Cuidados Ao RN em Terapia Intensiva Tendências Nas Publicações de Enfermagem

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CUIDADOS AO RECÉM-NASCIDO

EM TERAPIA INTENSIVA:
TENDÊNCIAS DAS PUBLICAÇÕES
NA ENFERMAGEM

MAIRA ROSSETTO*
EDER CAMPOS PINTO**
LUIZ ANILDO ANACLETO DA SILVA***

INTRODUÇÃO

Imediatamente após o nascimento, o neonato necessita assumir


suas funções vitais, as quais, durante a vida intrauterina, eram realizadas
pela placenta. O nascimento é considerado uma fase crítica, denominada
de período de transição, que exige adaptações fisiológicas repentinas e
cruciais no sistema corporal1.
Caso essas adaptações não evoluam satisfatoriamente, os
bebês poderão necessitar de assistência especializada, incidindo em
alguns casos a terapia intensiva. As UTIs (Unidades de Terapia
Intensiva) são unidades hospitalares destinadas ao atendimento de
pacientes graves ou de risco, que dispõem de assistência médica e de
enfermagem ininterruptas, com equipamentos específicos próprios,
fármacos, recursos humanos especializados e que têm acesso a outras
tecnologias destinadas à elaboração de diagnóstico e à
implementação de terapêuticas2.
A classificação do período neonatal pode ser considerada
como os primeiros vinte e oito dias de vida do bebê. No que se refere

* Doutoranda em Enfermagem – UFRGS


** Acadêmico de Medicina – PUCRS
*** Professor do curso de Enfermagem – UFSM – Campus de Palmeira das Missões; doutor
em Enfermagem – UFSC

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à idade gestacional, os RNs (recém-nascidos) podem ser: a termo,
aqueles cuja idade gestacional é de 37 a 42 semanas; pré-termo,
aqueles que têm menos de 37 semanas, e pós-termo, os nascidos a
partir da 42 semanas4. O RN de risco que necessita de terapia
intensiva independente da idade gestacional ou do peso de
nascimento apresenta maiores riscos que a média de morbidade e
mortalidade em decorrência de distúrbios e/ou circunstâncias
superpostas ao curso normal de eventos associados com o
nascimento e ajustamento à existência extrauterina5.
A UTIN (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal), por ser um
local onde se realizam cuidados intensivos ao RN de alto risco, pode
ser considerada de suma importância para sua recuperação.
Conhecimentos científicos possibilitaram importantes avanços
tecnológicos na área perinatal, proporcionando a sobrevida a seres
cada vez mais imaturos e que há até pouco tempo poderiam ser
considerados inviáveis3.
A atenção adequada ao RN antecede ao período do
nascimento, pois durante o pré-natal é possível identificar mulheres
com maiores riscos de desenvolver complicações. Para tanto, são
necessários cuidados específicos, como: controle rigoroso de
glicemia, pressão arterial, hemorragias e/ou possíveis infecções do
trato urinário e ginecológico6.
A hospitalização dos RNs incorre na necessidade/capacidade
da família em inserir-se nesse processo. Isso acontece porque a
separação causa angústia e ansiedade, acrescidas de fatos como:
incerteza de sobrevivência; riscos de sequelas; relação pós-
internação com o RN, fatores que podem ocasionar estresse e
insegurança, dificultando a interação dos pais com seus filhos7. É
necessário entender e respeitar esse momento, assim como prever
estratégias de cuidados ao RN e a família. No plano de cuidados, é
preciso prever ações que favoreçam a presença da mãe junto ao filho,
a qual está legitimada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente8.
O cuidado e o conforto estão vinculados às expectativas e
necessidades de quem é cuidado e, portanto, a enfermagem precisa
conceber maneiras de intervir que incluam as formas de aprender do
neonato e sua família. Também é importante compreender que o
sofrimento perante a doença e a morte é um sentimento universal,
não se limitando a um determinado tempo e espaço, mas que assume

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características sociais bem claras e distintas, em diferentes contextos
econômicos e sociais9.
Nesse sentido, destaca-se a atuação da enfermagem como
decisiva no processo de adaptação do RN ao meio extrauterino. Há
necessidade de uma preparação que contemple o aperfeiçoamento de
técnicas e conhecimentos para identificar fatores relevantes e garantir
a integralidade na atenção. Assim, o objetivo deste artigo foi
conhecer as tendências das publicações de enfermagem que
permeiam a assistência a recém-nascidos internados em Unidade de
Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) no período de 2005 a 2009.

MATERIAIS E MÉTODOS

Metodologicamente este estudo é de natureza qualitativa10,


descritiva10, com pesquisa bibliográfica11. Os passos da pesquisa
envolveram atividades básicas de identificação, compilação e
fichamento dos trabalhos, que foi dividido em três momentos. No
primeiro momento foi realizada a seleção do material, consultando a
Biblioteca Virtual de Saúde (BVS)12 na base de dados da Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), da
Medical Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e do
Scientific Electronic Library Online (SciELO). As palavras-chave
utilizadas para a localização dos artigos foram: recém-nascido em
UTI e neonato em UTI. A busca compreendeu o período de 2005 a
2009, considerando as publicações em português.
O segundo momento caracterizou-se na classificação dos
artigos através dos seguintes critérios: a participação de profissional
de enfermagem na publicação; a disponibilidade do artigo na íntegra,
e a não-similitude das duas palavras-chave. Os artigos que não
continham um ou mais desses quesitos foram excluídos. No terceiro
momento buscou-se a classificação dos dados através da análise
temática10. Dessa forma, emergiram quatro categorias que
permitiram a análise dos dados e a discussão qualificada.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Utilizando-se os descritores supracitados, foram encontrados


207 artigos, ao considerar o período de 2005 a 2009 e o idioma

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português. O segundo momento caracterizou-se pela leitura crítica e
análise dos títulos e resumos das 207 produções, sendo observada a
participação da enfermagem nos estudos. Dentre os 207 artigos, 147
foram excluídos por não apresentarem a participação de enfermeiros
no estudo. Dos 60 artigos selecionados, 36 foram excluídos, pois não
apresentavam texto na íntegra disponível para leitura (apenas título e
resumo), sendo que apenas 24 produções atenderam aos critérios
preestabelecidos na metodologia do estudo.
As informações advindas da análise temática inferiram na
construção de quatro categorias: 1. Crenças e sentimentos maternos em
relação ao filho RN internado em UTIN; 2. Educação da família para
prestar assistência ao RN internado em UTIN; 3. Humanização da
assistência, e 4. Indicadores de assistência a RNs em UTIN.

1) Crenças e sentimentos maternos em relação ao filho RN


internado em UTIN
Esta categoria foi construída a partir de quatro artigos, através
dos quais objetivou-se entender o significado para as mães sobre o
ambiente da UTIN, assim como compreender seus sentimentos em
relação a essa situação e projetar novas possibilidades de cuidados
para seus filhos.
Ao descobrir-se grávida, a mãe vai desenvolvendo um sentimento
de apego ao seu futuro bebê. No entanto, ao constatar sua
prematuridade, rompe-se o sonho de sair do hospital com seu filho
levando-o para casa. Em um dos artigos pesquisados, as falas das mães
expressaram seus temores perante a possibilidade de perder seu filho,
como também o sofrimento ante o padecimento vivenciado por ele. Esse
estado angustiante, que lhes traz dor e desesperança, permite-lhes
também emergir de sua tristeza e buscar, por meio do entendimento da
situação do filho, energia para enfrentar seu pesar13.
A separação do RN decorrente da hospitalização é um
acontecimento brusco tanto para a mãe quanto para o filho, e, se não
houver intervenções externas que visem a amenizá-lo, pode acarretar
sequelas no desenvolvimento da criança e no senso de competência
materna14.
O desconhecimento da terapêutica apresenta-se para a mãe
como um fator gerador de perturbação e nervosismo. Portanto, torna-

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se relevante a orientação sobre os procedimentos realizados com o
RN, bem como em relação ao aparato tecnológico que o cerca15.
No contexto apresentado, emerge a importância da equipe de
saúde, em especial a de enfermagem, em saber colocar-se no lugar
dessas mães e, através dessa ótica, ao compreender seus sentimentos,
promover ações que incluam: educação em saúde; esclarecimentos/
orientações sobre procedimentos/ terapêutica; adoção de uma postura
de receptividade e mútua confiança que permita minimizar os danos
psicológicos que a internação de um filho RN pode trazer.

2) Educação da família para prestar assistência ao RN internado


em UTIN
Nesta categoria enquadraram-se três artigos que, apesar de
suas especificidades, abordam a participação da família na
assistência ao RN internado em UTIN, que são o preparo para alta
hospitalar, o conhecimento sobre a doença e os cuidados com RN no
domicílio.
Demanda-se que a família esteja inserida nas ações de cuidado, e,
mesmo que alguns profissionais percebam essa necessidade, na
realidade ora vivenciada, não se observa a definição efetiva de espaços e
estratégias para que isso aconteça, mas apenas algumas ações pontuais.
Isso ocorre porque na saúde ainda não se valoriza suficientemente a
inserção da família no cuidado. Mesmo que algumas ações se destinem
a ampliar o objeto de intervenção, de modo geral o que se vê são
discursos de autoritarismo e uma assimetria na comunicação16.
O compromisso com o usuário não se encerra simplesmente
com a saída deste da unidade hospitalar; é necessário proporcionar
condições aos familiares de estarem aptos para o cuidado do RN no
seio de seu lar. Para tanto, as instituições de saúde precisam rever seu
processo de trabalho e suas metodologias, incluindo de forma efetiva a
educação em saúde, com práticas flexíveis e adaptáveis de acordo com
as necessidades do grupo, aqui entendido como profissionais e
usuários. O fato de estar atuando na assistência hospitalar não justifica
a ausência de práticas educativas individuais ou coletivas17.
Assim, a pertinência da exploração do referido tema está calcada
em um dos pilares que norteiam a prática de enfermagem – a educação
em saúde. Essa educação transcende as ações na área de saúde pública,
na qual a prevenção e a promoção em saúde são mais enfatizadas, mas

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também precisa incluir serviços de alta complexidade, como as UTINs,
que ainda constituem campos a serem explorados.

3) Assistência integral à saúde neonatal: estratégias para a


assistência humanizada
A humanização representa um conjunto de iniciativas que visa
à produção de cuidados em saúde, capaz de conciliar a melhor
tecnologia disponível com a promoção de acolhimento e respeito
ético e cultural ao usuário18. A humanização do cuidado neonatal
engloba várias ações, as quais estão voltadas para: o respeito às
individualidades; a garantia de tecnologia que permita a segurança
do RN, e o acolhimento do bebê e de sua família, buscando facilitar
o vínculo mãe-bebê durante a sua permanência no hospital e após a
alta19.
Partindo dos resultados advindos da análise de dez artigos que
constituíram a construção desta categoria, foi necessário formular-se três
subcategorias, uma vez que: três desses artigos abordaram aspectos
sobre a amamentação/aleitamento em UTIN; seis investigaram cuidados
ambientais e relacionamento interpessoal entre equipe e familiares, e um
versou sobre o cotidiano do alojamento materno.
3.1) Amamentação/aleitamento do RN em UTIN
O leite materno fornece toda a energia e os nutrientes de que o
RN precisa nos primeiros meses de vida, promove o
desenvolvimento sensor e cognitivo da criança, protege-a contra
doenças crônicas e infecciosas, pois contém linfócitos e
imunoglobinas que ajudam a combater infecções, além de promover
a interação com a mãe 20.
O índice de utilização do leite materno ordenhado poderia ser
maior, já que, de acordo com uma das publicações, nenhum dos RNs
recebeu leite materno exclusivo durante todo o período de internação. A
maioria (48,3%) recebeu o leite materno ordenhado junto com fórmulas
lácteas em alguns dias de internação e no restante dos dias recebeu
apenas fórmulas lácteas; apenas 10,3% receberam em todos os dias de
internação o leite materno ordenhado em pelo menos um horário; 20,7%
receberam fórmulas lácteas em todos os dias de internação e em todos
os horários de dieta, e 20,7% permaneceram em dieta zero durante todos
os dias de internação21.

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Destaca-se a importância do aleitamento materno de RNs
internados em UTIN, mesmo que estes não tenham capacidade
fisiológica para sugar o seio materno, já que a coordenação entre a
sucção e deglutição, bem como a abertura e o fechamento da epiglote,
surgem por volta da 32ª à 34ª semana de gestação, e muitas vezes esses
RNs nascem antes disso. Nesses casos o leite materno deverá ser
ordenhado pela mãe, para que seja ofertado por meio de sonda
nasogástrica, orogástrica ou nasoentérica para o bebê21.
Aborda-se também a questão da percepção da mãe em relação à
amamentação de seu filho internado em UTIN, ressaltando as
dificuldades na ordenha, as dificuldades em cumprir os horários das
mamadas e excesso de orientações por parte da equipe de saúde22.
A UTIN apresenta-se como um ambiente adverso àquele que a
mãe havia idealizado para os primeiros contatos com seu filho, entre
os quais a amamentação. Ante essa situação, destaca-se a atuação da
enfermagem, que, bem preparada, poderá minimizar as dificuldades
acima mencionadas, respeitando o binômio mãe-bebê, deixando que
ambos tenham momentos de reconhecimento e superando-se
posicionamentos autoritários e unilaterais da equipe.
Uma das pesquisas buscou verificar o impacto da aplicação de
um manual de instruções sobre aleitamento de RNs internados em
UTIN. As autoras concluíram que a orientação das mães através do
manual logrou melhoras significativas nos índices de amamentação
das crianças por ocasião da alta hospitalar23.
As tendências de pesquisas de enfermagem no que diz respeito à
amamentação de RNs justificam-se pelo fato de que na maioria das
UTIN não há rotinas preestabelecidas para incentivo ao aleitamento de
neonatos, contribuindo, dessa forma, com o aumento nos índices de
desmame e utilização precoce de fórmulas lácteas24.

3.2) Cuidados ambientais e relacionamento interpessoal entre


equipe e familiares
Quanto aos cuidados ambientais, a diminuição da carga total de
estímulos nocivos para os bebês pode ser executada pela redução geral
dos níveis de luz artificial e o favorecimento das condições de alternar
dia e noite, reduzindo os níveis de cortisol e a frequência cardíaca,
promovendo o aumento do sono, o ganho de peso e o desenvolvimento
dos ritmos nos bebês25.

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Ainda sobre cuidados ambientais, destacam-se os elevados
níveis de pressão sonora provenientes: do alarme dos ventiladores e
dos oxímetros; da conversa entre profissionais e pais; da enceradeira
utilizada para a lavagem do piso; do fluxo de água proveniente da
abertura da torneira da pia de lavagem das mãos; da abertura da
tampa do cesto de lixo e do invólucro de alguns materiais
descartáveis; que podem causar efeitos deletérios sobre os neonatos e
a equipe de saúde, demonstrando a necessidade de realizar
intervenções, no que diz respeito às rotinas de manutenção dos
equipamentos e a conduta dos profissionais e familiares, por meio de
programas de educação continuada26.
Embora grande parte dos RNs internados em UTIN esteja ou sob
efeito de sedativos, ou de analgésicos, esse ambiente deve ser o mais
tranquilo possível, recomendação prevista pela Política de Humanização
do Sistema Único de Saúde e ratificado pela Sociedade Brasileira de
Pediatria (SBP).
Quanto ao relacionamento interpessoal, verificou-se a
necessidade da abolição de algumas técnicas sem comprovação
científica e da adoção de práticas mais flexíveis26. No que diz respeito
a essas práticas, o Ministério da Saúde reconhece que a sucção não
nutritiva em bebês de UTIN pode ser viabilizada em alguns casos,
principalmente quando a dor estiver envolvida27.
Ainda, o método mãe-canguru é apresentado como tecnologia
relacional e humanística, incentivando e valorizando as vivências e
necessidades da mãe e do bebê, estimulando o vínculo entre estes
atores. Esse método é um tipo de assistência neonatal que implica o
contato pele a pele precoce, entre a mãe e o RN de baixo-peso, de
forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e
suficiente, permitindo dessa forma uma participação maior dos pais
no cuidado ao seu filho6.
Nesse sentido, a enfermagem percebe-se como elo importante
de aproximação dos filhos com os pais, principalmente através de
uma assistência mais humanizada, acreditando que o contato físico
deve ser estimulado e que tem papel fundamental na formação do
vínculo afetivo29.
Trabalhar com neonatos significa trabalhar com as atitudes e
sentimentos dos pais, buscando amenizar a ansiedade, o medo, as
fantasias e as rejeições observadas na relação entre pais e filhos.

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Assim, a equipe atua buscando facilitar esse vínculo através de uma
assistência adequada, dentro de um enfoque biológico, psicológico e
social, orientando e educando os pais nos cuidados com o filho para
proteção da saúde e do desenvolvimento da criança28.
Os profissionais que trabalham nas unidades neonatais devem
facilitar o contato precoce entre pais e filhos, estabelecendo
oportunidades para formação de vínculo e de apego, sabendo que esse
processo é gerado gradualmente no decorrer da convivência e que a
separação pode ocasionar um dano na ligação existente entre eles29.

3.3) Cotidiano do alojamento materno


Cuidar do filho hospitalizado, da casa, da família e dos outros
filhos constitui-se em um processo extremamente conflituoso para as
mães de RNs internados em UTI. Ao priorizar a presença junto ao filho
hospitalizado, a mãe distancia-se de suas atribuições de mulher, de
companheira, de trabalhadora, de filha e de mãe de outros filhos, para
tornar-se mãe de um recém-nascido que necessita de cuidados
hospitalares30.
O cotidiano no alojamento materno, que pode ser oferecido por
algumas instituições hospitalares, foi entendido como um apoio aos
familiares dos RNs hospitalizados, uma vez que muitos destes são
advindos de outras cidades e possuem condições financeiras
desfavoráveis. Outro ponto a ser elencado relaciona-se ao ambiente
favorável dentro desses abrigos, pois é um local de troca de experiências
entre os familiares dos pacientes, o que ajuda no processo de
compreensão da situação em que se encontram.

4) Indicadores de assistência a RNs em UTIN


Florence Nightingale foi a primeira enfermeira a reconhecer a
importância dos dados relativos aos cuidados de saúde e formalizar
um processo de coleta para conhecer a frequência das doenças e
danos à saúde31. Nesta categoria, enquadraram-se sete publicações,
que buscaram, sobretudo, identificar a qualidade da assistência
prestada aos RNs internados em UTIN em diferentes contextos e
com diferentes enfoques.
Quanto às variáveis relacionadas com o óbito de RNs de uma
UTIN, uma das pesquisas evidenciou que as principais causas de
óbito foram: malformações congênitas (25,6%); hipertensão materna

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(17,9%), e infecções maternas (12,0%). Por sua vez, os RNs com
baixo peso e os prematuros apresentaram um risco de morrer quatro
vezes maior do que os RNs com peso >2.500g ou a termo32.
Os índices de partos prematuros têm aumentado
significativamente nas últimas décadas. Em países desenvolvidos as
causas estão centradas em malformações congênitas e no aumento do
número de multiparidade causado pelos tratamentos para
infertilidade. Já nos países em desenvolvimento, dentre os quais o
Brasil, o aumento do número de partos prematuros está associado às
más condições sociais e econômicas e a um deficitário atendimento
pré-natal.
O Centro de Parto Normal (CPN) constitui-se em um modelo
assistencial inovador no atendimento à parturiente, concepto e RN,
implantado nos serviços de maternidade do Brasil a partir de 1999.
Um dos estudos evidenciou que a freqüência de RNs submetidos à
reanimação, considerando o procedimento de aspiração das vias
respiratórias como manobra inicial, ocorre em 47,0% dos
atendimentos. Desse total, todos tiveram a cavidade oral e as vias
aéreas superiores aspiradas; 63,8% são submetidos à aspiração do
estômago e 6,4% têm a traquéia aspirada, sendo 66,7% por
intubação, indicando que a decisão do profissional para realizar o
procedimento é determinada pelas condições de avaliação do estado
do RN e da característica do líquido amniótico1.
Verifica-se a relevância do estudo em questão, na medida em
que contribuiu para avaliação do impacto da proposta dos CPNs nos
indicadores de qualidade do serviço, no que diz respeito à redução
dos índices de morbidade e mortalidade perinatal, como também nos
custos em recursos materiais e humanos investidos nos serviços de
saúde.
Quanto à interação entre enfermeira e RN durante a prática de
aspiração orotraqueal e a coleta de sangue para exames, pode-se
afirmar que suas respostas fisiológicas e comportamentais incorrem
com o aumento da freqüência cardíaca, a diminuição da saturação de
oxigênio, a expressão de choro e agitação33.
O banho de um RN com diagnóstico clínico de pneumonia é
encarado como um cuidado de enfermagem controverso, devido a
sua instabilidade respiratória. Nesse sentido, um dos artigos concluiu
que em condições ideais (temperatura da água a 37°C e temperatura

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ambiental a 22°C) o banho não é prejudicial às condições oxi-
hemodinâmicas do RN e contribui para sua higiene34.
A higiene é relevante por diminuir o risco de contaminação e
colonização da pele e mucosas por bactérias patogênicas. A SBP
indica que diariamente deve-se dar banho na criança hospitalizada. O
banho é indispensável à saúde, pois proporciona bem-estar, estimula
a circulação sanguínea e protege a pele contra diversas doenças19.
Outra pesquisa elucidou que o Processo de Enfermagem (PE)
não está implantado como modelo de sistematização do trabalho
assistencial do enfermeiro na UTIN, sendo desenvolvido apenas o
Histórico de Enfermagem – muitas vezes de maneira informal – e,
eventualmente, a Evolução de Enfermagem, item integrante da etapa
de Avaliação35.
No Brasil, o PE é uma atividade regulamentada pela Lei do
Exercício Profissional da Enfermagem35 como um método que
viabiliza a organização da assistência de enfermagem, de forma
sistemática e dinâmica, bem como o atendimento das reais
necessidades de cuidado em saúde apresentadas pelo usuário.
Representa uma abordagem de enfermagem ética, humanizada, de
baixo custo e dirigida a resultados36.
Quanto ao perfil epidemiológico das Infecções Hospitalares
(IH) neonatais e a incidência de óbito entre os RNs, evidenciou-se: a
pneumonia (46,0%); seguida pela enterocolite necrotizante (10,9%);
a infecção do sistema cardiovascular (10,0%), e a meningite (8,8%).
A sepse destacou-se em RNs com IH que permaneceram mais de 30
dias internados37.
O desenvolvimento tecnológico tem permitido maior
sobrevida para neonatos prematuros e de baixo peso, submetidos a
internações prolongadas e procedimentos invasivos indispensáveis a
seus cuidados37. Neste contexto, a infecção hospitalar representa um
dos problemas de maior relevância entre os neonatos em cuidados
intensivos.
O Ministério da Saúde procurou estabelecer normas a respeito
do procedimento de lavar as mãos com o objetivo de tornar um
procedimento comum no ambiente da saúde. Contudo, mesmo diante
de diversas campanhas educativas visando à higienização das mãos,
elas continuam sendo a fonte mais propensa de contaminação e
disseminação dos microorganismos38.

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No que tange aos fatores que interferem na assistência ao RN e
à presença da família para recuperação do bebê, a maioria (96%) dos
funcionários sabe definir RN de risco; a identificação mais comum é
pela prematuridade (30%); a complicação mais frequente é a
infecção (38%); realizam, na assistência, os cuidados de conforto
(69%); nas dificuldades para a assistência, relataram a falta de
recursos humanos (12%); como facilitador, citam o trabalho em
equipe (19%); há diferença na evolução do RN com a mãe presente
(77%); as ações praticadas são a orientação da rotina da unidade e
sobre o RN (36%); relataram a importância do toque da mãe (21%) e
colocar o RN junto à mãe (17%)39.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados permitiram identificar a participação da
enfermagem nos três pilares básicos que orientam sua atuação, pois
foram observadas publicações que tratam de educação em saúde, de
gerenciamento e de assistência.
No que tange à educação em saúde, destaca-se a necessidade
de enfatizar esse preceito com a família na realização dos cuidados
aos RNs. Entende-se que a dimensão do cuidado transpassa o
período de internação e continua por ocasião da alta hospitalar, e que
no ambiente familiar deverá haver pessoas capacitadas a executá-lo
eficientemente. Assim, torna-se responsabilidade da equipe de
enfermagem, comprometida com a assistência integralizada, a
orientação e o treinamento dos familiares. Dessa forma, os familiares
estarão capacitados e instrumentalizados para minimizar os índices
de reinternações.
No que se refere às atividades gerenciais, os artigos que
vislumbraram o levantamento/ compreensão de indicadores de
assistência são de extrema relevância. Uma vez conhecedora das suas
potencialidades e deficiências, a equipe de enfermagem poderá
desenvolver tecnologias que permitam um melhor direcionamento
das ações a serem executadas, evitando desperdício de esforços em
práticas menos relevantes.
Quanto à área assistencial, os estudos procuraram salientar a
importância da realização de um cuidado humanizado, entendendo a
necessidade de transpor ambientes exclusivamente subsidiados por
aparatos tecnológicos e ações tecnicistas, fazendo-se necessária a

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adoção de medidas que respeitem as individualidades éticas, sociais,
econômicas e culturais de cada grupo familiar que se encontra no
processo de internação de seu RN.
Destaca-se, também, o pequeno número de publicações
envolvendo profissionais de enfermagem, uma vez que estes são os
que mais tempo relacionam-se com o RN internado em UTINs. Esse
resultado, de certa forma, traduz um perfil dos profissionais que
trabalham na área de intensivismo, e que, envolvidos com sua prática
assistencial, acabam deixando em segundo plano atividades de
produção do conhecimento.
As especificidades que estão envolvidas no processo de
internação de um RN em uma UTIN ficaram evidentes neste
trabalho. Ficou também evidente a necessidade de a instituição
hospitalar possuir uma equipe altamente qualificada e comprometida
para atuar nesse complexo campo, pois em intensivismo, e
principalmente neonatal, qualquer erro poderá trazer conseqüências
irreversíveis. Entende-se que este estudo possa contribuir para
mudanças no processo de trabalho, com vistas à qualificação da
assistência prestada aos usuários.

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