10.1 - Hermenêutica 3

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FAITERJ

FACULDADE INTERNACIONAL DE TEOLOGIA


Centro de Educação Religiosa & Faculdade de Teologia (Cursos Livres)
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INSTITUTO DE ENSINO TEOLÓGICO INTERDENOMINACIONAL

Apostila de
Hermenêutica2

APÓSTOLO DR. ELVIS DE ASSIS


Ministro Evangélico - Professor e Doutor em Teologia - Diretor Geral - SEIADERJ / FAITERJ
Presidente Nacional e internacional da CONADIC

PASTOR JOSÉ FOGAÇA


Ministro Evangélico - Professor em Teologia – Presidente da Igreja Apostólica Vida Para Nações
Diretor Regional Núcleo FAITERJ Araranguá - SC

PASTOR MICHAEL SOARES


Ministro Evangélico –Líder Ministério de Adoração Vasos Para Honra - Pastor da Igreja
Apostólica Vida Para Nações
Sub -Diretor Regional Núcleo FAITERJ Araranguá - SC
He r m e n ê u t i c a - I-

DEFINIÇÃO
Diz-se que a palavra Hermenêutica Bíblica deve sua origem no nome
de Hermes , o deus grego que servia de mensageiro dos deuses, transmitindo
e interpretando suas comunicações aos seus afortunados ou, com freqüência
desafortunados destinatá-rios.
Em seu significado técnico, muitas vezes se define a hermenêutica
como a ciência e arte de interpretação bíblica.
Considera-se a hermenêutica como ciência porque ela tem normas ou
regras, e essas podem ser classificadas num sistema ordenado.
É considerada como arte porque a comunicação é flexível e portanto
uma aplicação mecânica e rígida das regras às vezes distorcerá o verdadeiro
sentido de uma comunicação.
A teoria hermenêutica divide-se , às vezes em duas subcategorias - a
hermenêutica geral e a especial. Hermenêutica geral é o estudo das regras que
regem a interpretação do texto bíblico inteiro. Inclui os tópicos das análises
histórico-cultural, léxico-sintática, contextual, e teológica. Hermenêutica
especial é o estudo das regras que se aplicam a gêneros específicos, como
parábolas, alegorias, Tipos e profecias.

Hermenêutica e a Exegese
Somente após um estudo da canonicidade, da crítica textual e da
crítica histórica e que o estudioso está preparado para fazer exegese. Exegese
é a aplicação dos princípios da hermenêutica para chegar-se a um
entendimento correto do texto. O prefixo ex (“fora de”) (“para fora”, ou “de” ),
refere-se à idéia de que o intérprete está tentando derivar seu entendimento do
texto, em vez de ler seu significado no ( “para dentro”) texto ( eisegese).
Seguindo a exegese estão os campos gêmeos da Teologia bíblica e
da teologia sistemática. Teologia bíblica é o estudo da revelação divina no
Antigo e Novo testamento. Constrastando com à Teologia Bíblica, a Teologia
Sistemática, organiza os dados bíblicos de uma maneira lógica antes que
histórica.Quando interpretamos as Escrituras, há diversos bloqueios a uma
compreensão espontânea do significado primitivo da mensagem. Há um
abismo histórico no fato de nos encontrarmos largamente separados no tempo,
tanto dos escritores quanto dos primitivos leitores. A antipatia de Jonas pelos
Ninivitas, por exemplo, assume maior significado quando entendemos a
extrema crueldade e pecaminosidade do povo de Nínive ( Jn 1: 1 - 3 ).
Em segundo lugar existe um abismo Cultural, resultante de
significativas diferenças entre a cultura dos antigos hebreus e a nossa.
Um terceiro bloqueio à compreensão espontânea da Mensagem
bíblica é a diferença linguística. A Bíblia foi escrita em hebraico, aramaico e
grego - três línguas que possuem estruturas e expressões idiomáticas muito
diferentes da nossa própria língua. A mesma coisa pode acontecer ao traduzir-
se de outras línguas, se o leitor ignorar que frases como “O Senhor endureceu
o coração do Faraó”, podem conter expressões idiomáticas que dão ao sentido
primitivo desta frase algo diferente daquele comunicado pela tradução literal.
Um quarto bloqueio significativo é a Lacuna Filosófica. Opiniões
acerca da vida, das circunstâncias, da natureza do Universo, diferem entre às
varias culturas.
Portanto, a hermenêutica é necessária por causa das Lacunas
históricas culturais, linguísticas e filosóficas que obstruem a compreensão
espontânea e exata da Palavra de Deus.
Exemplos de versículos com definições hermenêuticas da Bíblia:
2 - Timóteo 3: 16
2 - Pedro 1: 21
No estudo da Biblia, a tarefa do exegeta é determinar tão intimamente
quanto possível o que Deus queria dizer em determinada passagem, e não o
que ela significa para mim. Se aceitamos o ponto de vista de que o sentido de
um texto é o que ele significa para mim, então a Palavra de Deus pode ter
tantos significados quantos forem seus leitores.
A esta altura pode ser útil distinguir entre a interpretação e aplicação.
Dizer que um texto tem uma interpretação válida ( o significado pretendido pelo
autor ) não quer dizer que ele escreveu tem somente uma aplicação possível.
Ex.: A ordem em Efésios 4:27 tem um significado, mas terá diferentes
aplicações. Em Romanos 8 tem um significado, mas pode Ter múltiplas
aplicações.
Exemplo de versículos:
1 Pedro 1: 10 -12
Daniel 12: 8
Daniel 8: 27
João 11: 49 - 52
.A Bíblia ensina que a rendição ao pecado torna-nos escravos dele e
cega-nos à Justiça..(João 8: 34, Romanos 1: 18 - 22, 6: 15 - 19, 1 Timóteo 6: 9;
2 Pedro 2: 19 ).
Evangélicos conservadores são os que crêem que a Bíblia é
totalmente sem erro, os evangélicos liberais crêem que a Bíblia é sem erro toda
vez que fala sobre questões da salvação e da fé cristã, mas pode possuir erros
nos fatos históricos e noutros pormenores.

Interpretação das Escrituras


Os teólogos conservadores concordam em que as palavras podem ser
usadas em sentido literal , figurativo ou simbólico. As três sentenças seguintes
servem-nos de exemplo:
1. Literal - Foi colocada na cabeça do rei uma coroa cintilante de
Jóias.
2. Figurativo - (Um pai bravo com o filho) . .Na próxima vez que me
chamar de coroa você vai ver estrelas ao meio-dia.
3. Simbólico - .Viu-se grande sinal no céu, a saber , uma mulher
vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na
cabeça.. (apocalipse 12: 1).

Visão Panorâmica da História


Princípios evangélicos encontrados em cada um dos seguintes
períodos de interpretação bíblica.
1 - Exegese Judaica Antiga
2 - Uso do Antigo Testamento pelo Novo Testamento
3 - Exegese Patrística * (100 - 600 d.C)
4 - Exegese Medieval * * ( 600 - 1500 d. C)
5 - Exegese da Reforma
6 - Exegese da Pós-Reforma
7 - Hermenêutica Moderna
Além do mais, à medida que estudamos a história da interpretação,
vamos vendo que muitos dos grandes Cristãos ( e. g, Orígenes, Agostinho,
Lutero ) entenderam e aceitaram princípios hermenêuticos melhores do que os
que praticaram.
*Agostinho (354 -430)
Em termos de originalidade e gênio, Agostinho foi de longe o maior
homem de sua época. Em seu livro sobre a doutrina Cristã, ele estabeleceu
diversas regras para exposição da Escritura, algumas das quais estão em uso
até hoje. Entre suas regras encontramos as seguintes, conforme resumo de
Ramm:
1o ) - O Intérprete deve possuir fé cristã autêntica
2o ) - Deve-se Ter em alta conta o significado literal e histórico da
escritura
3o ) - A Escritura tem mais que um significado e portanto o método
alegórico é adequado.
4o ) - Há significado nos números bíblicos.
5o ) - O antigo testamento é documento Cristão porque Cristo está
retratado nele do princípio ao fim.
6o ) - Compete ao expositor entender o que o autor pretendia dizer e
não introduzir no texto o significado que ele expositor, quer lhe dar.
7o ) - O intérprete deve consultar o verdadeiro credo Ortodoxo.
8o ) - Um versículo deve ser estudado em seu contexto, e não isolado
dos versículos que o cercam.
9o ) - Se o significado de um texto é obscuro, nada na passagem pode
constituir-se matéria da fé ortodoxa.
10o ) - O Espírito Santo não toma o lugar do aprendizado necessário
para se entender a Escritura. O intérprete deve conhecer hebraico, grego,
geografia e outros assuntos.
11o ) - A passagem obscura deve dar preferência a passagem clara.
12o ) - O expositor deve levar em consideração que a revelação é
progressiva.
Ele Justificou suas interpretações alegóricas em 2 Coríntios 3:6
(“Porque a letra mata, mas o espírito vivifica.”), querendo com isso dizer que
uma interpretação literal da Bíblia mata, mas uma alegórica ou espiritual
vivifica.
** - A interpretação foi amarrada pela tradição, e o que se destacava
era o método alegórico.
O sentido quadruplo da Escritura engendrado por Agostinho era a
norma para a Interpretação bíblica. Esses quatro níveis da significação,
expressos na seguinte quadra que circulou durante este período, eram tidos
como existentes em toda passagem bíblica.
A letra mostra-nos o que Deus e nossos pais fizeram;
A alegoria mostra-nos onde está oculta a nossa fé;
O significado moral dá nos as regras da vida diária.
A analogia mostra-nos onde terminamos nossa luta “Análise Histórico-
Cultural e Contextual.

1o ) Determinar o ambiente geral histórico e cultural do escritor e


de sua audiência.
a. Determinar as circunstâncias históricas gerais.
b. Estar cônscio das circunstâncias e normas culturais que
acrescentam significado a determinadas ações.
c. Discernir o nível de compromisso espiritual da audiência

2o ) Determinar o objetivo que o autor tinha em escrever um livro,


mediante:
a. Notar as declarações explícitas ou repetição de frases.
b. Observar as seções parenéticas ou hortativas.
c. Observar os problemas omitidos ou os focalizados.

3o) Entender como a passagem se enquadra em seu contexto


imediato.
a. Apontar os principais blocos de material no livro e mostrar como se
ajustam num todo coerente.
b. Mostrar como a passagem se encaixa na corrente de argumento do
autor.
c. Determinar a perspectiva que o autor tencionava comunicar -
numenológica ou fenomenológica.
d. Distinguir entre verdade descritiva e verdade prescritiva.
e. Distinguir entre detalhes incidentais e o núcleo de ensino da
passagem.
f. Indicar a pessoa ou categoria de pessoas para as quais a passagem
se destinava.

Análise Léxico-Sintática
É o estudo do significado de palavras tomadas isoladamente
(lexicologia) e o modo como essas palavras se combinam (sintaxe), a fim de
determinar com maior precisão o significado que o autor pretendia lhes dar.
Assim quando Jesus disse: “Eu sou a porta”, “eu sou a Videira” e
“Eu sou o pão da Vida”, entendemos essas expressões como
comparações, conforme ele tencionava.
A análise Léxico-sintática fundamenta-se na premissa de que embora
as palavras possam assumir uma variedade de significados em contextos
diferentes , elas têm apenas um significado intencional em qualquer contexto
dado.
Os Sete passos seguintes foram recomendados para a elaboração de
uma análise léxico-sintática:
1o ) - Apontar a forma literária geral.
2o ) - Investigar o desenvolvimento do tema e mostrar como a
passagem sob consideração se enquadra no contexto.
3o ) - Apontar as divisões naturais (parágrafos e sentenças) do
texto.
4o ) - Indicar os conectivos dos parágrafos e sentenças e mostrar
como auxiliam na compreensão da progressão do pensamento.
*(Obs.:)
5o) - Determinar o que significam as palavras tomadas
individualmente.
a. Apontar os múltiplos significados que uma palavra possuía no seu
tempo e cultura.
b. Determinar o significado único, que o autor tenha em mente em
dado contexto.

6. Analisar a sintaxe para mostrar de que modo ela contribui para a


compreensão de uma passagem.
7. Colocar os resultados de sua análise em palavras não técnicas, de
fácil compreensão que comuniquem com clareza o significado que o autor tinha
em mente.
*(Obs.:) - Examinemos Gálatas 5:1 que diz: “Permanecei, pois, firmes
e não vos submetais de novo a jugo de escravidão.Tomado isoladamente, o
versículo poderia ter qualquer de diversos significados: poderia referir-se à
escravidão humana, à escravidão política, à escravidão ao pecado, e assim por
diante. O “pois” indica, contudo, que este versículo é a aplicação de um ponto
que Paulo apresentou no capítulo anterior. Uma leitura dos argumentos de
Paulo ( Gálatas 3:1 - 4 :30) e de sua conclusão (4:31) esclarece o significado
do outrora ambíguo 5:1.
Paulo está incentivando os gálatas a não se escravizar de novo ao
jugo do legalismo ( i.e. esforçar-se por ganhar a salvação pelas boas obras).
* (Obs.:) Significados da Palavra
Em sua maioria, as palavras que sobrevivem por longo tempo numa
língua adquirem muitas denotações (significados específicos) e conotações
(implicações complementares). As palavras ou frases podem Ter denotações
vulgares e também técnicas.
As denotações literais podem, finalmente, conduzir a denotações
metafóricas.As palavras também possuem conotações, significados emocionais
implícitos, não declarados explicitamente.

Como descobrir denotações:


Por exemplo, duas palavras gregas que significam amor (agapao e
phileo), de fato têm significados diferentes (e.g., João 21:15-17); contudo, de
quando em quando parecem ter sido usadas como sinônimos ( Mateus 23:6,
10:37; Lucas 11:43, 20: 46).
Também se forçarmos as palavras em todas as suas denotações,
cedo estaremos produzindo exegese herética. Por exemplo, a palavra grega
sarx pode significar:
§ A parte sólida do corpo excetuando-se os ossos ( 1 coríntios 15:39)
§ A substância global do corpo (Atos 2:26)
§ A natureza sensual do homem ( Colossenses 2:18)
§ A natureza humana dominada por desejos pecaminosos (Romanos
7:19).
Embora esta seja apenas uma lista parcial de suas denotações,
podemos ver que se todos esses significados fossem aplicados à palavra
conforme se encontra em João 6:53, onde Cristo fala sobre sua própria carne,
o intérprete estaria atribuindo pecado a Cristo.
A palavra grega Moranthei, registrada em Mateus 5:13, pode significar
“tornar-se tolo” ou “tornar-se insípido”. Neste caso o sujeito da sentença é sal, e
assim, a segunda denotação ( “Se o sal vier a ser insípido”) é escolhida como a
correta.
A poesia hebraica, caracteriza-se por paralelismo, o paralelismo
hebraico pode classificar-se em três tipos básicos: sinonímico, antitético e
sintético. No paralelismo sinonímico a Segunda linha de uma estrofe repete o
conteúdo da primeira, mas com palavras diferentes ex.: Salmo (103:10). “Não
nos trata segundo os nossos pecados, Nem nos retribui consoante as nossas
iniqüidades” No paralelismo antitético a idéia da Segunda linha contrasta
agudamente com a da primeira.
O Salmo 37:21 proporciona-nos um exemplo: “O ímpio pede
emprestado e não paga, O justo, porém, se compadece e dá”. No paralelismo
sintético a Segunda linha vai mais longe ou completa a idéia da primeira. O
Salmo 14:2 é um exemplo:
“Do céu olha o Senhor para os filhos dos homens, para ver se há
quem entenda, se há quem busque a Deus”.

Análise Teológica
1o) - Determinar sua própria perspectiva da natureza do
relacionamento de Deus com o homem.
2o) - Apontar a implicações desta perspectiva para a passagem que
você está estudando.
3o) - Avaliar a extensão do conhecimento teológico disponível às
pessoas daquele tempo.
4o) - Determinar o significado que a passagem possuía para seus
primitivos destinatários à luz do conhecimento que tinham.
5o) - Indicar o conhecimento complementar acerca deste tópico que
hoje temos disponível por causa de revelação posterior.

Entre as várias teorias citamos:


§ Teoria Dispensacional - O dispensacionismo, é uma dessas teorias
que as pessoas parecem “aceitar com plena confiança” ou “amaldiçoar”,
poucas assumem posição neutra. Ele tem sido chamado de “a chave para
dividir corretamente as Escrituras” e alternativamente “a mais perigosa heresia
encontrada presentemente dentro dos círculos cristãos”.
O padrão da história da Salvação é visto como três passos que se
repetem com regularidade;
(1) Deus dá ao homem um conjunto específico de responsabilidades
ou padrão de obediência, (2) O homem não consegue viver à altura desse
conjunto de responsabilidades e, (3) Deus reage com misericórdia concedendo
um novo conjunto de responsabilidades, isto é, uma nova dispensação.
Os dispensacionalistas, identificam entre quatro e nove dispensações:
o número costumeiro é sete ou oito, se o período da tribulação for considerado
com uma dispensação à parte).

Dispensação da Inocência ou Liberdade ( Gênesis 1: 28 - 3:6)


Dispensação da Consciência (Gênesis 4:1 - 8:10)
Dispensação do Governo Civil (Gênesis 8:15 - 11:9)
Dispensação da Promessa (Gênesis 11:10 a Êxodo 18:27)
Dispensação da Lei Mosaica ( Êxodo 18:2 a Atos 1:26)
Dispensação da Graça ( Atos 2:1 - Apocalipse 19:21)
Dispensação do Milênio ( a mais conhecida passagem bíblica que
descreve este período é o Capítulo 20 do Apocalipse.
Esta crença baseia-se em parte, nalgumas das notas da Bíblia.
Por exemplo, a nota que acompanha João 1:17 (declara).
Como dispensação a graça começa com a morte e ressurreição de
Cristo . (Romanos 3:24-26, 4:24,25). O ponto de prova já não é obediência
legal como a condição de salvar, mas aceitar ou rejeitar a Cristo, tendo as boas
obras como fruto da Salvação.
A base da salvação em cada era é a morte de Cristo, a exigência para
a salvação em cada era é a fé; o objeto da fé em cada era é Deus, o conteúdo
da fé muda nas várias dispensações.
Evidentemente se a Teoria dispensacional é correta, então ela
representa um poderoso instrumento hermenêutico, e instrumento decisivo se
devemos interpretar as promessas e ordens bíblicas corretamente. Por outro
lado, se a teoria dispensacional é incorreta, então aquela que ensina tais
distinções poderia correr sério risco de trazer sobre si próprio os juízos de
Mateus 5:19.
§ Teoria Luterana - Lutero acreditava que devemos distinguir com
cuidado entre duas verdades bíblicas paralelas e sempre presentes: A Lei e o
Evangelho. A Lei refere-se a Deus, em seu ódio ao pecado, seu juízo e sua
era. O Evangelho refere-se a Deus em sua graça, seu amor, e sua salvação.
Um modo de distinguir Lei e Evangelho é perguntar: “isto fala de
julgamento sobre mim?”. Nesse caso, é a Lei. Em contraste, se a passagem
traz consolo, ela é o Evangelho.
§ Teoria das Alianças -A aliança da Graça é o acordo entre Deus e o
pecador , na qual Deus promete salvação mediante a fé, e o pecador promete
uma vida de fé e obediência. Todos os crentes do Antigo Testamento bem
como os crentes nossos contemporâneos, são parte da aliança da Graça.

Por exemplo, Jeremias 31:31 - 32 diz:


Eis aí vêm dias, diz o Senhor
E firmarei nova aliança
Com a casa de Israel
E com a casa de Judá.
Não conforme a aliança
Que fiz com seus pais.
No dia em que os tomei pela mão,
Para os tirar da terra do Egito;
Porquanto eles anularam a minha
Aliança.
Não obstante eu os haver desposado.

Ex.: em (Hebreus 8: 6,13)


O Antigo testamento fala de diversas alianças:
Gênesis 6 :18
Gênesis 9 : 8 - 17
Gênesis 15 : 8,18 ; 17: 6 - 8
Êxodo 6 : 6 - 8
Salmo 89 : 3,4 , 26 - 37
Jeremias 31: 31 - 34
Gálatas 3: 17 - 22

Conceito de graça - Hebreus 4: 1 - 2


Atos 20:24
O salmo 103 - canta a misericórdia e o imutável amor de Deus em
palavras sem paralelo em toda a Bíblia.

Lei - Três aspectos da Lei. O cerimonial ( as observâncias rituais que


apontavam para a frente, para a expiação final em Cristo), o Judicial ou civil
( as leis que Deus prescreveu para uso no governo civil de Israel) e o Moral ( o
corpo de preceitos morais de aplicação universal, permanente, a toda a
humanidade).
O aspecto cerimonial da lei abrange os vários sacrifícios e ritos
cerimoniais que serviram como figuras ou tipos que apontavam para o
Redentor vindouro ( Hebreus 7-10). Vários textos do antigo testamento
confirmam a concepção do significado Espiritual Exs.:
Levítico 20:25,26; Salmos 26:6, 51:7,16,17; Isaías 1:16.
Diversos textos do novo testamento diferenciam o aspecto cerimonial
da lei e apontam para seu cumprimento em Cristo (e.g, Marcos 7:19 ;
Efésios 2:14 - 15; Hebreus 7: 26 - 28 ; 9: 9 - 11; 10:1,9).

O aspecto Moral da lei:


Exemplos
Romanos 8: 1 - 3; Romanos 3: 31; Romanos 6; 1 Coríntios 5;
1Coríntios 6: 9 – 20

Objetivo da lei:
Exemplos
Gálatas 3: 19; 1 Timóteo 1: 8 - 11; Gálatas 3: 22 - 24; João 14:15; João
15:10; 1 João 3:9; 1 João 4:16 - 19.

Ministério do Espírito Santo:


Exemplos
Atos 1: 4 - 8; Isaías 63: 10 - 14; Números 27:18; Juízes 3:10; Êxodo
31: 1 - 6; Juízes 13: 25; Juízes 14:6; Juízes 15:14; 1 Samuel 10: 9-10; Salmo
51:11; 1 Pedro 1: 10 - 12; 2 Pedro 1: 21; Ageu 2:5; Lucas 1:15; Lucas 1: 67 -
69; Lucas 2: 25 - 27; João 14:17; João 20:22; João 7: 39; João 14: 26.

§ Outros fatores
Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão , para a correção, para a edificação na justiça.
Ex.: 2 Timóteo 3:16 - 17

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