Seleção de Acórdãos - CRPS
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Seleção de Acórdãos
Seleção de Acórdãos
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Copyright © 2011 - Ministerio da Previdência Social
Permitida a divulgação dos textos contidos neste livro, desde que citadas as fontes.
1ª edição: 2011
Coordenadores:
Revisão ortográfica:
Capa e editoração eletrônica:
Seleção de Acórdãos
Sumário
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Lei nº 9.784
Regula o processo
administrativo na APF
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Seleção de Acórdãos
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função
administrativa.
VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos
administrados;
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão
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Seleção de Acórdãos
CAPÍTULO III
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO
CAPÍTULO IV
DO INÍCIO DO PROCESSO
fundamentos;
CAPÍTULO V
DOS INTERESSADOS
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses
que possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de
dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio.
CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
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Seleção de Acórdãos
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no
meio oficial.
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes
devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a
órgão hierarquicamente inferior.
CAPÍTULO VII
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
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Seleção de Acórdãos
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha
amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os
respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.
CAPÍTULO VIII
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO
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Seleção de Acórdãos
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário
normal de funcionamento da repartição na qual tramitar o processo.
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o
dobro, mediante comprovada justificação.
CAPÍTULO IX
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
§ 3o A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via
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postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a
certeza da ciência do interessado.
Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem
para o interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao
exercício de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse.
CAPÍTULO X
DA INSTRUÇÃO
§ 1o O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados
necessários à decisão do processo.
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Seleção de Acórdãos
Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem
prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto
no art. 37 desta Lei.
Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão
registrados em documentos existentes na própria Administração responsável
pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a
instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das respectivas
cópias.
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Seleção de Acórdãos
Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo,
o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma
especial ou comprovada necessidade de maior prazo.
Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente
obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não cumprirem
o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela instrução deverá
solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade
técnica equivalentes.
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do interessado.
Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões
ou cópias reprográficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados
os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à
privacidade, à honra e à imagem.
Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão
final elaborará relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do
procedimento e formulará proposta de decisão, objetivamente justificada,
encaminhando o processo à autoridade competente.
CAPÍTULO XI
DO DEVER DE DECIDIR
Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos
processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de
sua competência.
CAPÍTULO XII
DA MOTIVAÇÃO
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
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Seleção de Acórdãos
CAPÍTULO XIII
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO
Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando
exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou
prejudicado por fato superveniente.
CAPÍTULO XIV
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados
de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
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CAPÍTULO XV
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de
legalidade e de mérito.
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias
administrativas, salvo disposição legal diversa.
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Seleção de Acórdãos
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo
para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou
divulgação oficial da decisão recorrida.
§ 1o Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá
ser decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos
pelo órgão competente.
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito
suspensivo.
Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer
deverá intimar os demais interessados para que, no prazo de cinco dias úteis,
apresentem alegações.
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar,
modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a
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Seleção de Acórdãos
Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação fundada
em violação de enunciado da súmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridade
prolatora e ao órgão competente para o julgamento do recurso, que deverão
adequar as futuras decisões administrativas em casos semelhantes, sob
pena de responsabilização pessoal nas esferas cível, administrativa e penal.
(Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006).
CAPÍTULO XVI
DOS PRAZOS
Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos
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Seleção de Acórdãos
CAPÍTULO XVII
DAS SANÇÕES
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão
natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer,
assegurado sempre o direito de defesa.
CAPÍTULO XVIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Decreto nº 3.048/99
CRPS
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Seção II -
Do Conselho de Recursos da Previdência Social
Subseção I -
Da Composição
“Art. 2º Ficam mantidas as atuais gratificações devidas aos membros do Conselho de Recursos
da Previdência Social - CRPS até que o Ministro de Estado da Previdência e Assistência Social
discipline a matéria.”
Subseção II -
Dos Recursos
Art. 305. Das decisões do INSS nos processos de interesse dos beneficiários
caberá recurso para o CRPS, conforme o disposto neste Regulamento e no
regimento interno do CRPS (Alterado pela DECRETO Nº 7.126, DE 3 DE
MARÇO DE 2010 – DOU DE 4/3/2010)
Art. 307. A propositura pelo beneficiário de ação judicial que tenha por objeto
idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa renúncia ao
direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso interposto.
(Nova redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 30/12/2008)
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Regimento Interno
CRPS
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GABINETE DO MINISTRO
ANEXO
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
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Seleção de Acórdãos
I - ÓRGÃOS COLEGIADOS:
1. Conselho Pleno;
2. Quatro Câmaras de Julgamento;
2.1. Quatro Serviços de Secretaria de Câmara de Julgamento;
3. Vinte e nove Juntas de Recursos; e
3.1. Vinte e nove Seções de Secretaria de Junta de Recursos.
II - ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS:
1. Presidência;
1.1. Serviço de Secretaria do Gabinete da Presidência;
1.1.1. Seção de Apoio Administrativo do Gabinete;
1.2. Serviço de Apoio aos Órgãos Colegiados;
1.3. Assessoria do Gabinete;
2. Coordenação de Gestão Técnica;
2.1. Seção de Apoio Administrativo;
3. Divisão de Assuntos Jurídicos;
3.1. Seção de Apoio Administrativo;
4. Divisão de Assuntos Administrativos;
4.1. Seção de Protocolo;
4.2. Seção de Informática;
4.3. Seção de Administração e Suprimento; e
4.4. Seção de Apoio ao Servidor;
4.5. Seção de Documentação.
CAPÍTULO III
Seção I
Da composição e Direção
Art. 4º O Conselho Pleno será composto pelo Presidente do CRPS, que o presidirá
e pelos Presidentes e Conselheiros Titulares das Câmaras de Julgamento.
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Seleção de Acórdãos
Seção II
Do Mandato
perda do mandato.
CAPÍTULO IV
Seção I
Seção II
Seção III
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
DAS COMPETÊNCIAS
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Seleção de Acórdãos
Seção I
Parágrafo único. O INSS poderá recorrer das decisões das Juntas de Recursos
somente quando:
Art. 18º. Constituem alçada exclusiva das Juntas de Recursos, não comportando
recurso à instância superior, as seguintes decisões colegiadas:
Seção II
I prestar assessoria jurídica aos órgãos do CRPS, nas matérias que lhe forem
submetidas;
II - pronunciar-se a respeito do aspecto jurídico dos atos normativos ou
interpretativos, oriundos do CRPS quando da sua elaboração e edição;
III - manifestar-se a respeito de consultas sobre matéria previdenciária formuladas
pelos órgãos do CRPS;
IV - examinar expedientes e decisões judiciais com vistas a orientar os órgãos
do CRPS quanto ao seu fiel cumprimento, sem prejuízo da expedição de ofício à
Procuradoria Regional da União e à Procuradoria Federal Especializada junto ao
INSS, para ciência e adoção das providências cabíveis na esfera judicial;
V - prestar assistência jurídica aos órgãos julgadores em suas atividades,
transmitindo-lhes o sentido da jurisprudência administrativa no âmbito do CRPS;
VI - manter cadastro atualizado das decisões dos órgãos julgadores do CRPS e
da jurisprudência dominante no Poder Judiciário;
VII - auxiliar as autoridades do CRPS na prestação de informações em mandado
de segurança; e
VIII - propor ao Presidente do CRPS a instauração de procedimento para
uniformização em tese de jurisprudência administrativa previdenciária.
CAPÍTULO VII
DO PROCESSO
Seção I
Dos Prazos
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Seleção de Acórdãos
Seção II
Das Intimações
Art. 27º. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos, termos e
decisões do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.
Seção III
Dos Recursos
Subseção I
Art. 32º . Quando solicitado pelas partes, o órgão julgador deverá informar o
local, data e horário de julgamento, para fins de sustentação oral das razões do
recurso.
Art. 34º. O INSS pode, enquanto não tiver ocorrido a decadência, reconhecer
expressamente o direito do interessado e reformar sua decisão, observado o
seguinte procedimento:
Subseção II
Da desistência do recurso
Art. 36º. A propositura, pelo interessado, de ação judicial que tenha objeto
idêntico ao pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa em
renúncia tácita ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do
recurso interposto.
Subseção III
Do Processamento do Recurso
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Seleção de Acórdãos
Art. 38º. Os recursos, após cadastrados, serão distribuídos por ordem cronológica
de entrada nas Câmaras ou Juntas, aos conselheiros relatores.
I - que tenham como parte beneficiários com idade igual ou superior a sessenta
anos; e
II - relativos às prestações de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez e
do benefício assistencial de que trata o art. 20 da Lei no 8.742, de 7 de dezembro
de 1993.
Seção IV
Do Julgamento
Art. 41º. Cada sessão de julgamento será identificada por um número em ordem
cronológica, renovados anualmente, e observará, para fins de deliberação, o
quorum mínimo de três membros, sendo um de cada classe de representação.
Art. 42º. Para cada sessão será elaborada pauta de julgamento, sendo os
processos incluídos por solicitação do relator.
I - abertura da sessão;
II - verificação de quorum;
III - leitura, discussão e aprovação da ata da sessão anterior;
IV - julgamento dos recursos; e
V - comunicações diversas.
exame reservado de matéria protegida por sigilo, admitida a presença das partes
e de seus procuradores.
Art. 46º. Após o voto do relator, os demais Conselheiros poderão usar a palavra
e debater sobre questões pertinentes ao processo, proferindo seus votos na
seguinte ordem de votação:
I - representante do governo;
II - representante dos trabalhadores;
III - representante das empresas; e
IV - presidente da composição de julgamento.
§ 1º O Conselheiro pode pedir vista dos autos antes de proferir seu voto,
observada a ordem de votação.
Parágrafo único. Deverão constar dos autos o voto divergente vencido, bem
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Seleção de Acórdãos
Art. 50º Realizado o julgamento pela Câmara ou Junta, o processo será devolvido
ao órgão de origem, para ciência das partes e cumprimento do julgado.
Seção V
Das Decisões
Art. 52º. As decisões das composições julgadoras serão lavradas pelo relator do
processo, redigidas na forma de acórdão, deverão ser expressas em linguagem
discursiva, simples, precisa e objetiva, evitando-se o uso de expressões vagas,
de códigos, de siglas e de referências a instruções internas que dificultem a
compreensão do julgamento.
I - conversão em diligência;
II - não conhecimento;
III - conhecimento e não provimento;
IV - conhecimento e provimento parcial;
V - conhecimento e provimento;
VI - anulação; e
VII - extinção do processo com resolução do mérito por reconhecimento do
pedido, nos termos do artigo 34,II, deste Regimento.
I - a intempestividade;
II - a ilegitimidade ativa ou passiva de parte;
III - a renúncia à utilização da via administrativa para discussão da pretensão,
decorrente da propositura de ação judicial;
IV - a desistência voluntária manifestada por escrito pelo interessado ou seu
representante;
V - qualquer outro motivo que leve à perda do objeto do recurso; e
VI - a preclusão processual.
Art. 55º As decisões serão assinadas pelo Conselheiro relator e pelo Presidente
do órgão julgador e receberão um número que lhes será atribuído, segundo a
ordem cronológica de sua expedição, em série numérica, renovados anualmente.
Seção VI
Subseção I
Da Reclamação
Seção I
Seção II
Do Erro Material
Seção III
Da Revisão de Ofício
Seção IV
Do Conflito de Competência
Art. 61º Ocorre conflito de competência quando dois ou mais órgãos julgadores
se declaram competentes para julgar o mesmo processo, ou quando nenhum
deles assuma a competência.
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Seleção de Acórdãos
CAPÍTULO IX
PLENO
Seção I
Seção II
§ 5º O pedido de uniformização poderá ser formulado pela parte uma única vez,
tratando-se do mesmo caso concreto ou da mesma matéria examinada em tese,
à luz do mesmo acórdão ou resolução indicados como paradigma.
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Seleção de Acórdãos
Seção III
Art. 65º. A reclamação ao Conselho Pleno poderá ocorrer, no caso concreto, por
requerimento das partes do processo, dirigido ao Presidente do CRPS, somente
quando os acórdãos das Juntas de Recursos do CRPS, em matéria de alçada,
ou os acórdãos de Câmaras de Julgamento do CRPS, em sede de recurso
especial, infringirem:
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Seleção de Acórdãos
I - indeferir por decisão monocrática irrecorrível, quando verificar que não foram
demonstrados os pressupostos de admissibilidade previstos no caput;
II - distribuir o processo ao Conselheiro relator da matéria no Conselho Pleno
quando verificar presentes os pressupostos de admissibilidade previstos no
caput.
Seção IV
Art. 66º As reuniões do Conselho Pleno serão abertas por seu Presidente, após
verificada a presença de, no mínimo, metade mais um dos seus membros.
I - acompanhar o relator;
II - divergir do relator; ou
III - pedir vista dos autos.
CAPÍTULO X
Art. 70º. É vedado aos órgãos julgadores do CRPS afastar a aplicação, por
inconstitucionalidade ou ilegalidade, de tratado, acordo internacional, lei, decreto
ou ato normativo ministerial em vigor, ressalvados os casos em que:
I - já tenha sido declarada a inconstitucionalidade da norma pelo Supremo
Tribunal Federal, em ação direta, após a publicação da decisão, ou pela via
incidental, após a publicação da resolução do Senado Federal que suspender a
sua execução; e
II - haja decisão judicial, proferida em caso concreto, afastando a aplicação
da norma, por ilegalidade ou inconstitucionalidade, cuja extensão dos efeitos
jurídicos tenha sido autorizada pelo Presidente da República.
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Seleção de Acórdãos
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ÁCORDÃOS 1ª JR -
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Seleção de Acórdãos
Documento: 0112.075.307-1
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL COARI-APSCOA
Nº de Protocolo do Recurso: 35809.000295/2010-83
Recorrente(s): IRANILDO MELO DA SILVA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 25/08/2010
Relator(a): DORACI PEREIRA DE SOUSA
Relatório
IRANILDO MELO DA SILVA recorre a esta 1ª Junta de Recursos, no Amazonas contra a decisão proferida
pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS Coari/AM, suspendeu o seu pedido de Pensão por Morte,
formulado em 09.09.1999, pelo motivo de “Divergência de Informação entre Documentos”.
Manuseando os autos, constata-se que por ocasião do requerimento do benefício em questão, o postulante
apresentou os seguintes documentos:
a) copia da carteira de trabalho nº. 03389/00007-Am do instituidor do beneficio, Certidão de óbito com
falecimento em 01.05.1999;
b) Declaração de Exercício de Atividade Rural com data de filiação em 29.12.1997;
c) Declaração do Sindicato dos Trabalhadores Rurais em Coari/Am com admissão em 29.12.1997;
d) Certidão de nascimento de Iranildo Melo da Silva filho de Francisco Tiburcio da Costa e Silva que talvez por
desconhecimento informou da atividade informou que sua profissão “Serralheiro”;
Observamos que processamento da Dataprev o beneficio foi concedido com inicio a partir de 09.09.1999 a sua
representante lega, sua mãe Maria de Lourdes Melo da Silva, segundo fls.08/09.
A APS Cessou a pensão em 11.07.2006 por não comparecimento ao CENSO, conforme Informações do
Beneficio de fls.10.
Verificamos que consta as fls.15 o formulário Termo de Responsabilidade datado de 23.05.2007, assinado pelo
IRANILDO MELO DA SILVA, data essa que foi emancipado.
Censo Previdenciário 2005 foi realizado e entregue o comprovante ao IRANILDO MELO DA SILVA em
23.05.2007, com a devida atualização reativando a pensão por morte ao referido recorrente, fls.17/25.
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Seleção de Acórdãos
Diante das falhas acima citadas a Gerência Executiva de Manaus não fez pronunciamento quanto à
regularidade da concessão, encaminhando a Chefia da Agencia da Previdência Social em Coari/AM para
ciência e sanar as disfunções detectadas e recomendando que caso não seja regularizado deverá adotar as
providências contidas na Seção VIII da Instrução Normativa nº. 20/2007 e da orientação Interna INSS/DIEBEM
nº. 110/2005.
Verificamos que APS juntou o cadastro eleitoral, Certidão de casamento católico, documento do Sindicato,
fls.27/21.
Observamos que a pensão em nome de IRANILDO MELO DA SILVA foi suspensa por motivo de
irregularidades, datado de 25.04.2008, conforme espelho de AE de fls.32.
Dado a suspensão o postulante recorre em 16 de junho de 2008 informando que não se conforma coma
suspensão da pensão porque é do seu filho menor, assim espera revisão no seu problema.
De acordo com os Dados Básicos da Concessão o benefício foi cessado em 01 de maio de 2008, sem o
cumprimento do que exige a norma do Instituto.
Gostaríamos de acrescentar que a APS Coari não atendeu o solicitado as 26 e procedeu a suspensão sem
oportunidade da defesa do recorrente, que inclusive não comunicou por escrito a suspensão da pensão.
Pelo exposto, decidimos pela baixa dos autos em DILIGÊNCIA PRELIMINAR à APS Coari/AM, para proceder
de acordo com o artigo 11, § 1º, § 2º e § 3º do Ministério da Previdência Social e INSS.
A APS em seu despacho datado de 03.03.2001(fl.38) item 6 entendem que cumpriram a diligência, informando
que mantem a decisão de suspensão até a elucidação das divergências existentes e/ou orientação dos órgãos
superiores para as devidas providencias cabíveis ao caso.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
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Seleção de Acórdãos
Voto
O recurso é tempestivo uma vez que não consta dos autos a comprovação da ciencia da decisao denegatoria,
o que permite o seu conheciemnto e julgamento de mérito.
Vale a pena frizar que segundo os termo de declaração de fls.52 e 54 o servidor do Instituto conclui como
positiva a comprovação da atividade rural do0a requerente no periodo exigido, exercido em regime Familiar,
portanto o exercido de atividade de segurado especial do instituidor da pensão até a data do obito foi
comprovado.
Ressaltamos ainda que através do depoimento da senhora Lourdes Pereira do Livramento ficou claro que
devido a falta de orinetação, conhecimento de como proceder em tal situação, e descazo dos orgaos que
procurou, entre outros nosso entendiemento é que a Maria de Lourdes Melo da Silva e Lourdes Pereira do
Livramento apesar de ter alguns documentos nos autos com divergeciais, s.m.j é a mesma pessoa.
É bom frizar que no relatorio da chefia da APS Coari item 5 vê-se que com base na certidão de casamento
religiosos(Ffls.28), emitida em 29.07.1999 é que justifica que Maria de Lourdes Melo da Silva e Lourdes Pereira
do Livramento trata-se da mesma pessoa.
Ressaltamos que com base na decalração em ficou comprovado o exercicio da atividade do instituidor da
pensão(fls.52 e 54), com outros docuemntos de fls.06,14,28,30 e 32 e ainda o depoimento da mãe do
requerente, e parecer no item 5 do relatorio de fls.68, nosso entendimento é para que seja reativado a pensão,
com os devidos acertos desde a cessação.
Art. 74 da Lei nº. 8.213/91 A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do
segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: (Redação dada pela Lei nº. 9.528, de 1997).
Assim, de acordo com a diligencia efetuada se acham atendidas as condições necessárias ao deferimento da
manutenção do benefício do senhor Iranildo Melo da Silva, VOTO pelo conhecimento do recurso, visto ser este
tempestivo, para, no mérito, DAR-LHE PROVIMENTO.
Decisório
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Seleção de Acórdãos
fundamentação.
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Seleção de Acórdãos
ÁCORDÃOS 2ª JR - CE
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de AcórdãoS
Documento: 0139.413.541-3
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA FORTALEZA-JACARECANGA-APSJCC
Nº de Protocolo do Recurso: 36058.000082/2007-59
Recorrente(s): REGINA CLAUDIA ALBUQUERQUE MEDEIROS
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO DE PROFESSORES
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 05/12/2007
Relator(a): MICHELLE QUINTINO RODRIGUES
Relatório
A recorrente, por sua vez, inconformada com a decisão do INSS, recorre a esta
Colenda Junta, apresentando suas razões de recurso às fls. 31, solicitando a
recontagem de seu tempo de contribuição;
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Seleção de Acórdãos
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
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Seleção de Acórdãos
se deu com a Lei de Diretrizes e Bases de 1996, pelo que não se pode exigir que
antes a recorrente tivesse a devida habilitação, devendo-se observar que a própria
Lei determinou prazo para que os profissionais de ensino regularizassem a
situação quanto à emissão de diplomas de habilitação, o que da recorrente se
confere dos autos desde 1999;
Decisório
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de AcórdãoS
Documento: 0094.196.410-8
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA IGUATU-APSIGU
Nº de Protocolo do Recurso: 35050.000687/2007-57
Recorrente(s): JOANA CANDIDO DOS SANTOS
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR VELHICE - TRABALHADOR RURAL
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 26/06/2007
Relator(a): MARY MARIA MOTA MACEDO
Relatório
Irresignado(a), o(a) requerente, representado por seu advogado conforme procuração à fl. 40,
apresentou recurso no qual aduz que faz jus a aposentadoria, “que com o advento da nova
Constituição Federal de 1988, o Decreto 83.080/79, foi superado, no que concerne aos direitos
previdenciários.” o(a) extinto(a) era seu/sua esposo(a) e que já estava recebendo o benéfico de
pensão que foi cessado indevidamente. Pugna pela reforma da decisão denegatória - fl.36/39 ;
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Seleção de Acórdãos
Nesta Junta os autos foram baixados em diligencia preliminar para que fossem atendidos os
quesitos de fl.43.
Inclusos, ainda, processo concessória de sua aposentadoria, para a qual apresentou Certidão
de Nascimento, entrevista constando estado civil de solteira - fls.51/56.
É o Relatório
Inclusão em Pauta
Voto
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Seleção de Acórdãos
da autora, circunstância fática que autoriza a concessão da aposentadoria por velhice, desde
que preenchidos os requisitos legais exigidos, ocorreu sob a égide da Consolidação das Leis
da Previdência Social, que somente assegura a condição de beneficiário ao cônjuge “cabeça
do casal” pelo Decreto 83.080/79.
§ 2º (...)
I - (...)
Ora, conjugando-se as definições postas nos respectivos dispositivos, verifica-se que, para
efeitos da legislação vigente à época do pedido da autora, a unidade familiar compunha-se de apenas
um trabalhador rural, os outros membros eram seus dependentes. Assim, apenas ao chefe ou arrimo
da unidade familiar era devida aposentadoria por velhice, pois apenas ele era considerado segurado
especial da Previdência Social, sendo reservada aos demais membros do grupo familiar a condição
de dependentes daquele e, por via de conseqüência, o direito ao pensionamento, logo, concedida ao
homem não havia direito à mulher.
Note-se ainda que o cônjuge do sexo feminino somente seria considerado chefe da unidade
familiar quando dirigia e administrava os bens do casal nos termos do artigo 251 do Código Civil,
desde que o outro cônjuge não recebesse aposentadoria por velhice ou invalidez; ou quando fosse o
cônjuge sobrevivente ou aquele que, em razão de divórcio, separação judicial, desquite ou anulação
do casamento civil, tem filhos menores sob sua guarda. Daí conclui-se em suma que a mulher
somente teria direito à aposentadoria se provasse que era arrimo de família.
89
Seleção de Acórdãos
Enfim, como era comum na época, não havia tratamento igualitário entre homens e
mulheres, ao contrário, a norma privilegiava os homens em detrimento das mulheres, na medida em
que somente assegura os benefícios aos homens, excluindo as mulheres do rol de beneficiários.
Esta diferença de igualdade perante a lei que se fazia entre homens e mulheres, no que
pertine à concessão de benefícios aos rurícolas, perdurou até a edição da Lei n. 8.213/91.
Muito embora a igualdade de direitos e obrigações trazida pela Constituição Federal de 1988
tenha desfeito a presunção legal de que o marido seja o chefe da família, conquanto, tenha estendido
o direito à pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes, não revogou, todavia, o princípio de que a pensão por morte dos trabalhadores rurais
seja devida apenas no caso de morte do chefe da família e mesmo sendo auto-aplicável a isonomia
de tratamento entre os cônjuges, somente com a Lei 8213/91 surge o benefício previdenciário rural
à esposa e, deste modo, não possui o segurado varão, antes da lei nova, direito à pleiteada pensão.
No regime anterior à referida lei, somente a mulher que demonstrasse inequivocamente ser chefe ou
arrimo da unidade familiar detinha a condição de segurada da Previdência Social. O princípio da
uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais é de natureza
programática, não é auto-aplicável.
...
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social
poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
correspondente fonte de custeio total.
90
Seleção de Acórdãos
Adune-se que este entendimento não é matéria nova, o assunto já havia sido
regulamentado em legislações pretéritas, inclusive na vigente à época do evento em lide, Decreto
83.080/79, art, 382 parágrafo único e 383.
Decisório
91
Seleção de Acórdãos
92
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0138.095.515-4
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA CAUCAIA-APSCAU
Nº de Protocolo do Recurso: 36042.000641/2006-19
Recorrente(s): MARCOS CAMPELO MOREIRA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO DE PROFESSORES
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 09/08/2006
Relator(a): MARY MARIA MOTA MACEDO
Relatório
93
Seleção de Acórdãos
94
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
“Art.67.
...
95
Seleção de Acórdãos
Contudo uma exigência não pode fugir a regra, que seja a atividade
desempenhada em estabelecimento de ensino fundamental e pelos contratos
demonstrados pelo segurado, somando-se os estabelecimentos os quais
entendemos assim classificados seu tempo soma aproximadamente 25 anos e 04
meses.
96
Seleção de Acórdãos
Decisório
97
Seleção de Acórdãos
98
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0535.181.682-9
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA CRATO-APSCTO
Nº de Protocolo do Recurso: 35048.000532/2009-21
Recorrente(s): MARIA SALETE GONCALVES LOPES DE OLIVEIRA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: AMPARO SOCIAL PESSOA PORTADORA DEFICIÊNCIA
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 24/06/2010
Relator(a): MICHELLE QUINTINO RODRIGUES
Relatório
99
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
Decisório
100
Seleção de Acórdãos
101
Seleção de Acórdãos
102
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0144.051.967-3
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA IGUATU-APSIGU
Nº de Protocolo do Recurso: 35050.001356/2007-34
Recorrente(s): FRANCISCO ARLUCIO BEZERRA FEITOSA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO DE PROFESSORES
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 05/12/2007
Relator(a): MICHELLE QUINTINO RODRIGUES
Relatório
Recurso tempestivo interposto por Francisco Arlucio Bezerra Feitosa sobre decisão
do INSS - Instituto Nacional do Seguro Social, que indeferiu pedido de concessão
de benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, proposto pelo
Recorrente em 16.08.2007, sob o fundamento de que não foi atingido o tempo
mínimo de contribuição exigida até data de entrada do requerimento;
O recorrente, por sua vez, inconformado com a decisão do INSS, recorre a esta
Colenda Junta, apresentando suas razões de recurso às fls. 30, esclarecendo que
onde reside, no período de 1970 a 1979 não havia professores habilitados na área
de ciências para lecionar no ensino médio, razão pela qual instituições de ensino
locais buscaram as chamadas licenças temporárias amparadas legalmente
conforme Parecer 0266/2006 do Conselho estadual de Educação e na Lei
5.692/71;
103
Seleção de Acórdãos
“ ...
Pelo exposto, dá-se certeza de que a atuação do magistério no
campo da educação infantil ou ensino pré-escolar/jardim de
infância, até o ano de 2001, prazo concedido pela Lei 9.424/1996,
era exercida por professores leigos. A normatização da formação
básica para magistério naquela área de ensino só foi
concretizada em 1996, com o advento da nova LDB, no.
9394/1996.”
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
104
Seleção de Acórdãos
Decisório
105
Seleção de Acórdãos
106
Seleção de Acórdãos
ÁCORDÃOS 3ª JR - PE
107
Seleção de Acórdãos
108
Seleção de Acórdãos
Documento: 0147.864.448-3
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA SURUBIM-APSSUR
Nº de Protocolo do Recurso: 35804.000449/2009-43
Recorrente(s): ELZA CABRAL DE LIMA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR IDADE
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 25/09/2009
Relator(a): JORGE LUIZ PEREIRA RAMOS
Relatório
Recurso tempestivo contra ato do INSS, que indeferiu pedido de aposentadoria por idade,
formulado em 22/04/2009, pela Sra. Elza Cabral de Lima, na condição de servidora pública
empregada, nascida no dia 07/04/1939.
A Prefeitura Municipal de Surubim – PE expediu em 29/05/2009, a Declaração de fls. 02,
atestando que a Sra. Elza Cabral de Lima iniciou suas atividades profissionais naquele Órgão a
partir de 09/12/1991, bem como, que os recolhimentos previdenciários no período de junho de 1997
a março de 1999 foram em favor do IPSEP, e nos demais períodos foram feitos em favor do INSS,
totalizando 17 anos, 05 meses e 20 dias de tempo de serviço.
Observa-se nas cópias da Carteira Profissional de nº 006004/000075, expedida em 13/03/2001,
registro de contrato de trabalho da postulante com o Instituto Materno Infantil de Pernambuco –
IMIP, no período de 01/05/2001 a 31/01/2004 (fls. 09/12).
Os elementos anexados às fls. 13/115 se fazem representar por cópias de Recibos e
Demonstrativos de Pagamentos de Salários da supracitada Prefeitura e do IMIP, referentes a
diversos períodos compreendidos entre 08/1993 e 03/2009.
O pleito foi indeferido sob a alegação de falta de período de carência - fls. 119/120.
O Instituto contou o tempo de contribuição da reclamante e contabilizou em favor da mesma 06
anos, 11 meses e 28 dias até 31/03/2009, equivalentes a 84 meses para efeito de carência,
considerando apenas os períodos de 01/05/2001 a 31/01/2004 e 03/01/2005 a 31/03/2009,
trabalhados no IMIP e na Prefeitura de Surubim, respectivamente – fls. 124.
Inconformada com a decisão do Instituto, a pleiteante recorreu ao julgamento desta Junta de
Recursos (fls. 125), fazendo junto ao Processo cópia de Assentamentos de Servidor expedido pela
já mencionada Prefeitura, no qual consta como data de admissão o dia 08/03/1992 (fls. 126).
Nas contrarrazões de fls. 135, o INSS manteve seu ato recorrido, pelo mesmo motivo que o
levou a indeferir o pleito.
Os presentes autos já foram objeto de análise por este Relator, que decidiu retorná-los ao
Órgão de origem em forma de diligência – fls. 137.
Em cumprimento, o Instituto procedeu com pesquisa na Prefeitura de Surubim, tendo-a
concluída “positiva”, pelo fato de terem sido confirmados os vínculos empregatícios da Sra. Elza
Cabral de Lima, nos períodos de 09/12/1991 a 30/04/2001 e 01/02/2004 a 30/04/2010 (data da
realização da pesquisa), bem como, que no lapso temporal entre 01/05/2001 e 31/01/2004 a
109
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
“Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida
nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.”
110
Seleção de Acórdãos
deu após tal data, passando a ser exigida a carência de 180 (cento e oitenta) contribuições
mensais, conforme disposto no Inciso II, do Artigo 29, do referido Decreto, que determina:
“Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social,
ressalvando o disposto do Art. 30, depende dos seguintes períodos de carência:
(...);
II – cento e oitenta contribuições mensais, nos casos de aposentadoria por idade, tempo de
contribuição e especial;
(...).”
Decisório
111
Seleção de Acórdãos
112
Seleção de Acórdãos
Documento: 0143.912.902-6
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA ESCADA-APSESC
Nº de Protocolo do Recurso: 35209.000242/2009-98
Recorrente(s): DAMIÃO CALIXTO FERREIRA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 26/06/2009
Relator(a): IVANICE CARNEIRO PESSOA
Relatório
Recurso contra decisão do INSS que indeferiu pedido de Aposentadoria por Tempo de
Contribuição, formulado em 16.01.2009, por segurado empregado, nascido em 04.04.1960.
O benefício foi indeferido, sob alegação de falta de comprovação de período de carência (fl.
31).
Às fls. 05/17, constam cópias das Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do
postulante, emitidas em 10.03.1997 e em 01.09.1977 (número 51795, série 580), com vínculos
empregatícios, no período de 19.08.1977, sem data de saída, na função de Trabalhador Rural
(“Usina União e Indústria S/A”).
Em Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), às fls. 19 e 20, constam vínculos
empregatícios do postulante, nos períodos de 19.08.1977 a 09.2000; de 19.08.1977 a 31.10.2001;
de 19.08.1977, com última remuneração em 12.1993; de 19.08.1977, com última remuneração em
11.2008; de 19.08.1977 a 15.12.1986; de 19.08.1977 a 26.06.1994; de 19.08.1977 a 20.12.1999; de
26.05.1997, com última remuneração em 12.1997; de 01.01.2000, com última remuneração em
08.2000; de 01.01.2000 a 31.08.2000; de 01.09.2000, sem data de saída e de 01.11.2001, sem
data de saída. Consta, ainda, que o interessado recebeu dois benefícios da Previdência Social, nos
períodos de 12.02.2003 a 19.03.2003 e de 15.10.2003 a 26.02.2004.
Às fls. 23, consta Registro de Empregado, com admissão em 19.08.1977, sem data de saída.
Com a finalidade de que fosse reconhecida pelo INSS a condição de trabalho prejudicial à
saúde ou à integridade física, o recorrente apresentou PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário),
referente ao período de 19.08.1977 a 23.01.2009 (data da emissão do documento), com a função
de Trabalhador Rural (Usina União e Indústria S/A), às fls. 24 e 25.
Em suas razões de recurso, às fls. 30, o postulante alega que não foi considerado o laudo
dado pela empresa, com o período especial.
Em suas Contrarrazões de recurso, às fls. 37, o INSS ratifica a decisão recorrida.
Com o intuito de que os agentes nocivos, constantes no PPP fossem analisados pela Perícia
Médica do INSS, os autos foram baixados em diligência (fl. 40).
Às fls. 44, foi anexada Análise e Decisão Técnica de Atividade especial, concluindo pela não
comprovação de efetiva exposição a agentes nocivos contemplados na legislação.
Os autos foram baixados novamente em diligência, por duas oportunidades: uma para a
realização de pesquisa, com a verificação do vínculo do postulante, a partir de 01.09.1977, com a
113
Seleção de Acórdãos
Usina União e Indústria S/A (fl. 54) e outra para que fosse juntada nova contagem de tempo de
contribuição, inclusive até a Emenda Constitucional nº. 20/98 (fl. 66).
Em atendimento, o INSS realizou pesquisa na referida Usina, em 07.04.2010, confirmando o
vínculo empregatício do recorrente, na função de trabalhador rural, até a presente data. Consta,
ainda, que ele executa as atividades de limpar cana, plantar, cortar. A pesquisa foi concluída como
positiva (fls. 57 e 58).
Ainda em atendimento à diligência, a Autarquia juntou aos autos Resumo de Documentos
para Cálculo de Tempo de Contribuição, contabilizando, até 16.12.1998 (data da Emenda
Constitucional nº. 20/98), o tempo de 21 anos 03 meses e 28 dias; até 28.11.1999, o tempo de 22
anos 03 meses e 10 dias e até 16.01.2009 (data da entrada do requerimento), o tempo de 31 anos
04 meses e 28 dias, equivalentes a 385 (trezentos e oitenta e cinco) contribuições para verificação
de carência. O tempo mínimo para aposentadoria proporcional como o adicional previsto em lei de
33 anos 05 meses e 18 dias (fls. 68/71).
Inclusão em Pauta
Voto
114
Seleção de Acórdãos
Artigo 56. A aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao segurado após trinta e
cinco anos de contribuição, se homem, ou trinta anos, se mulher, observado o disposto no artigo
199-A.
Artigo 187. É assegurada a concessão de aposentadoria, a qualquer tempo, nas condições
previstas na legislação anterior à Emenda Constitucional nº 20, de 1998, ao segurado do Regime
Geral de Previdência Social que, até 16 de dezembro de 1998, tenha cumprido os requisitos para
obtê-la.
Mesmo que o segurado tivesse atingido o tempo para a aposentadoria proporcional, este não
cumpre o quesito etário de 53 anos nos termos do artigo 188, incisos I e II do Regulamento
supracitado
Artigo 188. O segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até 16 de dezembro
de 1998, cumprida a carência exigida, terá direito a aposentadoria, com valores proporcionais ao
tempo de contribuição, quando, cumulativamente:
I - contar cinqüenta e três anos ou mais de idade, se homem, e quarenta e oito anos ou mais
de idade, se mulher; e
II - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
Ante o exposto, VOTO do sentido de conhecer do recurso para, no mérito, NEGAR-LHE
provimento.
Decisório
115
Seleção de Acórdãos
116
Seleção de Acórdãos
Documento: 0144.385.848-7
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA AFOGADOS DA INGAZEIRA-APSAFO
Nº de Protocolo do Recurso: 37388.000244/2008-61
Recorrente(s): CARMELITA MARIA DA CONCEIÇAO
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 05/08/2009
Relator(a): IVANICE CARNEIRO PESSOA
Relatório
Recurso tempestivo contra decisão do INSS que indeferiu pedido de Pensão por
Morte de João Batista Soares, ocorrida em 06.04.2008 e formulado em 24.04.2008 pela
interessada, Sra. Carmelita Maria da Conceição, na condição de “companheira” do falecido.
O benefício foi indeferido sob a alegação de falta de Qualidade de Dependente –
companheira, às fls.15.
De acordo com o contido nos autos, o ex-segurado era aposentado por invalidez –
Trabalhador Rural – B/04-91.363.218-0, desde 01.07.1976, às fls. 14.
Observa-se que a companheira, Sra. Carmelita Maria da Conceição, foi declarante do
óbito, fls. 06.
Para comprovação da união estável em relação ao falecido, a interessada apresentou:
− Prova de mesmo domicílio, fls. 06.
− Escritura particular de Doação de Bens e Imóveis, feita em 13.03.2008, de um lado
como outorgante doador o Sr. João Batista Soares e do outro lado como outorgada donatária a
sua companheira, Sra. Carmelita Maria da Conceição, fls. 07 a 09.
− Cadastramento único para Programas Sociais do Governo Federal, constando
desta relação a Sra. Carmelita Maria da Conceição e o Sr. João Batista Soares, relatório extraído
em 23.04.2008, fls. 10.
Inconformada com a decisão, a interessada recorre a Junta de Recursos alegando, às
fls. 17, que conviveu com o extinto, por vinte anos, caracterizando uma longa convivência
conjunta. Para que seja comprovada a dependência econômica, faz necessário a comprovação de
no mínimo três documentos. Apresentou: escritura particular de compra e venda de um imóvel
urbano, adquirido pelo falecido e a recorrente no ano de 2000. Posteriormente, o Sr. João Batista
Soares doou por meio de escritura pública o imóvel para a recorrente em 13.03.2008. Documento
de cadastro único para Programas Sociais do Governo Federal, em que consta cadastro familiar
em nome do Sr. João Batista e a recorrente. Diante o exposto, solicita que seja dado provimento
ao recurso.
Nas contrarazões de fls. 18, o INSS mantém o indeferimento, alegando que os
documentos apresentados não comprovam união estável em relação ao segurado instituidor.
Para melhor julgamento do mérito do recurso, foram os autos baixados em Diligência
117
Seleção de Acórdãos
por esta Relatora, para realização de pesquisa, junto à vizinhança da Rua 1, nº 90, Jureminha –
Tabira-PE, bem como dar ciência à recorrente do conteúdo dos 17 itens do §3º do artigo 22 do
Decreto 3.048/99, fls. 20.
Para atender a Diligência desta Junta de Recursos, o INSS realizou pesquisa no
endereço da recorrente, onde foi entrevistado o morador da mesma rua, sob nº 100, tendo o
mesmo confirmado a união estável entre o casal, até o óbito, fls. 25. Na oportunidade foi juntada a
escritura de compra e venda de um imóvel comprado em 03.03.1992 pelo Sr. João Batista e sua
companheira, Sra. Carmelita, fls. 23. Escritura de compra e venda de um imóvel tendo como
vendedores o Sr. João Batista e Sra. Carmelita Maria da Conceição, em 01.11.2001, fls. 24.
Inclusão em Pauta
Voto
118
Seleção de Acórdãos
Decisório
119
Seleção de Acórdãos
120
Seleção de Acórdãos
ACÓRDÃOS 5ª JR-DF
121
Seleção de Acórdãos
122
Seleção de Acórdãos
Relatório
Cuida o presente de recurso interposto em tempo hábil por ISAIAS DE BRITO
NETO contra os termos da decisão do Instituto Nacional do seguro Social - INSS que indeferiu
seu pedido de pensão por morte de sua companheira, Mercia Rosalia Souza, cujo óbito ocorreu
em 11/08/90.
Inicialmente, a pensão por morte da ex-segurada foi concedida ao filho menor,
Armand Souza Brito, na data deste julgamento com 21 anos completos. O benefício foi cessado
em 07/06/2006 (fls. 64).
No recurso de fls. 37/38, o interessado, em resumo, alega que sempre pensou que o
benefício estava em seu nome, que apenas quando da cessação do benefício é que descobriu que
estava apenas no nome do filho. Alega que os documentos apresentados comprovam que ele e a
falecida viviam em união estável. Solicita o restabelecimento do benefício em seu nome, na
condição de companheiro.
È o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 11/12/2006 para sessão nº 337/2006 de 11/12/2006 às 14:30.
Voto
EMENTA:
Previdenciário.
Pensão por morte - Dispositivo vigente: Decreto 83.080/79. Trabalhador Urbano.
Necessidade de caracterização da qualidade de segurado do (a) “de cujus” na data
do óbito, da carência, no caso, e da qualidade de dependente do (a) postulante em
relação ao (a) instituidor (a) do benefício. Habilitação de companheiro. Óbito da
Instituidora ocorrido após a CF/88 e antes da edição da Lei 8.213/91. Regência pelo
inciso I do artigo 12 e artigo 67 do Decreto 83.080/79. Impossibilidade da concessão
do benefício. Marido não inválido. Não caracterização da condição de dependente
da instituidora. Inciso I do Artigo 12 e Artigo 67, ambos do Decreto 83.080/79.
Recurso conhecido e não provido.
123
Seleção de Acórdãos
Para a questão em tela - direito de o marido ser incluído como dependente da mulher
e, nessa condição, ser beneficiário de pensão por morte, conquanto ser a falecida segurada
obrigatória da Previdência Social, cujo óbito ocorreu após a promulgação da CF/88, em 05/10/88
e antes da edição da Lei 8.213, de 24/07/1991, é de bom alvitre transcrever os dispositivos
relevantes para a controvérsia.
A Constituição Federal, de 05/10/1988, estabeleceu igualdade de tratamento entre
homens e mulheres dispondo da seguinte forma:
-Artigo 5º (....)
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição;
124
Seleção de Acórdãos
Considerando que a matéria encontra-se pacificada por meio da Nota Técnica nº 482/2002, na
qual é abordada tanto a questão de esposo-viuvo de trabalhadora rurícola quanto de esposo-viuvo
de segurada empregada, para óbitos ocorridos entre 05/10/88 a 24/07/91, cujas disposições estão
em consonância com as decisões judiciais mencionadas.
Ante os dispositivos mencionados, pode-se concluir que não é devida pensão por
morte de segurada, cujo óbito ocorreu entre a data da promulgação da Carta Magna da Republica
(05/10/88) e o advento da Lei 8.213, de 24/07/91, ao esposo-viúvo, salvo se atendida a condição
de esposo inválido.
Diante do exposto, não há amparo legal para atendimento do pleito do Sr. ISAIAS
DE BRITO NETO, não lhe sendo devida a concessão de pensão por morte de sua esposa,
falecida em 11/08/90.
125
Seleção de Acórdãos
126
Seleção de Acórdãos
Nº. de Protocolo do
35758.004841/2007-01
Recurso:
RETAGUARDA/BENEFÍCIOS - AGÊNCIA
Unidade de Origem:
BRASÍLIA-TAGUATINGA
Documento: 0047.210.490-0
Recorrente: ANTONIO LUIZ OLIVEIRA SILVA
Recorrido: INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PREVIDENCIÁRIA
Relator(a): ZILDA PACHECO DE SOUZA
Relatório
Retornam os autos de diligência, fls. 69 a 71, cujo relatório passo a adotar.
1-ANTONIO LUIZ OLIVEIRA SILVA, já qualificado nos autos, recorre contra ato
do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS - que, após procedimento administrativo de
auditoria, suspendeu os pagamentos do benefício 32/ 047.210.490-0
2-A concessão da aposentadoria por invalidez foi precedida da concessão de auxílio
doença previdenciário – NB – 31/ 047.762.649-1, com início em 01/08/1992 (fls. 05). A
aposentadoria teve início em 01/12/1993.
3-A auditoria no presente processo decorreu de análise efetuada pela Secretaria
Federal de Controle, a qual conluiu pela ocorrência de possível irregularidade na manutenção do
beneício em apreço (fls. 15).
4-A possível irregularidade apontada consiste no fato de que o Senhor ANTONIO
LUIZ OLIVEIRA SILVA, em gozo de aposentadoria por invalidez, exerceu atividade laboral
remunerada, como fazem prova as informações constantes do Cadastro Nacional de Informações
Sociais – CNIS, fls. 16, donde se depreende a existência de vínculos empregatícios nos períodos
04/10/94 a 07/01/95, 13/09/2002 a 07/05/2003 e 21/02/2005 a 01/09/2005.
5-O recursante foi notificado, nos termos da carta de fls. 40, ocasião em que lhe foi
facultada a apresentação de defesa e/ou recurso às instâncias do Conselho de Recursos da
Previdência Social – CRPS.
6-No recurso de fls. 45/46, o interessado, em resumo, declara que vive em cadeira de
rodas, que tentou retornar ao trabalho, pelo projeto “Cidadão Capaz”, projeto que visa a inclusão
dos deficientes físicos no mercado de trabalho, todavia, não conseguiu mantér a rotina do
trabalho e, após duas tentativas, desistiu de retornar ao trabalho. Por fim, alega que não tem
condições de pagar os débitos informados pelo INSS, pois não possui nenhuma fonte de renda.
Requer o restabelecimento do benefício, pois é seu único meio de sobrevivência.
7-O julgamento foi convertido em diligência, para submeter o interessado a exame
médico-pericial, para comprovar a permanência da invalidez, que motivou a concessão da
aposentadoria por invalidez.
8-Avaliado por Junta Médica do INSS, a conclusão é pela inexistência de
incapacidade laborativa, conforme laudo médico pericial de fls. 73/74.
9-Encaminhados os autos à Assessoria Médica desta Junta, a conclusão é que o
recursante está inválido, nos termos da análise de fls. 76.
10-É o relatório.
127
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 14/08/2009 para sessão nº 574/2009 de 21/08/2009 às 17:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PREVIDENCIÁRIA.
BENEFÍCIO SUSPENSO. VEDADO O EXERCÍCIO DE ATIVIDADE
REMUNERADA PARA O SEGURADO (A) EM GOZO DO BENEFÍCIO.
RETORNO VOLUNTÁRIO À ATIVIDADE LABORAL CONFIRMADO.
CESSAÇÃO MOTIVADA PELA PROVAS MATERIALIZADORAS DO FATO.
PERMANÊNCIA DA INVALIDEZ RECONHECIDA EM PARECER MÉDICO
RECURSAL. CABIMENTO DO PEDIDO COM APLICAÇÃO DAS
DISPOSIÇÕES DOS ARTIGOS 48 E 50 DO DECRETO 3.08/99. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE
11-Presentes as condições para a admissibilidade do presente recurso.
12-A suspensão da presente aposentadoria por invalidez tem como fundamento o fato
de que o instituidor do benefício, Senhor Antonio Luiz Oliveira Silva, retornou, voluntariamente,
a exercer atividade remunerada.
13-A atividade remunerada, assim definida aquela que rende remuneração, traduz-se
pelo emprego, nesta condição, o artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT dispõe:
14-Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Art. 48. O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua
aposentadoria automaticamente cessada, a partir da data do retorno.
Art. 50. O segurado que retornar à atividade poderá requerer, a qualquer tempo, novo
benefício, tendo este processamento normal.
128
Seleção de Acórdãos
Assim, certo é que o INSS, ao cessar o benefício do interessado, agiu com acerto, vez
que comprovado está nos autos o retorno voluntário à atividade.
Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do
segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia
primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia
em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.
(Redação dada pela Lei nº 10.839, de 2004)
Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido
pagas, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou
diferenças devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na
forma do Código Civil. .(Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997).
Assim, é forçoso concluir pela não cobrança dos valores percebidos pelo benefício no
período 04/10/94 a 07/01/95, vez que transcorridos mais de dez anos, entre a última parcela
remunerada e o início do procedimento de auditoria, no ano de 2006.
129
Seleção de Acórdãos
cento), visto tratar-se de beneficio em valor mínimo, e esta decisão visa não subtrair do
interessado as condições mínimas de sobrevivência.
O recurso do interessado é no sentido de não devolver os valores do benefício
percebidos conjuntamente com as remunerações advindas do exercício de atividade remunerada,
assim, não há amparo para acolher seu pleito na totalidade.
130
Seleção de Acórdãos
Relatório
TOGO GUSMÃO RODRIGUES – recorre contra os termos da decisão
do INSS Instituto Nacional do Seguro Social, que após identificar indício de
irregularidade na concessão da sua aposentadoria concedida em 30/07/1999
alterou o tempo de contribuição de 36 para 30 anos ocasionando a redução do
coeficiente de cálculo de 100% para 70% com conseqüente redução do valor do
benefício.
Fls. 77, Carta de Concessão / Memória de Cálculo fixando a renda
mensal do benefício requerido 30/07/1999 em R$ 587,65 com 36 anos de tempo
de contribuição.
Fls. 82, pedido de revisão apresentado pelo segurado para correção
dos salários de contribuição dos meses de 08/1996 a 10/1996, segundo o mesmo
foram utilizados os valores de R$ 383,02 quando deveriam ter sido R$ 478,78.
Fls.96, carta de exigência pede esclarecimento quanto as atividades
desenvolvidas na empresa SERVAUTO VEÍCULOS E PEÇAS como pintor.
Fls. 99, o segurado explica os serviços executados na oficina que
consistia em lixar, amaciar, dar fundo novamente, preparar a tinta com solvente e
aplicar com revólver. Informa que não tem como apresentar novos elementos uma
vez que os proprietários já faleceram.
Fls. 114, através de ofício o segurado é informado do indício de
irregularidade na documentação que embasou a concessão da sua
aposentadoria. O enquadramento dos períodos de 14/09/1976 a 15/07/1988 e de
16/07/1988 a 04/05/1989 face a não apresentação de esclarecimentos em relação
a atividade executadas nas funções de “encarregado de pintura e chefe de
pintura”. O mesmo ofício oferece prazo para defesa escrita.
Fls. 115, defesa escrita apresentada pelo seu procurador busca na
prescrição e na decadência os argumentos para descaracterizar a revisão
providenciada pelo Instituto. Quanto as atividade de encarregado de pintura e
chefe de pintura esclarece que consistia em fazer o mesmo serviço de pintor
como se depreende dos DSS 8030 apresentados.
O procurador finaliza sua exposição pedindo a aplicação do Artigo 347
do Decreto 3.048/99 que fixa em dez anos o prazo de decadência de todo e
qualquer direito ou ação do segurado ou benefício para a revisão do ato de
concessão do benefício e requer a manutenção da concessão inicial sem a
alteração do tempo de serviço que fora utilizado inicialmente procedendo-se
apenas as correções dos salários requerida na inicial.
131
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 04/02/2011 para sessão nº 39/2011 de 14/02/2011 às 11:30.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. REVISÃO DE
CÁLCULOS – DESCARACTERIZAÇÃO DE ATIVIDADE CONSIDERADA
ESPECIAL. CÁLCULOS REVISTOS PELO INSS ELABORADOS DIANTE DA
REDUÇÃO DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. ENQUADRAMENTO POR
ATIVIDADE MANTIDO PELA DESCRIÇÃO DAS FUNÇÕES EXERCIDAS.
ARTIGO 70 DFO DECRETO 3.048/99 . RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
Jornada
2.5.4 PINTURA Pintores de Pistola. Insalubre 25 anos
normal.
132
Seleção de Acórdãos
133
Seleção de Acórdãos
134
Seleção de Acórdãos
Nº. de Protocolo do
37284.002681/2005-34
Recurso:
Unidade de Origem: PROTOCOLO GERAL/GEX DISTRITO FEDERAL
Documento: 0120.654.407-1
JANICE AUGUSTA DA SILVA MAGALHÃES/EX.SEG.:DALVA MARIA
Recorrente:
SILVA MAGALHAES
Recorrido: INSS
Assunto/Espécie
PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA
Benefício:
Relator(a): ZILDA PACHECO DE SOUZA
Relatório
Tempestivamente recorre JANICE AUGUSTA DA SILVA MAGALHAES contra os
termos da decisão do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS - que cessou o seu benefício de
pensão concedido por morte de sua filha DALVA MARIA SILVA MAGALHAES, cujo óbito
ocorreu em 0/1/2001.
A cessação do benefício ocorreu em face de habilitação de companheira, Senhora
SILMARA MARIA DE SANTA ISABEL LIMA, cujo direito foi reconhecido pelo INSS,
sendo-lhe concedido o benefício NB - / 10.761.141-6, com início em 29/05/2003 (fls. 243).
No recurso de fls. 46/47, em resumo, a mãe da ex-segurada e recorrente no presente
recurso, Senhora JANICE AUGUSTA DA SILVA MAGALHAES, enumera alguns fatos que,
segundo ela, demonstram seu direito e de seu filho maior inválido no restabelecimento do
benefício. Alega que tanto ela como seu filho são dependentes designados por sua filha junto à
Assistência Médica (CASSI) do Banco do Brasil, enquanto que a Senhora SILMARA MARIA
SANTA ISABEL LIMA tem como dependentes designados sua mãe e outros parentes, que
ambas possuíam imóveis distintos, cada uma com sua propriedade, provando que não adquiriram
imóveis em comum. Ressalta que a Senhora SILMARA MARIA SANTA ISABEL LIMA é
credora de processo movido contra o inventariante de DALVA MARIA SILVA MAGALHAES,
a qual é a recorrente, sendo pago à Senhora SILMARA MARIA SANTA ISABEL LIMA o
montante de R$ 44.970,09, em 15/01/2002, valores esses decorrentes de despesas com a
ex-segurada (fls. 147).
Relata, ainda, as dificuldades para estar em contado com a filha, devido residir no
interior e ela em Salvador, e ainda por ter um filho deficiente, que dela depende para tudo.
Solicita a reativação do benefício, sendo este a forma de sobrevivência dela e do filho
inválido, pois era a ex-segurada quem os sustentava.
O julgamento foi convertido em diligência para comunicar à Senhora SILMARA
MARIA DE SANTA ISABEL LIMA da existência do presente recurso, para que, se de seu
interesse for, apresentar contra-razões.
Nas contra-razões de fls. 263 a 267, a Senhora SILMARA MARIA DE SANTA
ISABEL LIMA, em resumo, alega que manteve união homoafetiva, como verdadeira entidade
familiar, com a ex-segurada DALVA MARIA SILVA MAGALHÃES, a qual perdurou por cerca
de 18 anos. Ressalta que, no ano de 2000, a ex-segurada foi acometida de câncer, vindo a falecer
em 10/10/2001. Alega que, durante o período da doença, custeou o tratamento da falecida, vindo
a ser ressarcida dos dispêndios na importância de R$ 44.970,09, pela mãe da falecida, após a
abertura do inventário. Cita os dispositivos que protegem o direito do (a) companheiro (a)
135
Seleção de Acórdãos
homossexual receber benefício de pensão por morte do (a) companheiro (a) falecido (a), fato que
excluí os dependentes posteriores, a exemplo de mãe e irmão inválido.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 09/04/2009 para sessão nº 241/2009 de 15/04/2009 às 17:30.
Voto
EMENTA: PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA. BENEFÍCIO
CESSADO. HABILITAÇÃO DE MÃE E IRMÃO MAIOR INVÁLIDO.
QUALIDADE DE DEPENDENTE COMPROVADA. BENEFÍCIO CESSADO
POR HABILITAÇÃO DE COMPANHEIRA. PARA O (A) COMPANHEIRO (A)
EXIGE-SE NECESSIDADE DE CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DE
SEGURADO DO “DE CUJUS“, NA DATA DO ÓBITO, E DA
COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE UNIÃO HOMOAFETIVA ENTRE A
POSTULANTE E A INSTITUIDORA DO BENEFÍCIO. RELAÇÃO
HOMOAFETIVA NÃO COMPROVADA. IMPOSSIBILIDADE DE
MANUTENÇÃO DO BENEFÍCIO CONCEDIDO NA CONDIÇÃO DE
COMPANHEIRA. INEXISTÊNCIA DE DEPENDENTE PREFERENCIAL.
CABIMENTO DO PEDIDO DE RESTABELECIMENTO DO BENEFÍCIO
CONCEDIDO À MÃE E AO IRMÃO MAIOR INVÁLIDO. ART. 16, INCISOS
II E III DA LEI N.º 8.213/91.. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
Presentes as condições de admissibilidade do presente recurso.
A questão no presente feito cinge-se ao fato de que, após a concessão da pensão por
morte da ex-segurada DALVA MARIA SILVA MAGALHAES a sua mãe, JANICE ALGUSTA
DA SILVA MAGALHAES e a seu irmão maior inválido, GILSON JOSE SILVA
MAGALHAES, houve habilitação de companheira, SILMARA MARIA DE SANTA ISABEL
LIMA, para a qual o INSS reconheceu o direito ao benefício, acarretando a cessação da pensão,
antes concedida à mãe e ao irmão maior inválido.
A dependência da mãe e do irmão maior inválido está comprovada nos autos de
forma irrefutável, constando elementos que remontam há mais de trinta anos e comprovam que a
mantença dos dois era a cargo da ex-segurada.
Destarte, a cessação deu-se por habilitação de dependente tido como preferencial e
não por não comprovação de dependência econômica, que, para aqueles, é condição
imprescindível para a concessão do benefício em espécie.
Dentre os documentos que coroam a relação de dependência da mãe em relação à
filha falecida está a adesão da falecida, em 13/08/1997, ao Pecúlio do Banco do Brasil, onde
figura a mãe como maior beneficiária, não estando a Senhora SILMARA MARIA DE SANTA
ISABEL LIMA incluída entre os beneficiários (fls. 07).
Merece atenção, ainda, as declarações de Imposto de Renda, nas quais figuram a mãe
e o irmão como dependentes da falecida (fls. 25 a 32).
Destaca-se, ainda, a inclusão da mãe e do irmão como dependentes de assistência
médica, sendo a falecida a titular do plano de saúde, junto à Assistência Médica dos Funcionários
do banco do Brasil – CASSI, fls. 33, carteira às fls. 40.
Ainda, em relação à Assistência Médica, consta às fls. 34 carta do próprio punho da
ex-segurada, dirigida à Cassi alterando número de conta-corrente e autorizando o débito
referente aos seus dependentes Janice Augusta da Silva Magalhães e Gilson José da Silva
Magalhães, datada de 10/05/2001, cinco meses antes do falecimento (fls. 34).
136
Seleção de Acórdãos
“Desde maio/2000 que estou passando por momentos muito difíceis, quando foi
diagnosticado um tumor maligno no intestino da colega aposentada Dalva, com quem tenho laços
de amizade e divido apartamento desde que cheguei a Salvador da década de 80 e a quem
considero como uma irmã”.
Ainda no documento de fls. 195/196, a Senhora SILMARA MARIA DE SANTA
ISABEL LIMA relata que a família da colega Dalva não tem condições de dar assistência, assim
descrevendo: ... “a mãe mora em Ubaitaba/Bahia, possui idade avançada e ainda dispensa
cuidados a um filho portador de deficiência neurológica e os irmãos moram em São Paulo”.
Atenção especial dediquei, também, ao documento de fls. 148 a 153, o qual refere-se
ao pedido de abertura de inventário com ressarcimento de despesas efetuadas pela Senhora
SILMARIA MARIA DE SANTA ISABEL DE LIMA com a ex-segurada, e no qual ela reafirma
a existência de uma relação de amizade, sendo que, em nenhum momento, é mencionada a
existência de relação amorosa, a qual tenha motivado o custeamento das despesas, ora cobradas
da mãe da ex-segurada.
É de grande importância sopesar que a doença da falecida teve início no ano de 2000,
vindo ela a falecer em 10/10/2001, logo, houve um lapso temporal de mais de um ano, durante o
qual não se verificou nenhum ato da Senhora DALVA MARIA SILVA MAGALHAES no
sentido de resguardar uma possível relação homoafetiva com a Senhora SILMARA MARIA DE
SANTA ISABEL LIMA, logo, não cabe a esta relatora fazê-lo agora, diante da impossibilidade
do contraditório por parte da falecida.
As provas que se têm dos autos é que a ex-segurada resguardou os direitos de sua
mãe e de seu irmão, mesmo após o início da doença, veja documento de fls. 40, escrito pela
falecida cinco meses antes de seu óbito.
As contra-razões da Senhora SILMARA MARIA DE SANTA ISABEL LIMA são
alegações de direito e não têm o condão de alterar as provas materiais que compõem os autos.
Cabe, ainda, mencionar que, embora a interessada alegue uma relação homoafetiva
que perdurou em torno de 18 anos, os vizinhos inquiridos, quando da realização da pesquisa de
fls. 254/255, declararam que a ex-segurada e a Senhora SILMARA MARIA DE SANTA
ISABEL LIMA moravam juntas no aptº 402, aparentemente como amigas, sendo difícil
confirmar se havia relação marital.
Assim, certo é que não havia entre a ex-segurada e a Senhora SILMARA MARIA
DE SANTA ISABEL LIMA união estável de conhecimento público, conforme alegado nas
contra-razões.
Ao tratar da união estável o legislador constitucional assim dispôs:
137
Seleção de Acórdãos
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher
como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais
e seus descendentes.
§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem
e pela mulher.
§ 6º - O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por
mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois
anos.
138
Seleção de Acórdãos
Em ato contínuo, deverá ser cessada a pensão por morte de DALVA MARIA SILVA
MAGALHAES concedida a Senhora SILMARA MARIA DE SANTA ISABEL LIMA, na
condição de companheira, por não comprovação da existência de união estável, na forma do
Inciso I e parágrafo 3º da Lei 8.213/91.
139
Seleção de Acórdãos
140
Seleção de Acórdãos
Relatório
ORLANDO AUGUSTO RIBEIRO NETO recorre contra os termos da decisão do
Instituto Nacional do Seguro Social que indeferiu o pedido de de alteração da espécie
do benefício de 42 – aposentadoria por tempo de contribuição para 46 – aposentadoria
especial.
O segurado requereu e obteve em 09/11/2004 a concessão da aposentadoria por
tempo de contribuição com 35 anos 01 mês e 26 dias.
De acordo com a contagem de tempo de contribuição das fls. 12/13 foram
considerados como exercidos em atividade especial os seguintes períodos na empresa
Maxion Componentes Estruturais.
01/01/1978 a 31/01/1978;
01/07/1978 a 31/07/1978;
01/01/1979 a 31/01/1979;
01/07/1979 a 13/12/1998,
No pedido de revisão das fls. 27 o segurado pede a transformação da espécie
para 46 – aposentadoria especial. Afirma contar mais de 25 anos em atividade
insalubre.
Comunicação de indeferimento de revisão das fls. 30 informa que foram
computados 19 anos 08 meses e 13 dias e que o enquadramento se deu até
13/12/1998.
No recurso das fls. 33 o segurado cita o enunciado 21 JR/CRPS e a Súmula 09
da Turma de Unificação das Decisões dos Juizados Especiais.
Análise e Decisão Técnica de Atividade Especial das fls. 51 avalia o PPP das fls.
45/49 e ratifica o enquadramento dos períodos de 01/01/1978 a 31/01/1978, 01/07/1978
a 31/07/1978, 01/01/1979 a 31/01/1979 e retifica o período de 01/07/1979 a
13/12/1998 para 01/07/1979 a 03/12/1998. A mesma análise não enquadra os períodos
141
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 04/02/2011 para sessão nº 39/2011 de 14/02/2011 às 11:30.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
TRABALHADOR URBANO – INGRESSO JUNTO AO RGPS ANTERIOR A
16/12/1998. NÃO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS DE IDADE
MÍNIMA E TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. ARTIGOS 52 DA LEI Nº 8.213/91 E
188 DO DECRETO 3.048/99 . RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
Presentes as condições de admissibilidade. Conheço do recurso.
Trata-se de pedido revisão para alteração da espécie do benefício de 42 para 46
diante do entendimento do segurado em ter comprovado mais de 25 anos de exposição
ao agente nocivo ruído.
O segurado teve a concessão da sua aposentadoria por tempo de contribuição
concedida com o tempo de 35 anos 01 mês e 26 dias sendo que nele computados as
conversões relativas aos períodos reconhecidos pela Perícia Médica do INSS como
sujeito à exposição ao agente nocivo ruído.
De acordo com a carta de indeferimento de revisão das fls. 30 o tempo de
atividade especial reconhecido pelo Instituto até 13/12/1998 foi de 19 anos 08 meses e
13 dias.
Inconformado o segurado apresenta recurso ao CRPS – Junta de Recursos
sustentando que a utilização do EPI não elimina a nocividade do agente ruído.
Nova avaliação do PPP das fls. 45/49 reitera os enquadramentos já
reconhecidos e especificamente para o período posterior a 03/12/1998 justifica o não
reconhecimento da nocividade pelo uso eficaz do EPI.
O PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário das fls. 45/49 demonstra que o
nível de exposição ao agente ruído após 03/12/1988 foi sempre igual a 94,85 dB(A).
Os níveis de tolerância utilizados na legislação para caracterizar a atividade
especial mediante a presença do agente nocivo ruído foi feita da seguinte forma: ruído
de 80 dB(A) (para trabalhos prestados até 05.03.1997, quando editado o Decreto
2.172/97); 90 dB(A) (para trabalhos prestados entre 06.03.1997 e 18.11.2003) e;
finalmente, 85 dB(A) (para trabalhos prestados a partir de 19.11.2003, quando editado o
Decreto 4.882/2003).
Todavia, deixo de encaminhar os autos a Assessoria Médica desta Junta,
visto que a conclusão apresentada não invalida o reconhecimento do período de
142
Seleção de Acórdãos
143
Seleção de Acórdãos
144
Seleção de Acórdãos
Relatório
JOÃO RODRIGUES DE ALMEIDA, já qualificado nos autos, recorre em tempo
hábil contra os termos da decisão do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS que, ao efetuar
revisão em seu benefício – NB – 42/ 133.933.739-5, foi alterado o tempo de contribuição , bem
como a renda mensal inicial, sendo gerado um débito a ser pago pelo recorrente.
Conforme Requerimento de benefícios de fls. 01, constata-se que o benefício foi
requerido em 15/06/2004, no entanto, através do Resumo de Documentos Para Cálculo de Tempo
de Contribuição de fls. 77/78 consta outra DER 30/09/2005 e o tempo apurado totalizou 35 anos
00 meses 26 dias.
Não vislumbramos nos autos declaração do interessado concordando com a alteração
da DER.
Verifica-se que todas as atividades das empresas consideradas para compor o Período
Básico de Cálculo – PBC informado, às fls. 81 a 93 – Planalto Empresa de Segurança Ltda –
período de 27/04/86 a 31/10/2000 (fls. 85), Embaixada da Nigéria – período de 01/08/95 a
31/08/2005 e de 01/06/97 a 31/01/2004 (fls. 82/83), Ipanema Segurança Ltda – período de
01/11/2000 a 13/10/2004 e Confederal Vigilância de Valores Ltda – período de 14/10/2004 a
29/09/2005 utilizadas para o cálculo da renda mensal inicial do benefício – RMI foram
consideradas como atividades concomitantes.
A Carta de Concessão de fls. 95 informa que o benefício foi concedido com data de
início de benefício – DIB em 30/09/2005 e renda mensal inicial – RMI no valor de R$1.806,29
(Hum mil oitocentos e seis reais e vinte e nove centavos).
O interessado requer revisão em seu benefício, às fls. 99, objetivando receber os
valores atrasados, considerando que a data da entrada do benefício – DER remonta à 15/06/2004
e a DER foi alterada para 30/09/2005, sem o prévio consentimento do postulante.
Às fls. 106 requer seja acrescentado em seu tempo de contribuição os períodos de
10/07/74 a 17/09/74, de 01/04/77 a 30/04/77 e de 02/05/77 a 30/06/77 constantes na Carteira de
Trabalho e Previdência Social CTPS sob o nº 08355 série 411. Solicita ainda, a revisão da renda
mensal inicial argumentando que quase todos os períodos trabalhados foram concomitantes e
deste modo, os salário-de–contribuição são computados para cálculo da renda mensal.
Não consta dos autos o processamento da revisão efetuada, tendo em vista que foi
enviada correspondência para o interessado em 23/06/2008 informando que a mesma foi
realizada sendo facultado prazo para apresentar defesa, uma vez que o tempo de contribuição foi
alterado de 35 anos para 32 anos 09 meses 17 dias, inclusive constando que foi encaminhado
resumo do tempo para conhecimento do recorrente. No entanto, não vislumbramos nos autos a
referida contagem de tempo de contribuição.
145
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 27/08/2009 para sessão nº 589/2009 de 09/09/2009 às 14:30.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO – REVISÃO DE
CÁLCULOS. ALTERAÇÃO DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. APLICAÇÃO
INDEVIDA NO PERÍODO BÁSICO DE CÁLCULO – PBC DE ATIVIDADES
CONCOMITANTES. NÃO CUMPRIMENTO DA CARÊNCIA OU TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO EXIGIDA EM TODAS AS ATIVIDADES CONSTANTES
DO PBC. CÁLCULOS EFETUADOS EM CONFORMIDADE COM O INCISO
II DO ARTIGO 32 DA LEI Nº 8.213/91. RECURSO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO
Presentes as condições de admissibilidade do recurso.
O interessado pretende a revisão em seu benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição alegando que houve redução da renda mensal inicial em decorrência de não ter sido
caracterizada como atividade concomitante todas as atividades exercidas, quais sejam, Planalto
Empresa de Segurança Ltda – período de 27/04/86 a 31/10/2000 (fls. 85), Embaixada da Nigéria
– período de 01/08/95 a 31/08/2005 e de 01/06/97 a 31/01/2004 (fls. 82/83), Ipanema Segurança
Ltda – período de 01/11/2000 a 13/10/2004 e Confederal Vigilância de Valores Ltda – período de
14/10/2004 a 29/09/2005 além da diminuição do tempo de contribuição e consequentemente,
redução da renda mensal.
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Seleção de Acórdãos
I - .............................
II - quando não se verificar a hipótese do inciso anterior, o salário-de-benefício
corresponde à soma das seguintes parcelas:
§ 1º ...............
§ 2º ...............
Insta esclarecer, ainda, que os valores do benefício após processada revisão está em
consonância com a legislação que rege a matéria.
Ante ao exposto, estão corretos os cálculos efetuados na revisão do benefício, posto
que decorreram da aplicação dos dispositivos legais que regem a matéria.
147
Seleção de Acórdãos
148
Seleção de Acórdãos
Relatório
Em 25/10/2004, aos 48 anos de idade, JACINTA KAISER RAUBER requereu
junto ao INSS - Instituto Nacional do Seguro Social benefício de “Aposentadoria por
Tempo de Contribuição”.
De acordo com o demonstrativo de fls. 02 a 04, o Instituto computou até
16/12/98, 25 anos, 07 meses e 26 dias de tempo de contribuição e até 30/09/2004, 31
anos, 05 meses e 10 dias.
Às fls. 08 consta Certidão de Tempo de Contribuição emitida pelo Ministério
da Previdência e Assistência Social – MPAS em 17/06/96 referente aos períodos de:
01/01/69 a 31/12/76, 18/02/77 a 22/04/77, 02/05/77 a 14/02/78, 01/03/78 a 08/03/78 e
16/03/78 a 07/08/88.
Às fls. 05 a 08 consta Certidão de Tempo de Serviço emitida pela Prefeitura
Municipal de Caibaté – RS para os efeitos da Lei 6.226/75 – contagem recíproca,
referente aos períodos de 05/03/92 a 23/06/97.
No recurso de fls. 116 a 121, a interessada alega, em síntese, que no
momento em que solicitou a concessão de sua aposentadoria, contava com mais de 31
anos de tempo de contribuição e 48 anos de idade, portanto, em princípio, atendia os
requisitos necessários, sem a necessidade de pedágio. Requer seja elaborado o
cálculo de sua aposentadoria nas duas modalidades possíveis, ou seja, pela regra geral
contida na 8.213/91; pela regra contida nos artigos 187 e 188 do Decreto 3.048/99,
considerando para tanto o momento em que foram atingidas as condições para a sua
aposentadoria, a fim de que sejam comparados os valores para que seja concedida a
aposentadoria mais vantajosa com data de início em 25/10/2004.
Mediante a Decisão nº 437/2009 de fls. 127/128 e despacho de fls. 137, este
Colegiado converteu o julgamento em diligência a fim de que o INSS – Instituto
Nacional do Seguro Social adotasse as seguintes providências:
a) que o Instituto juntasse aos autos a comunicação de decisão com o real
motivo do indeferimento, bem como do tempo de contribuição reconhecido e os
impugnados, com a devida fundamentação.
b) verificasse se os períodos constantes da Certidão de Tempo de
Contribuição emitida pelo Ministério da Previdência e Assistência Social – MPAS às
fls. 08 de, 01/01/69 a 31/12/76, 18/02/77 a 22/04/77, 02/05/77 a 14/02/78, 01/03/78 a
08/03/78 e 16/03/78 a 07/08/88, foram utilizados para fins de benefícios em outro
regime e, caso contrário, solicitasse da interessada a Certidão original.
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Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 17/03/2011 para sessão nº 116/2011 de 22/03/2011 às 14:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
INDEFERIMENTO – DIREITO ADQUIRIDO NÃO CONFIGURADO.
INATINGIDO O REQUISITO LEGAL DE TEMPO LABORADO. NÃO
RECONHECIMENTO DO TEMPO RURAL POR INEXISTÊNCIA DE PROVA
MATERIAL. INOBSERVÂNCIA DOS PRESSUPOSTOS LEGAIS. ART. 52 DA
LEI N.º 8.213/91 COMBINADO COM O ART. 62 DO DECRETO 3.048/99.
RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
alegado de 01/01/69 a 31/12/76, cabendo ressaltar que, caso houvesse, não haveria
necessidade de indenização, já que, conforme mencionado, não se trata de contagem
recíproca.
Ressalto que na ocasião do julgamento, por meio de sustentação oral, o
procurador da interessada, Alexandre Kaiser Rauber, declarou verbalmente a
inexistência de outros documentos para comprovação da atividade rural, destacando
somente o Bloco Modelo 15 apresentado quando do requerimento da Certidão de
Tempo de Serviço ora citada, o qual, segundo ele, está em nome da mãe da
interessada.
Dessa forma, não reconhecemos o período rural de 01/01/69 a 31/12/76,
portanto, conforme demonstrativo de fls. 148, a segurada soma até 25/10/2004, data da
entrada do requerimento, 23 anos, 06 meses e 02 dias de contribuição.
Na oportunidade, cabe também ressaltar que não houve interesse em
reafirmar a data do requerimento para a data em que atingisse tempo para a
aposentadoria proporcional.
Diante do exposto, a interessada não atingiu em 16/12/98, 25 (vinte e cinco)
anos de contribuição para auferir direito adquirido ao benefício, nem tampouco na data
entrada do requerimento, cumpriu com o tempo de contribuição de 25 (vinte e cinco)
anos mais um período adicional de 40% (quarenta por cento) que em 16/12/98 faltava
para atingir o limite, ou seja, 27 anos, 11 meses e 09 dias, na forma do artigo 52 da Lei
n.º 8.213/91 combinado com os artigos 187 e 188 do Decreto n.º 3.048/99.
Pelo exposto, VOTO, no sentido de, preliminarmente, CONHECER DO
RECURSO, para no mérito NEGAR-LHE PROVIMENTO.
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Seleção de Acórdãos
Relatório
1-DANIEL BORDUNI, já qualificado nos autos, recorre em tempo hábil contra a
decisão do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, que indeferiu a concessão do benefício de
Aposentadoria por Tempo de Contribuição requerido em 13/04/2010.
2-O interessado pretende o reconhecimento de condições especiais com posterior
conversão para tempo de serviço comum para o período 16/02/81 a 13/04/2010, durante o qual
exerceu a atividade de TECNICO OPERACIONAL, junto à ETC – Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos, lotado na Rede Postal Noturna no Aeroporto de Brasília, sendo informado
que nos ambientes de trabalho do recursante há ruídos acima de 90 decibéis, conforme DSS-8030
e Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT apresentados às fls. 23 a 27.
3-A documentação apresentada foi submetida à avaliação do Serviço de Saúde do
Trabalhador - SST do INSS, ocasião em que não foi reconhecido o enquadramento pretendido,
nos termos da Análise e Decisão Técnica de fls. 51.
4-Consoante se infere do demonstrativo às fls. 54, computados os vínculos até a
data do requerimento do benefício, foram apurados 29 anos, 04 meses e 27 dias, sendo informado
um pedágio de 05 anos, 04 meses e 09 dias a ser cumprido.
5-O interessado nascera em 07/05/1960, contando na data do requerimento com 49
anos de idade.
6-O indeferimento ocorreu ao fundamento de “Falta de tempo de contribuição...”,
conforme Comunicação de Decisão às fls. 59.
7-Irresignado, o interessado apresentou recurso, mediante razões às fls. 60/61,
alegando, em síntese, que atendeu aos requisitos para a concessão da aposentadoria, fazendo
prova de que laborou exposto a ruídos acima de 90 decibéis, conforme DSS-8030 e LTCAT
apresentados. Reapresenta documentos já apresentados na inicial.
8-O INSS mantém o ato recorrido, fls. 75/76.
9-Já nesta 5ª Junta de Recursos, os autos foram encaminhados à Assessoria
Técnico-Médica do Conselho de Recursos da Previdência Social – ATM/CRPS (fls. 77), para
emissão de parecer acerca da existência de condições especiais nos ambientes de trabalho do
recursante, por presença de ruídos acima de 90 decibéis.
10-Nos termos do parecer de fls. 78, não foi reconhecido o enquadramento
pretendido, ao argumento de que a exposição, devido à variedades de locais onde a atividade é
exercida, ocorreu de forma intermitente.
11-É o relatório.
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Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 11/03/2011 para sessão nº 94/2011 de 18/03/2011 às 10:30.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. BENEFÍCIO
INDEFERIDO. SEGURADO URBANO. EXIGE-SE IDADE E TEMPO
MÍNIMOS. CONVERSÃO DE TEMPO ESPECIAL EM TEMPO COMUM. A
CONVERSÃO DE TEMPO DE TRABALHO EXERCIDO SOB CONDIÇÕES
ESPECIAIS EM TEMPO COMUM OCORRE QUANDO RECONHECIDO O
PERÍODO NAQUELAS CONDIÇÕES. ATIVIDADES EXERCIDAS PELO
SEGURADO NÃO RECONHECIDAS EM CONDIÇÕES ESPECIAIS.
PARECERES TÉCNICOS CONTRÁRIOS. NÃO ALCANÇADO O TEMPO DE
35 ANOS A FAZER JUS AO BENEFÍCIO COM TEMPO INTEGRAL. NÃO
TEM IDADE MÍNIMA DE 53 ANOS. IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO
DO BENEFÍCIO. ART. 56 DA LEI 8.213/91 E ARTIGO 188 DO DECRETO
3.048/99.. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO
12-Conheço do recurso, porquanto presentes as condições de admissibilidade.
13-A pretensão do segurado é obter a concessão do benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição, pleiteando para tanto reconhecimento de condições especiais e conversão para
tempo comum.
14-Até o advento da Lei n. 9.032/95, era desnecessária a comprovação do exercício
da atividade especial mediante laudo técnico pericial, exceto para o agente ruído, sendo
necessária apenas a demonstração do trabalho efetivo na categoria tida por atividade especial, por
meio dos formulários próprios do Instituto.
15-Todavia, com a promulgação da referida Lei, alterou-se a contagem de tempo como especial,
passando-se a considerar qualquer atividade profissional desde que comprovado o prejuízo à
saúde ou à integridade física do segurado, quando exposto a agentes físicos, químicos ou
biológicos.
16-Assim, nos termos do art. 57 e 58, ambos da Lei n. 8.213/91, e art. 68, do Decreto n. 3.048/99,
é imprescindível a comprovação, mediante laudo técnico ou documento equivalente, da
exposição do recorrente aos agentes perigosos ou insalubres.
17-O Serviço de Segurança do Trabalhador - SST, cuja competência está prevista no parágrafo 5º
do artigo 68 do Decreto 3.048/99, avaliou a documentação apresentada e não acatou o
enquadramento pretendido pelo recursante.
18- Encaminhados os autos à Assessoria Técnico-Médica do Conselho de Recursos
da Previdência Social – ATM/CRPS, a conclusão é no sentido de não reconhecer o
enquadramento pretendido. Assim, tal conclusão não autoriza conversão para o período 16/02/81
a 13/04/2010, por presença do agente nocivo ruído.
19-A concessão da presente aposentadoria é tratada pelo art. 52, da Lei n. 8.213/91, o
qual dispõe:
Art. 52. A aposentadoria por tempo de serviço será devida, cumprida a carência
exigida nesta Lei, ao segurado que completar 25 (vinte e cinco) anos de serviço, se do sexo
feminino, ou 30 (trinta) anos, se do sexo masculino. (Conforme o § 7º do art. 201 da CF/88,
alterado pela EC nº 20/98, esta aposentadoria passou a ser por tempo de contribuição.
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Seleção de Acórdãos
155
Seleção de Acórdãos
156
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0155.337.917-6
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA VITÓRIA DA CONQUISTA-APSVIT
Nº de Protocolo do Recurso: 36526.002865/2011-90
Recorrente(s): LECI CORREIA DE SOUSA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 05/05/2011
Relator(a): MARIA CONSUELO SAPHIRA CORDEIRO
Relatório
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Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
158
Seleção de Acórdãos
159
Seleção de Acórdãos
Decisório
160
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0153.905.076-6
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL RIBEIRA DO POMBAL-
APSRIB
Nº de Protocolo do Recurso: 37123.000578/2010-60
Recorrente(s): MIGUEL ARCANJO CONCEICAO NOBRE
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: AUXÍLIO-RECLUSÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 30/11/2010
Relator(a): MARIA CONSUELO SAPHIRA CORDEIRO
Relatório
161
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
162
Seleção de Acórdãos
163
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Decisório
165
Seleção de Acórdãos
166
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0150.353.583-2
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA BOM JESUS DA LAPA-APSBJL
Nº de Protocolo do Recurso: 35019.000213/2011-88
Recorrente(s): ONOFRE PEREIRA DE SOUZA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR IDADE
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 11/05/2011
Relator(a): MARIA CONSUELO SAPHIRA CORDEIRO
Relatório
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
169
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Decisório
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de AcórdãoS
Documento: 0097.220.027-4
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL COARACI-APSCOA
Nº de Protocolo do Recurso: 36882.000227/2010-02
Recorrente(s): WALDECI GOMES DOS SANTOS
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR VELHICE - TRABALHADOR RURAL
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 05/11/2010
Relator(a): MARIA CONSUELO SAPHIRA CORDEIRO
Relatório
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
nomes diferentes.
Inclusão em Pauta
Voto
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Seleção de Acórdãos
176
Seleção de Acórdãos
Lei nº 9.784/1999 tem como termo a quo, para os atos que lhe são
anteriores, a data de 1º de fevereiro de 1999, a vigência da própria lei, não
a data do ato de concessão.”
O novo entendimento revela amadurecimento daquela Corte,
posto que passa a refletir de forma mais pertinente a mudança na
sociedade brasileira pela redução do poder do Estado - o jus imperii -
frente aos governados, já que antes da Lei 9.784 o poder do Estado era
ilimitado, e assim sendo poderia a Administração rever os seus atos a
qualquer tempo. Mas reflete também a postura mais madura em relação ao
Direito, ao reconhecer que a função da lei é normatizar o presente e o
futuro e não o passado.
De forma que, não resta dúvida de que a Corte Especial
do STJ firmou novo, pertinente e consistente posicionamento
quanto à incidência do prazo previsto no artigo 54 da Lei nº
9.784/99, estabelecendo que “quanto aos atos anteriores à lei, o
prazo decadencial de cinco anos tem por termo a quo a data da
vigência da lei, e não a data do ato”, nos termos em que se
pronunciou no Mandado de Segurança nº 9.112-DF.
Em função deste novo entendimento do STJ, novo Parecer
CJ/MPS, o de número 3.509-AGU, que incorpora o entendimento da
Advocacia Geral da União, de 26 de abril de 2005, concluiu que o Parecer
CJ/MPS nº 2.434/2001 deve ser declarado nulo. E o fez corretamente, para
que prosperasse o novo entendimento adotado pelo STJ, pela AGU que
por sua vez preserva o princípio da irretroatividade das leis.
Assim, em função da alteração de entendimento ocorrida no
que diz respeito ao prazo decadencial da Administração quanto aos seus
atos até então neste processo relatada, o INSS já contaria com
fundamento para rever, com segurança, os seus atos praticados antes de
fevereiro de 1999, até 31 de janeiro de 2004, quando se encerraria o prazo
decadencial estabelecido naquele diploma legal. Ocorre que, enquanto
este prazo ainda não havia se esgotado, exatamente em 19 de novembro
de 2003, foi editada a Medida Provisória nº 138, posteriormente convertida
na Lei 10.839/2004, que alterou o prazo decadencial originalmente
estabelecido na Lei 9.784/99, ampliando-o para dez anos. De modo que, o
novo diploma legal estendeu o prazo decadencial para que a Previdência
Social anule seus próprios atos antes de transcorrido in totum o lapso
estabelecido pela legislação anterior. O que significa dizer que os atos
relativos a benefícios previdenciários anteriores ao início da vigência
da Lei 9.784/99 só seriam afetados pela decadência, a partir de 1º de
fevereiro de 2009.
Por todas as razões de direito e de fato acima, ao INSS é
permitido rever, cessar o benefício recebido de forma irregular, e poderia
fazê-lo, com amparo legal, até 31 de janeiro de 2009. Mas, no caso em
tela, o primeiro procedimento para rever o seu ato, o ofício de defesa
encaminhada à recorrente alertando-a da irregularidade constatada e
instando-a a juntar aos autos prova que possibilitaria a manutenção da
pensão concedida com irregularidade, ou seja, pelo próprio ato da
Autarquia, data de setembro de 2009, portanto, fora do prazo legal.
Por todas as razões acima acreditamos que a recorrente, em,
tem direito a continuar recebendo o benefício que foi cessado, já que
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Seleção de Acórdãos
Decisório
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Documento: 0080.585.377-4
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA ANÁPOLIS-CENTRO-APSANC
Nº de Protocolo do Recurso: 36644.000976/2008-10
Recorrente(s): FRANCISCO SALES DE SOUZA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PREVIDENCIÁRIA
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 14/05/2008
Relator(a): ÁLVARO SÓLON DE FRANÇA
Relatório
183
Seleção de Acórdãos
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
184
Seleção de Acórdãos
Decisório
185
Seleção de Acórdãos
186
Seleção de Acórdãos
Documento: 0125.524.022-6
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL CALDAS NOVAS-APSCAL
Nº de Protocolo do Recurso: 37055.000549/2008-34
Recorrente(s): OTAVIANO DA CRUZ VIEIRA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PREVIDENCIÁRIA
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 11/02/2009
Relator(a): EDVANIO SILVA DA COSTA
Relatório
187
Seleção de Acórdãos
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
188
Seleção de Acórdãos
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for
o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de
auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta
condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da
verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da
Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de
médico de sua confiança.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se
ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por
invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou
agravamento dessa doença ou lesão.
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
incapacidade total e definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida:
I-ao segurado empregado a contar do décimo sexto dia do
afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o
afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de trinta dias; e (Redação dada
pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/99)
II-ao segurado empregado doméstico, contribuinte individual,
trabalhador avulso, especial ou facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou
da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias.
(Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/99)
§2ºDurante os primeiros quinze dias de afastamento consecutivos da
atividade por motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o
salário. (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/99)
§ 3º A concessão de aposentadoria por invalidez, inclusive mediante
transformação de auxílio-doença concedido na forma do art. 73, está condicionada ao
afastamento de todas as atividades.
191
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
exercício de atividade laboral, o que não ocorreu, a Autarquia Federal deveria ter
observado um procedimento especial e reduzir de forma gradativa o valor da
aposentadoria por invalidez, o que não foi efetuado pelo INSS – Instituto Nacional
do Seguro Social;
Decisório
194
Seleção de Acórdãos
Documento: 0149.415.529-7
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA ANÁPOLIS-CENTRO-APSANC
Nº de Protocolo do Recurso: 36644.000681/2011-49
Recorrente(s): SONIA BARROS AGUIAR MELO
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 17/02/2011
Relator(a): ÁLVARO SÓLON DE FRANÇA
Relatório
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Seleção de Acórdãos
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
196
Seleção de Acórdãos
A nossa Carta Maior em seu artigo 226, parágrafo 3o. preceitua que:
“Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o
homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua
conversão em casamento”.
Por seu turno, a Lei 10.406 que instituiu o Código Civil, em seu
artigo 1.723, parágrafo 1º, preceitua que “A união estável não se constituirá
se ocorrerem os impedimentos do art. 521; não se aplicando a incidência do
inciso IV no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou
judicialmente”.
A mesma Lei, retro mencionada, em seu art. 1.727, ensina que: “As
relações não eventuais entre o homem e a mulher impedidos de casar,
constituem concubinato”.
197
Seleção de Acórdãos
Decisório
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
200
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Relatório
Analisando o recurso apresentado pela interessada supra na sessão do dia 27/10/10, decidiu
o Colegiado pela conversão do julgamento em diligência para:
a) verificar se o “de cujus” possuía a condição de segurado na data do óbito, juntando ao
processo a documentação comprobatória desta condição;
b) caso positivo, convocar a recorrente a formalizar pedido de justificação administrativa,
tendente a comprovar sua dependência econômica em relação ao filho;
c) processar e homologar a Justificação Administrativa.
O INSS anexou ao processo comprovante de que o “de cujus” era segurado da
previdência social na categoria empresário, contribuinte individual, fls. 56.
Processou também a justificação administrativa e homologou quanto à forma.
O INSS deixou de homologar a J. A. quanto ao mérito, alegando não constar do processo,
início de prova material apta à comprovação do fato alegado, fls. 54.
Ao manter o indeferimento, a Seção de Reconhecimento de Direitos da GEX de Ouro
Preto alega que os documentos de fls. 27/30 não podem ser considerados sem a devida
conferência de sua contemporaneidade. Não há comprovante de mesmo endereço em nome do
segurado em data anterior à do óbito que o artigo 147 afirma não caber recurso da decisão da
autoridade competente do INSS que considerar eficaz ou ineficaz a justificação administrativa,
fls.57.
Transcrevo, abaixo, o relatório apresentado anteriormente:
“Por morte do seu filho, Daniel Túlio de Castro Coelho, ocorrida em 16/04/2010,
requereu a Sra. Virginia Expedita de Castro Coelho a pensão em referência no INSS em
03/05/10.
Seu pedido foi indeferido pelo INSS, em virtude de não ter sido comprovada a sua
dependência econômica em relação ao falecido.
Conforme documentos constantes dos autos o de-cujus era solteiro, foi empregado no
período de 02/06/97 a 17/04/06, fls. 04/05 e a partir de 23/06/04 constituiu uma firma Ltda. em
seu nome e de outros sócios, sendo ele um dos administradores da empresa.
Constam dos autos: duas notas fiscais de mercadorias adquiridas pelo falecido em
31/03/10 e 07/04/10, fls. 27/30; Extrato Anual de Benefício da previdência social em nome da
requerente referente aos anos de 2008/2009 e Nota Fiscal de Fatura de Serviços de
Telecomunicações da VIVO, mês 04/10, em nome dele, constando destes documentos o mesmo
endereço da mãe e do filho, fls. 31/34”.
Inclusão em Pauta
203
Seleção de Acórdãos
Voto
EMENTA: PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA. – REQUERENTE –
MÃE. NECESSIDADE DE CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DE
SEGURADO DO INSTITUIDOR E DA EXISTÊNCIA DA DEPENDÊNCIA
ECONÔMICA ENTRE A REQUERENTE E O EX. SEGURADO.
POSSIBILIDADE EM FACE DA COMPROVAÇÃO DA DEPENDÊNCIA
ECONÔMICA. IMPROPRIEDADE DO ATO RECORRIDO. LEGISLAÇÃO
APLICÁVEL ARTIGO 16 § 7º E ARTIGO 22 DO DECRETO 3048/99..
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
204
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
206
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata de recurso apresentado por Natálio Pedroso de Oliveira, contra decisão do INSS que
deixou de reconhecer seu direito ao Amparo Social ao Idoso requerido em 05/01/2011.
Alega o INSS, que "a renda per capita do grupo familiar do requerente é igual ou superior
a ¼ do salário mínimo", fls.27.
Na declaração de fls.03/04, informou-se que o grupo familiar é composto pelo interessado
e sua esposa e que não possuem fonte de rendimento.
Na Escritura Pública de Declaração, lavrada no Cartório do 1º Ofício de Notas da
Comarca de Cambuí, em 04/01/01, declara o postulante: viver na companhia da esposa, Elena
Maria de Oliveira; que atualmente estão desempregados; não têm rendimentos; sua esposa
contribui para o INSS como facultativa, mas quem está pagando para ela são os filhos, que
sobrevivem com ajuda deles e de terceiros, fls.20.
Na pesquisa ao CNIS, o INSS localizou inscrição da esposa como facultativa e
recolhimentos no período de 10/2004 a 01/2005; 03/2009 e de 09/2009 a 11/2010, fls.21.
É o que de mais importante contém os autos.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 22/03/2011 para sessão nº 187/2011 de 30/03/2011 às 08:00.
Voto
EMENTA: AMPARO SOCIAL AO IDOSO. - NECESSIDADE DA
COMPROVAÇÃO DE IDADE MÍNIMA EXIGIDA E DA CONSTATAÇÃO DA
RENDA PER CAPITA INFERIOR A ¼ DO SALÁRIO-MÍNIMO.
POSSIBILIDADE EM FACE DO PREENCHIMENTO DOS PRESSUPOSTOS
LEGAIS. IMPROPRIEDADE DO ATO RECORRIDO. LEGISLAÇÃO
APLICÁVEL ART.11 DO DEC.3048/99 E ART.4º INCISO IV DO DEC.
6214/2007 . RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
207
Seleção de Acórdãos
O dispositivo legal retrocitado deixa claro que esta categoria de segurado não pode estar
exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório.
Não restou demonstrado que a esposa do recorrente exerce atividade remunerada e nem
que aufere rendimento, como autônoma ou empresária, não se justificando, dessa forma, a razão
invocada para o indeferimento do pedido.
Como não se configurou o empecilho previsto à concessão do benefício da espécie, da
forma consubstanciada no artigo 4º inciso IV do Dec. 6214/2007, abaixo citado, entendo que a
decisão recorrida deve ser reformada:
Art. 1° - O Benefício de Prestação Continuada previsto no art. 20 da Lei 8742/93, é a
garantia de um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso, com idade de
sessenta e cinco anos ou mais, que comprovem não possuir meios para prover a própria
manutenção e nem de tê-la provida por sua família.
Art. 4° - Para os fins do reconhecimento do direito ao benefício, considera-se:
I – idoso: aquele com idade de sessenta e cinco anos ou mais;
IV –família incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou do idoso:
aquela cuja renda mensal bruta familiar dividida pelo número de seus integrantes seja
inferior a ¼ do salário mínimo;
V – família para cálculo da renda per capita, conforme disposto no § 1° do art. 20 da
Lei 8742/93: conjunto de pessoas que vivam sob o mesmo teto, assim entendido, o
requerente, o cônjuge, a companheira, o companheiro, o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 anos ou inválido.
Isto posto,
208
Seleção de Acórdãos
209
Seleção de Acórdãos
210
Seleção de Acórdãos
Relatório
211
Seleção de Acórdãos
Atendendo diligência proposta por esta Junta de Recursos, o INSS reduziu a termo as
declarações do proprietário e efetuou pesquisa junto aos vizinhos da propriedade do Sr. Manoel
Ribeiro Sobral, tendo comprovado o exercício da atividade rural da recorrente no período
posterior a 1977, fls. 30/33.
O indeferimento do benefício foi mantido ao argumento de não ter sido apresentado
“nenhum elemento novo contemporâneo que comprovasse a atividade rural”, fls. 34.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 21/03/2011 para sessão nº 182/2011 de 28/03/2011 às 09:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA POR IDADE. SEGURADO ESPECIAL –
NECESSIDADE DE CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO,
DA IDADE MÍNIMA EXIGIDA E DA COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
LABORAL. INDISPENSÁVEL A PROVA MATERIAL NO CONJUNTO
PROBATÓRIO GERADOR DE CONVICÇÃO DO EXERCÍCIO DA
ATIVIDADE DE RURÍCOLA. APLICAÇÃO DA TABELA PROVISÓRIA.
DOCUMENTAÇÃO SUFICIENTE PARA EVIDENCIAR O DIREITO AO
BENEFÍCIO. IMPROPRIEDADE DO ATO RECORRIDO. LEGISLAÇÃO
APLICÁVEL: ARTIGOS 39 E 142 DA LEI Nº 8.213/91; ARTIGO 3º DA LEI Nº
10.666/2003 . RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
Recurso tempestivo o que permite seu conhecimento e julgamento por esta Junta.
A interessada, visando comprovar o exercício de atividade rural, na condição de segurada
especial (comodatária), no período de 10/09/77 a 2008, na propriedade de seu irmão, o Sr.
Manoel Ribeiro Sobral, apresentou declaração emitida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais
de Nova Porteirinha, certidão de casamento, realizado em 07/11/72, constando a profissão de seu
marido como lavrador, declaração do proprietário e escritura da propriedade.
Conforme despacho de fls. 45, o INSS não considerou, como início de prova material, os
documentos do cônjuge da recorrente, tendo em vista que o mesmo manteve vínculo
empregatício na área urbana no período de 02/01/98 a 31/05/98 e efetuou os recolhimentos de
contribuições no período de 01/1985 a 02/1992.
Atendendo diligência proposta por esta Junta de Recursos, o INSS reduziu a termo as
declarações do proprietário e efetuou pesquisa junto aos vizinhos da propriedade do Sr. Manoel
Ribeiro Sobral, tendo comprovado o exercício da atividade rural da recorrente no período
posterior a 1977.
O indeferimento do benefício foi mantido ao argumento de não ter sido apresentado
“nenhum elemento novo contemporâneo que comprovasse a atividade rural”.
Analisando os documentos constantes dos autos, bem como o resultado da pesquisa,
entende este Relator que:
- O período de 10/09/77 a 12/1984 pode ser computado, uma vez que foram apresentadas,
para servir como início de prova material, certidões de casamento e nascimento de filhos
constando a profissão do marido da requerente como lavrador;
- Não cabe computar os períodos de 1985 a 08/1992 e posterior a 02/01/98, tendo em
vista as contribuições efetuadas pelo cônjuge da postulante na condição de empregado doméstico
e o vínculo empregatício, na área urbana, como caseiro.
- Cabe o cômputo do período de 01/09/92 a 12/1997, tendo em vista os contratos de
trabalho, na área rural, anotados na carteira profissional do esposo da interessada.
212
Seleção de Acórdãos
Art. 3º. A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão
das aposentadorias por tempo de contribuição e especial.
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Relatório
215
Seleção de Acórdãos
Atendendo diligência proposta por esta Junta de Recursos, o INSS reduziu a termo as
declarações do proprietário e efetuou pesquisa junto aos vizinhos da propriedade do Sr. Manoel
Ribeiro Sobral, tendo comprovado o exercício da atividade rural da recorrente no período
posterior a 1977, fls. 30/33.
O indeferimento do benefício foi mantido ao argumento de não ter sido apresentado
“nenhum elemento novo contemporâneo que comprovasse a atividade rural”, fls. 34.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 21/03/2011 para sessão nº 182/2011 de 28/03/2011 às 09:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA POR IDADE. SEGURADO ESPECIAL –
NECESSIDADE DE CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO,
DA IDADE MÍNIMA EXIGIDA E DA COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE
LABORAL. INDISPENSÁVEL A PROVA MATERIAL NO CONJUNTO
PROBATÓRIO GERADOR DE CONVICÇÃO DO EXERCÍCIO DA
ATIVIDADE DE RURÍCOLA. APLICAÇÃO DA TABELA PROVISÓRIA.
DOCUMENTAÇÃO SUFICIENTE PARA EVIDENCIAR O DIREITO AO
BENEFÍCIO. IMPROPRIEDADE DO ATO RECORRIDO. LEGISLAÇÃO
APLICÁVEL: ARTIGOS 39 E 142 DA LEI Nº 8.213/91; ARTIGO 3º DA LEI Nº
10.666/2003 . RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
Recurso tempestivo o que permite seu conhecimento e julgamento por esta Junta.
A interessada, visando comprovar o exercício de atividade rural, na condição de segurada
especial (comodatária), no período de 10/09/77 a 2008, na propriedade de seu irmão, o Sr.
Manoel Ribeiro Sobral, apresentou declaração emitida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais
de Nova Porteirinha, certidão de casamento, realizado em 07/11/72, constando a profissão de seu
marido como lavrador, declaração do proprietário e escritura da propriedade.
Conforme despacho de fls. 45, o INSS não considerou, como início de prova material, os
documentos do cônjuge da recorrente, tendo em vista que o mesmo manteve vínculo
empregatício na área urbana no período de 02/01/98 a 31/05/98 e efetuou os recolhimentos de
contribuições no período de 01/1985 a 02/1992.
Atendendo diligência proposta por esta Junta de Recursos, o INSS reduziu a termo as
declarações do proprietário e efetuou pesquisa junto aos vizinhos da propriedade do Sr. Manoel
Ribeiro Sobral, tendo comprovado o exercício da atividade rural da recorrente no período
posterior a 1977.
O indeferimento do benefício foi mantido ao argumento de não ter sido apresentado
“nenhum elemento novo contemporâneo que comprovasse a atividade rural”.
Analisando os documentos constantes dos autos, bem como o resultado da pesquisa,
entende este Relator que:
- O período de 10/09/77 a 12/1984 pode ser computado, uma vez que foram apresentadas,
para servir como início de prova material, certidões de casamento e nascimento de filhos
constando a profissão do marido da requerente como lavrador;
- Não cabe computar os períodos de 1985 a 08/1992 e posterior a 02/01/98, tendo em
vista as contribuições efetuadas pelo cônjuge da postulante na condição de empregado doméstico
e o vínculo empregatício, na área urbana, como caseiro.
- Cabe o cômputo do período de 01/09/92 a 12/1997, tendo em vista os contratos de
trabalho, na área rural, anotados na carteira profissional do esposo da interessada.
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Seleção de Acórdãos
Art. 3º. A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão
das aposentadorias por tempo de contribuição e especial.
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Seleção de Acórdãos
218
Seleção de Acórdãos
Relatório
José Afonso Pereira recorre a esta Junta de Recursos, através de seus procuradores
devidamente constituídos, por não concordar com a decisão do INSS, que indeferiu o seu pedido
de aposentadoria por tempo de contribuição requerida em 17.04.2007, aos 51 (cinqüenta e um)
anos de idade.
O requerente apresentou formulário Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP às fls.
37 a 41 preenchido pela “Unilever Bestfoods Brasil Ltda.” com o objetivo de ser considerado o
período de 15.05.89 a 10.10.2006, na categoria especial e convertido para tempo comum.
O processo foi encaminhado ao setor de perícias médicas do INSS, para análise técnica.
De acordo com o parecer de fls. 43, o médico perito reconheceu como tempo especial os
períodos de 15.05.89 a 28.03.93 e 17.10.95 a 05.03.97 em função do agente nocivo ruído, não
enquadrando os demais pelo fato dos limites de tolerância estar abaixo do exigido pela legislação
previdenciária e pelo fato do operário fazer uso constante do protetor auricular.
O INSS promoveu o levantamento do tempo de serviço até 16.12.98, com as conversões
devidas, tendo sido apurado 25 anos, 06 meses e 14 dias de serviço (fls. 82/83) e, 33 anos, 04
meses e 08 dias de contribuição até 10.10.2006 (fls. 86/87).
O benefício foi negado por falta de tempo de contribuição tendo em vista que as
atividades descritas nos DSS 8030 e laudos técnicos não foram consideradas especiais pela
perícia médica, conforme comunicação da decisão de fls. 50.
Apresentadas razões recursais às fls. 44 a 78 onde foi juntada cópia de um parecer da
Divisão de Assuntos Jurídicos sobre a matéria, relatório do Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias de Alimentação de Pouso Alegre e Região, além de votos favoráveis emitidos por esta
Sétima Junta e a Oitava Junta de Recursos da Previdência Social.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 13/05/2009 para sessão nº 274/2009 de 20/05/2009 às 10:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. INCIDÊNCIA
PARCIAL DE CONVERSÃO DE TEMPO ESPECIAL EM COMUM.
ATINGIDO O TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO LABORADO. DECRETO Nº
3048/99 ART. 56.. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
219
Seleção de Acórdãos
220
Seleção de Acórdãos
engenharia). Tais dispositivos não podem portanto ser caracterizados como adequados
conforme exigem o art. 166 da Lei 96514 (cap. V, título II, da CLT) e o item 6.2 da NR
(Norma Regulamentadora) 6”.
Diante do todo o acima exposto, cabe ser enquadrado na categoria especial, em função do
agente nocivo ruído, os períodos de 29.03.93 a 16.10.95 no código 1.1.5 do Quadro II Anexo ao
Decreto nº 83080/79 e 07.12.99 a 12.03.2002 e 18.11.2003 a 10.10.2006 no código 2.0.1 do
Anexo IV do Decreto nº 2.172/97.
A respeito dos períodos de 06.03.97 a 06.12.99 e 13.03.2002 a 17.11.2003 o segurado
trabalhou exposto a nível médio de ruído de 87 e 87,5 decibéis respectivamente, abaixo do
exigido pelo Decreto 2.172/97 que necessita ser acima de 90 decibéis durante a jornada de
trabalho.
Ao convertemos os períodos aqui enquadrados e acrescentarmos na contagem feita pelo
INSS, o segurado atinge todas as condições previstas no Decreto nº 3048/99, em seu artigo 56:
“Art.56: A aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao segurado após
trinta e cinco anos de contribuição, se homem, ou trinta anos, se mulher, observado o
disposto no art. 199-A”.
221
Seleção de Acórdãos
222
Seleção de Acórdãos
Relatório
Recorre, Antonio Carlos de Souza, inconformado com a decisão do INSS que indeferiu o
seu pedido de aposentadoria, formulado em 21/08/09.
Por ocasião do requerimento do benefício, o segurado apresentou cópias de suas carteiras
profissionais (fls. 09/23) e formulários PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) de fls. 06/08,
para os períodos de 17/02/84 a 31/12/86, 01/01/87 a 30/04/89, 01/05/89 a 31/12/98 e de 01/01/99
a 04/08/09, em que laborou na empresa Cerâmica Saffran S/A.
O processo foi encaminhado à perícia médica que efetuou os enquadramentos dos
períodos pretendidos pelo segurado até 02/12/98, fls. 36.
O indeferimento do benefício foi decorrente da falta de tempo de serviço/contribuição,
uma vez que foram apurados até 16/12/98, 20 anos, 09 meses e 19 dias, e até a DER (Data da
Entrada do Requerimento), 31 anos, 05 meses e 24 dias de contribuição., fls. 37/48.
Razões de recurso, fls. 50.
Atendendo solicitação desta Junta de Recursos, o INSS encaminhou o processo à perícia
médica que ratificou o parecer anterior, fls. 59-verso.
Mantido o indeferimento.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 21/03/2011 para sessão nº 182/2011 de 28/03/2011 às 09:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. – DIREITO
ADQUIRIDO NÃO CONFIGURADO. OCORRÊNCIA DE CONVERSÃO DE
TEMPO ESPECIAL EM COMUM. ATINGIDO O REQUISITO LEGAL DE
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO NA DATA DE ENTRADA DO
REQUERIMENTO PARA CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL
OU INTEGRAL.OBSERVÂNCIA DOS PRESSUPOSTOS LEGAIS.
IMPROPRIEDADE DO ATO RECORRIDO. POSSIBILIDADE. LEGISLAÇÃO
APLICÁVEL: ARTIGO 54 DO DECRETO Nº 2.172/97 E ARTIGOS 187, 56 E 64
DO DECRETO Nº 3.048/99. ART. 201, § 7º, I DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
Recurso tempestivo o que permite seu conhecimento e julgamento por esta Junta.
223
Seleção de Acórdãos
224
Seleção de Acórdãos
Art. 64. A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida
ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando
cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante
quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física.
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Relatório
Recorre, Anelina Cassimira da Paixão Pena, inconformada com a decisão do INSS que
cessou seu benefício de auxílio doença, em cujo gozo se encontrava, desde 26/11/99.
As decisões médicas proferidas, inclusive em grau de recurso, são convergentes quanto à
inexistência da incapacidade laborativa da segurada na época que cessou o benefício (05/08/09),
fls. 08 e 18.
Razões de recurso, fls. 15.
Mantida a cessação do benefício.
Foram os autos encaminhados à Assessoria Técnica desta 7ª JR/CRPS, que, após
examinar a segurada, através de Junta Médica, emitiu parecer favorável a concessão de
aposentadoria por invalidez a partir de 06/08/09, tendo em vista “tratar-se de quadro psiquiátrico
com prognóstico reservado, agravo por vulnerabilidade social e problemas familiares graves”, fls.
25.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 22/03/2011 para sessão nº 188/2011 de 30/03/2011 às 09:00.
Voto
EMENTA: AUXÍLIO-DOENÇA PREVIDENCIÁRIO. TRANSFORMAÇÃO EM
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ – INVALIDEZ CARACTERIZADA
ATRAVÉS DE PARECER DA ASSESSORIA MÉDICA DESTA 7ª JUNTA.
IMPROPRIEDADE DO ATO RECORRIDO. POSSIBILIDADE DE
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: ARTIGOS 43 E
§ 1º E 44 DO DECRETO Nº 3.048/99. . RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
Recurso tempestivo o que permite seu conhecimento e julgamento por esta Junta.
227
Seleção de Acórdãos
Art.53....
Art. 43. Aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida a carência exigida, quando
for o caso, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for
considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nessa
condição.
Art. 44. A aposentadoria por invalidez consiste numa renda mensal calculada na
forma do inciso II do caput do art. 39 e será devida a contar do dia imediato ao da cessação
do auxílio-doença, ressalvado o disposto no § 1º.
228
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata-se os autos de solicitação de pagamento de resíduo de benefício, através de Alvará
Judicial, em decorrência do óbito da titular da pensão por morte NB 21/123832231-7, Sra.
Rosemira Resende Rodrigues, ocorrido em 20/02/2006.
O instituidor do benefício NB 21/123832231-7, que foi concedido à esposa, Rosemira
Resende Rodrigues, faleceu em 28/05/2002, fls.05,29.
À fl.14, carta emitida pela RFFSA (em liquidação) datada de 19/08/2002 encaminhada à
GEX de Uberlândia para fins de liberação dos pagamentos de benefícios.
Em 25/08/2010, Alexandre Jrege de Almeida na condição de representante de herdeiro de
Rosemira Resende Rodrigues, protocolou pedido de pagamento de resíduo do benefício deixado
pela Sra. Rosemira Resende Rodrigues, fls.16.
Alvará Judicial datado de 23/08/2010 que autoriza o advogado Alexandre Jrege de
Almeida, representante de Romilda Rodrigues e outras, proceder levantamento junto ao INSS
(resíduo deixado por beneficiário da Lei 8186/91) deixado pela Sra. Rosemira Resende
Rodrigues, fls.17.
À fl.18, ofício emitido pela Secretaria Executiva do Departamento de Administração de
Pessoal de Órgãos Extintos, datado de 31/05/2010, registrando a existência de valor bruto de
R$6.679,05 a receber referente aos atrasados dos Dissídios Coletivos de Trabalho da categoria
ferroviária do período de 05/2003 a 02/2006. Planilhas de cálculo, fls.19 a 21.
Após apreciação dos autos pela Seção de Manutenção do INSS, foi concluído que, como
o pedido de pagamento do resíduo se deu em 25/08/2010, caberia o pagamento apenas do
período de 25/08/2005 a 20/02/2006 diante da prescrição contida no artigo 446 da IN 45/10,
fls.32/33.
Planilha de cálculo, fls.34/35. Liberação de resíduo de R$2.063,46, fls.41.
Inconformado com o valor do resíduo, a parte alega que os valores referentes ao período
de 01/01/2005 a 24/08/2005 não estão prescritos, fls.42/43.
Diante da manifestação da parte, o INSS ratificou que caberia o pagamento apenas do
resíduo referente ao período de 25/08/05 a 20/02/06 e abriu prazo para recurso a Junta de
Recursos, fls.52.
A parte interessada protocolou recurso alegando que cabe o pagamento de R$6.679,05,
fls.54.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 22/03/2011 para sessão nº 174/2011 de 24/03/2011 às 12:30.
231
Seleção de Acórdãos
Voto
EMENTA: PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA. RESÍDUO DE
COMPLEMENTAÇÃO DE BENEFÍCIO A CARGO DA UNIÃO ,NÃO PAGO
PELO INSS. INAPLICABILIDADE DA PRESCRIÇÃO. BENEFÍCIO
ALIMENTAR INCORPORADO AO PATRIMÔNIO. ATO ILÍCITO.
POSSIBILIDADE. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL: ARTS. 43, 186, 189, 398, 205,
ARTS. 2°, 5°, 6° DA LEI 8186-91, ART.112 DA LEI 8213-91.. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO
232
Seleção de Acórdãos
8- Depreende-se dos autos que a titular da pensão não poderia ter sido penalizada,
quando viva estava, pela inércia do INSS, que não repassou a complementação determinada por
Lei e, agora, aos seus herdeiros, pela alegação incorreta da prescrição.
9- Como se sabe e foi dito, a Lei determinou que fosse incorporado ao patrimônio dos
beneficiários diferenças pecuniárias, majorando o benefício de natureza alimentar e, nesse
contexto, cabe ao INSS pagá-las, a qualquer tempo, vez que está caracterizada nos autos a dívida
do Órgão Público.
10 – A Constituição de 1988 faz expressa menção sobre alguns princípios a que deve
se submeter a Administração Pública, dentre eles os da legalidade e da moralidade
administrativa, bem como, o artigo 2° da Lei 9784-99, portanto, não pode a Administração
Pública se locupletar à custa alheia, descumprindo obrigação de fazer auto-executória imposta
naturalmente pela Lei.
11- Aliás, a matéria ora analisada confronta diametralmente com os artigos 43, 186 e
398 do Código Civil, depreendendo-se que a prescrição aventada e desejada decorre de ato
ilícito, praticado por omissão do agente público, o que impede a contagem do prazo prescricional.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente
responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a
terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver,
por parte destes, culpa ou dolo.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.
Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em
mora, desde que o praticou. (grifei)
12- Além de tudo, poder-se-ia admitir, apenas por argumentar, a abertura de prazo
prescricional, caso o INSS tivesse notificado a interessada sobre a razão plausível da omissão,
oportunizado o direito de agir da beneficiária/ credora, na forma do artigo 172 do RGPS, que
assim dispõe:
Art.172. Fica o Instituto Nacional do Seguro Social obrigado a emitir e a enviar
aos beneficiários aviso de concessão de benefício, além da memória de cálculo do
valor dos benefícios concedidos.
13- Lado outro, como a complementação de responsabilidade da União não constitui,
efetivamente, uma das espécies dos benefícios das legislações previdenciárias, devendo ser
observadas apenas as normas de concessão, entende esta Relatora que o tema foge do aspecto
previdenciário e deve ser apreciado à luz do direito hereditário, vez os valores não pagos
passaram a integrar o patrimônio da pensionista , quando se interpreta o artigo 112 da Lei
8213-91 e, agora, à disposição dos seus herdeiros, sujeitos a prescrição do artigo 205 do Código
Civil:
Art. 112. O valor não recebido em vida pelo segurado só será pago aos
seus dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta deles, aos
seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventário ou
arrolamento.
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado
prazo menor.
14- Portanto, os valores não pagos à titular do direito devem ser liberados, conforme
ofício de fls.18 do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e o alvará judicial de fls.17.
233
Seleção de Acórdãos
234
Seleção de Acórdãos
Relatório
Inclusão em Pauta
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Seleção de Acórdãos
Voto
EMENTA: REVISÃO. NÃO RECONHECIMENTO PERÍODO. LEGISLAÇÃO
APLICÁVEL: ARTS.125,127 E 130 DO DECRETO Nº3048/99, PARECER
CJ/CONJUR/616/2010. . RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Relatório
Pelo nascimento da menor Evelly Kauany Pessoa Vilela, ocorrido em 09/12/2008,
requereu a Sra.Edileuza Pessoa Ferreira no INSS, em 13/01/2009, o salário-maternidade em
referência.
O INSS não reconheceu seu direito ao benefício, tendo em vista que a Constituição
Federal em seu artigo 10, inciso II, letra b, ADCT, veda a dispensa arbitrária ou sem justa causa
da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, cabendo a
responsabilidade pelo pagamento do salário-maternidade à empresa, caso ocorra este tipo de
dispensa,fls.11.
Na carta de indeferimento consta ainda, anotada à caneta a expressão: safrista com
contrato pré determinado.
Não se conformando com o indeferimento, a postulante apresentou recurso, fls.13.
Conforme se vê da Carteira de Trabalho da recorrente, anexada aos autos, seu último
vínculo empregatício foi na condição de safrista da propriedade rural denominada Fazenda
Serrado Velho, de Carlos Roberto Sarto, no período de 23/06/2008 a 01/11/2008.
Ao manter o indeferimento, o INSS alega que nos termos do art. 97 do Dec. 6122/2007 a
segurada desempregada faz jus ao salário-maternidade contando que o fato gerador esteja dentro
do período de graça na hipótese de dispensa por justa causa ou a pedido; que no presente caso,
verifica-se que o último vínculo empregatício da segurada foi contrato de trabalho por prazo
determinado, na função de safrista, sendo conhecedora dos limites do contrato.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 18/08/2009 para sessão nº 510/2009 de 27/08/2009 às 08:00.
Voto
EMENTA: SALÁRIO MATERNIDADE. SEGURADA DA ÁREA RURAL.
SAFRISTA. NECESSIDADE DE CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DE
SEGURADA, SEGURADA EMPREGADA. CARÊNCIA INEXIGÍVEL
PREENCHIMENTOS DOS PRESSUPOSTOS LEGAIS. IMPROPRIEDADE DO
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Relatório
Recorre Ana Lucia Barbosa a esta Junta de Recursos, por não concordar com a
decisão do INSS, que indeferiu seu pedido de Salário-Maternidade, requerido em 17/11/2010, na
condição de segurada especial. O nascimento da criança ocorreu em 31/01/2007, fls.34.
O benefício foi indeferido uma vez que a requerente não se encontrava filiada no
Regime Geral de Previdência Social na data do nascimento, fls.24.
Para a instrução dos autos, foram apresentados:
- Documentos de imóvel rural denominado “Fazenda Santo Antônio”, fls.07/09,17 a
21,37 a 57;
- Declaração de Exercício de atividade Rural emitida pelo Sindicato dos
Trabalhadores Rurais de Alterosa informando atividade no período de 26/04/99 a 20/01/2007,
em regime de economia familiar, como proprietária (Fazenda Santo Antônio), fls.10/11/12.
O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) registra inscrição como
segurado especial em 17/12/2010, fls.13.
Foi realizada entrevista com a postulante e a mesma declarou ter começado a
trabalhar com 12 anos de idade e que trabalhou até o sexto mês de gestação, fls.14/15.
Carta de exigências, fls.16.
De acordo com despacho de fls.28, a postulante trabalhou até 31/08/2006 e o salário
maternidade para desempregada só é permitido para parto ocorrido a partir de 14/06/2007 pelo
Decreto 6122, de 13/06/2007.
Nas razões recursais, alega ser filha de pequeno produtor rural, fls.32/33.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 16/03/2011 para sessão nº 168/2011 de 23/03/2011 às 12:30.
Voto
EMENTA: SALÁRIO MATERNIDADE. SEGURADA ESPECIAL.
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL:ART. 9º, 93 DO DECRETO Nº3.048/99. .
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
246
Seleção de Acórdãos
Relatório
O segurado José Carlos de Morais apresentou o recurso a esta 7ª- JR/CRPS, por não
concordar com a decisão do INSS, denegatória à concessão da aposentadoria por ele requerida
em 14/04/2010, na condição de empregado rural, após completar 52 anos de idade.
Apresentou cópias de seus documentos pessoais, de CTPS’s e da Certidão de Casamento
realizado em 22/07/78, quando foi qualificado como lavrador, fls. 03/14.
Encontram-se registrados no Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS, vínculos
de natureza rural nos períodos de 02/02/81 a 06/09/96, 07/04/97 a 18/08/97, 01/10/98 a 31/08/99,
03/01/2000 a 30/10/2000, 27/06/2001 a 27/07/2001, 01/04/2002 a 17/09/2002, 15/03/2004 a
11/10/2004 e a partir de 01/11/2005, assim como contribuições previdenciárias de 09/97 a 08/98,
fls. 17/20.
Contava o segurado, em 16/12/98, com 22 anos, 04 meses e 14 dias de tempo de serviço e
29 anos, 05 meses e 13 dias de tempo de contribuição em 31/03/2010, fls. 27/32.
Às fls. 33/36 foi juntada cópia do Acórdão nº- 7ª-JR/CRPS 16625/2009, quando foi
negado provimento ao recurso do segurado, processo nº- 42/145.602.454-7, em apenso.
Foi o benefício indeferido por falta de tempo de serviço/contribuição, fls. 47/48.
Argumentou sua representante legal em razões de recurso, que a concessão da
aposentadoria por idade ao trabalhador rural independe de contribuição, não estando sujeita a
período de carência, bastando a comprovação da idade e da atividade rural em número de meses
idênticos à carência do benefício, acrescentando que no processo do benefício requerido
anteriormente foram apurados até 12/08/2008, 33 anos, 04 meses e 25 dias, sem a indenização
dos períodos de 01/01/2003 a 31/12/2003 e 01/01/2005 a 30/10/2005, fazendo, no presente caso,
jus à aposentadoria integral, fls. 51/53.
Em suas contra-razões o INSS manteve o ato recorrido, uma vez que não foram
computados 35 anos de tempo rural e para ser computado o tempo de atividade rural reconhecido
no processo anterior, o mesmo teria que ser indenizado, além do que só foi apresentada a
Certidão de Casamento para fazer prova para o ano de 1978, fls. 59/60.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 01/10/2010 para sessão nº 617/2010 de 14/10/2010 às 09:00.
Voto
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Seleção de Acórdãos
Art. 182. A carência das aposentadorias por idade, tempo de contribuição e especial
para os segurados inscritos na previdência social urbana até 24 de julho de 1991, bem como
para os trabalhadores e empregadores rurais amparados pela previdência social rural,
obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o segurado implementou
todas as condições necessárias à obtenção do benefício:
Em 2010: 174 contribuições.
No presente caso, será considerada a carência de 174 contribuições, uma vez que o
segurado se inscreveu no Regime Geral de Previdência Social – RGPS em 11/01/72, antes,
portanto, da edição da Lei nº- 8213, de 24/07/91, que passou a exigir a carência de 180
contribuições para o segurado inscrito após aquela data.
Computando-se então os períodos de 01/11/91 a 06/09/96, 07/04/97 a 18/08/97, 01/09/97 a
31/08/98, 01/10/98 a 31/08/99, 03/01/2000 a 30/10/2000, 27/06/2001 a 27/07/2001, 01/04/2002 a
17/09/2002, 15/03/2004 a 11/10/2004 e de 01/11/2005 a 31/03/2010, a carência apurada é de
cerca de 166 contribuições até 31/03/2010, vindo a atingir as 174 aproximadamente em
novembro/2010, se continuar empregado ou contribuindo.
248
Seleção de Acórdãos
Assim que completar a 174 contribuições, todos os demais períodos não contributivos
poderão ser considerados, para efeito da concessão do benefício postulado, na forma do artigo 26,
parágrafo 3º- do referido Decreto, a saber:
Cabe também considerar que os períodos reconhecidos como de atividades rurais, condição
de segurado especial não poderão constar do cômputo acima porque não são contributivos.
COLOCAR ART ¨26 par.3º-
Assim sendo, não se apurou tempo suficiente para a aposentadoria na forma pleiteada,
antes do início de vigência da Emenda Constitucional n°- 20/98, nos moldes dos artigos 54 do
Decreto nº- 2172/97 e 187 do Decreto n°- 3048/99, os quais abaixo transcrevo, respectivamente:
249
Seleção de Acórdãos
250
Seleção de Acórdãos
ÁCORDÃOS 8ª JR - MG
251
Seleção de Acórdãos
252
Seleção de Acórdãos
Documento: 0052.157.150-2
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA BOM DESPACHO-APSBDP
Nº de Protocolo do Recurso: 37033.000490/2010-57
Recorrente(s): ELVIRA CELINA DE MESQUITA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR IDADE
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 28/07/2010
Relator(a): HUXLEY FERREIRA CÓLEN
Relatório
253
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
254
Seleção de Acórdãos
Decisório
255
Seleção de Acórdãos
256
Seleção de Acórdãos
Documento: 0094.158.645-6
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA PARÁ DE MINAS-APSPAR
Nº de Protocolo do Recurso: 37026.000894/2010-30
Recorrente(s): DARIO DE OLIVEIRA MELGACO
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR IDADE
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 30/11/2010
Relator(a): HUXLEY FERREIRA CÓLEN
Relatório
257
Seleção de Acórdãos
Em síntese, é o relatório.
ÀS PARTES INTERESSADAS, CABE A OBSERVÂNCIA DOS PRAZOS
REGIMENTAIS, BEM COMO DO DISPOSTO NOS ARTIGOS 16, 17, 18 E 58 DA
PT/MPS Nº323/07 E ALTERAÇÕES, QUE TRATAM DE RECURSO, ALÇADA E
EMBARGOS.
Inclusão em Pauta
Voto
258
Seleção de Acórdãos
Decisório
259
Seleção de Acórdãos
260
Seleção de Acórdãos
Documento: 0151.974.430-4
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA PONTE NOVA-APSPON
Nº de Protocolo do Recurso: 36932.001824/2010-11
Recorrente(s): JOAO BOSCO VIEIRA LOPES
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR IDADE
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 07/12/2010
Relator(a): MARIA LUIZA MAGALHÃES ELIAS
Relatório
261
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
262
Seleção de Acórdãos
263
Seleção de Acórdãos
264
Seleção de Acórdãos
Decisório
265
Seleção de Acórdãos
266
Seleção de Acórdãos
Documento: 0122.520.895-2
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA SÃO PAULO-MOOCA-APSMOO
Nº de Protocolo do Recurso: 36272.000374/2003-23
Recorrente(s): LUIZ NELSON KUPPER
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 27/03/2008
Relator(a): MARCO ANTÔNIO PICORELLI LOPES CANÇADO
Relatório
267
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
268
Seleção de Acórdãos
269
Seleção de Acórdãos
exigida, será devida ao segurado que completar trinta anos de serviço, se do sexo
masculino, ou 25 anos, se do sexo feminino.
Art. 187 - É assegurada a concessão de aposentadoria, a qualquer tempo, nas
condições previstas na legislação anterior à Emenda Constitucional nº 20, de 1988, ao
segurado do Regime Geral de Previdência Social que, até 16 de dezembro de 1998, tenha
cumprido os requisitos para obtê-la.
10 - Por outro lado, na DER (Data de Entrada do Requerimento), o segurado
implementava a idade, eis que nascido em 12/10/1947, e possuía o tempo mínimo exigido pela
legislação previdenciária para a obtenção de aposentadoria proporcional, conforme disposto no
artigo 9º da Emenda Constitucional nº 20/98, em consonância com o 188 do Decreto 3.048/99 na
redação dada pelo Decreto 4.729, de 09/06/03:
Art. 188 - O segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até 16 de
dezembro de 1998, cumprida a carência exigida, terá direito à aposentadoria, com valores
proporcionais ao tempo de contribuição, quando, cumulativamente:
I - contar cinqüenta e três anos ou mais de idade, se homem, e quarenta e oito anos
de idade, se mulher; e
II - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a, no mínimo, quarenta por
cento do tempo que, em 16 de dezembro de 1998, faltava para atingir o limite de tempo
constante da alínea "a".
Art. 201 - ...
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos
da lei, obedecidas as seguintes condições:
1 - Trinta e cinco (35) anos de contribuição, se homem, e trinta (30) anos de
contribuição, se mulher;
Art. 56 - A aposentadoria por tempo de contribuição, uma vez cumprida a carência
exigida, será devida nos termos do § 7º do art. 201 da Constituição.
11 - Diante de tudo que dos autos consta;
VOTO pelo provimento do recurso, reconhecendo ao postulante, mediante opção, o
direito ao benefício pleiteado, na forma da fundamentação supra, cabendo ao INSS adotar as
providências acessórias que se fazem necessárias, em consonância com a legislação aplicável, tais
como:
− fixar o real tempo de serviço e estabelecer o percentual do salário de benefício;
− promover atualizações e correções cabíveis.
Decisório
270
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
272
Seleção de Acórdãos
Documento: 0124.447.621-5
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA BELO HORIZONTE-PADRE EUSTÁQUIO-APSBPE
Nº de Protocolo do Recurso: 36518.001028/2004-13
Recorrente(s): JOSÉ ELIAS DA SILVA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 13/09/2004
Relator(a): AMARILES CORINA DE ABREU MOREIRA
Relatório
273
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
274
Seleção de Acórdãos
Voto
275
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
277
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Decisório
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Documento: 0137.886.584-4
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA OURO PRETO-APSOUR
Nº de Protocolo do Recurso: 36934.000234/2008-29
Recorrente(s): JOÃO FERNANDES MARINS
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 31/07/2008
Relator(a): MARCO ANTÔNIO PICORELLI LOPES CANÇADO
Relatório
281
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
1 - Examinado e narrado o que consta dos autos, cabe a este Relator adentrar nos
fundamentos e argumentos, para a decisão.
2 - Evidentemente, o princípio constitucional do direito adquirido tem que ser respeitado
pela Administração, quando da aplicação da norma legal.
3 - Realmente, as atividades e condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade
física estão relacionadas ou disciplinadas nos anexos dos Decretos nº 53.831/64 e nº 83.080/79,
vigentes até 05/03/97, Decreto nº 2.172/97, vigente até 06/05/99, Decreto nº 3.048/99, com início de
vigência em 07/05/99.
4 - Pela leitura dos autos, constitui matéria controversa, objeto do julgamento do recurso,
o enquadramento e conversão dos períodos:
- PREFEITURA MUNICIPAL DE OURO PRETO:
de 17/11/1983 a 31/07/1986, ajudante de pedreiro,
de 01/08/1986 a 05/03/2008, pedreiro de manutenção em redes de esgoto, fls. 21/22 e
37/38.
5 - A Lei 8.213/91, em seu artigo 58 e parágrafos, confere prerrogativas ao INSS, no que
diz respeito a aplicabilidade de normas procedimentais sobre o PPP (Perfil Profissiográfico
Previdenciário), tendo o Instituto começado a exigir tal documento a partir de janeiro de 2004.
6 - Importante salientar, que vários pressupostos legais devem ser obedecidos por este
Colegiado, para a correta conversão de tempo especial em comum, quando for o caso, dentre eles:
a) caracterização da atividade permanente e habitual, até 28/04/95 ou evidenciar habitual,
permanente, não ocasional e nem intermitente, a partir de 29/04/95;
b) apresentação de PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário, originário de Laudo das
Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT - , elaborado pela empresa ou preposto, sendo aceitos
formulários DIRBEN 8030 (antigos SB’40, DISES BE 5235 e DSS 8030), para períodos laborados
até 31/12/2003, quando emitidos até esta data, sem a apresentação de laudo técnico até 28/04/95,
exceto ruído, devendo este documento mencionar, além de suas peculiaridades, as informações
pertinentes ao PPP;
c) observância do limite de tolerância permitido de 80 decibéis até 05/03/97, 90 decibéis, a
partir de 06/03/97, e 85 decibéis, a partir de 19/11/03;
d) quando houver uso de tecnologia que elimina ou neutraliza a presença de agente
nocivo não caberá conversão, devendo constar do PPP ou do LTCAT, os dados essenciais sobre a
utilização de equipamentos de proteção, a partir de 14/12/98. ( Portaria MTb nº 3.214/78 - NR 15 -
15.4 );
e) os PPP’s ou LTCAT’s devem levar em consideração a média do ruído para o correto
enquadramento, conforme o disposto na Portaria MTb nº 3.214/78 - NR 15 e seguintes, ou seja,
ocorrendo variações nos níveis de exposição ao agente ruído, a equação constante da norma
282
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Decisório
284
Seleção de Acórdãos
285
Seleção de Acórdãos
286
Seleção de Acórdãos
Documento: 0139.940.628-8
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA OURO PRETO-APSOUR
Nº de Protocolo do Recurso: 36934.000716/2008-89
Recorrente(s): SALETE APARECIDA ANTONIO
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 09/10/2008
Relator(a): PEDRO DONIZETE ASSUNÇÃO
Relatório
287
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
1. Examinado e narrado o que consta dos autos, cabe a este Relator adentrar nos
argumentos e fundamentos para o decisório, não tendo sido constatados elementos que
permitam contestar a tempestividade do recurso.
2. Trata-se de pedido de APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
formulado em e indeferido por falta de tempo de contribuição.
3. A matéria controversa cinge-se no não reconhecimento do período de 01.11.1976 a
02.01.1981, exercido na condição de doméstica, tendo em vista a ausência de contribuições
previdenciárias.
4. Este Colegiado analisa, por dever de ofício, toda a documentação acostada aos
autos, à luz das normas legais aplicáveis à espécie, buscando, desta forma, proferir o decisório
com elementos geradores de convicção.
5. Inicialmente, importante registrar que a Carteira de Trabalho foi emitida em
19.01.1977 e o primeiro registro, na citada Carteira, deu-se em 01.11.1976 a 02.01.1981 e, em
seguida, outros registros foram anotadas na CTPS.
6. Ainda, como se pode observar, porquanto a CTPS tenha sido emitida pouco mais
de um mês após a recorrente estar trabalhando, forçoso reconhecer que, na verdade, o que se
deu foi uma regularização da situação de fato existente à época.
7. Nessa linha de raciocínio, evidencia, com clareza solar, que os registros na CTPS
da recorrente não apresentam quaisquer rasuras, borrões, etc. que possam macular o citado
documento, demonstrando, assim, autenticiadade e veracidade dos contratos ali mencionados.
8. Nesse sentido, entende este Relator que não há qualquer dúvida do trabalho
exercido pela recorrente no período de 01.11.1976 a 02.01.1981, para a Sra. Regina Maria
Ricaldom G., cabendo, neste momento, ser enfrentada a questão sobre os recolhimentos
previdenciários.
9. No que respeita às contribuições previdenciárias da doméstica, como é o caso
presente, assim dispõem os artigos 15, iniciso II e 30, inciso V, da Lei n° 8.212/91:
Art. 15. Considera-se:
II - empregador doméstico - a pessoa ou família que admite a seu serviço, sem
finalidade lucrativa, empregado doméstico.
Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras
importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: (Redação
dada pela Lei nº 8.620, de 5.1.93)
V - o empregador doméstico está obrigado a arrecadar a contribuição do
segurado empregado a seu serviço e a recolhê-la, assim como a parcela a seu cargo, no
prazo referido no inciso II deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 8.444, de 20.7.92)
10. No mesmo sentido, dispõe o artigo 216, inciso VIII e § 5° do Decreto 3.048/99:
288
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Decisório
290
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291
Seleção de Acórdãos
292
Seleção de Acórdãos
Documento: 0141.618.252-4
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA CAETÉ-TANCREDO NEVES-APSCAE
Nº de Protocolo do Recurso: 36946.000620/2009-62
Recorrente(s): JOVIANO MATEUS VALADARES
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 19/11/2009
Relator(a): PEDRO DONIZETE ASSUNÇÃO
Relatório
293
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
294
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Decisório
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Seleção de Acórdãos
LHE PROVIMENTO, POR UNANIMIDADE, de acordo com o voto do(a) Relator(a) e sua
fundamentação.
298
Seleção de Acórdãos
Documento: 0144.788.477-6
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA SETE LAGOAS-APSSET
Nº de Protocolo do Recurso: 36906.000536/2008-34
Recorrente(s): DIMAS EXPEDITO DA SILVA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 22/09/2008
Relator(a): PEDRO DONIZETE ASSUNÇÃO
Relatório
299
Seleção de Acórdãos
Na fase recursal, a perícia médica, à fl. 80-verso, ratificou o parecer de fls. 52/53.
O Instituto manteve o indeferimento.
Trata-se de matéria que comporta recurso à CAJ/CRPS, somente pelo segurado, não
podendo o INSS recorrer, apenas apresentar contrarrazões, se for o caso.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
1. Examinado e narrado o que consta dos autos, cabe a este Relator adentrar nos
argumentos e fundamentos para o decisório, posto que as razões recursais foram interpostas
em tempo hábil, nos termos da lei.
2. Trata-se de pedido de APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
formulado em 11.03.2008 e indeferido por falta de tempo de contribuição.
3. Constitui matéria controversa o não reconhecimento, como tempo especial, dos
períodos:
- de 01.06.1973 a 30.04.1976, de 04.01.1986 a 30.06.1989 e de 01.11.1990 a
02.02.1994, laborados na empresa CIA CEDRO CACHOEIRA;
- de 15.09.1994 a 10.06.1999, trabalhado na empresa MINERAÇÃO RETIRO;
- de 18.02.2002 a 24.08.2007, laborado na empresa FRANCO MATOS TINTEXTIL
S/A.
4. Este Colegiado analisa, por dever de ofício, toda a documentação acostada aos
autos, à luz das normas legais aplicáveis à espécie, buscando, desta forma, proferir o decisório
com elementos geradores de convicção.
5. Cabe observar que as atividades e condições especiais prejudiciais à saúde ou à
integridade física estão relacionadas ou disciplinas nos anexos dos Decretos nº. 53.831/64 e
nº. 83.080/79, vigentes até 05/03/97, Decreto nº. 2.172/97, em vigor até 06/05/99, Decreto nº.
3.048/99, com início a partir de 07/05/99, Lei nº. 7.850/89.
6. Ainda, a lei n°. 8.213/91, em seu artigo 58, confere prerrogativas ao INSS, no que
diz respeito a aplicabilidade de normas procedimentais sobre o PPP (Perfil Profissiográfico
Previdenciário), tendo o Instituto começado a exigir tal documento à partir de janeiro de 2004.
7. Assim, vários pressupostos legais devem ser obedecidos por este Colegiado, para
a correta conversão de tempo especial em comum, quando for o caso dentre eles:
a) caracterização da atividade permanente e habitual, até 28/04/95 ou evidenciar
habitual, permanente, não ocasional e nem intermitente, a partir de 29/04/95;
b) apresentação de PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário, elaborado pela
empresa, sendo aceitos formulários DIRBEN 8030 (antigos SB’40, DISES BE 5235 e DSS
8030), para períodos laborados até 31/12/2003, quando emitidos até esta data, sem a
300
Seleção de Acórdãos
apresentação de laudo técnico até 28/04/95, exceto ruído, devendo este documento
mencionar, além de suas peculiaridades, as informações pertinentes ao PPP;
c) observância do limite de tolerância permitido de 80 decibéis até 05/03/97, 90
decibéis, a partir de 06/03/97, e 85 decibéis, a partir de 19/11/03;
d) quando houver uso de tecnologia que elimina ou neutraliza a presença de agente
nocivo não caberá conversão, devendo constar do PPP os dados essenciais sobre a utilização
de equipamentos de proteção, a partir de 14/12/98. (Portaria Mtb nº 3.214/78 - NR 15 - 15.4);
e) os PPP’s devem levar em consideração a média do ruído para o correto
enquadramento, conforme o disposto na Portaria Mtb nº 3.214/78 - NR 15 e seguintes, ou seja,
ocorrendo variações nos níveis de exposição ao agente ruído a equação constante da norma
trabalhista oferecerá o resultado, que deverá atender o registrado na letra "c";
f) os PPP’s, anteriores ao exercício das atividades, podem ser aceitos, desde que
observados os requisitos legais da época, inclusive a inalterabilidade das condições especiais;
g) os PPP’s, emitidos posteriormente ao exercício da atividade do segurado, devem
mencionar se houve alteração ou não de "lay out" e ou mudança das instalações físicas do
local de trabalho, registrando a data da ocorrência e todos os elementos que caracterizam o
direito à época;
h) os PPP’s devem obedecer os ditames da Lei nº 9.732/98 e elaborados de acordo
com as normas trabalhistas, inclusive aqueles emitidos anteriormente. Aliás, o INSS, por meio
de norma específica, estabelece parâmetros, que podem ser seguidos para o perfeito
enquadramento, quando cabível;
i) o trabalhador terá que provar, através de documento apropriado, exigível à época,
que esteve sujeito a qualquer dos agentes biológicos, químicos, físicos ou associação de
agentes, para fazer jus a contagem de tempo especial;
j) possibilidade de enquadramento por categoria profissional apenas até 28/04/95 e a
partir desta data deve ser apresentado o PPP (Perfil Profissiográfico Profissional), exceto para
contribuinte individual, vez que a partir de 29/04/95 é indevida a conversão;
k) fica caracterizado o agente agressivo eletricidade quando o trabalhador tiver
contato, permanente e habitual, com equipamento eletroenergizado com tensão superior a 250
volts;
l) o frentista de posto de gasolina poderá ser considerado como atividade especial,
desde que comprovada a efetiva exposição ao agente nocivo, o que não acontece com o
gerente do posto.
8. Assim, observados os pressupostos acima mencionados entende este Relator que:
8.1 - CABE o reconhecimento como tempo especial dos períodos de 01.06.1973 a
30.04.1976, de 04.01.1986 a 30.06.1989 e de 01.11.1990 a 02.02.1994, laborados na empresa
CIA CEDRO CACHOEIRA, posto que, conforme PPPs de fls. 26/27 e 26/29, o recorrente
exerceu atividade exposto ao agente nocivo ruído equivalente a 80,1 decibéis, assegurando-
lhe o enquadramento como tempo especial, já que se enquadra nos códigos 1.1.6, do Decreto
n° 53.831/64 e 1.1.5, anexo I, do Decreto n° 83.080/79 e, ainda, encontra-se em consonância
com o disposto no item 7, letra “c”, desta decisão;
8.2 - CABE o reconhecimento como tempo especial do período de 18.02.2002 a
30.09.2003, trabalhado na empresa FRANCO MATOS TINTEXTIL S/A, já que, conforme
informações contidas no PPP de fls. 32/33, o recorrente exerceu atividade exposto ao agente
nocivo ruído equivalente a 93,5 decibéis, assegurando-lhe o enquadramento como tempo
especial, eis que se enquadra no código 2.0.1, anexo IV, do Decreto n° 3.048/99, atendendo,
ainda, o disposto na letra “c”, do item 7 acima citado;
8.3 - CABE o reconhecimento como tempo especial do período de 01.10.2003 a
24.08.2007, laborado na empresa FRANCO MATOS TINTEXTIL S/A, pois, conforme consta do
PPP de fls. 32/33, o recorrente exerceu atividade exposto ao agente nocivo ruído equivalente a
88,4 decibéis, assegurando-lhe o enquadramento como tempo especial, eis que se enquadra
no código 2.0.1, anexo IV, do Decreto n° 3.048/99, atendendo, ainda, o disposto na letra “c”, do
item 7 acima citado;
301
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Decisório
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Documento: 0145.126.825-1
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA DIVINÓPOLIS-APSDIV
Nº de Protocolo do Recurso: 37024.000936/2008-38
Recorrente(s): PEDRO NOGUEIRA VAZ
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 23/10/2008
Relator(a): HUXLEY FERREIRA CÓLEN
Relatório
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Seleção de Acórdãos
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Inclusão em Pauta
Voto
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Decisório
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Seleção de Acórdãos
Documento: 0148.078.317-7
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA ITAJUBÁ-APSITA
Nº de Protocolo do Recurso: 36998.001290/2009-17
Recorrente(s): SEBASTIAO ALVES FERNANDES
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 07/12/2009
Relator(a): RONAN DE CASTRO VAZ
Relatório
313
Seleção de Acórdãos
agentes nocivos ou prejudiciais à saúde não é exaustiva e sim enumerativa, sendo devida
a aposentadoria especial, ainda que a atividade exercida não esteja inscrita no
Regulamento; por exposição, o enquadramento seria devido por manipulação de óxido de
cálcio (cal virgem) na colocação no fundo das sepulturas, a fim de impermebializá-las para
evitar mau cheiro; para o enquadramento, devem ser observadas as normas vigentes na
data de realização dos serviços. Cita o Enunciado nº 21 do CRPS sobre a utilização de
EPC e EPI pelo trabalhador, cujo simples fornecimento não exclui a hipótese de exposição
aos agentes nocivos à saúde. Faz referência a entendimento doutrinário acerca do direito
adquirido, aduzindo que o INSS não se manifestou sobre a possibilidade de concessão de
aposentadoria proporcional. Finaliza requerendo à concessão de aposentadoria integral,
não se opondo à concessão de aposentadoria proporcional.
Às fls. 60/68, constam cópias dos exemplares das Leis nº 839/93 e 1.108/99, que
instituíram os RJU’, (Regimes Jurídicos Únicos) dos Servidores Públicos do Município de
Maria da Fé/MG.
À fl. 72, o INSS emitiu “Carta de Exigência(S) para a apresentação, pelo
interessado, do original do PPP da P.M. de Maria da Fé/MG, retificando ou ratificando as
informações sobre as funções desempenhadas, tendo o ilustre engenheiro de segurança
de trabalho do referido órgão municipal formulado à fl. 82 orientações para o
preenchimento do documento solicitado, vindo à colação o PPP de fls. 83/84.
O Instituto manteve o indeferimento (fls. 77/78), alegando, em resumo, que: a
matéria controversa reside no enquadramento ou não dos períodos de 13/02/1981 a
31/03/1993 e de 18/06/1999 até a DER (...) na atividade de coveiro; no período de
01/04/1993 a 17/06/1999 o segurado esteve filiado ao RPPS (Regime Próprio de
Previdência Social); não houve enquadramento do tempo pretendido pelo Médico Perito,
tampouco por atividade; o segurado retornou ao RGPS (Regime Geral de Previdência
Social) após 16/12/1998, podendo obter somente aposentadoria integral (35 anos de
tempo de contribuição); o tempo atingido até a DER equivaleu a 32 anos e 26 dias.
Cabe às partes interessadas observarem os prazos regimentais, bem como o que
dispõem os artigos 16,17, 18 e 58 da PT/MPS nº 323/07 e alterações, que tratam de
recurso, alçada e embargos.
Inclusão em Pauta
Voto
1– O Recurso é tempestivo, por não restar demonstrado nos autos ter sido o
segurado, seja pessoalmente ou por intermédio de representante legal, regularmente
314
Seleção de Acórdãos
315
Seleção de Acórdãos
anteriormente. Aliás, as Nomas Interna do INSS estabelecem parâmetros que podem ser
seguidos para o perfeito enquadramento, quando cabível;
i) o trabalhador terá que provar, através de documento apropriado, exigível à
época, que esteve sujeito a qualquer dos agentes biológicos, químicos, físicos ou
associação de agentes, para fazer jus a contagem de tempo especial;
j) possibilidade de enquadramento por categoria profissional apenas até 28/04/95
e, a partir desta data, deve ser apresentado o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário)
ou formulário DSS-8030, neste caso, acompanhado de LTCAT, exceto para contribuinte
individual, vez que a partir de 29/04/95 é indevida a conversão;
k) fica caracterizado o agente agressivo eletricidade quando o trabalhador tiver
contato, permanente e habitual, com equipamento eletroenergizado com tensão superior a
250 volts, até 05/03/97;
l) o frentista de posto de combustíveis poderá ser considerado como atividade
especial, desde que comprovada a efetiva exposição ao agente nocivo, o que não
acontece com o gerente de citado estabelecimento comercial.
8 – A propósito, este Colegiado não condiciona suas decisões aos
pronunciamentos técnicos da perícia médica, analisando, também, por dever de ofício, os
formulários e laudos acostados aos autos, à luz das normas legais aplicáveis à espécie,
buscando, desta forma, proferir o decisório com elementos geradores de convicção.
9 – Zelando pelo princípio de economia e celeridade processual, entende, este
Relator, que a espécie enseja o julgamento conforme o estado do processo, sendo
desnecessário o retorno dos autos à origem para a regularização da instrução,
especialmente no que se aproveita a falta de notificação do segurado e ou seu procurador
para a apresentação de novas razões de recurso, se assim desejar(em), a despeito de
constar no Despacho de fls. 77/78 que o interessado, para se aposentar, teria que cumprir
o tempo integral para se aposentar 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, pelo fato de ter
reingressado no RGPS (...) após 16/12/1998, em virtude da existência no processo de
dados elucidativos da controversa, senão vejamos:
9.1. - por um lado, assiste razão, em parte, o postulante, notadamente no que
concerne o risco de contaminação do profissional que desempenha atividades em
cemitérios, especialmente os que têm contato diário e permanente, em suas jornadas de
trabalho, com cadáveres na limpeza de covas, gavetas, túmulos e ou sepulturas, que
acompanham exumação de corpos, etc., levando-se em conta a grande carga de germes
infecciosos e parasitas humanos presentes em ambientes dessa natureza, o que,
certamente, tem levado os Tribunais Brasileiros, em situações específicas, proferirem
decisões favoráveis ao reconhecimento da insalubridade;
9.2. – por outro lado, peço venia para discordar do interessado, ao passo que a
atividade do segurado (operário I), constante da cópia autenticada da CTPS (Carteira de
Trabalho e Previdência Social) de fls. 09/20 e do PPP (...), não se encontra relacionada
nos anexos II e III dos Decretos nº 83.080/79 e 53.831/64, que autorizam o
enquadramento por presunção da nocividade até 28/04/1995, véspera de início de
vigência a Lei nº 9.032/95, e também pelo fato de não se admitir na esfera Administrativa
Previdenciária o reconhecimento da especialidade por analogia. Neste particular, refiro-me
à função de operário I que integra os documentos comprobatórios ofertados,
diferentemente da mencionada pelo interessado nas razões de recurso (coveiro), não
obstante esta atividade não se encontrar, também, contemplada nos anexos de
supracitados Decretos;
9.3. – examinando com acurada cautela as funções desempenhadas pelo
segurado, relacionadas no PPP (...) de fls. 83/84, quais sejam, manutenção e limpeza do
Cemitério Municipal, sepultamento de pessoas e emplacamentos de terrenos perpétuos e
administração geral do Cemitério, não vislumbro assentir, permissa venia, que tais
316
Seleção de Acórdãos
317
Seleção de Acórdãos
Decisório
318
Seleção de Acórdãos
Documento: 0149.051.234-6
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA ALFENAS-APSALF
Nº de Protocolo do Recurso: 36994.001214/2010-85
Recorrente(s): JOÃO PEDRO DE OLIVEIRA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 12/02/2010
Relator(a): RONAN DE CASTRO VAZ
Relatório
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Seleção de Acórdãos
320
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
1- O Recurso é tempestivo, por ter sido interposto no prazo legal, fls. 53/54.
2 - Examinado e narrado o que consta do processo, cabe a este Relator
adentrar nos fundamentos e argumentos para a decisão.
3 - Inicialmente, cumpre observar que o princípio constitucional do direito
adquirido tem que ser respeitado pela Administração, quando da aplicação da
norma legal.
4 – Necessário, também, observar que as atividades e condições especiais
prejudiciais à saúde ou à integridade física estão relacionadas ou disciplinadas nos
anexos dos Decretos nº 53.831/64 e nº 83.080/79, vigentes até 05/03/97, Decreto
nº 2.172/97, vigente até 06/05/99, Decreto nº 3.048/99, com início de vigência em
07/05/99.
5 - Pela leitura dos autos nota-se que a matéria controversa, objeto de
julgamento do recurso, consiste no exame da possibilidade de inclusão, no cálculo
de tempo de serviço/contribuição, do período em que o postulante possuía idade
inferior a 14 (quatorze) anos (01/07/1977 a 28/06/1979) e enquadramento e
conversão dos períodos de 01/11/97 a 30/04/98, 01/11/98 a 30/04/99, 01/05/99 a
31/05/99, na função de lavrador (rurícola braçal), e 01/06/99 a 31/12/2003 como
tratorista, todos na CIA AGROPECUÁRIA MONTE ALEGRE, em virtude de terem
sido os demais períodos reconhecidos como de natureza especial pela Perícia
Médica e aceitos pelo Instituto, não havendo óbice por este Colegiado.
6 – Indispensável esclarecer, que a Lei 8.213/91, em seu artigo 58 e
parágrafos, confere prerrogativas ao INSS, no que diz respeito à aplicabilidade de
normas procedimentais sobre o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), tendo
o Instituto começado a exigir tal documento, a partir de janeiro de 2004.
7 - Importante salientar, que vários pressupostos legais devem ser
obedecidos por este Colegiado, para a correta conversão de tempo especial em
comum, quando for o caso, dentre eles:
a) caracterização da atividade permanente e habitual, até 28/04/95 ou
evidenciar habitual, permanente, não ocasional e nem intermitente, a partir de
29/04/95;
b) apresentação de PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário, originário
de Laudo das Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT -, elaborado pela
empresa ou preposto, sendo aceitos formulários DIRBEN 8030 (antigos SB’40,
323
Seleção de Acórdãos
DISES BE 5235 e DSS 8030), para períodos laborados até 31/12/2003, quando
emitidos até esta data, sem a apresentação de laudo técnico até 28/04/95, exceto
ruído, devendo este documento mencionar, além de suas peculiaridades, as
informações pertinentes ao PPP;
c) observância do limite de tolerância permitido de 80 decibéis até
05/03/97, 90 decibéis, a partir de 06/03/97, e 85 decibéis, a partir de 19/11/03;
d) quando houver uso de tecnologia que elimina ou neutraliza a presença
de agente nocivo não caberá conversão, devendo constar do PPP ou do LTCAT,
os dados essenciais sobre a utilização de equipamentos de proteção, a partir de
14/12/98. ( Portaria MTb nº 3.214/78 - NR 15 - 15.4 );
e) os PPP’s ou LTCAT’s devem levar em consideração a média do ruído
para o correto enquadramento, conforme o disposto na Portaria MTb nº 3.214/78 -
NR 15 e seguintes, ou seja, ocorrendo variações nos níveis de exposição ao
agente ruído, a equação constante da norma trabalhista oferecerá o resultado que
deverá atender o registrado na letra “c”;
f) os PPP’s ou LTCAT’s, anteriores ao exercício das atividades, podem ser
aceitos, desde que observados os requisitos legais da época, inclusive a
inalterabilidade das condições especiais;
g) os PPP’s ou LTCAT’s, emitidos posteriormente ao exercício da atividade
do segurado, devem mencionar se houve alteração ou não de “lay out” e ou
mudança das instalações físicas do local de trabalho, registrando a data da
ocorrência e todos os elementos que caracterizam o direito à época;
h) os PPP’s ou LTCAT’s devem obedecer aos ditames da Lei nº 9.732/98 e
elaborados de acordo com as normas trabalhistas, inclusive aqueles emitidos
anteriormente. Aliás, as Normas Internas do INSS estabelecem parâmetros que
podem ser seguidos para o perfeito enquadramento, quando cabível;
i) o trabalhador terá que provar, através de documento apropriado, exigível
à época, que esteve sujeito a qualquer dos agentes biológicos, químicos, físicos ou
associação de agentes, para fazer jus a contagem de tempo especial;
j) possibilidade de enquadramento por categoria profissional apenas até
28/04/95 e, a partir desta data, deve ser apresentado o PPP (Perfil Profissiográfico
Previdenciário) ou formulário DSS-8030, neste caso, acompanhado de LTCAT,
exceto para contribuinte individual, vez que a partir de 29/04/95 é indevida a
conversão;
k) fica caracterizado o agente agressivo eletricidade quando o trabalhador
tiver contato, permanente e habitual, com equipamento eletroenergizado com
tensão superior a 250 volts, até 05/03/97;
l) o frentista de posto de combustíveis poderá ser considerado como
atividade especial, desde que comprovada a efetiva exposição ao agente nocivo, o
que não acontece com o gerente de citado estabelecimento comercial.
8 - A propósito, este Colegiado não condiciona suas decisões aos
pronunciamentos técnicos da Perícia Médica, analisando, também, por dever de
ofício, os formulários e laudos acostados aos autos, à luz das normas legais
aplicáveis à espécie, buscando, desta forma, proferir o decisório com elementos
geradores de convicção.
9 - Nessa linha de raciocínio, baseando-se nos critérios acima
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Seleção de Acórdãos
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Decisório
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Seleção de Acórdãos
Documento: 0146.065.301-4
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA ITATIBA-APSITA
Nº de Protocolo do Recurso: 35399.000682/2009-55
Recorrente(s): JOEL DA SILVA DIAS
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: AUXÍLIO-RECLUSÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 02/03/2010
Relator(a): MARIA MÁRCIA SILVA LARA
Relatório
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Seleção de Acórdãos
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
Reporto-me ao relatório.
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Seleção de Acórdãos
Não deve prevalecer a restrição quanto ao filho menor, nascido após 300
dias da reclusão, haja vista que à época do recolhimento do segurado à prisão ele
sequer havia nascido e, a partir de seu nascimento, como dependente legal do
segurado, passa a ser detentor dos direitos que a lei lhe atribui.
Consta ainda dos autos, às fls. 13, que houve recebimento de seguro
desemprego pelo segurado, sendo a última parcela paga em 27/03/2006.
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Seleção de Acórdãos
Decisório
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Seleção de Acórdãos
335
Seleção de Acórdãos
336
Seleção de Acórdãos
Relatório
337
Seleção de Acórdãos
DILERMANDO BARBOSA
Representante do Governo
Inclusão em Pauta
Voto
Reporto-me ao relatório.
O artigo 143 da Lei nº 8.213/91, com a nova redação que lhe foi dada pela
Lei nº 9.063, de 14/06/95, estabelece, que:
338
Seleção de Acórdãos
DILERMANDO BARBOSA
Representante do Governo
Decisório
339
Seleção de Acórdãos
340
Seleção de Acórdãos
341
Seleção de Acórdãos
342
Seleção de Acórdãos
Documento: 0541.070.545-5
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA RIO DE JANEIRO-SÃO CRISTOVÃO-APSRSC
Nº de Protocolo do Recurso: 37214.001444/2010-47
Recorrente(s): JOAO DE OLIVEIRA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: AMPARO SOCIAL AO IDOSO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 09/08/2010
Relator(a): MARGARIDA MARIA TOMÁS DOS SANTOS
Relatório
343
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
O recurso é tempestivo;
344
Seleção de Acórdãos
345
Seleção de Acórdãos
Decisório
346
Seleção de Acórdãos
Documento: 0138.276.928-5
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDENCIA SOCIAL BARRA DA TIJUCA-
APSRBTJ
Nº de Protocolo do Recurso: 37219.003801/2010-61
Recorrente(s): MARIA REGINA SOARES LOBARINHAS
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR IDADE
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 13/10/2010
Relator(a): MARGARIDA MARIA TOMÁS DOS SANTOS
Relatório
347
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
O recurso é tempestivo;
348
Seleção de Acórdãos
Conforme essa nova Lei, para aqueles que se filiassem à Previdência a partir de
sua vigência, ou seja, 29.11.1999, o período de apuração envolveria os salários de
contribuição desde a data da filiação até a Data de Entrada do Requerimento -
DER, isto é, todo o período contributivo do segurado;
Por outro lado, para os segurados filiados antes da edição desta Lei, o período de
apuração passou a ser entre julho de 1994 e a DER.
Desse modo, o período básico de cálculo dos segurados foi ampliado pelo disposto
no artigo 3º, caput, da Lei n. 9.876/1999, essa alteração legislativa veio em
benefício dos segurados, porém, só lhes beneficiaria se houvesse contribuições.
Art. 3º. Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia
anterior à data de publicação desta Lei, que vier a cumprir as
condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime
Geral de Previdência Social, no cálculo do salário de benefício
será considerada a média aritmética simples dos maiores
salários de contribuição, correspondentes a, no mínimo,
oitenta por cento de todo o período contributivo decorrido
desde a competência julho de 1994, observado o disposto nos
incisos I e II do caput do art. 29 da Lei no 8.213, de 1991, com a
redação dada por esta Lei (grifou-se).
349
Seleção de Acórdãos
Decisório
350
Seleção de Acórdãos
Documento: 0152.352.089-0
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDENCIA SOCIAL RJ COSME VELHO-
APSRLJR
Nº de Protocolo do Recurso: 35584.004773/2010-14
Recorrente(s): ROSEMERI JUCK SCHREIBER
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR IDADE
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 28/09/2010
Relator(a): MARGARIDA MARIA TOMÁS DOS SANTOS
Relatório
351
Seleção de Acórdãos
Foi informado por parte da Autarquia (fls.52) que o Colégio Pedro II havia
declarado a não averbação de diversos períodos, porém a maioria deles
concomitantes com os períodos averbados, com exceção do período laborado no
Colégio Americano, de 01/09/69 a 31/12/69, Fisk Schools, de 01/10/69 a 09/09/71
e Sociedade Bras. Cultura Inglesa, de 12/12/90 a 30/08/95 e esclareceu que o
vínculo empregatício com a Sociedade Bras. Cultura Inglesa iniciou-se em
28/03/79, porém da data de admissão até 12/12/1990 todo o período havia sido
averbado em outros vínculos, portanto havendo a necessidade de alteração da
admissão para 12/12/90, data da mudança do regime, computando-se assim até a
DER, 12 anos 06 meses e 28 dias de tempo de contribuição, insuficientes para a
carência do benefício pleiteado.
Inclusão em Pauta
Voto
O recurso é tempestivo;
Discute-se nos presentes autos a partir de que data deveria iniciar-se o cômputo
do tempo de serviço laborado na empresa Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa,
cuja data de admissão consta registrado em CTPS a partir de 28/03/79, porém
constando averbação de outros vínculos empregatícios para o Regime Próprio até
10/03/85.
352
Seleção de Acórdãos
O texto do art. 96, III, da Lei 8.213/91 deve ser interpretado de forma a
compatibilizar-se com os princípios e garantias constitucionais, como aquele que
veda o enriquecimento sem causa, e o que permite a acumulação de cargos e
aposentadoria àqueles expressamente autorizados.
353
Seleção de Acórdãos
Assim sendo, diante de tudo o que foi exposto, foi efetuada uma nova contagem de
tempo de carência incluindo o vínculo empregatício com a Sociedade Brasileira de
Cultura Inglesa, a partir da data de admissão em 28/03/79, somados aos períodos
já devidamente apurados pela Autarquia, e esta que nasceu em 16/03/1950,
comprovou o período de carência necessário para a concessão da Aposentadoria
por Idade conforme art. 142 da Lei n° 8.213/91 e art. 182 do Decreto n° 3.048/99
354
Seleção de Acórdãos
referente ao ano de 2010, ano em que completou 60 anos de idade, que é de 174
contribuições mensais e conceder-lhe a Aposentadoria por Idade.
Decisório
355
Seleção de Acórdãos
356
Seleção de Acórdãos
Documento: 0150.187.648-9
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL RJ - JACAREPAGUÁ-
APSRJP
Nº de Protocolo do Recurso: 36406.006104/2009-59
Recorrente(s): JESUS PAREDES SOTO (REP/ JOÃO LEANDRO DO
NASCIMENTO)
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 26/04/2010
Relator(a): MARGARIDA MARIA TOMÁS DOS SANTOS
Relatório
357
Seleção de Acórdãos
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
O recurso é tempestivo;
358
Seleção de Acórdãos
Já, o art. 1º, inciso I e III da Lei nº 10.559 de 2002, traz que o Regime do Anistiado
Político compreende ao anistiado o direito a declaração na condição de anistiado
político e o tempo em que esteve compelido ao afastamento de suas atividades
profissionais, em virtude de punição ou de fundada ameaça de punição, por motivo
exclusivamente político, conta para todos os efeitos, sendo vedada a exigência de
recolhimento de quaisquer contribuições previdenciárias.
Decisório
359
Seleção de Acórdãos
360
Seleção de Acórdãos
Documento: 0150.653.247-8
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA BARRA MANSA-APSBMS
Nº de Protocolo do Recurso: 35304.000893/2010-33
Recorrente(s): SEBASTIAO DE OLIVEIRA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 28/07/2010
Relator(a): MARGARIDA MARIA TOMÁS DOS SANTOS
Relatório
361
Seleção de Acórdãos
362
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
O recurso é tempestivo;
Conforme relatado, o segurado nascido em 11/07/1955 requereu pedido de
Aposentadoria por Tempo de Contribuição sendo indeferido por falta de tempo de
contribuição.
Cabe aqui esclarecer que o INSS equivocou-se quando computou a data de saída
do segurado da empresa ISS Servisystem do Brasil, como sendo 31/05/2003,
enquanto a data correta seria 30/09/2003 conforme consta devidamente registrado
em CTPS, sem rasuras.
Conforme se verifica nos autos o GBENIN já havia convertido como sendo de
atividade especial os períodos laborados na empresa Saint-Gobain Canalização,
de 29/01/74 a 30/11/78 e 24/04/86 a 03/06/87.
Já com relação à pretensão do segurado de obter o enquadramento de suas
atividades exercidas nos períodos de 01/11/79 a 25/07/80, 01/04/81 a 29/09/81,
14/05/85 a 09/04/86, 09/10/87 a 12/01/88, 11/02/88 a 11/08/88, 12/08/88 até
28/04/95, na função de operador de empilhadeira, encontra amparo legal na regra
trazida pelo artigo 70 do Decreto nº 3.048, de 1999, na redação dada pelo Decreto
n.º 4.827, de 2003, segundo a qual a caracterização e a comprovação das
atividades exercidas em condições especiais devem ser efetuadas observando-se
a legislação vigente na data da prestação de serviço;
A jurisprudência firmou-se no sentido de que a legislação aplicável para a
caracterização do denominado serviço especial é a vigente no período em que a
atividade a ser avaliada foi efetivamente exercida, devendo, assim, no caso em
tela, ser levado em consideração o critério estabelecido pelos Decretos nº
53.831/64, nº 83.080/79.
Inexigível a comprovação da efetiva exposição a agentes nocivos para o período
em que a atividade especial foi desenvolvida antes da edição da Lei nº 9.032/95,
pois até o seu advento, era possível o reconhecimento do tempo de serviço
especial apenas em face do enquadramento na categoria profissional do
trabalhador.
Todavia, a ausência de enquadramento da profissão nos anexos dos Decretos não
impede que ela seja considerada como insalubre, perigosa ou penosa, pois o rol de
atividades arroladas nos Decretos n° 53.831/64 e 83.080/79 é exemplificativo, não
existindo impedimento em considerar que outras atividades sejam tidas como
insalubres, perigosas ou penosas, desde que estejam devidamente comprovadas,
no qual mostrou-se suficiente a comprovação da atividade com as CTPS e
363
Seleção de Acórdãos
TRF – 3 Região
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL. AGRAVO DO §1º DO ART. 557 DO
C.P.C. ATIVIDADE ESPECIAL. DECRETOS 53.53.831/64 E 83.080/79 ROL
MERAMENTE EXEMPLIFICATIVO. TERMO INICIAL DO BENEFÍCIO. I - A
jurisprudência pacificou-se no sentido de que pode ser considerada especial a
atividade desenvolvida até 10.12.1997, advento do Lei 9.528/97,
independentemente da apresentação de laudo técnico, com base nas atividades
previstas nos Decretos 53.831/64 e 83.080/79, cujo rol é meramente
exemplificativo. II - Mantida a conversão de atividade especial em comum de
01.02.1983 a 01.03.1996, em razão da função de operador de empilhadeira a gás,
máquina pesada, situação análoga àquela prevista no código 2.4.5 do Decreto
83.080/79. III - Mantidos os termos da decisão agravada que fixou o termo inicial
do beneficio em 18.11.2003, momento em que o autor apresentou em sede
recursal administrativa os documentos de atividade rural e especial que deram
suporte ao reconhecimento do tempo de serviço suficiente à aposentação, não
devendo o réu arcar com ônus da mora a que não deu causa. IV - Recurso do réu
e da parte autora desprovidos.
Processo: APELREE 200703990425865 - APELREE - APELAÇÃO/REEXAME
NECESSÁRIO – 1240431 - Relator(a): JUIZ SERGIO NASCIMENTO - Órgão
julgador: DÉCIMA TURMA - Fonte DJF3 CJ1 DATA:13/05/2009 - Data da Decisão
28/04/2009
SÚMULA Nº 32
O tempo de trabalho laborado com exposição a ruído é considerado especial, para
fins de conversão em comum, nos seguintes níveis: superior a 80 decibéis, na
vigência do Decreto n. 53.831/64 (1.1.6); superior a 90 decibéis, a partir de 5 de
março de 1997, na vigência do Decreto n. 2.172/97; superior a 85 decibéis, a partir
da edição do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro de 2003.
DJU de 04.08.2006
Enunciado n° 21
364
Seleção de Acórdãos
TRF 1ª Região
Ementa PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL - RECONHECIMENTO DE
TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL - EXPOSIÇÃO A RUÍDO - APOSENTADORIA
ESPECIAL - LEIS 3087/60 E 8213/91 - DECRETOS 53.831/64, 83.080/79 E
2.172/97 - POSSIBILIDADE.
. Apresentando o impetrante documentos hábeis à comprovação do exercício de
atividade insalubre, têm-se como própria a via processual por ele eleita.
. O tempo de serviço especial é aquele decorrente de serviços prestados sob
condições prejudiciais à saúde ou em atividades com riscos superiores aos
normais para o segurado e, cumprido os requisitos legais, dá direito à
aposentadoria especial. As atividades consideradas prejudiciais à saúde foram
definidas pela legislação previdenciária, especificamente, pelos Decretos
53.831/64, 83.080/79 e 2172/97.
. Para a comprovação da exposição ao agente insalubre, tratando-se de período
anterior à vigência da Lei n. 9.032/95, de 28.04.95, que deu nova redação ao art.
57 da Lei 8213/91, basta que a atividade seja enquadrada nas relações dos
Decretos 53.831/64 ou 83.080/79, não sendo necessário laudo pericial. Tratando-
se de tempo de serviço posterior à data acima citada, 28.04.95, dependerá de
prova da exposição permanente, não ocasional e nem intermitente - não se
exigindo integralidade da jornada de trabalho -, aos agentes nocivos, visto tratar-se
de lei nova que estabeleceu restrições ao cômputo do tempo de serviço, devendo
ser aplicada tão-somente ao tempo de serviço prestado durante sua vigência, não
sendo possível sua aplicação retroativa.
(...) No que diz respeito à utilização de equipamento de proteção individual (EPI),
ele tem a finalidade de resguardar a saúde do trabalhador, para que não sofra
lesões, não podendo descaracterizar a situação de insalubridade.
(...) Apelação provida.
TRF – 1ª REGIÃO - Processo: 200638140038676 - Data da decisão: 28/01/2009 -
Documento: TRF10290959 - Relator(a) JUIZ FEDERAL EVALDO DE OLIVEIRA
FERNANDES FILHO (CONV.)
365
Seleção de Acórdãos
Decisório
366
Seleção de Acórdãos
367
Seleção de Acórdãos
368
Seleção de Acórdãos
Documento: 0150.281.569-6
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA NITERÓI-CENTRO-APSNCT
Nº de Protocolo do Recurso: 36430.001682/2009-00
Recorrente(s): MARIA ROSA GUIMARÃES ALARCÃO
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: SALÁRIO MATERNIDADE
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 26/01/2010
Relator(a): MARGARIDA MARIA TOMÁS DOS SANTOS
Relatório
369
Seleção de Acórdãos
26/03/2009 (fls.34).
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
O recurso é tempestivo
370
Seleção de Acórdãos
dos benefícios da previdência social, com previsão constitucional no art. 201, inciso
II, que visa conservar a qualidade de vida das seguradas pela manutenção da
remuneração quando do afastamento da atividade laborativa por ocorrência do
parto ou de aborto não criminoso, e a partir da lei nº 10.421/2002, por ocasião da
adoção de criança.
Decisório
371
Seleção de Acórdãos
372
Seleção de Acórdãos
ÁCORDÃOS 11ª JR -
373
Seleção de Acórdãos
374
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0115.962.698-4
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA CASIMIRO DE ABREU-APSCAAB
Nº de Protocolo do Recurso: 37206.000191/2006-15
Recorrente(s): ANA LUCIA SOARES RIBEIRO
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 22/08/2008
Relator(a): QUÉZIA CONTAGE TEIXEIRA
Relatório
375
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
Recurso tempestivo.
Observe-se que a esposa figura entre os dependentes elencados no artigo
16, inciso I do Decreto nº 3.048/99, regulamento este em vigor quando da
ocorrência do evento morte.
Vide que a concessão de pensão por morte, conquanto não exija carência,
exige que o instituidor tenha qualidade de segurado na data do óbito, conforme
dispõe o artigo 105 do Decreto precitado, como segue:
Art.105 A pensão por morte será devida [...] ao conjunto dos dependentes
do segurado que falecer, aposentado ou não [...] (grifo nosso).
Considerando o disposto nos artigos 13 e 14 do mesmo Decreto, que
apontam regras para se verificar a manutenção e a perda da qualidade de
segurado, e que o último vínculo empregatício do instituidor – em CTPS e no CNIS
- data de 1988, portanto bem antes de seu falecimento.
A autarquia indeferiu o pedido de pensão sob alegação de que as
contribuições que dão qualidade de segurado ao falecido, mormente as alocadas
de 06/2004 a 02/2006, foram todas recolhidas após o óbito. Ocorre que constam
do processo provas de exercício de atividade remunerada pelo ex-segurado no
período questionado, em especial nos anos de 2004 a 2006, na ocupação de
motorista de carga, conforme documentos de fls. 56/158.
Observe-se ainda que a recorrente trouxe aos autos cópia de
documentos que embasam a atividade de motorista do falecido por toda a vida,
com a qual certamente garantia sua sobrevivência e a de sua família, quais sejam,
os vínculos em CTPS, a propriedade de veículo de carga pesada, a existência de
período como empresário no ramo de transporte, recibos de frete e contratos de
transporte, contratos esses referentes ao caminhão de propriedade do ex-
segurado, dirigido pelo próprio.
Ora, os documentos citados acima demonstram o exercício de atividade
remunerada pelo ex-segurado no período a que se referem, na categoria
376
Seleção de Acórdãos
Decisório
377
Seleção de Acórdãos
378
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0150.248.892-0
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA RIO DE JANEIRO-PRAÇA DA BANDEIRA-APSRPB
Nº de Protocolo do Recurso: 35884.000275/2010-18
Recorrente(s): CLAUDINO SILVA DE OLIVEIRA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 06/08/2010
Relator(a): LUIZ CARLOS MARINHO MUNIZ
Relatório
379
Seleção de Acórdãos
380
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
Recurso tempestivo.
381
Seleção de Acórdãos
382
Seleção de Acórdãos
Decisório
383
Seleção de Acórdãos
384
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0149.695.483-9
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA BARRA DO PIRAÍ-APSBPI
Nº de Protocolo do Recurso: 35305.000526/2011-19
Recorrente(s): JENI VIEIRA PASCHOAL
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR IDADE
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 14/03/2011
Relator(a): QUÉZIA CONTAGE TEIXEIRA
Relatório
385
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
386
Seleção de Acórdãos
Decisório
387
Seleção de Acórdãos
388
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0128.833.491-2
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA BELFORD ROXO-APSBRX
Nº de Protocolo do Recurso: 36436.000155/2003-24
Recorrente(s): JOSE RONALDO ARAUJO
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PREVIDENCIÁRIA
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 29/04/2011
Relator(a): QUÉZIA CONTAGE TEIXEIRA
Relatório
389
Seleção de Acórdãos
Representante do Governo
Inclusão em Pauta
Voto
Recurso considerado tempestivo, vez que não consta dos autos a prova da
data de ciência do ato indeferitório.
Cuida-se de pedido de aposentadoria por invalidez após percepção de
auxílio-doença desde 1999, tendo havido parecer pericial que deferiu ao postulante
limite indefinido (fl. 02), porém sem maiores detalhamentos na conclusão.
Em fase de análise inicial a Autarquia percebeu vínculo ativo estatutário junto
à Prefeitura de Belford Roxo desde 2000, portanto enquanto em gozo de auxílio-
doença, sendo que há resposta do ente federativo atestando que o recorrente
permaneceu exercendo sua atividade normalmente, o que resta corroborado pela
consulta CNIS que aponta remunerações regulares entre 2000 e 2008 naquele
RPPS – regime próprio de previdência social.
Por certo, se deferida a aposentadoria por invalidez desde 31/03/03, teríamos
uma situação ilegal de concomitância com o exercício de atividade pelo segurado,
fato que, uma vez constatado, importaria em cessação do benefício a partir da data
do retorno ao trabalho, conforme artigos 48 e 179 do Decreto nº 3.048/99.
Ora, a lei exige o afastamento de toda e qualquer atividade para o
deferimento do benefício pleiteado, conforme § 3º do artigo 44 do Decreto
precitado, sendo que, ao contribuir na condição de segurado obrigatório por tanto
tempo, ininterruptamente, ainda que vinculado a outro regime de previdência, o
interessado declara que exercia atividade remunerada e contradiz suas alegações
de incapacidade para o trabalho.
Portanto, não há como atender ao solicitado, concluindo-se que o recorrente
não faz jus à concessão da aposentadoria por invalidez, conforme disposição do
artigo 46 da Lei nº 8.213/91.
390
Seleção de Acórdãos
Decisório
391
Seleção de Acórdãos
392
Seleção de Acórdãos
ÁCORDÃOS 13ª JR -
393
Seleção de Acórdãos
394
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0128.833.491-2
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA BELFORD ROXO-APSBRX
Nº de Protocolo do Recurso: 36436.000155/2003-24
Recorrente(s): JOSE RONALDO ARAUJO
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PREVIDENCIÁRIA
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 29/04/2011
Relator(a): QUÉZIA CONTAGE TEIXEIRA
Relatório
395
Seleção de Acórdãos
Representante do Governo
Inclusão em Pauta
Voto
Recurso considerado tempestivo, vez que não consta dos autos a prova da
data de ciência do ato indeferitório.
Cuida-se de pedido de aposentadoria por invalidez após percepção de
auxílio-doença desde 1999, tendo havido parecer pericial que deferiu ao postulante
limite indefinido (fl. 02), porém sem maiores detalhamentos na conclusão.
Em fase de análise inicial a Autarquia percebeu vínculo ativo estatutário junto
à Prefeitura de Belford Roxo desde 2000, portanto enquanto em gozo de auxílio-
doença, sendo que há resposta do ente federativo atestando que o recorrente
permaneceu exercendo sua atividade normalmente, o que resta corroborado pela
consulta CNIS que aponta remunerações regulares entre 2000 e 2008 naquele
RPPS – regime próprio de previdência social.
Por certo, se deferida a aposentadoria por invalidez desde 31/03/03, teríamos
uma situação ilegal de concomitância com o exercício de atividade pelo segurado,
fato que, uma vez constatado, importaria em cessação do benefício a partir da data
do retorno ao trabalho, conforme artigos 48 e 179 do Decreto nº 3.048/99.
Ora, a lei exige o afastamento de toda e qualquer atividade para o
deferimento do benefício pleiteado, conforme § 3º do artigo 44 do Decreto
precitado, sendo que, ao contribuir na condição de segurado obrigatório por tanto
tempo, ininterruptamente, ainda que vinculado a outro regime de previdência, o
interessado declara que exercia atividade remunerada e contradiz suas alegações
de incapacidade para o trabalho.
Portanto, não há como atender ao solicitado, concluindo-se que o recorrente
não faz jus à concessão da aposentadoria por invalidez, conforme disposição do
artigo 46 da Lei nº 8.213/91.
396
Seleção de Acórdãos
Decisório
397
Seleção de Acórdãos
398
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0151.623.257-4
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA LEME-APSLEM
Nº de Protocolo do Recurso: 35407.001303/2010-31
Recorrente(s): CARLOS ROBERTO TEIXEIRA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 23/09/2010
Relator(a): FLÁVIA BROWN DE MORAES
Relatório
399
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
Art. 56. A aposentadoria por tempo de contribuição, uma vez cumprida a carência exigida,
será devida nos termos do § 7º do art. 201 da Constituição. (Ver art. 181-B deste
Regulamento e art. 3º da MP nº 83/02, convertida na Lei nº 10.666/03 e nota no final do
art.).
Art. 188. O segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até 16 de dezembro de
1998, cumprida a carência exigida, terá direito a aposentadoria, com valores proporcionais
ao tempo de contribuição, quando, cumulativamente: (Redação alterada pelo Decreto nº
4.729, de 09/06/03)
I - contar cinqüenta e três anos ou mais de idade, se homem, e quarenta e oito anos ou
mais de idade, se mulher; e
II - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e (Redação alterada pelo
Decreto nº 4.729, de 09/06/03)
b) um período adicional de contribuição equivalente a, no mínimo, quarenta por cento do
tempo que, em 16 de dezembro de 1998, faltava para atingir o limite de tempo constante
da alínea “a”. (Redação alterada pelo Decreto nº 4.729, de 09/06/03)
400
Seleção de Acórdãos
obter a aposentadoria proporcional somente fará jus ao acréscimo de cinco por cento a
que se refere o § 2º se cumprir o requisito previsto no inciso I, observado o disposto no art.
187 ou a opção por aposentar-se na forma dos arts. 56 a 63. (Redação alterada pelo
Decreto nº 4.729, de 09/06/03).
I - conversão em diligência;
II - não conhecimento;
III - conhecimento e não provimento;
IV - conhecimento e provimento parcial;
V - conhecimento e provimento; e
VI - anulação.
Artigo 65 "Considera-se trabalho permanente, para efeito desta Subseção, aquele que é
exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do
trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do
bem ou da prestação do serviço. (alterado pelo decreto n.º 4.882, de 18 de novembro de
2003 - dou de 19/11/2003)
401
Seleção de Acórdãos
preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por
médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. (Redação dada pelo Decreto
n.º 4.032, de 26/11/2001)
Nos processos de benefícios de aposentadoria, não são exigidos nem anexados aos autos
comprovantes de recebimento dos equipamentos nos prazos previstos na legislação. A
recomendação dos fabricantes é de que esses protetores têm que ser trocados a cada
seis meses.
402
Seleção de Acórdãos
Sobre a questão ora em julgamento, as Súmulas 09 e 32, das Turmas Recursais dos
Juizados Especiais Federais, e o Enunciado nº 21 do CRPS, disciplinam:
A matéria objeto deste recurso diz respeito a enquadramento por exposição a ruídos, em
períodos posteriores a edição da Lei 9732/98, com utilização de EPI. O INSS entende que
a partir desta data a utilização de EPI não permite o reconhecimento do exercício de
atividades em condições especiais e, as Câmaras de Julgamento, assim como as Juntas
de Recursos, apresentam entendimentos divergentes sobre a questão.
Em razão da divergência de entendimentos, houve manifestação para que o Conselho
Pleno uniformizasse o entendimento, tendo sido apreciados os processos dos segurados:
Isso posto, entendo que deva ser reconhecido como especial o período de trabalho do
interessado, na empresa METALCON METAIS CONFORMADOS IND. E COM. LTDA,
entre 01.06.07 a 22.06.10, pois trata-se de período de trabalho, em que o segurado esteve
403
Seleção de Acórdãos
exposto a pressão sonora de 85,7, 86,8 e 94,3 dB(A), superior ao limite legal de tolerância,
conforme disciplinado pelo Decreto nº 4.882, de 18/11/03, e que a que a mera indicação
de fornecimento de EPI não tem alcance jurídico para afastar a natureza especial de sua
atividade, como demonstrado nas razões acima expendidas.
FBM/mg
Decisório
404
Seleção de Acórdãos
405
Seleção de Acórdãos
406
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0152.623.019-1
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA BRAGANÇA PAULISTA-APSBGP
Nº de Protocolo do Recurso: 35381.001525/2010-90
Recorrente(s): DARLA GONCALVES CHANDERE DE OLIVEIRA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: SALÁRIO MATERNIDADE
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 25/08/2010
Relator(a): IRENE DOS SANTOS
Relatório
Pelos elementos constantes nos autos o beneficio foi indeferido sob argumento de que a
responsabilidade pelo pagamento do salário maternidade cabe ao empregador caso haja dispensa
arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, em período compreendido entre a
confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
Inconformada a interessada recorre contra decisão proferida, fls. 22, alegando em síntese que o
empregador alega que seu contrato de trabalho era por tempo determinado, portanto, sem direito ao
beneficio por parte da empresa.
Em reanalise do pedido o INSS mantém o ato recorrido com base no art. 97, do Decreto 3.048/99, o
qual dispõe que o salário maternidade da segurada será devido pela previdência social enquanto
existir relação de emprego, observadas as regras quanto ao pagamento desse beneficio pela
empresa.
Inclusão em Pauta
Voto
407
Seleção de Acórdãos
De acordo com os elementos constantes nos autos a recorrente requereu a concessão de salário-
maternidade que foi negado pelo Instituto que entendeu ser da responsabilidade do último
empregador o pagamento do referido beneficio.
Pelos elementos constantes nos autos o último vínculo de trabalho da segurada foi com contrato de
experiência com término previsto para no máximo 90 dias, sob pena deste ser transformado em
prazo indeterminado. Nestas condições a demissão por prazo certo é considerada como justa
causa, ou seja, dispensa em decorrência de término do contrato de experiência.
A questão ora em julgamento encontra-se amparada legalmente pelo disposto no artigo 71, da Lei
nº. 8.213/91, regulamento pelo art. 93, do Decreto 3048/99, o qual define:
“O salário-maternidade é devido à segurada da previdência social, durante cento e vinte dias, com
início vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do parto, podendo ser prorrogado
na forma prevista no § 3o” .
A nova redação dada ao artigo 97 parágrafo único do Decreto n.º 3.048/99, pelo Decreto n.º 6.122,
de 13/06/07, dispõe:
Nestas condições, sendo contrato de trabalho por tempo determinado, o empregador fica isento da
responsabilidade do pagamento do salário maternidade, uma vez que se considera a dispensa do
trabalho nestas condições por justa causa.
Art. 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente,
verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado.
§ 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de
termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo
acontecimento suscetível de previsão aproximada.
Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2
(dois) anos, observada a regra do art. 451.
Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias.
Art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for
prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo.
Art. 456. A prova do contrato individual do trabalho será feita pelas anotações constantes da
carteira profissional ou por instrumento escrito e suprida por todos os meios permitidos em direito.
Parágrafo único. A falta de prova ou inexistindo cláusula expressa e tal respeito, entender-se-á que
o empregado se obrigou a todo e qualquer serviço compatível com a sua condição pessoal.
408
Seleção de Acórdãos
Diante das normas acima citadas, considerando que na CTPS do segurado consta registro de
trabalho temporário pelo prazo Maximo de 03 meses e dentro deste prazo houve a rescisão de
contrato entende este órgão julgador que nestas condições cabe ao INSS o pagamento do salário
maternidade considerando que o fato gerador ocorreu quando a interessada ainda detinha
qualidade de segurada da previdência social com base no art. 13, do Decreto 3048/99.
Nestas condições se a última contribuição à Previdência Social data de 26/11/2009, nos termos da
legislação acima citada, é seguro afirmar que a recorrente manteve sua qualidade de segurada até
15/01/2010.
Desta forma, considerando que o fato gerador (nascimento da criança) ocorreu em 09/08/2010,
dentro do prazo em que esta mantinha a qualidade de segurada, entendo que pelas normas
vigentes cabe ao Instituto o pagamento do salário maternidade devido, com base no art.97, do
Decreto 3048/99, supracitado.
Ementa
PREVIDENCIÁRIO. ARTIGO 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. OMISSÃO. NÃO
OCORRÊNCIA. SALÁRIO-MATERNIDADE. ART. 15 DA LEI Nº. 8.213/91. QUALIDADE DE
SEGURADA MANTIDA. BENEFÍCIO DEVIDO.
1. Não ocorre omissão quando o Tribunal de origem decide fundamentadamente todas as questões
postas ao seu crivo.
2. A legislação previdenciária garante a manutenção da qualidade de segurado, independentemente
de contribuições, àquele que deixar de exercer atividade remunerada pelo período mínimo de doze
meses.
3. Durante esse período, chamado de graça, o segurado desempregado conserva todos os seus
direitos perante a Previdência Social, a teor do art. 15, II, e § 3º, Lei nº. 8.213/91.
4. Comprovado nos autos que a segurada, ao requerer o benefício perante a autarquia, mantinha a
qualidade de segurada, faz jus ao referido benefício.
5. Recurso especial improvido.
Processo - REsp 549562 / RS ; RECURSO ESPECIAL - 2003/0107853-5 - Relator(a): MIN. PAULO
GALLOTTI (1115) - Órgão Julgador - T6 - SEXTA TURMA - Data do Julgamento: 25/06/2004 - Data
da Publicação/Fonte DJ 24.10.2005 p. 393
Ementa
PREVIDENCIÁRIO. REEXAME NECESSÁRIO. EXAURIMENTO DA VIA ADMINISTRATIVA.
DOCUMENTOS NÃO JUNTADOS À CONTRAFÉ. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. SALÁRIO-
MATERNIDADE. PERÍODO DE 120 (CENTO E VINTE) MESES. TRABALHADORA URBANA.
DESEMPREGADA. QUALIDADE DE SEGURADA.
(...)
4. Para fazer jus ao SALáRIO-MATERNIDADE, a empregada urbana deve comprovar o nascimento
de seu filho, bem como a qualidade de segurada do R.G.P.S.
5. A teor do art. 15, II, da Lei nº 8.213/91, enquanto mantiver a condição de segurada, a
409
Seleção de Acórdãos
Face o exposto, uma vez que a recorrente cumpre todos os demais requisitos exigidos para a
concessão do benefício pleiteado, não há como negar o beneficio pleiteado.
CONCLUSÃO – Pelo exposto, VOTO para que se conheça do recurso, para, no mérito, DAR-LHE
PROVIMENTO, reconhecendo o direito da recorrente ao benefício pleiteado pago pelo INSS.
IS/as
Decisório
410
Seleção de Acórdãos
411
Seleção de Acórdãos
412
Seleção de Acórdãos
ÁCORDÃOS 14ª JR -
413
Seleção de Acórdãos
414
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0514.584.823-0
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA SÃO BERNARDO DO CAMPO-APSSBCP
Nº de Protocolo do Recurso: 36216.002758/2006-06
Recorrente(s): RAFAEL REIS DA SILVA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: AUXÍLIO-DOENÇA POR ACIDENTE DE TRABALHO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 20/04/2010
Relator(a): ROSELY FUENTES
Relatório
415
Seleção de Acórdãos
correta.
ROSELY FUENTES
Representante dos Trabalhadores
Inclusão em Pauta
Voto
416
Seleção de Acórdãos
ROSELY FUENTES
Representante dos Trabalhadores
Decisório
417
Seleção de Acórdãos
418
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0151.077.753-6
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA DIADEMA-APSDID
Nº de Protocolo do Recurso: 35530.005164/2009-66
Recorrente(s): DJANIRA RODRIGUES DE SOUZA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR IDADE
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 19/11/2009
Relator(a): ROSELY FUENTES
Relatório
É o relatório.
ROSELY FUENTES
Representante dos Trabalhadores
Inclusão em Pauta
Voto
419
Seleção de Acórdãos
ROSELY FUENTES
Representante dos Trabalhadores
Decisório
420
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0147.238.685-7
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL SÃO PAULO -
ANHANGABAÚ-APSSPCV
Nº de Protocolo do Recurso: 37292.000370/2009-65
Recorrente(s): EDSON ALQUEJA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 29/04/2010
Relator(a): ROSELY FUENTES
Relatório
02) - fls. 12/13, períodos de 20/02/80 a 09/05/81, função ajudante geral; 21/07/86
a 30/08/91, função ajudante geral; 01/09/91 a 31/07/95, função vidreiro C;
01/08/95 a 31/08/2006, função vidreiro B; empresa THERMEX INDÚSTRIA E
COMÉRCIO DE VIDROS, (perfil profissiográfico previdenciário).
421
Seleção de Acórdãos
pericial, informa que a fonte de calor radiante na seção de baquelite, (fl. 32); bem
como, a empresa THERMEX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE VIDROS, declara que
a responsável pela emissão do perfil profissiográfico previdenciário, é a empresa
FENIX, (fl. 33); por sua vez, a empresa FENIX, informa que não houve mudança
de”lay out”, e não é possível apresentar cópias dos levantamentos ambientais, por
terem sido extraviados na mudança de local da empresa.
ROSELY FUENTES
Representante dos Trabalhadores
Inclusão em Pauta
Voto
422
Seleção de Acórdãos
423
Seleção de Acórdãos
424
Seleção de Acórdãos
ROSELY FUENTES
Representante dos Trabalhadores
Decisório
425
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
ÁCORDÃOS 15ª JR -
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de AcórdãoS
Documento: 0152.244.178-3
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA JAÚ-APSJAU
Nº de Protocolo do Recurso: 35405.002707/2010-62
Recorrente(s): ALICE DE JESUS RIBEIRO MANSAO
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR IDADE
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 26/05/2010
Relator(a): ARMANDO LUIZ DA SILVA
Relatório
Este é o relatório.
Peço inclusão em pauta.
Inclusão em Pauta
Voto
429
Seleção de Acórdãos
razão do INSS entender que a recorrente não cumpriu a carência exigida para a concessão do
benefício pleiteado.
Ao proceder ao levantamento do período de carência implementado pela segurada (fls.
09), o INSS apurou o recolhimento de 152 (cento e cinquenta e duas) contribuições mensais,
indeferindo, assim, o benefício pleiteado, o qual exigia, para o ano de 2010 (ano da DER), a
carência de 174 (cento e setenta e quatro) contribuições mensais.
O entendimento esposado pelo INSS, em relação à carência exigida para a concessão
da aposentadoria por idade, está equivocado.
Com efeito, após o advento da Lei nº 10.666/2003, o posicionamento da jurisprudência
dos tribunais superiores se firmou no sentido de que os requisitos de idade mínima e carência,
exigidos para a concessão de aposentadoria por idade, não precisam ser cumpridos
simultaneamente.
Sobre o tema em discussão, transcreve-se abaixo trecho da NOTA/CONJUR/MPS Nº
937/2007, onde tal posicionamento é esclarecido com muita propriedade:
... “Prevaleceu o entendimento dominante na Corte Superior de que se considera
dispensável a verificação simultânea dos requisitos idade e contribuições devidas, sendo
aplicável a inteligência ampliativa da ressalva ao direito adquirido contida nos termos do
parágrafo 1º do art. 102 da Lei nº 8.213/91. Senão vejamos a Ementa do EREsp nº 551.997/RS:
EREsp nº 551.997/RS
PREVIDENCIÁRIO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL.
APOSENTADORIA POR IDADE. TRABALHADOR URBANO. ARTIGOS 25, 48 E 142 DA LEI
8.213/91. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. IMPLEMENTAÇÃO SIMULTÂNEA.
PRESCINDIBILIDADE. VERIFICAÇÃO DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS. IDADE MÍNIMA E
RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES DEVIDAS. ARTIGO 102, § 1º DA LEI 8.213/91.
PRECEDENTES. EMBARGOS ACOLHIDOS.
I – A aposentadoria por idade, consoante os termos do artigo 48 da Lei 8.213/91,
é devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta lei, completar 65 anos de idade,
se homem, e 60, se mulher.
II – O art. 25 da Lei 8.213/91 estipula a carência de 180 (cento e oitenta) meses de
contribuição para obtenção da aposentadoria por idade para o trabalhador urbano.
III – O art. 142 da Lei 8.213/91, por sua vez, estabelece regra transitória de
cumprimento do período de carência, restrito aos segurados urbanos inscritos na
Previdência Social até 24 de julho de 1991, data da vigência da Lei, conforme tabela inserta
ao referido dispositivo.
IV – A perda da qualidade de segurado, após o atendimento aos requisitos da
idade mínima e do recolhimento das contribuições previdenciárias devidas, não impede a
concessão da aposentadoria por idade. Precedentes.
V – Ademais, os requisitos exigidos pela legislação previdenciária, não precisam
ser preenchidos, simultaneamente, no caso de aposentadoria por idade. Precedentes.
Interpretação do artigo 102, § 1º da Lei 8.213/91.
VI – Sobre o tema, cumpre relembrar que o caráter social da norma
previdenciária requer interpretação finalística, ou seja, conformidade com os seus objetivos;
VII – Embargos acolhidos, para prevalecer o entendimento desta Eg. 3ª Seção no
sentido de não se exigir a implementação simultânea dos requisitos para a aposentadoria
por idade, sendo irrelevante o fato de o trabalhador ter perdido a qualidade de segurado.
- Eminente Relator: Ministro Gilson Dipp
- Órgão: 3ª Seção
- Data do julgamento: 27.04.2005
- Publicação: DJ de 11.05.2005 p. 162.”
Em razão do posicionamento explicitado acima, o período de carência a ser exigido
para a concessão da aposentadoria por idade é aquele estabelecido para o ano em que o (a)
segurado (a) implementar a idade mínima exigida.
Assim sendo, em se tratando de segurado (a) filiado (a) ao RGPS até 24/07/1991, a
carência a ser cumprida é aquela prevista na tabela progressiva do art. 142 da Lei nº 8.213/91 para
o ano em que o (a) segurado (a) atingir a idade mínima de 65 (sessenta e cinco) anos, se homem,
ou 60 (sessenta) anos, se mulher.
Não sendo exigível, portanto, que o (a) segurado (a) preencha os requisitos exigidos
para a concessão da aposentadoria por idade de forma simultânea, ou seja, atinja a idade mínima e
implemente o período de carência no mesmo ano.
Isso significa que a idade mínima é o requisito invariável para a concessão do
430
Seleção de Acórdãos
benefício aposentadoria por idade, sendo variável a carência exigida, em se tratando de segurado
(a) abrangido (a) pela regra de transição estabelecido no art. 142 da Lei nº 8.213/91.
Com maestria, a NOTA/CONJUR/MPS Nº 937/2007 assim conclui tal entendimento:
...“Quanto ao prazo de carência exigível para aposentadoria por idade, se for
aplicável a regra de transição do art. 142 da Lei nº 8.213/91, deverá ser observada a tabela
segundo o ano do preenchimento da idade mínima, justamente porque esse é o único
pressuposto para a concessão desta modalidade de benefício, ao lado da carência, que
estará sendo objeto de cumprimento não necessariamente ininterrupto na forma da
legislação vigente.
Entendimento diverso geraria o contra-senso de interpretarmos o elemento
variável do benefício – na hipótese, o prazo de carência, variando em torno de si mesmo, ao
mesmo tempo em que fosse sendo cumprido, o que não é razoável. Em última análise, a
idéia da regra de transição do período de carência, conforme art. 142 da Lei nº 8.213/91, é
permitir que os segurados da Previdência Social absorvam gradativamente os efeitos do
novo período de carência 180 (cento e oitenta) meses, acompanhando-se a evolução etária
correspondente, para que não se submetam a oscilações que não tenham condições de
individualmente suportar, prestigiando o critério maior de segurança jurídica.”
Como a recorrente se filiou ao Regime Geral de Previdência Social – RGPS em data
anterior a 24 de julho de 1991, a ela se aplica a tabela progressiva prevista no art. 142 da Lei nº
8.213/91.
Tendo a recorrente implementado a idade mínima para a concessão de aposentadoria
por idade no ano de 2003, a mesma deve cumprir a carência prevista para este ano na tabela do
art. 142 da Lei nº 8.213/91, a qual corresponde a 132 (cento e trinta e duas) contribuições mensais.
Como o levantamento de fls. 09 apurou o total de 152 (cento e cinquenta e duas)
contribuições recolhidas, e a carência mínima exigida para a concessão do benefício, conforme a
tabela progressiva do art. 142 da Lei nº 8.213/91, é de 132 (cento e trinta e dois) meses de
contribuição, a recorrente cumpriu a carência mínima exigida para a concessão do benefício
pleiteado.
Ante o exposto, dou provimento ao presente recurso.
Decisório
431
Seleção de Acórdãos
432
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0084.470.806-2
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA ASSIS-APSASI
Nº de Protocolo do Recurso: 35375.001415/2010-15
Recorrente(s): FRANCISCA CORDOVA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 01/06/2010
Relator(a): ARMANDO LUIZ DA SILVA
Relatório
É o relatório.
Peço inclusão em pauta.
Inclusão em Pauta
Voto
433
Seleção de Acórdãos
Decisório
434
Seleção de Acórdãos
435
Seleção de Acórdãos
436
Seleção de Acórdãos
ÁCORDÃOS 17ª JR -
437
Seleção de Acórdãos
438
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata o presente de processo de aposentadoria por tempo de contribuição, requerida em 27.03.03,
por José Vicente dos Santos Filho e deferida pelo INSS com início de vigência a partir da data do
requerimento, conforme carta de concessão de folhas 128 do presente.
A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição foi concedida por decisão desta 17ª
Junta de Recursos e da 1ª Câmara de Julgamento do CRPS, onde através do acórdão nº 2.908/09, foram
reconhecidos como atividade especial os períodos de: 13.01.78 a 08.05.90 e de 01.04.93 a 16.09.99.
Administrativamente o INSS reconheceu como atividade especial o periodo de: 10.01.72 a 22.04.72;
02.10.72 a 10.01.73; 15.02.73 a 30.05.73; 12.06.73 a 29.12.73; 18.01.74 a 14.06.74; 02.07.74 a 23.12.74;
01.01.75 a 01.07.75; 05.12.75 a 19.01.76; 05.07.76 a 28.07.76, 06.07.92 a 30.11.92, 01.12.92 a 28.02.93;
17.09.99 a 26.03.03 e de 06.07.92 a 30.11.92.
Em 01.07.10, o segurado, através de sua procuradora, requereu a revisão da aposentadoria,
solicitando que fosse alterada a espécie de 42 (aposentadoria por tempo de contribuição) em espécie 46
(aposentadoria especial) alegando que na data do requerimento já contava com mais de 25 anos de
atividade sujeito a condições especiais, fls.171.
O INSS atendeu a pretensão do segurado efetuando a revisão, alterou a espécie da aposentadoria
para 46 (aposentadoria especial), porém fixou a data de início do pagamento da revisão em 05.07.10, com
alteração da renda mensal inicial de R$ 1.243,39 (hum mil duzentos e quarenta e três reais e trinta e nove
centavos), para R$ 1.853,11 (hum mil oitocentos e cinqüenta e três reais e onze centavos), fls.213.
Não concordando com a decisão do INSS, em relação a data do início do pagamento dos valores
referente a alteração da espécie da aposentadoria, o segurado interpôs recurso a esta 17ª Junta de
Recursos, solicitando que sejam pagos os valores devidos a título de aposentadoria especial, corrigidos
monetariamente desde a DER.
O INSS apresentou contra razões alegando que a opção tardia manifestada pelo segurado para que
lhe seja concedida a aposentadoria mais vantajosa, para a qual preenchera os requisitos na DER, é mero
exercício de um direito adquirido, que não reveste a figura jurídica administrativa da renúncia a
aposentadoria nem da reversão à atividade, de que trata ao artigo 181-B, do Decreto nº 3.048/99, fls.221.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 09/08/2011 para sessão nº 231/2011 de 24/08/2011 às 08:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO. DIREITO
ADQUIRIDO AO MELHOR BENEFÍCIO. CÁLCULO DA RENDA MENSAL
INICIAL. SEGURADO EM GOZO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO. NA DATA DA CONCESSÃO DA APOSENTADORIA ELE
JÁ CONTAVA COM MAIS DE 25 ANOS DE ATIVIDADE EXERCIDA SOB
439
Seleção de Acórdãos
440
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata o presente de processo de aposentadoria por tempo de contribuição, requerida pelo segurado
Irineu Dalla Corte, em 18.04.07, na condição de contribuinte individual e indeferida pelo INSS em
22.05.07 por falta de contribuição até 16-12-98 ou até a data de entrada do requerimento, fl.26.
Não concordando com o indeferimento de sua aposentadoria o segurado interpôs recurso à 18ª Junta
de Recursos, alegando que possui 07 anos, 04 meses e 07 dias de tempo rural, 07 meses e 09 dias de
tempo serviço militar, 15 anos, 01 mês e 15 dias em que trabalhou na Secretaria de Estado de
Administração do Paraná e 12 anos, 06 meses e 21 dias de tempo de contribuição como empresário nas
empresas Concretina Pré Moldados Ltda que somado totaliza 35 anos, 06 meses e 10 dias, tempo
suficiente para a concessão da aposentadoria e como contribuinte possui 55 anos.
De acordo com o provimento nº. 112, de 26 de fevereiro de 2009 vieram os autos a esta 17ª Junta de
Recursos para análise e julgamento.
Com a finalidade de comprovar que exerceu a atividade rural o segurado juntou aos autos os seguintes
documentos:
- Registro do Imóvel adquirido por seu pai em 07.02.62, porém, consta a profissão deste como sendo do
Comércio, fl.85;
- Certidão INCRA em nome do pai do segurado referente ao período de 1966 a 1992 (2,8 hectares), fl.86;
- Cópia dos Talões do INCRA referentes aos anos de 1966; 1967; 1969; 1970; 1971; 1973; 19751976;
1977 e 1978, fls.87/94;
- Certificado de Alistamento e Certidão de Casamento do pai do segurado constando a qualificação
profissional desse, como sendo agricultor, fls.95/96 (fora do período a ser comprovado).
Não foi apresentado nenhum documento pessoal do segurado constando a sua qualificação
profissional como agricultor.
O INSS apresentou contra razões alegando que foi solicitado documentos complementares que não
foram apresentados, como a certidão do Ministério do Exército, requerimento de Justificação
Administrativa e original da CTC emitida em 16.12.96 e manteve a decisão recorrida, fls.102.
Da análise dos autos foi verificado que o processo não estava devidamente instruído para julgamento,
razão pela qual o mesmo foi encaminhado em diligência a Agência da Previdência Social em Santa Maria
/RS, retornando nesta data.
Em atendimento a diligência solicitada por esta 17ª Junta de Recursos, o INSS juntou aos autos o
processo de Certidão de Tempo de Serviço, requerida em 29.01.96 (fls.01 a 38), onde o interessado havia
solicitado que fosse reconhecido como tempo de contribuição o período de 20.01.64 a 20.02.78.
No processo nº 19724001.1.000452/96-0 foram reconhecidos como tempo de contribuição os períodos
de 01.01.66 a 23.02.73 e de 17.12.73 a 28.02.74, totalizando, 07 anos, 04 meses e 07 dias de atividade
rural (fls.34 do processo de CTC).
Foi juntada a Certidão de Tempo de Contribuição emitida pelo ParanáPrevidência na qual consta que
o interessado foi filiado a Regime Próprio de Previdência no período de 21.12.92 a 22.07.98, fls.118. Na
441
Seleção de Acórdãos
declaração de folhas 117, foi informado que o interessado foi admitido como servidor do Instituto
Ambiental do Paraná – IAP em 20.02.78 e era vinculado ao Regime Geral de Previdência Social até
20.12.92. Esteve em licença sem vencimentos no período de 06.12.95 a 05.12.97 e para o período de
06.12.97 a 31.01.98 não houve pagamento.
O segurado possuía um processo referente ao parcelamento de débito referente aos períodos de 12/94
a 03/95 e de 04/95 a 01/03, fls.108/114, que já se encontra liquidado.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 09/08/2011 para sessão nº 231/2011 de 24/08/2011 às 08:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
INDEFERIMENTO. ATIVIDADE RURAL. RECONHECIDO COMO TEMPO
DE CONTRIBUIÇÃO PELO INSS E JÁ FORNECIDA UMA CERTIDÃO DE
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO NÃO UTILIZADA PELO SEGURADO.
RATIFICADO OS PERÍODOS JÁ CERTIFICADOS. SERVIÇO MILITAR
OBRIGATÓRIO É COMPUTADO PARA EFEITO DE TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO JUNTO AO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL.
CERTIDÃO DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. ASSEGURADO O COMPUTO
DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA
FINS DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL.
EMPRESÁRIO. PARCELAMENTO DE DÉBITO LIQUIDADO. REFORMADA
A DECISÃO DO INSS. ARTIGO 52 DA LEI 8.213/91.. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO
Nos termos do artigo 305 do Decreto 3.048/99, o recurso é tempestivo. Não consta dos autos a data
em que o interessado teve ciência do indeferimento de sua aposentadoria.
O segurado alega em seu recurso que já conta com tempo de contribuição suficiente para justificar a
concessão da aposentadoria requerida, pois possui 07 anos, 04 meses e 07 dias de tempo rural, 07 meses e
09 dias de tempo serviço militar, 15 anos, 01 mês e 15 dias em que trabalhou na Secretaria de Estado de
Administração do Paraná e 12 anos, 06 meses e 21 dias de tempo de contribuição como empresário que
somado totaliza 35 anos, 06 meses e 10 dias.
De acordo com a simulação do cálculo do tempo de contribuição de folhas 23, o INSS computou
como tempo de contribuição os períodos de: 20.02.78 a 31.12.91 (13 anos, 10 meses e 12 dias), 01.02.03 a
31.08.03 (07 meses) e de 01.10.03 a 31.03.07 (03 anos e 06 meses), totalizando assim, 17 anos, 11 meses
e 12 dias.
Com a finalidade de comprovar que exerceu atividade rural o interessado juntou aos autos vários
documentos em nome de seu pai (relacionados no relatório) e o INSS em cumprimento a diligência
solicitada por esta 17ª Junta de Recursos juntou o processo nº 19724001.1.00852/96-0, sendo que neste,
foram reconhecidos como tempo de contribuição 07 anos, 04 meses e 07 dias, que devem ser incluídos no
cálculo do tempo de contribuição do segurado.
Observe-se que no pedido de diligência de folhas 106/107, item “d”, foi dispensada a Justificação
Administrativa, caso o período de atividade rural estivesse devidamente comprovado. Como o INSS não
processou a J.A entende-se que não há dúvidas acerca do reconhecimento da atividade rural com relação
aos períodos de 01.01.66 a 23.02.73 e de 17.12.73 a 28.02.74.
O interessado juntou aos autos a Certidão de Tempo de Contribuição emitida pelo
ParanáPrevidência, na qual consta que o interessado esteve vinculado a Regime Próprio de Previdência
Social no período de 21.12.92 a 22.07.98, porém a partir de 06.12.95 entrou em licença sem vencimentos
e não retornou mais ao trabalho, razão pela qual deverá ser computado como tempo de contribuição
somente o período de 21.12.92 a 05.12.95 (02 anos, 09 meses e 15 dias).
442
Seleção de Acórdãos
De acordo com a simulação do cálculo do tempo de contribuição de folhas 23, não foi incluído o
período de 01.01.92 a 20.12.92 em que o segurado trabalhou para o IAP, neste período ele era ainda
celetista, portanto, deverá ser computado como tempo de contribuição.
No período de 24.02.73 a 16.12.73 o segurado prestou serviço militar obrigatório, razão pela qual
este período deverá ser incluído no cálculo de seu tempo de contribuição. A certidão emitida pelo 7º BIB,
fls.32, está autenticada pelo INSS.
O segurado juntou aos autos cópia do contrato social da empresa Concretina Transportes Ltda,
fls.10/12, com início de vigência a partir de 20.04.06 e da empresa Concretina Artefatos de Cimento Ltda,
com início de vigência a partir de 01.11.94. O segurado era sócio administrador de ambas as empresas.
Em atendimento a diligência desta 17ª Junta de Recursos foi juntado aos autos a comprovação
referente ao Parcelamento do Débito do segurado para com a Previdência Social, referente aos períodos de
12/94 a 03/95 e de 04/95 a 01/03, devidamente quitado, fls.108/114, portanto o período de 01.12.94 a
31.01.03 deverá ser incluído no cálculo do tempo de contribuição do segurado (08 anos e 02 meses).
Computando-se como tempo de contribuição os períodos de: 01.01.66 a 23.02.73 e de 17.12.73 a
28.02.74 (atividade rural); 01.01.92 a 20.12.92 (IAP – CLT); 21.12.92 a 05.12.95 ( IAP – CTC –
Estatutário); 24.02.73 a 16.12.73 (serviço militar obrigatório) e de 01.12.94 a 31.01.03 (empresário –
parcelamento), que somado ao tempo de contribuição já reconhecido pelo INSS as folhas 23 (17 anos, 11
meses e 12 dias), o segurado implementa as condições necessárias para concessão da aposentadoria
requerida na forma estabelecida pelo artigo 52 da Lei 8.213/91.
Assim sendo;
Voto por: conhecer do recurso e no mérito dar-lhe provimento.
443
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
ÁCORDÃOS 18ª JR -
445
Seleção de Acórdãos
446
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0514.049.416-3
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA PASSO FUNDO-APSPAS
Nº de Protocolo do Recurso: 37098.002879/2006-04
Recorrente(s): ANTONIO CARLOS MACHADO
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: AUXÍLIO-DOENÇA PREVIDENCIÁRIO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 25/09/2007
Relator(a): JANE LÚCIA WILHELM BERWANGER
Relatório
Inclusão em Pauta
Voto
447
Seleção de Acórdãos
spr
448
Seleção de Acórdãos
Decisório
449
Seleção de Acórdãos
450
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0150.330.418-0
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA SANTA CRUZ DO SUL-APSSCS
Nº de Protocolo do Recurso: 35279.001446/2010-56
Recorrente(s): LORIS LECI WARTCHOW
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 28/06/2010
Relator(a): JANE LÚCIA WILHELM BERWANGER
Relatório
451
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
Art. 56. A aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao segurado após trinta e
cinco anos de contribuição, se homem, ou trinta anos, se mulher, observado o disposto no
art. 199-A.
Foi informado nos autos que houve um requerimento administrativo e um processo judicial
em que fora analisada a atividade rural. A sentença de fl. 98-100, bem como o acórdão de
fl. 101 de que o período de atividade rural não foi integralmente computado por falta de
início de prova material.
Assim, mesmo tendo sido objeto de decisão judicial, deve ser reanalisada a atividade rural,
pois há novas provas nos autos. Nesse sentido, importante reproduzir entendimento de
José Antonio Savaris (Curso de Direito Processual. Curitiba: Juruá, 2010. p. 87-95):
Não é adequado que se sepulte, de uma vez por todas, o direito de receber proteção
social em função da certeza assegurada pela coisa julgada, quando a pessoa, na
realidade, faz jus à prestação previdenciária que lhe foi negada judicialmente.
[...]
Enquanto o processo civil clássico aponta para o fechamento preponderantemente
indiscutível da coisa julgada, o processo previdenciário busca apoiar-se no princípio
constitucional do devido processo legal com as cores específicas da não-preclusão do
direito previdenciário.
Estamos em condições de justificar a passagem do tema da coisa julgada previdenciária
(segundo a prova estabelecida nos autos) ao da verdade real, para desde logo afirmar, no
processo previdenciário, a primazia da busca pela verdade real sobre a coisa julgada
previdenciária.
Assim, tendo o autor juntado novos documentos, não apreciados no processo judicial (pois
conforme a sentença no processo somente foi juntada certidão do INCRA), bem como
tendo sido reconhecida a atividade rural para o período de 27/03/72 a 01/03/81, conforme
fl. 56 dos autos, não há óbice para o reconhecimento e cômputo deste período.
Os períodos de atividade especial não foram convertidos, pois conforme parecer de fl. 69-
70 não são nocivos, por terem sido compensados pelo uso de equipamentos de proteção
individual. Assim, não há períodos de atividade especial a serem acrescidos.
Ainda que computado período de atividade rural, conforme extrato de fl. 71-73, não conta
com tempo suficiente para o benefício.
Voto por conhecer do recurso e, no mérito, em NEGAR-LHE PROVIMENTO.
452
Seleção de Acórdãos
ccm
Decisório
453
Seleção de Acórdãos
454
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0155.194.144-6
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA PELOTAS-APSPEL
Nº de Protocolo do Recurso: 37085.001057/2011-12
Recorrente(s): CARLA BEATRIZ GAYER MOREIRA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: SALÁRIO MATERNIDADE
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 17/03/2011
Relator(a): TÂNIA MARIA NAZAROF PONCIANO
Relatório
Nas contrarrazões o INSS entre outras informações alega que em 12.04.11 foi
realizada pesquisa in loco no estabelecimento onde a recorrente desempenhou sua
atividade laboral resultando desta, a juntada dos documentos constantes em fls. 24/30
onde consta novamente que a recorrente foi dispensada sem justa causa, fl.25.
455
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
ISSO POSTO,
Fundamentos legais, técnicos e administrativos que sustentam o julgado:
Art. 97. O salário-maternidade da segurada empregada será devido pela previdência
social enquanto existir relação de emprego, observadas as regras quanto ao pagamento
desse benefício pela empresa.(Nova Redação dada pelo Decreto nº 6.122 - de 13/06/2007
– DOU DE 14/06/2007)
Parágrafo único. Durante o período de graça a que se refere o art. 13, a segurada
desempregada fará jus ao recebimento do salário-maternidade nos casos de demissão
antes da gravidez, ou, durante a gestação, nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a
pedido, situações em que o benefício será pago diretamente pela previdência social.
.(Nova Redação dada pelo Decreto nº 6.122 - de 13/06/2007 – DOU DE 14/06/2007)
Ao exposto,
Decisório
456
Seleção de Acórdãos
457
Seleção de Acórdãos
458
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0142.731.833-3
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA TRÊS PASSOS-APSTPS
Nº de Protocolo do Recurso: 35296.000099/2011-17
Recorrente(s): MARIO WINK
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 25/01/2011
Relator(a): OLGA AMARAL DA SILVA
Relatório
459
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
ISTO POSTO:
460
Seleção de Acórdãos
carência exigida, será devida nos termos do parágrafo 7°, do artigo 201, da Constituição
Federal.
E do Artigo 188, do decreto acima, que determina:
Art. 188. “O segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até 16 de
dezembro de 1998, cumprida a carência exigida, terá o direito a aposentadoria, com
valores proporcionais ao tempo de contribuição, quando, cumulativamente:
I – contar cinqüenta e três anos ou mais de idade, se homem, e quarenta e oito
anos ou mais de idade, se mulher; e
II – contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) Trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a, no mínimo, quarenta por
cento do tempo que, em 16 de dezembro de 1998, faltava para atingir o limite
de tempo constante da alínea “a” “a”.
Decisório
461
Seleção de Acórdãos
462
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0151.457.504-0
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA PORTO ALEGRE-NORTE-APSPAN
Nº de Protocolo do Recurso: 36138.001863/2010-76
Recorrente(s): MERÂNIA ISABEL TAVARES FERREIRA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 27/05/2010
Relator(a): JANE LÚCIA WILHELM BERWANGER
Relatório
A recorrente responde que tal comprovação foi realizada nos autos do processo
42/124.845.634-0 e que caso haja necessidade, juntará novamente a documentação.
463
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
Com relação à lei atual, reproduzimos a norma invocada pela APS (IN
20/07):
Observe-se que exclui quem tem renda superior ao salário mínimo, não
importando se de natureza urbana ou rural. Se a pensão do pai da recorrente era dividida
(pelo menos em parte do período) por 9 dependentes, ninguém recebia salário mínimo.
Assim, esse argumento não se sustenta.
464
Seleção de Acórdãos
Decisório
465
Seleção de Acórdãos
466
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0542.614.528-4
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA CARAZINHO-APSCAR
Nº de Protocolo do Recurso: 35248.000967/2011-34
Recorrente(s): RASIP AGRO PASTORIL SA
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: AUXÍLIO-DOENÇA POR ACIDENTE DE TRABALHO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 22/03/2011
Relator(a): ELIANA RITA MARIOTTO COLPO
Relatório
467
Seleção de Acórdãos
mesma foi devolvida por não localização e foi considerado entregue o comunicado.
A conversão não foi realizada em razão da intempestividade do pedido,
sendo esta competência exclusiva do órgão julgador. Pelo exposto foi mantido o
ato recorrido e enviados os autos em prosseguimento.
Inclusão em Pauta
Voto
468
Seleção de Acórdãos
de sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da
empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo
ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por
esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação
de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o
empregado é considerado no exercício do trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão
que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às
conseqüências do anterior.
Quanto a intempestividade não foram encontrados elementos capazes de
caracterizá-la e se o fossem ou ainda forem, diante do reconhecimento do direito da
recorrente cabe a relevação da mesma diante das atribuições deste colegiado, conforme a
Portaria 323/2007 do Ministério da Previdência Social.
Isto posto:
Decisório
469
Seleção de Acórdãos
470
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0150.993.207-8
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA TRÊS PASSOS-APSTPS
Nº de Protocolo do Recurso: 35296.000575/2010-19
Recorrente(s): RENAN ARTHUR BUENO VALAU
Recorrido(s): INSS
Assunto/Espécie Benefício: AUXÍLIO-RECLUSÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 02/08/2010
Relator(a): JANE LÚCIA WILHELM BERWANGER
Relatório
Renan Arthur Bueno Valau, representada pela sua mãe Claudete de Souza Bueno,
inconformado com o indeferimento de seu pedido de Auxílio Reclusão, NB nº. 25/150.656.
154-0993.207-8 pela reclusão de Daniel Kuhn Valau, seu pai, requerido em 15/06/2010,
interpôs recurso tempestivo n°35296.000575/2010-19 às fls. 28-30 à 18ª JRPS/RS.
O benefício indeferido tendo em vista que não houve a comprovação do efetivo
recolhimento à prisão, devido a prisão civil, do instituidor Daniel Kuhn Valau.
Razões da alegação:
O genitor do Recorrente está preso por decretação de prisão civil, fato que não é negado
pelo INSS e, portanto, o argumento utilizado pela Agência para indeferir seu pedido de
benefício não deve prosperar uma vez que a norma legal prevê a prisão, sem benefício do
serviço externo, caso de seu progenitor;
Alega que todos os requisitos exigidos pela Lei para concessão do benefício estão
preenchidos, tendo em vista ser o Progenitor recluso possuidor da qualidade de segurado
e possuir a certidão do efetivo recolhimento à prisão sem benefício externo; ser o
recorrente, como filho de segurado recluso, dependente preferencial e ainda a renda se
enquadra no limite previsto na lei.
Ante o exposto, requer a reforma da decisão que indeferiu pedido de Auxílio Reclusão a
fim de conceder o benefício solicitado, tendo em vista estar documentalmente comprovado
a necessidade e o cumprimento das condições para o deferimento do benefício.
Inclusão em Pauta
471
Seleção de Acórdãos
Voto
Decisório
472
Seleção de Acórdãos
473
Seleção de Acórdãos
474
Seleção de Acórdãos
Relatório
ANTONIO CARLOS MACHADO, inconformado com o indeferimento de seu pedido de revisão
de benefício de auxílio-doença, NB 514.049.416-3, requerido em 18/04/2005, interpôs recurso
tempestivo às fls. à 18ª JRPS/RS.
O recorrente solicitou revisão alegando que o cálculo efetuado nos termos da Medida Provisória
242/2005 estava equivocado, porque esta MP não foi convertida em lei.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 26/03/2008 para sessão nº 29/2008 de 09/04/2008 às 09:00.
Voto
Ementa: Auxílio Doença. Calculo do Benefício nos termos da MP 242/05.
Ilegalidade. Suspensão da MP por liminar em Ação Direta de Inconstitucionalidade. MP não
convertida em lei. Recurso provido.
475
Seleção de Acórdãos
para suspender a eficácia da nova redação dada ao § 10 do artigo 29 da Lei nº 8.213/91, decorrente
da Medida Provisória nº 242/2005. O registro é feito considerada a submissão do tema ao Plenário.
(ADIN nº 3.467-7).
Mais tarde, após rejeição da MP pelo Congresso Nacional, o STF assim decidiu:
EM 15/08/05 "1- À FOLHA 65. PROLATEI A SEGUINTE DECISÃO (...) EM 20
DE JULHO DE 2005, O PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL EDITOU O ATO
DECLARATÓRIO Nº 1, COM ESTE TEOR: (...) 2- ANTE O ARQUIVAMENTO DA MEDIDA
PROVISÓRIA OBJETO DESTA ADI, TEM-SE O PREJUÍZO DO PEDIDO FORMULADO. EM
FACE DA IDENTIDADE DE ATO NORMATIVO ATACADO, ESTA DECISÃO ALCANÇA AS
ADI'S EM APENSO, DE Nº'S 3473/DF E 3505/DF, CUJOS REQUERENTES SÃO,
RESPECTIVAMENTE, O PARTIDO DA FRENTE LIBERAL - PFL E O PARTIDO POPULAR
SOCIALISTA - PPS. 3- ARQUIVE-SE, COMUNICANDO-SE ESTA DECISÃO AO SECRETÁRIO
DO PLENO, TENDO EM CONTA A EXPEDIÇÃO DE PAPELETA PARA O REFERENDO DA
LIMINAR DEFERIDA, ESTANDO O PROCESSO INCLUÍDO NA PAUTA DIRIGIDA PARA A
SESSÃO DE 23 DE NOVEMBRO PRÓXIMO."
Com essa decisão o STF deu fim à ADIn, tendo em vista rejeição da MP no
Congresso Nacional.
spr
476
Seleção de Acórdãos
Relatório
Adiles Dias Kulinski recorre a esta Junta de Recursos inconformada com a cessação em 25.09.2009,
do auxílio-doença nº 31/518.575.231-5, iniciado em 17.10.2006.
Recurso protocolado sob o nº 35242.001095/2009-67, alegando que não tem condições de exercer
suas atividades. Anexos laudos e atestados médicos para comprovar a incapacidade. Solicita revisão do
resultado.
Processo instruído sem a juntada carta de comunicação de cessação do benefício, tampouco,
assinada pela segurada tomando ciência da decisão. Agendou data para impetrar recurso em 09.11.2009. A
ausência de documento registrando a data da ciência da decisão, outorga ao recurso situação de
tempestivo.
Em 09.11.2009, na Agência da Previdência Social de origem é assentada a seguinte síntese;
segurada alega que não possui condições de exercer atividades laborais. Inconformada com a decisão
médico-pericial solicitou revisão daquele ato.
Em 26.04.2010, desta Junta de Recursos derivou diligência prévia para análise médica do processo,
visto os efeitos da Portaria MPS/SE nº 2.055/2009, e do memorando-circular conjunto
1/DIRSAT/DIRBEN/2010, de disciplinamento sobre análise dos processos que versam sobre matéria
médica.
Em 01.02.2011, folha 30, assentado que a recorrente foi convocada para junta Médica, tomou
ciência, porém não compareceu na data agendada. Verificado que a segurada encontra-se com benefício
em manutenção, por determinação judicial. Dados do benefício; DER (data da entrada do requerimento),
em 19.04.2010, DIB (data do início do benefício) em 22.06.2010.
Em 04.02.2011, folha 32, nova análise do processo, informando que em 17.01.2011, recorrente
tomou ciência da data agendada para perícia do recurso, no entanto não compareceu. Ademais restou
constatado que a interessada obteve reativação do benefício nº 31/540.522.402-9, por determinação
judicial.
Desta Junta de Recursos derivou diligência para atendimento de solicitação médica, ou seja,
convocar segurada a apresentar, ASO (atestado de Saúde do Trabalhador) de retorno ao trabalho e cópia
do prontuário médico completo posterior a setembro/2009. Retornou sem o adequado atendimento.
Reanalisada na Assessoria Técnica Médica desta Junta de Recursos restou concluído que não houve
atendimento da diligência, pois, não foi juntado prontuário médico nem houve a comprovação da
incapacidade. Assim concluiu que a segurada estava apta na data da cessação do benefício.
Inclusão em Pauta
477
Seleção de Acórdãos
Voto
EMENTA: AUXÍLIO-DOENÇA PREVIDENCIÁRIO. CESSADO NA
AGÊNCIA DO INSS DE ORIGEM, CONCLUSÃO MÉDICO-PERICIAL.
LEGISLAÇÃO BASE, LEI 8.213/91, ARTIGO 59, DECRETO 3.048/99,
ARTIGOS 71 E 78. NÃO COMPROVADO O DIREITO REQUERIDO.
MANTIDA DECISÃO RECORRIDA. RECURSO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO
ISTO POSTO:
- artigo 59, da Lei 8.213/91, (ou seu correspondente no artigo 71, do Decreto 3.048/99), que assim
dispõe; o auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência, exigido nesta lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou atividade habitual por mais de 15 dias
consecutivos.
- artigo 78, do Decreto 3048/99, que assim preceitua, o auxílio-doença cessa, com a recuperação da
capacidade do segurado para o trabalho.
- conclusão médico-pericial proferida na instância administrativa do recorrido cessando o benefício,
na data acima referida, corroborada pelo parecer da Assessoria Técnica Médica desta Junta de Recursos,
após análise dos autos.
- trata-se de recurso tempestivo, cujos elementos apresentados não atendem condições para
prorrogação do benefício, conforme parecer técnico médico.
- artigo 18, da Portaria nº MPS 323/2007, alterada pela Portaria nº MPS 311/2009, que assim
dispõe; constitui alçada das Juntas de Recursos, não comportando recurso à instância superior, a decisão
colegiada, fundamentada exclusivamente em matéria médica, quando os laudos ou pareceres emitidos pela
Assessoria Técnica Médica da Junta de Recursos e dos Médicos Peritos do INSS apresentam resultados
convergentes.
478
Seleção de Acórdãos
479
Seleção de Acórdãos
480
Seleção de Acórdãos
Relatório
CARLA BEATRIZ GAYER MOREIRA recorre tempestivamente da decisão administrativa que
indeferiu seu pedido de salário maternidade NB 80/155.194.144-6 requerido em 040111.
O benefício foi indeferido pelo INSS porquanto a recorrente estava desempregada no fato gerador.
Com o recurso foi juntado cópia do requerimento de seguro desemprego, cópia do termo de rescisão
do contrato de trabalho, cópia da comunicação de dispensa ao Ministério do Trabalho e Emprego e
pesquisa realizada para verificar se a requerente trabalhou no período de 0.06.09 a 30.04.10, pois a
demissão ocorreu durante a gravidez e que restou comprovado.
Nas contrarrazões o INSS entre outras informações alega que em 12.04.11 foi realizada pesquisa in
loco no estabelecimento onde a recorrente desempenhou sua atividade laboral resultando desta, a juntada
dos documentos constantes em fls. 24/30 onde consta novamente que a recorrente foi dispensada sem justa
causa, fl.25.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 12/07/2011 para sessão nº 201/2011 de 02/08/2011 às 10:00.
Voto
481
Seleção de Acórdãos
Face o dispositivo legal mencionado a recorrente faz jus ao benefício de salário maternidade
requerido porquanto consta em fl. 08 declaração da própria recorrente que a demissão foi a pedido.
Ao exposto,
jtmb
482
Seleção de Acórdãos
Relatório
RASIP AGRO PASTORIL S.A contestando a caracterização do Nexo Técnico Profissional do
benefício de Auxílio-Doença Acidentário, sob nº: 91542614528-4 de seu empregado, o
segurado OTÁVIO CORREIA, interpõe recurso em 24.02.2011.
Às fls. iniciais dos autos constam requerimento de benefício por incapacidade e marcação
da perícia médica e comprovante de requerimento e seguem cópias dos documentos do segurado
acima qualificado, bem como CNIS-Cadastro Nacional de Informações Sociais do mesmo
seguido de requerimento de atualização e solicitação de inscrição como contribuinte individual,
sem data legível.
Das fls. 15 a 18 encontram-se notas de compra e notas de produtor rural, em nome do
segurado, e a seguir entrevista rural, na qual ficou descaracterizada sua condição de segurado
especial, tendo em vista exercício de mais de 120 dias por ano a atividade de diarista. Às fls. 22
consta Carta de Concessão de Auxílio-doença por Acidente do Trabalho em 13/09/2010. Em
comunicação de decisão às fls. 24 encontra-se comunicação de decisão mantendo o benefício até
09/02/2011 e seguem informações do benefício com data de cessação em 21/02/2011.
Às fls. 26 a empresa RASIP AGRO PASTORIL S.A declara que através do setor de
Segurança e Medicinado do Trabalho requer a alteração do do benefício de auxílio-doença de
Otávio Correia, sendo que no período trabalhado de 05/045/2010 a 29/04/2010 onde atribuía a
função de trabalhador rural desta empresa não tem registro de doença e ou acidente relacionado
ao trabalho e anexa consulta de benefícios por incapacidade por empresa, constando o
auxílio-doença acidentário de Otávio Correia e ata do Conselho de Administração da empresa e
procuração outorgada pela mesma para procurador constituído nos autos.
Às fls. 35 consta despacho sobre a contestação do Nexo Profissional da empresa RASIP
AGRO PASTORIL S.A., no qual a médica perita deferiu o pedido da mesma, em função de que
o início do agravo deu-se no início da incapacidade em 09/08/2010 e o segurado laborou com
vínculo com a mesma Empresa entre 05/04/2010 a 29/04/2010, portanto antes do referido agravo.
Enviada comunicação ao segurado para que apresentasse contrarrazões a mesma foi
devolvida por não localização e foi considerado entregue o comunicado.
A conversão não foi realizada em razão da intempestividade do pedido, sendo esta
competência exclusiva do órgão julgador. Pelo exposto foi mantido o ato recorrido e enviados os
autos em prosseguimento.
Inclusão em Pauta
483
Seleção de Acórdãos
Voto
EMENTA: AUXÍLIO-DOENÇA POR ACIDENTE DE TRABALHO. RECURSO
PROVIDO POR NÃO COMPROVAÇÃO DO NTEP-NEXO TÉCNICO
INDIVIDUAL ENTRE O PERÍODO DE LABOR NA EMPRESA E O
ACIDENTE MOTIVADOR DO BENEFÍCIO, COM BASE NO ARTIGO 21 DA
LEI 8.213/91. . RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
Tendo em vista o parecer da Assessoria Médica da 18ª junta o qual após a análise de todos os documentos
e laudos médicos periciais anexados aos autos concluiu que o segurado requereu o benefício em razão de
fratura do tornozelo ocorrida em 09/08/2010 e benefício requerido em 13/00/2010, em decorrência desta.
A empresa contestante alega que o segurado exerceu atividade no período de 05/04/2010 a 29/04/2010, e
não havendo registro de acidente do trabalho. Portanto na análise da Assessoria Técnica Médica não
existem elementos para aplicação do nexo individual e o benefício do segurado pode ser concedido na
espécie previdenciária (31), por doença isenta de carência.
Diante do exposto a recorrente (a empresa)faz jus ao que requer, nos termos do artigo 21 da Lei
8.213/99, o qual dispõe, entre outras disposições, que:
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho,
ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua
atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de
seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção
utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o
meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras
necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no
exercício do trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante
de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências do anterior.
Quanto a intempestividade não foram encontrados elementos capazes de caracterizá-la e se o
fossem ou ainda forem, diante do reconhecimento do direito da recorrente cabe a relevação da mesma
diante das atribuições deste colegiado, conforme a Portaria 323/2007 do Ministério da Previdência Social.
Isto posto:
484
Seleção de Acórdãos
glsa
485
Seleção de Acórdãos
486
Seleção de Acórdãos
cÂMARAS DE JULGAMENTO
487
Seleção de Acórdãos
488
Seleção de Acórdãos
Nº. de Protocolo do
37333.001652/2009-56
Recurso:
Unidade de Origem: AGÊNCIA ARARIPINA
Documento: 0149.108.571-9
Recorrente: INSS
JOSEFA AVILINA DE OLIVEIRA/Vigésima Primeira Junta de
Recorrido:
Recursos
Assunto/Espécie Benefício: PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA
Relator(a): CARMEM BATISTA ROCHA RIBEIRO
Relatório
Recurso impetrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS contra decisão
proferida no acórdão de nº. 3408 de 08/04/10, pela 21ª Junta de Recursos que deu provimento
ao recurso da requerente.
Para fazer prova de seu direito apresentou cópia de certidão de óbito do “de cujus”
e Cópia da certidão de casamento constando data de nascimento do segurado em 26/06/26
(fl.0/05).
Em seu recurso a uma das Câmaras de Julgamento do CRPS o INSS alega o beneficio de
aposentadoria por idade concedida ao segurado foi indevido, pois que na data do requerimento o
segurado não contava com 65 anos de idade, idade esta exigida pelo art.46 do Dec. 83.080/79 em
vigor na data da concessão. (fls.46/47).
A requerente por sua vez alega que não pode ser prejudicada , pois que é legítima
beneficiaria do “de cujus” e que na data do requerimento seu esposo comprovou a idade exigida ,
tanto que foi-lhe concedido o beneficio. (fls. 52/54).
Inclusão em Pauta
489
Seleção de Acórdãos
Voto
EMENTA: PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA. NECESSIDADE DE
COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE DE DEPENDENTE. EXIGÊNCIA
ATENDIDA. ART. 16 E 103-A DO REGULAMENTO DA PREVIDENCIA
SOCIAL – RPS APROVADO PELO DEC. 3.048/99. RECURSO CONHECIDO E
NÃO PROVIDO
Recurso tempestivo.
Ressalta – se que, para o benefício de pensão por morte não é exigido carência, e sim a
qualidade de segurado, na data do fato gerador do benefício (óbito) conforme disciplinado pelo
Art. 105 do RPS aprovado pelo Dec. 3048/99, a saber “ a pensão por morte será devida ao
conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não”, (grifo nosso)
Observa-se dos autos que o segurado era beneficiário da previdência Social na condição
de aposentado comprovando assim sua condição de segurado, na data Fo fato gerador do
beneficio.
Tendo em vista que o beneficio foi concedido em 1990 e mantido regularmente até a data
do óbito do segurado, não sendo comprovado que a concessão indevida segundo o INSS resultou
de atos fraudulentos do ex-segurado.
Não pode o INSS negar o benefício de pensão a legitima beneficiaria por constatar
irregularidade na concessão “post mortem”, pois que, no caso, torna-se impossível a obediência
ao principio do contraditório.
490
Seleção de Acórdãos
491
Seleção de Acórdãos
492
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata-se de recurso interposto pelo INSS contra a decisão da 13ª Junta de Recursos/SP
que deu provimento ao recurso do Senhor Manoel Hortencio Lima, em 16.12.2009.
1.1) Suzano Bahia Sul Papel e Celulose, período de 23.05.79 a 18.04.80, no cargo de
ajudante geral, alegando exposição a ruído de 84 dB(A) (fls.03/04).
493
Seleção de Acórdãos
A Egrégia 13ª Junta de Recursos, após parecer de sua ATM, enquadrou o período de
04.12.98 até a DER - Data de Entrada do Requerimento, e pelo Acórdão 25145/2009, deu
provimento ao seu recurso, em 16.12.2009 (fls.20/26).
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 03/01/2011 para sessão nº 29/2011 de 12/01/2011 às 10:30.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA ESPECIAL. NÃO PREENCHIMENTO DO
TEMPO MÍNIMO DE TRABALHO, NOS TERMOS DO ART. 64 DO
REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - RPS, APROVADO PELO
DECRETO Nº 3.048 DE 1999. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO
Recurso tempestivo.
494
Seleção de Acórdãos
495
Seleção de Acórdãos
496
Seleção de Acórdãos
Relatório
Apresentado recurso à Junta de Recursos da Previdência Social – JRPS (fls. 30), o qual
foi provido pela E. 10ª JRPS, fls.84/85.
497
Seleção de Acórdãos
INFBEN informa que o interessado encontra-se aposentado desde 09/10/2007, fls. 37.
È o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 15/12/2010 para sessão nº 15/2011 de 10/01/2011 às 09:30.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA POR IDADE. RESTOU COMPROVADA A
CARÊNCIA NECESSÁRIA À OBTENÇÃO DA ESPECIE NA FORMA
DISPOSTA NO ARTIGO 182 DO REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA
SOCIAL, APROVADO PELO DECRETO Nº 3.048/99. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE
Conforme se verifica nos autos o INSS reconheceu que o interessado comprovou 153
contribuições.
498
Seleção de Acórdãos
499
Seleção de Acórdãos
500
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata-se de recurso interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
contra decisão unânime da 07ª JR que deu provimento ao recurso do Sr.Amado Bento
de Souza.
501
Seleção de Acórdãos
07/06/05 e 17/08/05 a 30/10/05 não pode ser computado uma vez que o contrato de
parceria não foi registrado em época própria e o período de 01/05/79 a 28/04/95 não
pode ser enquadrado por atividade (fls.59/62).
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 21/02/2011 para sessão nº 105/2011 de 15/03/2011 às 11:30.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. NÃO
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PREVISTOS NOS ARTS. 56, 187 E
188, DO REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - RPS, APROVADO
PELO DECRETO 3.048 DE 1999. RECONHECIMENTO DE VINCULOS
EMPREGATÍCIOS REGISTRADOS EM CTPS. . RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO EM PARTE
Recurso tempestivo.
502
Seleção de Acórdãos
§ 1º O início de prova material de que trata o caput terá validade somente para
comprovação do tempo de serviço da pessoa referida no documento, não sendo
permitida sua utilização por outras pessoas."
“Art.60. Até que lei específica discipline a matéria, são contados como tempo
de contribuição, entre outros:
(...)
X – o tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior à
competência novembro de 1991” (grifo nosso).
503
Seleção de Acórdãos
Nos termos do art.188 do atual RPS, tem-se que o(a) segurado(a) filiado(a) ao
Regime Geral de Previdência Social até 16 de dezembro de 1998, cumprida a carência
exigida, terá direito a aposentadoria, com valores proporcionais ao tempo de
contribuição, quando, cumulativamente:
I - contar cinqüenta e três anos ou mais de idade, se homem, e quarenta e oito
anos ou mais de idade, se mulher; e
II - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher;
b) um período adicional de contribuição equivalente a, no mínimo, quarenta por cento do
tempo que, em 16 de dezembro de 1998, faltava para atingir o limite de tempo constante
da alínea "a".
504
Seleção de Acórdãos
Nº. de Protocolo do
36256.000253/2010-17
Recurso:
Unidade de
RETAGUARDA/BENEFÍCIOS - AGÊNCIA CARAGUATATUBA
Origem:
Documento: 0144.984.751-7
Recorrente: INSS
FERNANDA DE OLIVEIRA SANTANA/IVANILSON DOS SANTOS
Recorrido:
SANTANA-INSTITUIDOR/Quinta Junta de Recursos
Assunto/Espécie
AUXÍLIO-RECLUSÃO
Benefício:
Relator(a): ADRIENE CÂNDIDA BORGES
Relatório
O INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS recorre contra a decisão
proferida pela 5ª Junta de Recursos da Previdência Social do Distrito Federal – 5ªJRPS/DF.
Foi efetuada uma consulta no Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS e foi
constatado o registro de último vínculo empregatício no período de 01/10/07 a 12/12/08, com
última remuneração integral no valor de R$ 824,24 (competência 11/2008). Fls. 13/14.
Contra a decisão, a interessada interpôs recurso à 5ªJRPS/DF que, pelo Acórdão de fls.
29/31, deu provimento ao recurso interposto. Fundamentação na decisão proferida pela Sexta
Turma da Quarta Região do Tribunal Federal.
Nas contrarrazões, a interessada afirma que seu direito está amparado pela
Jurisprudência, conforme considerado no Acórdão proferido pela JRPS.
É o relatório.
505
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 16/12/2010 para sessão nº 16/2011 de 10/01/2011 às 10:00.
Voto
EMENTA: AUXÍLIO-RECLUSÃO. IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DO
BENEFÍCIO. NÃO IMPLEMENTAÇÃO DAS CONDIÇÕES EXIGIDAS PELA
LEGISLAÇÃO NA DATA DO FATO GERADOR. ÚLTIMO
SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO EM VALOR SUPERIOR AO LIMITE
FIXADO PELA LEGISLAÇÃO. FUNDAMENTAÇÃO NO CONTIDO NO
ARTIGO 116 DO REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – RPS,
APROVADO PELO DECRETO Nº 3.048/99. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO
O recurso é tempestivo.
O benefício Auxílio-Reclusão está previsto no artigo 116 do RPS, que assim dispõe:
O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos
dependentes do segurado recolhido à prisão que não receber remuneração da empresa nem
estiver em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço, desde
que o seu último salário-de-contribuição seja inferior ou igual a R$ 360,00 (trezentos e sessenta
reais).
Isto Posto e,
506
Seleção de Acórdãos
507
Seleção de Acórdãos
508
Seleção de Acórdãos
Relatório
O benefício foi indeferido por "falta de período de carência” (fls. 32) e a interessada
recorreu à 24ª. Junta de Recursos alegando que comprovou a condição de rurícola na condição de
segurada especial (fls. 33/34).
É o relatório.
509
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 06/01/2011 para sessão nº 35/2011 de 17/01/2011 às 14:00.
Voto
EMENTA: SALÁRIO MATERNIDADE. – NÃO COMPROVAÇÃO DA
ATIVIDADE RURAL NOS DEZ MESES ANTERIORES AO NASCIMENTO –
ITEM 1 DA ALÍNEA “A” DO INCISO VII DO ARTIGO 9º., § 1º. DO ARTIGO
26, INCISO II DO ART. 29 DO RPS – REGULAMENTO DA PREVIDENCIA
SOCIAL, APROVADO PELO DECRETO 3.048, DE 06/05/99 § 3º. DO ART. 3º.
DA PORTARIA MPS Nº. 170, DE 25/04/07 -. RECURSO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO
De acordo com o item 1 da alínea “a” do inciso VII do artigo 9º. do Regulamento da
Previdência Social - RPS, aprovado pelo Decreto nº. 3.048, de 06 de maio de 1999, é segurado
obrigatório da previdência social, como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel
rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo que, individualmente ou em regime de
economia familiar, na condição de produtor, seja ele proprietário, usufrutuário, possuidor,
assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore
atividade agropecuária em área contínua ou não de até quatro módulos fiscais.
O parágrafo 3º. do artigo 3º da Portaria MPS nº. 170 dispõe que para fins de
requerimento de benefício com período de carência de até um ano, o documento a ser
apresentado deverá comprovar que a atividade rural vem sendo exercida nos doze últimos meses
e, para os que não exigem carência, que o exercício da atividade rural anteceda a ocorrência do
evento que a ele dá direito.
510
Seleção de Acórdãos
Decisório
Nº. do Acórdão: 509/2011
511
Seleção de Acórdãos
512
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata-se de RECURSO ESPECIAL interposto por ALDIR FERNANDES
SANTESSO, nascida em 23.05.1938, contra a E. 24ª. JRPS que negou provimento ao pedido de
AMPARO SOCIAL AO IDOSO, formulado em 24.03.2010, nos termos do Acórdão nº
6.415/10 (fls. 25/27).
Entendeu a i. JRPS que está caracterizada a renda per capita familiar superior a ¼ do
salário mínimo, considerando a renda per capita da filha.
Nas razões de recurso a esta Câmara, a interessada afirma que cabe a exclusão da filha
e do neto do grupo familiar, devendo ser reparada a decisão da JRPS e, salientou que a concessão
de Aposentadoria por Tempo de Contribuição não é considerado para fins de análise do LOAS
diante do parágrafo único do artigo 34 do Estatuto do Idoso – fls. 32/36.
À guisa de contrarrazões, o INSS pugna pela manutenção do ato denegatório, fls. 61.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 26/11/2010 para sessão nº 915/2010 de 07/12/2010 às 10:00.
Voto
513
Seleção de Acórdãos
Nesta seara, o grupo familiar da recorrente é composto por ela e o esposo, sendo o
último detentor de APOSENTADORIA PREVIDENCIÁRIA, valor este incluso no cálculo para
a apuração da renda per capita, o que permite concluir que o rendimento mensal é superior a ¼
do salário-mínimo, conforme critério objetivo previsto na legislação que regula a matéria.
Exclui-se desse cálculo o rendimento percebido pela filha por ser maior de 21 anos e o
neto, por não fazer parte do rol do artigo 16.
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam
meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é
assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei
Orgânica da Assistência Social - Loas.
514
Seleção de Acórdãos
515
Seleção de Acórdãos
516
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata-se de RECURSO ESPECIAL interposto por ELIZABETE APARECIDA DA
SILVA, nascida em 17/10/1954, contra os termos do acórdão nº 12.933/09 (fls.83/86), proferido
pela e. 08a JRPS que negou provimento ao pedido de APOSENTADORIA POR TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO, formulado em 09/11/2005.
A interessada afirma que laborou sob condições especiais nos períodos, a saber:
De acordo com os cálculos de fls. 72/77, o INSS apurou o total de 25 anos 07 meses e
08 dias de contribuição até 09/11/2005, restando cumprir mais 01 ano 10 meses e 28 dias.
517
Seleção de Acórdãos
enquadrado o período de 15/05/1997 até a presente data por exposição a agente biológico,
cabendo, para tanto, realizar processamento de Justificação Administrativa. E ainda, que faz jus
ao Benefício proporcional, aceitando a reafirmação da DER, conforme fls. 90/95.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 29/03/2010 para sessão nº 257/2010 de 08/04/2010 às 11:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. DIREITO
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE
CONTRIBUICAO. NÃO COMPROVADO ATIVIDADE SOB CONDIÇÕES
ESPECIAL PARA O PERÍODO CONTROVERTIDO. INTELIGÊNCIA DO
ARTIGO 188 DO DECRETO 3.048/99, ENUNCIADO 05 DO CRPS.
COMPROVADO DIREITO A REAFIRMAÇÃO DA DER PARA O MELHOR
BENEFÍCIO . RECURSO CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE
Após a edição da Lei n.º 9.032/95, o legislador passou a exigir, para o cômputo do
tempo de serviço como especial, a comprovação da efetiva exposição a agentes nocivos à saúde
nas atividades desempenhadas, com caráter de habitualidade e permanência. Posteriormente, a
Lei n° 9.732, de 11/12/98, alterou parágrafos do art. 57 (acrescendo os §§ 7º e 8º e dando nova
redação ao § 6º) e também alterou a redação dos §§ 1º e 2º do artigo 58 da Lei nº 8.213/91,
estabelecendo requisitos mais rigorosos para a comprovação da atividade especial.
518
Seleção de Acórdãos
519
Seleção de Acórdãos
520
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata-se de retorno de diligência na qual se requereu que fossem juntados aos autos: (i)
outros documentos que comprovassem o exercício de atividade rural nos períodos de 02/01/1987
a 12/03/1997 e 13/03/1997 a 13/10/2008, em regime de economia familiar, como certidão de
inscrição do postulante junto ao TRE, nota fiscal de aquisição de produtos agrícolas, nota fiscal
de comercialização de produtos agrícolas, se for o caso, comprovante de cadastro no INCRA,
bloco de notas do produtor rural, e outros que possam servir como meio de prova; (ii) cópia dos
autos referentes a NB 144.685.984-0, que acusou o indeferimento de anterior pedido de
concessão de aposentadoria por idade pelo recorrente, requerido em 12/09/2007, na APS
Euclides da Cunha (fls. 40); e que (iii) fosse efetuada uma Justificação Administrativa ou
pesquisa NO LOCAL com o intuito de se confirmar o exercício de atividade rural no período
carencial exigido, esclarecendo-se em qual data o interessado iniciou o exercício de atividade
rural e até quando a exerceu (fls. 67/70).
O Sr. Aurino Ramos Pereira interpôs recurso especial contra os termos do Acórdão n.º
5619/2009, proferido pela 21ª Junta de Recursos/PB, que negou provimento ao pedido de
aposentadoria por idade, por ele requerido (fls. 56/58).
A fim de comprovar sua qualidade de segurado especial, bem como o tempo de atividade
rural, o postulante acostou os seguintes documentos aos autos:
(i) cópia de sua certidão de casamento civil, realizado em 23/08/1983, constando para o
postulante a ocupação de comerciante e para sua esposa ocupação de doméstica; bem
como correspondente averbação de separação judicial consensual entre os mesmos,
devidamente homologado pelo juiz em 12/05/1987 (fls. 02 e 02v.);
(ii) cópia de seus documentos de identificação pessoal e de sua CTPS (fls. 03/08);
521
Seleção de Acórdãos
(vi) cópia dos documentos da aquisição da propriedade rural do postulante (fls. 16/18);
(vii) ITR para o exercício de 1997 a 2008, constando o Sr. Aurino Ramos Pereria como
contribuinte do Imposto (fls. 21/32);
A entrevista rural foi desfavorável ao postulante, uma vez que não apresentou
documentos que comprovassem a atividade rural (fls. 43/44).
Recurso de fls. 47. Juntou, para tanto: cópia de notas fiscais emitidas em 1998/1999, bem
como cópia de ficha de filiação à Associação dos Pequenos Produtores da Fazenda Nova
Esperança de Cansanção/BA, ocorrida em 1998 (fls. 49);
A postulante recorreu a uma das Câmaras de Julgamento deste Conselho, solicitando pelo
provimento do recurso especial interposto às fls. 60, pois afirma que trabalhou nas terras do Sr.
Gino Roberto da Silva até 1997 e após em suas próprias terras, conforme documentação em
anexo.
O INSS, em suas contra-razões solicita que seja mantida a decisão prolatada pela Junta de
Recurso (fls. 66).
Remetidos os autos para análise dessa CaJ, foram baixados em diligência (fls. 67/70),
oportunidade na qual foram juntados aos autos:
(i) cópia dos documentos que o interessado juntou para comprovar o exercício da
atividade rural (fls. 72/101);
(ii) cópia do processo NB 41/144.685.984-0 (fls. 111/143);
522
Seleção de Acórdãos
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 22/12/2010 para sessão nº 6/2011 de 03/01/2011 às 14:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA POR IDADE. SEGURADO ESPECIAL -
NECESSIDADE COMPROVAÇÃO DE ATIVIDADE RURAL ESPECIAL NO
PERÍODO DE CARÊNCIA EXIGIDO - INOBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS
LEGAIS. ARTS. 11, VII E § 1º, 48, 55, § 3º E 142 DA LEI N.º 8.213/91. ARTS. 9º,
VII E 51, § 1º DO DECRETO N.º 3.048/99. NOTA CONJUR/MPS N.º 937/2007.
VOTO . RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO
Com efeito, a Declaração Sindical e a cópia de Carteira Sindical, não se prestam ao fim
pretendido porque são documentos extemporâneos e/ou meramente declaratórios. É ver que a
Declaração Sindical não foi homologada pela Autarquia.
523
Seleção de Acórdãos
Contudo, não existem provas materiais contemporâneas que indiquem o início, o meio e o
fim da atividade rural pelo período de CARÊNCIA necessário, como exige o art. 55, § 3º da Lei
8.213/91 c/c Parecer CJ/MPS n.º 3.136/2003 e art. 142 da Lei de Benefícios.
Portanto, não preenchidos os requisitos dos arts. 48, 55 § 3°, 142 da Lei n.º 8.213/91, o
benefício não deve ser concedido.
524
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata os autos de Volta de Diligência do Recurso Especial, tempestivo, da Sra.
Carmelita Francisca de Jesus Ramos, nascida em 14/6/1930, contra a decisão da 4ª JR/PA, que,
pelo Acórdão nº 4.056/1995, negou provimento ao seu recurso mantendo a suspensão do INSS da
Aposentadoria por Velhice, por ter detectado irregularidade na concessão.
A Sra. Carmelita apelou a E. JR, com as razões de fls. 27, nas quais invocou sua
idade avançada, e origem rurícola. Solicitando a concessão do benefício por idade. Anexando as
declarações dos proprietários das fazendas: Sobradinho, São João ratificando os vínculos
registrados na CTPS.
525
Seleção de Acórdãos
A Sra. Carmelita recorreu a este CRPS, com as razões de fls. 37, reiterou que sempre
trabalhou na zona rural, e que o INSS relutava em pagar o benefício ao qual fazia jus. Invocou a
impossibilidade do INSS rejeitar as provas por ela apresentadas em face da ausência de uma
pesquisa “in loco”. Reapresentou as declarações dos proprietários das fazendas São João com
ITR de 1983 e da Sobradinho com o ITR de 1993 e Certificado de Matrícula.
O processo foi encaminhado a esta 2ª CAJ (ex-5ª CAJ) pela Seção de Revisão de
Direito. Foram apensados os processos NB-88/517.975.679-7 e NB-21/138.225.508-7.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 01/06/2010 para sessão nº 432/2010 de 09/06/2010 às 15:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA POR IDADE. PREVIDENCIÁRIA –
BENEFÍCIO – APOSENTADORIA POR VELHICE DE TRABALHADORA
RURAL – BENEFÍCIO CONCEDIDO INDEVIDAMENTE, UMA VEZ QUE
PARA FUNDAMENTÁ-LO FORAM APRESENTADOS REGISTROS
FRAUDULENTOS NA CTPS. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO
Como se vê dos autos, assiste razão ao INSS, na suspensão deste benefício, posto que
efetivamente a Aposentadoria por Velhice, atual Aposentadoria por Idade foi conseguida a partir
de documentos fraudulentos, ou seja, registros fictícios na CTPS.
526
Seleção de Acórdãos
Conforme se verifica dos fatos relatados a Sra. Carmelita Francisca de Jesus Ramos
nunca foi trabalhadora rural. Ratificando essa conclusão, e contrariando as alegações da
recorrente, verificamos que seu marido, o Sr. Raimundo Simões Ramos se aposentou em
26/3/1996 como SERVIDOR PÚBLICO.
527
Seleção de Acórdãos
528
Seleção de Acórdãos
Relatório
Constam no presente:
· Declaração do STR – fls. 03/05;
· Certidão de casamento celebrado em 28/05/1962, constando a profissão de lavrador
– fls. 06;
· Cédula de identidade emitida em 07/02/1975, indicando a profissão de lavrador – fls.
07;
· Certificado de reservista indicando a prestação de serviço de 20/06/1960 a
15/07/1961 – fls. 08;
· Cópia de CTPS com vínculos de 01/08/1996 a 06/12/1996, de 06/01/1997 a
17/11/1998 – fls. 09/11;
· Escritura de venda e compra de imóvel rural constando como comprador
MARCELINO DANIEL DA SILVA, em 26/06/1964 – fls. 12/14;
· Contrato particular de arrendamento agrícola datado de 31/08/2005 – fls. 14/16;
· Notas fiscais agrícolas datadas entre os anos de 2004 a2009 – fls. 17/21;
· Declaração Anual de Produtor Rural para os anos de 2006 a2009 – fls. 22/28;
· Procuração constando o interessado como procurador de Marcelino Daniel da Silva
em 11/06/1984, tendo na ocasião indicado a profissão de lavrador – fls. 29;
· Certidão de óbito da filha do interessado em 21/04/1994 indicando a profissão de
lavrador – fls. 30;
· Certidão de casamento da filha do interessado em 03/02/2001 indicando a profissão
de lavrador – fls. 31;
529
Seleção de Acórdãos
Nas contrarrazões de fls. 112/114, o INSS afirma que se aplica no caso em tela a
carência prevista no artigo 25, II da Lei nº 8.213/91 (180 meses), destacando-se que o serviço
militar pertence a outro regime de previdência, bem como houve recebimento de auxílio-doença
para 02/10/1997 a 17/09/1998 não considerado para fins de carência, conforme artigo 26 do
Decreto nº 3.048/99. Salientou que o período de 1964 a1985 não pode ser considerado para o fim
pretendido, pois foi prestado nas terras do pai e o mesmo já era casado, possuindo outro grupo
familiar.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 29/03/2010 para sessão nº 251/2010 de 07/04/2010 às 11:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA POR IDADE. PREVIDENCIÁRIO.
COMPROVAÇÃO DE ATIVIDADE CAMPESINA EM PERÍODOS
INTERCALADOS E ANTERIORES A 24/07/1991. APLICABILIDADE DA
TABELA PROGRESSIVA DO ARTIGO 142 DA LEI 8.213/91 . RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO
530
Seleção de Acórdãos
Neste contexto, o recorrente com 69 (sessenta e nove) anos de idade na DER, sustenta
que laborou no meio campesino de 26/06/1964 a 21/05/1985 (Lote 09 quadra 04 - Dourados), de
01/08/1996 a 06/12/1996, de 06/01/1997 a 17/11/1998 (Sítio José Gregório – Dourados) e de
01/08/2005 a 21/05/2009 (arrendatário rural).
Em relação ao primeiro item, assevera-se que o recorrente afirma que prestou serviço
nas terras do genitor, tendo a Autarquia invocado o teor do artigo 19 da Portaria Ministerial nº
170/2007:
Assevera-se que, não é possível reconhecer o período seguido de 1962 a2001 com
base apenas em prova testemunhal, levando-se em consideração o interregno de tempo entre as
provas, sem outros elementos materiais da condição de segurado especial.
531
Seleção de Acórdãos
Cabe desconsiderar para este fim a escritura de compra de imóvel rural por se tratar de
documento em nome do genitor no ano de 1964, quando o recorrente já se encontra sob novo rol
de grupo familiar, fora das responsabilidades dos pais.
Nesse contexto, considerando-se os anos acolhidos por este Colegiado (1962, 1975,
1984, 1994 e 2001) e somando-se os períodos de 20/06/1960 a 15/07/1961, de 01/08/1996 a
06/12/1996, de 06/01/1997 a 17/11/1998 e de 01/01/2004 a 21/05/2009, o recorrente perfaz
aproximadamente 167 meses de carência, sendo suficiente para garantir a percepção do
benefício, valendo salientar que se aplica no presente a Tabela Progressiva do artigo 142 da Lei
nº 8.213/91, por comprovar inscrição anterior a 24/07/1991, com o exercício da atividade
campesina em 1962.
532
Seleção de Acórdãos
Relatório
Paulo José Rezende Monti requereu ao INSS o benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição em 14/07/2004 (Data de Entrada do Requerimento – DER), aos 57 anos de idade
(fls.01/02).
O requerente juntou novas provas e interpôs recurso contra essa decisão do INSS
(fls.362/404). A egrégia 8ª Junta de Recursos do CRPS (JR/CRPS) converteu o julgamento em
diligência, mediante a decisão nº126/2005, com vistas ao saneamento do procedimento e
instrução probatória complementar (fls.412/414).
533
Seleção de Acórdãos
(a) que não podem ser reconhecidos os registros na CTPS em razão das rasuras
verificadas;
(b) que a justificação administrativa foi homologada (no mérito) somente para o
período de 01/01/1970 a 30/04/1970, sendo essa matéria incontroversa a teor
dos artigos 147 e 148 do Regulamento da Previdência Social – RPS, aprovado
pelo Decreto nº 3.048/99;
(c) que não cabe o reconhecimento dos períodos de 1967 a 1969, maio a
dezembro de 1971, e de 1962 a maio de 2004 por insuficiência de documentos;
(d) que grande parte dos documentos apresentados só contêm a grafia do
segurado e a comprovação de que essa escrita é do interessado somente seria
possível mediante perícia grafotécnica, cujo ônus é do recorrente;
(e) que a pesquisa realizada pelo INSS, para o vínculo na empresa Açucareira
Antônio Monti S/A, foi infrutífera em razão de estar inativa e pela informação
de que o requerente estava na posse de seus documentos;
(f) que falta tempo de contribuição ao recorrente para fazer jus ao benefício.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 25/11/2008 para sessão nº 1085/2008 de 03/12/2008 às 15:00.
534
Seleção de Acórdãos
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. BENEFÍCIO.
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. EMPRESÁRIO. APOSENTADORIA TEMPO
DE CONTRIBUIÇÃO. PROVA DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE.
CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO. AO TEMPO DA LEI ORGÂNICA DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL – LOPS (LEI Nº 3.807, DE 26 DE AGOSTO DE 1960),
E DE SEUS REGULAMENTOS, VIGIA A PRESUNÇÃO DE
RECOLHIMENTO REGULAR DAS CONTRIBUIÇÕES DO SEGURADO
EMPRESÁRIO, EIS QUE A RESPONSABILIDADE ERA ATRIBUÍDA À
EMPRESA, RAZÃO POR QUE A CONCESSÃO DE BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO NÃO DEVE ESTAR CONDICIONADA AO
RECOLHIMENTO PRÉVIO DAS CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO PARA AS
COMPETÊNCIAS POR ESTA LEI ALCANÇADAS. INTELIGÊNCIA DO
ENUNCIADO Nº 27 DO CRPS, EM FACE DA LOPS, DA LEI DE CUSTEIO E
DA LEI Nº 10.666/2003. . RECURSO CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE
Admissibilidade
Do Mérito
A meu ver, as anotações realizadas na CTPS do recorrente não podem ser rejeitadas in
totum, como entendeu a egrégia 8ªJR/CRPS.
Com base no axioma jurídico do utile per inutile non vitiatur, é de se considerar que a
anotação inválida não vicia a válida. Mesmo porque os fatos jurídicos registrados: contratação,
opção pelo FGTS, contribuição sindical, registro de inscrições, alteração de função e extinção
contratual são distintos e, em geral, ocorrem em épocas diferentes.
Dessa forma, é válida a anotação na CTPS de admissão na Açucareira Antônio Monti S/A
em 01/01/1970 (fl.04 dos autos). Ademais, essa data é corroborada pelo Livro Registro de
Empregados (fl.94 dos autos). O mesmo seja dito em relação à alteração do cargo para diretor
financeiro, em 30/04/1970, e o registro como auxiliar da administração em 16/04/1971, porque
há evidências do exercício dessas atividades.
535
Seleção de Acórdãos
Assim, seria possível cogitar do vínculo pessoal entre os participantes dessa sociedade,
pois todos os sócios, e, posteriormente, acionistas desta (dez pessoas), possuem o mesmo nome
de família: “Monti”. Mas, o caráter personalista dessa sociedade não significa que o recorrente
tenha auferido vantagem de sua condição de filho do principal proprietário, ou que não tenha
colaborado com o seu trabalho para o escopo da empresa. Ao revés, é crível que essa condição
tenha vindo em seu desfavor, pelo registro tardio de uma relação de trabalho começada anos
antes, em 1967. Não fosse isso verdade, não haveria como justificar a ascensão tão rápida de
auxiliar de escritório (em 01/01/1970, conforme CTPS) a diretor financeiro (em 30/04/1970). Ou
mesmo, a sua eleição como membro do Conselho Fiscal - o que não exigia a condição de
acionista -, em 04/10/1968, já em data anterior ao referido registro na CTPS, frise-se.
Nesse contexto, parece-me que foram reunidos elementos suficientes nestes autos para
comprovar o trabalho e o vínculo de emprego no período de 01/12/1967 a 29/12/1971 (dezembro
de 1967 é o marco inicial das provas materiais), para a empresa em apreço, a saber:
536
Seleção de Acórdãos
A interpretação dada aos artigos 147 e 148 do RPS, quando o texto normativo veda o
recurso da decisão do INSS que considerou eficaz ou ineficaz a JA, não pode significar que
essa matéria seja irrecorrível, porém, somente que não cabe, nesse momento do
procedimento, agravo dessa decisão interlocutória, devendo ser remetida a matéria para o
recurso ordinário que venha a ser interposto contra a decisão final do requerimento de
benefício. Eis que a função institucional do CRPS é a de controle das decisões do INSS,
conforme o art.1º de seu Regimento Interno, e não há previsão expressa que excepcione a
questão aqui analisada.
De acordo com o contrato social da IRAM - Ind. Reunidas Antônio Monti Ltda., no
capital desta sociedade participavam sete sócios, e a sua constituição ocorreu em 30/12/1971, e
verifica-se, em relação à empresa anterior (item II acima), objetos sociais afins quanto à
fabricação e comercialização de aguardente de cana. Dentre os referidos sócios, o recorrente e o
seu pai, juntos, reuniam 95% das quotas sociais. O pai do requerente continuava sendo o
principal quotista com 86% de participação.
O recorrente fora eleito, desde a constituição dessa sociedade, para a sua administração,
como diretor financeiro. As seis alterações contratuais posteriores, datadas de: 17/02/1977,
537
Seleção de Acórdãos
Os fatos aqui descritos constam do contrato social e das alterações contratuais que se
seguiram para a sociedade IRAM - Ind. Reunidas Antônio Monti Ltda., que podem ser
consultados, nestes autos, às fls.12/39.
Por sua vez, o salário de contribuição dos referidos segurados era fixado pela LOPS, em
sua redação original, como salário de inscrição:
538
Seleção de Acórdãos
Não se pode olvidar que a própria Autarquia, com auxílio do controle que possui por
número de inscrição, desde 1975, já registra contribuições para o NIT do recorrente desse ano até
05/2004, conforme a análise contributiva à fl.49, o CNIS à fl.50 e o extrato de recolhimentos de
contribuintes individuais (INPS) à fl.534. Como resultado, e após o acréscimo do período de
01/01/1970 a 30/04/1970, em face da JA, a Autarquia apurou 26 anos e 4 meses em 30/04/2004
(fls.643/648), e uma carência cumprida de 316 contribuições mensais.
Ocorre que, nos termos da fundamentação exposta no item II anterior, é possível incluir
nessa contagem todo o período de 01/12/1967 a 29/12/1971 para a Açucareira Antônio Monti
S/A.
539
Seleção de Acórdãos
previdência social por parte da empresa a isso obrigada, por força de presunção legal da
regularidade dessas contribuições em favor do segurado empresário. Passo a apresentar a
fundamentação legal e jurídica desse ponto.
540
Seleção de Acórdãos
Tanto era assim que a Ordem de Serviço IAPAS/SAF nº 86, de 02 de junho de 1982,
previa o lançamento fiscal do débito de segurado empresário em nome da empresa, nestes termos
(conforme: Martinez, Wladimir Novaes. Salário-base dos contribuintes individuais. São Paulo:
Ltr, 1999. p.628-630):
Somente com a edição da Lei nº 8.212/91 (Lei de Custeio) é que houve alteração para
excluir a obrigação da empresa como responsável e atribuí-la ao próprio segurado empresário,
que passou a ter o dever de recolher “por iniciativa própria” a sua contribuição, conforme o
inciso II do art.30 dessa Lei, com esta redação original: “II- Os segurados trabalhador autônomo
e equiparados, empresário e facultativo estão obrigados a recolher sua contribuição por
iniciativa própria, no prazo da alínea ´b´ do inciso I deste artigo”.
Assim, ante o exposto, está devidamente fundamentado por que entendo devida a inclusão
dos meses de 07/1972 a 09/1975 e 10/1990 na contagem de tempo de contribuição. Em suma,
estava vigente presunção legal de desconto e recolhimento regular e oportuno por parte da
empresa (pessoa jurídica), e as disposições legais citadas aplicam-se ao caso concreto em favor
do empresário (pessoa física), haja vista que por essas contribuições responde a empresa, e não o
segurado empresário.
Se fosse oposto o argumento de que o recorrente era o próprio sócio gerente e diretor da
empresa IRAM - Ind. Reunidas Antônio Monti Ltda., e que estaria se beneficiando de sua
omissão com relação às obrigações previdenciárias, este Conselheiro manteria o seu
541
Seleção de Acórdãos
entendimento porque seria necessário provar o dolo, a fraude ou a simulação, que não podem ser
presumidas.
Outra objeção possível seria afirmar que este col. CRPS, na hipótese em que haja débito
decorrente do exercício de atividade do segurado contribuinte individual, condiciona a concessão
de benefícios previdenciários ao recolhimento prévio das contribuições em atraso. A assertiva,
todavia, estaria incompleta. Vejamos por que razão. Primeiro, transcrevo os termos do Enunciado
nº27, publicado no DOU de 25/10/2006, para a sua correta interpretação:
Assim, onde há a mesma razão deve imperar a mesma regra jurídica. Se ao tempo da
LOPS vigia idêntica regra de arrecadação para o segurado empresário (atualmente denominado
contribuinte individual), que responsabilizava diretamente a empresa pelo desconto e
recolhimento da contribuição do recorrente, concluo, com apoio, inclusive, no Enunciado nº 27
deste colendo CRPS, que as competências de 07/1972 a 09/1975 e 10/1990 devem integrar o
cálculo do tempo de contribuição, pois, por estas responde a empresa, e não o recorrente, ante a
presunção legal que vigia à época dos fatos geradores em prol do segurado empresário.
Dessa forma, refaço a contagem de tempo de contribuição, tendo por base o extrato que
foi emitido pela própria Autarquia (fls.647/648). Então, o cálculo do tempo de contribuição deste
Conselheiro é diferente dessa base levantada pela Administração previdenciária, nos seguintes
pontos: (a) na fixação correta do período de 01/12/1967 a 29/12/1971, para a empresa Açucareira
Antônio Monti Ltda. e; (b) no acréscimo dos meses de 07/1972 a 09/1975 e 10/1990, para a
empresa IRAM - Ind. Reunidas Antônio Monti Ltda.; tudo conforme a fundamentação supra e a
542
Seleção de Acórdãos
Tão somente acerca do período de 01/12/67 a 31/03/70 entendo não restar comprovado,
de forma robusta, ter ocorrido vínculo empregatício entre o interessado e a empresa açucareira
Antonio Monti S/A.
Destaco que a prestação laboral está demonstrada nos autos, pelas provas apresentadas
(e citadas no item II do voto do I. Relator), parcialmente ratificadas em J.A. Digo parcialmente
pois uma das testemunhas não conhecia o interessado antes de 1970.
Não há, para tal período, anotação em CTPS, comprovantes de remuneração, controle
de freqüência ou sequer especificação do cargo e função do interessado na empresa.
Assim, vejo como temerário concluir pela existência de relação de emprego, até por se
tratar de empresa familiar, havendo no meu ver, indicações de que o vínculo tinha natureza de
estágio ou prestação de serviços como autônomo.
543
Seleção de Acórdãos
544
Seleção de Acórdãos
Relatório
O interessado requereu aposentadoria por tempo de contribuição em 17/10/1997 (Data
de Entrada do Requerimento – DER: fl.26). Juntou formulários de informações sobre atividades
exercidas em condições especiais na indústria gráfica, para a empresa Antônio Figueiredo e Cia.
Ltda. (fl.10).
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 27/10/2010 para sessão nº 821/2010 de 08/11/2010 às 15:00.
Voto
545
Seleção de Acórdãos
Admissibilidade
Do Mérito
O segurado apresenta somente dois vínculos de emprego em sua vida laboral até a
entrada do requerimento de aposentadoria em 17/10/1997 (fl.26): na Pastifício Vera S.A. e na
Antônio Figueiredo e Cia. Ltda.
Além disso, essa egrégia Junta de Recursos argumentou que houve acordo na Justiça
do Trabalho, conforme Certidão de Objeto e Pé expedida pela Secretaria da 23 a Vara do
Trabalho da Justiça do Trabalho da 2 a Região (fl.146), para a ação trabalhista ajuizada em
16/04/1997, tendo havido conciliação nesse processo, sob o no 1002, em 29/07/1997. Contudo,
ante a ausência de cópia desse acordo judicial e de sua homologação (não obstante tenha sido
solicitada a sua juntada conforme diligência preliminar à fls.137), e a teor do Enunciado no 04
deste CRPS, seria inviável o reconhecimento do vínculo de trabalho no período de 01/01/1996 a
01/02/1997.
546
Seleção de Acórdãos
conseguinte, é evidente que a ação trabalhista ajuizada em 16/04/1997 não tinha por finalidade a
declaração de vínculo, mas tão somente diferenças salariais e de verbas rescisórias.
A duas, porque não consigo conceber que o referido acordo trabalhista tenha sido
homologado pelo Juiz do Trabalho contra a lei, isto é, com a determinação de regularização da
data de rescisão do contrato de trabalho em 01/02/1997, e pagamento de verbas correspondentes
até uma data futura fictícia.
E para mim está claro que houve regularização válida da rescisão contratual por
ocasião da homologação do acordo trabalhista, cuja ação foi ajuizada, frise-se, dentro do prazo de
prescrição. Basta verificar que o extrato inicialmente colacionado à fl.03, datado de 13/03/1997,
ainda estava com o campo da data de afastamento em branco, no entanto já indicava depósitos,
para o ano de 1996, compatíveis com a última remuneração apresentada pelo CNIS (em 1995) e
com os demonstrativos de pagamento de salário juntados pelos segurado para todas as
competências do período questionado (fls.148/162). Após a conciliação trabalhista ocorrida em
29/07/1997, o extrato do FGTS juntado à fl.163, datado de 28/10/1997, já consignava, no mesmo
campo antes referido, o afastamento da empresa como tendo ocorrido em 01/02/1997.
Por sua vez, constato que a 13a JR/CRPS realizou enquadramento de tempo especial
por categoria profissional, auxiliar de impressão e impressor off-sett dessa indústria gráfica
(fl.10), de 01/06/1977 a 31/03/1984 e 01/04/1984 a 31/12/1995, respectivamente, sob o código
547
Seleção de Acórdãos
548
Seleção de Acórdãos
Relatório
Osvaldo Lofego Netto requereu ao INSS o benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição em 19/04/2006 (Data de Entrada do Requerimento – DER), aos 61 anos de idade
(fls.01/02).
A Seção de Revisão de Direitos interpôs recurso especial e alegou, em síntese: (a) que
não se aplica o art.188 do RPS, pois o segurado era oriundo de regime próprio e teria se filiado
ao RGPS a partir de 16/12/1998, a teor do disposto no art.56, §5º, do RPS; (b) que o tempo como
juiz classista somente deve ser computado nas competências em que o segurado atuou; (c) que
mesmo incluindo as competências quitadas por GPS o tempo seria insuficiente para a
aposentadoria proporcional; (d) que seria necessário apresentar as Certidões de Tempo de
Serviço para os vínculos com a Secretaria de Estado de Administração e para o Tribunal
Regional do Trabalho, na sua forma original e nos moldes do art.13º do RPS.
549
Seleção de Acórdãos
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 27/11/2008 para sessão nº 1085/2008 de 03/12/2008 às 15:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. BENEFÍCIO.
CONTAGEM RECÍPROCA. LOPS. FILIAÇÃO DE ESTAGIÁRIO. JUIZ
TEMPORÁRIO DA UNIÃO. PARCELAMENTO. CONTRIBUIÇÕES EM
ATRASO. É ASSEGURADA A CONTAGEM RECÍPROCA DO TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO, PORÉM É VEDADA A CONTAGEM DE TEMPO DE
SERVIÇO PÚBLICO COM O DE ATIVIDADE PRIVADA, QUANDO
CONCOMITANTES. NOS TERMOS DA LOPS, É POSSÍVEL A FILIAÇÃO
DO ESTAGIÁRIO QUE EXERCE ATIVIDADE REMUNERADA. É DEVIDA A
CONTAGEM, COMO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO PARA O RGPS,
SOMENTE DAS COMPETÊNCIAS PARA AS QUAIS HOUVE EFETIVO
EXERCÍCIO DA MAGISTRATURA COMO JUIZ TEMPORÁRIO DA UNIÃO.
O PARCELAMENTO SUSPENDE A EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO
TRIBUTÁRIO, CONSOANTE O INCISO VI DO ART.151 DO CÓDIGO
TRIBUTÁRIO NACIONAL – CTN. POR CONSEGUINTE, SOMENTE É
POSSÍVEL CONSIDERAR EM ATRASO (EM DÉBITO) AS PARCELAS
VENCIDAS E NÃO PAGAS. AS COMPETÊNCIAS QUITADAS INTEGRAM O
CÁLCULO DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. FUNDAMENTOS: LEI Nº
8.213/91, ART.94 E ART.96. LEI Nº 3.807/60 (LOPS). LEI Nº 6.903/81. LEI Nº
9.528/97. ADI 1878. CRPS, ENUNCIADO Nº 27. ANULAÇÃO DO ACÓRDÃO. .
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE
Admissibilidade
Do Mérito
A princípio, deve ser afastada a alegação recursal do INSS de que o segurado teria se
filiado ao RGPS a partir de 16/12/1998. Em verdade, após a emissão da CTC pela Secretaria de
Estado da Administração do Governo do Estado do Espírito Santo, englobando competências dos
anos de 1964 a 1969, somente houve vínculos no sistema do RGPS, como se verificará nos itens
abaixo.
550
Seleção de Acórdãos
Consta, à fl. 04, CTC expedida pela Secretaria de Estado da Administração dos
Recursos Humanos e de Previdência – SEARP do Governo do Estado do Espírito Santo, para 4
anos, 11 meses e 3 dias de tempo de contribuição como professor na Secretaria de Estado da
Educação (de 01/03/1964 a 28/02/1966 e de 02/06/1966 a 09/05/1969). E uma via original dessa
CTC (nº 356/2000) foi juntada à fl.213.
Existem recibos de caixa da tesouraria da Companhia Vale do Rio Doce nestes autos
que evidenciam o exercício de atividade remunerada como estagiário, e a retenção de numerário
para fins de pagamento de contribuição para o INPS. As competências em questão são:
04/1967, 07/1967, 09/1967 a 03/1968, 05/1968, 07/1968 a 11/1968, 01/1969 e 02/1969
(fls.05/13).
Não se pode olvidar que a Companhia Vale do Rio Doce foi constituída como
sociedade anônima mediante o Decreto-Lei nº 4.352/42, e que somente foi privatizada em 1997.
Assim, os atos supracitados haviam sido praticados na condição de empresa estatal da União
Federal.
551
Seleção de Acórdãos
A Autarquia fixou a data final desse vínculo em 15/06/1970 (extrato à fl.202, como
previsto no contrato), o que deve ser rejeitado, porque esse emprego por prazo determinado pode
ser prorrogado de forma tácita ou expressa, conforme o art.451 da CLT. Aliás, é o que se
verificou no caso em concreto, consoante os documentos relacionados à rescisão contratual
(fls.15/16).
552
Seleção de Acórdãos
refere-se a 07/1975. Destarte, não é possível iniciar a contagem do tempo de contribuição em 01/
01/1975, como fez a Autarquia (fl.202), sendo necessária a sua retificação para que a data inicial
seja 01/07/1975.
Em face dos carnês juntados, às fls. 63/118, e da consulta aos recolhimentos no CNIS
para a inscrição sob o nº 1.100.844.068-4 (fls.140/142), as seguintes competências devem
integrar o tempo de contribuição:
· 12/1979 a 10/1994;
· 12/1994 a 01/1995.
(VII) TST
O requerente foi designado para Suplente de Juiz Classista, como representante dos
empregadores na 3ª Junta de Conciliação e Julgamento em Vitória-ES. Tomou posse em
28/08/1995 e permaneceu no cargo até 28/08/1998. Atuou em sessões nos meses de 10/96,
08/97, 09/97, 01/98, 04/98, 05/98, 06/98 e 07/98, conforme Certidão expedida pela Diretoria do
Serviço de Recursos Humanos do TRT da 17ª Região (fl.119); sendo que essa declaração é
congruente com os avisos de crédito que constam dos autos, às fls.120/124, para as seguintes
competências: 11/96, 09/97, 10/97, 01/98, 02/98, 05/98, 06/98, 07/98, os quais apresentam a
rubrica referente à retenção de contribuição previdenciária para o INSS incidente sobre a
“gratificação de audiência”.
553
Seleção de Acórdãos
Ocorre que o juiz classista somente faria jus à aposentadoria nos termos da Lei nº
6.903/81, se cumpridos os requisitos dessa Lei antes da edição da MP nº 1.523, de 11/10/1996
(convertida na Lei nº 9.528/97), consoante o entendimento do Supremo Tribunal Federal, que
trago à colação, in verbis:
554
Seleção de Acórdãos
Ora, até mesmo por força da Lei previdenciária especial em comento, Lei nº 6.903/81,
o tempo de serviço prestado pelo segurado da previdência social urbana, como juiz temporário do
Poder Judiciário da União, já podia ser computado para os fins da previdência social no Regime
Geral; inclusive, estava a cargo da União a contribuição do empregador, a teor do art.6º, que
dispunha:
Por todo o exposto, entendo que é devida a contagem, como tempo de contribuição
para o RGPS, somente das competências para as quais houve efetivo exercício da
magistratura como juiz temporário da União, conforme a Certidão do TRT da 17ª Região
(fl.119), a saber: 10/96, 08/97, 09/97, 01/98, 04/98, 05/98, 06/98 e 07/98. Além do mais, é
inexigível a emissão de CTC, porque a situação concreta não diz respeito a contagem recíproca.
555
Seleção de Acórdãos
Vejo que o recorrido cumpriu o requisito legal da carência, o requisito etário e que
possui tempo de contribuição igual a 31 anos e 8 dias até 31/12/2003 (final do último período
contributivo), quando lhe seria necessário apenas 30 anos, 2 meses e 19 dias para a aposentadoria
proporcional com pedágio (fl.294). Por conseguinte, a teor da Emenda Constitucional nº 20/98,
556
Seleção de Acórdãos
art.9º, §1º, o segurado faz jus à aposentadoria com valores proporcionais ao tempo de
contribuição.
Nesse ponto, devo frisar que o recurso especial interposto devolve à instância
superior o conhecimento integral da causa, a teor do parágrafo único do art.30 do
Regimento Interno do CRPS - RICRPS (aprovado pela Portaria MPS/GM nº323/2007). E,
como exposto neste voto, em razão de ser necessária a reforma da fundamentação jurídica e
da contagem do tempo de contribuição contidas no Acórdão nº 5.367 da 7ªJR/CRPS,
entendo que este deve ser anulado, como preceitua o art.67 do RICRPS, prosseguindo-se,
desde logo, no julgamento da lide previdenciária, por economia processual, o que já foi
realizado neste voto.
557
Seleção de Acórdãos
558
Seleção de Acórdãos
Relatório
559
Seleção de Acórdãos
560
Seleção de Acórdãos
Apresentando o seu apelo a E. JR, com as razões de fls. 250/258, nas quais reitera as
alegações da sua defesa, apontando supostos equívocos na apreciação da mesma, que os
documentos fraudados foram fabricados nas dependências da APS em Macapá, e inseridos pelos
fraudadores no seu processo de aposentadoria. Esses documentos não foram apresentados por ele
quando solicitou o benefício. Que o recorrente não estava trabalhando no período de 1992/1999,
pois era pastor de evangélico desde 1992.
O Sr. Anísio recorre a este CRPS, com as razões de fls. 285/286, nas quais alega que
apresentou todos os documentos que comprovavam o tempo de contribuição, quando do pedido
da Aposentadoria. E contesta as conclusões do acórdão da E. JR, ou seja, que não estava
demonstrado qual o período que ele cumpriu à época do seu pedido de benefício; que atendeu ao
disposto no art. 62 do Decreto nº 3.048/1999, apresentado a documentação necessária para
comprovar as atividades nos períodos a serem contados, ou seja, documentos mais PPP,
CONTEMPORÂNEOS dos fatos, e que não foram localizados na APS de Macapá/AP.
561
Seleção de Acórdãos
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 29/07/2010 para sessão nº 586/2010 de 09/08/2010 às 08:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
LEGITIMIDADE DA SUSPENSÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO, PROMOVIDA PELO INSS, POR IRREGULARIDADE NA
CONCESSÃO, POIS NÃO FORAM ATENDIDAS AS EXIGÊNCIAS DOS ART.
3º DA EC Nº 20/1998 E 52 DA LEI Nº 8.213/1991 E ALTERAÇÕES.
MANUTENÇÃO DO INDEFERIMENTO.. RECURSO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO
Como se observa dos autos o benefício do Sr. Anísio foi suspenso, pois ele foi
incapaz de comprovar o exercício de atividade laboral nos períodos de 1/1/1986 a 20/8/1992 e de
23/10/1993 a 28/12/1999. Vez que conforme reiteradamente admitido e alegado pelo requerente,
os vínculos com as empresas Tecnomont e Cidenei Vieira Carneiro, que lastrou a concessão do
benefício, eram fraudulentos, pois inexistiram.
E verificamos que o Sr. Anísio alegou que, desde 1992 exercia a atividade de pastor
evangélico. Assim nos termos da alínea “c” inciso V do art. 11º do Plano de Benefício da
Previdência Social, aprovado pela Lei nº 8.213/1999, e alterações, é segurado obrigatório da
Previdência Social, como Contribuinte Individual. E para incorporar esse tempo e fazer jus ao
benefício, basta comprovar o exercício da atividade de pastor, promover os recolhimentos, até
implementar a carência e tempo de contribuição, legalmente exigidos.
562
Seleção de Acórdãos
E a documentação retida pelo INSS, será restituída ao Sr. Anísio no final da ação
judicial e do inquérito instaurado na Polícia Federal, que nos termos alegados pelo requerente,
comprovará a sua inocência.
Posto isso na DER e DIB deste benefício, em 5/9/2000 o Sr. Anísio Vicente
Marcondes não atendia as condições para a concessão. E a Aposentadoria por Tempo de
Contribuição, que foi correta e legalmente cessada, pois atendeu a legislação previdenciária e aos
tramites do processo administrativo, constitucionalmente, admitidos.
563
Seleção de Acórdãos
564
Seleção de Acórdãos
Relatório
Retorno de diligência requerida às fls.234/237.
O pedido inicial foi indeferido, às fls. 34, por falta de tempo de contribuição,
atividades descritas nos DSS 8030 e laudos técnicos não foram consideradas especiais pela
perícia medica.
Contrarrazões do INSS mantendo o ato indeferitório às fls. 43, por entender que o
segurado não possui tempo mínimo de contribuição bem como não tem a idade mínima de 53
anos de idade.
565
Seleção de Acórdãos
A 24ª Junta de Recursos, por meio do Acórdão nº 846/2005 (fls. 44/45) negou
provimento ao recurso do interessado por não perfazer o tempo necessário, exigido no art. 52 da
Lei 8.213/91.
As contrarrazões do INSS às fls. 62/63 pugna pelo não provimento do apelo, por
entender que as atividades exercidas pelo interessado junto à Empresa Cia Vale do Rio Doce, não
merecer enquadramento como prejudicial à saúde.
Consta nos autos (fls. 64-/67) cópias da CTPS nº 04006 para os seguintes períodos de
trabalho:
- de 01/01/1973 a 01/03/1974 como aluno da escola de aprendizagem na empresa Cia
Vale do Rio Doce;
- de 01/01/1977 a 17/01/1977 como Supervisor da Produção na empresa Cimetal
Siderurgia S/A;
- de 23/03/1977 a 09/01/1978 como Auxiliar Técnico na empresa Construtora Alcindo
Vieira – CONVAP S/A;
- de 09/10/1978 a 18/04/1979 como Trainee de Mecânica na empresa Aracruz
Celulose S/A;
- após 03/05/1979 como Técnico Esp. Mecânico na empresa Cia Vale do Rio Doce.
A 05ª CaJ por intermédio do Acórdão nº 5717/2005 (fls. 69-72), conheceu do recurso
e deu provimento por unanimidade, reconheceu como especial e enquadrou no código 1.1.6 do
anexo do Decreto nº 53.831/64 o período de 03/05/1979 a 31/03/1997.
Por não constar nos autos o parecer da ATM o INSS requereu pedido de revisão às
fls. 90/91, alegando ainda que mesmo após a nova contagem do tempo de contribuição, o
segurando não possui tempo suficiente à concessão do benefício.
566
Seleção de Acórdãos
como tempo de serviço do período de 01/01/1973 a 01/03/1974 laborado como aluno aprendiz.
Concluiu que somando os enquadramentos já realizados ao ora procedido que o interessado fazia
jus a Aposentadoria por Tempo de Contribuição nos termos do art.201,§ 7º da CF/88 c/c art. 56
do RPS.
O recorrente juntou aos autos novo PPP, emitido em 08.08.07, às fls. 146 a 150.
O Colegiado da 2ª CaJ por intermédio do Acórdão nº 4764/2008 (fls. 153 a 158) não
conheceu o pedido de revisão do segurado.
A DAJ – Divisão de Assuntos Jurídicos manifestou-se, às fls. 216 a 219, e conclui que
o pedido do interessado não tem objeto, pois, o uso do EPI já se encontra disciplinado no
Enunciado nº 21.
Regularmente intimada a empresa Cia Vale do rio Doce esclareceu que houve
inconsistência nas informações prestadas no primeiro PPP, que o segurado exerceu no período a
atividade de Técnico Mecânico exposto a ruído de 90,06 dB (A), às fls. 242 a 282.
567
Seleção de Acórdãos
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 22/02/2011 para sessão nº 180/2011 de 03/03/2011 às 10:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. USO DE EPI
EFICAZ. ENUNCIADO 21 DO CRPS. . RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
A Revisão de Ofício foi processada nos termos do Despacho 2280/2009 às fls. 232,
para que não haja ofensas às normas que regem a matéria.
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida
nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme
dispuser a lei. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
568
Seleção de Acórdãos
ENUNCIADO Nº 21/CRPS
Assim, a informação do uso de EPI não tem o condão de elidir a nocividade da função
desempenhada, sendo considerada como atividade em condição especial que prejudica a saúde ou
integridade física.
Isto posto, o interessado cumpriu a exigência do § 3º, do Art. 57, da Lei nº 8.213/91,
fazendo jus a transformação de espécie, cabendo a Autarquia proceder a revisão para a alteração
de espécie de Aposentadoria por Tempo de Contribuição para Aposentadoria Especial.
569
Seleção de Acórdãos
570
Seleção de Acórdãos
Nº. de Protocolo do
35950.003729/2008-49
Recurso:
RETAGUARDA/BENEFÍCIOS - AGÊNCIA CURITIBA-CÂNDIDO
Unidade de Origem:
LOPES
Documento: 0531.323.184-3
Recorrente: HELENA CHIMENTAO RAMALHO
Recorrido: INSS/Décima Sexta Junta de Recursos
Assunto/Espécie Benefício: AUXÍLIO-DOENÇA PREVIDENCIÁRIO
Relator(a): MICHELE PEREIRA FARIA
Relatório
Trata-se de recurso tempestivamente interposto por Helena Chimentão Ramalho, a este
Conselho, contra os termos do Acórdão n.º 814/2010, proferido pela 16ª Junta de Recursos/PR,
que negou provimento ao pedido de auxílio-doença por ela formulado (fls. 47/48).
O INSS, em suas contra-razões solicita que seja mantida a decisão prolatada pela Junta de
Recurso (fls. 70).
571
Seleção de Acórdãos
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 22/12/2010 para sessão nº 9/2011 de 03/01/2011 às 17:00.
Voto
EMENTA: AUXÍLIO-DOENÇA PREVIDENCIÁRIO. ALEGAÇÃO DE FALTA
DE PERÍODO DE CARÊNCIA - PREENCHIMENTO DOS PRESSUPOSTOS
LEGAIS – INTERESSADA PORTADORIA DE CARDIOPATIA GRAVE
(PATOLOGIA CARDÍACA CLASSE III) – DOENÇA ISENTA DE CARÊNCIA.
ARTS. 26, 28, 29, I E 71 DO DECRETO N.º 3.048/99. PORTARIA
INTERMINISTERIAL MPAS/MS N.º 2.998/91.. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO
A Assessoria Técnico Médica deste CRPS fixou a fixou DID em 01/01/1992, DII em
16/06/2008.
E ainda de acordo com análise da ATM deste Conselho, verifica-se que a interessada
é portadora de patologia Cardíaca Classe III, portanto, doença isenta de carência, imperando,
desse modo, a Portaria Interministerial MPAS/MS n.º 2.998/91 (fls. 74).
572
Seleção de Acórdãos
573
Seleção de Acórdãos
574
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata-se de retorno da ATM cuja manifestação foi solicitada a fim de se manifestar
sobre a incapacidade alegada, com a conseguinte fixação das DII, DID e DCB e informar sobre a
progressão da doença alegada em sede recursal.
575
Seleção de Acórdãos
Remetidos os autos para análise dessa CaJ, foram enviados para a ATM do CRPS (fls.
51), para parecer conclusivo sobre a fixação das DID e DII.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 07/07/2010 para sessão nº 541/2010 de 14/07/2010 às 10:00.
Voto
EMENTA: AUXÍLIO-DOENÇA POR ACIDENTE DE TRABALHO.
COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO, INCAPACIDADE
LABORATIVA. RETORNO DA ATM DO CRPS. REABILITAÇÃO
VERIFICADA PELA PERÍCIA MÉDICA. RATIFICADO PERCENTUAL DE
30% INCORPORADO. ARTS. 26 E 29, I DO DECRETO N.º 3048/99. ART. 59
DA LEI N.º 8213/91 . RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO
576
Seleção de Acórdãos
577
Seleção de Acórdãos
578
Seleção de Acórdãos
Relatório
O pedido foi incluído com cópia dos documentos pessoais do instituidor do benefício
(fls. 03) e de suas CTPS (fls. 04/17). Ademais, foram também anexados os documentos pessoais
da interessada (fls. 18) e seu comprovante de endereço (fls. 19).
No entanto, o pedido foi indeferido por perda da qualidade de segurado (fls. 44).
579
Seleção de Acórdãos
Junto com as razões recursais trouxe atestado de permanência carcerária (fls. 56) e
certidão de nascimento de filho em comum (fls. 57).
O INSS manteve o ato recorrido por falta da qualidade de dependente (fls. 66).
De uma análise preliminar dos autos podemos concluir que não se estavam em
condições de serem julgados quanto ao mérito.
Consta dos autos às fls. 57 certidão de nascimento de filho em comum bem como
carta de concessão de benefício da mesma espécie em virtude do encarceramento do Sr.
Francisco (fls. 23/24).
580
Seleção de Acórdãos
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 08/07/2010 para sessão nº 558/2010 de 20/07/2010 às 11:00.
Voto
EMENTA: AUXÍLIO-RECLUSÃO. FICOU COMPROVADA A EXISTÊNCIA
DA UNIÃO ESTÁVEL DA INTERESSADA COM O INSTITUIDOR DO
BENEFÍCIO NA DATA DO ENCARCERAMENTO, NA FORMA
PRECONIZADA PELO § 6. º DO ART. 16 DO DECRETO N. º 3.048/99.
REQUISITOS DO ART. 80 DA LEI N. º 8.213/91 PREENCHIDOS.. RECURSO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO
Já o art. 116 do RPS, aprovado pelo Decreto n.º 3.048/99, regulamentando o Art. 80,
da Lei 8.213/91, acima transcrito, dispõe que:
581
Seleção de Acórdãos
De acordo com o que se verifica às fls. 29 dos autos o segurado esteve em benefício
de auxílio-doença por acidente de trabalho no período de 28/10/2002 a 30/11/2005, desta forma,
manteve a qualidade de segurado até dezembro de 2006, tendo sido recolhido à prisão em maio
de 2006, quando ainda estava dentro do período de graça.
Entretanto, para fazer jus à presunção legal de dependência é necessário que fique
comprovada a existência da união estável na data do óbito.
582
Seleção de Acórdãos
Diante do exposto, deve ser mantida a decisão proferida pela Junta de Recursos, na
íntegra, pelos fundamentos jurídicos acima expostos.
583
Seleção de Acórdãos
584
Seleção de Acórdãos
Relatório
Zilma Rosa Gomes requereu em 01/08/2005 Certidão de tempo de Contribuição.
Cópia da CTPS nº 21596 série 400ª constandos vínculos empregatícios referente aos
seguintes vinculos empregatícios:
Inconformada com a decisão recorreu a douta 24ª JR/ES que através do Acórdão nº
8012/2010 reformou a decisão do INSS reconhecendo o direito da segurada a inclusão do período
de 08/06/77 a 01/11/80 (fls. 42/44).
585
Seleção de Acórdãos
Não constam contrarrazões, embora a segurada tenha sido comunicada (fls. 49).
È o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 02/02/2011 para sessão nº 114/2011 de 09/02/2011 às 10:00.
Voto
Vencido
Objetiva a Autarquia reformar o Acórdão nº. 8012/2010 da E. 24ª JR/ES (fls. 42/44),
que deu provimento ao recurso da segurada Zilma Rosa Gomes empresa Florestas Rio Doce S/A.
Como vimos dos autos trata-se de empregada rural, conforme cópia da CTPS de fls.
05/06 com as devidas alterações salariais, presumindo-se os recolhimentos efetuados.
586
Seleção de Acórdãos
Vencedor
Com a vênia da ilustre Relatora, passo a expor as razões para divergir de seu douto
voto.
Ressalve-se que seria possível à requerente, naquela época, ter garantida a condição
de segurada do INPS, mesmo tendo sido contratada como trabalhadora rural (conforme a sua
CTPS – no cargo de “trabalhador de campo”, fl.05 -, a ficha do Livro Registro de Empregados,
fl.26, e a Consulta de sua ocupação no CNIS, fl.18), porque o parágrafo único do artigo citado
acima da CLPS permitia essa vinculação aos que, empregados exclusivamente em serviços de
natureza rural de empresas agroindustriais e agrocomerciais, vinham contribuindo para a
Previdência Urbana desde a data da Lei Complementar no 11, de 25 de maio de 1971. Todavia,
essa ressalva não se aplica à interessada porque, como se verá adiante, não há prova dessa
contribuição ao INPS.
A exclusão dos trabalhadores rurais da Previdência Urbana ocorria porque estes eram
beneficiários, naquela época, do Programa de Assistência do Trabalhador Rural (PRORURAL),
instituído pela Lei Complementar no 11, de 25/05/1971, cuja gestão cabia ao Fundo de
Assistência ao Trabalhador Rural – FUNRURAL (conforme art.1 o do Decreto no 69.919, de
11/01/1972 – Regulamento do PRORURAL).
Inclusive, a requerente não poderia estar no Plano Básico, criado pelo Decreto-Lei n o
564, de 01/05/1969 (como extensão da previdência social a empregados não abrangidos pelo
sistema geral da Lei 3.807/60 – LOPS, cujo plano era custeado também pelo empregado rural),
porque era direcionado ao setor agrário da empresa agroindustrial, que ficava dispensada de
contribuição ao FUNRURAL para esse setor rural, o que não é o caso concreto, que diz respeito
a uma empresa simplesmente florestal. As empresas de outras atividades, como as produtoras e
fornecedoras de produtos agrários in natura, dependiam do seu nível de organização, das
587
Seleção de Acórdãos
588
Seleção de Acórdãos
Além do mais, o próprio empregador, Florestas Rio Doce S.A., declarou que no
período do aludido vínculo de emprego rural, de 08/06/1977 a 01/11/1980, a interessada era
trabalhadora de campo e que os recolhimentos eram efetuados ao FUNRURAL (fl.28). E em
resposta ao Ofício do INSS no 321/2009, emitido após essa declaração, com a solicitação de
juntada dos documentos hábeis a comprovar recolhimentos para a interessada, somente vieram
aos autos cópias da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS dos anos de 1978 a 1980, o
que ratifica a ausência de contribuições para a segurada.
Por essas razões que o Acórdão no 8.012 da 24aJR/CRPS deve ser reformado. É que
contraria disposição expressa do parágrafo 3o do art.128 do Regulamento da Previdência Social
atual (aprovado pelo Decreto no 3.048/99), o qual reflete o plano legislativo diferenciado da
antiga Previdência Rural com uma disposição normativa que exige, pelas razões já expostas neste
voto, que o trabalhador rural comprove o recolhimento de contribuições ou a indenização
correspondente para fins de inclusão desse período anterior a novembro de 1991 em Certidão de
Tempo de Contribuição.
589
Seleção de Acórdãos
590
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata-se de retorno de diligência na qual se requereu a realização de uma pesquisa
no local ou processamento de uma Justificação Administrativa, tudo com intuito de se comprovar
a união estável entre a postulante e o segurado, devendo-se, ainda, juntar aos autos outros
documentos que comprovassem o vínculo e a correspondente dependência econômica com
documentos contemporâneos à data do óbito, como prova de encargos domésticos e outros, a teor
da exigência trazida pelo § 3º do art. 22 do Decreto n.º 3.048/99 (fls. 39/41).
591
Seleção de Acórdãos
Recurso de fls. 24. Alegou, para tanto, que conviveu com o segurado durante muitos
anos que do relacionamento tiveram 07 filhos, dos quais anexou cópia de 04 cédulas de
identidade. Solicita revisão da decisão, levando em consideração as provas acostada aos autos,
pois sempre dependeu economicamente do falecido.
Remetidos os autos para análise dessa CaJ, foram baixados em diligência (fls. 39/41),
oportunidade na qual foram juntados aos autos:
(i) pesquisa in loco com resultado positivo, realizada junto a vizinhos, na qual se
constatou a unanimidade de declarações no sentido de confirmar a união estável da
requerente com o segurado falecido até a data do óbito (fls. 43/47);
(ii) cópia de certidão de batismo de um dos filhos do falecido com a interessada (fls.
52);
(iii) cópia de caderneta de vacinações de dos filhos do falecido com a interessada
(fls. 54/55);
(iv) cópia de carteira funcional do segurado, datada de 1989, constando a
interessada como esposa e dependente (fls. 56);
(v) cópia da carteira da Prefeitura Municipal de Ibati do segurado, constando a
requerente como cônjuge, datada de 2004 (fls. 57);
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 22/12/2010 para sessão nº 13/2011 de 04/01/2011 às 13:00.
Voto
EMENTA: PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA. NECESSIDADE DE
COMPROVAR A UNIÃO ESTÁVEL EM RELAÇÃO AO FALECIDO –
OBSERVÂNCIA DOS REQUISITOS - ARTS. 74 E 16, I, § 4º DA LEI 8.213/91.
ART. 22, § 3º DO DECRETO 3.048/99. RECURSO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO
592
Seleção de Acórdãos
Trata-se de pedido de pensão por morte, benefício previsto no art. 74 da Lei n.º
8.213/91 e devido aos dependentes listados no art. 16 do mesmo diploma legal, o qual dispõe
que:
“Art. 22 (...)
§ 3º: Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o
caso, devem ser apresentados no mínimo três dos seguintes documentos:
I - certidão de nascimento de filho havido em comum;
II - certidão de casamento religioso;
III - declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o
interessado como seu dependente;
IV - disposições testamentárias;
VI - declaração especial feita perante tabelião;
VII - prova de mesmo domicílio;
VIII - prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou
comunhão nos atos da vida civil;
IX - procuração ou fiança reciprocamente outorgada;
X - conta bancária conjunta;
XI- registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado
como dependente do segurado;
XII - anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados;
XIII - apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro
e a pessoa interessada como sua beneficiária;
XIV - ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste
o segurado como responsável;
XV - escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de
dependente;
XVI - declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um
anos; ou
XVII - quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar.”
593
Seleção de Acórdãos
O primeiro requisito restou comprovado pela juntada aos autos da certidão de óbito do
instituidor do benefício (fls. 02). Verificamos, ademais, dados do INFBEN do instituidor
acusaram recebimento de aposentadoria por invalidez (trabalhador rural) desde 02/1991 (fls. 13).
Nesse sentido, foram juntados aos autos, entre outros documentos, e considerados por
essa relatora:
594
Seleção de Acórdãos
595
Seleção de Acórdãos
596
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata-se de recurso interposto pela Sra. PATRICIA SANTANA SOUZA, em face do
acórdão n.º 5.808/2009 da 03a JRPS/PE que manteve ato denegatório de concessão de Salário
Maternidade formulado em 27/06/2008, cujo motivo do indeferimento foi a falta de período de
carência nos dez meses anteriores ao nascimento, fl. 21.
A recorrente em suas razões de recurso, fl. 35, alega que não concorda com o
indeferimento vez que é trabalhadora rural, nascida e criada na roça plantando e colhendo para o
sustento de sua família. Que os documentos apresentados são anteriores ao nascimento da criança.
O INSS apresentou contrarrazões, fls. 38/39, alegando que após análise do presente
processo não foram encontrados elementos que possam caracterizar o direito pretendido. Que não
consta prova documental suficiente, de que a recorrente tenha exercido no mínimo 10 (dez) meses
de exercício da atividade rural anterior a data de nascimento da criança. Requer a manutenção da
decisão de primeira instancia.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 12/02/2010 para sessão nº 142/2010 de 22/02/2010 às 10:00.
Voto
EMENTA: SALÁRIO MATERNIDADE. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO:
SALÁRIO MATERNIDADE. NÃO COMPROVADA A CARÊNCIA EXIGIDA
ANTERIORES AO NASCIMENTO DA CRIANÇA. RECURSO CONHECIDO E
597
Seleção de Acórdãos
NÃO PROVIDO. ART. 25, INCISO III DA LEI Nº. 8.213/91 E ART. 93,
PARÁGRAFO SEGUNDO, DO DECRETO Nº. 3.048/99. . RECURSO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO
O recurso é tempestivo.
Da análise de tais documentos em consonância com o disposto nos artigos 25, III, 106
da Lei 8.213/91; 93, § 2º do Decreto nº. 3.048/99 e Portaria MPS nº. 170 de 25 de abril de 2007, e
em cotejo com entrevista rural, às fls. 17 e 18, realizada por agente capaz, infere-se que não houve
prova material de exercício de atividade rural por parte da interessada, para o período de 10 meses
anteriores ao nascimento da criança.
598
Seleção de Acórdãos
599
Seleção de Acórdãos
600
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0140.786.297-6
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: UNIDADE DE ATENDIMENTO PREVCIDADE OURO FINO-
PREVOURO
Nº de Protocolo do Recurso: 35644.000426/2006-76
Recorrente(s): INSS
Recorrido(s): ALCINA PUCCI MOREIRA GLÓRIA/ALCINA PUCCI MOREIRA
GLÓRIA
Assunto/Espécie Benefício: PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 11/01/2007
Relator(a): GERALDO ALMIR ARRUDA
Relatório
Trata-se de pensão por morte requerida por Alcina Pucci Moreira Gloria
em 18/07/2006 (fl. 02), em face do óbito de seu cônjuge, Sebastião Gloria, ocorrido
15/06/2001 (certidão de óbito à fl. 04), indeferida pelo Instituto Nacional do Seguro
Social – INSS sob a alegação da perda da qualidade de segurado do instituidor (fl.
65). Segundo o INSS, a última contribuição do instituidor, então contribuinte
individual (titular de firma individual), deu-se em 07/1993, tendo este mantido a
qualidade de segurado até 31/07/1996.
601
Seleção de Acórdãos
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
602
Seleção de Acórdãos
603
Seleção de Acórdãos
604
Seleção de Acórdãos
Decisório
605
Seleção de Acórdãos
606
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0142.377.959-0
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA APARECIDA DE GOIÂNIA-APSAPG
Nº de Protocolo do Recurso: 37056.001959/2007-12
Recorrente(s): INSS
Recorrido(s): ANNIELI DE ALENCAR ALVES/ANNIELI DE ALENCAR ALVES
Assunto/Espécie Benefício: PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 16/01/2008
Relator(a): PEDRO WANDERLEI VIZÚ
Relatório
607
Seleção de Acórdãos
em síntese, que não restara comprovado que o instituidor tivesse exercido atividade rural
no período imediatamente anterior ao óbito ou em período de graça.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
Nego provimento.
608
Seleção de Acórdãos
609
Seleção de Acórdãos
610
Seleção de Acórdãos
apresentada pelo segurado seja corroborada pela prova oral colhida, e que desse
conjunto - coerente e harmônico – se extraia convicção acerca da qualidade de
segurado especial e efetivo exercício dessa atividade no período equivalente à
carência do benefício.
A circunstância de o instituidor haver contado com mão-de-obra eventual
durante os períodos de pico de trabalho na lavoura não descaracteriza sua condição de
segurado especial, eis que a Lei nº 8.213/91 sempre admitiu, a esse segurado, tal
possibilidade.
Acresça-se que as alterações legais promovidas no regime jurídico do segurado
especial rurícola pela Lei nº 11.718/08, lembradas na pesquisa de campo, não se aplicam
ao caso dos autos, eis que o óbito do instituidor ocorreu antes da entrada em vigor dessa
Lei, à qual não se pode atribuir efeito retroativo.
Além do mais, o Instituto Nacional do Seguro Social, apesar de ser dotado de um
poderoso sistema de informações, não logrou demonstrar que o falecido, durante sua vida
profissional, tenha sido qualquer outra coisa que não pequeno produtor rurícola.
Decisório
611
Seleção de Acórdãos
612
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0139.608.105-1
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA SÃO PAULO-TATUAPÉ-APSTTP
Nº de Protocolo do Recurso: 36230.000693/2007-59
Recorrente(s): ANTONIO CARLOS MECCIA
Recorrido(s): INSS / INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 05/12/2008
Relator(a): PEDRO WANDERLEI VIZÚ
Relatório
Veio então aos autos o recurso especial de fl. 155 e seguintes, em que o
interessado alega, em síntese, que o art. 126, § 3º da Lei nº 8.213/91 nega
vigência e contraria a Constituição Federal de 1988, os princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade e eficiência, e não se reveste da legalidade necessária
em face do disposto no inciso II, § 4º do art. 36 da Portaria MPS 323/07.
Alega que deve ser aplicado ao caso dos autos pelo inciso II, § 4º do art.
36 da Portaria MPS 323/07, que considera não revogado ou, ainda que o fosse,
estaria em vigor à época da interposição do recurso. Aduz que o art. 126, § 3º da
Lei nº 8.213/91 estaria revogado tacitamente, em razão da repetição de seus
termos no Regimento Interno do Conselho de Recursos da Previdência Social.
613
Seleção de Acórdãos
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
614
Seleção de Acórdãos
Assim sendo, não tem ele interesse de agir, seja por já ser beneficiário
de aposentadoria por tempo de contribuição, seja porque tal benefício tem sua data
de início fixada nos mesmos moldes da aposentadoria por idade, ao teor dos arts.
54 e 49 da Lei nº 8.213/91, acima citados.
615
Seleção de Acórdãos
Ainda que assim não fosse, caso se pudesse argumentar que o anterior
ingresso em juízo o recurso do interessado não mereceria, de qualquer modo,
conhecimento pela Junta de Recursos da Previdência Social.
616
Seleção de Acórdãos
617
Seleção de Acórdãos
Decisório
618
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0124.408.797-9
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA TATUÍ-APSTAT
Nº de Protocolo do Recurso: 35445.000312/2004-19
Recorrente(s): ANTONINO FRALETTI
Recorrido(s): INSS / INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 01/06/2004
Relator(a): PEDRO WANDERLEI VIZÚ
Relatório
619
Seleção de Acórdãos
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
620
Seleção de Acórdãos
621
Seleção de Acórdãos
6. Nos termos do artigo 40, § 1º, inciso III, alíneas 'a' e 'b' da
Constituição Federal e do artigo 126 da Constituição do Estado de São
Paulo, são requisitos para a aposentação a idade mínima de 60 anos e
tempo de contribuição de 35 anos (aposentadoria integral) ou a idade
mínima de 65 anos (aposentadoria proporcional), para o segurado do
sexo masculino.
622
Seleção de Acórdãos
623
Seleção de Acórdãos
624
Seleção de Acórdãos
de fevereiro de 1993; e
III - for constatado vício insanável.
É o voto.
Decisório
625
Seleção de Acórdãos
626
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0115.102.692-9
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA SANTO ANDRÉ-APSSAN
Nº de Protocolo do Recurso: 37307.000562/2004-51
Recorrente(s): INSS
Recorrido(s): ANTONIO MENDES DE LIMA/ANTONIO MENDES DE LIMA
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 17/05/2004
Relator(a): PEDRO WANDERLEI VIZÚ
Relatório
627
Seleção de Acórdãos
628
Seleção de Acórdãos
(...);
III - verificar se as partes foram regularmente
cientificadas de todos os atos processuais praticados no
curso do processo, a fim de que aos litigantes sejam
assegurados o pleno exercício do contraditório e ampla
defesa;
Assim sendo, e em atenção ao princípio da celeridade
processual, adoto as contra-razões do interessado como recurso e
faculto ao Instituto Nacional do Seguro Social apresentar, por sua vez,
contra-razões aos pleitos deduzidos nas alíneas “a” e “b” do pedido (fl.
197).
Em razão do exposto, opino pelo retorno dos autos à origem,
para que o Instituto Nacional do Seguro Social adote as providências
assinaladas acima, e intime o interessado do teor deste despacho.
Defiro, a cada uma das partes, o prazo de trinta dias para a execução
dos atos necessários à defesa dos respectivos direitos.” (destaquei)
É o Relatório.
629
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
Fazendo-o, observo que a tese por ele sustentada já foi rechaçada pela
jurisprudência dominante em nossos Tribunais Federais, que de há muito firmou
entendimento no sentido de que o uso de equipamento de proteção individual –
EPI não afasta a natureza especial do tempo de serviço. No âmbito deste
Conselho, o Enunciado nº 21/CRPS, de observância obrigatória em todas as
decisões, estabelece:
630
Seleção de Acórdãos
631
Seleção de Acórdãos
Decisório
632
Seleção de Acórdãos
633
Seleção de Acórdãos
634
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0108.315.645-1
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: POSTO DO SEGURO SOCIAL EM SANTOS DUMONT-DESATIVADO
Nº de Protocolo do Recurso: 37023.000584/1999-32
Recorrente(s): ARY CEZAR APOLINARIO
Recorrido(s): INSS / INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 30/12/2004
Relator(a): GERALDO ALMIR ARRUDA
Relatório
635
Seleção de Acórdãos
636
Seleção de Acórdãos
VII – obteve nova declaração do Sr. Walter Borges Medeiros (fl. 369),
confirmando o vinculo do interessado com a Cerealista Santo Antônio, afirmando
ter havido equívoco na negativa de 15/03/2000 à fl. 78;
637
Seleção de Acórdãos
638
Seleção de Acórdãos
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
639
Seleção de Acórdãos
O recurso é tempestivo.
DAS PRELIMINARES
640
Seleção de Acórdãos
DO MÉRITO
641
Seleção de Acórdãos
É possível, por mera suposição, que a base tenha sido a cópia do LRE,
anexada aos autos. Contudo, nessa hipótese, não existindo o livro original, tal
cópia não ser tida como documento hábil a servir para tal efeito.
Pelas mesmas razões, tal CPPS não pode, sequer, servir como início de
prova material, não se prestando, assim, a permitir o processamento de justificação
administrativa, uma vez que o início de prova material também deve ser
contemporâneo aos fatos que se deseja provar.
642
Seleção de Acórdãos
Desta feita, não se pode considerar que tal livro – o LRE – tenha sido
extraviado na referida inundação, não possuindo embasamento jurídico a
justificação administrativa procedida nos presentes autos, sendo desprovida de
validade perante a Previdência Social a prova do tempo de serviço em apreço,
visto que desprovida de qualquer embasamento material.
643
Seleção de Acórdãos
644
Seleção de Acórdãos
645
Seleção de Acórdãos
Decisório
646
Seleção de Acórdãos
647
Seleção de Acórdãos
648
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0135.358.345-4
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA LORENA-APSLOR
Nº de Protocolo do Recurso: 35410.001167/2007-25
Recorrente(s): BENEDITA DE FATIMA CONTI SILVA
Recorrido(s): INSS / INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO DE PROFESSORES
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 14/11/2007
Relator(a): ALINE CRISTINA BRAGA AIRES
Relatório
649
Seleção de Acórdãos
É o relatório.
650
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
“(...)
§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão
reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo
de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino
fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998).
651
Seleção de Acórdãos
652
Seleção de Acórdãos
“Art. 61. Observado o disposto no art. 19, são contados como tempo
de contribuição, para efeito do disposto nos §§ 1º e 2º do art. 56: (Redação dada
pelo Decreto nº 4.079, de 2002)
(...)
§ 1º A comprovação da condição de professor far-se-á mediante a
apresentação:
653
Seleção de Acórdãos
654
Seleção de Acórdãos
Por todo o exposto e por tudo o que dos autos consta, VOTO no sentido de,
preliminarmente, CONHECER DO RECURSO, para no mérito, DAR-LHE
PROVIMENTO, reconhecendo o direito da postulante à concessão de aposentadoria
especial de professor previsto § 8º do artigo 201 da Constituição Federal, em face do
cumprimento dos requisitos autorizadores.
Decisório
655
Seleção de Acórdãos
656
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0132.776.223-1
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: RETAGUARDA/BENEFÍCIOS - AGÊNCIA BARBACENA-
RETBEN/APSBBC
Nº de Protocolo do Recurso: 37018.001855/2004-19
Recorrente(s): ELIZABETH MARIA MOREIRA COUTINHO
Recorrido(s): INSS / INSS
Assunto/Espécie Benefício: SALÁRIO MATERNIDADE
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 15/12/2006
Relator(a): PEDRO WANDERLEI VIZÚ
Relatório
É o Relatório.
657
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
Senhora Presidenta, observo, em primeiro lugar, que o acórdão embargado supôs que
bastaria à interessada comprovar a condição de trabalhadora rural no período equivalente
aos últimos dez meses anteriores ao benefício, provavelmente crendo ter suporte no art. 25
da Lei nº 8.213/91:
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência
Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria
especial: 180 contribuições mensais. (Redação dada pela Lei nº 8.870, de 1994)
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11
e o art. 13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26/11/99)
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o
inciso III será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que
o parto foi antecipado. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 26/11/99)
Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, fica
garantida a concessão:
I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio-reclusão
ou de pensão, no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de
atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período, imediatamente anterior ao
requerimento do benefício, igual ao número de meses correspondentes à carência do
benefício requerido; ou
II - dos benefícios especificados nesta Lei, observados os critérios e a forma de cálculo
estabelecidos, desde que contribuam facultativamente para a Previdência Social, na forma
estipulada no Plano de Custeio da Seguridade Social.
Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do salário-
maternidade no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de atividade
rural, ainda que de forma descontínua, nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao do
início do benefício. (Incluído pela Lei nº 8.861, de 1994)
Assim, é pertinente o grifo aposto nos embargos declaratórios (fl. 82), porque ressalta,
desde logo, a imprecisão jurídica presente no acórdão.
Também tem razão o Instituto Nacional do Seguro Social quando argumenta que os
autos comprovam que a interessada deixou de trabalhar no sexto mês, e o acórdão
embargado não poderia sustentar a concessão do benefício na suposta comprovação da
atividade rurícola nos últimos dez meses antes do parto.
658
Seleção de Acórdãos
Vem à mente, então, desde logo, a jurisprudência notória do egrégio Superior Tribunal
de Justiça, que há duas décadas vem julgando que não perde a qualidade de segurado quem
deixa de trabalhar em razão de males incapacitantes – ao que se pode equiparar uma
gravidez com qualquer nível de risco.
Ainda que assim não fosse, quanto ao argumento de que o benefício não seria devido
por haver a interessada parado de trabalhar no sexto mês de gravidez, pondere-se que a lei
deve ser interpretada de modo coerente com a realidade biológica. Querer que uma mulher
grávida trabalhe até o último dia de gestação na roça para fazer jus ao benefício é,
simplesmente, uma exigência absurda que nenhuma interpretação literal justifica.
A combinação do art. 39, I, com o art. 25, III, ambos da Lei 8.213/91 só pode ser
entendida como necessidade de comprovação de que a segurada especial manteve as
condições sócio-econômicas que a levariam, ordinariamente, a ser reconhecida como tal.
Ou será que a lei exige que a segurada especial rurícola, presumivelmente longe da
assistência médica e em atividade laborativa pesada, se sujeite ao risco de um aborto? Ou
vamos interpretar a Lei nº 8.213/91 fingindo desconhecer a realidade da saúde pública
brasileira e o nível de informação da segurada especial, e exigindo da campesina brasileira
que haja com o esclarecimento de fazendeira inglesa? Antes de cobrar isso da segurada
especial rurícola brasileira, parece mais sensato esperar que a saúde pública brasileira se
equipare à da Inglaterra.
A lei não pode ser interpretada de modo que o resultado advindo do seu cumprimento
coloque em risco concreto o seu próprio objetivo, que é a proteção da maternidade. No caso
dos autos, estando provado que a interessada manteve sua inserção no grupo sócio-
econômico que a qualifica como segurada especial, mantendo sua atividade até o sexto mês
de gravidez, não há porque negar, a ela, o benefício de salário-maternidade.
659
Seleção de Acórdãos
Decisório
660
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0107.551.007-1
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: POSTO DO SEGURO SOCIAL EM PATO BRANCO-DESATIVADO
Nº de Protocolo do Recurso: 35199.000097/2007-40
Recorrente(s): FLAVIO BOCCHESE DE LIMA
Recorrido(s): INSS / INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PREVIDENCIÁRIA
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 09/11/2007
Relator(a): PEDRO WANDERLEI VIZÚ
Relatório
661
Seleção de Acórdãos
(fl. 66 e seguintes).
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
662
Seleção de Acórdãos
663
Seleção de Acórdãos
“PREVIDENCIÁRIO. CANCELAMENTO DE
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. SEGURADO ELEITO
VEREADOR. INOBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL.
1. O fato de o segurado titular da aposentadoria por invalidez
estar exercendo mandato eletivo não enseja o cancelamento do
benefício, especialmente quando não comprovada sua recuperação.
2. O ato de cancelamento do benefício sem observar os
princípios do devido processo legal e da ampla defesa autorizam a
impetração do mandado de segurança, por traduzir ato abusivo e ilegal.
3.Recurso especial a que se nega provimento.” (STJ -
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, RESP - RECURSO ESPECIAL –
626988, SEXTA TURMA, Data da decisão: 03/03/2005)
664
Seleção de Acórdãos
665
Seleção de Acórdãos
666
Seleção de Acórdãos
667
Seleção de Acórdãos
Essa era uma solução muito mais adequada para a questão. Com efeito,
apesar de seu deveras discutível vínculo administrativo temporário, o interessado,
em nenhum momento, deixou ser vinculado ao Regime Geral da Previdência
Social e incapaz. Com a cessação do vínculo e a continuidade da incapacidade, a
solução natural seria a retomada dos efeitos da concessão, com a continuidade
das prestações mensais do benefício outrora vigente e que fora suspenso durante
o período do contrato de trabalho.
668
Seleção de Acórdãos
Observo que consta do arts. 155 e 156 da Lei nº 8.213/91 que ela entrou
em vigor na data de sua publicação, tendo revogado, apenas, as disposições a
ela contrárias. Não revogou o art. 120, § 1º do Decreto nº 83.080/79 porque esse
continha disciplinava hipótese nela não prevista. Por sua vez, o Decreto nº 611,
de 21 de julho de 1992, assegurou, em seu art. 295, a aplicação subsidiária do
Decreto nº 83.080/79 até que fosse publicada nova Consolidação dos
Regulamentos dos Benefícios da Previdência Social.
669
Seleção de Acórdãos
É o voto.
Decisório
670
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0115.358.944-0
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA CAMPINAS-APSCAM
Nº de Protocolo do Recurso: 37324.011170/2007-51
Recorrente(s): INSS
Recorrido(s): JOAO CARLOS GONÇALVES/JOAO CARLOS GONÇALVES
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 25/06/2009
Relator(a): GERALDO ALMIR ARRUDA
Relatório
671
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
672
Seleção de Acórdãos
673
Seleção de Acórdãos
Desta feita, deseja o segurado ter sua renda mensal inicial calculada
em parte segundo as regras vigentes antes da mencionada Emenda (exigência
apenas do tempo de contribuição) e, em parte, em conformidade as regras do
citado art. 9º, com o acréscimo de 5% no percentual a incidir sobre o seu salário-
de-benefício.
674
Seleção de Acórdãos
Decisório
675
Seleção de Acórdãos
676
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0138.672.773-0
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: RETAGUARDA/ARRECADAÇÃO - AGÊNCIA VILA VELHA-
RETARR/APSVIL
Nº de Protocolo do Recurso: 35067.003169/2006-25
Recorrente(s): JOSÉ CARLOS BEZERRA
Recorrido(s): INSS / INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA ESPECIAL
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 17/08/2006
Relator(a): PEDRO WANDERLEI VIZÚ
Relatório
677
Seleção de Acórdãos
678
Seleção de Acórdãos
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
679
Seleção de Acórdãos
Não custa lembrar que o erro de contagem, tal qual o apontado, é erro
material típico, que pode e deve ser corrigido de ofício, a qualquer tempo, nos
termos do art. 59 do Regimento Interno do Conselho de Recursos da Previdência
Social:
A contagem que ora junto ao voto computa o período como especial, tal
qual definido no acórdão revisando, mas em sua real extensão, e permite
vislumbrar que o interessado, corrigido o erro material, já faria jus a aposentadoria
especial desde a data de entrada do requerimento.
680
Seleção de Acórdãos
681
Seleção de Acórdãos
682
Seleção de Acórdãos
683
Seleção de Acórdãos
Não há, pois, qualquer dispositivo em nível legal que nos permita
assumir essa interpretação restritiva do instituto do tempo de serviço especial. A
contrário, a legislação de custeio prevê tributação específica para o financiamento
da aposentadoria especial, aplicável à generalidade dos empregadores em cujas
instalações haja exposição, protegida ou não, a agentes nocivos, e que não se
eximem do pagamento do tributo alegando, simplesmente, que fornecem
equipamentos que reduzem ou neutralizam os agentes nocivos.
684
Seleção de Acórdãos
685
Seleção de Acórdãos
686
Seleção de Acórdãos
687
Seleção de Acórdãos
É o voto.
688
Seleção de Acórdãos
Decisório
689
Seleção de Acórdãos
690
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0151.436.803-7
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA UBERABA-APSUBE
Nº de Protocolo do Recurso: 37016.001465/2010-07
Recorrente(s): INSS
Recorrido(s): JOSE GENTIL DA COSTA/JOSE GENTIL DA COSTA
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 12/05/2010
Relator(a): GERALDO ALMIR ARRUDA
Relatório
É o relatório.
691
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
O Recurso é tempestivo.
692
Seleção de Acórdãos
693
Seleção de Acórdãos
“PREVIDENCIÁRIO. RECONHECIMENTO DE
ATIVIDADE ESPECIAL. TERMO FINAL. INAPLICABILIDADE DO
ARTIGO 28 DA LEI N. 9.711/1998. DIREITO ADQUIRIDO.
COMPROVAÇÃO DE SALUBRIDADE DA ATIVIDADE
DESENVOLVIDA. LAUDO PERICIAL E USO EQUIPAMENTO DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL. DESCONSTITUIÇÃO. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 7/STJ.
1. A partir do julgamento do REsp n. 956.110/SP, a
Quinta Turma, em alteração de posicionamento, assentou a
compreensão de que, exercida a atividade em condições especiais,
ainda que posteriores a maio de 1998, ao segurado assiste o
direito à conversão do tempo de serviço especial em comum, para
fins de aposentadoria.
2. Impossibilidade de descaraterizar a salubridade da
atividade reconhecida pelo Tribunal de origem por meio da análise
da prova pericial.
3. No que tange ao uso do EPI - Equipamento de
Proteção Individual, esta Corte já decidiu que não há condições de
chegar-se à conclusão de que o aludido equipamento afasta, ou
não, a situação de insalubridade sem revolver o conjunto fático-
probatório amealhado ao feito. (Súmula n. 7)” (REsp 1108945)
694
Seleção de Acórdãos
Isso posto, não merece acolhida o recurso do INSS, uma vez não
preencher os pressupostos específicos de admissibilidade a que se refere o
parágrafo único do art. 16 do Regimento Interno deste Conselho, aprovado pela
Portaria MPS/Nº 323, de 2007.
Decisório
695
Seleção de Acórdãos
696
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0136.962.077-0
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: RETAGUARDA/BENEFÍCIOS - AGÊNCIA RECIFE-PINA-
RETBEN/APSPIN
Nº de Protocolo do Recurso: 37177.003536/2005-98
Recorrente(s): MARCELO JOSE PIMENTEL TEIXEIRA
Recorrido(s): INSS / INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 14/08/2008
Relator(a): PEDRO WANDERLEI VIZÚ
Relatório
697
Seleção de Acórdãos
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
698
Seleção de Acórdãos
699
Seleção de Acórdãos
É o voto.
700
Seleção de Acórdãos
Decisório
701
Seleção de Acórdãos
702
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0137.657.615-2
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA RANCHARIA-APSRAN
Nº de Protocolo do Recurso: 35424.000227/2008-14
Recorrente(s): MARIA APARECIDA ALVES
Recorrido(s): INSS / INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 15/10/2008
Relator(a): GERALDO ALMIR ARRUDA
Relatório
703
Seleção de Acórdãos
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
704
Seleção de Acórdãos
705
Seleção de Acórdãos
706
Seleção de Acórdãos
707
Seleção de Acórdãos
Decisório
708
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0508.246.620-4
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA PORTO ALEGRE-NORTE-APSPAN
Nº de Protocolo do Recurso: 36138.002832/2004-94
Recorrente(s): INSS
Recorrido(s): MARIA CLAUNICE VENCATO/MARIA CLAUNICE VENCATO
Assunto/Espécie Benefício: AUXÍLIO-DOENÇA PREVIDENCIÁRIO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 15/12/2006
Relator(a): PEDRO WANDERLEI VIZÚ
Relatório
Seu recurso (fl. 5) foi provido pela 24ª Junta de Recursos da Previdência
Social, a qual considerou válidos os recolhimentos relativos às competências
02/2002 a 06/2004, como se verifica no acórdão de fl. 13 e seguintes.
709
Seleção de Acórdãos
que não foi possível, porque a interessada não pode ser localizada (fl. 42).
Todavia, o despacho de fl. 52 informa que a interessada se encontra cadastrada
nos sistemas de informação autárquicos como “doméstica”, desde 26/07/04, com
recolhimentos no código 1600, e que não consta qualquer registro de Carteira de
Trabalho e Previdência Social – CTPS nos autos.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
710
Seleção de Acórdãos
(...)
711
Seleção de Acórdãos
712
Seleção de Acórdãos
“1. O segurado empregado doméstico, desde que atenda aos demais requisitos
previstos em lei, não é obrigado a comprovar o recolhimento das contribuições
para obtenção de benefício no valor mínimo, nos termos do art. 36, da Lei nº
8.213 de 1991.
2. Para que seja concedido benefício em valor superior ao mínimo, em
conformidade com as regras gerais, o segurado empregado doméstico deverá
comprovar o efetivo recolhimento das contribuições relativas ao período de
carência, além do atendimento aos demais requisitos exigidos pela lei de
regência, nos moldes do art. 27, inciso II, da Lei nº 8.213, de 1991.”
713
Seleção de Acórdãos
714
Seleção de Acórdãos
É voto.
715
Seleção de Acórdãos
Decisório
716
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0532.981.797-4
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA MOJI-MIRIM-APSMJM
Nº de Protocolo do Recurso: 35482.001157/2008-27
Recorrente(s): MARIA FERNANDA MONIZ
Recorrido(s): INSS / INSS
Assunto/Espécie Benefício: AMPARO SOCIAL AO IDOSO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 18/02/2009
Relator(a): CELEIDA MÁRCIA DOS SANTOS
Relatório
É o Relatório.
717
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
718
Seleção de Acórdãos
Decisório
719
Seleção de Acórdãos
720
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0136.203.996-6
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA BELO HORIZONTE-PADRE EUSTÁQUIO-APSBPE
Nº de Protocolo do Recurso: 36518.001369/2005-70
Recorrente(s): MODESTO DOS SANTOS FILHO
Recorrido(s): INSS / INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 08/05/2008
Relator(a): PEDRO WANDERLEI VIZÚ
Relatório
721
Seleção de Acórdãos
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
722
Seleção de Acórdãos
C1 + C2 + C3 ___________________ +Cn
T1 T2 T3 Tn
723
Seleção de Acórdãos
Decisório
724
Seleção de Acórdãos
725
Seleção de Acórdãos
726
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0137.681.246-8
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA CONSELHEIRO LAFAIETE-APSCLF
Nº de Protocolo do Recurso: 37020.000070/2007-14
Recorrente(s): PAULO DA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA
Recorrido(s): INSS / INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 02/02/2007
Relator(a): PEDRO WANDERLEI VIZÚ
Relatório
A Perícia Médica autárquica observou, à fl. 20, que não existe “exposição
habitual e permanente a microorganismos e parasitas infecto-contagiantes” para a
função de auxiliar de obras, mas que “A legislação permite enquadramento do trabalho
permanente na coleta e industrialização do lixo urbano”.
727
Seleção de Acórdãos
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
728
Seleção de Acórdãos
1 BIOLÓGICOS
.3.0
1 CARBÚNCULO, Trabalhos Insalubre 25 J
.3.1 BRUCELA MORNO E permanentes expostos ao contato anos ornada
TÉTANO direto com germes infecciosos - normal.
Operações Assistência Veterinária, serviços Art. 187
industriais com animais ou em matadouros, cavalariças e CLT.
produtos oriundos de outros. Portaria
animais infectados. Ministerial
262, de
6-8-62.
1 GERMES Trabalhos Insalubre 25 J
.3.2 INFECCIOSOS OU permanentes expostos ao contato anos ornada
PARASITÁRIOS HUMANOS - com doentes ou materiais infecto- normal
ANIMAIS contagiantes - assistência médico, ou
Serviços de odontológica, hospitalar e outras especial
Assistência Médica, atividades afins. fixada em
Odontológica e Hospitalar Lei. Lei
em que haja contato nº 3.999,
obrigatório com organismos de 15-12-
doentes ou com materiais 61. Art.
infecto-contagiantes. 187 CLT.
Portaria
Ministerial
262, de
6-8-62.
2 ESCAVAÇÕES Trabalhadores em Insalubre 20 J
.3.1 DE SUPERFÍCIE - POÇOS túneis e galerias. Perigoso anos ornada
normal
ou
especial,
fixada em
Lei.
Artigo
295. CLT
729
Seleção de Acórdãos
730
Seleção de Acórdãos
731
Seleção de Acórdãos
Decisório
732
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0105.144.187-8
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA BELEM-COSTA E SILVA-APSBCS
Nº de Protocolo do Recurso: 36162.000018/2006-83
Recorrente(s): INSS
Recorrido(s): PAULO SERGIO DE MONTEIRO REIS/PAULO SERGIO DE
MONTEIRO REIS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 10/02/2006
Relator(a): PEDRO WANDERLEI VIZÚ
Relatório
É o Relatório.
733
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
É o Relatório.
734
Seleção de Acórdãos
735
Seleção de Acórdãos
736
Seleção de Acórdãos
Deve se ter em mente que o disposto no inciso II, acima citado, não
significa, a impossibilidade absoluta de cômputo de períodos concomitantes e
sim que esses períodos concomitantes não poderão ser considerados para
efeito de benefício em um mesmo e único regime. A respeito, preleciona Marina
Vasquez Duarte, em “Direito Previdenciário”, Ed. Verbo Jurídico, 3ª edição, pg.
151:
“Essas duas hipóteses têm de ser analisadas com cuidado, pois se,
por exemplo, o segurado foi professor do ensino público e privado ao mesmo
tempo durante anos, por óbvio, fará jus a duas aposentadorias: uma no regime
de previdência do funcionário público e outra no RGPS.”
737
Seleção de Acórdãos
738
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
740
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
744
Seleção de Acórdãos
745
Seleção de Acórdãos
uma vez que o vínculo de natureza previdenciária não pode ser dividido em
várias partes para efeito de contagem recíproca, tendo em vista o que foi
disciplinado pelo art. 96 da Lei 8.213/1991.”
746
Seleção de Acórdãos
747
Seleção de Acórdãos
“Art. 2º (...)
Parágrafo único.Nos processos administrativos serão observados,
dentre outros, os critérios de:
(...)
XIII – interpretação da norma administrativa da forma que melhor
garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação
retroativa de nova interpretação.” (destaquei).
É o voto.
Decisório
748
Seleção de Acórdãos
749
Seleção de Acórdãos
750
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0129.828.366-0
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA NOVA FRIBURGO-APSNOV
Nº de Protocolo do Recurso: 35319.002719/2007-61
Recorrente(s): SEBASTIÃO FIEL
Recorrido(s): INSS / INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 15/02/2008
Relator(a): GERALDO ALMIR ARRUDA
Relatório
É o relatório.
751
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
752
Seleção de Acórdãos
753
Seleção de Acórdãos
Decisório
754
Seleção de Acórdãos
755
Seleção de Acórdãos
756
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0109.371.315-9
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA MANAUS-CENTRO-APSMAC
Nº de Protocolo do Recurso: 35011.003594/2004-06
Recorrente(s): SIDNEY PAES MONTEIRO
Recorrido(s): INSS / INSS
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 23/05/2005
Relator(a): PEDRO WANDERLEI VIZÚ
Relatório
757
Seleção de Acórdãos
É o relatório.
758
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Voto
759
Seleção de Acórdãos
É o voto.
760
Seleção de Acórdãos
Decisório
761
Seleção de Acórdãos
762
Seleção de AcórdãoS
Documento: 0000.000.000-0
Tipo do Processo: BENEFíCIO
Unidade de Origem: AGÊNCIA UBERLÂNDIA-APSUBE
Nº de Protocolo do Recurso: 36958.004847/2007-86
Recorrente(s): INSS
Recorrido(s): VALDIRENE FERREIRA DA COSTA SILVA/VALDIRENE
FERREIRA DA COSTA SILVA
Assunto/Espécie Benefício: PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA
Data de Entrada no(a) JR/CRPS: 19/03/2010
Relator(a): GERALDO ALMIR ARRUDA
Relatório
763
Seleção de Acórdãos
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Voto
764
Seleção de Acórdãos
765
Seleção de Acórdãos
766
Seleção de Acórdãos
vigente este prazo, não correu e nem poderia correr a prescrição em face do
disposto no inciso II do art. 199 do Código Civil, segundo o qual não corre a
prescrição enquanto não vencido o prazo.
767
Seleção de Acórdãos
Decisório
768
Seleção de Acórdãos
Relatório
O Sr. OVÍDIO DE CAMARGO, requereu e lhe foi concedido em 11/12/1981, o benefício Auxílio
Acidente, conforme Documento de fls. 11.
O interessado apresentou sua defesa, fls. 19, a qual foi considerada insuficiente,
conforme Relatório Conclusivo de fls. 25, sendo o benefício suspenso. Intimado o interessado,
por meio do Ofício nº 1953/2009.
Irresignado, o interessado interpôs recurso a uma das Câmaras de Julgamento deste Conselho,
requerendo a reforma da decisão, conforme razões aduzidas às fls. 46.
É o relatório.
769
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 14/03/2011 para sessão nº 83/2011 de 23/03/2011 às 14:00.
Voto
EMENTA: AUXÍLIO-ACIDENTE - ACIDENTE DO TRABALHO.
POSSIBILIDADE DE ACUMULAÇÃO DO BENEFICIO
AUXÍLIO-ACIDENTE COM APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO.
APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE À ÉPOCA DA SUA CONCESSÃO.
DIREITO ADQUIRIDO. APLICAÇÃO DAS DISPOSIÇÕES CONTIDAS NA
SÚMULA 44 DA ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO, APLICÁVEL AO CASO.
2- POSSIBILIDADE DE MANUTENÇÃO DO BENEFÍCIO. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO:
O recurso é tempestivo, nos termos do § 1º do art. 305 do RPS, aprovado pelo Dec. nº 3048/99.
Conforme relatado, tratam os autos de benefício Auxílio Acidente, suspenso por acumulação indevida
com aposentadoria no Regime Próprio de Previdência Social, em razão da averbação automática do tempo de RGPS
para o RPPS.
O citado benefício foi mantido no artigo 86 da Lei nº 8213/91, que em sua redação original, também, em
seu § 1º mantinha que o auxílio-acidente era mensal e vitalício.
Somente com a alteração introduzida no citado artigo (§ 2º) pela MP nº 1596-14, de 10/11/1997, é que é
vedada a acumulação do referido benefício com qualquer aposentadoria.
Como se confirma na legislação que validou a concessão do auxílio-acidente em questão, o benefício foi
concedido como vitalício, não podendo ser cessado em face de legislação posterior, sob pena de ofensa ao princípio
770
Seleção de Acórdãos
do direito adquirido, consubstanciado no inciso XXXVI do artigo 5º da Constituição Federal em vigor, segundo o
qual a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
Além disso, no presente caso, é aplicável o entendimento contido na Súmula nº 44 da AGU, segundo o
qual é permitida a acumulação do benefício auxílio-acidente com benefício de aposentadoria, quando a consolidação
das lesões, que resulte em seqüelas definitivas tiver ocorrido até 10/11/1997, inclusive, dia imediatamente anterior a
entrada em vigor da MP nº 1596-14, convertida na Lei nº 9528/97 que passou a vedar tal acumulação.
Pelo exposto;
771
Seleção de Acórdãos
772
Seleção de Acórdãos
Nº. de Protocolo do
37367.001254/2008-61
Recurso:
Unidade de Origem: PROTOCOLO GERAL/GEX IRAJÁ
Documento: 0082.808.119-0
Recorrente: INSS
Recorrido: OSMAR FERNANDES NEVES/Décima Junta de Recursos
ABONO DE PERMANÊNCIA EM SERVIÇO - 20% (30 ANOS DE
Assunto/Espécie Benefício:
SERVIÇO)
Relator(a): LENI CÂNDIDA ROSA
Relatório
O INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL recorre da decisão da 10ª Junta de Recursos da
Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro - 10ªJRPS/RJ proferida no processo de interesse do segurado
OSMAR FERNANDES NEVES.
Verificado o pagamento indevido do abono, o segurado foi notificado para a devolução dos valores
recebidos indevidamente, descontado o período atingido pela prescrição qüinqüenal.
Em sua decisão o Colegiado entendeu que, sendo a aposentadoria por tempo de serviço paga por
Regime Próprio de Previdência e não pelo RGPS, a sua acumulação com o abono de permanência era compatível,
devendo o benefício ser restabelecido.
No recurso a uma das Câmaras de Julgamento deste Conselho, a Autarquia contesta a decisão,
alegando que de acordo com a legislação que permite a contagem recíproca do tempo de
contribuição, a manutenção do abono de permanência com a aposentadoria não poderá ser
admitida no caso de aproveitamento do tempo de serviço / contribuição de um regime para outro;
que no presente caso, ao emitir a CTC para o segurado com a finalidade de aproveitamento do
tempo de contribuição do RGPS para o RPPS, o abono deveria ter sido cessado.
Observa a Autarquia que, conforme consta da CANSB – Consolidação dos Atos Normativos
Sobre Benefício (Capítulo VI, subitem 2.4.2) se o segurado estiver em gozo de abono de
permanência em serviço e requerer Certidão de Tempo de Serviço / Contribuição referente ao
773
Seleção de Acórdãos
tempo de atividade privada para efeito de aposentadoria como funcionário público (federal,
estadual ou municipal) poderá ser atendido na sua pretensão desde que renuncie expressamente
ao abono, requerendo o seu cancelamento.
O segurado, por procurador, apresentou contra-razões discorrendo sobre a legislação que entende
pertinente à matéria tratada para, em síntese, solicitar a manutenção da decisão recorrida.
É o Relatório.
Peço inclusão em Pauta.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 16/06/2010 para sessão nº 269/2010 de 21/06/2010 às 16:00.
Voto
EMENTA: ABONO DE PERMANÊNCIA EM SERVIÇO - 20% (30 ANOS DE
SERVIÇO). ABONO DE PERMANÊNCIA EM SERVIÇO. ACUNULAÇÃO
COM APOSENTADORIA ESTATUTÁRIA ONDE FOI APROVEITADO
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO PARA O RGPS CERTIFICADO PELA
AUTARQUIA. IMPOSSIBILIDADE DE ATENDIMENTO DA PRETENSÃO
DO SEGURADO. BENEFÍCIO MANTIDO DEPOIS DA EMISSÃO DA CTC.
FUNDAMENTAÇÃO NO ARTIGO 96, INCISO III DA LEI 8.213/91 E NO
ARTIGO 4º DO DECRETO 3.112 DE 06 DE JULHO DE 1999, ALTERADO
PELO DECRETO 3.217/99. . RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO:
O entendimento expresso pelo Colegiado na primeira instância deste Conselho não tem respaldo da
legislação. Realmente seria possível acumular os dois benefícios (abono e aposentadoria) se não tivesse havido
aproveitamento do mesmo tempo de contribuição vertido para o RGPS na aposentadoria no RPPS.
No caso em exame, cabe observar o contido na Lei 8.3213/91, no capítulo que trata da contagem
recíproca de tempo de contribuição:
774
Seleção de Acórdãos
Como o segurado ao requerer a CTC estava recebendo abono de permanência em serviço, embora
a aposentadoria fosse pleiteada junto ao RPPS, estava utilizando o mesmo tempo de contribuição nos dois
regimes, o que é vedado pela legislação como se vê no dispositivo transcrito.
O Decreto 3.112, de 06 de julho de 199, que regulamentou a Lei 9.796 de 05 de maio de 199, que
trata da compensação financeira, com as alterações do Decreto 3.217/99, determina:
Assim, estabelecida a pretensão do segurado de utilizar o tempo de contribuição certificado pelo INSS
no RPPS, deixou de haver aqui, um tempo de contribuição disponível para a manutenção do abono, o que só teria
ocorrido se o tempo certificado fosse posterior à concessão do abono.
A CANSB já admitia a emissão da CTC nos casos em que o segurado estivesse recebendo abono de
permanência em serviço, visto que, desde que ele solicitasse o cancelamento do abono para passar a receber a
aposentadoria utilizando o mesmo tempo de contribuição.
775
Seleção de Acórdãos
Assim, a decisão da Autarquia é respaldada na legislação que rege a matéria, devendo ser verificado o
meio para a devolução dos valores recebidos indevidamente, na forma prevista no Regulamento da Previdência
Social, respeitando-se a prescrição qüinqüenal, devendo ser autorizado o parcelamento do débito na forma do artigo
154, § 2º, do RPS, se assim requerer o segurado, já que não há nos autos comprovação de existência de fraude ou má
fé.
Posto Isto e,
776
Seleção de Acórdãos
Relatório
Retornam os autos, em razão de propositura de ação judicial com o mesmo objeto
do recurso administrativo, conforme se pode verificar, às fls. 153 a 159.
Tratam os autos de pedido de cancelamento da Aposentadoria por Tempo de
Serviço concedida, em 28/04/98, ao segurado Mário Fernandes da Cunha, conforme Carta de
Concessão às fls. 116.
Em 15/04/2009, o segurado protocolizou um pedido de cancelamento da
aposentadoria, pelos motivos expostos às fls. 40 a 50, para imediata implantação da
Aposentadoria Especial, por ser mais vantajosa.
O Instituto Nacional do Seguro Social-INSS indeferiu o pedido de desistência em
questão, com base no artigo 181-B do Decreto nº 3.048/99. (fls. 126)
Ciente da decisão, o interessado recorreu à 7ª Junta de Recursos da Previdência
Social do Estado de Minas Gerais – 7ª JRPS/MG, que negou provimento ao recurso a ela
interposto. (fls. 137/138)
Em recurso a uma das Câmaras de Julgamento deste Conselho, o interessado alegou
que, em 15/04/2009, protocolou seu pedido de renúncia do benefício Aposentadoria por Tempo
de Serviço, para a concessão da Aposentadoria Especial, uma vez que exerceu atividade especial
por mais de 30 anos, até 15/04/2008. Requereu a reforma da decisão.
Esta Câmara de Julgamento, pelo acórdão 4366/2010, deu provimento ao recurso do
interessado, reconhecendo o direito ao cancelamento do benefício que vinha recebendo e a
transformação da espécie 42 para 46.
O INSS recorreu da decisão, alegando que o acórdão infringiu a legislação
previdenciária que rege a matéria e informou que o segurado propôs ação judicial com o mesmo
objeto do processo administrativo.
O segurado não foi notificado do recurso da Autarquia.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 08/02/2011 para sessão nº 45/2011 de 15/02/2011 às 16:00.
Voto
777
Seleção de Acórdãos
Conforme consta dos autos, o segurado propôs ação judicial com o mesmo objeto do
recurso administrativo.
Pelo dispositivo citado, deve haver a renúncia tácita ao direito de recorrer na esfera
administrativa, aplicando-se ao caso, o disposto no artigo 53 da Portaria Ministerial nº 323, de
27/08/2007:
I- conversão em diligência;
II- não conhecimento;
III- conhecimento e não provimento;
IV- conhecimento e provimento parcial;
V- conhecimento e provimento; e
VI- anulação.
Dessa forma, o recurso do interessado não deve ser conhecido, nos termos dos
dispositivos citados.
Ante o exposto e,
CONCLUSÃO: VOTO no sentido de anular o acórdão 4366/2010, de fls.149 a 151, NÃO CONHECER DO
RECURSO DO INTERESSADO, por perda do objeto.
778
Seleção de Acórdãos
779
Seleção de Acórdãos
780
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata-se de revisão periódica de benefício Amparo Social ao Deficiente previsto no artigo 21 da Lei nº
8.742/93, cujo benefício concedido a IEDA GOMES FERREIRA foi mantido desde 25/09/1998.
O Instituto Nacional do Seguro Social – INSS em fase de reavaliação bianual constatou que as
condições de origem não foram mantidas, motivo de cessação do benefício (fls.35/36).
O Instituto (fls.36) informou a requerente que o amparo social não seria mantido, haja vista, renda per
capita familiar superior a um quarto de salário mínimo.
No Relatório sobre a Composição do Grupo e Renda Familiar (fls.18/19) consta que a Interessada vive
com sua mãe que possui renda mensal de um salário mínimo proveniente de amparo previdenciário rural por idade
desde 1986 (fls.24).
A requerente, notificada, apelou à 5ª Junta de Recursos da Previdência Social no Distrito Federal que
negou provimento ao recurso, conforme Acórdão de fls.39/41.
No recurso a uma das Câmaras de Julgamento deste Conselho, a mãe da interessada alegou idade
avançada (93 anos de idade), com renda familiar proveniente de amparo ao idoso, insuficiente para seu sustento e de
sua filha.
È o Relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 17/01/2011 para sessão nº 29/2011 de 25/01/2011 às 16:01.
781
Seleção de Acórdãos
Voto
EMENTA: AMPARO SOCIAL PESSOA PORTADORA DEFICIÊNCIA.
ATENDIDOS OS REQUISITOS ESTABELECIDOS NO ARTIGO 20 DA LEI Nº
8.742/93 E LEI Nº 10.741/2003. O BENEFÍCIO ASSISTENCIAL DEVE SER
RESTABELECIDO.. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO
Recurso tempestivo. Interposto no prazo de trinta dias previsto no § 1º do artigo 305 do Regulamento
da Previdência Social - RPS, aprovado pelo Decreto nº.3.048/99.
Trata-se de revisão periódica de benefício Amparo Social ao Deficiente nos termos previstos no Inciso
V do artigo 203 da Constituição Federal e artigos 20 e 21 da Lei nº 8.742/93.
O artigo 21 da Lei nº 8.742/93 estabelece o prazo de dois anos para revisão e avaliação da continuidade
das condições que deram origem ao benefício.
O Amparo Social é considerado Benefício de Prestação Continuada – BPC com valor fixado em um
salário mínimo, garantido à pessoa deficiente ou idosa com idade mínima de 65 anos, que comprovem não possuir
meio de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, ou seja, renda mensal per capita inferior a
¼ do salário mínimo, nos termos da Lei nº 8.742/93, com as alterações posteriores (Lei nº 9.720/98, Decreto nº
1.744/95 revogado pelo Decreto nº 6.214 de 26/09/2007).
Verifica-se que o INSS suspendeu o benefício em razão de considerar para fins de cálculo da renda per
capita familiar, o valor do amparo social ao idoso recebido pela genitora da requerente.
Conforme consta dos autos, o grupo familiar da requerente é composto por duas pessoas que
sobrevivem com a renda recebida pela genitora.
Convém salientar que o § único do artigo 34 da Lei nº 10.741/2003 estabelece que o valor do Amparo
Social concedido ao idoso do grupo familiar não deve ser considerado para fins de apuração da renda per capita a
que se refere à Lei nº 8.742/93 (Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS).
Nos termos do artigo 20 da Lei nº 8.742/93 e artigo 16 da Lei nº 8.213/91, o grupo familiar é o
conjunto de pessoas que vivem sob o mesmo teto, assim entendido, o requerente; o cônjuge; a companheira; o
companheiro; o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido; os pais e o irmão não
emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido.
Dessa forma, o valor recebido a título de amparo social ao idoso deve ser excluído da composição de
renda do grupo familiar da requerente para fins deste benefício, o que nos leva a considerar nos termos da Lei de
regência que a requerente necessita da proteção do Estado para sobrevivência. Assim, deve-se restabelecer o
benefício previsto no artigo 20 da Lei nº 8.742/93.
CONCLUSÃO
782
Seleção de Acórdãos
Decisório
Nº. do Acórdão: 464/2011
783
Seleção de Acórdãos
784
Seleção de Acórdãos
Nº. de Protocolo do
37216.004639/2002-57
Recurso:
Unidade de Origem: SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO DA REVISÃO DE DIREITOS
Documento: 0111.079.584-7
Recorrente: INSS
CARLOS CARVALHO MENDONÇA/Décima Segunda Junta de
Recorrido:
Recursos
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA ESPECIAL
Relator(a): PAULO SÉRGIO DE CARVALHO COSTA RIBEIRO
Relatório
CARLOS CARVALHO MENDONÇA teve deferida, em abril de 2000,
solicitação de concessão de aposentadoria por tempo de contribuição.
785
Seleção de Acórdãos
Contra essa decisão do órgão plural de origem, o INSS, por meio do Serviço de
Orientação da Revisão de Direitos da Gerência Executiva (Centro) do Rio de Janeiro, interpôs
Recurso Especial postulando a reforma do julgado, argumentando que a conclusão da diligência
fiscal realizada pela entidade previdenciária foi taxativa no sentido de que o segurado "não
exerceu atividades diretamente nas obras" (cf. fls. 136).
786
Seleção de Acórdãos
787
Seleção de Acórdãos
Muito embora tenha partido do próprio segurado que lhe fosse deferida
oportunidade de apresentar os citados documentos, isso não foi concretizado, sendo que em
petição dirigida ao Presidente do CRPS - e não à 4ª CAJ - , o segurado altera sua
argumentação e sustenta jamais ter afirmado ter laborado em condições especiais no período
compreendido entre 12.05.1964 a 07.08.1980.
Ao final, o segurado pinça trechos que lhe foram favoráveis de uma e outra
decisão e, com fundamento no Despacho de nº. 62/2006, da DAJ/CRPS, requer o reconhecimento
do direito adquirido à conversão pretendida com a conseqüente transformação de sua
aposentadoria para a espécie especial.
Com a nova remessa dos autos à DAJ/CRPS, este órgão, adotando como correta a
decisão da 12ª JR/RJ, efetua contagem de tempo de contribuição do segurado e conclui estar
configurado o direito adquirido à conversão (Informação JMC nº. 12/2009).
Era o que tinha, de substancial, a relatar, sendo que para uma melhor compreensão
da matéria, apresenta-se a seguinte planilha retratando a situação atual do feito:
788
Seleção de Acórdãos
REFORMOU EM PARTE O
ACÓRDÃO Nº. 3.710/2002, DA 12ª
JR/RJ.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 23/06/2009 para sessão nº 267/2009 de 24/06/2009 às 14:01.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA ESPECIAL. SUA TRANSFORMAÇÃO EM
ESPECIAL MEDIANTE A CONVERSÃO DE TEMPO COMUM EM
ESPECIAL. IMPOSSIBILIDADE.. RECURSO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO
PRELIMINAR
Por outro lado, o mesmo responsável pela Informação JMC nº. 12/2009 afirmou,
na parte final, que:
789
Seleção de Acórdãos
MÉRITO
O CASO CONCRETO
A IMPOSSIBILIDADE DE CONVERTER-SE O PERÍODO ENTRE 1964 A 1980
Tratava-se de benefício que se distinguia dos demais por trazer um novo conceito
ao referir-se a atividades perigosas, penosas ou insalubres, bem como exigia, no momento de sua
criação, uma carência maior e a idade mínima de 50 anos, o que se modificou com o decorrer
do tempo.
Posteriormente foi editado o Decreto nº. 63.230, de 10.09.1968, que assim dispôs
acerca da aposentadoria especial:
790
Seleção de Acórdãos
Foi precisamente com a edição do Decreto nº. 63.230/68 que surgiu, pela
primeira vez na legislação brasileira, o instituto da conversão, sendo que a teor da norma
transcrita, somente era possível a conversão de tempo especial para especial.
Com o Decreto nº. 83.080, de 24.01.79, que aprovou o novo Regulamento dos
Benefícios da Previdência Social, o instituto da conversão foi mantido nos mesmos termos em
que criado, permanecendo assim apenas a possibilidade de conversão de tempo especial para
especial.
Em 10.12.1980, foi promulgada a Lei nº. 6.887, cujo art. 2º fez incluir o § 4º no
art. 9º da Lei nº. 5.890, de 08.06.1973, sendo o seguinte o teor da norma inserida:
791
Seleção de Acórdãos
A Lei nº. 6.887/80 é considerada um marco, pois pela primeira vez na história do
ordenamento jurídico previdenciário o tempo de serviço realizado alternadamente em atividades
comuns e atividades especiais poderia ser convertido. Ou seja, foi por meio desta norma que
surgiu a conversão de serviço comum para especial, bem como a conversão de serviço especial
para comum, podendo ser efetuada, após a respectiva conversão, a soma dos diversos tempos
para a obtenção de aposentadoria de qualquer espécie.
Em decorrência da nova situação trazida pela Lei nº. 6.887/80, foi baixado o
Decreto nº. 87.374/82, regulamentando o assunto, sendo que com o Decreto nº. 89.312, de
13.01.1984, foi expedida uma nova edição da Consolidação das Leis da Previdência Social, cujo
art. 35, § 2º continuou a autorizar a conversão de tempo de serviço comum para especial, bem
como especial para comum para a obtenção de qualquer tipo de aposentadoria:
"Art. 35 - ...........................................................................................
...........................................................................................................
§ 2º - Quando o segurado tiver trabalhado em duas ou mais atividades penosas,
insalubres ou perigosas, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo que
lhe corresponda para fazer jus à aposentadoria especial, ou quando tiver
exercido alternadamente essas atividades e atividades comuns, os respectivos
períodos serão somados, aplicada a Tabela de Conversão seguinte:
condicionado ao afastamento de todas as atividades".
792
Seleção de Acórdãos
Decreto nº. 611, de 21.07.92, sendo que em ambos o instituto da conversão esteve previsto, com
expressa menção à possibilidade de converter-se tempo comum para especial.
Todavia, a Lei nº. 9.032, de 28.04.95, trouxe modificações ao texto da Lei nº.
8.213/91, dando nova redação ao § 3° e incluindo o § 5° no art. 57. Confira-se:
Infere-se, sem muita dificuldade, que pela nova redação do art. 57 da Lei nº.
8.213/91, já não seria possível a conversão de tempo comum em especial , o que era
plenamente possível nos termos da redação original da mencionada norma. Ou seja, a
possibilidade de conversão de atividades consideradas especiais para tempo de serviço comum e
também de atividades comuns para tempo de serviço especial, para efeito da concessão da
aposentadoria especial vigeu até a promulgação da Lei nº. 9.032, o que ocorreu em abril de 1995.
793
Seleção de Acórdãos
Com efeito, no DSS de fls. 74, concernente ao período 08/80 a 01/82, consta a
informação de que o segurado laborava na Superintendência de Implantação do Projeto Carajás,
cuja sede localizava-se na cidade do Rio de Janeiro.
Do mesmo modo, o DSS de fls. 75, referente ao período entre 01.05.82 a 30.06.85
, assinala que a atividade profissional do segurado estava vinculada não às obras do Projeto,
cabendo-lhe, isto sim, a assistência de estudos e projetos, situação que, ao meu sentir, não
permite o enquadramento por categoria profissional, que exige o desempenho dos encargos de
engenheiro civil junto ao canteiro de obras.
Cabe também assinalar que o segurado esteve igualmente afastado das obras de
engenharia no período entre 01.07.85 a 07.04.87, ocasião em que laborava na cidade do Rio
de Janeiro, ocupando a função de Gerente de Divisão de Avaliação e Medições, cuja jornada
passava ao largo das obras.
794
Seleção de Acórdãos
Nessa linha de pensamento, constata-se que o segurado, durante toda a sua vida
funcional, embora portador de diploma de engenheiro civil, não desempenhou suas atividades
diretamente nos canteiros das obras, mas esteve em funções burocráticas, que embora nobres, não
permitem o enquadramento na forma prevista em lei.
CONCLUSÃO
795
Seleção de Acórdãos
796
Seleção de Acórdãos
Relatório
Tratam os autos de Revisão da Renda Mensal Inicial – RMI de Aposentadoria por Tempo de
Contribuição concedida ao Senhor MOISES LAURINDO, em 16/11/98.
O INSS cumpriu o Acórdão, todavia, na fase de liberação do PAB constatou divergência no salário de
contribuição do requerente em relação às competências 09/96, 09/97, 04/98 e 07/98 registradas no Cadastro
Nacional de Informações Sociais - CNIS, bem como, não constaram os salários de contribuição do período 01/96 a
12/96 e de 05/96 a 08/96, sendo considerado o valor do salário mínimo.
O benefício foi revisto para alteração do salário de contribuição do Período Básico de Cálculo – PBC,
tendo em vista as divergências salariais em relação ao CNIS e cujo resultado de pesquisa externa fora infrutífera –
empresas não localizadas (fls.191/195.
O requerente notificado pelo INSS tomou ciência da revisão e do complemento negativo em razão de
redução no valor da RMI de R$ 314,56 para R $ 276,43 cujo débito a ser descontado do benefício na proporção de
30 % até a quitação do montante apurado.
O Interessado recorreu à 13ª Junta de Recursos da Previdência Social no Estado de São Paulo que
negou provimento ao recurso, conforme Acórdão de fls.216/218.
É o Relatório.
797
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 15/02/2011 para sessão nº 57/2011 de 22/02/2011 às 17:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO/REVISÃO DA RMI
COM BASE NAS INFORMAÇÕES DO CNIS. OS PROCEDIMENTOS DE
REVISÃO ENCONTRAM-SE DE ACORDO COM O PREVISTO NOS
ARTIGOS 29 E 135 DA LEI Nº 8.213/91 E ARTIGO 214 DO RPS/DECRETO Nº
3.048/99. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO
Recurso tempestivo conforme § 1º do artigo 305 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo
Decreto nº.3.048/99.
As condições para cálculo do salário de benefício e revisão daqueles benefícios em manutenção estão
previstas nos artigos 28, 29 e 41 da Lei nº 8.213/91.
Conforme consta do Relatório, o INSS realizou pesquisa externa (fls.191/195) a fim de esclarecimento
em relação ao salário informado pelas empresas acerca das competências 09/96, 09/97, 04/98 e 07/98, bem como,
ausência de informação do período 01/96 a 12/96 e de 05/96 a 08/96, no entanto, as empresas não foram localizadas
e o requerente alegou impossibilidade de localizar tais empregadores, razão que levou o INSS a considerar as
informações do CNIS para as competências 09/96, 09/97, 04/98 e 07/98 e considerou o valor do salário mínimo para
o período sem registro de salário de contribuição, fato que gerou apuração de RMI inferior àquela fixada na
concessão do benefício.
De acordo com a legislação previdenciária as informações do CNIS servem como prova de vínculo e
remuneração para fins de cálculo do salário de contribuição, comprovação de filiação ao RGPS, tempo de
contribuição e relação de emprego.
Para melhor entendimento transcrevemos a norma prevista no artigo 29 e 135 da Lei nº 8.213/91:
Art. 29-A.- O INSS utilizará as informações constantes no Cadastro Nacional de Informações Sociais –
CNIS sobre os vínculos e as remunerações dos segurados, para fins de cálculo do salário-de-benefício,
comprovação de filiação ao Regime Geral de Previdência Social, tempo de contribuição e relação de emprego
Alterado pela Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006
798
Seleção de Acórdãos
Quanto à prescrição argüida no recurso do Interessado não se aplica ao caso em análise, pois, na
liberação do PAB – Pagamento Alternativo de Benefício iniciou a lide da revisão do benefício, primeiro em relação
à atividade especial no período de 16/09/75 a 06/12/78, encerrado com o Acórdão desta CAJ em 18/01/2006
(fls.144/146) e, depois, em relação ao Salário de Contribuição, ora em debate.
Portanto, não ocorreu decurso de prazo decadencial e /ou prescricional previsto no artigo 103 da Lei nº
8.213/91.
Sendo assim, a revisão processada pelo INSS, ocorreu em consonância com os artigos 29 e 135 da Lei
nº 8.213/91, bem como artigo 214 do Regulamento da Previdência Social aprovado pelo Decreto nº 3.048/9.
Em relação ao débito apurado pelo INSS deve ser descontado ate a liquidação total na proporção de
dez por cento do benefício ativo, na forma prevista no artigo 115 da Lei nº 8.213/91.
799
Seleção de Acórdãos
800
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata-se de suspensão de benefício Aposentadoria por Idade em razão de falhas no processo
concessório, conforme Despacho do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS (fls.4391/93).
O INSS notificou a requerente para defesa (fls.74) com o fim de comprovar a regularidade na
documentação que embasou a concessão do benefício, sendo apresentados pela requerente os documentos
(fls.75/110) em que alegou a condição de trabalhadora rural em regime de economia familiar como pequena
proprietária de terra. Salientou que o finado esposo até o ano de 1994 era caracterizado como Empregador Rural e a
partir de 1995 passou à condição de Lavrador.
O INSS após análise dos fatos (fls.113/115) considerou as provas insuficientes para manutenção do
benefício, sendo levantado o montante do débito a ser ressarcido pela requerente à Previdência Social (fls.120/121),
ofertando-lhe o direito de recurso contra a decisão.
801
Seleção de Acórdãos
A Interessada apelou a uma das Câmaras de Julgamento deste Conselho alegando que demonstrou com
clareza que sempre laborou na roça de onde retirou o sustento familiar. Salientou que o benefício foi concedido com
base nos documentos da atividade rural, sem que tivesse a intenção de infringir a legislação previdenciária. Solicitou
que fosse reformada a decisão da 6ª JRPS/GO, reiterando convicção de ter comprovado os requisitos à manutenção
do benefício.
O INSS em contra-razões alegou que a requerente não comprovou que o trabalho foi exercido como
Segurada Especial.
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 16/02/2011 para sessão nº 63/2011 de 23/02/2011 às 14:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA POR IDADE. REVISÃO ADMINISTRATIVA.
NÃO COMPROVADOS OS REQUISITOS ESTABELECIDOS NOS ARTIGOS
142 E 48 DA LEI Nº 8.213/91, O BENEFÍCIO NÃO DEVE SER MANTIDO..
RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO:
Trata-se Aposentadoria por Idade, em procedimento de revisão administrativa pelo INSS, com base no
que determina o artigo 179 do RPS/Decreto nº 3.048/99
A legislação que rege a matéria está prevista nos artigos 11, 55 e 106 da Lei nº 8.213/91 e artigos 9º e
62 do RPS/Decreto nº 3.048/99.
O VII do artigo 11 da Lei nº 8.213/91 estabelece como segurado especial: “a pessoa física residente
no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia
familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de “ (...);
No caso de Aposentadoria por Idade, o Parecer MPS/CJ nº 3.136/2003 reconhece que as informações
sobre a profissão rurícola citadas em registros públicos e outros servem como início de prova material do trabalho
802
Seleção de Acórdãos
agrícola, desde que os elementos probatórios formem um conjunto harmônico da prestação dos serviços como
Segurado Especial, na forma estabelecida no artigo 11, Inciso VII, artigos 55 e 106 da Lei nº 8.213/91 e artigo 62 do
RPS/Decreto nº 3.048/99.
Ao analisar os documentos conclui-se que a requerente não obteve êxito na comprovação do trabalho
rural no período de exigência a concessão pleiteada, nos termos da Lei de regência.
O cônjuge da requerente era aposentado por invalidez desde 1983, como empregador rural, com
filiação na categoria de Empresário, fato que o qualifica como Contribuinte Individual em face da descaracterização
da atividade como Segurado Especial.
Vale ressaltar que a atividade rural exercida como Segurado Especial individual e/ou em regime de
economia familiar é aquela que visa especificamente subsistência do grupo familiar, sem utilização de empregados
permanentes, norma estabelecida no Inciso VII do artigo 11 da Lei nº 8.213/91:
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou
rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de
terceiros, na condição de (...);
Salienta-se que a existência de propriedade rural e/ou da produção rural não caracteriza o titular e/ou o
cônjuge proprietário como Segurado Especial, sendo exigido, nos termos da lei, que os documentos formem um
conjunto probatório harmônico do labor rural como Segurado Especial no período imprescindível à concessão do
benefício e/ou manutenção do benefício, fatos não confirmados nos autos.
Dessa forma, considerando o exposto e tudo o mais que dos autos consta, considero que a requerente
não comprovou o exercício de atividade rural como Segurada Especial correspondente á carência exigida para o
benefício do artigo 48 e/ou artigo 39 da Lei nº 8.213/91. O benefício não deve ser mantido.
CONCLUSÃO
Pelo exposto, VOTO no sentido de CONHECER DO RECURSO DA INTERESSADA, para no
mérito, NEGAR PROVIMENTO.
803
Seleção de Acórdãos
804
Seleção de Acórdãos
Nº. de Protocolo do
35408.000600/2008-35
Recurso:
Unidade de Origem: AGÊNCIA LIMEIRA
Documento: 0144.693.458-3
Recorrente: MERCEDES PELLEGRINI BOLDRIN
Recorrido: INSS/Décima Quarta Junta de Recursos
Assunto/Espécie PECÚLIO ESPECIAL DE APOSENTADOS E FILIADOS A PS COM
Benefício: MAIS DE 60 ANOS
Relator(a): VALTER SERGIO PINHEIRO COELHO
Relatório
Trata-se de recurso especial interposto por MERCEDES PELLEGRINI
BOLDRIN contra o Acórdão prolatado pela E. 14ª Junta de Recursos da Previdência Social no
estado de São Paulo (JR/SP) que manteve a decisão do Instituto Nacional do Seguro Social -
INSS referente ao seu pedido do benefício PECÚLIO ESPECIAL DE APOSENTADOS E
FILIADOS A PREVIDÊNCIA SOCIAL COM MAIS DE 60 ANOS DE IDADE.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 08/02/2011 para sessão nº 47/2011 de 16/02/2011 às 14:00.
805
Seleção de Acórdãos
Voto
EMENTA: PECÚLIO ESPECIAL DE APOSENTADOS E FILIADOS A PS
COM MAIS DE 60 ANOS. PECÚLIO ESPECIAL DO APOSENTADO.
CABERÁ A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO PREVISTO NO ART. 184 DO
DECRETO Nº 3.048/99, AO SEGURADO QUE RETORNOU À ATIVIDADE
DENTRO DO PRAZO NÃO ALCANÇADO PELA PRESCRIÇÃO. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO
Trata-se de recurso contra o Acórdão proferido pela E. 14ª JR/SP que manteve a
decisão do INSS que indeferiu o pedido do benefício pecúlio especial do aposentado formulado
pela Segurada.
Art.184. O segurado que recebe aposentadoria por idade, tempo de contribuição ou especial do
Regime Geral de Previdência Social que permaneceu ou retornou à atividade e que vinha
contribuindo até 14 de abril de 1994, véspera da vigência da Lei nº 8.870, de 15 de abril de 1994
, receberá o pecúlio, em pagamento único, quando do desligamento da atividade que vinha
exercendo.
§1º O pecúlio de que trata este artigo consistirá em pagamento único de valor correspondente à
soma das importâncias relativas às contribuições do segurado, remuneradas de acordo com o
índice de remuneração básica dos depósitos de poupança com data de aniversário no dia
p r i m e i r o .
§ 2º O disposto no parágrafo anterior aplica-se a contar de 25 de julho de 1991, data da
vigência da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, observada, com relação às contribuições
anteriores, a legislação vigente à época do seu recolhimento.
A controvérsia dos autos passa pelo entendimento do dispositivo transcrito
anteriormente referente à citação permaneceu ou retornou à atividade, posto que entendeu a
autarquia previdenciária que caberá a utilização do instituto da prescrição, quando decorrido
mais de 5 (cinco) anos do afastamento definitivo da atividade em que o segurado exercia em
15/04/1994. A segurada concluiu que no período considerado pelo INSS manteve vários vínculos
empregatícios e somente se afastando definitivamente da atividade em 10/12/2007.
Como o dispositivo legal não fez qualquer restrição à concessão do benefício para
aqueles segurados que retornassem à atividade, não cabe a autarquia previdenciária fazê-la.
806
Seleção de Acórdãos
Dessa forma, merece amparo à pretensão da segurada, uma vez que seu retorno à
atividade não foi alcançada pela prescrição.
807
Seleção de Acórdãos
808
Seleção de Acórdãos
Relatório
809
Seleção de Acórdãos
É o relatório.
Inclua-se em pauta.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 15/03/2010 para sessão nº 113/2010 de 18/03/2010 às 10:01.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. TEMPO
RURAL RECONHECIDO POR DECRETO JUDICIAL, QUE TAMBÉM
AFASTOU A EXISTÊNCIA DE INSALUBRIDADE NOS PERÍODOS
ALEGADAMENTE CONSIDERADOS ESPECIAIS. NECESSIDADE DE
CUMPRIR-SE A DECISÃO JUDICIAL NA INTEGRALIDADE, E NÃO
APENAS NA PARTE EM QUE FAVORÁVEL AO SEGURADO.
POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DO BENEFÍCIO NA MODALIDADE
INTEGRAL (ART. 201, § 7º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL), DESDE QUE
HAJA REAFIRMAÇÃO DA DER.. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
TEMPESTIVIDADE
MÉRITO
O benefício também pode ser deferido na modalidade proporcional (art. 9º, §1º, da
Emenda Constitucional nº 20, de 16.12.1998), desde que comprovada a idade mínima (53 e 48
anos, se do sexo masculino ou feminino, respectivamente) acrescido de um adicional
(denominado pedágio) no valor de 40% do tempo que faltava para a obtenção do amparo em
16.12.1998.
810
Seleção de Acórdãos
"24. No caso presente, o Autor reclama a contagem a maior dos seguintes períodos:
a) 15/05/75 a 28/02/77, para o qual apresentou o formulário de fls. 144/145 que revela
exposição a ruído de 80 a 96 dB;
b) 01/03/77 a 31/12/87, para o qual apresentou o formulário de fls. 144/145 que revela
exposição a ruído de 80 a 96 dB;
c) 01/01/88 a 13/04/88, para o qual apresentou o formulário de fls. 144/145 que revela
exposição a ruído de 80 a 96 dB;
d) 11/04/91 a 01/07/97, para o qual apresentou o formulário de fls. 144/145 que revela
exposição a ruído de 72 dB;
e) 02/07/97 a 31/12/98, para o qual apresentou o formulário de fls. 144/145 que revela
exposição a ruído de 70 a 80 dB;
f) 01/01/99 a 23/12/99, para o qual apresentou o formulário de fls. 144/145 que revela
exposição a ruído de 86,7 dB.
25. Os períodos mencionados em "d" e "e" não podem ser considerados especiais, pois o
Autor neles esteve exposto a ruído inferior ao limite então vigente.
26. Para os períodos mencionados em "a", "b" e "c", faltou o cálculo da média do ruído, o
que prejudica de certa forma o enquadramento. Deve, nesse caso, o Juízo fiar-se nas
informações constantes na fl. 145, segundo as quais a atividade no terceiro período não
era insalubre e que, no que se refere aos dois primeiros, algumas eram e outras não, o
que afasta a exposição permanente a condições especiais. Afinal, se o trabalho não era
insalubre, não há como reconhecer a presença de condições especiais para fins de contagem
a maior de tempo de serviço.
27. Quanto ao período "f", o nível de ruído ao qual se encontrava o autor exposto era
inferior ao nível então considerado pela legislação previdenciária de 90 db.
811
Seleção de Acórdãos
812
Seleção de Acórdãos
813
Seleção de Acórdãos
814
Seleção de Acórdãos
Relatório
Vieram os autos a esta instância do Conselho de Recursos da Previdência Social – CRPS para exame
do recurso do INSS – INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, contra a decisão da 9ª JRPS/MG – Junta
de Recursos da Previdência Social no Estado de Minas Gerais, proferida no processo de Aposentadoria por Tempo
de Contribuição de interesse do segurado ADEMIR ZONZIN.
A Autarquia contesta o direito ao benefício protocolado pelo segurado, entendendo que os períodos
descritos como de atividades exercidas em condições especiais não poderiam ser convertidos em face de parecer da
perícia médica, emitido no sentido de que não há elementos para o enquadramento solicitado.
O pedido de aposentadoria foi protocolado em 22/06/2009, quando o segurado contava com 54 anos
de idade.
- DSS-8030 e Laudo Técnico, emitido pela empresa AÇO MINAS GERAIS S/A – AÇOMINAS, para
o período de 13/02/86 a 08/02/2001, trabalhado com ALTO FORNO, como operador de canal de gusa, forneiro e
auxiliar de operação, com exposição a ruído acima de 90 decibéis. A perícia médica examinou a documentação
apresentada no referido processo e considerou devido o enquadramento para todo o período solicitado.
No processo em exame, a perícia médica emitiu dois pareceres, concluindo pelo não enquadramento
do período como especial, por não haver laudo com avaliação anterior a 1987, por ter havido informação de EPI
eficaz e, no parecer de fls. 34, há uma alegação de que não consta a intensidade exata do nível de pressão sonora.
O tempo de contribuição foi processado pela Autarquia, às fls. 07/15, totalizando 19 anos, 05 meses e
21 dias até 16/12/98 e 25 anos, 05 meses e 10 dias até o requerimento sem nenhuma conversão.
No recurso a uma das Câmaras de Julgamento deste Conselho, a Autarquia alega que a decisão do
colegiado não pode prosperar, em face dos novos pareceres constantes dos autos.
815
Seleção de Acórdãos
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 15/02/2011 para sessão nº 68/2011 de 23/02/2011 às 16:30.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. É DEVIDA A
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO NA FORMA AUTORIZADA PELO § 1º DO
ART. 9º DA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL N. º 20/98. APLICAÇÃO DO
CONTIDO NO ART. 70 DO REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
APROVADO PELO DECRETO 3048/99, NO ENUNCIADO N. º 21 DO
CONSELHO PLENO DO CRPS E DO CONTIDO NA SÚMULA N. º 09 DA
TURMA DE UNIFORMIZAÇÃO DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS.
RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO:
Como consta do relatório, trata-se de pedido de Aposentadoria por Tempo de contribuição, benefício
previsto no § 7º do art. 201 da Constituição Federal em vigor, na redação dada pela Emenda Constitucional N. º 20
de 16/12/98. O benefício é devido ao segurado que comprovar 35 anos de contribuição, se homem, 30 anos, se
mulher, independente de idade mínima.
816
Seleção de Acórdãos
Art. 70 – A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum
dar-se-á de acordo com a seguinte tabela:
MUTIPLICADORES
Tempo a converter Mulher (para 30) Homem (para 35)
De 15 anos 2,00 2,33
De 20 anos 1,50 1,75
De 25 anos 1,20 1,40
Analisando a documentação constante do processo apenso, concluímos que deve ser acatado o parecer
médico de fls. 22 do referido processo e levada a conversão até 08/02/2001. O DSS-8030 e o Laudo apresentado
confirmam a atividade do segurado sempre em ambiente com o ruído acima de 90 decibéis. O laudo traz a
informação de que a avaliação atinge o período a partir de 1980, portanto, deve ser acolhido para todo o período em
discussão.
Observa-se, ainda, que desde 13/02/86 o segurado trabalhava em alto forno, portanto, o ambiente
antes e depois de 1987 era o mesmo e que, além do ruído o segurado deveria ficar exposto também a altas
temperaturas, principalmente, no período de atividade de forneiro. Se a documentação não atendeu ao que pretendia
a perícia médica na segunda avaliação poderia ter sido periciado o local de trabalho do segurado ou solicitado da
empresa as informações necessárias, pois, cabe ao empregador o atendimento desse tipo de exigência e não ao
trabalhador.
Quanto ao uso de EPI a matéria já foi exaustivamente debatida e está pacificada nos tribunais do País
no sentido de que a utilização do EPI não interfere no enquadramento da atividade como especial. É notório o
parecer dos técnicos nesta matéria de que o uso de EPI não substitui o uso de EPC; que por economia as empresam
não utiliza o único meio de eliminar a nocividade do ruído do ambiente que é o enclausuramento das máquinas; que
o uso de plugs, ao invés de beneficiar o trabalhador pode lhe trazer outros danos à saúde.
Nessa esteira de entendimento, a Turma de Uniformização dos Juizados Especiais Federais emitiu a
Súmula N. º 09, firmando o entendimento dos Tribunais de que o uso de EPI, ainda que elimine a nocividade do
ruído, não elide o enquadramento da atividade como especial.
O mesmo entendimento está expresso no Enunciado N. º 21 deste Conselho, editado pela Resolução
do Conselho Pleno N. º 01 / 99, de 11/11/99, publicado no DOU de 18/11/1999, com o seguinte teor: “O simples
fornecimento de equipamento de proteção individual de trabalho pelo empregador não exclui a hipótese de
exposição do trabalhador aos agentes nocivos à saúde, devendo ser considerado todo o ambiente de trabalho ”.
Tomando por base o tempo de contribuição processado nos autos, concluímos que é devida a
concessão do benefício requerido, na forma proporcional, desde que o segurado concorde com essa modalidade, e
que admita a reafirmação da DER, se necessária, para complementar o pedágio. De acordo com o cálculo efetuado, o
segurado tem aproximadamente cinco anos e meio de acréscimo com a conversão do período acatado para
conversão.
817
Seleção de Acórdãos
Posto Isto e,
CONCLUSÃO: Pelo exposto, VOTO no sentido de CONHECER DO RECURSO do INSS para no mérito
NEGAR – LHE PROVIMENTO.
818
Seleção de Acórdãos
Relatório
819
Seleção de Acórdãos
professor no período 1º.03.1965 a 10.04.1987 ocorreu em uma única instituição, sem relação
com a Universidade Federal de Itajubá, nesta ocorrendo inativação no regime estatutário (cf. fls.
23/24).
Inconformado, o interessado interpôs recurso à 12ª JR/RJ (cf. fls. 35) que, à
unanimidade, confirmou o ato da APS, placitando o argumento de ausência de carência para a
obtenção do beneficio requerido (cf. fls. 38/40).
Por decisão desta 4ª CAJ, o julgamento foi convertido em diligência, para que o
interessado providenciasse a juntada dos documentos abaixo elencados:
Inclua-se em pauta.
820
Seleção de Acórdãos
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 24/03/2010 para sessão nº 134/2010 de 24/03/2010 às 15:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA POR IDADE. SE PARA O DEFERIMENTO DA
APOSENTADORIA PELO REGIME PRÓPRIO (ESTATUTÁRIO) HOUVE
APROVEITAMENTO DE PERÍODO EM QUE O SERVIDOR ESTEVE
SUBMETIDO À CLT, INVIÁVEL COMPUTAR-SE PARA APOSENTAÇÃO
NO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS) PERÍODO
CONCOMITANTE E JÁ UTILIZADO PARA AQUELA PRIMEIRA
INATIVIÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 96, INC. II, DA LEI Nº 8.213/91 C/C O
PARECER CONJUR/MPS Nº 224/2007. RECURSO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO
TEMPESTIVIDADE
MÉRITO
A aposentadoria por idade, no âmbito do RGPS, tem sua fonte no art. 48 da Lei nº.
8.213/91, nesses termos:
"Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a
carência exigida nesta lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se
homem, e 60 (sessenta), se mulher".
Não resta dúvida que o requisito etário foi atendido, pois na data do requerimento
administrativo o Recorrente contava 65 (sessenta e cinco) anos de idade, devendo-se passar à
análise do pressuposto de carência, sendo que para os segurados inscritos no Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) até 24.07.1991 - precisamente o caso do Recorrente cujo vínculo
trabalhista anotado na CTPS com a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Itajubá teve
início no ano de 1965 - a carência para a obtenção de aposentadoria por idade é aquela
disciplinada pela tabela progressiva do art. 182 do RPS, que assim dispõe:
"Art. 182 - A carência das aposentadorias por idade, tempo de contribuição e especial
para os segurados inscritos na previdência social urbana até 24 de julho de 1991, bem como
para os trabalhadores e empregadores rurais amparados pela previdência social rural,
obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o segurado implementou
todas as condições necessárias à obtenção do benefício:
ANO DE IMPLEMENTAÇÃO DAS MESES DE CONTRIBUIÇÃO EXIGIDOS
CONDIÇÕES
1998 102 meses
821
Seleção de Acórdãos
Visto isso, tem-se que a controvérsia dos autos gira em torno precisamente do
aludido vínculo com a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Itajubá (hoje fundação de
Ensino e Pesquisa de Itajubá), que vai de 01.03.1965 a 10.04.1987, cujo aproveitamento para o
presente pedido de aposentadoria não pode ser feito pela impossibilidade, segundo o INSS, de se
computar tal jornada de trabalho, em face do que dispõe o art. 96, inc. II, da Lei nº. 8.213/91, por
ser concomitante com o período em que o Recorrente exerceu atividade como estatutário na
Universidade Federal de Itajubá - 01.02.1967 a 01.02.1991.
Se para rejeitar o pedido do Recorrente o INSS lastreou-se no art. 96, inc. II, da
Lei nº. 8.213/91, impõe-se transcrever o mencionado dispositivo legal, de modo a aclarar o
debate travado. Eis a redação da norma em comento:
"Art. 96. O tempo de contribuição ou de serviço de que trata esta Seção será
contado de acordo com a legislação pertinente, observadas as normas seguintes:
Todavia, conforme bem assinalado por Marina Vasques Duarte, tal hipótese há de
ser analisada com extrema cautela, "pois se o segurado foi professor do ensino público e privado
ao mesmo tempo, durante anos, por óbvio, fará jus a duas aposentadorias: uma no regime de
previdência do funcionário e outra no RGPS" (cf. Direito Previdenciário. 5ª edição. Porto Alegre:
Editora Verbo Jurídico, 2007, p. 200).
822
Seleção de Acórdãos
Ocorre, todavia, que embora aposentado em 30.05.1992 pelo regime próprio dos
servidores públicos federais, isto é, pelas regras da Lei nº 8.112, de 11.12.1990, grande parte do
vínculo funcional do Recorrente com a Universidade Federal de Itajubá foi prestado sob o
regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com recolhimentos para o Regime Geral da
Previdência Social (RGPS).
Essa situação somente restou suficientemente aclarada com a juntada das carteiras
de trabalho do Recorrente (cf. fls. 77/89), onde se lê à fls. 88 o seguinte:
823
Seleção de Acórdãos
824
Seleção de Acórdãos
Relatório
Cuida-se de recurso interposto por Marilda Lima Almeida em face do acórdão proferido pela
27ª Junta de Recursos do Conselho de Recursos da Previdência Social - CRPS, que negou provimento ao
recurso interposto contra a decisão do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, que indeferiu a
concessão do benefício de Aposentadoria por Idade requerido em 12/03/2009, na condição de segurada
especial, então com 60 anos de idade.
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Seleção de Acórdãos
Inconformada, a segurada interpôs recurso, o qual foi remetido à douta 27ª JR/RN que,
mantendo a decisão do Instituto, lhe negou provimento, conforme acórdão às fl. 39/41.
Ainda inconformada, apresentou recurso, mediante razões à fl. 43, pugnando pela realização
de pesquisa no local, inclusive com oitiva de testemunhas, se necessário, visando dirimir quaisquer
dúvidas acerca de sua condição de trabalhadora rural.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 31/08/2010 para sessão nº 371/2010 de 09/09/2010 às 14:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA POR IDADE. NÃO ATENDIDAS AS
DISPOSIÇÕES DO ART. 39, INCISO I, DA LEI N. 8.213/91, O BENEFÍCIO
NÃO DEVE SER CONCEDIDO. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO
Conheço do recurso, porquanto presentes as condições para sua admissibilidade.
O art. 48, § 1º, da Lei n. 8.213/91, ao tratar da idade dos trabalhadores rurais, dispõe:
No tocante à carência, o art. 26, inciso III, da Lei 8.213/91, estabelece que independe
de carência, ou seja, não se exige o recolhimento do número mínimo de contribuições mensais
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Seleção de Acórdãos
para a concessão dos benefícios definidos no art. 39, inciso I, da Lei 8.213/91, mas exige o
efetivo exercício da atividade rural durante o período correspondente à carência exigida para a
concessão do benefício.
O efetivo exercício da atividade rural deve ser demonstrado por meio de razoável início de
prova material e se perfaz com documentos, ainda que não necessariamente contemporâneos aos fatos,
mas aptos à demonstração do efetivo exercício da atividade rural no período de carência, ainda que
prestado de forma descontínua.
O art. 11, inciso VII, § 1º, da Lei n. 8.213/91, ao conceituar o regime de economia familiar
estabelece que a atividade rural deve ser exercida pelos membros da família, sem a utilização de
empregados, este entendido como aquele que presta serviço, em caráter não eventual, sob subordinação e
mediante remuneração (art. 11, inciso I, “a” da Lei n. 8.213/91), e o trabalho é indispensável à própria
subsistência e em condições de mútua dependência e colaboração, mas admite o auxílio eventual de
terceiros.
No caso em questão, considerando o período em que o trabalho no campo teria sido exercido
pela interessada, que foi parcialmente antes do advento da Lei n. 8.213/91, de 24/07/1991, aplica-se a
norma inserta no art. 142 desta Lei, que dispõe: “Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social
Urbana até 24 de julho de 1991, bem como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela
Previdência Social Rural, a carência das aposentadorias por idade, por tempo de serviço e especial
obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o segurado implementou todas as
condições necessárias à obtenção do benefício:(Artigo e tabela com redação alterada pela Lei nº
9.032/95).”.
Nos termos da Nota Técnica CONJUR/MPS n. 937/2007, que preceitua, entre outras
disposições, que a carência a ser considerada é aquela referente ao ano em que a segurada completou a
idade prevista no art. 48, § 1º, da Lei n. 8.213/91, aplicando-se ao caso em questão, exige-se para fazer jus
ao benefício 138 meses de trabalho rural.
O art. 106 e seu parágrafo único, da Lei n. 8.213/91, com redação dada pela Lei n. 9.063/95,
estabelece taxativa e alternativamente o rol de documentos admitidos e válidos, no âmbito administrativo,
para comprovação do exercício de atividade rural para fins previdenciários.
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Seleção de Acórdãos
Neste sentido, observa-se que a segurada apresentou a certidão de casamento à fl. 03, cuja
sentença que determinou a retificação do registro para constar a profissão como “lavradora” é datada de
18/09/08; o requerimento de matrícula à fl. 10, datado de 26/09/07, no qual consta a profissão como
lavradora; a ficha de filiação ao STR de Rui Barbosa-BA à fl. 11, em seu nome, com inscrição desde
06/02/09; o recibo de pagamento à fl. 12; e o contrato de comodato à fl. 13, celebrado em 01/12/2008
entre a segurada e Antônio Rufino Silva, com reconhecimento das assinaturas das partes na mesma data.
Por todo o exposto, não demonstrou a segurada, mediante início razoável de prova
documental, o exercício de atividades rurais durante o período exigido pela legislação previdenciária, não
fazendo jus, pois, à aposentadoria por idade.
CONCLUSÃO
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Relatório
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Seleção de Acórdãos
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 14/03/2011 para sessão nº 83/2011 de 23/03/2011 às 14:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. SERÃO
CONSIDERADOS PARA O CÁLCULO DO SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO OS
GANHOS HABITUAIS DO SEGURADO EMPREGADO, A QUALQUER
TÍTULO, SOBRE OS QUAIS TENHA INCIDIDO CONTRIBUIÇÕES
PREVIDENCIÁRIAS. À LUZ DAS DISPOSIÇÃO CONTIDAS NO § 3º DO
ARTIGO 29 DA LEI Nº 8213/91. POSSIBILIDADE DE ATENDIMENTO DA
PRETENSÃO DO SEGURADO. . RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO:
Tratam os autos de benefício previsto no § 7º do artigo 201 da Constituição Federal em vigor, que
assegura a aposentadoria no Regime Geral de Previdência Social, aos trinta e cinco anos de contribuição, se homem e
trinta anos de contribuição, se mulher. Como o benefício foi requerido após advento da EC Nº 20/98, fica sujeito,
portanto, aos preceitos por ela estabelecidos.
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Seleção de Acórdãos
I – contar com cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos
de idade, se mulher; e
II - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do
tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o limite de
tempo constante da alínea anterior.
Nesse sentido, não lhe confiro razão, porquanto, a alegação de que “sistema não
aceita a inclusão destes valores no cálculo do salário-de-benefício por não ser o caso de múltipla
atividade”, não pode constituir motivos de descumprimento de disposições legais acerca do
cálculo do salário-de-benefício.
Por sua vez o artigo 28, inciso I da Lei nº 8212/91, define o salário de contribuição,
como sendo a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos
rendimentos pagos, a qualquer título, destinado a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua
forma, os ganhos habituais sob a forma de utilidades.
Além disso, com relação à contagem recíproca do tempo de serviço, o artigo 133 do
Regulamento da Previdência Social –RPS, aprovado pelo Decreto nº 3048/99, determina que o
833
Seleção de Acórdãos
Portanto, não merece reparos a decisão da 17ªJR/SC, porquanto a pretensão do segurado mercê ser
satisfeita.
Pelo exposto;
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Seleção de Acórdãos
Relatório
O INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS recorre da decisão da 15ª JRPS/SP –
Junta de Recursos da Previdência Social no Estado de São Paulo, proferida no processo de benefício em referência,
protocolado por JURACI DA SILVA GUIDO em 18/02/2009, na condição de trabalhador rural empregado.
A Autarquia não considerou o último período e o pedido foi indeferido por não comprovação de
atividade rural em número de meses correspondentes à carência do benefício, conforme notificação de fls.21.
Contra a decisão da Autarquia, o interessado recorreu à primeira instância deste Conselho, tendo seu
recurso apreciado pela 15ªJRPS/SP.
Em 17/12/2009, o recurso foi provido por unanimidade, pelo Acórdão de fls. 38/40, por entender o
Colegiado que o recorrente cumpriu a carência devida, mesmo se não for considerado o último emprego. O voto foi
fundamentado nos artigos 24 e 48 da Lei 8213/91, no artigo 3º da Lei 10.666/2003 e na Portaria GM / MPS 170 /
2007.
O INSS contesta a decisão, alegando que ao trabalhador rural não se aplicam as disposições da
Lei 10.666/2003; que é necessário que o segurado esteja na atividade rural no período
imediatamente anterior ao requerimento; que o interessado não tem direito ao benefício por ter
deixado a sua atividade em 2001 e ter completado 60 anos em 2008; que o artigo 143 da Lei
8.213/91 exige que o segurado comprove o exercício de atividade rural no período imediatamente
anterior ao requerimento.
O interessado apresentou contrarrazões afirmando que sempre trabalhou para manter a família e
que apenas em 07/2009, quando teve um derrame é que deixou de trabalhar.
É o Relatório.
Peço inclusão em Pauta.
Inclusão em Pauta
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Seleção de Acórdãos
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA POR IDADE. POSSIBILIDADE DE
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. COMPROVAÇÃO DA IDADE MÍNIMA E DA
CARÊNCIA DEVIDA. DESNECESSIDADE DE CUMPRIMENTO
SIMULTÂNEO DOS REQUISITOS IDADE E TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
CONFORME ENTENDIMENTO ESPOSADO PELA NOTA / CONJUR / MPS
937/2007. FUNDAMENTAÇÃO NOS ARTIGOS 48, INCISO I E 25, INCISO II,
DA LEI 8213/91 E DO ARTIGO 3º, § 1º, DA LEI 10.666/2003. RECURSO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO:
Art. 48 – A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência exigida nesta
Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60(sessenta), se mulher. (Redação da Lei 9063/95,
mantida pela Lei 9528/97).
Parágrafo 1º - Os limites do caput são reduzidos para sessenta e cinquenta e cinco anos no caso de
trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea “a” do inciso I, na alínea “g” do
inciso V, e nos incisos VI e VII do artigo 11.
Tratando da carência do benefício, temos o contido no art. 25, II da Lei 8213/91 (180 contribuições),
para os segurados que ingressaram na Previdência Social depois da edição da referida lei. Para os que já
estavam no sistema antes da publicação da Lei 8213, de 24/07/91, a carência é a da tabela progressiva definida no
art. 142 desta.
No caso em exame, o segurado completou 60 anos de idade em 2008, pois, nasceu em 1948 e a sua
vinculação ao RGPS é muito anterior à edição da Lei 8.21 de 24 de julho de 1991, portanto, cabe a aplicação da
carência da tabela progressiva do artigo 142 da referida Lei e o cumprimento da carência de 162 contribuições. Os
dados do CNIS informam um número bem superior a esse total, mesmo considerando apenas o vínculo de 1976 a
2001.
O último vínculo não está registrado na CTPS do recorrido, embora conste do CNIS, porém, é
irrelevante a sua confirmação, motivo pelo qual não solicitamos complementação da documentação dos autos.
Entendemos correta a interpretação dada à legislação que rege a matéria, pelo Colegiado na primeira
instância deste Conselho.
O texto da Lei 10.666/2003, no seu artigo 3º não excluiu o trabalhador rural de qualquer categoria do
benefício por ela introduzido na legislação, como se vê a seguir:
Art.3º. A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão das aposentadorias
por tempo de contribuição e especial.
Parágrafo único: Na hipótese de aposentadoria por idade, a perda da qualidade de segurado não será
considerada para a concessão desse benefício, dede que o segurado conte com, no mínimo, o tempo de contribuição
correspondente ao exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício.
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Seleção de Acórdãos
Lembramos que a referida Lei é bem posterior à Lei 8.213/91, motivo pelo qual restou um conflito de
disposições quando o legislador inovou ao dispensar a qualidade de segurado para as aposentadorias. No entanto, se
o legislador não excluiu o trabalhador rural da alteração introduzida em 2003, a ele se aplicam as disposições da
nova Lei.
Além disso, cabe lembrar que, de acordo com o entendimento esposado pela Consultoria Jurídica do
Ministério da Previdência Social na NOTA / CONJUR / MPS 937 de 2007 é desnecessário, para o benefício em tela,
que sejam cumpridos simultaneamente os requisitos básicos (idade e tempo de contribuição).
Assim, em face da legislação citada e do entendimento firmado pela CONJUR, a carência a ser
exigida neste caso é de 162 meses, independente da data em que complementou esse número de contribuições e
independente da manutenção da qualidade de segurado.
Posto Isto e,
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Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Nº. de Protocolo do
35408.000600/2008-35
Recurso:
Unidade de Origem: AGÊNCIA LIMEIRA
Documento: 0144.693.458-3
Recorrente: MERCEDES PELLEGRINI BOLDRIN
Recorrido: INSS/Décima Quarta Junta de Recursos
Assunto/Espécie PECÚLIO ESPECIAL DE APOSENTADOS E FILIADOS A PS COM
Benefício: MAIS DE 60 ANOS
Relator(a): VALTER SERGIO PINHEIRO COELHO
Relatório
Trata-se de recurso especial interposto por MERCEDES PELLEGRINI
BOLDRIN contra o Acórdão prolatado pela E. 14ª Junta de Recursos da Previdência Social no
estado de São Paulo (JR/SP) que manteve a decisão do Instituto Nacional do Seguro Social -
INSS referente ao seu pedido do benefício PECÚLIO ESPECIAL DE APOSENTADOS E
FILIADOS A PREVIDÊNCIA SOCIAL COM MAIS DE 60 ANOS DE IDADE.
É o relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 08/02/2011 para sessão nº 47/2011 de 16/02/2011 às 14:00.
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Seleção de Acórdãos
Voto
EMENTA: PECÚLIO ESPECIAL DE APOSENTADOS E FILIADOS A PS
COM MAIS DE 60 ANOS. PECÚLIO ESPECIAL DO APOSENTADO.
CABERÁ A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO PREVISTO NO ART. 184 DO
DECRETO Nº 3.048/99, AO SEGURADO QUE RETORNOU À ATIVIDADE
DENTRO DO PRAZO NÃO ALCANÇADO PELA PRESCRIÇÃO. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO
Trata-se de recurso contra o Acórdão proferido pela E. 14ª JR/SP que manteve a
decisão do INSS que indeferiu o pedido do benefício pecúlio especial do aposentado formulado
pela Segurada.
Art.184. O segurado que recebe aposentadoria por idade, tempo de contribuição ou especial do
Regime Geral de Previdência Social que permaneceu ou retornou à atividade e que vinha
contribuindo até 14 de abril de 1994, véspera da vigência da Lei nº 8.870, de 15 de abril de 1994
, receberá o pecúlio, em pagamento único, quando do desligamento da atividade que vinha
exercendo.
§1º O pecúlio de que trata este artigo consistirá em pagamento único de valor correspondente à
soma das importâncias relativas às contribuições do segurado, remuneradas de acordo com o
índice de remuneração básica dos depósitos de poupança com data de aniversário no dia
p r i m e i r o .
§ 2º O disposto no parágrafo anterior aplica-se a contar de 25 de julho de 1991, data da
vigência da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, observada, com relação às contribuições
anteriores, a legislação vigente à época do seu recolhimento.
A controvérsia dos autos passa pelo entendimento do dispositivo transcrito
anteriormente referente à citação permaneceu ou retornou à atividade, posto que entendeu a
autarquia previdenciária que caberá a utilização do instituto da prescrição, quando decorrido
mais de 5 (cinco) anos do afastamento definitivo da atividade em que o segurado exercia em
15/04/1994. A segurada concluiu que no período considerado pelo INSS manteve vários vínculos
empregatícios e somente se afastando definitivamente da atividade em 10/12/2007.
Como o dispositivo legal não fez qualquer restrição à concessão do benefício para
aqueles segurados que retornassem à atividade, não cabe a autarquia previdenciária fazê-la.
840
Seleção de Acórdãos
Dessa forma, merece amparo à pretensão da segurada, uma vez que seu retorno à
atividade não foi alcançada pela prescrição.
841
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata-se de aposentadoria por idade requerida por FRANCISCO OLIVEIRA DOS SANTOS em
20/08/2008, com 65 anos de idade, sendo indeferida pelo INSS por falta de período de carência (fls.34).
- Comprovante de inscrição PIS (fls. 9); CNIS constando admissão em 1989 como trabalhador rural
(fls. 14);
- Declaração de herdeira da propriedade rural informando que o requerente trabalhou na fazenda desde
1970 até 2008 (fls. 37);
- Recibo de pagamento constando o requerente como empregado em 2001 e 2002 (fls. 22/23);
A 26ª JRPS/AL negou provimento ao recurso por falta da comprovação da atividade rural no período
de carência (fls. 42).
O interessado recorreu a esta Câmara alegando que só no último emprego trabalhou mais de 38 anos
requerendo concessão do benefício (fls.49).
A 4ª CaJ converteu o julgamento em diligência para retorno dos autos à origem para que fosse realizada pesquisa in
loco objetivando constatar na propriedade do empregador a existência da relação de emprego no período alegado,
843
Seleção de Acórdãos
levantando possíveis provas documentais e se o requerente permaneceu trabalhando como empregado até a DER,
tomando depoimento de confrontantes e vizinhos para corroboração dos fatos.
Em pesquisa se obteve conclusão positiva com a confirmação do vínculo do requerente com a Fazenda no período
alegado de 02/01/1970 até a DER, corroborada por depoimento de vizinhos e confrontantes constatando-se que o
requerente trabalha no local até os dias atuais. Foram juntados aos autos: título de eleitor de 09/1982 constando a
profissão de lavrador; cartão do INAMPS valido até 1987 constando a profissão de trabalhador rural; cartão de
vacinação; certidão de nascimento da filha nascida na Fazenda Bom Jardim em 1979 (fls. 59/63);
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 22/03/2011 para sessão nº 104/2011 de 29/03/2011 às 14:30.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA POR IDADE. VÍNCULO EMPREGATÍCIO
CONFIRMADO EM PESQUISA. CARÊNCIA EXIGIDA PARA A
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR IDADE
ATINGIDA COMO EXIGE A LEGISLAÇÃO NOS ARTS. 48 E 142 DA LEI Nº
8213/91. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO
No art. 48 estabelece que a aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência
exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta), se mulher.
Para ser considerado trabalhador rural devem ser apresentadas provas suficientes para satisfazer as
exigências legais de que trata o art. 62 do Dec. 3.048/99no que se refere à apresentação de início de prova material,
de natureza valorativa.
A carência necessária para concessão do beneficio é de 162 meses considerando o ano em que o
segurado completou idade exigida em 2008, art. 142 da Lei 8213/91 (Nota/ CONJUR nº937/2007).
844
Seleção de Acórdãos
O requerente busca ver reconhecido seu direito à aposentadoria por idade na condição de
empregado rural, tendo em vista a alegação de que foi trabalhador rural no período de 1970 a 2008.
Diante da análise dos autos percebe-se que o requerente demonstrou que é empregado na Fazenda
de Manoel Leal de Oliveira, como administrador tendo como base anotação na CTPS e o CNIS, sendo confirmado e
comprovado por pesquisa e documentos o vínculo a partir 02/01/1970 até a DER.
Logo, constatou-se que o requerente realmente trabalha na Fazenda Bom Jardim fato confirmado
por pesquisa, cabendo ao requerente o direito ao benefício pleiteado.
CONCLUSÃO
845
Seleção de Acórdãos
Relator(a)
846
Seleção de Acórdãos
Relatório
O senhor AILTON DOS SANTOS, contando, então, com 56 anos de idade requereu em
05/08/2009, o benefício Aposentadoria por Tempo de Contribuição.
Consta dos autos Ata de Audiência e sentença, proc. 821/95, em que o interessado e
outros ajuizaram Ação Reclamatória Trabalhista, contra a empresa SOGE Ind. e Comércio Ltda,
objetivando o recebimento das verbas rescisórias, 13º salário, bem como efetuar o registro na
CTPS da data da saída, tendo sido juntado extrato do FGTS com data de admissão em 01/04/1993
e depósito até agosto de 1994 (fls. 61/65).
O pedido foi indeferido por falta de tempo de contribuição e falta de concordância para a concessão
da aposentadoria proporcional, conforme documento de fls. 75.
847
Seleção de Acórdãos
Contra a decisão, o interessado interpôs recurso ordinário à Vigésima Quarta Junta de Recurso no
Estado do Espírito Santo – 24ªJR/ES que, por meio do Acórdão nº 5522/2010, deu-lhe provimento.
Não concordando, o INSS interpôs recurso especial a uma das Câmaras de Julgamento deste
Conselho, conforme razões aduzidas ás fls. 97/98, em que alega que a 24ª JR/ES determinou a inclusão do tempo
relativo ao período de 01/04/1993 a 04/04/1995, e o fez desconsiderando o disposto no artigo 19 do Regulamento da
Previdência Social –RPS, aprovado pelo Decreto nº 3048/99, que assim não vê como acatar o referido acórdão.
Requereu a reforma da decisão.
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 17/01/2011 para sessão nº 19/2011 de 20/01/2011 às 18:01.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. À LUZ DAS
DISPOSIÇÕES CONTIDAS NO ARTIGO 19, OS DADOS CONSTANTES DO
CADASTRO NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOCIAIS – CNIS RELATIVOS
A VÍNCULOS, VALEM COMO PROVA DE FILIAÇÃO À PREVIDÊNCIA
SOCIAL, TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E SALÁRIOS-DE-CONTRIBUIÇÃO.
AS INFORMAÇÕES INSERIDAS EXTEMPORANEAMENTE SERÃO
ACEITAS SE CORROBORADAS POR DOCUMENTOS QUE COMPROVEM
SUA REGULARIDADE. SEGURADO IMPLEMENTOU AS CONDIÇÕES
EXIGIDAS NO § 7º DO ARTIGO 201 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, PARA
A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO PLEITEADO . RECURSO CONHECIDO E
NÃO PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO
O presentes os pressupostos de admissibilidade o presente recurso merece ser conhecido.
Conforme relatado, tratam os autos de benefício previsto no § 7º do artigo 201 da Constituição Federal
em vigor, que assegura a aposentadoria no Regime Geral de Previdência Social, aos trinta e cinco anos de
contribuição, se homem e trinta anos de contribuição, se mulher. Como o benefício foi requerido após advento da EC
Nº 20/98, fica sujeito, portanto, aos preceitos por ela estabelecidos.
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Seleção de Acórdãos
I – contar com cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos
de idade, se mulher; e
II - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do
tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o limite de
tempo constante da alínea anterior.
Em suas razões de recurso a este Conselho, o INSS requer a reforma da decisão, alegando que a 24ª
JR/ES determinou a inclusão do tempo relativo ao período de 01/04/1993 a 04/04/1995, e o fez desconsiderando o
disposto no artigo 19 do Regulamento da Previdência Social –RPS, aprovado pelo Decreto nº 3048/99, que assim não
vê como acatar o referido acórdão.
Nesse sentido importa esclarecer que o referido artigo 19 estabelece que “os dados constantes do
cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS relativos a vínculos, remunerações e contribuições valem como
prova de filiação à previdência social, tempo de contribuição, e salários-de-contribuição; e que as informações
inseridas extemporaneamente somente serão aceitas se corroboradas por documentos que comprovem a sua
regularidade.
Além disso, cabe recordar o que estabelece o art. 456 da Consolidação das Leis do Trabalho- CLT, que
diz: “A prova do contrato individual de trabalho será feita pelas anotações constantes na CTPS ou por outro
instrumento escrito e suprida por todos os meios de prova admitidos no direito”. Não obstante o fato de essas
anotações possuírem veracidade “júris tantum”, podendo até mesmo ser elidida, é bom que se esclareça, que até
prova cabal em contrário, são título hábil para a aferição do liame de emprego, sendo eivada de ilegalidade sua
rejeição pelo Órgão Previdenciário, ainda que sob conjectura de fraude, que, em direito não se presume,
demonstra-se.
No presente caso, nenhuma irregularidade foi argüida ou devidamente demonstrada, quanto aos
referidos contratos, razão pela qual o tempo relativo ao período de 01/04/1993 a 04/05/1995 deverá ser aceito e
computado na apuração do tempo de contribuição, porquanto não pode o trabalhador ser penalizado pelo fato de a
empresa não ter cumprido com as suas obrigações perante à Previdência Social.
VOTO no sentido de CONHECER DO RECURSO do INSS, para no mérito, NEGAR – LHE PROVIMENTO.
849
Seleção de Acórdãos
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Seleção de Acórdãos
Relatório
Cuida-se de recurso interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS em face do
acórdão proferido pela 9ª Junta de Recursos do Conselho de Recursos da Previdência Social - CRPS, que
deu parcial provimento ao recurso interposto pelo segurado Airton Rodrigues Cardoso contra a decisão da
Autarquia, que indeferiu a concessão do benefício de Aposentadoria por Tempo de Contribuição requerido
em 26/05/2009, então com 51 anos de idade.
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Seleção de Acórdãos
Inconformado, o segurado interpôs recurso, o qual foi remetido à douta 9ª JR/MG, que
reconhecendo como de natureza especial a atividade exercida no período de 01/08/89 a 29/12/93,
enquadrando-se no código 2.1.4 do Anexo ao Decreto n. 53.831/64, lhe deu parcial provimento, mas
manteve o indeferimento da aposentação por falta de tempo de contribuição, cf. acórdão às fl. 58/60.
Inconformado, o Instituto apresentou recurso, mediante razões à fl. 65, alegando, em síntese,
que o professor tem direito à aposentadoria especial quando cumpre o tempo exigido em lei,
exclusivamente na atividade de magistério, conforme art. 56 da Lei n. 8.213/91.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 09/03/2011 para sessão nº 76/2011 de 15/03/2011 às 17:01.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. ATIVIDADE
ESPECIAL. CATEGORIA PROFISSIONAL. PROFESSOR.
ENQUADRAMENTO NO CÓDIGO 2.1.4 DO ANEXO AO DECRETO
53.831/64. CONVERSÃO DE TEMPO ESPECIAL EM COMUM.
RECONHECIMENTO ATÉ 09/07/1981. DATA DA PUBLICAÇÃO DA
EMENDA CONSTITUCIONAL N. 18/81.. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO
Conheço do recurso, pois presentes as condições para o conhecimento.
A aposentadoria por tempo de contribuição encontra-se prevista no art. 201, § 7º, inciso I, da
Constituição Federal, alterado pela Emenda Constitucional n. 20/98, e estabelece que seja concedida ao
segurado que implementar 35 anos de contribuição, com proventos integrais, independente de idade
mínima.
E de acordo com o art. 9º, § 1º, da Emenda Constitucional n. 20/98, será devida a
aposentadoria proporcional, desde que comprovada a idade mínima de 53 anos, se homem, e um período
adicional de contribuição equivalente a 40% (quarenta por cento) do tempo que na data da publicação da
Emenda em questão faltaria para atingir o limite mínimo para a aposentadoria.
Para a obtenção do benefício, sem a comprovação da idade mínima, na forma prevista no art.
52 da Lei n. 8.213/91, previu o legislador, ainda, a sua concessão desde que comprovado o tempo mínimo
de 30 anos de serviço até 16/12/98, se homem, conforme disposto no art. 3º da Emenda Constitucional n.
20/98.
A legislação em vigor assegura a conversão de atividade especial em comum, mas desde que
presentes os requisitos na forma do disposto no art. 64, § 1º, do Decreto n. 3.048/99: ”§ 1º A concessão da
aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do
Seguro Social, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado no caput.”.
852
Seleção de Acórdãos
Com efeito, o fator de risco informado pela empresa, qual seja, postura, não é considerado
agente nocivo para fins previdenciários, conseqüentemente não havendo que se falar em atividade especial
e direito à conversão para tempo comum, podendo sê-lo, se o caso, para fins trabalhistas, com o escopo de
se obter adicional de insalubridade.
Por outro lado, não há como reconhecer como especial a atividade pela categoria profissional
de Professor, tal como concluiu a douta 9ª JR/MG.
853
Seleção de Acórdãos
Logo, no caso concreto, considerando que os períodos que o segurado pretende ver
reconhecidos como especiais, quais sejam, 01/08/89 a 01/05/93 e 01/05/93 a 29/12/93, são posteriores à
Emenda Constitucional n. 18/81, não há como reconhecê-los como de natureza especial, com
enquadramento no código 2.1.4 do Anexo ao Decreto n. 53.831/64.
Isto posto, o segurado, que por ora somente pode pleitear a aposentação integral, eis que não
completou 53 (cinqüenta e três) anos de idade, requisito etário para a aposentação proporcional, não
preenche os requisitos do art. 201, § 7º, inciso I, da Constituição Federal, não fazendo jus, pois, à
aposentação, com proventos integrais.
CONCLUSÃO
854
Seleção de Acórdãos
855
Seleção de Acórdãos
856
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata o processo de pedido de APOSENTADORIA ESPECIAL, formulado ao Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS), pelo Senhor JOÃO BOSCO DE LIMA, em 17/11/09, contando com 46 anos de
idade.
Para instrução dos autos juntou os Perfis Profissiográficos Previdenciários das empresas:
· NEXANS BRASIL S/A no período de 09/07/84 a 31/05/85, 01/06/85 a 31/12/85 e de
01/01/86 a 03/09/86, laborado nas funções de Trabalhador A, Servente e Ajudante exposto aos
níveis de ruído de 92 decibéis (fls. 20);
· NOVELIS DO BRASIL LTDA no período de 15/09/86 a 31/10/87, laborado nas funções de
Operador de Refusão II, Forneiro, exposto aos níveis de ruído superiores a 83,9 decibéis, calor
de 34,8 graus centígrados e risco de acidente (fls. 21/23);
· ALERIS LATAS S/A RECICLAGEM LTDA no período de 08/01/96 a 01/03/06, na função
de Operador de Produção II e níveis de ruído de 93,5 decibéis, calor de 26,2 graus centígrados
e poeira (fls. 24/26); 01/03/06 a 01/12/09, laborado na função de Operador de Produção II,
exposto aos níveis de ruído de 89,3 decibéis e calor de 23 graus centígrados (fls. 27/29).
A Perícia Médica do Instituto, por meio de Análise e Decisão Técnica de Atividade Especial
enquadrou os períodos de 09/07/84 a 03/09/86, 15/09/86 a 04/09/95 e de 08/01/96 a 11/12/98, deixando de
enquadrar o período de 12/12/98 a 01/12/09 (fls. 30), apurando 14 anos, 00 meses e 21 dias de tempo de
contribuição.
O pedido foi indeferido, por motivo de falta de tempo de contribuição – atividade descrita no
formulário de informações para atividades especiais não foram enquadradas pela perícia medica (fls. 50), uma vez
que houve uso do Equipamento de Proteção Individual eficaz (fls. 20).
Desta feita, o INSS apresentou recurso a uma das Câmaras de Julgamento deste conselho,
fazendo um breve histórico dos fatos para em seguida alegar que houve não apresentação de documentos suficientes
que confirmam o trabalho sob condições insalubres, uma vez que houve utilização de Equipamento de Proteção
Individual eficaz.
857
Seleção de Acórdãos
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 23/03/2011 para sessão nº 94/2011 de 28/03/2011 às 15:30.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA ESPECIAL. CUMPRIDOS OS REQUISITOS
CONTIDOS NO ARTIGO 57 DA LEI Nº 8.213/91, O BENEFÍCIO DEVE SER
CONCEDIDO, POR TER O SEGURADO IMPLEMENTADO MAIS DE 25
ANOS DE TRABALHO SOB CONDIÇÕES ESPECIAIS. RECURSO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO
O recurso é tempestivo.
Art.70. (...)
§ 1º A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerá ao
disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço.
§ 2º As regras de conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade
comumconstantes deste artigo aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer período.
No caso em tela, registra-se que o formulário PPP para o período de 12/12/98 a 01/12/09 confirma o
trabalho habitual e permanente ao agente nocivo, conforme impõe o art. 65 do Decreto nº 3.048/1999, abaixo
transcrito:
À luz da legislação previdenciária em vigor à época da prestação dos serviços e em análise do caso
concreto houve atendimento acerca das disposições referentes ao trabalho exercido sob condições especiais,
devendo ser efetivado o enquadramento dos períodos de nos códigos 1.1.6, 1.1.5 e 2.0.1 do anexo aos Decretos nº
2.172/91 e 3.048/99.
858
Seleção de Acórdãos
À luz da legislação previdenciária em vigor à época da prestação dos serviços e em análise do caso
concreto houve atendimento acerca das disposições referentes ao trabalho exercido sob condições especiais, pois
deve ser analisado o ambiente laboral como um todo.
Por fim, no tocante aos Equipamentos de Proteção Individual – EPI é cabível a aplicação do
Enunciado nº 21 do Conselho Pleno do CRPS, segundo o qual deve ser analisado todo o ambiente de trabalho, de
maneira que o simples fornecimento de EPI, por si só, não exclui a hipótese de exposição a agentes nocivos:
ENUNCIADO Nº 21:O simples fornecimento de equipamento de
proteção individual de trabalho pelo empregador não exclui a hipótese de
exposição do trabalhador aos agentes nocivos à saúde, devendo ser considerado
todo o ambiente de trabalho.
Assim é cabível o deferimento do benefício na forma prevista no artigo 57 da Lei nº 8.213/91, uma vez
que houve implementação de 25 anos de trabalho sob condições especiais.
Isto posto e,
CONCLUSÃO: Diante do exposto, voto no sentido de CONHECER DO RECURSO do INSS, para no mérito,
NEGAR PROVIMENTO AO PEDIDO
859
Seleção de Acórdãos
860
Seleção de Acórdãos
Relatório
O senhor EDSON PETLA MENDAS contando, então, com 58 anos de idade, requereu em
20/05/2008, o benefício Aposentadoria por Tempo de Contribuição, na condição de contribuinte individual
(empresário).
Para instrução dos autos, o interessado apresentou cópias do Contrato Social da empresa Petam Gold
Corretora de Seguros Ltda, fls. 12 e alterações, Certidão Simplificada da Petla Administração e Corretagem e
Certidão de Cancelamento de Inscrição, fls. 12/35.
Após análise da documentação apresentada, o INSS efetuou uma simulação para apuração de tempo
de contribuição (fls. 37/48), em que processou para o interessado um tempo de contribuição de 23 anos, 3 meses e 26
dias, até 16/12/1998 e 32 anos e 7 meses, até a data da entrada do requerimento e indeferiu o pedido por falta de
tempo de contribuição, conforme documento de fls. 49 e Comunicação de Decisão de fls. 52
Contra a decisão, o interessado interpôs recurso ordinário a este Conselho, solicitando a alteração da
Data da Entrada do Requerimento para 12/08/2008.
Consta dos autos, nova simulação do tempo de contribuição em que se processou para o interessado
um tempo de contribuição de 28 anos, 10 meses e 6 dias e outra, fls. 70/78, em que se processou para o interessado
um tempo de 23 anos, 4 meses e 21 dias, até 16/12/1998 e 30 anos, 3 meses e 6 dias, até 31/01/2009, sem a inclusão
do tempo relativo ao período de 01/03/2000 a 31/03/2003.
Em face das disposições contidas no Provimento nº 120/2009, o recurso foi redistribuído para a
Vigésima Quarta Junta de Recursos – 24ªJR/ES que, por meio do Acórdão nº1272/2010, deu provimento ao recurso
do interessado. Considerou para efeito do cômputo do tempo de contribuição a apuração de fls. 46.
Consta dos autos, cópias de Guias Recolhimento da Previdência Social –GPS, relativas ao período de
01/2000 a 12/2002, em nome da empresa, tendo como código de pagamento 2100 (empresa) e identificador o CNPJ
da empresa. Às fls. 152, consta documento firmado pelo interessado, solicitando a convalidação dos recolhimentos
relativos às competências de 03/2000 a 03/2003 para o NIT 1.143.213.129-4, o que foi indeferido, conforme
despacho de fls. 154.
861
Seleção de Acórdãos
O INSS interpôs Recurso especial a uma das Câmaras de Julgamento deste Conselho, requerendo a
reforma da decisão, conforme razões aduzidas às fls 157, em que alega em síntese que não constam dos autos
comprovantes de recolhimento das contribuições relativas ao período em questão, bem assim não há informações no
CNIS de que tenha havido o recolhimento das referidas contribuições.
O interessado ofereceu contrarrazões, em que alega que as GFIP foram transmitidas nas datas previstas.
Requer o reconhecimento da quitação do período de 03/2000 a 03/2003, para que seja incluído no cômputo do tempo
de contribuição do segurado e assim seja acatada a decisão da 24ªJR/ES.
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 14/01/2011 para sessão nº 15/2011 de 20/01/2011 às 14:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE DE INCLUSÃO, NO CÔMPUTO DO TEMPO DE
CONTRIBUIÇÃO, DO TEMPO RELATIVO AO PERÍODO DE 03/2000 A
03/2003, POR SE TRATAR DE CONTRIBUIÇÃO A CARGO DA EMPRESA,
INCIDENTE SOBRE A REMUNERAÇÃO PAGA AO SEGURADO
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL (PRO-LABORE), NOS TERMOS DO
ARTIGO 22, INCISO III DA LEI Nº 8212/91. O SEGURADO NÃO
IMPLEMENTA AS CONDIÇÕES ESTABELECIDAS NO § 7º DO ARTIGO 201
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NEM IMPLEMENTOU OS REQUISITOS
NECESSÁRIOS, DE ACORDO COM O ARTIGO 9º DA EMENDA
CONSTITUCIONAL Nº 20/98, PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO
PLEITEADO . RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO:
Inicialmente, cabe analisar a preliminar de intempestividade argüida pelo próprio INSS, bem assim o
pedido de sua relevação.
Com efeito, muito embora não conste dos autos a data em que os autos deram entrada no Serviço de
Reconhecimento de Direitos da Gerência Executiva do INSS em Curitiba, porém considerando a data da prolação do
Acórdão ( 04/02/2010) e data da elaboração do recurso (pois também não consta a data de sua protocolização) em
05/08/2010, tenho por mim que, de fato, o presente recurso foi apresentado fora do prazo regulamentar previsto no
artigo 305, § 1º do Regulamento da Previdência Social –RPS, aprovado pelo Decreto nº 3048/99.
Todavia, nos termos do artigo 13 , inciso II do Regimento Interno do CRPS, aprovado pela Portaria nº
323/2007, pode o conselheiro relator, propor à composição julgadora relevar a intempestividade de recursos, no
corpo do próprio voto, quando fundamentadamente entender que, no mérito, restou demonstrada de forma
inequívoca a liquidez e certeza do direito da parte;
Assim é que, com base nos documentos juntados aos autos em sede de recurso, fls. 100/119, que se
tratam de Guias de Recolhimento da Previdência Social –GPS, em nome da empresa, em que figuram nos campos
código de pagamento, o código que se refere a recolhimento de contribuições a cargo da empresa e no campo
identificador o CNPJ da empresa, não resta nenhuma dúvida, de que tal recolhimento, refere-se à contribuição a
862
Seleção de Acórdãos
cargo da empresa, incidente sobre a remuneração paga ao segurado contribuinte individual (pro-labore), nos termos
do inciso III do artigo 22 da Lei nº 8212/91, restando assim demonstrada a insuficiência do tempo de contribuição
para a concessão do benefício, e, via de conseqüência, o direito líquido e certo da parte recorrente (INSS).
Conforme relatado, tratam os autos de benefício previsto no § 7º do artigo 201 da Constituição Federal
em vigor, que assegura a aposentadoria no Regime Geral de Previdência Social, aos trinta e cinco anos de
contribuição, se homem e trinta anos de contribuição, se mulher. Como o benefício foi requerido após advento da EC
Nº 20/98, fica sujeito, portanto, aos preceitos por ela estabelecidos.
I – contar com cinqüenta e três anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos
de idade, se mulher; e
II - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:
a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e
b) um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento do
tempo que, na data da publicação desta Emenda, faltaria para atingir o limite de
tempo constante da alínea anterior.
Em suas razões de recurso, o INSS alega que a decisão da 24ºJR/ES contraria os preceitos legais
norteadores da matéria, por isso a SRD retifica o acatamento inicial do acórdão, levando em consideração o fato de
que não consta do CNIS nem dos autos, elementos comprobatórios de recolhimento das contribuições em nome do
segurado, para o período de 03/2000 a 03/2003.
Nesse sentido, razão lhe confiro porquanto, com relação às contribuições dos
segurados contribuintes individuais (empresário) no período em questão (03/2000 a 03/2003),
nos termos do artigo 30 inciso II da Lei nº 8212/91, era do próprio contribuinte individual a
obrigação de recolher as suas contribuições, até o dia 15 do mês seguinte àqueles a que se
referiam, sendo que somente com o advento da Lei nº 10666/2003, que a obrigação do
recolhimento das contribuições devidas pelo segurado contribuinte individual passou a ser
obrigação da empresa tomadora dos serviços.
863
Seleção de Acórdãos
Assim, para efeito de cômputo do tempo de contribuição,de acordo com o período que se queira
computar, além da apresentação das GFIP que prestam à comprovação da efetiva prestação dos serviços, o segurado
contribuinte individual deve apresentar os comprovantes dos recolhimentos de suas contribuições, por meio de
Carnês, GRPS, ou GPS, na qual conste como identificador o NIT e o código de pagamento correspondente ao
contribuinte individual.
Com isso, o interessado somente logrou comprovar um tempo de contribuição, até a data da entrada do
requerimento, DER de 28 anos , 10 meses e 6 dias, conforme simulação de fls. 62, insuficiente para a concessão do
benefício nos termos do § 7º do artigo 201 da Constituição Federal de 1988.
864
Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata-se de pedido de APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUÇÃO, formulado ao
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelo Senhor MAURO PEREIRA GASPAR, em 05/06/09, contando
com 48 anos de idade.
O pedido foi indeferido por falta de tempo de contribuição, conforme Comunicação de Decisão,
fls. 41.
Inconformado com o indeferimento de seu pedido, o requerente apresentou recurso à 24ª Junta de
Recursos da Previdência Social no Estado do Espírito Santo – 24ª JRPS/ES, que DEU provimento ao pedido,
entendendo que também deve ser efetivado os enquadramentos dos períodos de 01/05/86 a 24/07/87 e de 29/04/95 a
13/09/08, conforme fundamentado no Acórdão nº. 4496/2010, fls. 58/61.
865
Seleção de Acórdãos
Discordando do ato prolatado pela 24ª JRPS/ES, o INSS ingressou com recurso a uma das
Câmaras de Julgamento deste Conselho, fazendo um breve histórico dos fatos para em seguida solicitar que não há
possibilidade de computar os períodos de 01/05/86 a 31/12/86, em que laborou junto à empresa MINERAÇÃO
SANTA MARTA MÁRMORES E GRANITOS/ 01/11/88 a 30/04/04 – MINERAÇÃO MIMOSO LTDA – ME,
haja vista a inexistência de documentação contemporânea para confirmar a prestação de serviço (fls. 72/75).
Estes autos foram objeto de apreciação por esta Câmara que converteu o julgamento em diligência,
a fim de que o INSS solicitasse das empresas MINERAÇÃO SANTA MARTA MARMORARIA E GRANITO
LTDA no período de 01/05/86 a 24/07/87, laborado na função de Servente, exposto aos níveis de ruído de 95,80
decibéis (fls. 24/25); Perfil Profissiográfico Previdenciário da empresa MINERAÇÃO MIMOSO LTDA – ME para
o período de 01/11/88 a 13/09/08, laborado na função de Encarregado, exposto aos níveis de ruído de 102,2 decibéis
e poeira mineral (fls. 26/27), a Declaração de Extemporaneidade, conforme alegação de sua Perícia Médica de fls.
43, objetivando verificar se houve mudanças no lay-out ou ambiente de trabalho à época em que o segurado laborou.
Por oportuno, o INSS deveria realizar pesquisa junto às empresas citadas com o intuito de
confirmar a existência do vínculo empregatício para os períodos em questão, conforme questionado pelo INSS (fls.
109/111).
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 22/03/2011 para sessão nº 94/2011 de 28/03/2011 às 15:30.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
COMPROVADAS AS CONDIÇÕES ESTABELECIDAS NO ARTIGO 57 DA
LEI Nº 8.213/91, O BENEFÍCIO DEVE SER TRANSFORMADO EM
APOSENTADORIA ESPECIAL, POSTO QUE ATINGIDOS MAIS DE 25
ANOS SOB CONDIÇÕES ESPECIAIS. RECURSO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO
Recurso tempestivo conforme § 1º do artigo 305 do Regulamento da Previdência Social - RPS,
aprovado pelo Decreto nº 3.048/99.
866
Seleção de Acórdãos
Entretanto, registra-se que o formulário PPP para o período de 29/04/95 a 13/09/08 confirmam o
trabalho habitual e permanente ao agente nocivo, conforme impõe o art. 65 do Decreto nº 3.048/1999, abaixo
transcrito:
“Art. 65. Considera-se trabalho permanente, para efeito desta
Subseção, aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no
qual a exposição do empregado (...) ao agente nocivo seja indissociável da
produção do bem ou da prestação do serviço. (...)”.
À luz da legislação previdenciária em vigor à época da prestação dos serviços e em análise do caso
concreto houve atendimento acerca das disposições referentes ao trabalho exercido sob condições especiais,
devendo ser efetivado o enquadramento dos períodos de nos códigos 1.1.6, 1.1.5 e 2.0.1 do anexo aos Decretos nº
2.172/91 e 3.048/99.
Com relação ao uso do Equipamento de Proteção Individual (E.P.I.), tal recurso não deve ser
considerado, conforme dispositivos citados abaixo:
ENUNCIADO Nº 21: O simples fornecimento de equipamento de proteção individual de
trabalho pelo empregador não exclui a hipótese de exposição do trabalhador aos agentes nocivos à saúde, devendo
ser considerado todo o ambiente de trabalho.
Diante disso, registre-se que computando e enquadrando os períodos da tabela abaixo, o segurado
conta com mais de 25 anos de trabalho sob condições especiais na forma prevista no artigo 57 da Lei nº 8.213/91,
cabendo a transformação da espécie para aposentadoria especial.
1/9/1977 9/9/1983 6 0 9 0 0 0
2/5/1984 10/9/1985 1 4 9 0 0 0
1/11/1988 13/9/2008 19 10 13 0 0 0
Total Parcial 27 3 1
TOTAL FINAL 27 3 1
O benefício Aposentadoria Especial está prevista no artigo 57 da Lei nº 8.213/91, transcrito abaixo:
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta
Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos,
conforme dispuser a lei. (...).
Isto posto e,
867
Seleção de Acórdãos
CONCLUSÃO: Pelo exposto, VOTO no sentido de CONHECER do recurso do INSS, para, NO MÉRITO,
NEGAR PROVIMENTO ao seu apelo
868
Seleção de Acórdãos
Nº. de Protocolo do
37153.002089/2009-51
Recurso:
RETAGUARDA/BENEFÍCIO - AGÊNCIA SÃO PAULO
Unidade de Origem:
ARICANDUVA
Documento: 0149.780.339-7
Recorrente: JOSE ALFREDO STREILI
Recorrido: INSS/Décima Terceira Junta de Recursos
Assunto/Espécie Benefício: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Relator(a): DANIEL FLÁVIO SOUZA FONSECA
Relatório
Cuida-se de recurso interposto por José Alfredo Streili em face do acórdão proferido pela 13ª
Junta de Recursos do Conselho de Recursos da Previdência Social - CRPS, que negou provimento ao
recurso interposto contra a decisão do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, que indeferiu a
concessão do benefício de Aposentadoria por Tempo de Contribuição requerido em 22/08/2009, então
com 54 anos de idade.
Inconformado, o segurado interpôs recurso, o qual foi remetido à douta 13ª JR/SP, que
inicialmente converteu o julgamento em diligência preliminar, a fim de que a Perícia Médica do Instituto
novamente se manifestasse (fl. 70).
869
Seleção de Acórdãos
Os autos retornaram à douta 13ª JR/SP que, mantendo a decisão do Instituto, negou
provimento ao recurso, cf. acórdão às fl. 81/85.
Ainda inconformado, o segurado apresentou recurso, mediante razões às fl. 89/92, alegando,
em síntese, ter demonstrado a exposição a agentes químicos, fazendo jus ao reconhecimento da atividade
como de natureza especial.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 15/03/2011 para sessão nº 76/2011 de 15/03/2011 às 17:01.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. ANALISTA
QUÍMICO. ENQUADRAMENTO NO CÓDIGO 2.1.2 DO ANEXO AO
DECRETO N. 53.831/64. EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS.
IRRELEVÂNCIA. CONVERSÃO DE TEMPO ESPECIAL EM COMUM ATÉ
28/04/95, DATA DO ADVENTO DA LEI N. 9.032/95. RECURSO CONHECIDO
E PROVIDO
A aposentadoria por tempo de contribuição encontra-se prevista no art. 201, § 7º, inciso I, da
Constituição Federal, alterado pela Emenda Constitucional n. 20/98, e estabelece que seja concedida ao
segurado que implementar 35 anos de contribuição, com proventos integrais, independente de idade
mínima.
E de acordo com o art. 9º, § 1º, da Emenda Constitucional n. 20/98, será devida a
aposentadoria proporcional, desde que comprovada a idade mínima de 53 anos, se homem, e um período
adicional de contribuição equivalente a 40% (quarenta por cento) do tempo que na data da publicação da
Emenda em questão faltaria para atingir o limite mínimo para a aposentadoria.
Para a obtenção do benefício, sem a comprovação da idade mínima, na forma prevista no art.
52 da Lei n. 8.213/91, previu o legislador, ainda, a sua concessão desde que comprovado o tempo mínimo
de 30 anos de serviço até 16/12/98, se homem, conforme disposto no art. 3º da Emenda Constitucional n.
20/98.
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Seleção de Acórdãos
As regras de conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum
constantes deste artigo aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer período.”
Isso porque determinadas categorias profissionais foram elencadas como especiais mediante
presunção legal de exercício profissional sob condições agressivas, não dependendo o reconhecimento do
tempo de serviço especial da efetiva exposição aos agentes nocivos se prestado o labor durante a vigência
da norma, bastando que o trabalhador exerça efetivamente a atividade fim, a qual enquadrada nas relações
dos citados Decretos.
Na realidade, essas categorias profissionais foram elencadas como especiais pois havia
presunção legal de exercício em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física do trabalhador.
Não se exigia do trabalhador a prova da efetiva exposição aos agentes nocivos, mas apenas
que estivesse enquadrado nas categorias profissionais que a lei considerou especiais, sendo desnecessária
a comprovação do exercício da atividade especial mediante laudo técnico pericial, o que vigorou até o
advento da Lei n. 9.032, de 28/04/95, que revogou a conversão de atividade especial em comum por
categoria profissional.
A presunção legal vigeu até o advento da Lei n. 9.032/95, sendo que a partir desta lei a
comprovação da atividade especial passou a ser feita por intermédio dos formulários SB40 e DSS8030, até
a edição do Decreto n. 2.172/97, o qual regulamentou a Medida Provisória n. 1.523/96, posteriormente
convertida na Lei n. 9.528, de 10/12/97, momento a partir do qual se passou a exigir laudo técnico.
Com efeito, no exercício de seu labor o segurado executava atividades em que não havia
contato com produtos químicos, a exemplo de “Fazia também a conferência analítica de documentação”,
o que descaracteriza a habitualidade e permanência de exposição à nocividade.
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Seleção de Acórdãos
No que tange à atividade exercida durante o remanescente do período, qual seja, 29/04/95 a
08/12/95, não há como reconhecê-la como de natureza especial com base nos agentes químicos, à míngua
de comprovação da exposição habitual e permanente, não ocasional nem intermitente à nocividade.
Com efeito, no exercício de seu labor o segurado executava atividades em que não havia
contato com produtos químicos, a exemplo de “Fazia também a conferência analítica de documentação”,
o que descaracteriza a habitualidade e permanência de exposição à nocividade.
Por outro lado, não há como reconhecer como de natureza especial a atividade com base nos
agentes nocivos, à míngua de comprovação da exposição habitual e permanente, não ocasional nem
intermitente à nocividade.
Com efeito, no exercício de seu labor o segurado executava atividades em que não havia
contato com produtos químicos, a exemplo de “Análise de produtos acabados, (...) calibração de
equipamentos e leitura diária de temperaturas”, o que descaracteriza a habitualidade e permanência de
exposição à nocividade.
CONCLUSÃO
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Seleção de Acórdãos
Relatório
AQUILINA STEIGER requereu em 09/07/2010, benefício de pensão por morte de Ovidio Steiger,
com quem supostamente mantinha União Estável após separação judicial, tendo sido indeferido pelo INSS por não
comprovar a qualidade de dependente - companheira.
- Certidão de Óbito de falecido, com data de falecimento em 09/07/2010, constando domicílio na Rua
Andrigheti nº 2155, Bairro Ipê Caxias do Sul/RS constando como separado sendo declarante a requerente (fls. 05).
- Conta de energia em nome da requerente para 04/2010 constando endereço na Rua dos Bem ti vis nº
2155, Vila Ipê/RS (fls. 08);
O INSS indeferiu o pedido, alegando não ter sido comprovada a qualidade de dependente –
companheira.
Consta nos autos informação de que o instituidor era aposentado desde 29/09/2006 (fls. 08);
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A 18ª JRPS/RS negou provimento ao recurso por não restar comprovada a qualidade de segurada,
apesar de se referir fatos distintos do processo.
A interessada recorreu a esta Câmara alegando que convivia com o instituidor antes do óbito.
O INSS apresentou contra-razões alegando que a requerente não apresentou provas do mesmo
domicílio.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 22/03/2011 para sessão nº 99/2011 de 29/03/2011 às 09:00.
Voto
EMENTA: PENSÃO POR MORTE PREVIDENCIÁRIA. NÃO COMPROVA
DA UNIÃO ESTÁVEL APÓS A SEPARAÇÃO JUDICIAL ATÉ A DATA DO
ÓBITO. NÃO ATENDIDAS AS CONDIÇÕES EXIGIDAS PELO ART. 74 DA
LEI 8213/91.. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO
O art. 74 da Lei 8213/91 estabelece a concessão do benefício de pensão por morte aos dependentes do
segurado falecido.
III- declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu
dependente;
IV - disposições testamentárias;
VIII - prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos
da vida civil;
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Seleção de Acórdãos
XIII- apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa
interessada como sua beneficiária;
XIV - ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como
responsável;
I - para o cônjuge, pela separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for assegurada a prestação de alimentos,
pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado;
II - para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não
lhe for garantida a prestação de alimentos;
A requerente busca ser reconhecida como dependentes do ex-segurado, para ser beneficiária de pensão
por morte.
Restou demonstrado que a requerente foi casada com o requerente e em 2006 houve separação
judicial, no entanto, não apresentou documentos para comprovar que após a separação mantiveram união estável e
esta perdurou até a data do óbito, ou seja, antes de 25/06/2010, também não comprovou que lhe era assegurada
prestação de alimentos após a separação judicial.
Tendo em vista, que não ficou demonstrada a união estável até a data do óbito e a dependência
econômica entre a recorrente e o ex-segurado não ficou presumida, não cumprindo os requisitos estabelecidos pelo
art. 74 da Lei 8.213/9, a recorrente não faz jus à concessão de Pensão por Morte.
CONCLUSÃO
Pelo exposto, VOTO no sentido de CONHECER DO RECURSO da interessada, para, no mérito, NEGAR
PROVIMENTO
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Seleção de Acórdãos
Relatório
Trata-se de suspensão de benefício Aposentadoria por Idade em razão de falhas no processo
concessório, conforme Relatório de Auditoria do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS (fls.91/93).
O processo foi reconstituído com cópia conferida com o original pelo INSS que na auditoria constatou
indício de irregularidade na concessão do benefício.
Verifica-se que o requerente foi notificado para defesa com o fim de comprovar a regularidade na
documentação que embasou a concessão do benefício (fls.50/52).
O requerente em prol de sua defesa apresentou documentos (fls.55/63) em que alegou a condição de
trabalhador rural como Diarista desde 1987 quando retornou de São Paulo para o Ceará.
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O INSS após análise dos fatos (fls.67) considerou as provas insuficientes para manutenção do
benefício, sendo levantado o montante do débito a ser ressarcido pelo requerente à Previdência Social (fls.82/85),
ofertou-lhe o direito de recurso contra a decisão.
Inconformado, o interessado recorreu à 27ª Junta de Recursos da Previdência Social no Estado do Rio
Grande do Norte que negou provimento.
O Interessado apelou a uma das Câmaras de Julgamento deste Conselho alegando que na instrução dos
autos apresentou os documentos que julgou necessários ao deferimento de seu pedido, sem que tivesse a intenção de
infringir a legislação previdenciária. Salientou que o benefício foi concedido com base nos documentos da atividade
rural, sem contestação naquela época. Solicitou que fosse afastada a cobrança do valor levantado pelo INSS,
reiterando convicção que a suspensão do benefício foi irregular, razão de pleitear o imediato restabelecimento,
assegurando-lhe o direito de defesa com apresentação de outros documentos.
É o Relatório.
Inclusão em Pauta
Incluído em Pauta no dia 01/12/2010 para sessão nº 520/2010 de 06/12/2010 às 17:00.
Voto
EMENTA: APOSENTADORIA POR IDADE. NÃO COMPROVADOS OS
REQUISITOS ESTABELECIDOS NOS ARTIGOS 142 E 48 DA LEI Nº 8.213/91,
O BENEFÍCIO NÃO DEVE SER RESTABELECIDO. RECURSO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO
FUNDAMENTAÇÃO:
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A legislação que rege a matéria está prevista nos artigos 11, 55 e 106 da Lei nº 8.213/91 e artigos 09,
62 e 63 do RPS/Decreto nº 3.048/99.
Vale salientar que a atividade rural exercida como Segurado Especial individual e/ou em regime de
economia familiar é aquela que visa especificamente subsistência do grupo familiar, sem utilização de empregados.
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou
rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de
terceiros, na condição de (...);
Considerando os documentos apresentados nos autos, nota-se início de prova material do exercício de
atividade rural pelo requerente, como Segurado Especial, em 08/1993 por meio de Folha de Pagamento do
Trabalhador pelo Programa Combate à Seca na qual consta como beneficiário, bem como, aquisição da terra em
1995, participação no Programa Hora de Plantar safra 95/96 e filiação ao STR de Mombaça/CE na qualificação de
Trabalhador Rural em 1999.
Salienta-se que na CTPS (fls.05/06) consta anotação de contrato de trabalho urbano de 1981 a 1983 e
de 1985 a 1986 e na Certidão de Casamento em 1992 consta a profissão do requerente na qualificação de Garçom.
Além disso, no Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS (fls.42/49) estão registros de atividade urbana do
requerente no período de 01/01/77 a 31/07/86, inscrição como Agente Autônomo em 01/10/75 e contribuição
individual de 10/89 a 02/91, fatos que descaracterizam o trabalho rural como meio de subsistência.
“Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto
se decorrente de: Incluídopels LEI Nº 11.718 - DE 20 JUNHO DE 2008 – DOU DE 23/6/2008”
Cabe observar que o requerente não se enquadra em nenhuma das hipóteses de exceção
estabelecidas nessa norma.
“§ 10. O segurado especial fica excluído dessa categoria: Incluídopels LEI Nº 11.718 - DE 20 JUNHO DE
2008 – DOU DE 23/6/2008
I – a contar do primeiro dia do mês em que: Incluídopels LEI Nº 11.718 - DE 20 JUNHO DE 2008 – DOU DE
23/6/2008
a) deixar de satisfazer as condições estabelecidas no inciso VII do caput deste artigo, sem prejuízo do
disposto no art. 15 desta Lei, ou exceder qualquer dos limites estabelecidos no inciso I do § 8 o deste artigo; Incluído
pels LEI Nº 11.718 - DE 20 JUNHO DE 2008 – DOU DE 23/6/2008 ;
Sendo assim, considerando atividade rural como Segurado Especial no período de 08/1993 a
04/04/2000 (data do requerimento), observa-se que o interessado não atinge 114 meses de tempo de serviço rural
imprescindível à manutenção e/ou restabelecimento do benefício previsto no artigo 48 da Lei nº 8.213/91.
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CONCLUSÃO
Pelo exposto, VOTO no sentido de CONHECER DO RECURSO DO INTERESSADO, para no mérito, NEGAR
PROVIMENTO.
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DECISÓRIO RESOLUÇÃO
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