Guião de Cálculo II

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Universidade de Aveiro

GUIÃO DE CÁLCULO II

1
Autor: João Pedro Santos
CAPÍTULO 1.A
Sucessões e Séries de Funções

Conceitos gerais……………………………………………………………………………………………….2
Sucessões de funções e convergência……………………………………………………………………...3
Séries de funções………………………………………………………………………………………………3 e 4
Séries de potências…………………………………………………………………………………………….4 a 6
Final do Capítulo 1.A…………………………………………………………………………………………...6
Exercício do final do Capítulo 1.A……………………………………………………………………………..7

Conceitos gerais
Todos nós entendemos que uma dada sequência de número naturais ou não aquando da sua soma, vai
tender para infinito (∑∞
𝑖=0 𝑛 = ∞)

O significado de somatório é a soma de todos os termos de uma sucessão com n valores até a um dado
valor x (menor ou igual a n), consideremos o seguinte exemplo:
A sucessão de valores 2n3-1 para n natural positivo
Com o seguinte exemplo, entendemos que os valores terão, obrigatoriamente, que ser 1;15;53; etc….
Ou seja, os valores serão definidos pelo seguinte somatório:
𝑛

∑ 2𝑛3 − 1
𝑖=0

Considerando o facto de pretendermos apenas os 3 primeiros termos da sequência considerada,


3

∑ 2𝑛3 − 1 = 1 + 15 + 53 = 69
𝑖=0

Conseguimos compreender que o exemplo considerado apresenta um dado valor 𝜉 que tende para infinito
aquando do aumento do intervalo de valores a serem considerados.
Pegando num exemplo mais complexo, consideremos,
A sucessão de valores do tipo xn
Com este exemplo e com os nossos conhecimentos à cerca de matemática a nível do secundário e
cálculo I, nós sabemos que no intervalo de valores -1<x<1, o limite aquando n tender para infinito vai ser
zero e caso x=1, o limite vai tender para 1:

0 𝑠𝑒 − 1 < 𝑥 < 1
lim 𝑥 𝑛 = {
𝑛→∞ 1 𝑠𝑒 𝑥 = 1
A isto chamamos uma série de função que converge para um dado valor 𝜉 aquando do intervalo
considerado, no que diz respeito ao intervalo -1<x<1, o somatório terá a forma,

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Autor: João Pedro Santos

𝑥
∑ 𝑥𝑛 = , |𝑥| < 1
1−𝑥
𝑖=0

Sucessões de funções e convergência


Aquando da existência de sucessões de funções temos de considerar que sucessões podemos depender
de diversos pontos, nomeadamente de uma função nossa conhecida ou não; consideremos o exemplo
seguinte,
cos (𝑛𝑥)
𝑓𝑛 (𝑥) =
𝑛
Como todos sabemos, o valor de 0 < cos(𝑛𝑥) < 1 e 𝑛 aquando do limite de 𝑓𝑛 (𝑥) para infinito que faz a
expressão tender para 0 evidencia-se assim o termo convergência pontual
Neste caso só temos de ter o conhecimento de que caso uma dada sucessão de funções seja
uniformemente convergente, essa mesma sucessão converge pontualmente.
Teorema 1
Seja 𝑓𝑛 uma sucessão de funções contínuas num dado intervalo A. Considerando que a função é
uniformemente convergente para f no intervalo A; então:
1. f é contínua no intervalo A considerado
2. f é integrável no intervalo A e tem-se,
𝑏 𝑏
∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim ∫ 𝑓𝑛 (𝑥)𝑑𝑥
𝑎 𝑛→∞ 𝑎

3. Se as funções 𝑓𝑛 têm derivadas contínuas no intervalo A e a sucessão (𝑓𝑛´ ) conserve


uniformemente no intervalo A, então f é diferenciável neste intervalo e

f´(x) = lim 𝑓𝑛´ (𝑥), 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑜 𝑥 𝑝𝑒𝑟𝑡𝑒𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝐴


𝑛→∞

Séries de funções
Quando estamos perante uma série de funções, aquando da consideração de uma dada função 𝑓𝑛
uniformemente convergente consideramos que,

∑ 𝑓𝑛 (𝑥) = 𝑆(𝑥)
𝑛=0

Sendo S(x) o valor da soma da série que converge uniformemente para um dado valor 𝜉 num dado
intervalo A.
Para todo o tipo de séries uniformemente convergentes apresentamos o seguinte teorema,
Teorema 2
Seja ∑∞𝑛=0 𝑓𝑛 uma série de funções contínuas num dado intervalo A e uniformemente convergente em A,
para a função S; então,
1. S é contínua nesse mesmo intervalo A
2. S é integrável em A e tem-se,
𝑏 ∞ 𝑏
∫ 𝑆(𝑥)𝑑𝑥 = ∑(∫ 𝑓𝑛 (𝑥)𝑑𝑥 )
𝑎 𝑛=0 𝑎

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Autor: João Pedro Santos
3. Considerando que a função 𝑓𝑛 apresente uma função de 1ª derivada, contínua e ∑∞ ´
𝑛=1 𝑓𝑛 converge
uniformemente no intervalo A, então S é diferenciável nesse mesmo intervalo e,

´ (𝑥)
𝑆 = ∑ 𝑓𝑛´ (𝑥), 𝑐𝑜𝑚 𝑥 𝑝𝑒𝑟𝑡𝑒𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎 𝑢𝑚 𝑑𝑎𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝐴
𝑛=1

Teorema 3 (Critério de Weierstrass)


O critério de weierstrass prova que uma dada função 𝑓𝑛 definida num dado intervalo A converge
uniformemente caso |𝑓𝑛 (𝑥)| ≤ 𝑎𝑛 , sendo 𝑎𝑛 uma série numérica convergente de termos não negativos do
tipo ∑∞
𝑛=1 𝑎𝑛 para todo o n pertencente ao conjunto dos números naturais e todo o x pertencente ao
intervalo A.
Considere o seguinte exemplo,
𝑥𝑛
Mostre usando o critério de Weierstrass que a série de funções ∑∞
𝑛=1 é uniformemente convergente no
𝑛2
intervalo [0,1].
𝑥𝑛 𝑥𝑛 1
| 2 | = 2
≤ 2 , ∀𝑥 ∈ [0,1]
𝑛 𝑛 𝑛
∞ ∞
1 𝑥𝑛
𝐶𝑜𝑚𝑜 𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑒 𝑛𝑢𝑚é𝑟𝑖𝑐𝑎 ∑ 2 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒, 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑐𝑟𝑖𝑡é𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑊𝑒𝑖𝑒𝑟𝑠𝑡𝑟𝑎𝑠𝑠, 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢í𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑒 ∑ 2
𝑛 𝑛
𝑛=1 𝑛=1

é 𝑢𝑛𝑖𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑒𝑚 [0,1]

Séries de potências
Toda a série que possa ser apresentada da seguinte forma

∑ 𝑎𝑛 (𝑥 − 𝑐)𝑛 = 𝑎0 + 𝑎1 (𝑥 − 𝑐)1 + 𝑎2 (𝑥 − 𝑐)2 + ⋯


𝑛=0

é considera uma série de potências centrada num dado valor real c. Sendo 𝑎𝑛 ∈ ℝ, ∀𝑛 ∈ ℕ0 e os valores
de 𝑎𝑛 são os coeficientes da série.
Consideremos o exemplo seguinte:

∑ 𝑥𝑛, 𝑥 ∈ ℝ
𝑛=0

Estamos perante uma série de potências de x, caso em que c=0.


De forma a estudarmos a convergência da série podemos utilizar um de dois teoremas que serão
apresentados posteriormente. (Tem em consideração que os dois teoremas são mais facilmente usados
para casos isolados e que seguem características específicas, no entanto, podem ser usados para ambos
os casos que já iremos discutir)

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Autor: João Pedro Santos
Usamos o Critério de Cauchy

lim 𝑛√|𝑥 𝑛 | = |𝑥|


𝑛→∞

Com isto concluímos que a série converge no intervalo -1<x<1, no entanto a série diverge para todo o
intervalo fora do já referido anteriormente, ou seja,
1
∑∞ 𝑛
𝑛=0 𝑥 , 𝑥 ∈ ℝ = 1−𝑥 , 𝑥 ∈ ] − 1,1[

Domínio de convergência
O conjunto de pontos para os quais uma série de potências é convergente
Temos duas formas para determinar o domínio de convergência,
1. Critério D´Alembert (ou da razão)

< 1, 𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒


𝑎𝑛+1
|𝑥 − 𝑐| lim | |{ > 1, 𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑒 𝑑𝑖𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒
𝑛→∞ 𝑎𝑛
= 1, 𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑠𝑒 𝑝𝑜𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖𝑟

2. Critério de Cauchy (ou da raíz)

< 1, 𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒


|𝑥 − 𝑐| lim 𝑛√|𝑥 𝑛 | { > 1, 𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑒 𝑑𝑖𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒
𝑛→∞
= 1, 𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑠𝑒 𝑝𝑜𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖𝑟

• O Critério D´Alembert é usado na existência de fatoriais e razões;


• O Critério de Cauchy é usado aquando da existência de exponenciais em razões ou não

Raio de convergência
1 1
𝑅= 𝑎𝑛+1 𝑜𝑢 𝑅 = 𝑛
lim | 𝑎 | lim √|𝑥 𝑛 |
𝑛→∞ 𝑛 𝑛→∞

Série de Dirichlet
A série de Dirichlet ajuda-nos a interpretar a convergência de uma dada série da forma

1 < 1, 𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑒 𝑑𝑖𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒
∑ , ∀𝑎 {
𝑛 𝑎 > 1, 𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑔𝑒
𝑛=0

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Autor: João Pedro Santos
Critério de Leibniz (Cálculo I)
Aquando da dúvida à cerca da convergência simples ou absoluta de uma dada série em função de um
determinado valor 𝑥 podemos usar o Critério de Leibniz,
Com 𝑎𝑛 > 0, caso
lim 𝑎𝑛 = 0
𝑛→∞

𝑎𝑛+1 < 𝑎𝑛 (𝒎𝒐𝒏ó𝒕𝒐𝒏𝒂 𝒅𝒆𝒄𝒓𝒆𝒔𝒄𝒆𝒏𝒕𝒆)


Concluímos que uma dada série converge.

Propriedades das séries de Potências


Teorema 4
Seja A um dado somatório de uma dada série de potências com raio R de convergência diferente de zero,
e 𝑓(𝑥) a função soma da série definida num dado intervalo 𝐼 que não tem obrigatoriamente de
corresponder a R. Então,
1. 𝑓 é 𝑐𝑜𝑛𝑡í𝑛𝑢𝑎 𝑒𝑚 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑜 𝑑𝑜𝑚í𝑛𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑔ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑒;
2. 𝑓 é 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑒 𝑓 ´ (𝑥) = ∑∞
𝑛=0 𝑛𝑎𝑛 (𝑥 − 𝑐)
𝑛−1
, ∀𝑥 ∈ 𝐼;
∞ 𝑎𝑛
3. 𝑎 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝐹, 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝐹(𝑥) = ∑𝑛=0 𝑛+1 (𝑥 − 𝑐)𝑛+1 é 𝑎 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑖𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑓 𝑒𝑚 𝐼 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒 𝐹(𝑐) = 0;
𝑏
4. 𝑓 é 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑔𝑟á𝑣𝑒𝑙 𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒𝑟 𝑠𝑢𝑏𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 [𝑎, 𝑏]𝑑𝑜 𝑑𝑜𝑚í𝑛𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑔ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒 ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 =
𝑏
∑∞ 𝑛
𝑛=0(∫𝑎 𝑎𝑛 (𝑥 − 𝑐) )

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Autor: João Pedro Santos
Exercícios do final do capítulo 1.A
cos(𝑛𝑥)
1. Considere a série de funções ∑∞
𝑛=1 𝑛√𝑛+1

Mostre que a série converge uniformemente em ℝ.


2. Considere a série ∑∞
𝑛=0 𝑒
−𝑛𝑥

a) Mostre que a série é uniformemente convergente em [1,∞[.


b) Determine, em [1,∞[, a derivada da função soma da série considerada.
c) Sendo S a função soma da série considerada, justifique que S é integrável em [1,2] e obtenha uma
representação em série numérica do integral definido.

𝑛𝑥
3. Considere a série de funções ∑∞
𝑛=0 3𝑛𝑥+1 definido em todos os números reais positivo, exceto zero.

Justifique que a série não converge uniformemente.

1
4. Sabendo que ∀𝑥 ∈] − 1,1[ se tem 1−𝑥 = ∑∞ 𝑛
𝑛=0 𝑥 , obtenha a representação em série de potências
das funções seguintes, indicando o maior intervalo aberto onde a representação é válida.
1
a) 𝑓(𝑥) =
1+𝑥 2
b) 𝑔(𝑥) = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝑥)
1
c) ℎ(𝑥) = 2
(1−𝑥)
d) 𝑖(𝑥) = −ln (1 − 𝑥)
1
e) 𝑗(𝑥) = 1+2𝑥
f) 𝑘(𝑥) = ln (𝑥)

4.1. Com isso determine o domínio de convergência das alíneas anteriores.

𝑛𝑥 𝑛
5. Verifique que a série de potências ∑∞
𝑛=1 tem um raio de convergência igual a 2 e explicite o
2𝑛
valor de 𝑓(𝑥).

6. Calcule a função soma da série ∑∞


𝑛=0(𝑛 − 1)𝑥
𝑛−1

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Autor: João Pedro Santos
CAPÍTULO 1.B
Polinómio e Fórmula de Taylor
Série de Fourier

Conceitos gerais……………………………………………………………………………………………….8
Exercícios resolvidos……………………………………………………………………………………..……9 e 10

Conceitos gerais
1. Definição: Seja 𝐼 um intervalo de números reais e 𝑓: 𝐼 ⟶ ℝ uma função admitindo derivadas finitas
até à ordem 𝑛 ∈ ℕ0 num dado ponto 𝑐 ∈ 𝐼. O polinómio de Taylor de ordem n de f, de centro c é o
polinómio:

𝑛
𝑓 (𝑘) (𝑐) 𝑓´´(𝑐) 𝑓 (𝑛) (𝑐)
∑ (𝑥 − 𝑐)𝑘 = 𝑓(𝑐) + 𝑓´(𝑐)(𝑥 − 𝑐) + (𝑥 − 𝑐)2 + ⋯ + (𝑥 − 𝑐)𝑛 = 𝑇𝑐𝑛 𝑓(𝑥)
𝑘! 2! 𝑛!
𝑘=0

No caso particular 𝑐 = 0, 𝑇0𝑛 𝑓(𝑥) também conhecida como polinómio de MacLaurin


Fórmula de Taylor

𝑓 (𝑘) (𝑐) 𝑓 (𝑛+1) (𝑗)


𝑓(𝑥) = ∑𝑛𝑘=0 (𝑥 − 𝑐)𝑘 + (𝑛+1)!
(𝑥 − 𝑐)𝑛+1 Resto de Lagrange de onde n de f no ponto c,
𝑘!
. definido da forma 𝑅𝑐𝑛 𝑓(𝑥)

𝑓 (𝑛+1) (𝑗)
|𝑓(𝑥) − 𝑇𝑐𝑛 𝑓(𝑥)| = |𝑅𝑐𝑛 𝑓(𝑥)| =| (𝑥 − 𝑐)𝑛+1 | com um dado valor |𝑓 (𝑛+1) (𝑗)| < 𝑀 sendo M o valor
(𝑛+1)!
máximo 𝑗 entre 𝑥 e 𝑛

2. A Série de Fourier permite decompor um sinal nas suas componentes de frequência


(harmónicos) e tem muitas aplicações no processamento de sinal, no processamento de
imagem, na Física em várias aplicações, na Probabilidade e Estatística assim como em
muitas outras áreas.


𝑎0
𝑓(𝑥)~ + ∑ 𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥) + 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝑥)
2
𝑛=1

Considerando ainda que, Tenha atenção à regra que define,


1 𝜋 2 𝜋
𝑎0 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
𝜋 −𝜋
= ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
𝜋 0 par×par=par

1 𝜋 2 𝜋 ímpar×par=ímpar
𝑎𝑛 = ∫ 𝑓(𝑥)cos (𝑛𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)cos (𝑛𝑥)𝑑𝑥
𝜋 −𝜋 𝜋 0
ímpar×ímpar=par
1 𝜋 2 𝜋
𝑏𝑛 = ∫ 𝑓(𝑥)sen (𝑛𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑠𝑒𝑛(𝑛𝑥)𝑑𝑥
𝜋 −𝜋 𝜋 0

Caso a multiplicação da paridade das duas funções seja par

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Autor: João Pedro Santos
Exercício 1
1. Qual deve ser a ordem do polinómio de Taylor da função 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐧 (𝒙), centrado em 𝒄 = 𝟏, de
modo que o erro associado à aproximação de 𝒇 pelo respetivo polinómio de Taylor seja
inferior 𝟏𝟎−𝟏 quando |𝒙 − 𝟏| < 𝟎. 𝟓?

1 3 1 1 1 3
𝑛? 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒 𝑓(𝑥)~𝑇1𝑛 𝑓(𝑥) 𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 ] , [ → |𝑥 − 1| < 0.5 ⇔ − < 𝑥 − 1 < ⇔ < 𝑥 < .
2 2 2 2 2 2
1 3 3
𝐶𝑜𝑚 𝑖𝑠𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑒𝑔𝑢𝑖𝑚𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢í𝑟 𝑞𝑢𝑒 < 𝑗 < → 𝐶𝑜𝑚𝑜 𝑥 < 𝑗 < 𝑐, 𝑒 𝑐 = 1, 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖 − 𝑠𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑗 ≠
2 2 2
1 3
𝑁𝑎 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎çã𝑜 𝑒𝑚 𝑓(𝑥)~𝑇1𝑛 𝑓(𝑥) 𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 ] , [, 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑡𝑒 − 𝑠𝑒 𝑢𝑚 𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟:
2 2
𝑓 (𝑛+1) (𝑗) (−1)(𝑛+2)
|𝑅1𝑛 𝑓(𝑥)| =|
(𝑛+1)!
(𝑥 − 𝑐)𝑛+1 |, 𝑐𝑜𝑚 𝑗 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑥 𝑒 1 = | (𝑛+1)𝑗𝑛+1 (𝑥 − 1)𝑛+1 | 𝑒 𝑎𝑔𝑜𝑟𝑎 𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑓𝑎𝑧𝑒𝑚𝑜𝑠?

𝐶á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 𝑠𝑢𝑝𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑟:
1 1
|𝑥 − 1| < ⇔ |𝑥 − 1|𝑛+1 < 𝑛+1
2 2
1 3 2 1 2 𝑛+1 1
<𝑗< ⇔ < <2⇔( ) < 𝑛+1 < 2𝑛+1
2 2 3 𝑗 3 𝑗
(−1)(𝑛+2) 1 1 1 1
| (𝑛+1)𝑗𝑛+1 (𝑥 − 1)𝑛+1 | < 2𝑛+1 𝑛+1 ⇔ |𝑅1𝑛 𝑓(𝑥)| < < ⟹𝑛<9
𝑛+1 2 𝑛+1 10

Exercício 2
2. Determine a série de MacLaurin da função𝒇(𝒙) = 𝒆𝒙

𝐶𝑜𝑚𝑜 𝑠𝑎𝑏𝑒𝑚𝑜𝑠, 𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑒 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑐𝑙𝑎𝑢𝑟𝑖𝑛 𝑠𝑖𝑔𝑛𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑐 = 0, 𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎 𝑞𝑢𝑒,


∞ ∞
𝑥
𝑓 𝑛 (0) 1
𝑒 =∑ (𝑥 − 0)𝑛 = ∑ 𝑥 𝑛 = 𝑒 𝑥
𝑛! 𝑛!
𝑛=0 𝑛=0

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Autor: João Pedro Santos
Exercício 3
3. Encontre a expressão que define a série de Fourier da função 𝒇(𝒙) = |𝒙| (a função tem
período 𝟐𝝅)

1 𝜋 2 𝜋 2 𝜋
𝑎0 = 𝜋 ∫−𝜋 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
𝜋 0
= ∫ |𝑥|𝑑𝑥
𝜋 0
=𝜋

1 𝜋 2 𝜋 2 𝜋 0, 𝑛 𝑝𝑎𝑟
𝑎𝑛 = ∫ 𝑓(𝑥)cos (𝑛𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)cos (𝑛𝑥)𝑑𝑥 = ∫ |𝑥|cos (𝑛𝑥)𝑑𝑥 = { 4
𝜋 −𝜋 𝜋 0 𝜋 0 − 2 , 𝑛 í𝑚𝑝𝑎𝑟
𝜋𝑛
1 𝜋
𝑏𝑛 = ∫ 𝑓(𝑥)sen (𝑛𝑥)𝑑𝑥 = 0
𝜋 −𝜋

𝜋 −4
𝑓(𝑥) = + ∑ cos ((2𝑛 − 1)𝑥)
2 𝜋(2𝑛 − 1)2
𝑛=1

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Autor: João Pedro Santos

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