042 Resumo Tecnico Censo Da Educacao Superior 2020
042 Resumo Tecnico Censo Da Educacao Superior 2020
042 Resumo Tecnico Censo Da Educacao Superior 2020
EDUCACIONAIS
SUPERIOR 2020
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Brasília-DF
Inep/MEC
2022
1
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.
COORDENAÇÃO DE EDITORAÇÃO E
PUBLICAÇÕES (COEP)
Priscila Pereira Santos
ASSISTENTE TÉCNICO
Ricardo Cézar Blezer
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) APOIO EDITORIAL
Janaína da Costa Santos
LISTA DE TABELAS
3
TABELA 7 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INGRESSANTES DE GRADUAÇÃO,
POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020..................... 21
4
TABELA 19 PERFIL REFERENTE AO CONCLUINTE DE CURSOS DE GRADUAÇÃO,
POR MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020.......................................... 43
LISTA DE GRÁFICOS
5
GRÁFICO 7 PERCENTUAL DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO PRESENCIAL,
POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA, SEGUNDO O TURNO – BRASIL –
2020.................................................................................................................................. 33
6
GRÁFICO 18 EVOLUÇÃO MÉDIA DO INDICADOR DE DESISTÊNCIA ANUAL (TADA)
DOS INGRESSANTES DE 2011 A 2016 EM CURSOS DE GRADUAÇÃO,
POR ANOS DE ACOMPANHAMENTO DAS RESPECTIVAS COORTES
– BRASIL – 2011-2020............................................................................................. 51
LISTA DE FIGURAS
7
SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES............................................................................................................................... 3
Lista de Tabelas......................................................................................................................................... 3
Lista de Gráficos........................................................................................................................................ 5
Lista de Figura........................................................................................................................................... 7
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................... 10
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 11
1.3.1 Ingressantes.......................................................................................................................... 21
8
1.3.2 Matrículas............................................................................................................................... 28
1.3.3 Concluintes............................................................................................................................ 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................... 60
GLOSSÁRIO.................................................................................................................................................... 63
APÊNDICE....................................................................................................................................................... 77
9
APRESENTAÇÃO
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), por meio
da Coordenação de Estatísticas, Indicadores e Controle de Qualidade do Censo da Educação
Superior (CEICQCES), da Coordenação-Geral de Controle de Qualidade e Tratamento da
Informação (CGCQTI), da Diretoria de Estatísticas Educacionais (Deed), apresenta o Resumo
Técnico do Censo da Educação Superior 2020.
Este documento consiste em uma edição especial cujo objetivo é dar publicidade aos
principais resultados do Censo da Educação Superior (Censo Superior) 2020 e às séries
históricas dos últimos dez anos. Para tanto, apresenta informações quantitativas e qualitativas,
a partir da análise descritiva dos dados.
O documento está organizado em seções definidas a partir das unidades de coleta de
dados. São elas: “instituições de educação superior”, “cursos de graduação”, “ingressantes,
matrículas e concluintes”, “indicadores de fluxo” e “funções docentes”. Os dados são abordados
em âmbito nacional, circunscritos, em sua maioria, à série histórica de 2011 a 2020, com
detalhamento, quando pertinente, do ano de 2020.
Espera-se que este Resumo Técnico do Censo da Educação Superior 2020 represente
uma fonte de consulta para dirigentes de instituições de ensino, gestores de políticas
educacionais, órgãos governamentais, pesquisadores e demais interessados na educação
brasileira, de modo a subsidiar análises, pesquisas, planejamentos e processos de tomada de
decisão.
O Inep registra, publicamente, seu agradecimento àqueles que viabilizam a concretização
do Censo Superior, especialmente, às instituições de educação superior (IES), nas pessoas
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
10
INTRODUÇÃO
da covid-19, com a maior parte da equipe responsável atuando remotamente. Além disso,
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
foi lançado um novo sistema informatizado de coleta das informações do Censo, o Censup
2020. A mudança para o novo Censup representou um enorme desafio para as equipes do
Inep e para todos os Recenseadores e Auxiliares Institucionais envolvidos na realização
do Censo 2020 (Brasil. Inep, 2021e).
11
Ademais, mediante o impacto da pandemia da covid-19, que modificou o calendário
acadêmico das IES referente ao ano letivo de 2020, o Inep publicou um documento orientador
para as instituições que estivessem com o calendário acadêmico atrasado. Esse documento
orientava as IES a preencherem os módulos Aluno, Curso e Docente utilizando as informações
disponíveis até o dia 30/06/2021 (Brasil. Inep, 2021e). Com isso, as estatísticas relativas a esses
módulos foram calculadas tomando essa data como limite. Já as estatísticas do Módulo IES
foram calculadas considerando como referência a data de 31/12/2020.
Nesta edição do Censo Superior, também é aplicado um questionário de
Resposta Educacional à Pandemia de Covid-19 no Brasil – Educação Superior, que traz
28 questões sobre o tema da pandemia e sua interface com a educação superior, tais como:
calendário e fluxo acadêmico; estratégias adotadas durante a suspensão das atividades
presenciais; e pesquisa e extensão. Ressalve-se que, neste Resumo Técnico, o referido
questionário não será abordado.
A presente publicação integra-se aos demais materiais disponibilizados no portal
do Inep, buscando fornecer subsídios que contribuam para a elaboração de um panorama
geral da educação superior brasileira.
TABELA 1
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, POR CATEGORIA
ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020
(continua)
CATEGORIA ADMINISTRATIVA
TOTAL
ANO PÚBLICA
GERAL PRIVADA
TOTAL FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
12
TABELA 1
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, POR CATEGORIA
ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020
(conclusão)
CATEGORIA ADMINISTRATIVA
TOTAL
ANO PÚBLICA
GERAL PRIVADA
TOTAL FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
TABELA 2
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, POR ORGANIZAÇÃO
ACADÊMICA – BRASIL – 2011-2020
(continua)
ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA
TOTAL
ANO
GERAL CENTRO
UNIVERSIDADE FACULDADE IF E CEFET
UNIVERSITÁRIO
13
TABELA 2
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, POR ORGANIZAÇÃO
ACADÊMICA – BRASIL – 2011-2020
(conclusão)
ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA
TOTAL
ANO
GERAL CENTRO
UNIVERSIDADE FACULDADE IF E CEFET
UNIVERSITÁRIO
Fonte: Elaborada pela Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
TABELA 3
NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, POR ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA,
SEGUNDO A FAIXA DE MATRÍCULAS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO – BRASIL – 2020
(continua)
ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA
FAIXA DE
TOTAL CENTRO
MATRÍCULAS UNIVERSIDADE FACULDADE IF E CEFET
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
UNIVERSITÁRIO
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
14
TABELA 3
NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, POR ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA,
SEGUNDO A FAIXA DE MATRÍCULAS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO – BRASIL – 2020
(conclusão)
ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA
FAIXA DE
TOTAL CENTRO
MATRÍCULAS UNIVERSIDADE FACULDADE IF E CEFET
UNIVERSITÁRIO
30.001 a 50.000 19 15 4 0 0
50.001 a 100.000 7 4 2 1 0
100.001 a 300.000 5 4 1 0 0
Mais de 300.000 4 3 1 0 0
Fonte: Elaborada pela Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
15
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
16
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
TABELA 4
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE ENSINO
E GRAU ACADÊMICO – BRASIL – 2011-2020
PRESENCIAL A DISTÂNCIA
TOTAL
ANO
GERAL
TOTAL BACHARELADO LICENCIATURA TECNOLÓGICO TOTAL BACHARELADO LICENCIATURA TECNOLÓGICO
2011 30.420 29.376 16.832 7.352 5.192 1.044 199 559 286
2012 31.866 30.718 17.486 7.613 5.619 1.148 217 581 350
2013 32.049 30.791 17.665 7.328 5.798 1.258 240 592 426
2014 32.878 31.513 18.319 7.261 5.933 1.365 290 595 480
2015 33.501 32.028 18.938 7.004 6.086 1.473 316 625 532
2016 34.366 32.704 19.795 6.693 6.216 1.662 387 663 612
2017 35.380 33.272 20.578 6.501 6.193 2.108 525 771 812
2018 37.962 34.785 21.882 6.419 6.484 3.177 855 996 1.326
2019 40.427 35.898 23.083 6.391 6.424 4.529 1.319 1.234 1.976
2020 41.953 35.837 23.242 6.205 6.390 6.116 1.849 1.512 2.755
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
A oferta de cursos de graduação evoluiu de maneira ascendente ao longo do período
de 2011 a 2020, partindo de 30.420 e alcançando 41.953 cursos, o correspondente a um
crescimento geral de 37,9% (Tabela 4).
Essa evolução guarda especificidades conforme a modalidade de ensino. Os cursos
a distância, menos numerosos, cresceram de maneira bem mais expressiva em termos
percentuais (485,8%), comparativamente aos cursos presenciais (22,0%).
Considerando o grau acadêmico dos cursos presenciais, somente a licenciatura revela,
desde 2012, tendência descendente, com percentual, de 2011 a 2020, de -15,6%; evoluíram
positivamente o bacharelado, com 38,1% de aumento, e o tecnológico, com 23,1%.
Para os cursos a distância, observa-se crescimento em todos os graus, inclusive na
licenciatura, sendo os percentuais correspondentes a: tecnológico (863,3%), bacharelado
(829,1%) e licenciatura (170,5%).
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Pública
Pública
Pública
Pública
Pública
Pública
Pública
Pública
Pública
Pública
Privada
Privada
Privada
Privada
Privada
Privada
Privada
Privada
Privada
Privada
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Presencial A distância
GRÁFICO 1
PROPORÇÃO DO NÚMERO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE ENSINO
E CATEGORIA ADMINISTRATIVA (PÚBLICA E PRIVADA) – BRASIL – 2011-2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
17
cursos a distância, que parte de 2,8%, em 2011, e alcança, de modo crescente, 17,9% em
2020; consequentemente, observa-se queda na participação percentual, saindo de 97,2%,
em 2011, e chegando a 82,1%, em 2020.
TABELA 5
PERCENTUAL E NÚMERO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA,
SEGUNDO A ÁREA GERAL DO CONHECIMENTO (CINE BRASIL) – BRASIL – 2020
CATEGORIA ADMINISTRATIVA
ÁREA GERAL DO
TOTAL % TOTAL
CONHECIMENTO PÚBLICA % PÚBLICA PRIVADA % PRIVADA
Ciências naturais,
960 2,3 634 5,9 326 1,0
matemática e estatística
Ciências sociais,
2.173 5,2 583 5,4 1.590 5,1
comunicação e informação
Computação e tecnologias da
informação e comunicação 2.862 6,8 639 5,9 2.223 7,1
(TIC)
Engenharia,
6.522 15,5 1.687 15,6 4.835 15,5
produção e construção
Negócios,
10.679 25,5 1.144 10,6 9.535 30,6
administração e direito
Saúde e bem-estar 6.527 15,6 864 8,0 5.663 18,2
18
Pode-se averiguar que as três primeiras áreas – Negócios, administração e direito,
Educação e Saúde e bem-estar – somam, combinadas, 59,6%, ou seja, mais da metade do
total de cursos. Por outro lado, as áreas de Artes e humanidades; Agricultura, silvicultura,
pesca e veterinária; Serviços; e Ciências naturais, matemática e estatística somam,
conjuntamente, 13,5%, isto é, pouco mais de 10% do conjunto de cursos.
Na categoria pública, as áreas gerais numericamente mais expressivas são Educação
(35,5%) e Engenharia, produção e construção (15,6%). Na categoria privada, por sua vez,
destacam-se Negócios, administração e direito (30,6%) e Saúde e bem-estar (18,2%).
TABELA 6
NÚMERO DE VAGAS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO POR TIPO DE VAGA, SEGUNDO
A CATEGORIA ADMINISTRATIVA E A MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020
TIPO DE VAGA
CATEGORIA MODALIDADE
TOTAL VAGAS
ADMINISTRATIVA DE ENSINO VAGAS VAGAS
PROGRAMAS
NOVAS REMANESCENTES
ESPECIAIS
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Em 2020 foi ofertado o total de 19.626.441 vagas, das quais 68,9% a distância e 31,1%
presenciais. Além disso, 95,6% das vagas foram ofertadas na categoria privada, contra
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
4,4% ofertadas na categoria pública. Vale dizer que, do total de vagas presenciais, 11,9%
são públicas e 88,1% são privadas; das vagas a distância, 1,0% são públicas e 99,0% são
privadas. Considerando o tipo de vagas, tem-se a seguinte distribuição total: 73,0% de
vagas novas, 26,7% de vagas remanescentes e 0,3% de vagas em programas especiais
(Tabela 6).
19
FIGURA 1
NÚMERO DE VAGAS OFERTADAS EM CURSOS PRESENCIAIS DE GRADUAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
REGIONAL DA POPULAÇÃO DE 18 A 24 ANOS – BRASIL – 2020
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
populosas e com maior oferta de vagas; o Norte aparece em quarta posição em número de
pessoas, porém em quinto lugar na oferta de vagas. Finalmente, a região Centro-Oeste, que
aparece em quinta posição em números populacionais, encontra-se em quarto lugar na oferta
de vagas.
20
1.3 INGRESSANTES, MATRÍCULAS E CONCLUINTES1
1.3.1 INGRESSANTES
TABELA 7
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INGRESSANTES DE GRADUAÇÃO, POR CATEGORIA
ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020
CATEGORIA ADMINISTRATIVA
TOTAL
ANO PÚBLICA
GERAL PRIVADA
TOTAL FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL
1
“Ingressante” corresponde ao somatório de vínculos de aluno a um curso superior que possui ano de ingresso
igual ao ano de referência do Censo Superior. “Matrículas” corresponde ao somatório de vínculos de aluno a um
curso superior igual a “cursando” ou “formado”. “Concluintes” corresponde ao somatório de vínculos de aluno a
um curso igual a “formado” (Brasil. Inep, 2012).
21
2.500.000
2.000.000
1.500.000
1.000.000
500.000
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Presencial A distância
GRÁFICO 2
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
22
4000000
3500000
980.164
3000000
2500000
695.790
443.253
2000000
454.712
1500000
1000000 2.073.519
1.438.981
500000
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
GRÁFICO 3
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INGRESSANTES DE GRADUAÇÃO, POR GRAU ACADÊMICO
– BRASIL – 2011-2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: Não aparecem computados os ingressantes de Área Básica de Ingresso.
23
TABELA 8
NÚMERO DE INGRESSANTES, POR VAGAS NOVAS E POR MEIO DO ENEM NOS CURSOS
DE GRADUAÇÃO PRESENCIAL, POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA,
SEGUNDO A GRANDE REGIÃO – BRASIL – 2020
BRASIL/ PÚBLICA
INGRESSANTES TOTAL
GRANDE PRIVADA
(VAGAS NOVAS) GERAL TOTAL FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL
REGIÃO
Total 1.507.148 438.184 291.973 128.916 17.295 1.068.964
Brasil Enem 607.032 265.989 233.872 30.790 1327 341.043
% 40,3 60,7 80,1 23,9 7,7 31,9
Total 103.292 36.665 30.825 5.071 769 66.627
Norte Enem 44.206 24.979 24.178 786 15 19.227
% 42,8 68,1 78,4 15,5 2,0 28,9
Total 327.273 123.440 89.171 31.297 2.972 203.833
Nordeste Enem 160.961 92.513 79.794 12.388 331 68.448
% 49,2 74,9 89,5 39,6 11,1 33,6
Total 736.503 162.384 86.869 66.265 9.250 574.119
Sudeste Enem 283.038 86.893 77.119 9.009 765 196.145
% 38,4 53,5 88,8 13,6 8,3 34,2
Total 202.667 75.996 54.664 19.374 1.958 126.671
Sul Enem 62.674 36.659 32.052 4.391 216 26.015
% 30,9 48,2 58,6 22,7 11,0 20,5
Total 137.413 39.699 30.444 6.909 2.346 97.714
Centro-
Enem 56.153 24.945 20.729 4.216 0 31.208
Oeste
% 40,9 62,8 68,1 61,0 0,0 31,9
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
A Tabela 8 apresenta os números totais de ingressantes por vagas novas e via Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), por categoria administrativa, segundo a grande região, em
2020. No Brasil, 40,3% dos ingressantes de vagas novas de graduação presencial o fazem
por meio do Enem. Nas IES públicas, esse percentual corresponde a 60,7% e, nas IES
privadas, a 31,9%. Considerando somente as IES públicas, o Enem responde pelo ingresso de
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
80,1% das vagas novas nas instituições federais, 23,9% nas estaduais e 7,7% nas municipais.
Em relação às grandes regiões, a participação do Enem, em ordem decrescente, é:
Nordeste (49,2%), Norte (42,8%), Centro-Oeste (40,9%), Sudeste (38,4%) e Sul (30,9%).
Na categoria pública, a participação do Enem, em cada grande região, é majoritária no Nordeste
(74,9%), seguida de Norte (68,1%), Centro-Oeste (62,8%) e Sudeste (53,5%). A região
24
Sudeste, por sua vez, conta com praticamente a metade do número de ingressantes por vagas
novas (736.503 ou 48,9% do total). Ainda, nessa região, mais da metade dos ingressantes
por Enem (196.145 ou 57,5% do total por Enem) estão na categoria privada.
Tanto em relação ao total geral, quanto em relação ao conjunto das IES públicas,
Nordeste, Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul utilizam o Enem como via de ingresso em seus
processos seletivos, em ordem descrescente.
100
90
80
70
60
50
83,5
40 75,4
72,3
30
20
10 23,0 19,9 20,6
0
Total Geral Pública Federal Estadual Municipal Privada
GRÁFICO 4
PERCENTUAL DE VAGAS NOVAS OCUPADAS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR CATEGORIA
ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
TABELA 9
MEDIDAS ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS PARA AS IDADES DOS INGRESSANTES NOS CURSOS
DE GRADUAÇÃO, SEGUNDO A MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020
IDADE1 DO INGRESSANTE
MODALIDADE FREQUÊNCIA
1º 3º DESVIO-
DE ENSINO MEDIANA MÉDIA MODA MODAL2
QUARTIL QUARTIL PADRÃO
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
25
A Tabela 9 informa as medidas estatísticas descritivas para as idades dos ingressantes
nos cursos de graduação, segundo as modalidades presencial e a distância, em 2020. Nos
cursos presenciais, a idade mais frequente (moda) é de 19 anos, aparecendo 301.332 vezes
no total de ingressantes (1.756.496). Nos cursos a distância, há 2.008.979 ingressantes e a
moda é igual a 21 anos, sendo a frequência modal igual a 85.733.
Ordenando as idades de maneira crescente, a mediana revela que metade dos
ingressantes presenciais tem até 21 anos e, no caso dos ingressantes de graduação a distância,
até 30 anos. A média de idade dos ingressantes presenciais é de 24,4 anos e a dos
ingressantes a distância, 31,6 anos. Quanto ao 3° quartil, até três quartos dos ingressantes
presenciais têm idade igual ou inferior a 27 anos e os correspondentes três quartos dos
ingressantes a distância têm idade igual ou inferior a 38 anos. Em relação ao desvio-padrão,
na modalidade presencial é igual a 7,9 anos e, na modalidade a distância, 9,4 anos.
Assim como observado ao longo de todo o período (Brasil. Inep, 2013, 2014, 2015,
2018a, 2018b, 2019b, 2020, 2021g), as estatísticas descritivas apresentadas revelam
um perfil discente com idade mais avançada para a população ingressante nos cursos de
graduação a distância, comparativamente aos cursos presenciais.
TABELA 10
PERFIL DO INGRESSANTE DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE ENSINO
– BRASIL – 2020 (continua)
PERCENTUAL
MODALIDADE FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA
ATRIBUTOS MODA EM RELAÇÃO
DE ENSINO MODAL1 TOTAL
AO TOTAL
Categoria
Privada 1.277.790 73%
administrativa
Organização
Universidade 835.080 48%
acadêmica
Negócios,
Presencial 1.756.496
Área geral administração 485.927 28%
e direito
Tipo de
escola em que
Pública 1.207.092 69%
concluiu o ensino
médio
26
TABELA 10
PERFIL DO INGRESSANTE DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE ENSINO
– BRASIL – 2020 (conclusão)
PERCENTUAL
MODALIDADE FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA
ATRIBUTOS MODA EM RELAÇÃO
DE ENSINO MODAL1
TOTAL
AO TOTAL
Sexo Feminino 1.165.797 58%
Categoria
Privada 1.960.679 98%
administrativa
Organização
Universidade 1.197.491 60%
acadêmica
Negócios,
A distância 2.008.979
Área geral administração 764.568 38%
e direito
Tipo de
escola em que
Pública 1.664.852 83%
concluiu o ensino
médio
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: “Frequência modal” corresponde ao número de observações dessa medida estatística descritiva, a qual identifica o atributo com
maior frequência na distribuição do aspecto selecionado.
(37%), a IES privada (98%), a universidade (60%), a área geral de cursos Negócios,
administração e direito (38%), a cor/raça branca (35%) e a escola pública como aquela em
que o aluno concluiu o ensino médio (83%).
Os perfis apresentados por cada uma das modalidades exibem, portanto, as mesmas
características.
27
1.3.2 MATRÍCULAS
TABELA 11
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO, POR CATEGORIA
ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020
CATEGORIA ADMINISTRATIVA
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
que a queda das matrículas públicas em 2020 parece motivada pelo elevado número de
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
trancamentos de matrícula, o que pode ter ocorrido em razão dos impactos da pandemia no
referido ano (Tabela 12).
28
TABELA 12
NÚMERO DE VÍNCULOS DE ALUNO EM CURSOS DE GRADUAÇÃO DA CATEGORIA PÚBLICA, POR SITUAÇÃO DE VÍNCULO DO ALUNO,
SEGUNDO A CATEGORIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2018-2020
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
29
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
A Tabela 12 evidencia um aumento no número de trancamentos de matrícula em
2020, comparativamente aos anos anteriores, principalmente na categoria federal, o que
explica, parcialmente, a queda no número de matrículas dessa categoria.
Em relação ao número total de vínculos, na categoria federal, as matrículas trancadas
aumentam de 7,4%, em 2018, para 7,6%, em 2019, e 16,3%, em 2020. Além disso,
considerando a evolução dos trancamentos, verifica-se crescimento de 3,7%, de 2018 para
2019; e de 111,2%, de 2019 para 2020.
O crescimento das matrículas privadas, por sua vez, ainda de acordo com a Tabela 11,
somente é interrompido por uma queda discreta em 2016.
TABELA 13
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO, POR ORGANIZAÇÃO
ACADÊMICA – BRASIL – 2011-2020
ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
30
A Tabela 13 apresenta a evolução das matrículas de graduação por organização
acadêmica no período de 2011 a 2020. Em 2011, a participação percentual de cada uma das
organizações acadêmicas era de: 53,9% para as universidades; 30,9% para as faculdades;
13,7% para os centros universitários; e 1,5% para os IFs e Cefets.
Comparativamente, em 2020, a participação percentual das universidades permanece
praticamente inalterada (54,3%), a dos centros universitários dobra (27,0%), a das faculdades
cai pela metade (16,2%) e a dos IFs e Cefets praticamente dobra (2,5%).
100%
11% 11% 11% 10% 9% 9% 8% 8% 8% 8%
90%
14% 13% 13% 13% 13% 12%
16% 16% 15% 14%
80%
70%
60%
50%
20%
10%
0%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
GRÁFICO 5
EVOLUÇÃO DA PROPORÇÃO DAS MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO NA MODALIDADE
PRESENCIAL, POR GRAU ACADÊMICO – BRASIL – 2011-2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: Não contém estatísticas de cursos de Área Básica de Ingresso (ABI).
31
100%
90%
27% 27% 30% 29% 28% 26% 26% 28% 29% 32%
80%
70%
60%
43% 40% 39% 40% 41% 43% 42% 40% 37% 32%
50%
40%
30%
20%
32% 33% 34% 36%
30% 31% 31% 31% 31% 31%
10%
0%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
GRÁFICO 6
EVOLUÇÃO DA PROPORÇÃO DAS MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO NA MODALIDADE
A DISTÂNCIA, POR GRAU ACADÊMICO – BRASIL – 2011-2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: Não contém estatísticas de cursos de Área Básica de Ingresso (ABI).
32
100%
90%
31%
80% 43%
70%
64% 66%
60%
50%
40%
69%
30% 57%
20%
36% 34%
10%
0%
Federal Estadual Municipal Privada
Diurno Noturno
GRÁFICO 7
PERCENTUAL DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO PRESENCIAL, POR CATEGORIA
ADMINISTRATIVA, SEGUNDO O TURNO – BRASIL – 2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
33
Pedagogia - 816247 92,0 8,0
Serviço social - 132615 89,7 10,3
Enfermagem - 334779 83,7 16,3
Nutrição - 148264 82,9 17,1
Psicologia - 275771 79,6 20,4
Gestão de pessoas - 194323 78,8 21,2
Fisioterapia - 175991 76,9 23,1
Odontologia - 137092 71,6 28,4
Farmácia - 155824 71,0 29,0
Medicina veterinária - 116931 69,2 30,8
Arquitetura e urbanismo - 130638 67,0 33,0
Medicina - 204279 60,5 39,5
Contabilidade - 351194 57,0 43,0
Administração - 626813 55,8 44,2
Direito - 759361 55,6 44,4
Educação física formação de professor - 132201 39,4 60,6
Educação física - 231508 35,7 64,3
Engenharia de produção - 128319 32,7 67,3
Engenharia civil - 234333 29,9 70,1
Sistemas de informação - 209182 15,3 84,7
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Feminino Masculino
GRÁFICO 8
OS 20 MAIORES CURSOS (RÓTULOS2) EM NÚMERO DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO
E OS RESPECTIVOS PERCENTUAIS DE PARTICIPAÇÃO, POR SEXO – BRASIL – 2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
2
A Cine Brasil 2000 (Classificação Internacional Normalizada da Educação, adaptada em 2000 para os cursos
de graduação e sequenciais do Brasil) está organizada em quatro níveis de classificação, sendo que as áreas
gerais correspondem ao nível mais alto de classificação; as áreas específicas abrangem o segundo nível; as áreas
detalhadas, o terceiro; e os rótulos, o quarto, constituindo-se na menor unidade de agrupamento de cursos que
apresentam conteúdos temáticos similares em relação aos componentes curriculares, ao perfil profissional e às
competências e habilidades dos egressos. Na Cine Brasil 2000, os rótulos eram denominados “Cursos/Programas”
(Brasil. Inep, 2019a).
34
8.226), Educação infantil formação de professor (92,9%; 183) e, em quinto lugar, Pedagogia
(92,0%; 751.287).
Já em relação aos cinco cursos (rótulos) com maiores percentuais de participação
masculina, destacam-se: Papel e celulose (100,0% de participação masculina em 3 matrículas
masculinas), Refrigeração e climatização (95,7%; 314), Soldagem (95,6%; 760), Sistemas
automotivos (95,5%, 1.368) e Manutenção industrial (93,5%; 2.165).
Autismo 2.974
Cegueira 2.929
Surdez 2.758
Superdotação 2.214
Surdocegueira 223
GRÁFICO 9
TOTAL DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO CONFORME O TIPO DE DEFICIÊNCIA, TRANSTORNO
GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO OU ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO DECLARADOS
– BRASIL – 2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
35
100% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3%
90%
80% 35% 35% 37% 40% 42% 43% 44% 45% 46%
46%
70%
60%
50%
40%
30% 62% 62% 60% 57% 56% 54% 53% 52% 51% 52%
20%
10%
0%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
GRÁFICO 10
EVOLUÇÃO DOS PERCENTUAIS DE DECLARAÇÕES RELATIVAS À VARIÁVEL COR/RAÇA
DO ALUNO (EM RELAÇÃO À MATRÍCULA) – BRASIL – 2011-2020
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: Não estão contabilizados os alunos matriculados que não declararam a cor/raça e os que não possuem a informação.
TABELA 14
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MATRÍCULAS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO DA CATEGORIA PRIVADA
COM FINANCIAMENTO, SEGUNDO O TIPO OU CONDIÇÃO – BRASIL – 2020
(continua)
2011 1.428.984 292.304 220.542 37.796 38.387 1.194.534 364.521 683.564 170.840
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
2012 1.664.822 504.253 433.948 35.245 39.872 1.247.121 398.409 717.449 155.175
2013 1.999.430 923.839 817.020 37.471 78.472 1.237.287 384.698 754.369 127.540
2014 2.432.397 1.358.618 1.303.146 24.546 36.568 1.303.254 437.275 787.687 114.844
2015 2.697.918 1.390.779 1.332.302 35.514 33.833 1.536.104 517.161 873.657 204.536
36
TABELA 14
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MATRÍCULAS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO DA CATEGORIA PRIVADA
COM FINANCIAMENTO, SEGUNDO O TIPO OU CONDIÇÃO – BRASIL – 2020
(conclusão)
2016 2.768.447 1.313.455 1.226.352 74.494 41.233 1.660.255 580.592 990.427 140.749
2017 2.887.768 1.174.019 1.070.460 96.659 47.632 1.985.585 609.434 1.300.256 158.507
2018 2.985.527 1.015.395 821.122 169.860 46.219 2.293.444 575.099 1.612.607 164.668
2019 2.973.544 794.842 571.852 206.027 42.397 2.468.570 615.623 1.763.909 161.966
2020 3.005.530 454.246 353.001 78.866 40.146 2.686.713 566.636 2.056.901 137.966
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Notas: O Total geral e o Total por tipo não são o somatório das diversas condições de financiamento, e um aluno pode ter diferentes
tipos de financiamento no curso ao qual está vinculado.
1
Aluno matriculado que possui Prouni Integral e/ou Prouni Parcial.
longo da série, com pico em 2015, e decréscimo geral final de 19,2%, com 137.966 matrículas
financiadas.
37
TABELA 15
MEDIDAS ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS PARA AS IDADES REFERENTES ÀS MATRÍCULAS
NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO, SEGUNDO A MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Notas: 1 “Idade” consiste no cálculo produzido com base nos dados cadastrais de alunos e docentes relativos a dia, mês e ano de
nascimento, na data de referência do Censo Superior (Brasil. Inep, 2012).
2
“ Frequência modal” corresponde ao número de observações dessa medida estatística descritiva, a qual identifica o atributo
com maior frequência na distribuição do aspecto selecionado.
38
TABELA 16
PERFIL REFERENTE À MATRÍCULA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE
DE ENSINO – BRASIL – 2020
PERCENTUAL
MODALIDADE FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA
ATRIBUTOS MODA EM RELAÇÃO
DE ENSINO MODAL1 TOTAL
AO TOTAL
Categoria
Privada 3.775.571 68%
administrativa
Organização
Universidade 2.853.750 51%
acadêmica
Presencial 5.574.551
Negócios,
Área geral administração 1.497.579 27%
e direito
Tipo de escola em
que concluiu o Pública 3.638.639 65%
ensino médio
Categoria
Privada 2.948.431 95%
administrativa
Organização
Universidade 1.860.684 60%
acadêmica
Tipo de
escola em que
Pública 2.496.249 80%
concluiu o ensino
médio
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
39
A Tabela 16 apresenta o perfil relativo à matrícula de graduação em 2020, por
modalidade de ensino, a partir de características que devem ser tomadas separadamente.
Na modalidade presencial, predominam o sexo feminino (57%), o bacharelado
(80%), a IES privada (68%), a universidade (51%), a área geral de cursos Negócios,
administração e direito (27%), a cor/raça branca (45%) e a escola pública como aquela em
que o aluno concluiu o ensino médio (65%).
Na modalidade a distância, também predominam o sexo feminino (60%), o bacharelado
(36%), a IES privada (95%), a universidade (60%), a área geral de cursos Negócios,
administraçãoe direito (37%), a cor/raça branca (38%) e a escola pública como aquela em
que o aluno concluiu o ensino médio (80%). Também no caso da matrícula, pode-se verificar
que os perfis apresentados por ambas as modalidades de ensino exibem as mesmas
características.
1.3.3 CONCLUINTES
TABELA 17
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CONCLUINTES DE GRADUAÇÃO, POR CATEGORIA
ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020
CATEGORIA ADMINISTRATIVA
TOTAL
ANO PÚBLICA
GERAL PRIVADA
TOTAL FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
40
Em relação ao número de concluintes de graduação de 2011 a 2020, a Tabela
17 apresenta uma evolução geral ascendente, que parte de 1.016.713 e alcança o total
de 1.278.622, com 25,8% de crescimento. Considerando as categorias administrativas,
verifica-se, na categoria pública em geral, decréscimo de 6,5%. Vê-se, nas IES públicas,
especificamente, queda em 2013, 2015, 2019 e 2020. Particularmente em 2020, a queda
em relação ao ano anterior é de 18,8%. Além disso, a categoria municipal é a única categoria
pública que apresenta crescimento de 2019 para 2020 (8,1%). Na categoria privada, por sua
vez, verifica-se queda em 2013 e 2019. As IES privadas terminam a série com um crescimento
geral de 34,6%.
1.400.000
1.200.000
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Presencial A distância
GRÁFICO 11
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CONCLUINTES DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE ENSINO
– BRASIL – 2011-2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
de 164,2%.
41
1400000
1200000
269.860
1000000
170.635
243.279
800000
238.107
600000
400000 765.483
607.971
200000
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
GRÁFICO 12
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CONCLUINTES DE GRADUAÇÃO, POR GRAU ACADÊMICO –
BRASIL – 2011-2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
TABELA 18
MEDIDAS ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS PARA AS IDADES REFERENTES AOS CONCLUINTES
NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO, SEGUNDO A MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020
IDADE1 DO CONCLUINTE
MODALIDADE FREQUÊNCIA
DESVIO-
DE ENSINO 1º QUARTIL MEDIANA 3º QUARTIL MÉDIA MODA MODAL2
PADRÃO
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
42
De acordo com a Tabela 18, na mesma direção de matrículas e ingressantes
de graduação, as medidas estatísticas relativas às idades dos concluintes indicam
diferenças no que se refere à modalidade de ensino. Além disso, para todas as medidas
analisadas, a idade referente ao concluinte é mais avançada na modalidade a distância,
se comparada à modalidade presencial. Mediana, média e moda são, respectivamente:
33, 34,5 e 31 anos (para a modalidade a distância) e 25, 27,6 e 23 anos (para a modalidade
presencial). O desvio-padrão, por sua vez, é de 9,2 anos para a modalidade a distância
e 7,2 anos para a presencial, o que significa maior variabilidade nas idades na
modalidade a distância.
TABELA 19
PERFIL REFERENTE AO CONCLUINTE DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE
ENSINO – BRASIL – 2020
(continua)
PERCENTUAL
MODALIDADE FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA
ATRIBUTOS MODA EM RELAÇÃO
DE ENSINO MODAL1
TOTAL
AO TOTAL
Tipo de
escola em que Pública 580.534 66%
concluiu o ensino
médio
43
TABELA 19
PERFIL REFERENTE AO CONCLUINTE DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE
ENSINO – BRASIL – 2020 (conclusão)
PERCENTUAL
MODALIDADE FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA
ATRIBUTOS MODA EM RELAÇÃO
DE ENSINO MODAL1 TOTAL
AO TOTAL
Categoria
Privada 382.584 96%
administrativa
Organização
Universidade 267.992 67%
acadêmica
A distância 400.393
Negócios,
Área geral administração 171.881 43%
e direito
Tipo de
escola em que
Pública 322.754 81%
concluiu o ensino
médio
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
44
percentuais de resposta para cada um desses atributos, em relação ao total, aparecem na
Tabela 19.
Quanto aos atributos mais comuns do concluinte à distância, exceto pelo grau
acadêmico tecnológico, todos os demais coincidem com o concluinte presencial e, também,
com matrículas e ingressantes (presencial e a distância).
TABELA 20
DESCRIÇÃO DAS BASES DE DADOS DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA DOS INGRESSANTES
DE 2011 A 2016 EM CURSOS DE GRADUAÇÃO – BRASIL – 2011-2020
COORTE
INFORMAÇÕES
GERAIS
2011-2020 2012-2020 2013-2020 2014-2020 2015-2020 2016-2020
As coortes são analisadas até 2020, sendo que o início de seu período de análise é de
2011 a 2016. A coorte com ingresso em 2011 é analisada, portanto, durante dez anos, e a
coorte com ingresso em 2016, durante cinco anos. As bases de dados aparecem descritas
em termos de número de IES, de cursos de graduação e de ingressantes. Observa-se que,
considerando as seis coortes de ingresso, de 2011 a 2016: o número de IES se revela
praticamente estável; o número de cursos apresenta discreta tendência de crescimento; e o
número de ingressantes, por sua vez, assume a tendência de crescimento, com queda na
coorte de 2015 (Tabela 20).
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
3
Para informações técnicas sobre o indicador, consultar Metodologia de cálculo dos indicadores de fluxo da
educação superior (Brasil. Inep, 2017).
4
A coorte de ingressos é definida pela data de ingresso do aluno no curso identificada nos quatro primeiros anos
de cálculo do indicador; assim, por exemplo, a coorte de ingressos 2010 será representada pelos alunos que
apresentaram ano de ingresso igual a 2010 nas bases de 2010, 2011, 2012 e 2013 (Brasil. Inep, 2017).
45
(%)
5 3 2 1
10
20
37
39 40 40
38
54 36
70 29
87 18
4 55 56 58 58 59
51
45
37
1 27
12
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
GRÁFICO 13
EVOLUÇÃO MÉDIA DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA DOS INGRESSANTES DE 2011 EM
1
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Conforme o Gráfico 13, ao final de dez anos de acompanhamento, 40% dos ingressantes
em 2011 concluem seu curso de ingresso, 59% desistem e 1% nele permanece. Além disso,
37% dos ingressantes de 2011 já desiste de seu curso de entrada até o final do 3º ano.
Ademais, a taxa de desistência acumulada5 (TDA) diminui seu ritmo de crescimento nos
últimos cinco anos de acompanhamento. A taxa de conclusão acumulada (TCA)6, por sua vez,
apresenta uma ascendência maior nos 4º e 5º anos de acompanhamento, relacionando-se
com o período mínimo de integralização médio dos cursos (em 2020, a média é de 4,0 anos).
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
5
Taxa de Desistência Acumulada (TDA) - percentual do número de estudantes que desistiram (desvinculado
ou transferido) do curso j até o ano t (acumulado) em relação ao número de ingressantes do curso j no ano T,
subtraindo-se o número de estudantes falecidos do curso j do ano T até o ano t (Brasil. Inep, 2017).
Taxa de Conclusão Acumulada (TCA) - percentual do número de estudantes que se formaram no curso j até o ano
6
46
(%)
3 3 3 2 2 1
5 5 4 4
10 9 9 9 9
17
20 19 20 19 18
32
37 36 36 35 35
40 40 40
39 39 40
48
34 38 38 39 37
54 53 54 52 52 36 36 37 35
26
64 29 30 28 28
70 68 70 68 68 29
16
83
8787 88 86 86 17 17
18 18 19
8
8 8
9 9 9
3
3 3
4 3 3 54 56 55 55 54 56 57 56 57 56 58 58 58 57 58 59 59
52 51 52 50 53
44 45 46 46 48 48
40
37 39 37 40
1 32
1 1 1 1 1 27 28 26 29 29
16
12 13 11 13 13
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2011
2012
2013
2014
2015
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2011
2012
2013
2014
2015
2016
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2011
2012
2013
2014
2015
2016
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano 10º ano
GRÁFICO 14
EVOLUÇÃO MÉDIA DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA DOS INGRESSANTES
1
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: 1 Ponderada pelo número de ingressantes dos cursos.
Taxa de Permanência Acumulada (TPA) - percentual do número de estudantes com vínculos ativos (cursando ou
7
trancado) ao curso j no ano t em relação ao número de estudantes ingressantes do curso j no ano T, subtraindo-se
o número de estudantes falecidos do curso j do ano T até o ano t (Brasil. Inep, 2017).
47
(%)
4 2 3 3 1 2 2 1
7 9 5 6
11
17 16
21
33 31
36
38 39 39
38 43 43
51 50 53 36 41 49
48 49
31 46 38
68 69 67
41 31
82 78 20
86
94 92 30 20
10 7
16
4 2 60 60
4 57 58 59
53 51 53 54 54
47 48 46 47 48 49
1 44 43
39 40 39
1 34
1 28 27 31
21
0 17
0 13
6 8
Federal
Federal
Federal
Federal
Federal
Federal
Federal
Federal
Federal
Federal
Privada
Privada
Privada
Privada
Privada
Privada
Privada
Privada
Privada
Privada
Estadual
Estadual
Estadual
Estadual
Estadual
Estadual
Estadual
Estadual
Estadual
Estadual
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
GRÁFICO 15
EVOLUÇÃO MÉDIA DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA DOS INGRESSANTES DE 2011
1
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: 1 Ponderada pelo número de ingressantes dos cursos.
48
5 6 3 3 2 2 1 1 1
(%) 11 11
22
26
39 36 36 37
43 35 36 41 41
40
39
57 33 36
63
71 28
23
83
88
17
13
8
4
60 61 62 62 63
56 55 57 58 58
4 51 54
49
44 44
2 33 35
1 25
15
11
Presencial
Presencial
Presencial
Presencial
Presencial
Presencial
Presencial
Presencial
Presencial
Presencial
a Distância
a Distância
a Distância
a Distância
a Distância
a Distância
a Distância
a Distância
a Distância
a Distância
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
GRÁFICO 16
EVOLUÇÃO MÉDIA DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA DOS INGRESSANTES DE 2011
1
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: 1 Ponderada pelo número de ingressantes dos cursos.
49
(%)
20,0
18,0
16,0
14,0
12,0
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
GRÁFICO 17
EVOLUÇÃO MÉDIA1 DO INDICADOR DE CONCLUSÃO ANUAL (TCAN) DOS INGRESSANTES
DE 2011 EM CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR GRAU ACADÊMICO – BRASIL – 2011-2020
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: 1 Ponderada pelo número de ingressantes dos cursos.
8
Taxa de Conclusão Anual (TCAN) - percentual do número de estudantes que se formaram no curso j no ano t em
relação ao número de ingressantes do curso j no ano T, subtraindo-se o número de estudantes falecidos do curso
j até o ano t (Brasil. Inep, 2017).
50
(%)
20,0
18,0
16,0
14,0
12,0
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
GRÁFICO 18
EVOLUÇÃO MÉDIA1 DO INDICADOR DE DESISTÊNCIA ANUAL (TADA) DOS INGRESSANTES
DE 2011 A 2016 EM CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR ANOS DE ACOMPANHAMENTO DAS
RESPECTIVAS COORTES – BRASIL – 2011-2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: 1 Ponderada pelo número de ingressantes dos cursos.
Observa-se uma tendência de crescimento da taxa de desistência anual9 (Tada) nos dois
primeiros anos de acompanhamento para as seis coortes de acompanhamento, sendo que, no
segundo ano, aparecem os valores mais altos. Para os ingressantes de 2016, a Tada é igual nos
dois primeiros anos de acompanhamento. Pode-se verificar, ainda, os seguintes percentuais
de desistência no 2º ano de acompanhamento, conforme a coorte de ingressantes: 15,0%
(2011), 15,4% (2012), 15,1% (2013), 15,8% (2014), 16,0% (2015) e 16,2% (2016).
Na sequência das observações, para todas as coortes, verifica-se uma tendência de diminuição
da Tada ao longo dos anos.
Taxa de desistência anual (Tada) - percentual do número de estudantes que saíram (desvinculado ou transferido)
9
do curso j no ano t em relação ao número de estudantes ingressantes no curso j do ano T, subtraindo-se o número
de estudantes falecidos do curso j até o ano t. (Brasil. Inep, 2017).
51
(%)
1 1 1 2 1 1 1 1 2 1 3 3 2 3
30 28 25
40 38 35 35 31
42 41 39 40 39
48
67 70 72
63 64 66
56 57 58 59 59 59 61
52
Pedagogia Geografia Artes Biologia BRASIL História Educação Língua Sociologia Língua Química Filosofia Matemática Física
(Todos os Física Portuguesa Estrangeira
cursos)
GRÁFICO 19
MÉDIA DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA EM 2020 DOS INGRESSANTES DE 2011 EM
1
52
1.5 FUNÇÕES DOCENTES
TABELA 21
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO, POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA (PÚBLICA E PRIVADA)
– BRASIL – 2011-2020
CATEGORIA ADMINISTRATIVA
2011 357.418 139.584 119.655 1.154 8.166 10.609 217.834 71.224 34.437 112.173
2012 362.732 150.338 126.820 1.783 8.852 12.883 212.394 66.097 35.607 110.690
2013 367.282 155.219 129.854 1.800 8.936 14.629 212.063 64.940 36.095 111.028
2014 383.386 163.113 136.552 1.773 8.195 16.593 220.273 67.767 39.258 113.248
2015 388.004 165.722 137.452 1.249 9.207 17.814 222.282 71.512 40.463 110.307
2016 384.094 169.544 138.831 1.536 9.258 19.919 214.550 68.708 41.616 104.226
2017 380.673 171.231 138.270 1.344 9.422 22.195 209.442 68.194 44.116 97.132
2018 384.474 173.868 139.713 1.948 8.185 24.022 210.606 66.723 49.375 94.508
2019 386.073 176.403 140.156 1.573 8.602 26.072 209.670 63.675 56.834 89.161
2020 366.289 171.330 136.086 1.536 8.507 25.201 194.959 60.928 57.409 76.622
Fonte: Elaborada pela Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
53
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
As funções docentes em exercício partem do número de 357.418, em
2011, e atingem o total de 366.289, em 2020, o que representa crescimento de 2,5% no
período. Observa-se evolução ascendente, com queda em 2016, 2017 e 2020 (nesse último
ano, com decréscimo de 5,1%).
Para as IES públicas, observam-se percentuais de crescimento positivos de 2011 a 2020,
para todas as categorias administrativas: em números totais, 22,7%; nas universidades,
13,7%; nos centros universitários, 33,1%; nas faculdades, 4,2%; e nos IFs e Cefets, 137,5%.
As evoluções dessas categorias ao longo do período têm, em comum, discreta queda em
2020.
Para as IES privadas, diferentemente, e à exceção dos centros universitários,
verificam-se percentuais de decréscimo no período, a saber: em números totais, -10,5%; nas
universidades, -14,5%; e nas faculdades, -31,7%. Nos centros universitários, o percentual
de crescimento das funções docentes em exercício é de 66,7%. Também no caso das IES
privadas, com exceção dos centros universitários, observa-se queda nos números de 2020.
160.000
147.771
140.000
113.225
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
17.418 17.819
20.000
8.941 5.740
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
GRÁFICO 20
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO NA CATEGORIA PÚBLICA,
SEGUNDO O REGIME DE TRABALHO – BRASIL – 2011-2020
Fonte: Elaborado pela Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
pública, com tempo integral, parte de 113.225, em 2011, e atinge o total de 147.771, em
2020, mantendo tendência de crescimento no período (30,5%), com queda em 2019 (-2,8%).
As funções docentes em tempo parcial, por sua vez, revelam tendência de queda desde
2017, com discreta recuperação em 2019. De 2011 a 2020, o crescimento é de 2,3% de 2020
em relação a 2019.
54
Quanto às funções docentes horistas, que partem de 8.941 funções docentes em
exercício e atingem o total de 5.740, verifica-se queda de 2014 a 2018. Em 2019, aparece
pequena recuperação, que se mantém em 2020 (crescimento de 5,0% em relação ao ano
anterior); em todo o período, a queda é de 35,8%.
Em termos de participação percentual, nas IES públicas há aumento em relação às
funções docentes em tempo integral (de 81,1%, em 2011, para 86,2%, em 2020), e diminuição
em relação às funções docentes de período parcial (de 12,5% para 10,4%) e às horistas (de
6,4% para 3,4%).
120.000
100.000 95.468
80.744
80.000
67.877
63.627
60.000
54.489 50.588
40.000
20.000
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
GRÁFICO 21
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO NA CATEGORIA PRIVADA,
SEGUNDO O REGIME DE TRABALHO – BRASIL – 2011-2020
Fonte: Elaborado pela Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior
Conforme ilustra o Gráfico 21, nas IES privadas predominam, em 2020, funções
docentes de exercício em regime parcial (80.744), seguidas de horistas (63.627) e de tempo
integral (50.588).
O regime parcial segue uma tendência ascendente ao longo do período, alcançando
o maior percentual de crescimento (19,0%) em relação aos três regimes de trabalho.
Também no regime parcial, observa-se queda nos últimos dois anos e, em 2020, o
decréscimo é de 5,9% em relação a 2019.
As horistas finalizam o período com uma redução de 33,4% de funções docentes, com
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
55
140.000
118.353
120.000
100.000
80.000 70.990
60.000
41.136 38.545
40.000
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
GRÁFICO 22
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO NA CATEGORIA PÚBLICA,
SEGUNDO O GRAU DE FORMAÇÃO – BRASIL – 2011-2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
A categoria “até especialização” corresponde ao somatório de funções docentes cuja escolaridade foi declarada
10
como “sem formação de nível superior”, “com formação de nível superior”, sendo a pós-graduação correspondente
a “não possui” ou “especialização” (Brasil. Inep, 2018a).
56
120.000
80.000
85.857
59.576
60.000
36.023
40.000
42.383
20.000
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
GRÁFICO 23
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO NA CATEGORIA PRIVADA,
SEGUNDO O GRAU DE FORMAÇÃO – BRASIL – 2011-2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
57
64%
52%
46% 45%
43%
21%
12%
10%
GRÁFICO 24
PERCENTUAL DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO, POR ORGANIZAÇÃO
ACADÊMICA, SEGUNDO O GRAU DE FORMAÇÃO – BRASIL – 2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
TABELA 22
MEDIDAS ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS PARA AS IDADES REFERENTES ÀS FUNÇÕES
DOCENTES EM EXERCÍCIO, SEGUNDO A CATEGORIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2020
IDADE1
CATEGORIA FREQUÊNCIA
1º 3º DESVIO- TOTAL
ADMINISTRATIVA MEDIANA MÉDIA MODA MODAL2
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
58
A Tabela 22 informa que as medidas estatísticas relativas às idades das funções
docentes em exercício são, nas IES públicas, correspondentes a: mediana, 44 anos;
3º quartil, 54 anos; média de 45,6 anos; e moda igual a 38 anos. Nas IES privadas, a mediana
corresponde a 42 anos; o 3º quartil, a 52 anos; a média, a 44,1 anos; e a moda, a 39 anos. Para
ambas as categorias administrativas, o desvio-padrão equivale a 10,9 anos.
TABELA 23
PERFIL DO VÍNCULO DOCENTE EM EXERCÍCIO – BRASIL – 2020
59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Decreto nº 6.425, de 4 de abril de 2008. Dispõe sobre o censo anual da educação.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 abr. 2008. Seção 1, p. 3.
Resumo técnico: Censo da Educação Superior 2014. Brasília, DF: Inep, 2016.
60
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Resumo técnico: Censo da Educação Superior 2015. 2. ed. Brasília, DF: Inep, 2018a.
instituições de educação superior que tiveram atraso no calendário acadêmico. Brasília, DF:
Inep, 2021e.
61
de Adequação da Formação do Docente considerando a nova classificação de cursos
superiores (Cine Brasil). Brasília, DF, 2021f. Disponível em: <https://download.inep.gov.br/
informacoes_estatisticas/indicadores_educacionais/2021/SEI_INEP_0644683_Nota_Tecnica.
pdf>. Acesso em: 28 abr. 2022.
62
GLOSSÁRIO
Educação Nacional (LDB), por meio da implantação de turmas especiais, exclusivas para os
professores em exercício.
Aluno vinculado – refere-se ao vínculo do aluno a algum curso ofertado pela IES, tendo
por base os períodos de referência do Censo, podendo ser: cursando, matrícula trancada,
desvinculado do curso, formado, falecido ou transferência interna.
63
Atributo de ingresso – tipo de ingresso possibilitado pelo processo seletivo do curso, seja por
área básica de ingresso (ABI), bacharelado interdisciplinar (BI), licenciatura interdisciplinar (LI)
ou normal (entradas independentes para cada curso).
Área Básica de Ingresso (ABI) – refere-se à situação em que uma única “entrada” no curso
possibilitará ao estudante, após a conclusão de um conjunto básico de disciplinas (denominado
de “ciclo básico” por algumas instituições de educação superior), a escolha de uma entre
duas ou mais formações acadêmicas. ABI é comum em cursos de licenciatura ou bacharelado
(História, Letras, Física, Geografia, Filosofia etc.) ou em cursos apenas de bacharelado, como
os de Comunicação Social e de Engenharia, que dispõem de várias formações acadêmicas
vinculadas.
Normal – todo tipo de ingresso que seja diferente daquele para cursos com ABI.
64
c) Ensino em curso de graduação a distância – refere-se ao docente que atua no
ensino em cursos de graduação a distância, que conferem diplomas de bacharelado,
licenciatura ou tecnológico.
d) Ensino em curso de graduação presencial – refere-se ao docente que atua no
ensino em cursos de graduação presencial, que conferem diplomas de bacharelado,
licenciatura ou tecnológico.
e) Ensino em curso sequencial de formação específica – refere-se ao docente que
atua no ensino em curso sequencial de formação específica, destinado à obtenção
ou à atualização de qualificações técnicas, profissionais, acadêmicas ou de
desenvolvimento intelectual. É organizado por campo de saber, com diferentes
níveis de abrangência, e aberto a candidatos portadores de diplomas de conclusão
do nível médio que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de
ensino.
f) Extensão – refere-se ao docente que atua em atividades de extensão, que são
programas voltados para estreitar a relação entre universidade e sociedade.
Compreendem programas, projetos e cursos voltados para disseminar ao público
externo o conhecimento desenvolvido e sistematizado nos âmbitos do ensino e da
pesquisa e, reciprocamente, compreender as demandas da comunidade relacionadas
às competências acadêmicas da instituição de educação superior.
g) Gestão, planejamento e avaliação – refere-se ao docente que atua na gestão,
planejamento e avaliação no âmbito da IES. Exemplo: diretores, coordenadores,
membros da Comissão Própria de Avaliação (CPA), entre outros.
h) Pesquisa – refere-se ao docente que atua em pesquisa no âmbito de
projetos e programas da IES.
de educação superior mantida por ente privado, sem fins lucrativos, podendo ser
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
65
e) Pública federal – enquadra-se nessa categoria a instituição de educação superior
mantida pelo Poder Público Federal, com gratuidade de matrículas e mensalidades.
f) Pública municipal – enquadra-se nessa categoria a instituição de educação superior
mantida pelo Poder Público Municipal, com gratuidade de matrículas e mensalidades.
Cor/raça – característica declarada pelo aluno, de acordo com as seguintes opções: branca,
preta, amarela, parda, indígena, aluno não quis declarar cor/raça.
Deficiência – pessoas que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, que, em interação com diversas barreiras, podem ter restringida sua
participação plena e efetiva na escola e na sociedade.
a) Baixa visão – perda parcial da função visual. Nesse caso, a pessoa possui resíduo
visual e seu potencial de utilização da visão para atividades escolares e de
locomoção é prejudicado, mesmo após o melhor tratamento ou a máxima correção
óptica específica. Para o Censo 2020, as pessoas com visão monocular devem ser
informadas na opção baixa visão.
b) Cegueira – perda total da função visual ou pouquíssima capacidade de enxergar.
c) Deficiência auditiva e surdez – consiste em impedimentos permanentes de
natureza auditiva, ou seja, na perda parcial (deficiência auditiva) ou total (surdez)
da audição que, em interação com barreiras comunicacionais e atitudinais, podem
impedir a plena participação e aprendizagem da pessoa.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
66
e) Deficiência intelectual – definida por alterações significativas tanto no
desenvolvimento intelectual como na conduta adaptativa, na forma expressa em
habilidades práticas, sociais e conceituais.
f) Deficiência visual – consiste na perda total ou parcial da visão, congênita ou
adquirida, em nível variável. Pode ser classificada como cegueira ou baixa visão. A Lei
nº 14.126, de 22 de março de 2021, classificou a visão monocular como deficiência
sensorial, do tipo visual. Como o Censo 2020 não dispõe dessa opção específica, os
alunos com visão monocular devem ser informados na opção baixa visão.
g) Surdocegueira – trata-se de deficiência única, caracterizada pela associação da
deficiência auditiva (com ou sem resíduo auditivo) e visual (com ou sem resíduo
visual) concomitante. A surdocegueira pode ser classificada de duas formas:
pré-linguística e pós-linguística. Na pré-linguística, a pessoa nasce surdocega ou
adquire a surdocegueira muito precocemente, antes da aquisição de uma língua.
Na forma pós-linguística, uma das deficiências (auditiva ou visual) ou ambas são
adquiridas após a aquisição de uma língua (a Língua Portuguesa ou a Língua Brasileira
de Sinais). Cabe destacar que essa condição apresenta outras particularidades, além
daquelas causadas pela deficiência auditiva, surdez, baixa visão e cegueira.
Escola em que concluiu o ensino médio – tipo de escola ou secretaria de estado de educação
que emitiu o certificado de conclusão do ensino médio do aluno. Assim, pode ser pública,
privada ou não dispor da informação.
alguma outra empresa (pública ou privada) oferece a estudantes de graduação para arcarem
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
com os custos de sua formação que estejam regularmente matriculados em cursos não
gratuitos.
67
Programa de financiamento da IES – programa de financiamento estudantil não
reembolsável, administrado pela IES.
Programa de financiamento de entidades externas – programa de financiamento
estudantil não reembolsável administrado por entidades externas à IES, como empresas,
organizações etc.
Programa de financiamento do governo estadual – programa de financiamento
estudantil não reembolsável administrado pelo governo estadual.
Programa de financiamento do governo municipal – programa de financiamento
estudantil não reembolsável administrado pelo governo municipal.
Prouni integral (Programa Universidade para Todos) – programa do Ministério da
Educação que concede bolsas de estudo integrais em instituições privadas de educação
superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes
brasileiros sem diploma de nível superior, não reembolsável.
Prouni parcial (Programa Universidade para Todos) – programa do Ministério da
Educação que concede bolsas de estudo parciais de 50% em instituições privadas
de educação superior, em cursos de graduação ou sequenciais de formação
específica, a estudantes brasileiros sem diploma de nível superior, não reembolsável.
b) Reembolsável – modalidade de financiamento estudantil na qual o aluno paga o valor
investido.
Fies (Programa de Financiamento Estudantil) – programa de financiamento federal
destinado a estudantes brasileiros da educação superior que necessitam de apoio para
arcar com os custos de sua formação.
Programa de financiamento do governo estadual – programa de financiamento
estudantil reembolsável administrado pelo governo estadual.
Programa de financiamento do governo municipal – programa de financiamento
estudantil reembolsável administrado pelo governo municipal.
Programa de financiamento da IES – programa de financiamento estudantil
reembolsável administrado pela IES.
Programa de financiamento de entidades externas – programa de financiamento
estudantil reembolsável administrado por entidades externas à IES, como empresas,
organizações etc.
68
para o programa são feitas nas representações diplomáticas brasileiras, no país de
origem do candidato.
c) Decisão judicial – forma de ingresso na qual o aluno, após decisão judicial, é aceito
como aluno vinculado à IES. Por exemplo: aluno que não havia concluído o ensino
médio até o período de efetivar a matrícula no curso; aluno cotista que tem seu
acesso à IES garantido por meio de algum tipo de decisão judicial, entre outras.
d) Egresso de BI/LI – forma de ingresso que indica que o aluno se formou em um
curso de bacharelado interdisciplinar (BI) ou licenciatura interdisciplinar (LI) e que
ingressou em um curso de terminalidade. Os cursos de terminalidade são cursos
de bacharelado ou licenciatura para os quais o bacharelado ou a licenciatura
interdisciplinar servem como forma de ingresso, respectivamente. Essa forma de
ingresso só será habilitada para as universidades federais que possuam curso BI/LI.
e) Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) – exame realizado pelo Inep, através de
provas compostas por questões objetivas e redação, abrangendo o conteúdo das
disciplinas cursadas no ensino médio.
f) Seleção para vagas de programas especiais – refere-se às formas de ingresso
para ocupar as vagas de programas especiais que fomentam a oferta de turmas
especiais para demandas específicas. Exemplos: Plano Nacional de Formação
de Professores (Parfor); Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária
(Pronera); e Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação
do Campo (Procampo). Essa opção deve ser sempre escolhida quando o aluno
ocupar uma vaga de programas especiais, independentemente do processo seletivo
realizado (vestibular, análise de currículo, entrevista etc.).
g) Seleção para vagas remanescentes – refere-se às formas de ingresso para ocupar
as vagas de anos anteriores, que foram liberadas ou nunca foram ocupadas ao
longo dos últimos anos (dentro do prazo mínimo de integralização do curso), tais
como: admissão de diplomados, reingresso, transferências etc. Essa opção deve ser
sempre escolhida quando o aluno deseja ocupar uma vaga remanescente de anos
anteriores, independentemente do processo seletivo realizado (vestibular, análise
de currículo, entrevista etc.).
h) Seleção simplificada – engloba processos seletivos que sejam distintos de vestibular,
Enem ou avaliação seriada, adotados pelas IES para o preenchimento de vagas
novas. Por exemplo: provas, análise de currículo e histórico escolar, entrevistas,
entre outros.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
69
j) Vestibular – processo seletivo utilizado para ingresso à educação superior brasileira.
Compreende provas que cobrem as disciplinas cursadas no ensino médio, aplicadas
em processo único.
Grau acadêmico – grau conferido por uma instituição de educação superior como
reconhecimento oficial pela conclusão dos requisitos exigidos pelo curso, podendo ser:
bacharelado, licenciatura ou tecnológico.
a) Bacharelado – curso superior generalista, de formação científica ou humanística,
que confere ao diplomado competências em determinado campo do saber
para o exercício de atividade profissional, acadêmica ou cultural, com o grau de
bacharel.
b) Licenciatura – curso superior que confere ao diplomado competências para atuar
como professor na educação básica, com o grau de licenciado.
c) Tecnológico – curso superior de formação especializada, caracterizado por eixos
tecnológicos. Curso de curta duração que oferece o grau de tecnólogo.
Nível acadêmico – refere-se ao nível de formação superior a ser obtido pelo discente e pode
ser sequencial de formação específica ou de complementação de estudos; graduação;
pós-graduação; e extensão. Importante ressaltar que no Censo só são coletadas informações
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
70
de abrangência, e aberto a candidatos portadores de diplomas de conclusão do
nível médio que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino.
Organização acadêmica – classificação da IES segundo sua autonomia para criar cursos,
vagas e campus fora de sede, no âmbito do estado, e composição do corpo docente.
a) Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet) – são instituições de ensino
superior pluricurriculares, especializados na oferta de educação tecnológica nos
diferentes níveis e modalidades de ensino, caracterizando-se pela atuação prioritária
na área tecnológica. Gozam de autonomia para criar, ampliar e remanejar vagas,
organizar e extinguir cursos técnicos de nível médio em sua sede.
b) Centro universitário – instituição de educação superior pluricurricular, abrangendo
uma ou mais áreas do conhecimento, que se caracteriza pela excelência do ensino
oferecido, comprovada pela qualificação do seu corpo docente e pelas condições
de trabalho acadêmico oferecidas à comunidade escolar. Deve possuir corpo
docente com pelo menos um terço de professores com titulação acadêmica de
mestrado ou doutorado e pelo menos um quinto de professores em regime de
tempo integral. Gozam de autonomia para criar, organizar e extinguir, em sua sede,
cursos e programas de educação superior.
c) Faculdade – instituição de educação superior que atua em um número reduzido de
áreas do saber, em que é especializada, e oferece apenas cursos na área de saúde
ou de economia e administração, por exemplo. Não possui autonomia para criar
programas de ensino e cursos, e seu corpo docente deve ter titulação de, no mínimo,
pós-graduação lato sensu.
d) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – instituição de educação
superior, básica e profissional, pluricurricular e multicampi, especializada na oferta
de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, com
base na conjugação de conhecimentos técnicos e tecnológicos às suas práticas
pedagógicas. Os institutos federais têm autonomia, nos limites de sua área de
atuação territorial, para criar e extinguir cursos, bem como para registrar diplomas
dos cursos por eles oferecidos, mediante autorização do seu Conselho Superior.
Os institutos exercem o papel de instituições acreditadoras e certificadoras de
competências profissionais. Cada instituto federal é organizado em estrutura
com vários campi, com proposta orçamentária anual identificada para cada
campus e reitoria, equiparando-se às universidades federais.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
71
competências profissionais. Um terço do corpo docente, pelo menos, deve ter título
de mestrado ou doutorado. Um terço de seu corpo docente deve ter contrato em
regime de tempo integral.
Prazo mínimo de integralização – tempo mínimo para o aluno concluir a formação pretendida
previsto no projeto pedagógico do curso. O tempo total deve ser descrito em anos ou fração.
Programa de reserva de vagas – qualquer programa ou ação que tenha por objetivo
garantir o acesso de determinados públicos à educação superior. Por exemplo: étnico, pessoa
com deficiência, estudante procedente de escola pública, social/renda familiar e outros.
a) Estudante procedente de escola pública – programa destinado a alunos
que ingressam na educação superior por meio de programa de reserva de
vagas a estudantes procedentes de escola pública.
b) Étnico – programa destinado a alunos que ingressam na educação superior por
meio de programa de reserva de vagas a estudantes pertencentes a determinadas
etnias ou por autodeclaração como pardos ou negros.
c) Outros – programa destinado a alunos que ingressam na educação superior por meio
de programa de reserva de vagas que não se enquadram nas demais categorias.
d) Pessoa com deficiência – programa destinado a alunos que ingressam na educação
superior por meio de programa de reserva de vagas a estudantes que tenham algum
tipo de deficiência.
e) Social/renda familiar – programa destinado a alunos que ingressam na educação
superior por meio de programa de reserva de vagas a estudantes que possuam
determinadas condições de renda.
Regime de trabalho – forma de contratação do docente com a IES, que pode ser:
a) Horista – regime de trabalho em que o docente é contratado pela instituição
exclusivamente para ministrar aulas, independentemente da carga horária, ou que
não se enquadra em outros regimes de trabalho.
b) Tempo integral com DE (dedicação exclusiva) – regime de trabalho em
que o docente é contratado em tempo integral, com dedicação exclusiva,
compreendendo a prestação de 40 horas semanais de trabalho na mesma instituição,
implicando a impossibilidade legal de desenvolver qualquer outro tipo de atividade
permanente, remunerada ou não, fora da IES.
c) Tempo integral sem DE (dedicação exclusiva) – regime de trabalho em
que o docente é contratado em tempo integral, sem dedicação exclusiva,
compreendendo a prestação de 40 horas semanais de trabalho na mesma
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
72
d) Tempo parcial – regime de trabalho em que o docente é contratado em tempo
parcial, atuando 12 horas semanais, ou mais, na mesma instituição, tendo reservado
pelo menos 25% do tempo para estudos, planejamento, avaliação e orientação de
alunos.
73
comprometimento das relações sociais, do desenvolvimento mental e microcefalia
progressiva.
c) Transtorno Desintegrativo de Infância – regressão pronunciada em múltiplas
áreas do funcionamento, caracteriza-se pela perda de funções e capacidades
anteriormente adquiridas pela criança. Apresenta características sociais,
comunicativas e comportamentais também observadas no autismo. Em geral, essa
regressão tem início entre 2 e 10 anos de idade e acarreta alterações qualitativas
na capacidade para relações sociais, jogos ou habilidades motoras, linguagem,
comunicação verbal e não verbal, com comportamentos estereotipados e
instabilidade emocional.
d) Transtorno do Espectro Autista (TEA) – quadro clínico caracterizado por deficiência
persistente e clinicamente significativa que causa alterações qualitativas nas
interações sociais recíprocas e na comunicação verbal e não verbal, ausência de
reciprocidade social e dificuldade em desenvolver e manter relações apropriadas ao
nível de desenvolvimento da pessoa. Além disso, a pessoa apresenta um repertório
de interesses e atividades restrito e repetitivo, manifestados por comportamentos
motores ou verbais estereotipados. Assim sendo, são comuns a excessiva adoção
de rotinas e padrões de comportamento ritualizados, bem como interesses
restritos e fixos.
Turno – período do dia em que o curso é ministrado na IES. Pode ser: matutino, vespertino,
noturno e integral.
a) Turno integral – considera‐se que um curso é integral quando suas aulas são
ofertadas inteira ou parcialmente em mais de um turno (manhã e tarde, manhã e noite
ou tarde e noite), exigindo a disponibilidade do aluno por mais de seis horas diárias
durante a maior parte da semana.
b) Turno matutino – curso em que a maior parte da carga horária é oferecida até as
12h em dias letivos.
c) Turno noturno – curso em que a maior parte da carga horária é oferecida após as
18h em dias letivos.
d) Turno vespertino – curso em que a maior parte da carga horária é oferecida entre
12h e 18h em dias letivos.
Turno (do aluno no curso) – período do dia em que o aluno cursa a maior parte das aulas,
podendo ser matutino, vespertino, noturno ou integral:
a) Integral – aluno vinculado a curso em que suas aulas são ofertadas inteira ou
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
74
c) Noturno – aluno vinculado a curso em que maior parte da carga horária é oferecida
após as 18h de todos os dias letivos.
d) Vespertino – aluno vinculado a curso em que maior parte da carga horária é oferecida
entre 12h e 18h de todos os dias letivos.
Vagas novas oferecidas: vagas oferecidas, durante o ano de referência do Censo, por
meio dos processos seletivos: vestibular, Enem, avaliação seriada e/ou processos seletivos
simplificados (entrevistas, redação etc.). Para o cômputo dessas vagas, deve-se considerar as
vagas autorizadas, mais as vagas do Prouni mais as vagas do Fies.
75
RESUMO TÉCNICO DO CENSO
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
COMPLEMENTAR
APÊNDICE - QUADRO
QUADRO A
LISTA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO VOLTADOS À DOCÊNCIA NO ENSINO MÉDIO DE ACORDO
COM A DEFINIÇÃO CINE BRASIL E A NOTA TÉCNICA DO INDICADOR DE ADEQUAÇÃO DA
FORMAÇÃO DOCENTE (AFD)
(continua)
CÓDIGO_CINEBRASIL_
DISCIPLINA NOME_CINEBRASIL_RÓTULO
RÓTULO
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QUADRO A
LISTA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO VOLTADOS À DOCÊNCIA NO ENSINO MÉDIO DE ACORDO
COM A DEFINIÇÃO CINE BRASIL E A NOTA TÉCNICA DO INDICADOR DE ADEQUAÇÃO DA
FORMAÇÃO DOCENTE (AFD)
(continua)
CÓDIGO_
DISCIPLINA CINEBRASIL_ NOME_CINEBRASIL_RÓTULO TCA TDA TAP
RÓTULO
LP/LE 0115L20 47 52 1
modernas formação de professor
Letras tradutor e intérprete formação de
LE 0115L21 7 93 0
professor
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base no Cine Brasil e na Nota Técnica nº 1/2021/CGCQTI/Deed.
Notas: 11 LE – Língua Estrangeira.
12
LP – Língua Portuguesa.
78