como Tu queres" (Mt 26,39). /
"Não seja feita a minha vontade, mas sim a Tua." (Lc 22,42). – Diz ainda aos discípulos: "Desci do Céu não para fazer a
minha vontade, mas sim a vontade de Quem me enviou" (Jn 6,38). / "Ninguém me tira a vida, Eu a doei voluntariamente:
tenho o poder para concedê-la e o poder de recobrá-la novamente" (Jo 10,18). [Quer conhecer mais as Sagradas
Escrituras? Clique aqui e saiba como].

Apesar da dualidade física das duas vontades, existiu e existe a unidade moral, porque a vontade humana de Cristo se
conforma em livre subordinação, de maneira perfeitíssima à Vontade Divina.

9 – Jesus Cristo, ainda que homem, é Filho Natural de Deus Pai

“Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da Lei, para
resgatar os que se encontravam sob o domínio da Lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” (Missal Romano,
Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, 2ª Leitura – Gl 4, 4-5)

10 – Cristo imolou-se a si mesmo na Cruz como verdadeiro e próprio Sacrifício

No inefável Mistério, Cristo, por sua natureza humana, era ao mesmo tempo Sacerdote e Oferenda, mas por sua Natureza
Divina, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, era O Mesmo que recebia o Sacrifício.

11 – Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do Sacrifício de sua morte na Cruz

Jesus Cristo quis oferecer-se a Si mesmo a Deus Pai, como Sacrifício apresentado sobre a ara da Cruz em sua Morte,
para obter-no o perdão eterno.

12 – Ao terceiro dia depois de sua Morte, Cristo ressuscitou glorioso dentre os mortos

Ao terceiro dia, ressuscitado por sua própria Virtude, levantou-se Nosso Senhor Jesus do sepulcro.

13 – Cristo subiu em Corpo e Alma aos Céus e está assentado à direta de Deus Pai

Ressuscitou dentre os mortos e subiu ao Céu em Corpo e Alma.

Fonte: Site O Fiel Católico


DOGMAS SOBRE A CRIAÇÃO DO MUNDO

14 – Tudo o que existe foi criado por Deus a partir do Nada

A criação do mundo, a partir do nada, não apenas é uma verdade fundamental da Revelação cristã, mas ao mesmo tempo
chega a alcançá-la a razão com apenas suas forças naturais, baseando-se, por exemplo, nos Argumentos Cosmológicos:
Argumento da Causa Primeira2 e Argumento da Contingência3.

15 – Caráter temporal do mundo

O mundo teve princípio no tempo, pois o Infinito é capaz de criar o finito, e o Eterno é capaz de dar existência ao temporal.

16 – Conservação do mundo

Além de Criador, Deus é Conservador, pois conserva na Existência a todas as coisas criadas.

DOGMAS SOBRE O SER HUMANO

17 – O homem é formado de corpo material e alma espiritual

Este dogma foi afirmado no IV Concílio de Latrão (1215), sob Inocêncio III (1198-1216), e no Concílio Vaticano I (1869-70),
sob Pio IX (1846-78). Segundo a doutrina da Igreja, o corpo é parte essencialmente constituinte da natureza humana, e
não carga e estorvo como disseram certos hereges. Igualmente, para defender o dogma católico contra os que dizem que
consta de três partes essenciais: corpo, alma animal e alma espiritual, o Concílio de Constantinopla declarou "que o
homem tem apenas uma alma racional e intelectual" (Dz. 338). A alma espiritual é o princípio da vida espiritual e ao
mesmo tempo o é da vida animal (vegetativa e sensitiva) (Dz. 1655).

Declaram as Sagradas Escrituras: "O Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em seu rosto o alento da
vida" (Gn 2,7). / "Antes que o pó volte à terra, de onde saiu, e o espírito retorne a Deus..." (Ecl 12,7). / "Não tenhais medo
dos que matam o corpo e à alma não podem matar; temais muito mais Àquele que pode destruir o corpo e a alma na
geena." (Mt 10,28).

Prova-se especulativamente a unicidade da alma no homem por testemunho da própria consciência, pela qual
entendemos que o mesmo Eu, que é o princípio da atividade espiritual, é o mesmo que gera a sensibilidade e a vida
vegetativa.

18 – O pecado de Adão se propaga a todos os seus descendentes por geração, não por imitação

O Pecado, que é morte da alma, se propaga de Adão a todos seus descendentes por geração, e não por imitação, sendo
inerente a cada indivíduo.

19 – O homem caído não pode redimir-se a si próprio

Somente um ato livre por parte do Amor Divino poderia restaurar a ordem sobrenatural, destruída pelo Pecado. Sendo
Deus infinitamente Grande, Justo e Perfeito, o crime contra Ele é infinitamente grave. Só poderia então ser resgatado
mediante um Sacrifício infinitamente meritório e reparador, do qual nós não seríamos capazes.

Fonte: Site O Fiel Católico


DOGMAS MARIANOS

20 – Imaculada Conceição e Virgindade Perpétua de Maria

A Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição foi, por singular Graça e Privilégio de Deus Onipotente,
em previsão dos Méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa
original. Assim era preciso que a Mãe do Senhor, o Tabernáculo da Nova e Eterna Aliança, fosse imaculada, assim como
era intocável e feita do ouro mais puro a Arca da Antiga Aliança.

A doutrina da Virgindade Perpétua de Maria expressa a "real e perpétua virgindade de Maria mesmo no ato de dar à luz a
Jesus, o Filho de Deus feito homem". Maria permaneceu sempre virgem (em grego: ἀειπαρθένος – aeiparthenos), fazendo
de Jesus seu único Filho, cuja Concepção e Nascimento são milagrosos. Já nos anos 300, esta doutrina era amplamente
apoiada pelos Padres da Igreja e, no século sétimo, foi afirmada num conjunto de concílios ecumênicos. Este é um
ensinamento tanto católico quanto anglocatólico, ortodoxo e ortodoxo oriental, como se comprova em suas Liturgias, nas
quais repetidamente se faz referência à Maria como "sempre virgem".

Embora seja um fato pouco difundido atualmente, até mesmo alguns dos primeiros reformadores protestantes apoiavam
esta doutrina, e figuras importantes do anglicanismo, como Hugo Latimer e Thomas Cranmer, "seguiam a Tradição que
herdaram, aceitando Maria como 'sempre virgem'" (BRADSHAW, Timothy. Commentary and Study Guide on the Seattle
Statement Mary: Hope and Grace in Christ of the Anglican – Roman Catholic International Commission, 2005). A
Virgindade Perpétua é ainda hoje defendida por teólogos anglicanos e luteranos.

21 – Maria, Mãe de Deus

Maria gerou a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela nasce transcende esta natureza humana – O Filho de
Maria é propriamente o Verbo Divino, encarnado em natureza humana – Maria, então, é necessariamente mãe de Deus,
posto que Jesus, o Verbo, é Deus: Cristo, sendo inseparavelmente verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, faz de Maria
verdadeira mãe de Deus, por não haver separação entre as Naturezas humana e divina em Nosso Senhor e Salvador.

Evidentemente, Maria não é anterior ao próprio Deus Onipotente e Criador de todas as coisas, nem é "deusa". Este
dogma, pois, não deve ser confundido: Maria não é e nem poderia ser mãe de Deus segundo a Natureza Divina;
entretanto, como as duas Naturezas no Cristo são inseparáveis, ela foi feita, por um inescrutável Mistério do próprio Deus,
a um só tempo criatura, serva, filha e mãe do Senhor. O título Mãe de Deus a Igreja lhe atribui como ato e reflexo de sua
veneração por ela e adoração exclusiva a Deus.

22 – A Assunção de Maria

A Virgem Maria foi assunta ao Céu imediatamente após o fim de sua vida terrena; seu corpo não sofreu corrupção como
sucederá com os homens e mulheres que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela decomposição. A Assunção
de Nossa Senhora foi transmitida pela Tradição escrita e oral da Igreja. Não se encontra explicitamente na Sagrada
Escritura, mas está ali implícita. O fato histórico, segundo relatos dos primeiros cristãos e transmitido pelos séculos de
forma inconteste, dá conta de que, na ocasião de Pentecostes, Maria Santíssima tinha mais ou menos 47 anos de idade.
Depois desse fato, permaneceu ela ainda 25 anos na Terra, a educar e formar, por assim dizer, a Igreja nascente, como
outrora educara e protegera Deus Filho em sua infância. Terminou sua missão neste mundo com a idade de 72 anos,
conforme a opinião mais comum.

Diversos Santos Padres da Igreja atestam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que
precederia o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria. S. João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja
Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida (como a chamavam),
vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens, e que logo se multiplicaram os milagres em redor de seu corpo.

Fonte: Site O Fiel Católico


Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que pediu para ver o corpo de Nossa Senhora. Ao retirar-se a pedra, o
corpo já não mais se encontrava. Pela Virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara. Anjos retiraram seu corpo
imaculado e o transportaram ao Céu, onde ela vive na Glória inefável.

Estas antigas tradições da Igreja sobre o Mistério da Assunção da Mãe de Deus podem ser encontradas nos escritos dos
Santos Padres e Doutores da Igreja dos primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451.

DOGMAS SOBRE O PAPA E A IGREJA

23 – A Igreja foi fundada pelo Deus-Homem, Jesus Cristo

Cristo fundou a Igreja; Ele estabeleceu os fundamentos substanciais da mesma, no tocante a sua doutrina, culto e
constituição.

Atestam as Sagradas Escrituras o que Jesus declarou a S. Pedro: "Bem aventurado és tu, Simão filho de Jonas, porque
não foi a carne nem o sangue que te revelaram (que Eu sou o Cristo), mas meu Pai que está nos Céus. Também Eu te
declaro que és Pedro (no aramaico: Kepha = Pedra), e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno
nunca prevalecerão contra ela. Eu de darei as Chaves do Reino dos Céus, o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e
o que desligares na Terra será desligado nos Céus." (Mt 16,17-19)

24 – Cristo constituiu o Apóstolo São Pedro como primeiro entre os Apóstolos e como cabeça visível de toda a
Igreja, conferindo-lhe imediata e pessoalmente o primado da jurisdição

O Romano Pontífice é o sucessor do bem-aventurado S. Pedro e tem o primado terreno sobre todo o rebanho do Senhor,
que é a Igreja. Este fato é atestado claramente, repetidas vezes, pelas Sagradas Escrituras:

** "Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: 'Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes?' Respondeu
ele: 'Sim, Senhor, tu sabes que te amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta os meus cordeiros'. Perguntou-lhe outra vez: 'Simão,
filho de Jonas, amas-me?' Respondeu-lhe: 'Sim, Senhor, tu sabes que te amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta os meus
cordeiros'. Perguntou-lhe pela terceira vez: 'Simão, filho de João, amas-me?' Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou
pela terceira vez: 'Amas-me?', e respondeu-lhe: 'Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta as
minhas ovelhas'.” (João 21,15-17)

*** “Irmãos, sabeis que há muito tempo Deus me escolheu dentre vós (Apóstolos), para que da minha boca os pagãos
ouvissem a Palavra do Evangelho. ”, declara solenemente o próprio S. Pedro (At 15,7).

**** Diz o Senhor especialmente e somente a S. Pedro: “Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, confirma
os teus irmãos.” (Lc 22, 31-32)

25 – O Papa possui o pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda Igreja, não somente nas questões de fé e
costumes, mas também na disciplina e governo da Igreja

Conforme esta declaração, o poder do Papa é de jurisdição; universal; supremo; pleno; ordinário; episcopal; imediato.

26 – O Papa é infalível quando se pronuncia ex cátedra

Fonte: Site O Fiel Católico


Para compreender este dogma, convém ter na lembrança: sujeito da infalibilidade papal é todo Papa legítimo, em sua
qualidade de sucessor de Pedro. O objeto da infalibilidade são as verdades de fé e os costumes, revelados ou em íntima
conexão com a Revelação Divina. A condição da infalibilidade é que o Papa fale ex catedra, isto é:

a) Que fale como pastor e mestre de todos os fiéis fazendo uso de sua suprema autoridade.

b) Que tenha a intenção de definir alguma doutrina de fé ou costume para que seja acreditada por todos os fiéis. As
encíclicas pontificais não são definições ex catedra.

A razão da infalibilidade é a assistência sobrenatural do Espírito Santo, que preserva o supremo mestre da Igreja de todo
erro, conforme a Promessa de Cristo ('Eis que estou convosco até o fim do mundo' – Mt 28,20). A consequência da
infalibilidade é que as definições ex catedra dos Papas sejam por si mesmas irreformáveis, sem a possibilidade de
intervenção posterior de qualquer autoridade, mesmo que seja outro Papa.

27 – A Igreja é infalível quando faz definição em matéria de fé e costumes

Estão sujeitos à infalibilidade:

• O Papa, quando fala ex catedra;

• O episcopado pleno, com o Papa, que é a cabeça do episcopado, é infalível quando, reunido em concílio ecumênico ou
disperso pelo rebanho da Terra, ensina e promove uma verdade de fé ou de costumes para que todos os fiéis a
sustentem.

DOGMAS SOBRE OS SACRAMENTOS

28 – O Batismo é verdadeiro Sacramento instituído por Jesus Cristo

Atestam as Sagradas Escrituras: "Jesus lhes disse: 'Toda autoridade me foi dada no Céu e na Terra. Ide, pois, e ensinai a
todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo'.” [saiba mais].

29 – A Confirmação é verdadeiro e próprio Sacramento

Este Sacramento concede aos batizados a Fortaleza do Espírito Santo para que se consolidem interiormente em sua vida
sobrenatural e confessem exteriormente com valentia sua fé em Jesus Cristo [saiba mais].

30 – A Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo

Foi comunicada aos Apóstolos e a seus legítimos sucessores o poder de perdoar e de reter os pecados para reconciliar
aos fiéis caídos depois do Batismo. Cristo, que pode perdoar os pecados, deu à sua Igreja o poder de perdoá-los em seu
Nome: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, serão perdoados; aqueles aos quais os
retiverdes (não perdoardes), serão retidos” (Jo 20, 22ss).

31 – A Confissão Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é necessária para a salvação

Basta indicar a culpa da consciência a sacerdote devidamente ordenado, mediante confissão secreta.

Fonte: Site O Fiel Católico


32 – A Eucaristia é verdadeiro Sacramento instituído por Cristo

Atestam as Sagradas Escrituras:

"Eu sou o Pão Vivo que desceu do Céu. Quem comer deste Pão viverá eternamente. E o Pão que eu hei de dar é a minha
Carne, para a salvação do mundo." (Jo 6,51)

"Quem se alimenta da minha Carne e bebe do meu Sangue permanece em Mim, e Eu nele." (Jo 6, 56-57)

"Pois a minha Carne é verdadeiramente comida e o meu Sangue é verdadeiramente bebida." (Jo 6,55)

"O Cálice que tomamos não é a Comunhão com o Sangue de Cristo? O Pão (...) não é a Comunhão com o Corpo de
Cristo?" (I Cor 10,16)

"Cada um se examine antes de comer desse Pão e beber desse Cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o
Corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação." (I Cor 11,28-30)

33 – Cristo está Presente no Sacramento do Altar pela Transubstanciação de toda a substância do pão em seu
Corpo e toda substância do vinho em seu Sangue

Transubstanciação é uma conversão no sentido passivo; é o trânsito de uma coisa a outra. Cessam as substâncias de
Pão e Vinho, pois sucedem em seus lugares o Corpo e o Sangue de Cristo. A Transubstanciação é uma conversão
milagrosa e singular diferente das conversões naturais, porque não apenas a matéria como também a forma do pão e do
vinho são convertidas; apenas os acidentes permanecem sem mudar: continuamos vendo e experimentando fisicamente
pão e vinho, mas substancialmente já não o são, porque neles está realmente o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade
de Nosso Senhor Jesus Cristo.

34 – A Unção dos enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo

Atestam as Sagradas Escrituras:

“Está alguém enfermo entre vós? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em
nome do Senhor.” (Tg 5,14)

35 – A Ordem é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo

Existe uma hierarquia instituída por ordenação Divina, que consta de Bispos, Presbíteros e Diáconos. As Sagradas
Escrituras o atestam em Fl 1,1 [saiba mais].

36 – O Matrimônio é verdadeiro e próprio Sacramento

Cristo restaurou o Matrimônio instituído e bendito por Deus, fazendo que recobrasse seu primitivo ideal da unidade e
indissolubilidade e elevando-o a dignidade de Sacramento [saiba mais].

Fonte: Site O Fiel Católico


DOGMA SOBRE AS ÚLTIMAS COISAS

37 – A Morte e sua origem

A morte é consequência do pecado primitivo. O relato bíblico da Queda (Gn 3) utiliza uma linguagem feita de imagens,
mas afirma um acontecimento primordial, um fato que ocorreu no início da história do homem. A Revelação dá-nos a
certeza de fé de que toda a história humana está marcada pelo pecado original cometido livremente por nossos primeiros
pais, trazendo como consequência a morte. "Porque o salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito de Deus é a vida
eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm 6,23).

38 – O Céu (Paraíso)

As almas dos justos, que no instante da morte se acham livres de toda culpa e pena de pecado, entram no Céu.

39 – O Inferno

As almas dos que morrem em estado de pecado mortal vão ao inferno.

40 – O Purgatório

As almas dos justos que no instante da morte estão agravadas por pecados veniais ou por penas temporais devidas pelo
pecado vão ao Purgatório. O Purgatório é estado de purificação.

41 – O Fim do mundo e a Segunda vinda de Cristo

No fim do mundo, Cristo, rodeado de Majestade, virá de novo para julgar os homens.

42 – A Ressurreição dos Mortos no Último Dia

Aos que creem em Jesus e se alimentam de seu Corpo e bebem de seu Sangue, Ele lhes promete a ressurreição para
vida eterna de Paz e Plenitude.

43 – O Juízo Universal

O Cristo, Senhor e Salvador, depois de seu Retorno, julgará a todos os homens.

Fonte: Site O Fiel Católico

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