Resumo Artigo Criança e Adolescente
Resumo Artigo Criança e Adolescente
Resumo Artigo Criança e Adolescente
PARANAENSE – CTESOP
3ºANO
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ENF/2020
RESUMO DO ARTIGO
O SIGNIFICADO DO CUIDADO PERIOPERATÓRIO PARA CRIANÇA
CIRURGICA
ASSIS CHATEAUBRIAND – PR
2022
CRISTIAN FRANCISCO WILLIANS DE PAULA
ELISANGELA ROSA DURGANTE
HEMILLY LUIARA CALEGARO CHAFRE
KARINA PIMENTEL DE OLIVEIRA
RESUMO DO ARTIGO
O SIGNIFICADO DO CUIDADO PERIOPERATÓRIO PARA CRIANÇA
CIRURGICA
Orientadora:
Docente Especialista JANAÍNA PINTO
ASSIS CHATEAUBRIAND – PR
2022
RESUMO DO ARTIGO.
O SIGNIFICADO DO CUIDADO PERIOPERATÓRIO PARA A CRIANÇA
CIRÚRGICA
O significado do procedimento cirúrgico para o paciente é variável e cercado por
diversos sentimentos que vão desde o alívio por solucionar um problema até o medo de
invalidez ou morte.
O paciente, ao ser internado para uma cirurgia, traz consigo ansiedades, dúvidas,
em virtude da necessidade de ser submetido a um procedimento invasivo e
desconhecido, significando uma situação crítica.
Os sentimentos do paciente cirúrgico, por vezes comprometem o enfrentamento do
ato cirúrgico. O medo do desconhecido é a principal causa de insegurança e da
ansiedade do paciente précirúrgico, também e visto o medo da dor, da anestesia e da
morte, além do medo de ficar desfigurado ou incapacitado. Esses sentimentos podem ser
ainda mais complexos quando o paciente é uma criança.
A experiência cirúrgica pode interferir em seu comportamento, visto que ela se
encontra em desenvolvimento e sua capacidade de avaliar com lógica uma determinada
situação ainda está em construção.
A hospitalização, por si só, também é uma experiência estressante que envolve
profunda modificação nas atividades da criança, oriunda da limitação das funções diárias,
da privação do convívio social associada à descontinuidade de suas experiências sociais,
além do cumprimento de normas e regras institucionais.
Somado a isto, temos que considerar que o ambiente cirúrgico, além de
desconhecido, conta com pessoas e equipamentos estranhos ao cotidiano da criança, o
que pode gerar mais ansiedade, medo e contribuir para um maior risco de trauma
emocional. O artigo tenta ajudar a criança a compreender a causa de sua patologia e a
necessidade da hospitalização e da cirurgia poderá minimizar o medo e ajudá-la a
fortalecer mecanismos de enfrentamento da mesma.
A criança deve ser vista como um ser em crescimento e desenvolvimento, com
necessidades biológicas, psicológicas e sociais, que pode utilizar-se de estratégias de
enfrentamento que compreendam atividades prazerosas e de alívio de estresse, entre
elas, a possibilidade de brincar no hospital e manter seu vínculo com familiares e amigos
durante a internação.
Assim, o preparo da criança para a cirurgia deve ser realizado, independente da
idade em que ela se encontra, da avaliação e do retorno que ela é capaz de oferecer
quando preparada. Sua percepção estará voltada e atenta para as pessoas que prestam
o cuidado, para as informações ou orientações recebidas no período perioperatório, ou
seja, para todos os acontecimentos durante sua hospitalização.
Os pais devem ser esclarecidos e estimulados a participar de maneira ativa no
tratamento de seus filhos, contribuindo com sua presença e seu carinho.
Portanto, o preparo da criança cirúrgica e da sua família deve conter orientações e
cuidados adequados sobre o procedimento ao qual será submetida, humanizando a
experiência da hospitalização, a fim de conseguir sua cooperação para o enfrentamento
deste evento.
No questido da Metodologia, ela trata de uma pesquisa de caráter qualitativo, na
modalidade da estrutura do fenômeno situado, que foi realizada na unidade de internação
pediátrica de um hospital geral do norte do Paraná. Quem fez o Artigo pptou por esta
abordagem de pesquisa porque ela busca revelar os significados, crenças e valores das
pessoas. A pesquisa qualitativa destaca que não é diretamente o estudo do fenômeno em
si que interessa aos pesquisadores; seu alvo é, na verdade, a significação que tal
fenômeno ganha para os que o vivenciam. O significado das experiências de vida dos
entrevistados é a idéia chave da metodologia qualitativa. Assim, o recurso escolhido para
a coleta dos dados foi a entrevista, por considerar que esta possibilita captar os diferentes
modos dos participantes vivenciarem o cuidado perioperatório. A entrevista na perspectiva
fenomenológica visa contribuir para a construção das descrições dos sujeitos sobre o
fenômeno que se deseja estudar.
A pesquisa foi feita com 10 crianças de 7 a 11 anos, que fizeram procedimentos
cirúrgicos pela primeira vez, as indagações orientadoras utilizadas nas entrevistas foram:
* Conte-me a história da sua cirurgia e como você se sentiu cuidada aqui no
hospital?
* Quais as orientações que você recebeu?
* Quem cuidou de você aqui no hospital?
* O que é cuidado para você?
* Tem alguma sugestão para melhorar o cuidado às crianças cirúrgicas?
Quanto das analises e discussões, as entrevistas possibilitaram a construção de
quatro categorias que expressaram os sentimentos e as percepções das crianças frente à
sua hospitalização e à experiência cirúrgica: orientações recebidas, procedimentos
realizados, sentimentos da criança submetida à cirurgia, e os significados de cuidado e
autocuidado. As crianças entrevistadas iniciaram seus discursos contando a história da
sua cirurgia e o fato que desencadeou a necessidade da hospitalização. Neste momento
foi citada a dor vivenciada pelas crianças devido a acidentes (traumas) e alterações
fisiológicas e o choro consequente a estas ou ao acidente em que ela esteve envolvida. É
interessante observar que a maior parte das crianças reconheceu a necessidade de
buscar assistência médica, visto que apresentavam algum sinal ou sintoma de agravo à
saúde. Algumas crianças explicaram possuir um ferimento, uma alteração na sua imagem
corporal e precisariam ser hospitalizadas para alcançar a cura de tal condição.
Seguindo as categorias do artigo, a primeira é sobre as Orientações Recebidas, o
que foi percebido que algumas crianças receberam orientações e outras não. Que foi
possível dividir as orientações em três momentos: pré, trans e pós-operatório.
No período pré operatório a equipe de saúde enfatizou que a criança ficaria bem,
não sentiria dor e quais eram os riscos caso não fosse realizado o procedimento.
No período trans-operatório, as orientações destacaram que o procedimento seria
rápido e que a criança ficaria bem e que seria necessária a punção venosa.
No período pós-operatório, as orientações abordaram a explicação sobre o que foi
realizado, as informações sobre a dieta e sobre os resultados positivos da cirurgia.
Pelos discursos das crianças cirúrgicas, pode-se observar que as orientações
percebidas por elas, abrangeu aspectos totalmente gerais no dizer que tudo está ou ficará
bem. Isto pode denotar falta de consistência nas informações prestadas.
Durante o período perioperatório, destaca-se a preferência dos profissionais em
dizer que tudo ficaria bem, privando as crianças de orientações sólidas. A maior parte das
orientações recebidas e citadas pelas crianças cirúrgicas tem como autores o profissional
médico.
Pelo que se subintende no artigo é que isso seja por conta dos enfermeiros e
demais não se apresentarem como tais a estas crianças, e estas verem os mesmos
apenas como medicos, conforme a resposta de uma delas colocada no artigo.
Sobre a sala operatória, as crianças citaram ter visto o foco de luz, o oxímetro de
pulso, o monitor cardíaco, a administração de medicamentos e a vivência de brincadeiras
antes do procedimento cirúrgico.
“ - Tinha um monte de coisa em cima de mim,
tinha um monte de luz, a cama era bem legal.
- Eu vi televisão, tinha um negócio que
colocava no dedo e batia o seu coração, tinha
um monte de lâmpadas.
− Na sala de cirurgia vi um monte de
negócio, eles colocaram um negócio assim, um
monte de fio... Aqui assim no peito”
O sentimento de medo apontado pela criança cirúrgica é esperado, visto que, trata-
se de um procedimento arriscado e implica em enfrentar uma situação desconhecida,
mas com grande significado.
A hospitalização, na maioria das vezes, pode ser vista pela criança como uma
experiência ameaçadora e causadora de ansiedade. A presença dos familiares e até
mesmo de amigos alivia estes sentimentos e é apontada na literatura como estratégia de
enfrentamento, pois ameniza a suspensão das atividades habituais da criança, mantendo
o vínculo com entes que transmitem segurança à mesma.
No quesito de cuidado e autocuidado, ela abrange os significados de cuidado e
autocuidado para as crianças, as situações onde se sentiram cuidadas ou não, e quem
realizou este cuidado. Foi possível observar, nos discursos das crianças que
necessitaram de intervenção cirúrgica em virtude de um acidente, que o significado de
cuidado ficou restrito ao prestar atenção para prevenir um novo acidente e não se
machucar. Nessa atitude de prevenção, sua interpretação de cuidado esteve relacionada
à atenção, cautela e precaução.
“ - Se cuidar eu acho que é ficar esperto e
prestar atenção para não se machucar.
- Cuidado tem que... Não pode pôr a mão na
porta senão corta o dedo.
- Cuidado é não brincar com os moleques
porque corre o risco deles nos derrubarem.”
REFERÊNCIAS