Aula 02
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Aula 02
a regra da
atenção flutuante
clínica psicanalítica
andré luiz vale
como pensar “regras” para
os procedimentos
psicanalíticos sem cair em
uma esterilização da
técnica?
"Freud inaugura novos tempos: o tempo da palavra como forma de acesso por parte
do homem ao desconhecido em si mesmo e o tempo da escuta que ressalta a
singularidade de sentidos da palavra enunciada. Ocupa-se, em suas produções
teóricas e em seu trabalho clínico, de palavras que desvelam e velam; que produzem
primeiro descargas e depois associações. Palavras que evidenciam a existência de
um outro-interno, mas que também proporcionam vias de contato com um outro-
externo quando qualificado na sua escuta. Esses tempos em Freud inauguram a
singularidade de uma situação de comunicação entre paciente e analista. Um chega
com palavras que demandam um desejo de ser compreendido em sua dor, o outro
escuta as palavras por ver nestas as vias de acesso ao desconhecido que habita o
paciente. A situação analítica é, por excelência, uma situação de comunicação: nela
circulam demandas nem sempre lógicas ou de fácil deciframento, mas as quais, em
seu cerne, comunicam o desejo e a necessidade de serem escutadas." (p. 65)
Freud, em A questão da
análise leiga (1926)
ATENÇÃO (UNIFORMEMENTE) FLUTUANTE
LEMBRANÇA
TRANSFERÊNCIA CHISTE
ENCOBRIDORA
OPACIDADE DE MEMÓRIA E DESEJO
LEITURA COMPLEMENTAR
1. Laplanche, J. & Pontalis, J.-B. (2001). Vocabulário da psicanálise (trad. P. Tamen). São
Paulo: Martins Fontes. (Original publicado em 1982).
VERBETES: associação livre (método ou regra de -); atenção (uniformemente)
flutuante; recalque ou recalcamento; regra fundamental
2. Macedo, M. M. K. & Falcão, C. N. B. (2005). A escuta na psicanálise e a psicanálise da
escuta. Psychê, 9(15): 65-76.
APRENDA+
a invenção da psicanálise
e. kapnist; e. roudinesco (1997)