História Indígena No Sertão Do Rio Grande Do Norte Após A "Guerra Dos Bárbaros": Resistência E Mestiçagem Cultural
História Indígena No Sertão Do Rio Grande Do Norte Após A "Guerra Dos Bárbaros": Resistência E Mestiçagem Cultural
História Indígena No Sertão Do Rio Grande Do Norte Após A "Guerra Dos Bárbaros": Resistência E Mestiçagem Cultural
então fugiram para outras capitanias após os eventos das Guerras dos Bárbaros 3 , não
sobrando praticamente nenhum representante dos vários grupos indígenas que habitavam
esse território quando chegaram os colonizadores brancos. Esses são discursos recorrentes
desaparecimento dos índios do Norte no decurso do século XIX que aparece em diversos
presença de índios nos assentos da Freguesia da Gloriosa Senhora Santa Ana do Seridó 7
entre os séculos XVIII e XIX. Essas evidências nos levam a acreditar, quando estamos
que os nativos foram elementos tão importantes quanto os brancos ou negros no processo
histórico da região em estudo: essas são algumas das razões de ser deste texto, que
pretende efetuar uma reflexão sobre as histórias indígenas no Sertão do Rio Grande do
dos Bárbaros.
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ANPUH – XXIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – Londrina, 2005.
Resistência
Seridó são os seus registros paroquiais. O limite diacrônico destes registros vai de 1789 a
1843 9 , intervalo em que aparecem índios sendo anotados nos livros de assentos de
indícios deixados por Dom José Adelino Dantas 11 e Sinval Costa 12 nos permitiram perceber
passagem dos seus fregueses, fossem brancos, negros, índios ou pardos. Ritos estes –
nascimento, casamento e morte – que obedeciam aos marcos da tradição católica romana,
exortada pelos curas e lembrada pelos sinos das capelas, que, com suas badaladas,
recordavam aos fiéis de seus compromissos com a Igreja. Imersos nesse universo colonial
iremos encontrar fregueses como Damiana Maria da Conceição, Tomé Gonçalves da Silva,
José Vidal de Brito, João dos Santos, Florentino e Alexandre, ambos índios. Suas histórias
população, como os homens de cor – pretos, pardos, crioulos e cabras. Essas trajetórias
podem nos fazer entender como se davam as relações entre esses grupos que conviviam
na freguesia. Daí não acharmos interessante referir-se a uma história indígena apenas,
fechada em si mesmo, sem comunicações com o restante do corpo social, mas, a histórias
indígenas, marcadas pela mestiçagem cultural 14 . Nossa ênfase, entretanto, recai sobre os
Estar junto aos índios nas capelas da Freguesia do Seridó assistindo a seus
batizados, casamentos e enterros nos deu condições de enxergar além das cerimônias
religiosas e do registro feito nos livros da Igreja, que dão notícia das suas passagens pelos
Seridó entre, pelo menos, a última década do século XVIII e as primeiras do século XIX.
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Este resultado se contrapõe à idéia veiculada pela historiografia clássica do Rio Grande do
Norte, que praticamente exclui a participação do índio da história regional a partir do fim das
Guerras dos Bárbaros. Augusto Tavares de Lira fala do extermínio dos índios 15 . Jayme da
Nóbrega Santa Rosa, por sua vez, afirmou de forma pessimista que do combate contra os
Tarairiu na Serra da Acauã “não escapou muita gente para contar a história”, embora, por
outro lado, dissesse que os “remanescentes (...) se esconderam em furnas aqui e acolá, ou
ficaram vagando pelos pés de serra, quando não se internaram no mato mais espesso”. 16
Câmara Cascudo é mais pungente ainda: escreve que os indígenas foram esmagados,
De maneira alguma queremos negar a violência que foi usada no avanço da fronteira
contra os povos indígenas da região decerto que tolheram suas chances de sobreviver em
meio a uma sociedade eurocêntrica e marcada pela exclusão social, ou mesmo de conviver
lado a lado com o homem branco. Mais que isso: grande parte dos grupos indígenas que se
deslocavam no sertão do Rio Grande quando dos primeiros contatos com os colonizadores
não sobreviveria às matanças levadas a termo pelas tropas coloniais. Os índios que as
Guerras dos Bárbaros não conseguiram banir do sertão foram aldeados em missões, sob a
direção de religiosos, onde passaram por processos de reelaboração de sua forma de ver e
diminutos em relação aos contingentes populacionais dos outros grupos sociais, o que
grande parcela de suas populações quando das Guerras dos Bárbaros. De 685 crianças
batizadas na freguesia entre 1803 e 1806, 1,16% eram índias; 2,42% dos 537 casamentos
celebrados envolviam indígenas entre 1788 e 1809, bem como 2,66% das 976 defunções
registradas entre 1788 e 1811 eram de índios. Poderíamos perguntar de onde eram
originários esses indígenas. Nem todos os registros trazem essa peculiaridade, porém, dos
assentos matrimoniais que trazem a origem dos nubentes constatamos que 07 índios/índias
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ANPUH – XXIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – Londrina, 2005.
(incluindo aqui vilas criadas a partir de antigas missões religiosas) e 05 de outras capitanias
O exame dessas fontes de natureza paroquial não nos permitiu detectar exemplos
tão concretos de mestiçagens como Serge Gruzinski o fez na América Espanhola da época
dos brancos, o dos negros, o dos pardos e o dos índios. Esferas que se interseccionavam
culturais cujos resultados são visíveis até hoje no estrato identitário dos habitantes da região
do Seridó.
Afora a dizimação parcial dos povos indígenas que se achavam no sertão do Rio
Grande quando das guerras, o apagamento de sua memória e de seus hábitos não se deu
situações que se constroem entre ambos, podemos afirmar que a cultura nativa não se
esgotou por completo. Um dos epílogos desse estudo é a sobrevivência biológica dos índios
fingindo a sujeição ao Rei de Portugal – durante os acordos de paz firmados nos finalmentes
das guerras – para que pudessem escapar 19 ou mesmo omitindo sua condição de índios,
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processo de extermínio dos nativos. Uma miríade de fatores contribuiu para que os conflitos
enviados ao sertão com o intuito de acabar com as populações indígenas tivessem que
estudar o seu comportamento, habitat e modo de vida para que pudessem vencê-las nas
guerras. Esse conhecimento acumulado acerca dos índios não foi jogado fora, já que,
apontaria a sobrevivência de objetos da cultura material nativa listados junto aos trastes e
do Caicó para o período de 1850-1890. Segundo ela, “Entre os utensílios domésticos mais
indígena correspondem ao único legado que o verdadeiro dono da terra conseguiu deixar” 22 .
De fato, o Inventário post morten do Capitão Cosme Pereira da Costa (datado de 1866), que
gamela pequena, avaliada por 1$000; um pilão novo e um velho, ambos por 6$000 e seis
potes, todos por 2$800 23 . Todavia não devemos absolutizar o peso dessa afirmação, já que
citamos apenas um exemplo que contém essas sobrevivências, mesmo sendo sabedores
que abundam, ainda nos tempos de hoje nas casas de fazenda e nos pequenos sítios do
panelas e quartinhas de barro, urupembas, jiraus e cestos de palha trançada que remetem à
cultura nativa.
Do lado dos nativos acreditamos que a opressão colonial não lhes suprimiu
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pesquisada. Ao lado das uniões sacramentadas pela Igreja, que eram dignas de nota e de
cor, das quais surgiram rebentos. Também na hora da morte os assentos dos índios
de praxe e recomendado pelos sacerdotes mais devotados da época. Talvez não fosse de
interesse dos índios receber ou deixar de receber os sinais sagrados, se pensarmos que
social da Colônia lhes recaía até mesmo na hora de serem enterrados. Todos os óbitos de
índios que encontramos, sem exceção, atestam que foram sepultados no corpo da capela
ou das grades para baixo, territórios da geografia da morte destinados, dentro dos templos,
da população. Outros tiveram um destino pior ainda aos olhos do Cristianismo, pois foram
enterrados no adro, região que circunda os templos, onde era comum o sepultamento de
homens de cor. Para um índio como Luís, que foi sepultado nas terras da Fazenda Bonfim,
talvez não tivesse tanta importância estar junto do Deus cristão e de seus entes no interior
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ANPUH – XXIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – Londrina, 2005.
que residiam nas fazendas e sítios sertanejos. Alguns indígenas aparentavam ter uma
situação um pouco melhor que as que mencionamos ainda há pouco. Trata-se dos índios
Senado da Câmara da antiga Vila Nova do Príncipe, levando bens da Justiça Pública para
hasta pública.
Sobrevivência?
caboclos como parte do estrato demográfico da região 25 , denominação dada aos índios no
decorrer do século XIX. No Seridó, a única informação de que dispomos até o presente
Antonio Soares nesse ano é relatada a presença de uma família, a dos Atanásios, próxima à
então Povoação de São Miguel do Jucurutu (hoje, Jucurutu-RN), que era reconhecia,
naquela época, de passado nativo por ser descendente do índio Dom Antonio Felipe
Camarão, além do que o chefe da família, Joaquim Atanásio, tinha “(...) o typo de verdadeiro
raça da população nos mostram, de 394 indígenas existentes no Rio Grande do Norte, 02
em Jucurutu e 31 em Caicó. O Censo 2000, por seu turno, registra 598 índios no estado do
por não termos a devida certeza de qual critério é utilizado para a definição do que seja ser
índio pelos agentes recenseadores do IBGE. Para o Brasil, embora os dados do IBGE
revelem que em apenas 10 anos a população indígena aumentou cerca de 100%, devemos
ter o mesmo cuidado, pois as populações que hoje se identificam como índias o fazem pelo
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cruzamento com outras fontes, que a mestiçagem cultural foi uma das vias de acesso das
populações nativas para sua sobrevivência no Sertão do Rio Grande, mesmo aceitando ou
comungando dos dogmas da Igreja Católica Romana e, bem assim, das normas e ditames
do Sistema Colonial. Sua sobrevivência até o século XIX na documentação, ou, nas
narrativas dos moradores da região a respeito das caboclas-brabas, nos incitam a ir mais
longe e propor que, com o fortalecimento das pesquisas na área, se possa garantir aos
Notas
1
Historiador e especialista em Patrimônio Histórico-Cultural e Turismo pela UFRN. Discente do Programa de
Pós-Graduação (Mestrado) em História da UFRN. E-mail para contato: [email protected].
2
Doutor em História Social - USP. Professor do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em
História (Mestrado) da UFRN.
3
O nome tradicionalmente usado para nomear os movimentos de resistência indígena ao avanço da colonização
no Norte Colonial é “Guerra dos Bárbaros”. Mesmo sabendo que se trata de uma terminologia etnocêntrica e
colonial a usaremos daqui por diante como “Guerras dos Bárbaros”, seguindo a linha de raciocínio de P. Puntoni,
que enxerga esse movimento em várias partes do sertão nordestino ocorrendo sem lideranças formais. Daí se
tratarem de “Guerras” dos Bárbaros. Conforme PUNTONI, Pedro. A Guerra dos Bárbaros: povos indígenas e a
colonização do Sertão Nordeste do Brasil, 1650-1720. São Paulo: 1998. 200p. Tese (Doutorado em História
Social) – Universidade de São Paulo.
4
Conforme CASCUDO, Luís da Câmara. História do Rio Grande do Norte. 2.ed. Rio de Janeiro: Achiamé; Natal:
Fundação José Augusto, 1984 ; LIRA, Augusto Tavares de. História do Rio Grande do Norte. 2.ed. Natal:
Fundação José Augusto; Brasília: Centro Gráfico do Senado Federal, 1982 ; POMBO, Rocha. História do Estado
do Rio Grande do Norte (Edição Comemorativa do Centenário da Independência do Brasil, 1822-1922). Rio de
Janeiro: Annuario do Brasil/Almanack Laemmert; Porto: Renascença Portuguesa, 1922.
5
A respeito das discussões sobre o desaparecimento dos índios do Norte oitocentista consultar PORTO
ALEGRE, Maria Sylvia. Rompendo o Silêncio: por uma revisão do “desaparecimento” dos Povos Indígenas
(1998). Ethnos – Revista Brasileira de Etnohistória, ano II, n. 2. Disponível em
<http://www.biblio.ufpe.br/libvirt/revistas/ethnos/palegre.html> Acesso em 02 de abr. 2000.
6
Conforme COSTA, Sinval. Os Álvares do Seridó e suas ramificações. Recife: ed. do autor, 1999. ; DANTAS,
José Adelino. De que morriam os sertanejos do Seridó antigo? Tempo Universitário. Natal: UFRN, v.2, n.1, p.
129-36, jan/jun.1979. Não devemos nos esquecer, também, das muitas alusões de pessoas de toda a região do
Seridó advogando para si uma ancestral que era cabocla-braba (índia, portanto) pega a dente de cachorro e
casco de cavalo, numa atitude de rememoração da sua domesticação pelos brancos. À medida que a empresa
colonizadora avançava sertão adentro essas índias entraram em contato com o homem branco ou seus
prepostos, participando do mundo colonial, seja como concubina ou mesmo esposa de alguns vaqueiros ou
criadores. Conforme MACEDO, Helder Alexandre Medeiros de. Desvendando o passado índio do sertão:
memórias de mulheres do seridó sobre as caboclas-brabas. Vivência. Natal, RN (no prelo): v.28, 2004;
CAVIGNAC, Julie. A índia roubada: estudo comparativo da história e das representações das populações
indígenas no Sertão do Rio Grande do Norte. Caderno de História. Natal, EDUFURN, v.2, n.2, p. 83-92, jul/dez.
1995.
7
Hoje equivale à Paróquia de Sant’Ana, de Caicó-RN. Durante a Colônia e parte do Império o território dessa
freguesia abrangia praticamente toda a atual região do Seridó e limítrofes, mais parte do Seridó paraibano. A
partir de agora, estaremos adotando a nomenclatura de Freguesia do Seridó, parafraseando o uso que dela
fizeram alguns curas na Vila Nova do Príncipe (hoje, Caicó-RN).
8
Estamos utilizando a noção de resistência a partir da problematização levantada por TODOROV, Tzvetan. A
conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1996 e BRUIT, Hector. O visível e o
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ANPUH – XXIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – Londrina, 2005.
invisível na conquista hispânica da América. In: VAINFAS, Ronaldo (org.). América em tempo de Conquista. São
Paulo: [ s.e. ], 1992.
9
O ano de 1843 corresponde ao último documento que referenda a presença de um índio participando dos ritos
cristãos na Freguesia do Seridó.
10
Esse balizamento temporal foi determinado pela disponibilidade dos livros de assentos que serviram de lastro
empírico para a pesquisa: Óbitos (1788-1811; 1812-1838; 1838-1857); Casamentos (1788-1809; 1809-1821).
Batizados (1803-1806). Era nossa pretensão pesquisar nos primeiros livros da freguesia, que, se iniciados em
1748 (ano de sua instalação) registrariam as populações indígenas da região cerca de vinte anos após o fim
oficial das Guerras dos Bárbaros (1725). Essas informações nos ajudariam a recompor as histórias das primeiras
gerações de índios que resistiram aos conflitos, porém, tais livros desapareceram do arquivo paroquial, existindo,
apenas, os que se iniciam em 1788.
11
Dom José Adelino Dantas (1910-1983) foi Bispo da Diocese de Caicó-RN, quando aproveitava parte de seu
tempo para realizar pesquisa nos acervos da região do Seridó, dentre eles o da Paróquia de Sant’Ana e 1º
Cartório Judiciário da Comarca de Caicó, da Paróquia de Nossa Senhora da Guia e do 1º Cartório Judiciário da
Comarca de Acari. Suas pesquisas, que eram divulgadas em artigos no jornal católico “A Folha”, da Diocese de
Caicó, foram reunidas no livro Homens e Fatos do Seridó Antigo (1962). Posteriormente, publicou um estudo
biográfico intitulado O Coronel de Milícias Caetano Dantas Correia - um inventário revelando um homem (1977),
historicizando a vida do patriarca da família Dantas no Seridó através de seu inventário post-morten. Publicou
artigos em diversas revistas e jornais, dentre eles o periódico Tempo Universitário, da UFRN, onde encontra-se o
artigo que referendamos nesse texto.
12
Sinval Costa é outro historiador erudito que estuda a região do Seridó em seus aspectos histórico e
genealógico. Seu interesse maior se dá com a família Álvares (Alves) dos Santos, radicada na região desde o
século XVIII, fruto do qual surgiu seu livro Os Álvares do Seridó e suas ramificações (1999). Assim como Dom
Adelino Dantas, procedeu pesquisa em alguns cartórios e paróquias da região do Seridó. Reside, atualmente, na
cidade do Recife-PE.
13
Uma das problemáticas que cerca a historiografia quando esta se refere às histórias das populações indígenas
diz respeito às fontes. Sempre, ou quase sempre, essas histórias são reconstruídas a partir de depoimentos de
europeus ou de luso-brasileiros.
14
Utilizamos como suporte discursivo a noção de mestiçagem problematizada por Serge Gruzinski, que analisa
os imaginários dos povos ibéricos e dos povos ameríndios, que sofreram influências mútuas quando da
conquista da América e do que ele chamou de Ocidentalização do Novo Mundo. O conceito de mestiçagem, para
o autor, ainda é prenhe de ambigüidades e de indefinições, e poderia ser resumido se pensarmos na mistura dos
seres humanos e dos imaginários. Poderíamos desdobrá-la em mestiçagem biológica e mestiçagem cultural, a
primeira vista como a pulverização das fronteiras entre os corpos de grupos humanos puros e separados e a
segunda como a mistura das práticas, hábitos, saberes e imaginários. Conforme _____. O Pensamento Mestiço.
São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 42-3.
15
Conforme LIRA, Augusto Tavares de. História do Rio Grande do Norte. 2.ed. Natal: Fundação José Augusto;
Brasília: Centro Gráfico do Senado Federal, 1982. p. 154.
16
Conforme ROSA, Jayme da Nóbrega Santa. Acari: fundação, história e desenvolvimento. Rio de Janeiro:
Pongetti, 1974. p. 15-9.
17
Conforme CASCUDO, Luís da Câmara. História do Rio Grande do Norte. 2.ed. Rio de Janeiro: Achiamé; Natal:
Fundação José Augusto, 1984. p. 38.
18
Conforme LOPES, Fátima Martins Missões Religiosas: Índios, Colonos e Missionários na colonização da
Capitania do Rio Grande do Norte. Natal, 210p. Dissertação de Mestrado (História do Brasil) – Universidade
Federal de Pernambuco.
19
Conforme PUNTONI, Pedro, obra citada, p. 131-6.
20
Conforme ___. Resistência indígena nos 500 anos de colonização. In: BRANDÃO, S. (org.). Brasil 500 anos:
reflexões. Recife: Ed. da UFPE, 2000. p. 99-129.
21
Poderíamos mesmo afirmar que essa resistência se expressaria através de uma circularidade cultural entre as
culturas branca e indígena, utilizando-se da problematização enfocada por Carlo Ginzburg em O queijo e os
vermes: o cotidiano e as idéias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras,
1987.
22
Conforme MATTOS, Maria Regina Mendonça Furtado. Vila do Príncipe - 1850/1890. Sertão do Seridó - Um
estudo de caso da pobreza. Niterói, 1985. 247 p. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal
Fluminense. p.26-7.
23
Conforme MEDEIROS FILHO, Olavo de. Velhos Inventários do Seridó. Brasília: Centro Gráfico do Senado
Federal, 1983. p. 267-79.
24
Conforme BOCCARA, Guillaume. Antropologia diacronica: dinâmicas culturales, procesos históricos, y poder
político. Nuevo Mundo, Mundos Nuevos. Paris, CERMA, 2001. p. 10.
25
Para os 31.792 habitantes das Paróquias do Príncipe (Caicó), Jardim (Jardim do Seridó) e Acari em 1872 um
percentual de 5,90% da população era cabocla. Em 1890, dos 40.514 habitantes dos então municípios do Seridó
6,29% eram caboclos e 25,23% eram “mestiços”. C.f. dados enviados pelo IBGE.
26
Conforme SOARES, A. Dicionário Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, v. I. Mossoró: s/e, 1988
(Mossoroense, CDXVII, ed. fac-similar). p. 72
27
Dados obtidos no SIDRA do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
9
ANPUH – XXIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – Londrina, 2005.
28
Vide o artigo A multiplicação dos índios, da edição 132 da Revista Galileu (Julho/2002), disponível no site
http://www.galileu.globo.com. Acesso em 30 de jul. 2002.
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