Geografia Urbana
Geografia Urbana
Geografia Urbana
Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof.ª Talita Cristina Zechner Lenz
L575g
Lenz, Talita Cristina Zechner
Geografia urbana. / Talita Cristina Zechner Lenz. – Indaial:
UNIASSELVI, 2019.
CDD 910.091732
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico, seja bem-vindo à disciplina de Geografia Urbana!
Nesta disciplina, trataremos de aspectos conceituais e empíricos relacionados
à geografia e suas interfaces com o espaço urbano. A geografia urbana
procura explicar a distribuição das cidades e as semelhanças e contrastes
socioespaciais que existem entre e dentro delas.
III
urbanos com finalidade de uso direcionada para o lazer, tal como ocorre
com os parques urbanos. Outro aspecto a ser tratado será a relação entre
o turismo e os espaços urbanos. Vamos conhecer quais são as principais
modalidades de turismo que ocorrem neste espaço e qual a relação entre
turismo, espaço urbano e patrimônio histórico.
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES
TEÓRICO-CONCEITUAIS......................................................................................... 1
VII
TÓPICO 3 – O ESPAÇO URBANO E O TURISMO........................................................................ 131
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 131
2 TURISMO NOS ESPAÇOS URBANOS.......................................................................................... 131
3 TURISMO CULTURAL E PATRIMÔNIO...................................................................................... 134
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 139
RESUMO DO TÓPICO 3...................................................................................................................... 143
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 145
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 207
VIII
UNIDADE 1
A CIDADE, O URBANO E A
URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES
TEÓRICO-CONCEITUAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir dos estudos desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está organizada em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste tópico é apresentar a Geografia Urbana enquanto campo
de estudos. Para tanto, inicialmente será examinado quais as possibilidades de
análise que este campo disciplinar oferece e quais são as abordagens usualmente
empregadas. Em seguida, discute-se o conceito de urbano procurando apontar
quais são os elementos fundamentais que o caracterizam. Avançando, será
discutido o conceito de urbanização, realçando as nuances que este conceito
adquire no âmbito da Geografia.
3
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
População residente
em área urbana (%)
menos de 20
de 20 a 40
de 20 a 60
de 60 a 80
mais de 80
sem dados
FONTE: <https://atlasescolar.ibge.gov.br/images/atlas/mapas_mundo/mundo_populacao_
urbana.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2019.
4
TÓPICO 1 | ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA GEOGRAFIA URBANA
FONTE: <https://achahistory.org/images/conferences/2011_toronto/toronto_skyline.jpg>.
Acesso em: 19 jun. 2019.
Por sua vez, Briney (2018) comenta que a Geografia Urbana é o ramo da
geografia humana relacionado aos vários aspectos que compõem as cidades. Neste
sentido, no rol de atribuições do geógrafo urbano está o estudo dos processos
espaciais que criam padrões que podem ser observados em áreas urbanas. Para
fazer isso, eles estudam, por exemplo, as características de determinado local, sua
evolução e seu crescimento e, trabalhar com classificações como aldeias, vilas,
municípios, cidades entre outros recortes espaciais, que variam conforme o país
em que atuam. Outro aspecto que é estudado na Geografia Urbana é a localização
da cidade e sua importância em relação a diferentes regiões e cidades. Aspectos
econômicos, políticos e sociais dentro do espaço urbano também são importantes
no estudo da Geografia Urbana.
5
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
NOTA
6
TÓPICO 1 | ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA GEOGRAFIA URBANA
7
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
FONTE: <http://www.courb.org/pt/o-que-e-gentrificacao-e-por-que-voce-deveria-se-
preocupar-com-isso/>. Acesso em: 19 jun. 2019.
8
TÓPICO 1 | ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA GEOGRAFIA URBANA
9
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
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TÓPICO 1 | ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA GEOGRAFIA URBANA
11
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
MORFOLOGIA URBANA
Talvez, por isso, não sem frequência, o estudo da forma urbana remete
à apreensão da planta urbana e à elaboração de tipologias, segundo as quais se
procuram classificar diferentes planos urbanos e reconhecer as formas que as
cidades têm em função desses planos ou mesmo da ausência deles, quando a
configuração resultante da disposição das vias e de outros espaços da cidade
é desordenada e/ou resulta de um processo em que o desenho prévio ou o
planejamento não ocorreu.
12
TÓPICO 1 | ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA GEOGRAFIA URBANA
FONTE: <https://i2.wp.com/epum.eu/wp-content/uploads/2018/09/
Screenshot-2018-09-07-20.53.48-1.png?w=1361>. Acesso em: 19 jun. 2019.
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UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
DICAS
14
TÓPICO 1 | ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA GEOGRAFIA URBANA
Vale realçar, ainda, que em se tratando dos limites oficiais entre zona
urbana e zona rural e os objetivos fiscais, existem aspectos passíveis de críticas no
que diz respeito ao tipo de imposto cobrado. O texto a seguir esclarece qual o tipo
de imposto cobrado nas áreas rurais e urbanas.
15
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
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TÓPICO 1 | ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA GEOGRAFIA URBANA
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UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
• é rentável se são super ocupadas por várias famílias ou por várias pessoas
solteiras que alugam um cômodo;
• é rentável se a qualidade da construção for péssima, com seu custo reduzido
ao mínimo;
• é rentável quando se verifica enorme escassez de habitações, elevando os
preços a níveis insuportáveis.
18
TÓPICO 1 | ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA GEOGRAFIA URBANA
e) Os grupos sociais excluídos são aqueles que não possuem renda para pagar
o aluguel de uma habitação digna e muito menos para comprar um imóvel.
Este é um dos fatores, que ao lado do desemprego, doenças, subnutrição,
delineiam a situação social dos grupos excluídos. A estas pessoas restam
como moradia: cortiços, sistemas de autoconstrução, conjuntos habitacionais
fornecidos pelo agente estatal e as degradantes favelas.
19
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
20
TÓPICO 1 | ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA GEOGRAFIA URBANA
No ano de 2.600 a.C., Ur era uma metrópole próspera e, em 2.900 a.C., era
uma cidade murada com uma população de aproximadamente 65.000 habitantes.
A urbanização continuou à medida que a cidade se expandia a partir do centro e,
com o tempo, os campos outrora férteis que alimentavam a população estavam
esgotados. O uso excessivo da terra, combinado com uma misteriosa mudança no
21
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
rio Eufrates, que tirou as águas da cidade, resultou no complexo sendo finalmente
abandonado por volta de 500 a.C. Eridu, talvez, por razões semelhantes, foi
abandonado em 600 a.C. e Uruk em 650 a.C. (MARK, 2014). Verifica-se assim que
o surgimento das cidades está relacionado com às possibilidades de sobrevivência
humana propiciada pela produção de excedentes alimentares.
22
TÓPICO 1 | ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA GEOGRAFIA URBANA
expansão das cidades se intensifica. Carlos (2009) explica que a origem da cidade
está atrelada à existência de uma ou mais funções urbanas, tais como: industrial,
cultural, comercial, administrativa ou política que variam conforme suas
condições históricas e suas diferenciações espaciais. Carlos (2009) pontua que a
existência da cidade estaria vinculada à, pelo menos, seis elementos: divisão do
trabalho; divisão da sociedade em classes; acumulação tecnológica; produção do
excedente agrícola decorrente da evolução tecnológica; sistema de comunicação;
e certa concentração espacial das atividades não agrícolas.
Assim, com o aumento das cidades, ocorre também o avanço dos estudos
relacionados a este processo de transformação social e espacial e interessados em
compreender o fenômeno da urbanização.
23
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
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TÓPICO 1 | ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA GEOGRAFIA URBANA
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UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
O que é espaço?
Elaborado pelo professor Luiz Carlos Parejo
Direcionado para aulas do ensino médio
Objetivos
O aluno deverá:
Estratégias
1) Identificar, em um lugar da cidade: a rua da escola, a rua mais antiga, no
bairro mais importante, no centro comercial etc. a arquitetura das edificações.
Os alunos deverão fotografar estes imóveis e organizar as fotos a partir da
idade deles (eles devem organizar as fotos de forma intuitiva, a partir da sua
visão de mundo).
26
TÓPICO 1 | ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DA GEOGRAFIA URBANA
Conclusão da atividade
Convidar moradores antigos para comparar o lugar, como era e
como é hoje. Convidar um representante da associação de bairro, um político
ou um representante de uma ONG para um debate acerca dos problemas e
potencialidades do lugar. Montar um painel sobre alguns lugares, como eram
antes e como são hoje. Podemos usar como exemplo os engenhos de cana no
Nordeste, as cidades cafeeiras do Centro Sul, a capital de São Paulo, o Rio de
Janeiro etc. ou comparar as capitais Salvador (no ciclo da cana), Rio de Janeiro
(ciclo do ouro até 1960) e Brasília (a partir da sua construção). Observar que as
mudanças em Brasília foram muito pequenas.
Conceitos
Espaço, construção do espaço, acumulação desigual de tempos,
rugosidade, relação sociedade-natureza.
Habilidades e Competências
Ler, observar, analisar, interpretar, compreender, selecionar e elaborar
sistemas de investigação, reconhecer na aparência das formas visíveis e
concretas do espaço geográfico atual os processos históricos construídos em
diferentes tempos, descrever, localizar, pesquisar, sintetizar, questionar.
FONTE: <https://educacao.uol.com.br/planos-de-aula/fundamental/geografia-o-que-e-espaco.
htm>. Acesso em: 17 mar. 2019.
27
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Diferentes critérios podem ser adotados para qualificar um local como urbano
e os mesmos, variam entre os diferentes países.
FONTE: <https://geovest.files.wordpress.com/2016/03/questc3b5es-sobre-gentrificac3a7c3a3o.
pdf>. Acesso em: 29 jul. 2019.
29
a) ( ) Conurbação.
b) ( ) Macrocefalia urbana.
c) ( ) Gentrificação.
d) ( ) Verticalização.
e) ( ) Urbanização.
a) ( ) Intencional.
b) ( ) Objetivo.
c) ( ) Individual.
d) ( ) Indesejado.
30
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 1, desta unidade, analisamos como se constitui o campo de
estudos da Geografia Urbana, quais são os agentes produtores do espaço urbano
e entendemos o que é urbanização. Neste tópico, a intenção é averiguar os
principais avanços realizados no estudo da Geografia Urbana no Brasil.
31
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
E
IMPORTANT
Admitimos a existência de uma rede urbana quando, ao menos, são satisfeitas as seguintes
condições. Primeiramente haver uma economia de mercado com uma produção que é
negociada por outra que não é produzida local ou regionalmente. Esta condição tem
como pressuposto um grau mínimo de divisão territorial do trabalho. Em segundo lugar
verificar-se a existência de pontos fixos nos territórios onde os negócios acima referidos são
realizados, ainda que com certa periodicidade e não de modo contínuo. Tais pontos tendem
a concentrar outras atividades vinculadas a esses negócios, inclusive aquelas de controle
político-administrativo e ideológico, transformando-se assim em núcleos de povoamento
dotados, mas não exclusivamente, de atividades diferentes daquelas da produção agropecuária
e do extrativismo vegetal: comércio, serviços e atividades de produção industrial.
A articulação resultante da circulação vai dar origem e reforçar uma diferenciação entre
núcleos urbanos no que se refere ao volume e tipos de produtos comercializados, às atividades
político-administrativas, à importância como pontos focais em relação ao território exterior
a eles, e ao tamanho demográfico. Esta diferenciação traduz-se em uma hierarquia entre os
núcleos urbanos e em especializações funcionais [...].
32
TÓPICO 2 | O ESTUDO DA GEOGRAFIA URBANA NO BRASIL
Seguindo com as ideias propostas por Corrêa (1989) acerca das Redes
Urbanas, o autor pontua que é a partir de 1955 que se verifica uma grande difusão
dos estudos de redes urbanas. Corrêa (1989) identifica as principais abordagens
adotadas nos estudos das Redes Urbanas. As mesmas foram sintetizadas e
expostas no quadro a seguir:
33
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
Para Corrêa (1989, p. 70) “a rede urbana pode ser considerada como uma
forma espacial através da qual as funções urbanas se realizam”. Por sua vez, as
funções urbanas referem-se a atividades que são tipicamente realizadas na cidade,
tais como função comercial, financeira, educacional, industrial entre outras.
DICAS
• https://www.youtube.com/watch?v=CU7c7cDW_Qg.
34
TÓPICO 2 | O ESTUDO DA GEOGRAFIA URBANA NO BRASIL
Gerais:
Específicos:
35
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
Nível de Centralidade
1
2
3
4
5
6
36
TÓPICO 2 | O ESTUDO DA GEOGRAFIA URBANA NO BRASIL
37
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
FONTE: IBGE. Regiões de influência das cidades, Rio de Janeiro: IBGE, 2008, p. 156. Disponível
em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/PZEE/_arquivos/regic_28.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2019.
38
TÓPICO 2 | O ESTUDO DA GEOGRAFIA URBANA NO BRASIL
39
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
Notou como cada município pode ser classificado no Brasil? Agora que
você compreendeu como foram classificados os municípios, observe no mapa a
distribuição espacial da rede urbana brasileira. Aproveite e observe as formas de
classificação do município onde você reside e do seu entorno.
40
TÓPICO 2 | O ESTUDO DA GEOGRAFIA URBANA NO BRASIL
Regiões de Influência
Manaus
Belém
Fortaleza
Recife
Salvador
Belo Horizonte
Rio de Janeiro
São Paulo
Curitiba
Porto Alegre
Goiânia
Brasilia
Os tracejados representam
redes de múltiplas vinculações.
Para finalizar este tópico, apresentamos uma sugestão de aula para você e
inspirar o desenvolvimento de outras atividades. Acompanhe!
Conteúdos
Estudo das Cidades: metrópoles, megalópoles, redes urbanas e áreas
metropolitanas.
Objetivos
Compreender as múltiplas interações entre sociedade e natureza nos
conceitos de território, lugar e região, explicitando que, da interação de cada
um, resulta a identidade das paisagens e lugares.
42
TÓPICO 2 | O ESTUDO DA GEOGRAFIA URBANA NO BRASIL
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UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
Materiais Relacionados
44
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O estudo das redes urbanas pode ser realizado a partir de diferentes abordagens,
merecendo destaque os seguintes critérios: classificações funcionais, dimensões
básicas de variação, tamanho e desenvolvimento, hierarquia urbana e, relações
entre cidades e regiões.
45
AUTOATIVIDADE
1 (ENADE, 2014)
Metrópole Nacional
MetrópoleRegional
Cidade Média
Cidade Pequena
Fluxo de pessoas
Fluxo de capital
e bens Clássica Atual
46
2 (IBGE, 2016) A rede urbana brasileira convive atualmente com um padrão
espacial do tipo clássico, em que a hierarquia entre as cidades é bem definida,
e um padrão urbano em que algumas cidades, de maior dinamismo, graças
à maior eficiência das comunicações, subvertem as noções de hierarquia
e de proximidade entre cidades. Cidades com redes técnicas avançadas
estão próximas a cidades muito distantes, enquanto que cidades vizinhas,
em que as redes técnicas são deficientes, mantêm fracas relações entre si. A
revolução tecnológica torna as redes urbanas cada vez mais diferenciadas e
complexas.
FONTE: <https://arquivo.pciconcursos.com.br/provas/24562646/6f0dce6354d5/tecnologista_
geografia_tipo_1.pdf>. Acesso em: 29 jul. 2019.
FONTE: <https://suburbanodigital.blogspot.com/2014/01/exercicios-resolvidos-de-geografia.
html>. Acesso em: 29 jul. 2019.
47
a) ( ) A distribuição dos níveis hierárquicos no território é desigual.
b) ( ) A rede urbana brasileira é coesa e curva.
c) ( ) A distribuição dos níveis hierárquicos no território é homogênea.
d) ( ) A rede urbana no Brasil é esparsamente povoada.
48
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
No tópico de abertura desta unidade de estudo, nos debruçamos sobre o
debate conceitual a respeito da Geografia Urbana e o processo de urbanização.
No Tópico 2, conhecemos o conceito de rede urbana e suas contribuições para o
estudo da geografia. Neste tópico, focaremos no estudo da obra de Milton Santos,
no que se refere à temática urbana.
49
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
É nesta fase de sua produção científica que Milton Santos coloca a ênfase
na análise das relações entre economia e estruturação dos espaços urbanos e
cunha uma teoria denominada Os dois circuitos da economia urbana em países
subdesenvolvidos.
51
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
Cada tipo de fixo surge com suas características, que são técnicas e
organizacionais. E desse modo a cada tipo de fixo corresponde uma
tipologia de fluxos. Um objeto geográfico, um fixo, é um objeto
técnico, mas também um objeto social, graças aos fluxos. Fixos e fluxos
interagem e se alteram mutuamente (SANTOS, 2006, p. 78).
52
TÓPICO 3 | AS CONTRIBUIÇÕES DE MILTON SANTOS NA ANÁLISE URBANA
[...] Nas atuais condições, os arranjos espaciais não se dão apenas através
de figuras formadas de pontos contínuos e contíguos. Hoje, ao lado dessas
manchas, ou por sobre essas manchas, há, também, constelações de pontos
descontínuos, mas interligados, que definem um espaço de fluxos reguladores.
As segmentações e partições presentes no espaço sugerem, pelo menos, que se
admitam dois recortes. De um lado, há extensões formadas de pontos que se
agregam sem descontinuidade, como na definição tradicional de região. São
as horizontalidades. De outro lado, há pontos no espaço que, separados uns
dos outros, asseguram o funcionamento global da sociedade e da economia.
São as verticalidades. O espaço se compõe de uns e de outros desses recortes,
inseparavelmente. É a partir dessas novas subdivisões que devemos pensar
novas categorias analíticas.
53
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
54
TÓPICO 3 | AS CONTRIBUIÇÕES DE MILTON SANTOS NA ANÁLISE URBANA
55
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
56
TÓPICO 3 | AS CONTRIBUIÇÕES DE MILTON SANTOS NA ANÁLISE URBANA
Por fim, outro conceito trabalhado por Milton Santos que está atrelado
aos conteúdos analisados pelo Geografia Urbana e pela ciência geográfica, de
modo abrangente, é o de espaço geográfico. A análise deste conceito permeia as
discussões apresentadas nos conceitos anteriormente expostos. Para o presente
estudo, selecionamos o fragmento de um artigo que discute o conceito de
espaço geográfico trabalhado por Milton Santos e o apresentamos como leitura
complementar na sequência. Boa leitura!
58
TÓPICO 3 | AS CONTRIBUIÇÕES DE MILTON SANTOS NA ANÁLISE URBANA
LEITURA COMPLEMENTAR
[...]
59
UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
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TÓPICO 3 | AS CONTRIBUIÇÕES DE MILTON SANTOS NA ANÁLISE URBANA
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UNIDADE 1 | A CIDADE, O URBANO E A URBANIZAÇÃO: FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
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TÓPICO 3 | AS CONTRIBUIÇÕES DE MILTON SANTOS NA ANÁLISE URBANA
FONTE: SAQUET, M. A.; SILVA, S. S. Milton Santos: concepções de geografia, espaço e território.
Geo UERJ, v.10 n.2, p. 24-42, 2008.
63
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
64
AUTOATIVIDADE
1 (ENADE, 2014)
65
e) ( ) Um conteúdo técnico e científico, substituindo um meio técnico
por um meio cada vez menos artificializado, isto é, sucessivamente
instrumentalizado a parir dos interesses dos grupos hegemônicos
Metrópole Regional
Centro Regional
Metrópole
Nacional Cidade Local
Vila
FONTE: Santos, M. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1997, p.55.
(adaptado).
FONTE: <https://questoes.grancursosonline.com.br/questoes-de-concursos/geografia-
urbanizacao/810577>. Acesso em: 29 jul. 2019.
66
3 (CESGRANRIO, 2010) Referindo-se às manifestações geográficas
decorrentes dos novos progressos, Milton Santos revela “a diferença,
ante as formas anteriores do meio geográfico, vem da lógica global que
acaba por se impor a todos os territórios e a cada território como um todo.
[...] O meio geográfico tende a ser universal. Mesmo onde se manifesta
pontualmente, [o meio geográfico] ele assegura o funcionamento
dos processos encadeados a que se está chamando de globalização”.
a) ( ) Natureza e trabalho.
b) ( ) Técnica e natureza.
c) ( ) Sociedade e história.
d) ( ) Ciência, natureza e redes sociais.
e) ( ) Técnica, ciência e informação.
FONTE: <http://www.mapadaprova.com.br/provas/cesgranrio/2010/seplag-pref-salvador-ba#>.
Acesso em: 29 jul. 2019.
67
68
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está organizada em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
69
70
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
A urbanização brasileira está intimamente relacionada ao processo de
industrialização, atividade que desencadeou um aumento da população que
passou a residir em áreas urbanas. Fenômenos como o êxodo rural também
contribuíram para esse processo de intensificação da população urbana.
Particularmente, no Brasil, o fenômeno da migração tomou força a partir da
década de 1970, tendo como importante estímulo as migrações motivadas pela
busca de novas oportunidades de trabalhos no setor industrial.
71
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
72
TÓPICO 1 | DESAFIOS NOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS
FONTE: <http://arquivos.ana.gov.br/imprensa/publicacoes/ATLASeESGOTOSDespoluicaodeBaci
asHidrograficas-ResumoExecutivo_livro.pdf>. Acesso em: 8 abr. 2019.
73
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
74
TÓPICO 1 | DESAFIOS NOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS
GLOSSÁRIO IBGE
Abastecimento:
1) Com canalização interna: a) por rede geral: quando o domicílio for servido de
água canalizada proveniente de rede geral de abastecimento, com distribuição
interna para um ou mais cômodos; b) poço ou nascente: quando o domicílio
for servido de água canalizada ligada a poço ou nascente, com distribuição
interna para um ou mais cômodos; c) outra forma: quando o domicílio tiver
distribuição interna, mas o reservatório (ou caixa) for abastecido com águas
das chuvas, por carro-pipa etc.
2) Sem canalização interna: a) por rede geral: quando o domicílio for proveniente
de uma rede geral, canalizada para a propriedade, sem haver distribuição
interna no domicílio; b) poço ou nascente: quando o domicílio for servido de
água proveniente de poço ou nascente próprios, sem distribuição interna; c)
outra forma: quando a água utilizada no domicílio for apanhada em fonte
pública, poço, bica etc., localizados fora da propriedade e sem distribuição
interna no domicílio
FONTE: <https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2009/
glossario_PNAD_2009.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2019.
75
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
Nesta entrevista, Barrocas explica que a falta de água canalizada pode ser
perigosa, pois fontes, poços, carros pipas nem sempre são alternativas seguras
sob o ponto de vista sanitário. Por conta disso, aumenta o risco de a população
contrair as chamadas doenças de veiculação hídrica, isto é, que derivam da falta
da qualidade da água. Doenças como diarreia, hepatite A, cólera e parasitoses,
para ilustrar são causadas pelo consumo de água ou alimentos contaminados por
fezes. Além disso, o especialista reforça que quando a água não está canalizada na
residência, elevam-se os riscos de uma inadequada higienização dos alimentos e
das mãos, o que pode aumentar as doenças gastrointestinais, com destaque para
a diarreia (GRILLO; SULINA, 2015).
76
TÓPICO 1 | DESAFIOS NOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS
FONTE: <http://arquivos.ana.gov.br/imprensa/publicacoes/ATLASeESGOTOSDespoluicaodeBaci
asHidrograficas-ResumoExecutivo_livro.pdf>. Acesso em: 8 abr. 2019.
77
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
E
IMPORTANT
FONTE: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/Man_SaneamentoBasicoResidencial_m
.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2019.
78
TÓPICO 1 | DESAFIOS NOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS
Por fim, o dado mais alarmante refere-se aos 27% da população completamente
desprovidos de atendimento, ou seja, não há coleta nem tratamento de esgotos. Heller
(2015) comenta a insuficiência do setor de saneamento básico no Brasil:
FONTE: <https://www.bancadejornalistas.com.br/falta-de-saneamento-basico-no-brasil-e-
grande-ameac%CC%A7a-a-saude-publica>. Acesso em: 15 abr. 2019.
79
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
Para se ter uma ideia mais precisa deste problema, a Agência Nacional de
Águas (2017, p. 28) estimou a carga de esgotos geradas utilizando como indicador
a chamada “Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO, parâmetro que caracteriza
a parcela orgânica dos efluentes provenientes de esgotamento sanitário,
usualmente empregado na avaliação de impactos nos corpos receptores e no
dimensionamento de processos de tratamento”. Os resultados dessa mensuração
revelaram que:
Carlos Madeiro
80
TÓPICO 1 | DESAFIOS NOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS
[...]
FONTE: MADEIRO, C. Como o Brasil pode melhorar o problema do saneamento básico? UOL Notícias,
Maceió, fev. 2017. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/02/12/
como-o-brasil-pode-melhorar-o-problema-do-saneamento-basico.htm>. Acesso em: 20 abr. 2019.
81
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
Conteúdos
• Aterro sanitário
• Lixão
• Lixo urbano
Objetivos
• Discutir as diferenças entre aterro sanitário e lixão como destinação do lixo
urbano.
• Relacionar o crescimento urbano ao aumento do consumo e produção de
lixo.
• Refletir sobre o descarte de materiais consumidos na escola.
Vale destacar que apesar da sugestão de atividade ser para o 4º ano, esse
conteúdo pode ser retomado ou reforçado considerando outras abordagens
nos anos sequenciais do primeiro ciclo do ensino fundamental.
82
TÓPICO 1 | DESAFIOS NOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS
• Lixão: trata-se de um local que não teve nenhum tipo de preparo para receber
os lixos. Neles, o líquido produzido pelo apodrecimento (use também a
palavra adequada desse processo que é decomposição) dos resíduos pode
penetrar no solo e comprometer a água que está embaixo da terra, que se
chama lençol freático. Porque não são fiscalizados e controlados, os lixões
atraem animais e insetos, como ratos, urubus e moscas, colocando em risco a
saúde daqueles que trabalham nesses locais, como catadores informais que
procuram materiais recicláveis.
• Aterro sanitário: trata-se de uma área previamente preparada para receber
os resíduos. Nesse local, há impermeabilização do solo com materiais como
a argila, o que impede a contaminação dos lençóis freáticos pelo chorume.
Além disso, há captação do metano, que assim como o líquido de chorume,
é um gás liberado no processo de apodrecimento do lixo e que pode ser
utilizado para produzir energia.
84
TÓPICO 1 | DESAFIOS NOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS
Materiais relacionados
86
TÓPICO 1 | DESAFIOS NOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS
FIGURA 4 – CRACOLÂNDIA
FONTE: <https://www.theguardian.com/cities/2017/nov/28/cracolandia-sao-paulo-feira-crack-
dentro>. Acesso em: 22 abr. 2019.
87
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
88
TÓPICO 1 | DESAFIOS NOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS
FONTE: <https://super.abril.com.br/blog/contaoutra/o-brasil-tem-mais-assassinatos-do-que-
todos-estes-paises-somados/>. Acesso em: 29 abr. 2019.
89
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
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TÓPICO 1 | DESAFIOS NOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS
FONTE: <https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/brasil-chega-a-taxa-de-30-assassinatos-
por-100-mil-habitantes-em-2016-30-vezes-a-da-europa-diz-atlas-da-violencia.ghtml>. Acesso
em: 18 abr. 2019.
91
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
92
TÓPICO 1 | DESAFIOS NOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS
93
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
F O N T E : C A R D O S O, A . L . A v a n ç o s e d e s a f i o s n a e x p e r i ê n c i a b r a s i l e i r a d e
urbanização de favelas. Cadernos Metrópole, São Paulo, n. 17, p. 219-240, jan. – jun.
2007. Disponível em: http://www.urbanismo.mppr.mp.br/arquivos/File/CARDOSO_
Avancosedesafiosnaxperienciabrasileiradeurbanizacaoeavelas.pdf. Acesso em: 22 jul. 2019.
94
TÓPICO 1 | DESAFIOS NOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS
95
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
96
TÓPICO 1 | DESAFIOS NOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS
a) invasão;
b) loteamento irregular ou clandestino; e
c) áreas invadidas e loteamentos irregulares e clandestinos regularizados em
período recente.
FONTE: IBGE. Censo demográfico 2010: aglomerados subnormais, primeiros resultados. Rio de
Janeiro: Ministério do Planejamento Desenvolvimento e Gestão, 2010. Disponível em: https://
biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/92/cd_2010_aglomerados_subnormais.pdf.
Acesso em 25 de abril de 2019.
FONTE: <http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2012/12/com-nome-de-novela-
comunidade-nao-tem-agua-luz-e-servico-postal.html>. Acesso em: 22 abr. 2019.
97
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
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TÓPICO 1 | DESAFIOS NOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS
FONTE: <http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2012/12/com-nome-de-novela-
comunidade-nao-tem-agua-luz-e-servico-postal.html>. Acesso em: 22 abr. 2019.
99
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
100
TÓPICO 1 | DESAFIOS NOS ESPAÇOS URBANOS BRASILEIROS
101
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
102
• No estudo dos aglomerados subnormais, são levados em conta características
como o seu tamanho, localização, acessibilidade, densidade de ocupação
e características dos domicílios, incluindo os serviços disponíveis, como
abastecimento de água, esgotamento sanitário, destino do lixo e disponibilidade
de energia elétrica.
• O problema das favelas ocorre de modo mais acentuado nas grandes cidades,
onde os espaços disponíveis para moradia são mais escassos e os preços dos
terrenos, das moradias e dos aluguéis tendem a ser a mais caros quando
comparados aos valores praticados em cidades pequenas ou médias.
103
AUTOATIVIDADE
1 (ENADE, 2008)
FONTE: <https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-concurso/questao/649032>.
Acesso em: 22 ago. 2019.
104
2 (Concurso Prefeitura de São João do Araguaia – PA, 2018) Após quatro anos
de quedas sucessivas, as favelas voltaram a se expandir no Rio de Janeiro.
É o que mostra o levantamento feito pelo Instituto Pereira Passos (IPP) com
fotos aéreas e publicado no jornal O Globo. A pesquisa revela que a área
total das 1.018 comunidades cariocas aumentou 0,31% entre 2012 e 2016,
totalizando 46,12 milhões de metros quadrados. Não parece muito, mas é
como se, em quatro anos, surgisse na cidade do Rio outra favela com 10 mil
habitantes.
FONTE: <http://www.tierrasdeamerica.com/2017/08/03/aumentam-favelas-rio-dejaneiro/>.
Acesso em: 24 abr. 2018.
105
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
a) ( ) V – F – V – F.
b) ( ) V – V – F – F.
c) ( ) F – V – F – V.
d) ( ) F – F – V – V.
FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/bcf9e6d9-e6>.
Acesso em: 22 ago. 2019.
PORQUE
106
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior, examinamos os diversos problemas que decorrem de
um processo de urbanização não planejado e seus diversos desdobramentos nas
dimensões sociais, ambientais, políticas e econômicas. Neste tópico, a intenção
é conhecer um pouco da história do projeto das cidades Brasília e Curitiba. A
seleção destas cidades decorre do fato de que elas são consideradas exemplos de
capitais planejadas. Vamos juntos conhecer a trajetória destas cidades?
2 A EXPERIÊNCIA DE BRASÍLIA
Para entendermos como surgiu a cidade de Brasília, precisamos ter em
mente que esta cidade é fruto de um longo processo e de um plano urbanístico
rigoroso. Mata (2014) observa que a criação da cidade foi apontada como marco
das intenções que previam o desenvolvimento da região do Planalto Central e,
por ter sido projetada de acordo com diretrizes modernas, é considerada uma
expressão do urbanismo moderno. Coelho (2008, p. 65) relata que: “a construção
de Brasília no final dos anos 50 do século XX representa a tentativa de concretização
de uma utopia urbana. A ideia de uma capital moderna como nova representante
política do Brasil traduzia um projeto de sociedade num momento de grande
desenvolvimento econômico no país”.
107
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
DICAS
FONTE: <http://2.bp.blogspot.com/_-p34h9oGuCw/SRsaexnJdOI/AAAAAAAAASY/ouCAggzAjek/
s1600-h/normal_cidade-jardim-diagrama-n-2_cor.bmp>. Acesso em: 22 jul. 2019.
109
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
DICAS
110
TÓPICO 2 | ASPECTOS POSITIVOS DA URBANIZAÇÃO BRASILEIRA
História de Brasília
O conceito
111
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
112
TÓPICO 2 | ASPECTOS POSITIVOS DA URBANIZAÇÃO BRASILEIRA
O nascimento
A consagração
113
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
DICAS
No link a seguir, você poderá assistir a um vídeo de cinco minutos, com imagens
do Arquivo Público do Distrito Federal, que sintetiza de forma animada como foi o processo
de construção da cidade. Confira: https://www.youtube.com/watch?v=qRjqdX9HlYs.
Por fim, salientamos a fala de Guia e Cidade (2010, p. 146) acerca dos
principais problemas geográficos e contemporâneos de Brasília:
114
TÓPICO 2 | ASPECTOS POSITIVOS DA URBANIZAÇÃO BRASILEIRA
3 A EXPERIÊNCIA DE CURITIBA
Além de Brasília, Curitiba também é uma das cidades brasileiras que se
destaca no âmbito do planejamento urbano, tendo ficado famosa pelo seu sistema
de transporte e pela presença de parques públicos espalhados ao longo da cidade.
Para entendermos melhor como a capital paranaense foi construída, iniciamos a
reflexão apresentando um recorte de um artigo científico que resume os principais
fatos atrelados ao planejamento urbano de Curitiba.
115
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
116
TÓPICO 2 | ASPECTOS POSITIVOS DA URBANIZAÇÃO BRASILEIRA
117
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
FONTE: RIBEIRO, R. M.; SILVEIRA, M. A. Planejamento urbano, lazer e turismo: os parques públicos
em Curitiba–PR. Turismo - Visão e Ação, Curitiba, v. 8, n. 2, p. 309-321, fev. 2006. Disponível
em: https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/rtva/article/view/293/254. Acesso em: 15 abr. 2019.
118
TÓPICO 2 | ASPECTOS POSITIVOS DA URBANIZAÇÃO BRASILEIRA
119
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
As áreas verdes fazem ainda fazem mais pelo entorno. Elas servem,
destaca Ângela, para mostrar ao homem que a natureza não depende dele
para viver, ao contrário, é ele, o homem, quem depende da natureza. “As
árvores fornecem oxigênio, mas não é só isso, tem a questão do bem-estar.
É comprovado que estar em meio à natureza diminui o estresse e melhora a
qualidade de vida”, diz. Os parques garantem o equilíbrio climático e uma boa
qualidade do ar.
120
TÓPICO 2 | ASPECTOS POSITIVOS DA URBANIZAÇÃO BRASILEIRA
121
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
Ibirapuera, São Paulo - Com uma área superior a 1,5 milhão metros
quadrados, o Ibirapuera é um dos parques mais visitados da América Latina.
Em seus domínios, o visitante encontra museus, como o Museu de Arte
Contemporânea, auditório, planetário, viveiro e muitos, mas muitos locais
para curtir a natureza e praticar esportes ao ar livre.
FONTE: <https://g1.globo.com/especial-publicitario/em-movimento/noticia/2018/07/23/entenda-
a-importancia-dos-parques-para-o-equilibrio-das-metropoles.ghtml>. Acesso em: 2 maio 2019.
FONTE: <https://www.ademilar.com.br/blog/onde-morar/conheca-parque-tangua-curitiba/>.
Acesso em: 2 maio 2019.
FONTE: <https://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink-g303441-d553398-
i68260668-Parque_Barigui-Curitiba_State_of_Parana.html>. Acesso em: 2 maio 2019.
122
TÓPICO 2 | ASPECTOS POSITIVOS DA URBANIZAÇÃO BRASILEIRA
123
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
FONTE: <http://www.tyba.com.br/portugues/minha_conta/ampliacao.php?file=cd218_238>.
Acesso em: 20 abr. 2012.
124
TÓPICO 2 | ASPECTOS POSITIVOS DA URBANIZAÇÃO BRASILEIRA
FIGURA – CHARGE 1
FONTE: <http://architetandoverde.blogspot.com.br/2011/09/sustentabilidade-urbana.html>.
Acesso em: 20 abr. 2012.
FIGURA – CHARGE 2
FIGURA – CHARGE 3
125
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
FIGURA – CHARGE 4
A diferença entre e estado
estado de alerta ... de calamidade.
FONTE: <http://www.matutando.com/charge-diferenca-entre-estado-de-alerta-estado-de-
calamidade/>. Acesso em: 20 abr. 2012.
FIGURA – CHARGE 5
Espere, Seja
vai começar sensata e
"Insensato saia logo
Coração"! dai!
FIGURA – CHARGE 6
FONTE: <http://www.ambrosia.com.br/2012/04/03/o-universo-de-angeli/ocupacao-angeli-
charge-transito/>. Acesso em: 20 abr. 2012.
126
TÓPICO 2 | ASPECTOS POSITIVOS DA URBANIZAÇÃO BRASILEIRA
AULA 2
Momento 1: o Professor deverá apresentar aos alunos o plano
diretor do município, considerando ser este um instrumento da política de
desenvolvimento dos municípios com a finalidade de orientar a atuação do
poder público e privado na construção dos espaços urbanos essenciais, visando
assegurar melhores condições de vida para a população.
Recursos Complementares
Avaliação
127
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A criação de Brasília foi apontada como marco das intenções que previam o
desenvolvimento da região do Planalto Central e, por ter sido projetada de
acordo com diretrizes modernas é considerada uma expressão do urbanismo
moderno.
128
AUTOATIVIDADE
1 (ENADE, 2011)
FONTE: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2011/GEOGRAFIA.
pdf>. Acesso em: 22 ago. 2019.
2 Os parques urbanos são áreas verdes que podem trazer qualidade de vida
para a população das cidades. Dentre os benefícios proporcionados por tais
espaços, é INCORRETO afirmar que:
129
3 O projeto da construção de Brasília como uma “cidade do futuro” moderna
pode ser associado a um projeto de mudança política. Com relação à
transferência da capital brasileira e à construção de Brasília, analise as
sentenças a seguir:
PORQUE
130
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
No âmbito dos estudos da Geografia Urbana, nos interessa compreender os
diferentes processos e atividades que se desenrolam no espaço urbano, as causas
e condições que o engendram e, por conseguinte, as derivações que decorrem
desta dinâmica espacial. Neste sentido, o objetivo deste tópico é explicar de que
forma o turismo se relaciona com o espaço urbano.
131
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
132
TÓPICO 3 | O ESPAÇO URBANO E O TURISMO
133
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
134
TÓPICO 3 | O ESPAÇO URBANO E O TURISMO
quanto o peixe podem ser vistos como bens culturais. O sanduíche, porém,
representa um bem cultural global, padronizado, que passa a ideia de que
as pessoas viajam, mas não saem do lugar. O pescado, neste exemplo, é uma
iguaria local e é esta particularidade que muitos de nós buscam quando vão
viajar (ainda que possamos, também, refugiarmo-nos no sanduíche, quando
cansamos da imersão na cultura local).
135
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
FONTE: <https://viagemeturismo.abril.com.br/materias/patrimonios-culturais-da-humanidade-
unesco-brasil/>. Acesso em: 25 jul. 2019.
136
TÓPICO 3 | O ESPAÇO URBANO E O TURISMO
FONTE: <https://viagemeturismo.abril.com.br/materias/patrimonios-culturais-da-humanidade-
unesco-brasil/>. Acesso em: 25 jul. 2019.
FONTE: <https://viagemeturismo.abril.com.br/materias/patrimonios-culturais-da-humanidade-
unesco-brasil/>. Acesso em: 25 jul. 2019.
137
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
DICAS
Para encerrar esta unidade, selecionamos uma proposta de plano de aula voltada
para o ensino fundamental para trabalhar a temática do turismo nos espaços urbanos com os
seus futuros alunos. Disponível no link: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.
html?aula=36864.
NOTA
Para conhecer mais sobre a prática do turismo nos espaços urbanos, acompanhe
a leitura complementar que selecionamos para você a seguir. Boa leitura!
138
TÓPICO 3 | O ESPAÇO URBANO E O TURISMO
LEITURA COMPLEMENTAR
139
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
140
TÓPICO 3 | O ESPAÇO URBANO E O TURISMO
141
UNIDADE 2 | O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
análise que remete à dimensão simbólica dos bens e dos valores a eles atribuídos,
parte-se da complexidade da cidade – cenário vivo no qual se inserem – que,
segundo Corrêa (2003):
142
RESUMO DO TÓPICO 3
• Uma cidade, antes de atrair visitantes, deveria ser atraente para a própria
comunidade.
• Recursos turísticos são todos os bens e serviços que, por intermédio da atividade
do homem e dos meios com que ele conta, tornam possível a atividade turística
e satisfazem as necessidades da demanda.
143
• As influências sobre o espaço da cidade variam com o tempo e as administrações
públicas, representadas por seus órgãos competentes e, na melhor das hipóteses,
com o respaldo da população local, vêm atuando no sentido de adaptar
fisicamente o meio urbano às novas demandas de seu uso e funcionamento.
144
AUTOATIVIDADE
FONTE: SIMÕES, P. O turismo e o lazer na cultura de consumo: impactos nas variáveis do tempo
e no espaço. Disponível em: <https://www.uc.pt/>. Acesso em: 10 de jul. 2018 (adaptado).
a) ( ) I, apenas.
b) ( ) III, apenas.
c) ( ) I e II, apenas.
d) ( ) II e III, apenas.
e) ( ) I, II e III.
FONTE: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/provas/2018/turismo.pdf>.
Acesso em: 22 ago. 2019.
145
2 O turismo vem provocando a reconfiguração dos espaços e nas paisagens
nas cidades chamando atenção à crescente prática do turismo urbano. Sobre
o assunto, analise as sentenças a seguir:
PORQUE
146
UNIDADE 3
PLANEJAMENTO URBANO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir dos estudos desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está organizada em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
147
148
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste tópico é apresentar o campo de estudos do planejamento
urbano e explicar como esse campo disciplinar está relacionado com a Geografia
Urbana. Vamos compreender quais são as ideias centrais que permeiam o
planejamento urbano e entender quais os principais mecanismos e instrumentos
adotados para conduzir o processo de planejamento das cidades.
149
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
150
TÓPICO 1 | O QUE É PLANEJAMENTO URBANO?
E
IMPORTANT
151
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
FONTE: <https://preview.redd.it/2wd7wemjkcxz.jpg?width=960&crop=smart
&auto=webp&s=588067d1aacf624aebf65454270fa41bb1226028>.
Acesso em: 3 jun. 2019.
FONTE: <https://i.pinimg.com/564x/e4/d9/9d/e4d99d0b49d0b42b3814a86ec799cfa5.jpg>.
Acesso em: 31 maio 2019.
152
TÓPICO 1 | O QUE É PLANEJAMENTO URBANO?
153
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
154
TÓPICO 1 | O QUE É PLANEJAMENTO URBANO?
NOTA
O artigo 40, do parágrafo primeiro, do Estatuto da Cidade, diz que o plano diretor
é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as
diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele
contidas.
O plano diretor é obrigatório (além das cidades com mais de 20 mil habitantes) para
municípios em área de especial interesse turístico e sob influência de empreendimentos
ou atividades com impacto ambiental de âmbito regional ou nacional [...]. Nas cidades com
mais de 500 mil habitantes, é também obrigatória a implementação de um plano integrado
de transportes. Outrossim, ciente das alterações promovidas pelo próprio plano diretor, além
daquelas próprias das dinâmicas socioeconômicas, o estatuto prevê que aquele seja revisto
a cada dez anos.
Há etapas na elaboração do plano diretor, não importa a dimensão da cidade, que são
comuns. Em alguns municípios, algumas dessas etapas merecem mais ou menos atenção.
Porém, todas elas são fundamentais para o sucesso de um plano diretor, principalmente
quando, desde a primeira etapa (o diagnóstico) até a última (gerenciamento e atualizações)
todas elas estejam presentes na consciência dos envolvidos na elaboração do plano — dos
técnicos à população e aos políticos [...].
155
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
DICAS
O município no qual você reside conta com um plano diretor? Você conhece
esse documento? Pesquise e procure conhecer esse importante instrumento
de gestão urbana das cidades. Caso você resida em um pequeno município,
investigue e tome contato com o plano diretor de um município vizinho que
disponha desse documento na sua região. Normalmente, é no site da prefeitura
municipal que encontramos o plano diretor da cidade.
156
TÓPICO 1 | O QUE É PLANEJAMENTO URBANO?
No primeiro parágrafo dessa lei, diz que esse estatuto regula o uso da
propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos
cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental. E segue com 16 diretrizes gerais,
que merecem ser resumidas e brevemente comentadas, quais sejam:
157
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
158
TÓPICO 1 | O QUE É PLANEJAMENTO URBANO?
E
IMPORTANT
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2c/Hto_Park_and_Urban_
Beach_Skyline.jpg/800px-Hto_Park_and_Urban_Beach_Skyline.jpg>. Acesso em: 31 maio 2019.
159
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
FONTE: <https://www.claudecormier.com/wordpress/wp-content/uploads/2013/10/hto-urban-
beach-3.jpg>. Acesso em: 31 maio 2019.
São as leis de zoneamento que vão determinar, por exemplo, quais áreas
da cidade serão destinadas para a ocupação de indústrias, quais são adequadas
para exercer a função residencial e quais apresentam restrições ambientais e
que, por isso, requerem um conjunto de cuidados concernentes a sua ocupação
específicos.
160
TÓPICO 1 | O QUE É PLANEJAMENTO URBANO?
— são os planos de desenvolvimento regional, por sua vez, que permitem uma
articulação entre o planejamento urbano e o seu contexto regional.
161
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
162
TÓPICO 1 | O QUE É PLANEJAMENTO URBANO?
FONTE: <https://www.consultoriaiso.org/wp-content/uploads/2017/04/IMAGEM-001.jpg>.
Acesso em: 31 maio 2019.
163
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
164
TÓPICO 1 | O QUE É PLANEJAMENTO URBANO?
Para finalizar este tópico e pensando em sua futura atuação como professor,
selecionamos um plano de aula de Geografia para o Ensino Fundamental II que
permite trabalhar a questão dos diferentes tipos de uso do solo nas cidades,
acompanhe!
PLANO DE AULA
Cidades
- Aprofunde conceitos sobre a importância de algumas medidas para o
equilíbrio e manutenção da vida nos centros urbanos.
Conteúdos
- Urbanização.
- Alterações climáticas.
- Uso e ocupação do solo.
Objetivos
- Entender as chuvas como um fenômeno natural, que sofre interferência dos
seres humanos e leva a consequências (inundações).
- Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,
identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente
para a melhoria do meio ambiente.
- Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas consequências em
diferentes espaços e tempos, de modo que construa referenciais que possibilitem
uma participação propositiva e reativa nas questões socioambientais locais.
- Questionar a realidade, formular problemas e propor soluções para eles,
utilizando, para isso, o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a
capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua
adequação.
165
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
166
TÓPICO 1 | O QUE É PLANEJAMENTO URBANO?
Pergunte o que eles observam nessas imagens. O que foi alterado com
relação ao uso do solo? Por que foi alterado? Houve alguma consequência
dessas alterações? Houve alguma população específica que mais tenha sofrido
com essas consequências? Qual teria sido essa população?
4ª Etapa: atividades
Apresente aos alunos a leitura da reportagem: Enchente no Rio está
entre as mais fatais nos últimos 12 meses no mundo (publicado em 07/04/2010
no site do jornal “O Estado de São Paulo”).
Inicie um debate com eles a partir das seguintes questões: Por que
ocorreram tantas mortes? O que são áreas de risco? O que essa catástrofe tem a
ver com a ocupação do solo?
Materiais Relacionados
Reportagem
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,enchente-no-rio-esta-
entre-as-mais-fatais-nos-ultimos-12-meses-no-mundo,534900 (Enchente no Rio
está entre as mais fatais nos últimos 12 meses no mundo)
167
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/urbanizacao-do-
brasil-consequencias-e-caracteristicas-das-cidades.htm (Urbanização do Brasil:
consequências e características das cidades)
Pode ser que seja necessário retomar com os alunos os conceitos de bacia
hidrográfica e ciclo da água, para que compreendam a formação das enchentes.
FONTE:<https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/
cidades-i/>. Acesso em: 3 jun. 2019.
168
RESUMO DO TÓPICO 1
169
• O zoneamento é um instrumento jurídico de ordenação do uso e ocupação do
solo.
170
AUTOATIVIDADE
PORQUE
3 ( ENADE, 2014) A Lei n° 10.257, aprovada em 2001, tem méritos que justificam
seu prestígio em boa parte dos países do mundo e suas virtudes não se
esgotam na qualidade técnica ou jurídica de seu texto. Num mundo que se
urbaniza crescentemente e que a maior contribuição a esse processo ocorre
nos países pobres, o tratamento dado à terra na lei merece ser conhecido.
Portanto, em que pese a abordagem holística composta por diferentes
aspectos, o tema central é a função social da propriedade. Em síntese, a lei
171
define como regular a propriedade urbana de modo que os negócios que a
envolvem não constituam obstáculo ao direito à moradia para a maior parte
da população, visando, com isso, combater a segregação, a exclusão territorial,
a cidade desumana, desigual e ambientalmente predatória.
a) ( ) I, apenas.
b) ( ) II, apenas.
c) ( ) I e III, apenas.
d) ( ) II e III, apenas.
e) ( ) I, II e III.
FONTE: <https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-concurso/questao/642394>.
Acesso em: 19 set. 2019.
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UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O estudo do planejamento, conforme estamos acompanhando, apoia-
se em uma ampla gama de conceitos e instrumentos de gestão que auxiliam a
conceber projetos e a gerenciar ações relacionadas ao espaço urbano. Neste tópico,
a intenção é realçar a dimensão ambiental do planejamento urbano. Pretende-se
evidenciar que a relação entre sociedade e natureza e a cidade e o meio ambiente,
são indissociáveis.
173
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
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TÓPICO 2 | A DIMENSÃO AMBIENTAL DO PLANEJAMENTO URBANO
NOTA
Vale lembrar que, dentre as várias funções desempenhadas pela cidade, ela é,
provavelmente, antes de tudo, um espaço de vida. É o espaço no qual o ser humano vive e
busca caminhos para a sua realização e bem-estar.
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UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
Instrumentos tradicionais de
Gestão Ambiental Urbana
Normativos
Fiscalização e Controle
Corretivos Preventivos
Envolvem as
legislações de uso do
solo, regulamentação Abarcam as intervenções Incluem a delimitação de
de padrões de emissão diretas de implantação espaços territoriais protegidos Visam assegurar que
de poluentes, dentre e manutenção de (parques e praças), avaliações as atividades realizadas
outros. infraestrutura de de impacto ambiental, análise no espaço urbano estejam
saneamento, plantio de de risco e licenciamento conformes às normas
árvores, serviço de coleta ambiental entre outros. vigentes.
de resíduos, etc.
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TÓPICO 2 | A DIMENSÃO AMBIENTAL DO PLANEJAMENTO URBANO
Governança Territorial
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UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
178
TÓPICO 2 | A DIMENSÃO AMBIENTAL DO PLANEJAMENTO URBANO
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UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
Por fim, deixamos uma sugestão de plano de aula para trabalhar com
os alunos a questão dos aspectos ambientais relacionais ao espaço urbano.
Particularmente, a atividade problematiza a questão do lixo. Acompanhe!
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TÓPICO 2 | A DIMENSÃO AMBIENTAL DO PLANEJAMENTO URBANO
Plano de aula
Lixo: um produto que foi descartado e que não tem valor nenhum. O
lixo que pode ser reaproveitado de alguma forma é chamado de resíduo sólido.
O lixo que não pode ser aproveitado é chamado de rejeito.
Tema da aula
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UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
Contextualização
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TÓPICO 2 | A DIMENSÃO AMBIENTAL DO PLANEJAMENTO URBANO
Problematização
Para estimular mais ideias aos alunos pergunte “Você considera o lixo
um problema? Na sua casa, na escola, no bairro da escola?”.
Ação propositiva
183
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
Após o tempo para desenhar, diga que vocês vão fazer uma lista,
no quadro, das formas de descarte mais comuns, que mais apareceram nos
desenhos. Peça aos alunos para ditarem as formas que eles desenharam, peça
que cada um cite uma forma, assim todos poderão participar da atividade. Se
espera que eles citem: “na lixeira”, ‘na calçada”, “no terreno vazio”. Quando as
formas se repetirem marque com um “I” na frente do nome já escrito na lista,
assim ao acabarem a lista é possível verificar qual o tipo mais comum.
Os mapas podem ser colados no mural da sala para que ocorra uma
comparação entre as quantidades de lixo nos caminhos.
Sistematização
Orientações: peça aos alunos que escrevam três ações para diminuir a
quantidade de lixo no dia a dia deles. Espera-se que escrevam: “Não usar copo
descartável”, “Usar sacola retornável”, “Usar garrafa de refrigerante de vidro”.
Peça para os alunos lerem uma das ações escritas por eles. Incentive os alunos
a falarem como colocariam essas ações em prática.
184
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
185
• A degradação ambiental, tal como a degradação da terra e a poluição da água,
do ar ou do solo, é causada pelo mau uso dos recursos, ausência de planejamento
urbano, infraestrutura deficiente e má governança e monitoramento da gestão
urbana.
186
AUTOATIVIDADE
187
É correto o que se afirma em:
a) ( ) II, apenas.
b) ( ) III, apenas.
c) ( ) I e II, apenas.
d) ( ) I e III, apenas.
e) ( ) I, II e III.
FONTE: <https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-concurso/questao/635485>.
Acesso em: 19 set. 2019.
188
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Acima de tudo, nunca perca a vontade de caminhar. Todos os dias, eu
caminho até alcançar um estado de bem-estar e me afasto de qualquer
doença. Caminho em direção aos meus melhores pensamentos e não
conheço pensamento algum que, por mais difícil que pareça, não
possa ser afastado ao caminhar (SOREN AABYE KIERKGAARD,
filósofo dinamarquês, 1813-1855).
Neste sentido, seja visando planejar uma nova cidade — como foi o
caso de Brasília — ou seja, para “remediar” problemas que já estão em curso
nas cidades, compete aos estudiosos do planejamento urbano (ainda que não
exclusivamente a eles) examinar, encaminhar as estratégias possíveis e tentar
solucionar os problemas urbanos.
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UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
Gehl (2015) sustenta que, por décadas, a dimensão humana tem sido
negligenciada nos estudos do planejamento urbano, enquanto questões como
a crescente ascensão do tráfego de carros seguem em evidência. Além disso,
ideologias de planejamento dominantes — o modernismo em particular
— colocaram especificamente uma baixa prioridade no espaço público, no
pedestrianismo e no papel do espaço da cidade como ponto de encontro para os
moradores urbanos. Outrossim, forças de mercado e as tendências arquitetônicas
mudaram gradualmente o foco das inter-relações e dos espaços comuns da cidade
para os edifícios individuais, que no processo se tornaram cada vez mais isolados
e introvertidos.
TUROS
ESTUDOS FU
Estas são algumas das ideias trabalhadas por Jan Gehl. Para expor de modo
sintético as ideias tratadas pelo autor no livro Cidade para Pessoas, selecionamos uma
resenha da obra para você que se encontra na Leitura Complementar, ao final deste tópico.
Boa leitura!
190
TÓPICO 3 | A CIDADE PARA AS PESSOAS
DICAS
FONTE: <http://statics.livrariacultura.net.br/products/capas_lg/874/42135874.jpg>.
Acesso em: 17 set. 2019.
Se você desejar consultar o livro Cidade para pessoas, poderá fazê-lo acessando link: https://
archive.org/details/LivroCidadeParaPessoasJanGehl.
DICAS
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UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
Esperamos que as ideias de Jan Gehl possam inspirar e ajudar nas ocasiões
de reflexões dos problemas urbanos atuais. Tal como você pode observar, em
uma concepção de cidade voltada para pessoas, priorizam-se alternativas de
mobilidade urbana focadas em pedestres, no uso de bicicletas e no transporte
público de qualidade.
FONTE: <http://bicyclegermany.com/Images/Trains/100_0075%20bike%20on%20street%20car.
jpg>. Acesso em: 18 jun. 2019.
192
TÓPICO 3 | A CIDADE PARA AS PESSOAS
193
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
FONTE: GEHL, J. Cidades para pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2015, p. 19.
194
TÓPICO 3 | A CIDADE PARA AS PESSOAS
PLANO DE AULA
Sobre este plano: ele está previsto para ser realizado em uma aula
de 100 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com
a habilidade de Geografia, EF01GEO3: Identificar e relatar semelhanças e
diferenças de usos do espaço público (praças, parques) para o lazer e diferentes
manifestações, que consta na BNCC [...]. Para o desenvolvimento deste plano é
importante que os alunos estejam sentados em duplas.
195
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
Tema da aula
Contextualização
Orientações: projete esse slide aos alunos. Dê um
tempo para que leiam
o questionamento e
observem as imagens. Caso necessário, ajude-os
nesse
momento realizando uma leitura coletiva
(com o seu auxílio). Permita que
196
TÓPICO 3 | A CIDADE PARA AS PESSOAS
Problematização
197
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
sua casa.
A sua casa.
Um consultório médico, entre outros lugares que julgar
necessário.
Ao término desse momento permita que os alunos socializem
as conclusões, informando quais dos espaços por eles pensados podem ser
frequentados por diferentes pessoas ao mesmo tempo e quais espaços são
frequentados apenas por pessoas autorizadas.
Ação propositiva
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TÓPICO 3 | A CIDADE PARA AS PESSOAS
Sistematização
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UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
Aprendi que:
Espaços Públicos Espaços Privados
Desenho Desenho
200
TÓPICO 3 | A CIDADE PARA AS PESSOAS
LEITURA COMPLEMENTAR
RESENHA
Bárbara Reichert
Cidades para pessoas, livro escrito por Jan Gehl, arquiteto e urbanista
dinamarquês, professor universitário aposentado e consultor, cuja carreira foi
construída com base no princípio de melhorar a qualidade de vida urbana através
da reorientação do planejamento urbano em favor de pedestres e ciclistas. Este
livro analisa muitas das ideias seminais de Gehl, examina algumas das cidades
do mundo que se desenvolveram com êxito nas últimas décadas e estabelece
os desafios para o futuro. Baseado em trabalhos que fez na Europa, Austrália e
Américas, tem um alcance global, com dados comparativos de como pedestres
utilizam os espaços públicos, cujo apelo maior é a rapidez com que ele tem sido
capaz de ajudar algumas cidades a transformar suas ruas de tráfego intrincado
em paraísos para as pessoas. O autor aborda, de forma aprofundada e objetiva,
questões que são fundamentais à qualidade de vida na cidade e que se refletem
na escala dos espaços, nas soluções de mobilidade, nas dinâmicas que favorecem
a vitalidade, sustentabilidade e segurança das áreas urbanas, na valorização dos
espaços públicos, nas possibilidades de expressão individual e coletiva, na beleza
daquilo que pode ser apreendido ao nível do observador.
O autor do livro foca naquilo que a cidade tem de mais importante: sua
dimensão humana, as oportunidades de encontro que ocorrem nos espaços de
vivência das relações cotidianas e como esses territórios precisam ser estruturados
para que essa dimensão não se perca. A premissa condutora deste livro é que
nossas cidades podem ser melhores se forem pensadas para aqueles que as
criaram: as pessoas. Gehl destaca “inicialmente nós moldamos as cidades —
depois elas nos moldam. Assim, quanto mais humano for o espaço urbano que
produzirmos, mais valorizada nossa dimensão humana estará. Uma cidade de
pessoas para pessoas”.
201
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO URBANO
dos olhos, para a qualidade de vida. Nada de busca pela forma, mas pela escala
humana. Resumindo, uma preocupação crescente com a dimensão humana no
planejamento urbano reflete uma exigência distinta e forte por melhor qualidade
de vida urbana. Comparado a outros investimentos sociais — particularmente os
de saúde e de infraestrutura de veículos — o custo de incluir a dimensão humana é
tão modesto, que os investimentos nessa área serão possíveis a cidades do mundo
todo, independentes do grau de desenvolvimento e capacidade financeira.
A cidade ao nível dos olhos é o tema do capítulo quatro que traz uma visão
geral e sistematizada dos mais importantes critérios de qualidade: proteção;
proteção contra o tráfego e acidentes — sensação de segurança; proteção contra
o crime e violência; proteção contra experiências sensoriais e desconfortáveis,
conforto; oportunidades para caminhar; oportunidades para permanecer em pé;
oportunidades para sentar-se; oportunidades para ver; oportunidades para ouvir
e conversar; oportunidades para brincar e praticar atividade física e, prazer;
escala; oportunidades de aproveitar os aspectos positivos do clima; experiências
sensoriais positivas. É um fato interessante e instigante que os melhores e mais
funcionais espaços urbanos do mundo demonstram um cuidadoso tratamento
geral de todos os critérios de qualidade.
202
TÓPICO 3 | A CIDADE PARA AS PESSOAS
203
RESUMO DO TÓPICO 3
• Cidades para pessoas foi um livro escrito por Jan Gehl, arquiteto e urbanista
dinamarquês, professor universitário aposentado e consultor, cuja carreira
foi construída com base no princípio de melhorar a qualidade de vida urbana
através da reorientação do planejamento urbano em favor de pedestres e
ciclistas.
• Jan Gehl sustenta que, por décadas, a dimensão humana tem sido negligenciada
nos estudos do planejamento urbano, enquanto questões como a crescente
ascensão do tráfego de carros seguem em evidência.
• O autor do livro foca naquilo que a cidade tem de mais importante: sua dimensão
humana, as oportunidades de encontro que ocorrem nos espaços de vivência
das relações cotidianas e como esses territórios precisam ser estruturados para
que essa dimensão não se perca.
• A premissa condutora deste livro é que nossas cidades podem ser melhores se
forem pensadas para aqueles que as criaram: as pessoas.
204
AUTOATIVIDADE
1 A ideia de planejar as cidades com foco nas pessoas tem ganhado força no
período atual. Nesse sentido, alguns planos de mobilidade urbana passaram
a incluir o uso das bicicletas em seus planos. Acerca deste assunto, assinale a
alternativa INCORRETA:
PORQUE
205
a capacidade das gerações futuras. O mundo assiste a um questionamento
crescente de paradigmas estabelecidos na economia e na cultura política. A
crise ambiental no planeta, quando traduzida na mudança climática, é uma
ameaça real ao pleno desenvolvimento das potencialidades dos países. O
Brasil está em uma posição privilegiada para enfrentar os enormes desafios
que se acumulam. Abriga elementos fundamentais para o desenvolvimento:
parte significativa da biodiversidade e da água doce existentes no planeta;
grande extensão de terras cultiváveis; diversidade étnica e cultural e rica
variedade de reservas naturais. O campo do desenvolvimento sustentável
pode ser conceitualmente dividido em três componentes: sustentabilidade
ambiental, sustentabilidade econômica e sustentabilidade sociopolítica.
Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável pressupõe:
206
REFERÊNCIAS
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Editora Ltda., 1998.
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