Teoria Das Relações Humanas
Teoria Das Relações Humanas
Teoria Das Relações Humanas
A Escola das Relações Humanas, ou Teoria das Relações Humanas (como é mais
conhecida), faz parte do grupo de teorias da administração que ganharam força a partir da
grande depressão, gerada pela quebra da bolsa de valores de Nova York, em 1929. As teorias
trazidas por essa vertente criaram novas perspectivas para a administração, uma vez que
esses dois pontos se interligavam. Até o surgimento da teoria das relações humanas, o
trabalhador era tratado de uma forma pouco aprofundada, muito mecânica (reflexos da Escola
Clássica).
Com o surgimento dessas novas teorias, ao invés de ser visto como o "homem econômico", o
trabalhador passou a ser visto como "homem social", cujo comportamento é dinâmico e
complexo, atuando como o centro da discussão. É a partir desta mudança, que as tomadas
mesma.
Surgimento
Clássica de Fayol e adequá-la ao novo padrão de vida do povo americano. Neste aspecto a
Teoria das Relações Humanas se mostrou um movimento americano típico que era voltado
ciências humanas, tendo como principal foco a psicologia industrial. Foi nesse movimento que
a psicologia começou a ter suas primeiras aplicações industriais, e com isso conseguiu
fundador da escola das relações humanas, porém Dewey e Lewin também foram grandes
contribuidores desse movimento. John Dewey trouxe à sociedade uma filosofia pragmática,
enquanto Kurt Lewin adicionou mais dinamismo à psicologia. Outra grande contribuição ao
movimento foi o Princípio de Pareto, e seu estudo sobre a sociedade italiana, em 1892.
Mayo, a experiência colocou em xeque os principais postulados da Teoria Clássica. Foi uma
experiência divida em quatro fases, que acabaram delineando os princípios básicos da Escola
das Relações Humanas. Essa experiência acabou contradizendo alguns princípios trazidos
por Taylor e Fayol, e apontou diversos novos conceitos voltados à produção industrial, aos
emocionais.
Diversos autores consideram que a Teoria das Relações Humanas surgiu efetivamente junto
desempenho dos indivíduos e foi o ponto de partida para os estudos sistemáticos sobre a
1933, sendo parte de um programa mais amplo e sofisticado, orientado pelo famoso professor
Elton Mayo. Ela tinha a finalidade de estudar a fadiga, os acidentes, a rotatividade e os efeitos
conseguiu demonstrar que dentre os fatores mais importantes para o desempenho individual,
estão nas relações interpessoais. Essa "descoberta" foi revolucionária para a época, pois
Em 1933, Elton Mayo publicou o livro The Human Problems of an Industrial Civilization, em
que apresentou as suas bem elaboradas conclusões. Em sua essência, Mayo diz que o
método de trabalho não é tão relevante para o desempenho das pessoas, mas sim os fatores
emocionais ou comportamentais. Para o autor, a fábrica deveria ser vista como um sistema
social, e não apenas como um meio de visão econômica, ou industrial. Após seus estudos, a
interdependentes que estes mantêm entre si, o que reforçou o discurso de que o homem
A nova concepção proposta por Mayo e seus colaboradores não alterou a estrutura do modelo
construído por Ford e Taylor. Entretanto, contribuiu de forma significativa para alterar a atitude
mudança de pensamento que surgiu junto com a Teoria das Relações Humanas. Para
Mayo, o conflito é uma chaga (ferida) social, enquanto que a cooperação é o bem-estar da
mesma. O autor ainda afirma que as relações humanas são as ações e atitudes
desenvolvidas pelo contato entre as pessoas, na qual cada uma é encorajada a se exprimir de
maneira livre e sadia. Mayo e os pesquisadores de Hawthorne não foram os primeiros a tratar
do assunto, porém, suas ideias foram decisivas para a disseminação desses conceitos.
humanos. Essa teoria enxerga o ser humano como detentor de necessidades físicas e
psicológicas, e não apenas como um ser passivo que pode ser motivado e controlado
unicamente a partir de simples estímulos como descrevia a Teoria das Relações Humanas.
O melhor autor que se encaixa entre essas duas correntes, é Chester Barnard, criador da
Teoria da Cooperação. Seu trabalho desloca entre a análise da organização formal para a
informal, visto que para ele, as organizações informais são um meio de comunicação e
suas organizações, concluindo que os sistemas vigentes na época não eram suficientes para
garantir que o indivíduo cooperasse com a empresa. Ele é tido como um pensador do
Relações Humanas entrou em declínio, passando a ser intensamente criticada. A partir deste
ponto, grande parte de suas concepções passaram a ser revisadas (com a maioria sofrendo
Dentre as principais críticas à Teoria das Relações Humanas, nós podemos citar:
Humanas foi fielmente oposta à Administração Científica de Taylor. Os fatores antes vistos
como essenciais pela escola clássica, mal eram abordados na teoria humanista, beirando o
total esquecimento. Para Amitai Etzioni, a escola das relações humanas nasceu de uma
reação à abordagem formal clássica, na qual um lado buscava negar o que o outro afirmava.
No entanto, para ele cada teoria vale para condições e situações diferentes, o que impediria
desviaram a função social do problema, tentando resolver as situações negativas por meio de
produtivo e integrado ao ambiente de trabalho. No entanto, essa imagem nem sem foi
como infelizes e produtivos. A maioria dos trabalhos de dinâmica de grupo iniciaram calcados
em princípios éticos, mas aos poucos seguiram uma linha analítica e experimental.
Administração Científica, a fábrica. Dessa forma, eles deixaram de utilizar outros tipos de
organização, como por exemplo, hospitais, universidades, bancos, entre outros. Esse fato
contribuiu negativamente para a Teoria das Relações Humanas, uma vez que reduziu a
sofrendo da mesma escassez de variáveis. Mesmo nas anotações de Mayo sobre os fatores
humanos, as conclusões não foram satisfatórias. Para alguns autores, o movimento favoreceu
f) Ênfase nos grupos informais: a teoria concentra-se nos grupos primários. Ela foi criticada
procurou demonstrar que o problema de alta rotatividade, baixa moral e eficiência estava
ligado à compreensão de como os grupos poderiam ser unificados para aumentar a
colaboração. A Teoria das Relações Humanas trouxe diversos novos conceitos pautados na
visão humanística, tais como: participação dos escalões inferiores nos problemas, introdução
g) Enfoque manipulativo das relações humanas: diversos autores indicavam que Mayo e
seus seguidores favoreciam à administração (alto escalão). Talvez por ter sido patrocinada
pela Western Electric. A teoria foi fortemente criticada pelo fato de trazer uma sutil estratégia
tempo que o manipulava para exigir menos da organização. Essa estratégia modificava o
avanço quanto ao taylorismo, apontando que o comportamento individual era determinado por
principal gatilho, que permitiu o delineamento básico dos princípios e dos fundamentos da
Escola das Relações Humanas. Dentre as principais conclusões que o experimento nos
forneceu, nós temos a percepção da produção como resultante da integração social, a análise
Com o advento da Teoria das Relações Humanas, uma nova concepção passou a dominar o
máquina perderam espaço em favor da dinâmica de grupo, por exemplo. A partir dos estudos
das relações humanas, todo o acervo acerca da motivação no trabalho, passou a ser aplicado
dentro das próprias organizações. Sendo assim, verificou-se que todo comportamento
Como a maioria das teorias administrativas, a Teoria das Relações Humanas colaborou de
Apesar das críticas que sofreu, a Escola das Relações Humanas teve uma importância
fundamental na construção dos alicerces humanistas, bem como dos conceitos sobre a
relações humanas abrangeu tanto o lado psicológico, como o lado sociológico das
organizações, tratando desde os grupos informais até alcançar uma análise mais profunda