042 Resumo Tecnico Censo Da Educacao Superior 2020

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RESUMO TÉCNICO DO DIRETORIA DE ESTATÍSTICAS

EDUCACIONAIS

CENSO DA EDUCAÇÃO DEED

SUPERIOR 2020
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO | MEC

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS


EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA | INEP

DIRETORIA DE ESTATÍSTICAS EDUCACIONAIS | DEED


RESUMO TÉCNICO DO
CENSO DA EDUCAÇÃO
SUPERIOR 2020

Brasília-DF
Inep/MEC
2022

1
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.

GOVERNO FEDERAL DIRETORIA DE ESTATÍSTICAS EDUCACIONAIS


(DEED)
MINISTRO DA EDUCAÇÃO Carlos Eduardo Moreno Sampaio
Victor Godoy Veiga
PRESIDENTE DO INEP COORDENAÇÃO-GERAL DO CENSO DA
Danilo Dupas Ribeiro EDUCAÇÃO SUPERIOR (CGCES)
DIRETORA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Kátia Cristina da Silva Vaz
Michele Cristina Silva Melo
DIRETOR DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR COORDENAÇÃO-GERAL DE CONTROLE DE
Álvaro Luís Konh Parisi QUALIDADE E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
(CGCQTI)
DIRETOR DE ESTATÍSTICAS EDUCACIONAIS Fábio Pereira Bravin
Carlos Eduardo Moreno Sampaio
DIRETOR DE ESTUDOS EDUCACIONAIS COORDENAÇÃO DE ESTATÍSTICAS,
Luís Filipe de Miranda Grochocki INDICADORES E CONTROLE DE QUALIDADE DO
CENSO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR (CEICQCES)
DIRETOR DE GESTÃO E PLANEJAMENTO
Jôfran Lima Roseno Willans Kaizer dos Santos Maciel
DIRETOR DE TECNOLOGIA E DISSEMINAÇÃO
DE INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS EQUIPE TÉCNICA
Fernando Szimanski Isabella Trevisol de Macêdo
ASSESSORA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Renan Carlos Dourado
Fernanda Falcão Malaquias Cabizuca (Substituta) Simone Poch Vieira Palma
Thaysa Guimarães Souza
Zilá Ribeiro de Ávila

DIRETORIA DE ESTUDOS EDUCACIONAIS


(DIRED)
Luís Filipe de Miranda Grochocki

COORDENAÇÃO DE EDITORAÇÃO E
PUBLICAÇÕES (COEP)
Priscila Pereira Santos
ASSISTENTE TÉCNICO
Ricardo Cézar Blezer
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) APOIO EDITORIAL
Janaína da Costa Santos

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais REVISÃO


Anísio Teixeira. Ortográfica:
Ricardo Cézar Blezer
Resumo técnico do Censo da Educação Superior Gráfica:
2020 [recurso eletrônico]. – Brasília : Instituto Nacional Lilian dos Santos Lopes
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira,
NORMALIZAÇÃO
2022. Clarice Rodrigues da Costa
78 p. : il. PROJETO GRÁFICO/CAPA
Marcos Hartwich
ISBN: 978-65-5801-056-2 PROJETO GRÁFICO/MIOLO
Raphael C. Freitas
1. Educação – Brasil. 2. Educação Superior. I. Título.
DIAGRAMAÇÃO E ARTE-FINAL
CDU 31:37(81) Érika Janaína de Oliveira Saraiva
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO


SUPERIOR, POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA – BRASIL –
2011-2020..................................................................................................................... 12

TABELA 2 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO


SUPERIOR, POR ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA – BRASIL –
2011-2020..................................................................................................................... 13

TABELA 3 NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, POR


ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA, SEGUNDO A FAIXA DE MATRÍCULAS
DE CURSOS DE GRADUAÇÃO – BRASIL – 2020............................................. 14

TABELA 4 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO,


POR MODALIDADE DE ENSINO E GRAU ACADÊMICO – BRASIL –
2011-2020..................................................................................................................... 16

TABELA 5 PERCENTUAL E NÚMERO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR


CATEGORIA ADMINISTRATIVA, SEGUNDO A ÁREA GERAL DO
CONHECIMENTO (CINE BRASIL) – BRASIL – 2020......................................... 18

TABELA 6 NÚMERO DE VAGAS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO POR TIPO


DE VAGA, SEGUNDO A CATEGORIA ADMINISTRATIVA E A
MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020..................................................... 19

3
TABELA 7 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INGRESSANTES DE GRADUAÇÃO,
POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020..................... 21

TABELA 8 NÚMERO DE INGRESSANTES, POR VAGAS NOVAS E POR MEIO


DO ENEM NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO PRESENCIAL, POR
CATEGORIA ADMINISTRATIVA, SEGUNDO A GRANDE REGIÃO
– BRASIL – 2020......................................................................................................... 24

TABELA 9 MEDIDAS ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS PARA AS IDADES DOS


INGRESSANTES NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO, SEGUNDO A
MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020..................................................... 25

TABELA 10 PERFIL DO INGRESSANTE DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR


MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020..................................................... 26

TABELA 11 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO, POR


CATEGORIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020............................... 28

TABELA 12 NÚMERO DE VÍNCULOS DE ALUNO EM CURSOS DE GRADUAÇÃO


DA CATEGORIA PÚBLICA, POR SITUAÇÃO DE VÍNCULO DO ALUNO,
SEGUNDO A CATEGORIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2018-2020..... 29

TABELA 13 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO, POR


ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA – BRASIL – 2011-2020................................... 30

TABELA 14 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MATRÍCULAS EM CURSOS DE


GRADUAÇÃO DA CATEGORIA PRIVADA COM FINANCIAMENTO,
SEGUNDO O TIPO OU CONDIÇÃO – BRASIL – 2020..................................... 36

TABELA 15 MEDIDAS ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS PARA AS IDADES


REFERENTES ÀS MATRÍCULAS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO,
SEGUNDO A MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020.......................... 38

TABELA 16 PERFIL REFERENTE À MATRÍCULA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO,


POR MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020.......................................... 39

TABELA 17 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CONCLUINTES DE GRADUAÇÃO,


POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020..................... 40

TABELA 18 MEDIDAS ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS PARA AS IDADES


REFERENTES AOS CONCLUINTES NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO,
SEGUNDO A MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020.......................... 42

4
TABELA 19 PERFIL REFERENTE AO CONCLUINTE DE CURSOS DE GRADUAÇÃO,
POR MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020.......................................... 43

TABELA 20 DESCRIÇÃO DAS BASES DE DADOS DOS INDICADORES DE


TRAJETÓRIA DOS INGRESSANTES DE 2011 A 2016 EM CURSOS
DE GRADUAÇÃO – BRASIL – 2011-2020.......................................................... 45

TABELA 21 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO,


POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA (PÚBLICA E PRIVADA)
– BRASIL – 2011-2020............................................................................................. 53

TABELA 22 MEDIDAS ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS PARA AS IDADES


REFERENTES ÀS FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO, SEGUNDO
A CATEGORIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2020....................................... 58

TABELA 23 PERFIL DO VÍNCULO DOCENTE EM EXERCÍCIO – BRASIL – 2020........... 59

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 PROPORÇÃO DO NÚMERO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR


MODALIDADE DE ENSINO E CATEGORIA ADMINISTRATIVA
(PÚBLICA E PRIVADA) – BRASIL – 2011-2020................................................ 17

GRÁFICO 2 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INGRESSANTES DE GRADUAÇÃO,


POR MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2011-2020.............................. 22

GRÁFICO 3 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INGRESSANTES DE GRADUAÇÃO,


POR GRAU ACADÊMICO – BRASIL – 2011-2020............................................ 23

GRÁFICO 4 PERCENTUAL DE VAGAS NOVAS OCUPADAS NOS CURSOS


DE GRADUAÇÃO, POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA – BRASIL –
2020.................................................................................................................................. 25

GRÁFICO 5 EVOLUÇÃO DA PROPORÇÃO DAS MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO


NA MODALIDADE PRESENCIAL, POR GRAU ACADÊMICO – BRASIL –
2011-2020..................................................................................................................... 31

GRÁFICO 6 EVOLUÇÃO DA PROPORÇÃO DAS MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO


NA MODALIDADE A DISTÂNCIA, POR GRAU ACADÊMICO – BRASIL –
2011-2020..................................................................................................................... 32

5
GRÁFICO 7 PERCENTUAL DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO PRESENCIAL,
POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA, SEGUNDO O TURNO – BRASIL –
2020.................................................................................................................................. 33

GRÁFICO 8 OS 20 MAIORES CURSOS (RÓTULOS) EM NÚMERO DE MATRÍCULAS


DE GRADUAÇÃO E OS RESPECTIVOS PERCENTUAIS DE
PARTICIPAÇÃO, POR SEXO – BRASIL – 2020................................................... 34

GRÁFICO 9 TOTAL DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO CONFORME O TIPO


DE DEFICIÊNCIA, TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO
OU ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO DECLARADOS
– BRASIL – 2020.......................................................................................................... 35

GRÁFICO 10 EVOLUÇÃO DOS PERCENTUAIS DE DECLARAÇÕES RELATIVAS À


VARIÁVEL COR/RAÇA DO ALUNO (EM RELAÇÃO À MATRÍCULA)
– BRASIL – 2011-2020............................................................................................. 36

GRÁFICO 11 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CONCLUINTES DE GRADUAÇÃO,


POR MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2011-2020.............................. 41

GRÁFICO 12 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CONCLUINTES DE GRADUAÇÃO,


POR GRAU ACADÊMICO – BRASIL – 2011-2020............................................ 42

GRÁFICO 13 EVOLUÇÃO MÉDIA DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA DOS


INGRESSANTES DE 2011 EM CURSOS DE GRADUAÇÃO – BRASIL –
2011-2020..................................................................................................................... 46

GRÁFICO 14 EVOLUÇÃO MÉDIA DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA DOS


INGRESSANTES DE 2011 A 2016 EM CURSOS DE GRADUAÇÃO,
POR ANO DE ACOMPANHAMENTO DAS RESPECTIVAS COORTES
– BRASIL – 2011-2020............................................................................................. 47

GRÁFICO 15 EVOLUÇÃO MÉDIA DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA DOS


INGRESSANTES DE 2011 EM CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR
CATEGORIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020............................... 48

GRÁFICO 16 EVOLUÇÃO MÉDIA DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA DOS


INGRESSANTES DE 2011 EM CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR
MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2011-2020........................................ 49

GRÁFICO 17 EVOLUÇÃO MÉDIA DO INDICADOR DE CONCLUSÃO ANUAL (TCAN)


DOS INGRESSANTES DE 2011 EM CURSOS DE GRADUAÇÃO,
POR GRAU ACADÊMICO – BRASIL – 2011-2020............................................ 50

6
GRÁFICO 18 EVOLUÇÃO MÉDIA DO INDICADOR DE DESISTÊNCIA ANUAL (TADA)
DOS INGRESSANTES DE 2011 A 2016 EM CURSOS DE GRADUAÇÃO,
POR ANOS DE ACOMPANHAMENTO DAS RESPECTIVAS COORTES
– BRASIL – 2011-2020............................................................................................. 51

GRÁFICO 19 MÉDIA DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA EM 2020 DOS


INGRESSANTES DE 2011 EM CURSOS DE GRADUAÇÃO PARA
A FORMAÇÃO DE PROFESSOR DA EDUCAÇÃO BÁSICA – BRASIL –
2011-2020..................................................................................................................... 52

GRÁFICO 20 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO


NA CATEGORIA PÚBLICA, SEGUNDO O REGIME DE TRABALHO
– BRASIL – 2011-2020............................................................................................. 54

GRÁFICO 21 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO


NA CATEGORIA PRIVADA, SEGUNDO O REGIME DE TRABALHO
– BRASIL – 2011-2020............................................................................................. 55

GRÁFICO 22 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO


NA CATEGORIA PÚBLICA, SEGUNDO O GRAU DE FORMAÇÃO
– BRASIL – 2011-2020............................................................................................. 56

GRÁFICO 23 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO


NA CATEGORIA PRIVADA, SEGUNDO O GRAU DE FORMAÇÃO
– BRASIL – 2011-2020............................................................................................. 57

GRÁFICO 24 PERCENTUAL DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM


EXERCÍCIO, POR ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA, SEGUNDO O
GRAU DE FORMAÇÃO – BRASIL – 2020............................................................. 58

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 NÚMERO DE VAGAS OFERTADAS EM CURSOS PRESENCIAIS


DE GRADUAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA POPULAÇÃO
DE 18 A 24 ANOS – BRASIL – 2020..................................................................... 20

7
SUMÁRIO

ESTA PUBLICAÇÃO POSSUI SUMÁRIO INTERATIVO


PARA RETORNAR AO SUMÁRIO, CLIQUE NO NÚMERO
DA PÁGINA EM CADA SEÇÃO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES............................................................................................................................... 3

Lista de Tabelas......................................................................................................................................... 3

Lista de Gráficos........................................................................................................................................ 5

Lista de Figura........................................................................................................................................... 7

APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................... 10

INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 11

1 RESULTADOS DO CENSO SUPERIOR 2011-2020................................................................... 12

1.1 Instituições de Educação Superior............................................................................................ 12

1.2 Cursos de Graduação.................................................................................................................... 16

1.3 Ingressantes, Matrículas e Concluintes................................................................................... 21

1.3.1 Ingressantes.......................................................................................................................... 21

8
1.3.2 Matrículas............................................................................................................................... 28

1.3.3 Concluintes............................................................................................................................ 40

1.4 INDICADORES DE FLUXO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR.................................................. 45

1.5 FUNÇÕES DOCENTES................................................................................................................ 53

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................... 60

GLOSSÁRIO.................................................................................................................................................... 63

APÊNDICE....................................................................................................................................................... 77

9
APRESENTAÇÃO

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), por meio
da Coordenação de Estatísticas, Indicadores e Controle de Qualidade do Censo da Educação
Superior (CEICQCES), da Coordenação-Geral de Controle de Qualidade e Tratamento da
Informação (CGCQTI), da Diretoria de Estatísticas Educacionais (Deed), apresenta o Resumo
Técnico do Censo da Educação Superior 2020.
Este documento consiste em uma edição especial cujo objetivo é dar publicidade aos
principais resultados do Censo da Educação Superior (Censo Superior) 2020 e às séries
históricas dos últimos dez anos. Para tanto, apresenta informações quantitativas e qualitativas,
a partir da análise descritiva dos dados.
O documento está organizado em seções definidas a partir das unidades de coleta de
dados. São elas: “instituições de educação superior”, “cursos de graduação”, “ingressantes,
matrículas e concluintes”, “indicadores de fluxo” e “funções docentes”. Os dados são abordados
em âmbito nacional, circunscritos, em sua maioria, à série histórica de 2011 a 2020, com
detalhamento, quando pertinente, do ano de 2020.
Espera-se que este Resumo Técnico do Censo da Educação Superior 2020 represente
uma fonte de consulta para dirigentes de instituições de ensino, gestores de políticas
educacionais, órgãos governamentais, pesquisadores e demais interessados na educação
brasileira, de modo a subsidiar análises, pesquisas, planejamentos e processos de tomada de
decisão.
O Inep registra, publicamente, seu agradecimento àqueles que viabilizam a concretização
do Censo Superior, especialmente, às instituições de educação superior (IES), nas pessoas
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

de seus dirigentes e recenseadores institucionais, à equipe técnica do cadastro e-MEC e às


equipes técnicas do Inep.

Equipe de Estatísticas, Indicadores e Controle


de Qualidade do Censo da Educação Superior

10
INTRODUÇÃO

O Censo Superior consiste em uma pesquisa estatística operacionalizada pelo Inep,


anual e declaratória, realizada em todo o território nacional, via internet, por meio do sistema
Censup, e empreendida por meio de coleta de dados descentralizada (Brasil, 2008).
O preenchimento das informações solicitadas por ocasião do Censo Superior, bem
como para fins de elaboração de indicadores educacionais, é obrigatório para todas as IES,
públicas e privadas, exceto para aquelas que não possuam, no ano de referência do Censo
Superior, alunos ingressantes nem alunos remanescentes de anos anteriores (Brasil, 2008;
Brasil. MEC, 2013).
O Censo Superior tem, como unidades de informação, IES, cursos, alunos e
docentes. A população investigada compreende as IES que compõem o cadastro e-MEC, que
possuam pelo menos um curso em atividade com, no mínimo, um aluno vinculado no ano de
referência do Censo. Engloba todos os graus (bacharelado, licenciatura e tecnológico, bem como
bacharelados e licenciaturas interdisciplinares), níveis acadêmicos (graduação e sequencial de
formação específica) e modalidades de ensino (presencial e a distância) (Brasil. Inep, 2021e).
O Censo 2020 é realizado ainda sob o efeito das restrições impostas pela pandemia
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

da covid-19, com a maior parte da equipe responsável atuando remotamente. Além disso,
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

foi lançado um novo sistema informatizado de coleta das informações do Censo, o Censup
2020. A mudança para o novo Censup representou um enorme desafio para as equipes do
Inep e para todos os Recenseadores e Auxiliares Institucionais envolvidos na realização
do Censo 2020 (Brasil. Inep, 2021e).

11
Ademais, mediante o impacto da pandemia da covid-19, que modificou o calendário
acadêmico das IES referente ao ano letivo de 2020, o Inep publicou um documento orientador
para as instituições que estivessem com o calendário acadêmico atrasado. Esse documento
orientava as IES a preencherem os módulos Aluno, Curso e Docente utilizando as informações
disponíveis até o dia 30/06/2021 (Brasil. Inep, 2021e). Com isso, as estatísticas relativas a esses
módulos foram calculadas tomando essa data como limite. Já as estatísticas do Módulo IES
foram calculadas considerando como referência a data de 31/12/2020.
Nesta edição do Censo Superior, também é aplicado um questionário de
Resposta Educacional à Pandemia de Covid-19 no Brasil – Educação Superior, que traz
28 questões sobre o tema da pandemia e sua interface com a educação superior, tais como:
calendário e fluxo acadêmico; estratégias adotadas durante a suspensão das atividades
presenciais; e pesquisa e extensão. Ressalve-se que, neste Resumo Técnico, o referido
questionário não será abordado.
A presente publicação integra-se aos demais materiais disponibilizados no portal
do Inep, buscando fornecer subsídios que contribuam para a elaboração de um panorama
geral da educação superior brasileira.

1 RESULTADOS DO CENSO SUPERIOR 2011-2020

1.1 INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

Ao final de 2020, as instituições de educação superior (IES) alcançam o número de


2.457 que preencheram o Censo, com crescimento desde 2011 de 3,9% (Tabela 1). Em 2020,
com relação a 2019, há diminuição de 151 IES, o que representa decréscimo de 5,8%.

TABELA 1
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, POR CATEGORIA
ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020
(continua)

CATEGORIA ADMINISTRATIVA
TOTAL
ANO PÚBLICA
GERAL PRIVADA
TOTAL FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

2011 2.365 284 103 110 71 2.081

2012 2.416 304 103 116 85 2.112

2013 2.391 301 106 119 76 2.090

12
TABELA 1
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, POR CATEGORIA
ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020
(conclusão)
CATEGORIA ADMINISTRATIVA
TOTAL
ANO PÚBLICA
GERAL PRIVADA
TOTAL FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL

2014 2.368 298 107 118 73 2.070

2015 2.364 295 107 120 68 2.069

2016 2.407 296 107 123 66 2.111

2017 2.448 296 109 124 63 2.152

2018 2.537 299 110 128 61 2.238

2019 2.608 302 110 132 60 2.306

2020 2.457 304 118 129 57 2.153

Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

Na categoria pública, o crescimento de 20 IES, que representa um incremento de


7%, esconde um crescimento de 34 instituições (15 federais e 19 estaduais) subtraído da
redução de 14 IES municipais. Já na categoria privada observa-se crescimento de 72 IES no
período, o que representa uma elevação de 3,5%. Com relação a 2019, em 2020 há diminuição
de 153 IES privadas, o que representa decréscimo de 6,6%.

TABELA 2
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, POR ORGANIZAÇÃO
ACADÊMICA – BRASIL – 2011-2020
(continua)

ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA
TOTAL
ANO
GERAL CENTRO
UNIVERSIDADE FACULDADE IF E CEFET
UNIVERSITÁRIO

2011 2.365 190 131 2.004 40


DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

2012 2.416 193 139 2.044 40

2013 2.391 195 140 2.016 40

2014 2.368 195 147 1.986 40

13
TABELA 2
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, POR ORGANIZAÇÃO
ACADÊMICA – BRASIL – 2011-2020
(conclusão)

ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA
TOTAL
ANO
GERAL CENTRO
UNIVERSIDADE FACULDADE IF E CEFET
UNIVERSITÁRIO

2015 2.364 195 149 1.980 40

2016 2.407 197 166 2.004 40

2017 2.448 199 189 2.020 40

2018 2.537 199 230 2.068 40

2019 2.608 198 294 2.076 40

2020 2.457 203 322 1.892 40

Fonte: Elaborada pela Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

No âmbito da organização acadêmica, segundo a Tabela 2, destacam-se a variação


percentual positiva dos centros universitários, que saltam de 131 para 322 (145,8%), e o
decréscimo de faculdades, sendo esse o elemento numericamente mais expressivo em termos
absolutos, partindo de um total de 2.004, em 2011, para 1.892, em 2020, o que representa
queda de 5,6% (a diminuição, somente de 2019 para 2020, é de 8,9%).
Para as universidades, observa-se incremento de 13 IES no período, o correspondente
a 6,8%. No caso de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) e Centros
Federais de Educação Tecnológica (Cefets), o total de instituições mantém-se igual a 40.

TABELA 3
NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, POR ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA,
SEGUNDO A FAIXA DE MATRÍCULAS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO – BRASIL – 2020
(continua)

ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA
FAIXA DE
TOTAL CENTRO
MATRÍCULAS UNIVERSIDADE FACULDADE IF E CEFET
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

UNIVERSITÁRIO
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

Total geral 2.456 203 322 1.891 40

Até 500 1.162 0 4 1.157 1

501 a 1.000 341 1 14 326 0

14
TABELA 3
NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR, POR ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA,
SEGUNDO A FAIXA DE MATRÍCULAS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO – BRASIL – 2020
(conclusão)

ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA
FAIXA DE
TOTAL CENTRO
MATRÍCULAS UNIVERSIDADE FACULDADE IF E CEFET
UNIVERSITÁRIO

1.001 a 5.000 655 39 208 387 21

5.001 a 10.000 143 52 57 19 15

10.001 a 30.000 120 85 31 1 3

30.001 a 50.000 19 15 4 0 0

50.001 a 100.000 7 4 2 1 0

100.001 a 300.000 5 4 1 0 0

Mais de 300.000 4 3 1 0 0

Fonte: Elaborada pela Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

A partir da Tabela 3 e, assim como notado em edições anteriores, é interessante


observar que o atendimento das faixas de matrículas de cursos de graduação concentra-se,
de modo geral, em IES com faixa de até 500 matrículas de graduação. Em números totais,
1.162 das 2.456 IES atendem nessa faixa de matrícula, o que representa 47,3% das IES.
As faculdades, das quais 61,2% atendem na referida faixa, determinam essa predominância.
Nas universidades, a maior parte das IES atende às faixas de 5.001 a 10.000 e de
10.001 a 30.000 matrículas, somando, conjuntamente, 67,5%. Nos centros universitários
bem como nos IFs e Cefets predomina o atendimento às faixas de 1.001 a 5.000 matrículas,
respectivamente 64,6% e 52,5%.

DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

15
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

16
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

1.2 CURSOS DE GRADUAÇÃO

TABELA 4
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE ENSINO
E GRAU ACADÊMICO – BRASIL – 2011-2020

PRESENCIAL A DISTÂNCIA
TOTAL
ANO
GERAL
TOTAL BACHARELADO LICENCIATURA TECNOLÓGICO TOTAL BACHARELADO LICENCIATURA TECNOLÓGICO

2011 30.420 29.376 16.832 7.352 5.192 1.044 199 559 286

2012 31.866 30.718 17.486 7.613 5.619 1.148 217 581 350

2013 32.049 30.791 17.665 7.328 5.798 1.258 240 592 426

2014 32.878 31.513 18.319 7.261 5.933 1.365 290 595 480

2015 33.501 32.028 18.938 7.004 6.086 1.473 316 625 532

2016 34.366 32.704 19.795 6.693 6.216 1.662 387 663 612

2017 35.380 33.272 20.578 6.501 6.193 2.108 525 771 812

2018 37.962 34.785 21.882 6.419 6.484 3.177 855 996 1.326

2019 40.427 35.898 23.083 6.391 6.424 4.529 1.319 1.234 1.976

2020 41.953 35.837 23.242 6.205 6.390 6.116 1.849 1.512 2.755

Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
A oferta de cursos de graduação evoluiu de maneira ascendente ao longo do período
de 2011 a 2020, partindo de 30.420 e alcançando 41.953 cursos, o correspondente a um
crescimento geral de 37,9% (Tabela 4).
Essa evolução guarda especificidades conforme a modalidade de ensino. Os cursos
a distância, menos numerosos, cresceram de maneira bem mais expressiva em termos
percentuais (485,8%), comparativamente aos cursos presenciais (22,0%).
Considerando o grau acadêmico dos cursos presenciais, somente a licenciatura revela,
desde 2012, tendência descendente, com percentual, de 2011 a 2020, de -15,6%; evoluíram
positivamente o bacharelado, com 38,1% de aumento, e o tecnológico, com 23,1%.
Para os cursos a distância, observa-se crescimento em todos os graus, inclusive na
licenciatura, sendo os percentuais correspondentes a: tecnológico (863,3%), bacharelado
(829,1%) e licenciatura (170,5%).

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
Pública

Pública

Pública

Pública

Pública

Pública

Pública

Pública

Pública

Pública
Privada

Privada

Privada

Privada

Privada

Privada

Privada

Privada

Privada

Privada
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Presencial A distância

GRÁFICO 1
PROPORÇÃO DO NÚMERO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE ENSINO
E CATEGORIA ADMINISTRATIVA (PÚBLICA E PRIVADA) – BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

O Gráfico 1 ilustra a evolução de cursos de graduação ofertados, considerando a


proporção da modalidade de ensino (presencial e a distância), por categoria administrativa
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

(pública e privada), de 2011 a 2020.


De acordo com o Gráfico 1, há uma tendência de estabilidade na participação
percentual da oferta de cursos de graduação na categoria pública, que sai de 4,7% para
5,0% na modalidade a distância e de 95,3% para 95,0% na modalidade presencial. Por
outro lado, na categoria privada, verifica-se um ganho na participação percentual dos

17
cursos a distância, que parte de 2,8%, em 2011, e alcança, de modo crescente, 17,9% em
2020; consequentemente, observa-se queda na participação percentual, saindo de 97,2%,
em 2011, e chegando a 82,1%, em 2020.

TABELA 5
PERCENTUAL E NÚMERO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA,
SEGUNDO A ÁREA GERAL DO CONHECIMENTO (CINE BRASIL) – BRASIL – 2020

CATEGORIA ADMINISTRATIVA
ÁREA GERAL DO
TOTAL % TOTAL
CONHECIMENTO PÚBLICA % PÚBLICA PRIVADA % PRIVADA

TOTAL 41.953 100,0 10.806 100,0 31.147 100,0


Agricultura, silvicultura,
1.299 3,1 637 5,9 662 2,1
pesca e veterinária

Artes e humanidades 1.888 4,5 593 5,5 1.295 4,2

Ciências naturais,
960 2,3 634 5,9 326 1,0
matemática e estatística

Ciências sociais,
2.173 5,2 583 5,4 1.590 5,1
comunicação e informação

Computação e tecnologias da
informação e comunicação 2.862 6,8 639 5,9 2.223 7,1
(TIC)

Educação 7.746 18,5 3.836 35,5 3.910 12,6

Engenharia,
6.522 15,5 1.687 15,6 4.835 15,5
produção e construção
Negócios,
10.679 25,5 1.144 10,6 9.535 30,6
administração e direito
Saúde e bem-estar 6.527 15,6 864 8,0 5.663 18,2

Serviços 1.297 3,1 189 1,7 1.108 3,6


Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

A Tabela 5 classifica o total de cursos de graduação por área do conhecimento,


segundo a categoria administrativa.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

Em ordem decrescente, considerando a participação percentual, as áreas são: Negócios,


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

administração e direito (25,5%); Educação (18,5%); Saúde e bem-estar (15,6%); Engenharia,


produção e construção (15,5%); Computação e tecnologias da informação e comunicação
(TIC) (6,8%); Ciências sociais, comunicação e informação (5,2%); Artes e humanidades (4,5%);
Agricultura, silvicultura, pesca e veterinária (3,1%); Serviços (3,1%); e Ciências naturais,
matemática e estatística (2,3%).

18
Pode-se averiguar que as três primeiras áreas – Negócios, administração e direito,
Educação e Saúde e bem-estar – somam, combinadas, 59,6%, ou seja, mais da metade do
total de cursos. Por outro lado, as áreas de Artes e humanidades; Agricultura, silvicultura,
pesca e veterinária; Serviços; e Ciências naturais, matemática e estatística somam,
conjuntamente, 13,5%, isto é, pouco mais de 10% do conjunto de cursos.
Na categoria pública, as áreas gerais numericamente mais expressivas são Educação
(35,5%) e Engenharia, produção e construção (15,6%). Na categoria privada, por sua vez,
destacam-se Negócios, administração e direito (30,6%) e Saúde e bem-estar (18,2%).

TABELA 6
NÚMERO DE VAGAS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO POR TIPO DE VAGA, SEGUNDO
A CATEGORIA ADMINISTRATIVA E A MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020

TIPO DE VAGA
CATEGORIA MODALIDADE
TOTAL VAGAS
ADMINISTRATIVA DE ENSINO VAGAS VAGAS
PROGRAMAS
NOVAS REMANESCENTES
ESPECIAIS

Total geral 19.626.441 14.328.139 5.237.443 60.859

Total Presencial 6.110.141 4.006.022 2.071.221 32.898

A distância 13.516.300 10.322.117 3.166.222 27.961

  Total pública 863.520 668.890 184.700 9.930

Presencial 727.265 549.440 170.660 7.165


Pública
A distância 136.255 119.450 14.040 2.765

  Total privada 18.762.921 13.659.249 5.052.743 50.929

Presencial 5.382.876 3.456.582 1.900.561 25.733


Privada
A distância 13.380.045 10.202.667 3.152.182 25.196

Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

Em 2020 foi ofertado o total de 19.626.441 vagas, das quais 68,9% a distância e 31,1%
presenciais. Além disso, 95,6% das vagas foram ofertadas na categoria privada, contra
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

4,4% ofertadas na categoria pública. Vale dizer que, do total de vagas presenciais, 11,9%
são públicas e 88,1% são privadas; das vagas a distância, 1,0% são públicas e 99,0% são
privadas. Considerando o tipo de vagas, tem-se a seguinte distribuição total: 73,0% de
vagas novas, 26,7% de vagas remanescentes e 0,3% de vagas em programas especiais
(Tabela 6).

19
FIGURA 1
NÚMERO DE VAGAS OFERTADAS EM CURSOS PRESENCIAIS DE GRADUAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
REGIONAL DA POPULAÇÃO DE 18 A 24 ANOS – BRASIL – 2020

Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Comparando-se a magnitude da distribuição regional da população de 18 a 24


anos com o correspondente total de vagas ofertado em cursos presenciais de graduação,
observa-se coincidência entre as posições assumidas pela maioria das regiões, a saber: as
três mais populosas.
Sudeste, Nordeste e Sul aparecem, respectivamente, como as regiões mais
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

populosas e com maior oferta de vagas; o Norte aparece em quarta posição em número de
pessoas, porém em quinto lugar na oferta de vagas. Finalmente, a região Centro-Oeste, que
aparece em quinta posição em números populacionais, encontra-se em quarto lugar na oferta
de vagas.

20
1.3 INGRESSANTES, MATRÍCULAS E CONCLUINTES1

1.3.1 INGRESSANTES

De acordo com a Tabela 7, o número de ingressantes parte de um total de 2.346.695,


em 2011, e alcança o número de 3.765.475, em 2020 (crescimento de 60,5% no período).

TABELA 7
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INGRESSANTES DE GRADUAÇÃO, POR CATEGORIA
ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020

CATEGORIA ADMINISTRATIVA
TOTAL
ANO PÚBLICA
GERAL PRIVADA
TOTAL FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL

2011 2.346.695 490.680 308.504 146.049 36.127 1.856.015


2012 2.747.089 547.897 334.212 152.603 61.082 2.199.192
2013 2.742.950 531.846 325.267 142.842 63.737 2.211.104
2014 3.110.848 548.542 346.991 148.616 52.935 2.562.306
2015 2.920.222 534.361 336.093 161.704 36.564 2.385.861
2016 2.985.644 529.492 342.986 151.791 34.715 2.456.152
2017 3.226.249 589.586 380.536 181.665 27.385 2.636.663
2018 3.445.935 580.936 362.005 194.081 24.850 2.864.999
2019 3.633.320 559.293 362.558 172.345 24.390 3.074.027
2020 3.765.475 527.006 342.526 163.295 21.185 3.238.469
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

O crescimento da categoria pública apresenta quedas nos anos de 2013, 2015,


2019 e 2020. Nesse último ano, o número de ingressantes diminui 5,8% em relação ao ano
anterior.
A tendência ascendente dessa evolução é determinada, em grande medida, pela
categoria privada, na qual o crescimento é de 74,5%. Na categoria pública, há crescimento
de 7,4%, com aumento de 11,8% na categoria estadual e de 11,0% na federal, e queda de
41,4% na categoria municipal.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

1
“Ingressante” corresponde ao somatório de vínculos de aluno a um curso superior que possui ano de ingresso
igual ao ano de referência do Censo Superior. “Matrículas” corresponde ao somatório de vínculos de aluno a um
curso superior igual a “cursando” ou “formado”. “Concluintes” corresponde ao somatório de vínculos de aluno a
um curso igual a “formado” (Brasil. Inep, 2012).

21
2.500.000

2.000.000

1.500.000

1.000.000

500.000

0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Presencial A distância

GRÁFICO 2

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INGRESSANTES DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE ENSINO


– BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

Segundo o Gráfico 2, merece destaque o expressivo crescimento do número de


ingressantes da modalidade a distância no período de 2011 a 2020. Observa-se que, em
2011, os ingressantes a distância correspondem a 22,5% dos presenciais, ressaltando que, de
forma inédita, ao final do período, ultrapassam em número o total de ingressantes presenciais.
O número de ingressantes a distância parte do total de 431.597, em 2011, e, seguindo
uma tendência de crescimento contínua, alcança o total de 2.008.979, em 2020, o que
representa incremento de 365,5%. Os ingressantes presenciais, por sua vez, partem do total
de 1.915.098, em 2011, e apresentam tendência de crescimento nos quatro primeiros anos do
período, seguida de discreta tendência de queda, alcançando o número de 1.756.496, em
2020.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

22
4000000

3500000
980.164
3000000

2500000
695.790
443.253
2000000

454.712
1500000

1000000 2.073.519
1.438.981
500000

0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Bacharelado Licenciatura Tecnológico

GRÁFICO 3
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INGRESSANTES DE GRADUAÇÃO, POR GRAU ACADÊMICO
– BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: Não aparecem computados os ingressantes de Área Básica de Ingresso.

Exceto pela queda na licenciatura, de 2019 (731.682) para 2020 (695.790),


verifica-se, a partir do Gráfico 3, uma evolução contínua e ascendente da quantidade de
ingressantes, de 2011 a 2020.
Em relação aos cursos tecnológicos, verifica-se aumento na participação percentual
de ingressantes, que passam de 19,0% (443.253) para 26,1% (980.164). A participação
percentual dos ingressantes de bacharelado, por sua vez, cai, passando de 61,6% (1.438.981),
em 2011, para 55,3% (2.073.519), em 2020; assim como cai a participação percentual dos
ingressantes de licenciatura, de 19,4% (454.712) para 18,6% (695.790).

DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

23
TABELA 8
NÚMERO DE INGRESSANTES, POR VAGAS NOVAS E POR MEIO DO ENEM NOS CURSOS
DE GRADUAÇÃO PRESENCIAL, POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA,
SEGUNDO A GRANDE REGIÃO – BRASIL – 2020

BRASIL/ PÚBLICA
INGRESSANTES TOTAL
GRANDE PRIVADA
(VAGAS NOVAS) GERAL TOTAL FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL
REGIÃO
Total 1.507.148 438.184 291.973 128.916 17.295 1.068.964
Brasil Enem 607.032 265.989 233.872 30.790 1327 341.043
% 40,3 60,7 80,1 23,9 7,7 31,9
Total 103.292 36.665 30.825 5.071 769 66.627
Norte Enem 44.206 24.979 24.178 786 15 19.227
% 42,8 68,1 78,4 15,5 2,0 28,9
Total 327.273 123.440 89.171 31.297 2.972 203.833
Nordeste Enem 160.961 92.513 79.794 12.388 331 68.448
% 49,2 74,9 89,5 39,6 11,1 33,6
Total 736.503 162.384 86.869 66.265 9.250 574.119
Sudeste Enem 283.038 86.893 77.119 9.009 765 196.145
% 38,4 53,5 88,8 13,6 8,3 34,2
Total 202.667 75.996 54.664 19.374 1.958 126.671
Sul Enem 62.674 36.659 32.052 4.391 216 26.015
% 30,9 48,2 58,6 22,7 11,0 20,5
Total 137.413 39.699 30.444 6.909 2.346 97.714
Centro-
Enem 56.153 24.945 20.729 4.216 0 31.208
Oeste
% 40,9 62,8 68,1 61,0 0,0 31,9
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

A Tabela 8 apresenta os números totais de ingressantes por vagas novas e via Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), por categoria administrativa, segundo a grande região, em
2020. No Brasil, 40,3% dos ingressantes de vagas novas de graduação presencial o fazem
por meio do Enem. Nas IES públicas, esse percentual corresponde a 60,7% e, nas IES
privadas, a 31,9%. Considerando somente as IES públicas, o Enem responde pelo ingresso de
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

80,1% das vagas novas nas instituições federais, 23,9% nas estaduais e 7,7% nas municipais.
Em relação às grandes regiões, a participação do Enem, em ordem decrescente, é:
Nordeste (49,2%), Norte (42,8%), Centro-Oeste (40,9%), Sudeste (38,4%) e Sul (30,9%).
Na categoria pública, a participação do Enem, em cada grande região, é majoritária no Nordeste
(74,9%), seguida de Norte (68,1%), Centro-Oeste (62,8%) e Sudeste (53,5%). A região

24
Sudeste, por sua vez, conta com praticamente a metade do número de ingressantes por vagas
novas (736.503 ou 48,9% do total). Ainda, nessa região, mais da metade dos ingressantes
por Enem (196.145 ou 57,5% do total por Enem) estão na categoria privada.
Tanto em relação ao total geral, quanto em relação ao conjunto das IES públicas,
Nordeste, Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul utilizam o Enem como via de ingresso em seus
processos seletivos, em ordem descrescente.
100
90
80
70
60
50
83,5
40 75,4
72,3
30
20
10 23,0 19,9 20,6
0
Total Geral Pública Federal Estadual Municipal Privada
GRÁFICO 4
PERCENTUAL DE VAGAS NOVAS OCUPADAS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR CATEGORIA
ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

O Gráfico 4 ilustra o aproveitamento de vagas novas de graduação por categorias


administrativas, isto é, o grau de efetiva ocupação dessas vagas por ingressantes.
De modo geral, 23,0% das vagas foram ocupadas. Na categoria pública, 72,3%
das 668.890 vagas novas ofertadas em 2020 foram ocupadas; na categoria privada,
foram ocupadas 20,6% das 13.659.249 vagas novas. O desempenho específico da
categoria pública é o seguinte: ocupação de 83,5% para a categoria federal, 75,4%
para a categoria estadual e 19,9% para a categoria municipal.

TABELA 9
MEDIDAS ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS PARA AS IDADES DOS INGRESSANTES NOS CURSOS
DE GRADUAÇÃO, SEGUNDO A MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020
IDADE1 DO INGRESSANTE
MODALIDADE FREQUÊNCIA
1º 3º DESVIO-
DE ENSINO MEDIANA MÉDIA MODA MODAL2
QUARTIL QUARTIL PADRÃO
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

Presencial 19 21 27 24,4 7,9 19 301.332


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

A distância 24 30 38 31,6 9,4 21 85.733


Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Notas: 1 “Idade” consiste no cálculo produzido com base nos dados cadastrais de alunos e docentes relativos a dia, mês e ano de
nascimento, na data de referência do Censo Superior (Brasil. Inep, 2012).
2 “Frequência modal” corresponde ao número de observações dessa medida estatística descritiva, a qual identifica o atributo
com maior frequência na distribuição do aspecto selecionado.

25
A Tabela 9 informa as medidas estatísticas descritivas para as idades dos ingressantes
nos cursos de graduação, segundo as modalidades presencial e a distância, em 2020. Nos
cursos presenciais, a idade mais frequente (moda) é de 19 anos, aparecendo 301.332 vezes
no total de ingressantes (1.756.496). Nos cursos a distância, há 2.008.979 ingressantes e a
moda é igual a 21 anos, sendo a frequência modal igual a 85.733.
Ordenando as idades de maneira crescente, a mediana revela que metade dos
ingressantes presenciais tem até 21 anos e, no caso dos ingressantes de graduação a distância,
até 30 anos. A média de idade dos ingressantes presenciais é de 24,4 anos e a dos
ingressantes a distância, 31,6 anos. Quanto ao 3° quartil, até três quartos dos ingressantes
presenciais têm idade igual ou inferior a 27 anos e os correspondentes três quartos dos
ingressantes a distância têm idade igual ou inferior a 38 anos. Em relação ao desvio-padrão,
na modalidade presencial é igual a 7,9 anos e, na modalidade a distância, 9,4 anos.
Assim como observado ao longo de todo o período (Brasil. Inep, 2013, 2014, 2015,
2018a, 2018b, 2019b, 2020, 2021g), as estatísticas descritivas apresentadas revelam
um perfil discente com idade mais avançada para a população ingressante nos cursos de
graduação a distância, comparativamente aos cursos presenciais.

TABELA 10
PERFIL DO INGRESSANTE DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE ENSINO
– BRASIL – 2020 (continua)
PERCENTUAL
MODALIDADE FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA
ATRIBUTOS MODA EM RELAÇÃO
DE ENSINO MODAL1 TOTAL
AO TOTAL

Sexo Feminino 981.368 56%

Grau acadêmico Bacharelado 1.331.865 76%

Categoria
Privada 1.277.790 73%
administrativa

Organização
Universidade 835.080 48%
acadêmica

Negócios,
Presencial 1.756.496
Área geral administração 485.927 28%
e direito

Cor/raça Branca 759.584 43%


DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

Tipo de
escola em que
Pública 1.207.092 69%
concluiu o ensino
médio

26
TABELA 10
PERFIL DO INGRESSANTE DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE ENSINO
– BRASIL – 2020 (conclusão)
PERCENTUAL
MODALIDADE FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA
ATRIBUTOS MODA EM RELAÇÃO
DE ENSINO MODAL1
TOTAL
AO TOTAL
Sexo Feminino 1.165.797 58%

Grau acadêmico Bacharelado 741.654 37%

Categoria
Privada 1.960.679 98%
administrativa

Organização
Universidade 1.197.491 60%
acadêmica

Negócios,
A distância 2.008.979
Área geral administração 764.568 38%
e direito

Cor/raça Branca 695.866 35%

Tipo de
escola em que
Pública 1.664.852 83%
concluiu o ensino
médio

Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: “Frequência modal” corresponde ao número de observações dessa medida estatística descritiva, a qual identifica o atributo com
maior frequência na distribuição do aspecto selecionado.

As características mais frequentes dos ingressantes de graduação em 2020 são


apresentadas na Tabela 10 e, tomadas de forma independente, compõem um perfil do
ingressante por modalidade de ensino. Percebe-se que são coincidentes os perfis apresen-
tados nas modalidades presencial e a distância, além de reeditar aqueles apresentados na
edição do Censo 2019.
Na modalidade presencial, predominam o sexo feminino (56%), o bacharelado
(76%), a IES privada (73%), a universidade (48%), a área geral de cursos Negócios,
administração e direito (28%), a cor/raça branca (43%) e a escola pública como aquela em
que o aluno concluiu o ensino médio (69%).
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

Na modalidade a distância, também predominam o sexo feminino (58%), o bacharelado


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

(37%), a IES privada (98%), a universidade (60%), a área geral de cursos Negócios,
administração e direito (38%), a cor/raça branca (35%) e a escola pública como aquela em
que o aluno concluiu o ensino médio (83%).
Os perfis apresentados por cada uma das modalidades exibem, portanto, as mesmas
características.

27
1.3.2 MATRÍCULAS

TABELA 11
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO, POR CATEGORIA
ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020

CATEGORIA ADMINISTRATIVA

ANO TOTAL GERAL PÚBLICA


PRIVADA
TOTAL FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL

2011 6.739.689 1.773.315 1.032.936 619.354 121.025 4.966.374

2012 7.037.688 1.897.376 1.087.413 625.283 184.680 5.140.312

2013 7.305.977 1.932.527 1.137.851 604.517 190.159 5.373.450

2014 7.828.013 1.961.002 1.180.068 615.849 165.085 5.867.011

2015 8.027.297 1.952.145 1.214.635 618.633 118.877 6.075.152

2016 8.048.701 1.990.078 1.249.324 623.446 117.308 6.058.623

2017 8.286.663 2.045.356 1.306.351 641.865 97.140 6.241.307

2018 8.450.755 2.077.481 1.324.984 660.854 91.643 6.373.274

2019 8.603.824 2.080.146 1.335.254 656.585 88.307 6.523.678

2020 8.680.354 1.956.352 1.254.080 623.729 78.543 6.724.002

Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

As matrículas de graduação, a partir de um crescimento contínuo, saem de um total de


6.739.689, em 2011, e alcançam 8.680.354, em 2020, o que representa um crescimento de
28,8% no período. No que se refere às categorias administrativas, observa-se um crescimento
de 35,4% para as IES privadas e de 10,3% para as IES públicas, sendo 21,4% para as
federais e 0,7% para as estaduais, além de involução de 35,1% para as municipais.
No caso da evolução das matrículas públicas, a tendência ascendente é interrompida
somente com uma leve queda em 2015 e, também, em 2020 (Tabela 11). Ressalta-se
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

que a queda das matrículas públicas em 2020 parece motivada pelo elevado número de
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

trancamentos de matrícula, o que pode ter ocorrido em razão dos impactos da pandemia no
referido ano (Tabela 12).

28
TABELA 12
NÚMERO DE VÍNCULOS DE ALUNO EM CURSOS DE GRADUAÇÃO DA CATEGORIA PÚBLICA, POR SITUAÇÃO DE VÍNCULO DO ALUNO,
SEGUNDO A CATEGORIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2018-2020

SITUAÇÃO DE VÍNCULO DO ALUNO


ANO/
TOTAL
CATEGORIA MATRÍCULA
GERAL MATRÍCULA
ADMINISTRATIVA DESVINCULADO TRANSFERIDO FALECIDO
TRANCADA
TOTAL CURSANDO FORMADO

2018 2.612.008 2.077.481 1.818.179 259.302 184.667 324.336 25.241 283

Federal 1.673.142 1.324.984 1.168.066 156.918 123.706 207.708 16.565 179

Estadual 818.324 660.854 574.968 85.886 50.141 99.399 7.836 94

Municipal 120.542 91.643 75.145 16.498 10.820 17.229 840 10

2019 2.615.925 2.080.146 1.828.772 251.374 195.800 311.205 28.464 310

Federal 1.682.115 1.335.254 1.185.581 149.673 128.229 200.222 18.210 200

Estadual 821.443 656.585 569.579 87.006 57.705 97.558 9.496 99

Municipal 112.367 88.307 73.612 14.695 9.866 13.425 758 11

2020 2.549.388 1.956.352 1.752.178 204.174 353.779 215.138 23.768 351

Federal 1.664.770 1.254.080 1.135.610 118.470 270.845 120.738 18.843 264

Estadual 781.781 623.729 553.909 69.820 74.601 78.925 4.450 76

Municipal 102.837 78.543 62.659 15.884 8.333 15.475 475 11

Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

RESUMO TÉCNICO DO CENSO

29
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
A Tabela 12 evidencia um aumento no número de trancamentos de matrícula em
2020, comparativamente aos anos anteriores, principalmente na categoria federal, o que
explica, parcialmente, a queda no número de matrículas dessa categoria.
Em relação ao número total de vínculos, na categoria federal, as matrículas trancadas
aumentam de 7,4%, em 2018, para 7,6%, em 2019, e 16,3%, em 2020. Além disso,
considerando a evolução dos trancamentos, verifica-se crescimento de 3,7%, de 2018 para
2019; e de 111,2%, de 2019 para 2020.
O crescimento das matrículas privadas, por sua vez, ainda de acordo com a Tabela 11,
somente é interrompido por uma queda discreta em 2016.

TABELA 13
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO, POR ORGANIZAÇÃO
ACADÊMICA – BRASIL – 2011-2020

ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA

ANO TOTAL GERAL CENTRO


UNIVERSIDADE FACULDADE IF E CEFET
UNIVERSITÁRIO

2011 6.739.689 3.632.373 921.019 2.084.671 101.626

2012 7.037.688 3.812.491 1.085.576 2.027.982 111.639

2013 7.305.977 3.898.880 1.154.863 2.131.827 120.407

2014 7.828.013 4.167.059 1.293.795 2.235.197 131.962

2015 8.027.297 4.273.155 1.357.802 2.251.464 144.876

2016 8.048.701 4.322.092 1.415.147 2.146.870 164.592

2017 8.286.663 4.439.917 1.594.364 2.070.197 182.185

2018 8.450.755 4.467.694 1.906.327 1.879.228 197.506

2019 8.603.824 4.487.849 2.263.304 1.636.828 215.843


DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

2020 8.680.354 4.714.434 2.345.444 1.402.786 217.690


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

30
A Tabela 13 apresenta a evolução das matrículas de graduação por organização
acadêmica no período de 2011 a 2020. Em 2011, a participação percentual de cada uma das
organizações acadêmicas era de: 53,9% para as universidades; 30,9% para as faculdades;
13,7% para os centros universitários; e 1,5% para os IFs e Cefets.
Comparativamente, em 2020, a participação percentual das universidades permanece
praticamente inalterada (54,3%), a dos centros universitários dobra (27,0%), a das faculdades
cai pela metade (16,2%) e a dos IFs e Cefets praticamente dobra (2,5%).

100%
11% 11% 11% 10% 9% 9% 8% 8% 8% 8%
90%
14% 13% 13% 13% 13% 12%
16% 16% 15% 14%
80%

70%

60%

50%

40% 77% 78% 79% 79% 79% 80%


73% 74% 74% 76%
30%

20%

10%

0%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Bacharelado Licenciatura Tecnológico

GRÁFICO 5
EVOLUÇÃO DA PROPORÇÃO DAS MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO NA MODALIDADE
PRESENCIAL, POR GRAU ACADÊMICO – BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: Não contém estatísticas de cursos de Área Básica de Ingresso (ABI).

O Gráfico 5 ilustra a elevação contínua da proporção de matrículas de graduação


presenciais de bacharelado, que sobe de 73% para 80%, entre 2011 e 2020, em detrimento
da queda da proporção de matrículas de licenciatura, de 16% para 12%, e de grau tecnológico,
com queda de 11% para 8%, no mesmo período.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

31
100%

90%
27% 27% 30% 29% 28% 26% 26% 28% 29% 32%
80%

70%

60%

43% 40% 39% 40% 41% 43% 42% 40% 37% 32%
50%

40%

30%

20%
32% 33% 34% 36%
30% 31% 31% 31% 31% 31%
10%

0%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Bacharelado Licenciatura Tecnológico

GRÁFICO 6
EVOLUÇÃO DA PROPORÇÃO DAS MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO NA MODALIDADE
A DISTÂNCIA, POR GRAU ACADÊMICO – BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: Não contém estatísticas de cursos de Área Básica de Ingresso (ABI).

No Gráfico 6, verifica-se que, na modalidade a distância, a proporção de matrículas de


bacharelado também aumenta de 2011 para 2020, sobretudo a partir de 2018, passando
de 30% para 36%. As matrículas de licenciatura sofrem queda ao longo do período: sua
proporção diminui de 43% para 32%.
Diferentemente da modalidade presencial, na modalidade a distância a proporção de
matrículas de grau tecnológico aumenta no período, saindo de 27%, em 2011, e chegando a 32%,
em 2020.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

32
100%

90%
31%
80% 43%
70%
64% 66%
60%

50%

40%
69%
30% 57%
20%
36% 34%
10%

0%
Federal Estadual Municipal Privada

Diurno Noturno

GRÁFICO 7
PERCENTUAL DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO PRESENCIAL, POR CATEGORIA
ADMINISTRATIVA, SEGUNDO O TURNO – BRASIL – 2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

No que se refere ao turno das matrículas de graduação presencial, a predominância


verificada, em 2020, por categoria administrativa, é a seguinte: nas categorias
federal e estadual predomina o turno diurno, com 69% e 57%, respectivamente; e
nas categorias privada e municipal, o turno noturno com, respectivamente, 66% e 64%
(Gráfico 7).

DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

33
Pedagogia - 816247 92,0 8,0
Serviço social - 132615 89,7 10,3
Enfermagem - 334779 83,7 16,3
Nutrição - 148264 82,9 17,1
Psicologia - 275771 79,6 20,4
Gestão de pessoas - 194323 78,8 21,2
Fisioterapia - 175991 76,9 23,1
Odontologia - 137092 71,6 28,4
Farmácia - 155824 71,0 29,0
Medicina veterinária - 116931 69,2 30,8
Arquitetura e urbanismo - 130638 67,0 33,0
Medicina - 204279 60,5 39,5
Contabilidade - 351194 57,0 43,0
Administração - 626813 55,8 44,2
Direito - 759361 55,6 44,4
Educação física formação de professor - 132201 39,4 60,6
Educação física - 231508 35,7 64,3
Engenharia de produção - 128319 32,7 67,3
Engenharia civil - 234333 29,9 70,1
Sistemas de informação - 209182 15,3 84,7

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Feminino Masculino

GRÁFICO 8
OS 20 MAIORES CURSOS (RÓTULOS2) EM NÚMERO DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO
E OS RESPECTIVOS PERCENTUAIS DE PARTICIPAÇÃO, POR SEXO – BRASIL – 2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

Em 2020, entre os 20 maiores cursos (rótulos) em número de matrículas, verifica-se que


15 têm maior presença feminina e cinco, masculina. Os cursos com maior presença feminina
são: Pedagogia (92,0%), Serviço social (89,7%), Enfermagem (83,7%), Nutrição (82,9%),
Psicologia (79,6%), Gestão de pessoas (78,8%), Fisioterapia (76,9%), Odontologia (71,6%),
Farmácia (71,0%), Medicina veterinária (69,2%), Arquitetura e urbanismo (67,0%), Medicina
(60,5%), Contabilidade (57,0%), Administração (55,8%) e Direito (55,6%). Já os cursos com
maior presença masculina são: Sistemas de informação (84,7%), Engenharia civil (70,1%),
Engenharia de produção (67,3%), Educação física (64,3%) e Educação física formação de
professor (60,6%).
Quanto aos cursos (rótulos) com percentuais de participação feminina mais expressivos,
encontram-se: Estética e cosmética (98,0% de participação feminina em 60.293 matrículas
femininas), Podologia (95,7%; 3.638), Educação especial formação de professor (93,6%;
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

2
A Cine Brasil 2000 (Classificação Internacional Normalizada da Educação, adaptada em 2000 para os cursos
de graduação e sequenciais do Brasil) está organizada em quatro níveis de classificação, sendo que as áreas
gerais correspondem ao nível mais alto de classificação; as áreas específicas abrangem o segundo nível; as áreas
detalhadas, o terceiro; e os rótulos, o quarto, constituindo-se na menor unidade de agrupamento de cursos que
apresentam conteúdos temáticos similares em relação aos componentes curriculares, ao perfil profissional e às
competências e habilidades dos egressos. Na Cine Brasil 2000, os rótulos eram denominados “Cursos/Programas”
(Brasil. Inep, 2019a).

34
8.226), Educação infantil formação de professor (92,9%; 183) e, em quinto lugar, Pedagogia
(92,0%; 751.287).
Já em relação aos cinco cursos (rótulos) com maiores percentuais de participação
masculina, destacam-se: Papel e celulose (100,0% de participação masculina em 3 matrículas
masculinas), Refrigeração e climatização (95,7%; 314), Soldagem (95,6%; 760), Sistemas
automotivos (95,5%, 1.368) e Manutenção industrial (93,5%; 2.165).

Deficiência física 19.194

Baixa visão 15.210

Deficiência auditiva 7.290

Deficiência intelectual 6.209

Autismo 2.974

Cegueira 2.929

Surdez 2.758

Superdotação 2.214

Surdocegueira 223

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000

GRÁFICO 9
TOTAL DE MATRÍCULAS DE GRADUAÇÃO CONFORME O TIPO DE DEFICIÊNCIA, TRANSTORNO
GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO OU ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO DECLARADOS
– BRASIL – 2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

A partir do Gráfico 9, verifica-se, no ano de 2020, 59.001 declarações com registro


de deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação.
Importa esclarecer que uma mesma matrícula pode apresentar mais de um tipo de declaração.
Do conjunto de declarações mencionado, as mais comuns são: deficiência física (32,5%),
baixa visão (25,8%) e deficiência auditiva (12,4%).
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

35
100% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3%
90%

80% 35% 35% 37% 40% 42% 43% 44% 45% 46%
46%
70%

60%

50%

40%

30% 62% 62% 60% 57% 56% 54% 53% 52% 51% 52%
20%

10%

0%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Branca Preta/Parda Amarela/Indígena

GRÁFICO 10
EVOLUÇÃO DOS PERCENTUAIS DE DECLARAÇÕES RELATIVAS À VARIÁVEL COR/RAÇA
DO ALUNO (EM RELAÇÃO À MATRÍCULA) – BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: Não estão contabilizados os alunos matriculados que não declararam a cor/raça e os que não possuem a informação.

O Gráfico 10 ilustra a evolução dos percentuais de declarações relativas à cor/raça do


aluno. Nessa tabulação, não estão contabilizados aqueles que não declararam a cor/raça bem
como os que declararam não possuir a informação, lembrando que esta é uma informação
declarada pela IES.
Importa observar o aumento paulatino na declaração da cor preta/parda, que parte de
35% em 2011 e alcança o percentual de 46%, em 2020. A declaração da cor branca, por sua
vez, apresenta decréscimo, saindo de 62%, em 2011, para 52%, em 2020; e a cor amarela/
indígena mantém declaração constante de 3% ao longo do período.

TABELA 14
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MATRÍCULAS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO DA CATEGORIA PRIVADA
COM FINANCIAMENTO, SEGUNDO O TIPO OU CONDIÇÃO – BRASIL – 2020
(continua)

REEMBOLSÁVEL NÃO REEMBOLSÁVEL


TOTAL
ANO PRÓPRIO PRÓPRIO
GERAL TOTAL FIES OUTROS TOTAL PROUNI1 OUTROS
DA IES DA IES

2011 1.428.984 292.304 220.542 37.796 38.387 1.194.534 364.521 683.564 170.840
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

2012 1.664.822 504.253 433.948 35.245 39.872 1.247.121 398.409 717.449 155.175

2013 1.999.430 923.839 817.020 37.471 78.472 1.237.287 384.698 754.369 127.540

2014 2.432.397 1.358.618 1.303.146 24.546 36.568 1.303.254 437.275 787.687 114.844

2015 2.697.918 1.390.779 1.332.302 35.514 33.833 1.536.104 517.161 873.657 204.536

36
TABELA 14
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MATRÍCULAS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO DA CATEGORIA PRIVADA
COM FINANCIAMENTO, SEGUNDO O TIPO OU CONDIÇÃO – BRASIL – 2020
(conclusão)

REEMBOLSÁVEL NÃO REEMBOLSÁVEL


TOTAL
ANO PRÓPRIO PRÓPRIO
GERAL TOTAL FIES OUTROS TOTAL PROUNI1 OUTROS
DA IES DA IES

2016 2.768.447 1.313.455 1.226.352 74.494 41.233 1.660.255 580.592 990.427 140.749

2017 2.887.768 1.174.019 1.070.460 96.659 47.632 1.985.585 609.434 1.300.256 158.507

2018 2.985.527 1.015.395 821.122 169.860 46.219 2.293.444 575.099 1.612.607 164.668

2019 2.973.544 794.842 571.852 206.027 42.397 2.468.570 615.623 1.763.909 161.966

2020 3.005.530 454.246 353.001 78.866 40.146 2.686.713 566.636 2.056.901 137.966
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Notas: O Total geral e o Total por tipo não são o somatório das diversas condições de financiamento, e um aluno pode ter diferentes
tipos de financiamento no curso ao qual está vinculado.
1
Aluno matriculado que possui Prouni Integral e/ou Prouni Parcial.

São descritas, a seguir, as evoluções dos diferentes tipos de financiamento reembolsáveis


(Fies, Próprio da IES e Outros) e não reembolsáveis (Prouni, Próprio da IES e Outros) aplicados
às matrículas de graduação privadas, no período de 2011 a 2020.
Em relação ao Fies, o número de matrículas financiadas cresceu 504,1% de
2011 a 2015, passando a decrescer desde então, chegando a 353.001, em 2020. Quanto ao
financiamento reembolsável próprio da IES, observa-se uma evolução ascendente até 2019,
com crescimento de 445,1%. Em 2020, as matrículas financiadas caem 61,7% em relação ao
ano anterior, atingindo o total de 78.866 matrículas.
No que se refere aos outros financiamentos reembolsáveis, verifica-se um pico em 2013,
com 78.472 matrículas financiadas, seguido de queda entre 2014 e 2015, recuperação a partir
de 2016, e nova queda a partir de 2018. Esse conjunto de financiamentos termina a série com
40.146 ocorrências, o que corresponde a aumento de 4,6% em relação a 2011.
Quanto ao Prouni, tipo de financiamento não reembolsável, verifica-se um crescimento
de 55,4% na série histórica, sendo que de 2020 (566.636) em relação a 2019, há queda
de 8,0%.
No caso do financiamento não reembolsável próprio da IES, observa-se um crescimento
de 200,9%. As matrículas financiadas partem de um total de 683.564, em 2011, para
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

2.056.901, em 2020. Os outros financiamentos não reembolsáveis apresentam oscilação ao


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

longo da série, com pico em 2015, e decréscimo geral final de 19,2%, com 137.966 matrículas
financiadas.

37
TABELA 15
MEDIDAS ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS PARA AS IDADES REFERENTES ÀS MATRÍCULAS
NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO, SEGUNDO A MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020

IDADE1 REFERENTE À MATRÍCULA


MODALIDADE FREQUÊNCIA
DE ENSINO DESVIO- MODAL2
1º QUARTIL MEDIANA 3º QUARTIL MÉDIA MODA
PADRÃO

Presencial 21 23 28 25,6 7,5 21 628.196

A distância 25 31 38 32,4 9,4 26 128.563

Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Notas: 1 “Idade” consiste no cálculo produzido com base nos dados cadastrais de alunos e docentes relativos a dia, mês e ano de
nascimento, na data de referência do Censo Superior (Brasil. Inep, 2012).
2
“ Frequência modal” corresponde ao número de observações dessa medida estatística descritiva, a qual identifica o atributo
com maior frequência na distribuição do aspecto selecionado.

A Tabela 15 apresenta as medidas estatísticas descritivas para as idades referentes


às matrículas de graduação, segundo as modalidades de ensino, em 2020. Nos cursos
presenciais, a idade mais frequente (moda) é de 21 anos, com frequência modal igual a 628.196.
Nos cursos a distância, a moda é igual a 26 anos, sendo a frequência modal igual a 128.563.
Ordenando as idades de maneira crescente, a mediana na modalidade
presencial é igual a 23 anos e, no caso da modalidade a distância, é de 31 anos. A média
de idade na modalidade presencial é de 25,6 anos e, na modalidade a distância, 32,4 anos.
Quanto ao 3° quartil, na modalidade presencial, é igual a 28 anos e, na modalidade a distância,
38 anos. No que se refere ao desvio-padrão, na modalidade presencial equivale a 7,5 anos e,
na modalidade a distância, é igual a 9,4 anos.
Também em relação às medidas estatísticas das idades referentes às matrículas de
graduação, e ao longo de toda a série histórica (Brasil. Inep, 2013, 2014, 2015, 2018a,
2018b, 2019b, 2020, 2021g), verificam-se diferenças quando se considera a modalidade
de ensino. Na mesma direção do que se observa em relação aos ingressantes, para todas
as medidas, a idade referente à matrícula é mais avançada na modalidade a distância, em
comparação à presencial.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

38
TABELA 16
PERFIL REFERENTE À MATRÍCULA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE
DE ENSINO – BRASIL – 2020

PERCENTUAL
MODALIDADE FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA
ATRIBUTOS MODA EM RELAÇÃO
DE ENSINO MODAL1 TOTAL
AO TOTAL

Sexo Feminino 3.149.703 57%

Grau acadêmico Bacharelado 4.436.508 80%

Categoria
Privada 3.775.571 68%
administrativa

Organização
Universidade 2.853.750 51%
acadêmica
Presencial 5.574.551
Negócios,
Área geral administração 1.497.579 27%
e direito

Cor/Raça Branca 2.503.874 45%

Tipo de escola em
que concluiu o Pública 3.638.639 65%
ensino médio

Sexo Feminino 1.872.295 60%

Grau acadêmico Bacharelado 1.123.179 36%

Categoria
Privada 2.948.431 95%
administrativa

Organização
Universidade 1.860.684 60%
acadêmica

A distância Negócios, 3.105.803


Área geral administração 1.143.584 37%
e direito

Cor/Raça Branca 1.179.970 38%


DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

Tipo de
escola em que
Pública 2.496.249 80%
concluiu o ensino
médio

Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

39
A Tabela 16 apresenta o perfil relativo à matrícula de graduação em 2020, por
modalidade de ensino, a partir de características que devem ser tomadas separadamente.
Na modalidade presencial, predominam o sexo feminino (57%), o bacharelado
(80%), a IES privada (68%), a universidade (51%), a área geral de cursos Negócios,
administração e direito (27%), a cor/raça branca (45%) e a escola pública como aquela em
que o aluno concluiu o ensino médio (65%).
Na modalidade a distância, também predominam o sexo feminino (60%), o bacharelado
(36%), a IES privada (95%), a universidade (60%), a área geral de cursos Negócios,
administraçãoe direito (37%), a cor/raça branca (38%) e a escola pública como aquela em
que o aluno concluiu o ensino médio (80%). Também no caso da matrícula, pode-se verificar
que os perfis apresentados por ambas as modalidades de ensino exibem as mesmas
características.

1.3.3 CONCLUINTES

TABELA 17
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CONCLUINTES DE GRADUAÇÃO, POR CATEGORIA
ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020

CATEGORIA ADMINISTRATIVA
TOTAL
ANO PÚBLICA
GERAL PRIVADA
TOTAL FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL

2011 1.016.713 218.365 111.157 87.886 19.322 798.348

2012 1.050.413 237.546 111.165 96.374 30.007 812.867

2013 991.010 229.278 115.336 82.892 31.050 761.732

2014 1.027.092 241.765 128.084 89.602 24.079 785.327

2015 1.150.067 239.896 134.447 86.770 18.679 910.171

2016 1.169.449 246.875 146.367 81.279 19.229 922.574

2017 1.199.769 251.793 151.376 83.951 16.466 947.976


DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

2018 1.264.288 259.302 156.918 85.886 16.498 1.004.986


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

2019 1.250.076 251.374 149.673 87.006 14.695 998.702

2020 1.278.622 204.174 118.470 69.820 15.884 1.074.448

Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

40
Em relação ao número de concluintes de graduação de 2011 a 2020, a Tabela
17 apresenta uma evolução geral ascendente, que parte de 1.016.713 e alcança o total
de 1.278.622, com 25,8% de crescimento. Considerando as categorias administrativas,
verifica-se, na categoria pública em geral, decréscimo de 6,5%. Vê-se, nas IES públicas,
especificamente, queda em 2013, 2015, 2019 e 2020. Particularmente em 2020, a queda
em relação ao ano anterior é de 18,8%. Além disso, a categoria municipal é a única categoria
pública que apresenta crescimento de 2019 para 2020 (8,1%). Na categoria privada, por sua
vez, verifica-se queda em 2013 e 2019. As IES privadas terminam a série com um crescimento
geral de 34,6%.

1.400.000

1.200.000

1.000.000

800.000

600.000

400.000

200.000

0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Presencial A distância

GRÁFICO 11
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CONCLUINTES DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE ENSINO
– BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

De acordo com o Gráfico 11, verifica-se relativa estabilidade no número de concluintes


de graduação presencial de 2011 a 2020, considerando tendência de queda de 2012 a 2014,
crescimento até 2018 e nova queda até 2020. A modalidade presencial termina a série
com 878.229 concluintes, o que representa 1,5% a mais em relação a 2011 e -6,0% em
relação a 2019.
A modalidade a distância, por sua vez, observa tendência ascendente, partindo de
151.552 concluintes e alcançando o total de 400.393, o que corresponde a um crescimento
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

de 164,2%.

41
1400000

1200000
269.860

1000000
170.635
243.279
800000
238.107

600000

400000 765.483
607.971
200000

0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Bacharelado Licenciatura Tecnológico

GRÁFICO 12
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CONCLUINTES DE GRADUAÇÃO, POR GRAU ACADÊMICO –
BRASIL – 2011-2020
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

O Gráfico 12 ilustra a evolução do número de concluintes de graduação, considerando


o grau acadêmico. Observa-se crescimento para os três graus acadêmicos no período,
com aumento percentual de 25,9% para o bacharelado, 2,2% para a licenciatura e 58,2%
para o tecnológico. Ainda assim, em termos de participação percentual, o bacharelado
permanece estável de 2011 para 2020, saindo de 59,8% e chegando a 59,9%; a participação
da licenciatura cai de 23,4% para 19,0%; e a participação do tecnológico sobe de 16,8%
para 21,1%.

TABELA 18
MEDIDAS ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS PARA AS IDADES REFERENTES AOS CONCLUINTES
NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO, SEGUNDO A MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2020

IDADE1 DO CONCLUINTE
MODALIDADE FREQUÊNCIA
DESVIO-
DE ENSINO 1º QUARTIL MEDIANA 3º QUARTIL MÉDIA MODA MODAL2
PADRÃO
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

Presencial 23 25 30 27,6 7,2 23 123.626


A distância 27 33 40 34,5 9,2 31 16.635
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Notas: 1 “Idade” consiste no cálculo produzido com base nos dados cadastrais de alunos e docentes relativos a dia, mês e ano de
nascimento, na data de referência do Censo Superior (Brasil. Inep, 2012).
2
“Frequência modal” corresponde ao número de observações dessa medida estatística descritiva, a qual identifica o atributo
com maior frequência na distribuição do aspecto selecionado.

42
De acordo com a Tabela 18, na mesma direção de matrículas e ingressantes
de graduação, as medidas estatísticas relativas às idades dos concluintes indicam
diferenças no que se refere à modalidade de ensino. Além disso, para todas as medidas
analisadas, a idade referente ao concluinte é mais avançada na modalidade a distância,
se comparada à modalidade presencial. Mediana, média e moda são, respectivamente:
33, 34,5 e 31 anos (para a modalidade a distância) e 25, 27,6 e 23 anos (para a modalidade
presencial). O desvio-padrão, por sua vez, é de 9,2 anos para a modalidade a distância
e 7,2 anos para a presencial, o que significa maior variabilidade nas idades na
modalidade a distância.

TABELA 19
PERFIL REFERENTE AO CONCLUINTE DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE
ENSINO – BRASIL – 2020
(continua)

PERCENTUAL
MODALIDADE FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA
ATRIBUTOS MODA EM RELAÇÃO
DE ENSINO MODAL1
TOTAL
AO TOTAL

Feminino 518.339 59%


Sexo

Bacharelado 677.984 77%


Grau acadêmico

Categoria Privada 691.864 79%


administrativa

Organização Universidade 404.735 46%


acadêmica
Presencial 878.229
Negócios,
administração 283.664 32%
Área geral
e direito

Branca 407.104 46%


Cor/Raça
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

Tipo de
escola em que Pública 580.534 66%
concluiu o ensino
médio

43
TABELA 19
PERFIL REFERENTE AO CONCLUINTE DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE
ENSINO – BRASIL – 2020 (conclusão)

PERCENTUAL
MODALIDADE FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA
ATRIBUTOS MODA EM RELAÇÃO
DE ENSINO MODAL1 TOTAL
AO TOTAL

Sexo Feminino 248.318 62%

Grau acadêmico Tecnológico 164.431 41%

Categoria
Privada 382.584 96%
administrativa

Organização
Universidade 267.992 67%
acadêmica

A distância 400.393

Negócios,
Área geral administração 171.881 43%
e direito

Cor/Raça Branca 178.543 45%

Tipo de
escola em que
Pública 322.754 81%
concluiu o ensino
médio

Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

Os atributos selecionados mais comuns, e tomados separadamente para composição


de um perfil do concluinte da modalidade presencial, coincidem com os das matrículas
e dos ingressantes, a saber: sexo feminino; grau acadêmico de bacharelado; categoria
administrativa privada; organização acadêmica universidade; área geral de Negócios,
administração e direito; cor/raça branca; e conclusão do ensino médio em escola pública. Os

44
percentuais de resposta para cada um desses atributos, em relação ao total, aparecem na
Tabela 19.
Quanto aos atributos mais comuns do concluinte à distância, exceto pelo grau
acadêmico tecnológico, todos os demais coincidem com o concluinte presencial e, também,
com matrículas e ingressantes (presencial e a distância).

1.4 INDICADORES DE FLUXO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR3

A Tabela 20 apresenta as seis coortes4 de ingressantes mencionadas nos próximos


gráficos desta seção e as informações gerais de suas respectivas bases de dados.

TABELA 20
DESCRIÇÃO DAS BASES DE DADOS DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA DOS INGRESSANTES
DE 2011 A 2016 EM CURSOS DE GRADUAÇÃO – BRASIL – 2011-2020

COORTE
INFORMAÇÕES
GERAIS
2011-2020 2012-2020 2013-2020 2014-2020 2015-2020 2016-2020

Número de IES 2.207 2.248 2.230 2.225 2.225 2.239


Número de
27.558 28.305 28.059 28.648 29.537 30.671
cursos
Número de
2.577.412 2.901.997 2.937.302 3.179.827 3.031.125 3.066.270
ingressantes
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

As coortes são analisadas até 2020, sendo que o início de seu período de análise é de
2011 a 2016. A coorte com ingresso em 2011 é analisada, portanto, durante dez anos, e a
coorte com ingresso em 2016, durante cinco anos. As bases de dados aparecem descritas
em termos de número de IES, de cursos de graduação e de ingressantes. Observa-se que,
considerando as seis coortes de ingresso, de 2011 a 2016: o número de IES se revela
praticamente estável; o número de cursos apresenta discreta tendência de crescimento; e o
número de ingressantes, por sua vez, assume a tendência de crescimento, com queda na
coorte de 2015 (Tabela 20).
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

3
Para informações técnicas sobre o indicador, consultar Metodologia de cálculo dos indicadores de fluxo da
educação superior (Brasil. Inep, 2017).
4
A coorte de ingressos é definida pela data de ingresso do aluno no curso identificada nos quatro primeiros anos
de cálculo do indicador; assim, por exemplo, a coorte de ingressos 2010 será representada pelos alunos que
apresentaram ano de ingresso igual a 2010 nas bases de 2010, 2011, 2012 e 2013 (Brasil. Inep, 2017).

45
(%)
5 3 2 1
10
20
37
39 40 40
38
54 36
70 29
87 18

4 55 56 58 58 59
51
45
37
1 27
12

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Taxa de Desistência Acumulada Taxa de Conclusão Acumulada Taxa de Permanência

GRÁFICO 13
EVOLUÇÃO MÉDIA DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA DOS INGRESSANTES DE 2011 EM
1

CURSOS DE GRADUAÇÃO – BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

Nota: 1 Ponderada pelo número de ingressantes dos cursos.

Conforme o Gráfico 13, ao final de dez anos de acompanhamento, 40% dos ingressantes
em 2011 concluem seu curso de ingresso, 59% desistem e 1% nele permanece. Além disso,
37% dos ingressantes de 2011 já desiste de seu curso de entrada até o final do 3º ano.
Ademais, a taxa de desistência acumulada5 (TDA) diminui seu ritmo de crescimento nos
últimos cinco anos de acompanhamento. A taxa de conclusão acumulada (TCA)6, por sua vez,
apresenta uma ascendência maior nos 4º e 5º anos de acompanhamento, relacionando-se
com o período mínimo de integralização médio dos cursos (em 2020, a média é de 4,0 anos).
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

5
Taxa de Desistência Acumulada (TDA) - percentual do número de estudantes que desistiram (desvinculado
ou transferido) do curso j até o ano t (acumulado) em relação ao número de ingressantes do curso j no ano T,
subtraindo-se o número de estudantes falecidos do curso j do ano T até o ano t (Brasil. Inep, 2017).
Taxa de Conclusão Acumulada (TCA) - percentual do número de estudantes que se formaram no curso j até o ano
6

t do curso j em relação ao número de ingressantes do curso j no ano T, subtraindo-se o número de estudantes


falecidos do curso j do ano T até o ano t (Brasil. Inep, 2017).

46
(%)
3 3 3 2 2 1
5 5 4 4
10 9 9 9 9
17
20 19 20 19 18
32
37 36 36 35 35
40 40 40
39 39 40
48
34 38 38 39 37
54 53 54 52 52 36 36 37 35
26
64 29 30 28 28
70 68 70 68 68 29
16
83
8787 88 86 86 17 17
18 18 19

8
8 8
9 9 9

3
3 3
4 3 3 54 56 55 55 54 56 57 56 57 56 58 58 58 57 58 59 59
52 51 52 50 53
44 45 46 46 48 48
40
37 39 37 40
1 32
1 1 1 1 1 27 28 26 29 29
16
12 13 11 13 13
2011
2012
2013
2014
2015
2016

2011
2012
2013
2014
2015
2016

2011
2012
2013
2014
2015
2016

2011
2012
2013
2014
2015
2016

2011
2012
2013
2014
2015
2016

2011
2012
2013
2014
2015
2016

2011
2012
2013
2014
2015
2016

2011
2012
2013
2014
2015
2016

2011
2012
2013
2014
2015
2016

2011
2012
2013
2014
2015
2016
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano 10º ano

Taxa de Desistência Acumulada Taxa de Conclusão Acumulada Taxa de Permanência

GRÁFICO 14
EVOLUÇÃO MÉDIA DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA DOS INGRESSANTES
1

DE 2011 A 2016 EM CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR ANO DE ACOMPANHAMENTO


DAS RESPECTIVAS COORTES – BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: 1 Ponderada pelo número de ingressantes dos cursos.

Pode-se observar que, no quinto ano de acompanhamento das coortes, de 50 a 57%


dos ingressantes desistem, 26 a 30% concluem seus cursos e 17 a 20% neles permanecem
(taxa de permanência7 – TAP). No terceiro ano de acompanhamento, de 48 a 54% dos
ingressantes permanecem em seus cursos (Gráfico 14).

DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

Taxa de Permanência Acumulada (TPA) - percentual do número de estudantes com vínculos ativos (cursando ou
7

trancado) ao curso j no ano t em relação ao número de estudantes ingressantes do curso j no ano T, subtraindo-se
o número de estudantes falecidos do curso j do ano T até o ano t (Brasil. Inep, 2017).

47
(%)
4 2 3 3 1 2 2 1
7 9 5 6
11
17 16
21
33 31
36
38 39 39
38 43 43
51 50 53 36 41 49
48 49
31 46 38
68 69 67
41 31
82 78 20
86
94 92 30 20

10 7
16

4 2 60 60
4 57 58 59
53 51 53 54 54
47 48 46 47 48 49
1 44 43
39 40 39
1 34
1 28 27 31
21
0 17
0 13
6 8
Federal

Federal

Federal

Federal

Federal

Federal

Federal

Federal

Federal

Federal
Privada

Privada

Privada

Privada

Privada

Privada

Privada

Privada

Privada

Privada
Estadual

Estadual

Estadual

Estadual

Estadual

Estadual

Estadual

Estadual

Estadual

Estadual
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Taxa de Desistência Acumulada Taxa de Conclusão Acumulada Taxa de Permanência

GRÁFICO 15
EVOLUÇÃO MÉDIA DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA DOS INGRESSANTES DE 2011
1

EM CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: 1 Ponderada pelo número de ingressantes dos cursos.

De acordo com o Gráfico 15, considerando a coorte de ingressantes de 2011, pode-se


verificar que, nas IES privadas, a desistência abarca mais da metade dos ingressantes (53%)
no quinto ano de acompanhamento; nas IES federais alcança 51%, no sétimo ano; e nas IES
estaduais, atinge 49%, no décimo ano.
A partir do sétimo ano, observa-se diminuição da conclusão a partir do sétimo ano
de observação, independentemente da categoria administrativa. Em 2017, verificam-se os
seguintes percentuais para as TCA: 46% para as IES estaduais; 38% para as IES federais; e 38%
para as IES privadas. Finalmente, no décimo ano, observa-se 1% de permanência nas
instituições privadas e 2% nas federais e estaduais.
De maneira geral, vale observar que a TDA aumenta de maneira mais expressiva para
as três categorias administrativas até o quinto ano de acompanhamento. A TCA, por sua vez,
aumenta desde o segundo ano de acompanhamento até o final.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

48
5 6 3 3 2 2 1 1 1
(%) 11 11
22
26
39 36 36 37
43 35 36 41 41
40
39
57 33 36
63
71 28
23
83
88
17
13

8
4
60 61 62 62 63
56 55 57 58 58
4 51 54
49
44 44
2 33 35
1 25
15
11
Presencial

Presencial

Presencial

Presencial

Presencial

Presencial

Presencial

Presencial

Presencial

Presencial
a Distância

a Distância

a Distância

a Distância

a Distância

a Distância

a Distância

a Distância

a Distância

a Distância
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Taxa de Desistência Acumulada Taxa de Conclusão Acumulada Taxa de Permanência

GRÁFICO 16
EVOLUÇÃO MÉDIA DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA DOS INGRESSANTES DE 2011
1

EM CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR MODALIDADE DE ENSINO – BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: 1 Ponderada pelo número de ingressantes dos cursos.

O Gráfico 16 ilustra que, para a TDA, o desempenho da modalidade


presencial é mais favorável. Já para a TCA, até 2015, a modalidade a distância apresenta
percentuais mais elevados, o que se altera em 2016, quando a modalidade presencial
passa a apresentar percentuais mais favoráveis. Complementarmente, a TAP na modalidade
presencial também apresenta percentuais mais elevados ao longo dos anos.
Ao final de dez anos de acompanhamento, os cursos presenciais alcançam TCA
de 41%, e os cursos a distância, 37%. Quanto à desistência, os ingressantes presenciais
correspondem a 58%, enquanto os ingressantes a distância representam 62%. Em ambas as
modalidades de ensino, permanece no curso 1% dos ingressantes.
Até o 3º ano de acompanhamento, desistem do curso presencial 35% de ingressantes
e, do curso a distância, 44% dos estudantes; no 4º e 5º anos, observa-se um incremento do
valor da TCA.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

49
(%)
20,0
18,0
16,0
14,0
12,0
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Bacharelado Licenciatura Tecnológico

GRÁFICO 17
EVOLUÇÃO MÉDIA1 DO INDICADOR DE CONCLUSÃO ANUAL (TCAN) DOS INGRESSANTES
DE 2011 EM CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR GRAU ACADÊMICO – BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: 1 Ponderada pelo número de ingressantes dos cursos.

O Gráfico 17 apresenta o comportamento do indicador de conclusão anual8 (TCAN)


dos ingressantes de 2011. Esse indicador traduz a razão do número de estudantes que
concluíram determinado curso no ano analisado em relação ao número de ingressantes do
curso no ano de 2011.
Pode-se observar que os ápices das curvas de conclusão são: terceiro ano de
acompanhamento para o tecnológico; quarto ano de acompanhamento para a licenciatura;
e quinto ano de acompanhamento para o bacharelado. Esses valores tendem a coincidir
com os respectivos períodos mínimos de integralização médios dos cursos, conforme o grau
acadêmico, a saber: 2,4 anos para o tecnológico; 4,0 anos para a licenciatura; e 4,6 anos
para o bacharelado.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

8
Taxa de Conclusão Anual (TCAN) - percentual do número de estudantes que se formaram no curso j no ano t em
relação ao número de ingressantes do curso j no ano T, subtraindo-se o número de estudantes falecidos do curso
j até o ano t (Brasil. Inep, 2017).

50
(%)
20,0
18,0
16,0
14,0
12,0
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Bacharelado Licenciatura Tecnológico

GRÁFICO 18
EVOLUÇÃO MÉDIA1 DO INDICADOR DE DESISTÊNCIA ANUAL (TADA) DOS INGRESSANTES
DE 2011 A 2016 EM CURSOS DE GRADUAÇÃO, POR ANOS DE ACOMPANHAMENTO DAS
RESPECTIVAS COORTES – BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: 1 Ponderada pelo número de ingressantes dos cursos.

Observa-se uma tendência de crescimento da taxa de desistência anual9 (Tada) nos dois
primeiros anos de acompanhamento para as seis coortes de acompanhamento, sendo que, no
segundo ano, aparecem os valores mais altos. Para os ingressantes de 2016, a Tada é igual nos
dois primeiros anos de acompanhamento. Pode-se verificar, ainda, os seguintes percentuais
de desistência no 2º ano de acompanhamento, conforme a coorte de ingressantes: 15,0%
(2011), 15,4% (2012), 15,1% (2013), 15,8% (2014), 16,0% (2015) e 16,2% (2016).
Na sequência das observações, para todas as coortes, verifica-se uma tendência de diminuição
da Tada ao longo dos anos.

DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

Taxa de desistência anual (Tada) - percentual do número de estudantes que saíram (desvinculado ou transferido)
9

do curso j no ano t em relação ao número de estudantes ingressantes no curso j do ano T, subtraindo-se o número
de estudantes falecidos do curso j até o ano t. (Brasil. Inep, 2017).

51
(%)
1 1 1 2 1 1 1 1 2 1 3 3 2 3

30 28 25
40 38 35 35 31
42 41 39 40 39
48

67 70 72
63 64 66
56 57 58 59 59 59 61
52

Pedagogia Geografia Artes Biologia BRASIL História Educação Língua Sociologia Língua Química Filosofia Matemática Física
(Todos os Física Portuguesa Estrangeira
cursos)

Taxa de Desistência Acumulada Taxa de Conclusão Acumulada Taxa de Permanência

GRÁFICO 19
MÉDIA DOS INDICADORES DE TRAJETÓRIA EM 2020 DOS INGRESSANTES DE 2011 EM
1

CURSOS DE GRADUAÇÃO PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSOR DA EDUCAÇÃO BÁSICA


– BRASIL – 2011-2020
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Notas: Ver Quadro A (Apêndice) para detalhamento dos rótulos (cursos) que compõem as categorias de curso.
1
Ponderada pelo número de ingressantes dos cursos.

O Gráfico 19 apresenta, de maneira crescente, os resultados da TDA, em 2020, dos


ingressantes em 2011, dos cursos de graduação para a formação de professor da educação
básica. Ilustra ainda os resultados da TCA dessa mesma coorte, de maneira decrescente.
Considerando a média geral de todos os cursos de graduação, independente do grau
acadêmico, observa-se que o Brasil possui TDA igual a 59% e TCA de 40%.
Pode-se observar que as formações que, complementarmente, mais concluem e menos
desistem de seus cursos são Pedagogia, Geografia e Artes. Em contrapartida, as formações
que apresentam as TDA mais elevadas e TCA mais reduzidas são Física, Matemática
e Filosofia.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

52
1.5 FUNÇÕES DOCENTES

TABELA 21
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO, POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA (PÚBLICA E PRIVADA)
– BRASIL – 2011-2020

CATEGORIA ADMINISTRATIVA

TOTAL PÚBLICA PRIVADA


ANO
GERAL
CENTRO IF E CENTRO
TOTAL UNIVERSIDADE FACULDADE TOTAL UNIVERSIDADE FACULDADE
UNIVERSITÁRIO CEFET UNIVERSITÁRIO

2011 357.418 139.584 119.655 1.154 8.166 10.609 217.834 71.224 34.437 112.173

2012 362.732 150.338 126.820 1.783 8.852 12.883 212.394 66.097 35.607 110.690

2013 367.282 155.219 129.854 1.800 8.936 14.629 212.063 64.940 36.095 111.028

2014 383.386 163.113 136.552 1.773 8.195 16.593 220.273 67.767 39.258 113.248

2015 388.004 165.722 137.452 1.249 9.207 17.814 222.282 71.512 40.463 110.307

2016 384.094 169.544 138.831 1.536 9.258 19.919 214.550 68.708 41.616 104.226

2017 380.673 171.231 138.270 1.344 9.422 22.195 209.442 68.194 44.116 97.132

2018 384.474 173.868 139.713 1.948 8.185 24.022 210.606 66.723 49.375 94.508

2019 386.073 176.403 140.156 1.573 8.602 26.072 209.670 63.675 56.834 89.161

2020 366.289 171.330 136.086 1.536 8.507 25.201 194.959 60.928 57.409 76.622

Fonte: Elaborada pela Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

RESUMO TÉCNICO DO CENSO

53
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
As funções docentes em exercício partem do número de 357.418, em
2011, e atingem o total de 366.289, em 2020, o que representa crescimento de 2,5% no
período. Observa-se evolução ascendente, com queda em 2016, 2017 e 2020 (nesse último
ano, com decréscimo de 5,1%).
Para as IES públicas, observam-se percentuais de crescimento positivos de 2011 a 2020,
para todas as categorias administrativas: em números totais, 22,7%; nas universidades,
13,7%; nos centros universitários, 33,1%; nas faculdades, 4,2%; e nos IFs e Cefets, 137,5%.
As evoluções dessas categorias ao longo do período têm, em comum, discreta queda em
2020.
Para as IES privadas, diferentemente, e à exceção dos centros universitários,
verificam-se percentuais de decréscimo no período, a saber: em números totais, -10,5%; nas
universidades, -14,5%; e nas faculdades, -31,7%. Nos centros universitários, o percentual
de crescimento das funções docentes em exercício é de 66,7%. Também no caso das IES
privadas, com exceção dos centros universitários, observa-se queda nos números de 2020.

160.000
147.771

140.000

113.225
120.000

100.000

80.000

60.000

40.000
17.418 17.819
20.000
8.941 5.740
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Horista Tempo Parcial Tempo Integral

GRÁFICO 20
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO NA CATEGORIA PÚBLICA,
SEGUNDO O REGIME DE TRABALHO – BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborado pela Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

De acordo com o Gráfico 20, o número de funções docentes em exercício na categoria


DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

pública, com tempo integral, parte de 113.225, em 2011, e atinge o total de 147.771, em
2020, mantendo tendência de crescimento no período (30,5%), com queda em 2019 (-2,8%).
As funções docentes em tempo parcial, por sua vez, revelam tendência de queda desde
2017, com discreta recuperação em 2019. De 2011 a 2020, o crescimento é de 2,3% de 2020
em relação a 2019.

54
Quanto às funções docentes horistas, que partem de 8.941 funções docentes em
exercício e atingem o total de 5.740, verifica-se queda de 2014 a 2018. Em 2019, aparece
pequena recuperação, que se mantém em 2020 (crescimento de 5,0% em relação ao ano
anterior); em todo o período, a queda é de 35,8%.
Em termos de participação percentual, nas IES públicas há aumento em relação às
funções docentes em tempo integral (de 81,1%, em 2011, para 86,2%, em 2020), e diminuição
em relação às funções docentes de período parcial (de 12,5% para 10,4%) e às horistas (de
6,4% para 3,4%).

120.000

100.000 95.468

80.744
80.000
67.877
63.627
60.000

54.489 50.588
40.000

20.000

0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Horista Tempo Parcial Tempo Integral

GRÁFICO 21
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO NA CATEGORIA PRIVADA,
SEGUNDO O REGIME DE TRABALHO – BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborado pela Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior

Conforme ilustra o Gráfico 21, nas IES privadas predominam, em 2020, funções
docentes de exercício em regime parcial (80.744), seguidas de horistas (63.627) e de tempo
integral (50.588).
O regime parcial segue uma tendência ascendente ao longo do período, alcançando
o maior percentual de crescimento (19,0%) em relação aos três regimes de trabalho.
Também no regime parcial, observa-se queda nos últimos dois anos e, em 2020, o
decréscimo é de 5,9% em relação a 2019.
As horistas finalizam o período com uma redução de 33,4% de funções docentes, com
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

discreta recuperação, em 2020, de 1,4%, em relação a 2019. No que se refere ao tempo


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

integral, tem-se a diminuição de 7,2% de funções docentes no período, sendo -17,3%


de 2020 em relação a 2019.
Quanto à participação percentual, verifica-se, de 2011 a 2020, ganho da
participação do período parcial (de 31,2% para 41,4%), queda das horistas (de 43,8%
para 32,6%) e estabilidade do período integral (de 25,0% para 25,9%).

55
140.000

118.353
120.000

100.000

80.000 70.990

60.000
41.136 38.545
40.000

20.000 27.458 14.432

0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Até Especialização Mestrado Doutorado

GRÁFICO 22
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO NA CATEGORIA PÚBLICA,
SEGUNDO O GRAU DE FORMAÇÃO – BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

No que se refere à escolaridade das funções docentes em exercício nas IES


públicas, e assim como já demonstrado (Brasil. Inep, 2013, 2014, 2015, 2016, 2018a, 2018b,
2019b, 2020, 2021g), o Gráfico 22 ilustra uma tendência crescente e contínua de maior
qualificação ao longo do período, em face do aumento do número de funções docentes com
doutorado.
O doutorado apresenta um crescimento de 66,7%, partindo de 70.990, o que
corresponde a 50,8% das funções docentes em exercício, em 2011, e alcançando 69,1%,
ou 118.353, em 2020. O mestrado observa decréscimo de 6,3%, e apresenta perda de 7
pontos percentuais em termos de participação, terminando a série com 38.545, ou 22,5% das
funções docentes em exercício. As funções docentes com até especialização10, por sua vez,
sofrem a maior perda, caindo 47,4%, e enxugando sua participação de 19,7% para 8,4%, em
2020, o que corresponde a 14.432 funções docentes em exercício.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

A categoria “até especialização” corresponde ao somatório de funções docentes cuja escolaridade foi declarada
10

como “sem formação de nível superior”, “com formação de nível superior”, sendo a pós-graduação correspondente
a “não possui” ou “especialização” (Brasil. Inep, 2018a).

56
120.000

100.000 95.954 93.000

80.000
85.857
59.576
60.000

36.023
40.000
42.383

20.000

0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Até Especialização Mestrado Doutorado

GRÁFICO 23
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO NA CATEGORIA PRIVADA,
SEGUNDO O GRAU DE FORMAÇÃO – BRASIL – 2011-2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

Em relação à escolaridade das funções docentes em exercício nas IES privadas, de


acordo com o Gráfico 23 e, assim como ilustrado por outras edições deste Resumo (Brasil.
Inep, 2013, 2014, 2015, 2016, 2018a, 2018b, 2019b, 2020, 2021g), predomina o mestrado,
em 2020, seguido do doutorado e da categoria até especialização.
No período de 2011 a 2020, o mestrado passa de uma participação de 44,1% para
47,7%, apresentando evolução de 3,1 pontos percentuais. Em 2020, totaliza 93.000 funções
docentes em exercício com mestrado. O doutorado assume tendência de evolução crescente,
exceto em 2020, quando apresenta discreta queda de 1,8%. No caso das funções docentes
com até especialização, o decréscimo é de 50,6% no período, com participação percentual
reduzida de 39,4% para 21,7%, ou seja, chega a 2020 com 42.383 funções docentes em
exercício, em um movimento descendente, considerado todo o período.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

57
64%

52%
46% 45%
43%

26% 28% 27% 28%

21%

12%
10%

Universidade Centro Universitário Faculdade IF e Cefet

Até Especialização Mestrado Doutorado

GRÁFICO 24
PERCENTUAL DO NÚMERO DE FUNÇÕES DOCENTES EM EXERCÍCIO, POR ORGANIZAÇÃO
ACADÊMICA, SEGUNDO O GRAU DE FORMAÇÃO – BRASIL – 2020

Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.

Assinala-se que questões de qualificação do corpo docente, como se depreende do


Gráfico 24, com base na organização acadêmica das instituições, devem ser reportadas às
respectivas exigências legais. O Glossário descreve essas qualificações do corpo docente por
organização acadêmica.
Pode-se observar que as universidades apresentam o perfil com maior qualificação,
com 64,3% de funções docentes em exercício com doutorado, em 2020. Os IFs e Cefets
apresentam 44,7% de doutores e 43,0% de mestres. Seguem-se os centros universitários,
com uma participação de 27,8% de doutores e 51,7% de mestres. Finalmente, nas faculdades,
são totalizados 27,8% de doutores e 45,5% de mestres.

TABELA 22
MEDIDAS ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS PARA AS IDADES REFERENTES ÀS FUNÇÕES
DOCENTES EM EXERCÍCIO, SEGUNDO A CATEGORIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2020

IDADE1
CATEGORIA FREQUÊNCIA
1º 3º DESVIO- TOTAL
ADMINISTRATIVA MEDIANA MÉDIA MODA MODAL2
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

QUARTIL QUARTIL PADRÃO


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

Pública 37 44 54 45,6 10,9 38 6.739 176.403


Privada 36 42 52 44,1 10,9 39 8.173 209.670
Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Notas: 1 “Idade” consiste no cálculo produzido com base nos dados cadastrais de alunos e docentes relativos a dia, mês e ano de
nascimento, na data de referência do Censo Superior (Brasil. Inep, 2012).
2
“Frequência modal” corresponde ao número de observações dessa medida estatística descritiva, a qual identifica o atributo
com maior frequência na distribuição do aspecto selecionado.

58
A Tabela 22 informa que as medidas estatísticas relativas às idades das funções
docentes em exercício são, nas IES públicas, correspondentes a: mediana, 44 anos;
3º quartil, 54 anos; média de 45,6 anos; e moda igual a 38 anos. Nas IES privadas, a mediana
corresponde a 42 anos; o 3º quartil, a 52 anos; a média, a 44,1 anos; e a moda, a 39 anos. Para
ambas as categorias administrativas, o desvio-padrão equivale a 10,9 anos.

TABELA 23
PERFIL DO VÍNCULO DOCENTE EM EXERCÍCIO – BRASIL – 2020

VÍNCULO FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA


ATRIBUTOS MODA
DOCENTE MODAL1 TOTAL

Sexo Masculino 205.784

IES Escolaridade Doutorado 177.017 386.073

Regime de trabalho Tempo integral com DE 125.368

Turno Noturno 585.421

Grau acadêmico Bacharelado 666.789


CURSO Negócios, 948.851
Área geral 183.961
Administração e Direito

Atuação docente Graduação presencial 932.781


Fonte: Elaborada por Deed/Inep com base nos dados do Censo da Educação Superior.
Nota: 1 “Frequência modal” corresponde ao número de observações dessa medida estatística descritiva, a qual identifica o atributo
com maior frequência na distribuição do aspecto selecionado.

Compondo um perfil do vínculo docente em exercício na IES (Tabela 23), a partir de


atributos independentes, tem-se: sexo masculino, escolaridade equivalente a doutorado e
regime de trabalho de tempo integral com dedicação exclusiva.
Para o perfil do vínculo docente em exercício no curso, destacam-se: turno noturno,
grau acadêmico de bacharelado, área geral de Negócios, administração e direito e atuação
docente na graduação presencial.

DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Decreto nº 6.425, de 4 de abril de 2008. Dispõe sobre o censo anual da educação.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 abr. 2008. Seção 1, p. 3.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Censo da Educação Superior 2010: resumo técnico. Brasília, DF: Inep, 2012.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Censo da Educação Superior 2011: resumo técnico. Brasília, DF: Inep, 2013.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Censo da Educação Superior 2012: resumo técnico. Brasília, DF: Inep, 2014.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Resumo técnico: Censo da Educação Superior 2013. Brasília, DF: Inep, 2015.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

Resumo técnico: Censo da Educação Superior 2014. Brasília, DF: Inep, 2016.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Metodologia de cálculo dos indicadores de fluxo da educação superior. Brasília, DF: Inep,
2017.

60
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Resumo técnico: Censo da Educação Superior 2015. 2. ed. Brasília, DF: Inep, 2018a.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Resumo técnico: Censo da Educação Superior 2016. Brasília, DF: Inep, 2018b.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Manual para classificação dos cursos de graduação e sequenciais: Cine Brasil. Brasília, DF:
Inep, 2019a.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Resumo técnico do Censo da Educação Superior 2017. Brasília, DF: Inep, 2019b.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Resumo técnico do Censo da Educação Superior 2018. Brasília, DF: Inep, 2020.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Manual de preenchimento do Censo da Educação Superior 2020: módulo Aluno. Brasília, DF:
Inep, 2021a.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Manual de preenchimento do Censo da Educação Superior 2020: módulo Curso. Brasília, DF:
Inep, 2021b.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Manual de preenchimento do Censo da Educação Superior 2020: módulo Docente. Brasília,
DF: Inep, 2021c.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Manual de preenchimento do Censo da Educação Superior 2020: módulo Instituição de
Educação Superior (IES). Brasília, DF: Inep, 2021d.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Manual de preenchimento do Censo da Educação Superior 2020: orientações para
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

instituições de educação superior que tiveram atraso no calendário acadêmico. Brasília, DF:
Inep, 2021e.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Nota Técnica nº 1/2021/CGCQTI/Deed. Atualização da metodologia de cálculo do Indicador

61
de Adequação da Formação do Docente considerando a nova classificação de cursos
superiores (Cine Brasil). Brasília, DF, 2021f. Disponível em: <https://download.inep.gov.br/
informacoes_estatisticas/indicadores_educacionais/2021/SEI_INEP_0644683_Nota_Tecnica.
pdf>. Acesso em: 28 abr. 2022.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).


Resumo técnico do Censo da Educação Superior 2019. Brasília, DF: Inep, 2021g.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Portaria nº 794, de 23 de agosto de 2013. Dispõe


sobre o Censo da Educação Superior. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 ago. 2013.
Seção 1, p. 11.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Downloads: Pesquisa


Nacional por Amostra de Domicílio Contínua 2020: microdados do 4º trimestre. [Rio de
Janeiro, s. d.]. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/downloads-estatisticas.
html?caminho=Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Nacional_por_Amostra_de_Domicilios_
continua/Trimestral/Microdados/2020>. Acesso em: 11 jan. 2022.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

62
GLOSSÁRIO

As definições apresentadas nesta seção anexa constam nos Manuais do Usuário


do Censo da Educação Superior 2020: Módulo Aluno (Brasil. Inep, 2021a); Módulo
Curso (Brasil. Inep, 2021b); Módulo Docente (Brasil. Inep, 2021c); e Módulo IES (Brasil. Inep,
2021d).

Altas habilidades/superdotação – pessoas com altas habilidades/superdotação demonstram


elevado potencial intelectual, acadêmico, de liderança, psicomotor e artístico, de forma
isolada ou combinada, além de apresentarem grande criatividade e envolvimento na
aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse.

Aluno Parfor (Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica) – aluno


que faz parte do programa nacional implantado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes), em regime de colaboração com as secretarias de educação
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios e com as instituições de ensino superior
(IES). O objetivo principal do programa é garantir que os professores em exercício na rede
pública de educação básica obtenham a formação exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

Educação Nacional (LDB), por meio da implantação de turmas especiais, exclusivas para os
professores em exercício.

Aluno vinculado – refere-se ao vínculo do aluno a algum curso ofertado pela IES, tendo
por base os períodos de referência do Censo, podendo ser: cursando, matrícula trancada,
desvinculado do curso, formado, falecido ou transferência interna.

63
Atributo de ingresso – tipo de ingresso possibilitado pelo processo seletivo do curso, seja por
área básica de ingresso (ABI), bacharelado interdisciplinar (BI), licenciatura interdisciplinar (LI)
ou normal (entradas independentes para cada curso).

Área Básica de Ingresso (ABI) – refere-se à situação em que uma única “entrada” no curso
possibilitará ao estudante, após a conclusão de um conjunto básico de disciplinas (denominado
de “ciclo básico” por algumas instituições de educação superior), a escolha de uma entre
duas ou mais formações acadêmicas. ABI é comum em cursos de licenciatura ou bacharelado
(História, Letras, Física, Geografia, Filosofia etc.) ou em cursos apenas de bacharelado, como
os de Comunicação Social e de Engenharia, que dispõem de várias formações acadêmicas
vinculadas.

Bacharelado Interdisciplinar (BI) – conforme os Referenciais Orientadores para os


Bacharelados Interdisciplinares e Similares (CNE, 2010), os bacharelados interdisciplinares são
programas de formação em nível de graduação de natureza geral, que conduzem a diploma,
organizados por grandes áreas do conhecimento. Os bacharelados interdisciplinares
proporcionam uma formação com foco na interdisciplinaridade e no diálogo entre áreas
de conhecimento e entre componentes curriculares, estruturando as trajetórias formativas
na perspectiva de uma alta flexibilização curricular. No Censo, o BI faz parte do regime de
formação em dois ciclos, no qual o BI corresponde ao primeiro ciclo em que são desenvolvidas
competências, habilidades e conhecimentos gerais; e o segundo ciclo, de caráter
opcional, é dedicado à formação profissional em áreas específicas do conhecimento

Licenciatura Interdisciplinar (LI) – são programas de formação em nível de graduação


de natureza geral, que conduzem a diploma, organizados por grandes áreas do
conhecimento. A licenciatura interdisciplinar é uma proposta de formação interdisciplinar
de professores para atuarem nos anos finais do ensino fundamental ou no ensino médio.
No Censo, a LI faz parte do regime de formação em dois ciclos, no qual a LI corresponde
ao primeiro ciclo em que são desenvolvidas competências, habilidades e conhecimentos
gerais; e o segundo ciclo, de caráter opcional, é dedicado à formação profissional em áreas
específicas do conhecimento.

Normal – todo tipo de ingresso que seja diferente daquele para cursos com ABI.

Atuação do docente – tipos de trabalho ou atividades realizadas pelo docente na IES.


Exemplos: pesquisa; extensão; gestão, planejamento e avaliação; ensino de pós-graduação
stricto sensu; ensino em curso de graduação presencial etc.
a) Ensino de pós-graduação stricto sensu a distância – refere-se ao docente que
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

atua no ensino de pós-graduação stricto sensu a distância. Esses cursos são de


competência normativa da Capes.
b) Ensino de pós-graduação stricto sensu presencial – refere-se ao docente que
atua no ensino de pós-graduação stricto sensu presencial. Esses cursos são de
competência normativa da Capes.

64
c) Ensino em curso de graduação a distância – refere-se ao docente que atua no
ensino em cursos de graduação a distância, que conferem diplomas de bacharelado,
licenciatura ou tecnológico.
d) Ensino em curso de graduação presencial – refere-se ao docente que atua no
ensino em cursos de graduação presencial, que conferem diplomas de bacharelado,
licenciatura ou tecnológico.
e) Ensino em curso sequencial de formação específica – refere-se ao docente que
atua no ensino em curso sequencial de formação específica, destinado à obtenção
ou à atualização de qualificações técnicas, profissionais, acadêmicas ou de
desenvolvimento intelectual. É organizado por campo de saber, com diferentes
níveis de abrangência, e aberto a candidatos portadores de diplomas de conclusão
do nível médio que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de
ensino.
f) Extensão – refere-se ao docente que atua em atividades de extensão, que são
programas voltados para estreitar a relação entre universidade e sociedade.
Compreendem programas, projetos e cursos voltados para disseminar ao público
externo o conhecimento desenvolvido e sistematizado nos âmbitos do ensino e da
pesquisa e, reciprocamente, compreender as demandas da comunidade relacionadas
às competências acadêmicas da instituição de educação superior.
g) Gestão, planejamento e avaliação – refere-se ao docente que atua na gestão,
planejamento e avaliação no âmbito da IES. Exemplo: diretores, coordenadores,
membros da Comissão Própria de Avaliação (CPA), entre outros.
h) Pesquisa – refere-se ao docente que atua em pesquisa no âmbito de
projetos e programas da IES.

Categoria administrativa – refere-se à gestão administrativa da instituição, podendo ser


pública, quando gerida por ente público, e privada, quando gerida por ente privado.
a) Especial – enquadra-se nesta categoria a instituição de educação superior criada
por lei, estadual ou municipal, e existente na data da promulgação da Constituição
Federal de 1988, que não seja total ou preponderantemente mantida com recursos
públicos, portanto, não gratuita.
b) Privada com fins lucrativos – enquadra-se nessa categoria a instituição de educação
superior mantida por ente privado, com fins lucrativos.
c) Privada sem fins lucrativos – enquadra-se nessa categoria administrativa a instituição
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

de educação superior mantida por ente privado, sem fins lucrativos, podendo ser
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

beneficente ou não beneficente.


d) Pública estadual – enquadra-se nessa categoria administrativa a instituição
de educação superior mantida pelo Poder Público Estadual, com gratuidade de
matrículas e mensalidades.

65
e) Pública federal – enquadra-se nessa categoria a instituição de educação superior
mantida pelo Poder Público Federal, com gratuidade de matrículas e mensalidades.
f) Pública municipal – enquadra-se nessa categoria a instituição de educação superior
mantida pelo Poder Público Municipal, com gratuidade de matrículas e mensalidades.

Cine Brasil – Classificação Internacional Normalizada da Educação (Cine) adaptada para os


cursos de graduação e sequenciais de formação específica do país a partir da International
Standard Classification of Education – Fields of Education and Training (Isced-F 2013),
desenvolvida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco). O código definido por meio desse recurso metodológico, que categoriza os
diferentes níveis de classificação de cursos, é usado para a produção das estatísticas com
base nas informações coletadas no Censo da Educação Superior. Permite a parametrização
dos códigos dos níveis de classificação, de modo que os dois primeiros dígitos
correspondam à área geral e os três primeiros dígitos à área específica de formação,
possibilitando a comunicação entre diversos organismos internacionais, tais como a Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Escritório Estatístico da
Comunidade Europeia (Eurostat), para fins de produção de estatísticas. Para mais informações,
consultar o Manual para Classificação dos Cursos – Cine Brasil, disponível no Portal do Inep.

Cor/raça – característica declarada pelo aluno, de acordo com as seguintes opções: branca,
preta, amarela, parda, indígena, aluno não quis declarar cor/raça.

Deficiência – pessoas que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, que, em interação com diversas barreiras, podem ter restringida sua
participação plena e efetiva na escola e na sociedade.
a) Baixa visão – perda parcial da função visual. Nesse caso, a pessoa possui resíduo
visual e seu potencial de utilização da visão para atividades escolares e de
locomoção é prejudicado, mesmo após o melhor tratamento ou a máxima correção
óptica específica. Para o Censo 2020, as pessoas com visão monocular devem ser
informadas na opção baixa visão.
b) Cegueira – perda total da função visual ou pouquíssima capacidade de enxergar.
c) Deficiência auditiva e surdez – consiste em impedimentos permanentes de
natureza auditiva, ou seja, na perda parcial (deficiência auditiva) ou total (surdez)
da audição que, em interação com barreiras comunicacionais e atitudinais, podem
impedir a plena participação e aprendizagem da pessoa.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

d) Deficiência física – consiste em impedimentos físicos e/ou motores que


demandam o uso de recursos, meios e sistemas que garantam acessibilidade ao
currículo e aos espaços escolares. São exemplos de deficiência física: paraplegia,
paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia,
hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia
cerebral, nanismo, entre outros.

66
e) Deficiência intelectual – definida por alterações significativas tanto no
desenvolvimento intelectual como na conduta adaptativa, na forma expressa em
habilidades práticas, sociais e conceituais.
f) Deficiência visual – consiste na perda total ou parcial da visão, congênita ou
adquirida, em nível variável. Pode ser classificada como cegueira ou baixa visão. A Lei
nº 14.126, de 22 de março de 2021, classificou a visão monocular como deficiência
sensorial, do tipo visual. Como o Censo 2020 não dispõe dessa opção específica, os
alunos com visão monocular devem ser informados na opção baixa visão.
g) Surdocegueira – trata-se de deficiência única, caracterizada pela associação da
deficiência auditiva (com ou sem resíduo auditivo) e visual (com ou sem resíduo
visual) concomitante. A surdocegueira pode ser classificada de duas formas:
pré-linguística e pós-linguística. Na pré-linguística, a pessoa nasce surdocega ou
adquire a surdocegueira muito precocemente, antes da aquisição de uma língua.
Na forma pós-linguística, uma das deficiências (auditiva ou visual) ou ambas são
adquiridas após a aquisição de uma língua (a Língua Portuguesa ou a Língua Brasileira
de Sinais). Cabe destacar que essa condição apresenta outras particularidades, além
daquelas causadas pela deficiência auditiva, surdez, baixa visão e cegueira.

Docente em exercício em 31/12 – docentes que exerceram atividades de magistério (ensino,


extensão, pesquisa) e atividades inerentes ao exercício de direção, assessoramento, chefia,
coordenação e assistência na própria instituição de educação superior por, no mínimo, 60
dias, e que estavam em efetivo exercício na IES no dia 31/12/2020.

Escola em que concluiu o ensino médio – tipo de escola ou secretaria de estado de educação
que emitiu o certificado de conclusão do ensino médio do aluno. Assim, pode ser pública,
privada ou não dispor da informação.

Escolaridade – grau de escolaridade do docente, que pode ser:


a) Sem formação de nível superior – docente que não concluiu a graduação;
b) Nível superior sem pós-graduação – docente que só concluiu a graduação;
c) Especialização – docente que tenha concluído um curso de pós-graduação
lato sensu;
d) Mestrado – docente cuja maior titulação seja o grau de mestre;
e) Doutorado – docente que detém o título de doutor.

Financiamento estudantil – financiamento que o governo (federal, estadual, municipal) ou


DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

alguma outra empresa (pública ou privada) oferece a estudantes de graduação para arcarem
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

com os custos de sua formação que estejam regularmente matriculados em cursos não
gratuitos.

a) Não reembolsável – modalidade de financiamento estudantil na qual o aluno não


precisa pagar o valor investido.

67
Programa de financiamento da IES – programa de financiamento estudantil não
reembolsável, administrado pela IES.
Programa de financiamento de entidades externas – programa de financiamento
estudantil não reembolsável administrado por entidades externas à IES, como empresas,
organizações etc.
Programa de financiamento do governo estadual – programa de financiamento
estudantil não reembolsável administrado pelo governo estadual.
Programa de financiamento do governo municipal – programa de financiamento
estudantil não reembolsável administrado pelo governo municipal.
Prouni integral (Programa Universidade para Todos) – programa do Ministério da
Educação que concede bolsas de estudo integrais em instituições privadas de educação
superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes
brasileiros sem diploma de nível superior, não reembolsável.
Prouni parcial (Programa Universidade para Todos) – programa do Ministério da
Educação que concede bolsas de estudo parciais de 50% em instituições privadas
de educação superior, em cursos de graduação ou sequenciais de formação
específica, a estudantes brasileiros sem diploma de nível superior, não reembolsável.
b) Reembolsável – modalidade de financiamento estudantil na qual o aluno paga o valor
investido.
Fies (Programa de Financiamento Estudantil) – programa de financiamento federal
destinado a estudantes brasileiros da educação superior que necessitam de apoio para
arcar com os custos de sua formação.
Programa de financiamento do governo estadual – programa de financiamento
estudantil reembolsável administrado pelo governo estadual.
Programa de financiamento do governo municipal – programa de financiamento
estudantil reembolsável administrado pelo governo municipal.
Programa de financiamento da IES – programa de financiamento estudantil
reembolsável administrado pela IES.
Programa de financiamento de entidades externas – programa de financiamento
estudantil reembolsável administrado por entidades externas à IES, como empresas,
organizações etc.

Forma de ingresso/seleção – tipo de processo seletivo ao qual o aluno se submeteu para


ingressar em determinado curso.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

a) Avaliação seriada – processo seletivo em que o candidato é avaliado em diferentes


etapas, ao longo do ensino médio.
b) Convênio PEC-G (Programa de Estudantes-Convênio de Graduação) – convênio
de cooperação entre os países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém
acordo educacional/cultural, visando à formação de recursos humanos. As inscrições

68
para o programa são feitas nas representações diplomáticas brasileiras, no país de
origem do candidato.
c) Decisão judicial – forma de ingresso na qual o aluno, após decisão judicial, é aceito
como aluno vinculado à IES. Por exemplo: aluno que não havia concluído o ensino
médio até o período de efetivar a matrícula no curso; aluno cotista que tem seu
acesso à IES garantido por meio de algum tipo de decisão judicial, entre outras.
d) Egresso de BI/LI – forma de ingresso que indica que o aluno se formou em um
curso de bacharelado interdisciplinar (BI) ou licenciatura interdisciplinar (LI) e que
ingressou em um curso de terminalidade. Os cursos de terminalidade são cursos
de bacharelado ou licenciatura para os quais o bacharelado ou a licenciatura
interdisciplinar servem como forma de ingresso, respectivamente. Essa forma de
ingresso só será habilitada para as universidades federais que possuam curso BI/LI.
e) Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) – exame realizado pelo Inep, através de
provas compostas por questões objetivas e redação, abrangendo o conteúdo das
disciplinas cursadas no ensino médio.
f) Seleção para vagas de programas especiais – refere-se às formas de ingresso
para ocupar as vagas de programas especiais que fomentam a oferta de turmas
especiais para demandas específicas. Exemplos: Plano Nacional de Formação
de Professores (Parfor); Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária
(Pronera); e Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação
do Campo (Procampo). Essa opção deve ser sempre escolhida quando o aluno
ocupar uma vaga de programas especiais, independentemente do processo seletivo
realizado (vestibular, análise de currículo, entrevista etc.).
g) Seleção para vagas remanescentes – refere-se às formas de ingresso para ocupar
as vagas de anos anteriores, que foram liberadas ou nunca foram ocupadas ao
longo dos últimos anos (dentro do prazo mínimo de integralização do curso), tais
como: admissão de diplomados, reingresso, transferências etc. Essa opção deve ser
sempre escolhida quando o aluno deseja ocupar uma vaga remanescente de anos
anteriores, independentemente do processo seletivo realizado (vestibular, análise
de currículo, entrevista etc.).
h) Seleção simplificada – engloba processos seletivos que sejam distintos de vestibular,
Enem ou avaliação seriada, adotados pelas IES para o preenchimento de vagas
novas. Por exemplo: provas, análise de currículo e histórico escolar, entrevistas,
entre outros.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

i) Transferência ex officio – efetivada entre instituições de ensino público ou privado, em


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

qualquer época do ano e independentemente de vaga, quando se tratar de servidor


público federal civil ou militar, estudante ou seu dependente estudante. A aceitação da
transferência será obrigatória em razão de comprovada remoção ou transferência de
ofício que acarrete mudança de domicílio para o município onde se situe a instituição
recebedora, ou para localidade mais próxima.

69
j) Vestibular – processo seletivo utilizado para ingresso à educação superior brasileira.
Compreende provas que cobrem as disciplinas cursadas no ensino médio, aplicadas
em processo único.

Grau acadêmico – grau conferido por uma instituição de educação superior como
reconhecimento oficial pela conclusão dos requisitos exigidos pelo curso, podendo ser:
bacharelado, licenciatura ou tecnológico.
a) Bacharelado – curso superior generalista, de formação científica ou humanística,
que confere ao diplomado competências em determinado campo do saber
para o exercício de atividade profissional, acadêmica ou cultural, com o grau de
bacharel.
b) Licenciatura – curso superior que confere ao diplomado competências para atuar
como professor na educação básica, com o grau de licenciado.
c) Tecnológico – curso superior de formação especializada, caracterizado por eixos
tecnológicos. Curso de curta duração que oferece o grau de tecnólogo.

IES (Instituição de Educação Superior) – instituições de educação superior, públicas


ou privadas, que oferecem cursos de nível superior (cursos superiores de tecnologia,
bacharelados e licenciaturas), pós-graduação e extensão.

Local de oferta – localização física, isto é, endereço de funcionamento das atividades


acadêmicas dos cursos presenciais e a distância ofertados pela IES.

Modalidade – tipo de mediação entre estudantes e professores nos processos de


ensino e aprendizagem, no desenvolvimento das atividades educativas. Pode ser presencial
ou a distância.
a) A distância – modalidade educacional na qual a mediação nos processos de
ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de
informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades
educativas em lugares ou tempos diversos.
b) Presencial – modalidade de oferta que pressupõe presença física do estudante às
atividades didáticas e avaliações. Nos cursos reconhecidos pelo MEC, as atividades
presenciais devem representar no mínimo 80% da carga horária total.

Nível acadêmico – refere-se ao nível de formação superior a ser obtido pelo discente e pode
ser sequencial de formação específica ou de complementação de estudos; graduação;
pós-graduação; e extensão. Importante ressaltar que no Censo só são coletadas informações
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

sobre o nível acadêmico graduação e sequencial de formação específica.


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

a) Graduação – cursos superiores que conferem diplomas de bacharelado, licenciatura


ou tecnológico.
b) Sequencial de formação específica – curso superior destinado à obtenção
ou à atualização de qualificações técnicas, profissionais, acadêmicas ou de
desenvolvimento intelectual. É organizado por campo de saber, com diferentes níveis

70
de abrangência, e aberto a candidatos portadores de diplomas de conclusão do
nível médio que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino.

Organização acadêmica – classificação da IES segundo sua autonomia para criar cursos,
vagas e campus fora de sede, no âmbito do estado, e composição do corpo docente.
a) Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet) – são instituições de ensino
superior pluricurriculares, especializados na oferta de educação tecnológica nos
diferentes níveis e modalidades de ensino, caracterizando-se pela atuação prioritária
na área tecnológica. Gozam de autonomia para criar, ampliar e remanejar vagas,
organizar e extinguir cursos técnicos de nível médio em sua sede.
b) Centro universitário – instituição de educação superior pluricurricular, abrangendo
uma ou mais áreas do conhecimento, que se caracteriza pela excelência do ensino
oferecido, comprovada pela qualificação do seu corpo docente e pelas condições
de trabalho acadêmico oferecidas à comunidade escolar. Deve possuir corpo
docente com pelo menos um terço de professores com titulação acadêmica de
mestrado ou doutorado e pelo menos um quinto de professores em regime de
tempo integral. Gozam de autonomia para criar, organizar e extinguir, em sua sede,
cursos e programas de educação superior.
c) Faculdade – instituição de educação superior que atua em um número reduzido de
áreas do saber, em que é especializada, e oferece apenas cursos na área de saúde
ou de economia e administração, por exemplo. Não possui autonomia para criar
programas de ensino e cursos, e seu corpo docente deve ter titulação de, no mínimo,
pós-graduação lato sensu.
d) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – instituição de educação
superior, básica e profissional, pluricurricular e multicampi, especializada na oferta
de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, com
base na conjugação de conhecimentos técnicos e tecnológicos às suas práticas
pedagógicas. Os institutos federais têm autonomia, nos limites de sua área de
atuação territorial, para criar e extinguir cursos, bem como para registrar diplomas
dos cursos por eles oferecidos, mediante autorização do seu Conselho Superior.
Os institutos exercem o papel de instituições acreditadoras e certificadoras de
competências profissionais. Cada instituto federal é organizado em estrutura
com vários campi, com proposta orçamentária anual identificada para cada
campus e reitoria, equiparando-se às universidades federais.
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

e) Universidade – instituição de educação superior que deve oferecer,


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

obrigatoriamente, atividades de ensino, de pesquisa e de extensão (serviços ou


atendimentos à comunidade) em várias áreas do saber. Tem autonomia, nos limites de
sua área de atuação territorial, para criar e extinguir cursos, bem como para registrar
diplomas dos cursos por eles oferecidos, mediante autorização do seu conselho
superior. Ainda exercerão o papel de instituições acreditadoras e certificadoras de

71
competências profissionais. Um terço do corpo docente, pelo menos, deve ter título
de mestrado ou doutorado. Um terço de seu corpo docente deve ter contrato em
regime de tempo integral.
Prazo mínimo de integralização – tempo mínimo para o aluno concluir a formação pretendida
previsto no projeto pedagógico do curso. O tempo total deve ser descrito em anos ou fração.
Programa de reserva de vagas – qualquer programa ou ação que tenha por objetivo
garantir o acesso de determinados públicos à educação superior. Por exemplo: étnico, pessoa
com deficiência, estudante procedente de escola pública, social/renda familiar e outros.
a) Estudante procedente de escola pública – programa destinado a alunos
que ingressam na educação superior por meio de programa de reserva de
vagas a estudantes procedentes de escola pública.
b) Étnico – programa destinado a alunos que ingressam na educação superior por
meio de programa de reserva de vagas a estudantes pertencentes a determinadas
etnias ou por autodeclaração como pardos ou negros.
c) Outros – programa destinado a alunos que ingressam na educação superior por meio
de programa de reserva de vagas que não se enquadram nas demais categorias.
d) Pessoa com deficiência – programa destinado a alunos que ingressam na educação
superior por meio de programa de reserva de vagas a estudantes que tenham algum
tipo de deficiência.
e) Social/renda familiar – programa destinado a alunos que ingressam na educação
superior por meio de programa de reserva de vagas a estudantes que possuam
determinadas condições de renda.
Regime de trabalho – forma de contratação do docente com a IES, que pode ser:
a) Horista – regime de trabalho em que o docente é contratado pela instituição
exclusivamente para ministrar aulas, independentemente da carga horária, ou que
não se enquadra em outros regimes de trabalho.
b) Tempo integral com DE (dedicação exclusiva) – regime de trabalho em
que o docente é contratado em tempo integral, com dedicação exclusiva,
compreendendo a prestação de 40 horas semanais de trabalho na mesma instituição,
implicando a impossibilidade legal de desenvolver qualquer outro tipo de atividade
permanente, remunerada ou não, fora da IES.
c) Tempo integral sem DE (dedicação exclusiva) – regime de trabalho em
que o docente é contratado em tempo integral, sem dedicação exclusiva,
compreendendo a prestação de 40 horas semanais de trabalho na mesma
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

instituição, tendo reservado o tempo de ao menos 20 horas semanais para estudos,


pesquisa, trabalhos de extensão, gestão, planejamento, avaliação e orientação de
estudantes. No caso de a IES, por acordo coletivo de trabalho, assumir que o tempo
integral tem o total de horas semanais diferente de 40 horas, esse total deve ser
considerado, desde que pelo menos 50% dessa carga horária seja para estudos,
pesquisa, extensão, planejamento e avaliação.

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d) Tempo parcial – regime de trabalho em que o docente é contratado em tempo
parcial, atuando 12 horas semanais, ou mais, na mesma instituição, tendo reservado
pelo menos 25% do tempo para estudos, planejamento, avaliação e orientação de
alunos.

Situação do vínculo do aluno no curso – é a situação de vínculo do aluno em um determinado


curso na IES.
a) Cursando – situação de vínculo do aluno que não concluiu a totalidade da carga
horária exigida para a conclusão do curso, no ano de referência do Censo. No
caso das universidades federais, tal situação corresponde ao discente aprovado
na disciplina (APV), ou ao discente reprovado por nota ou conceito (REP), ou ao
discente reprovado por falta (REF), ou ao discente sem conceito definido (ASC).
b) Desvinculado do curso – aluno que, na data de referência do Censo, não possui
vínculo com o curso por motivos de evasão, abandono, desligamento ou transferência
para outra IES.
c) Falecido – aluno falecido durante o ano de realização do Censo, até a data de
referência.
d) Formado – aluno que concluiu a totalidade de componentes curriculares exigidos
para titulação no curso durante o ano de referência do Censo. Não é obrigatório
que o aluno tenha realizado a colação de grau e/ou participado do Exame Nacional
de Desempenho de Estudantes (Enade).
e) Matrícula trancada – aluno que, na data de referência do Censo, está com a matrícula
trancada na IES.
f) Transferência interna – aluno que foi transferido para outro curso de graduação da
mesma IES.

Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) – pessoas que apresentam alterações


qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de
interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo pessoas
com Transtorno do Espectro Autista, Síndrome de Asperger, Síndrome de Rett, Transtorno
Desintegrativo da Infância, dentre outros.
a) Síndrome de Asperger – prejuízo persistente na interação social; desenvolvimento
de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades;
tem início mais tardio do que o autismo ou é percebido mais tarde (entre 3 e 5
anos); atrasos motores ou falta de destreza motora podem ser percebidos antes
dos 6 anos; diferentemente do autismo, podem não existir atrasos clinicamente
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

significativos no desenvolvimento cognitivo, na linguagem, nas habilidades de


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

autoajuda apropriadas à idade, no comportamento adaptativo, à exceção da


interação social, e na curiosidade pelo ambiente na infância.
b) Síndrome de Rett – transtorno de ordem neurológica e de caráter progressivo, com
início nos primeiros anos de vida. Manifesta-se pela ausência de atividade funcional
nas mãos, isolamento, regressão da fala e das habilidades motoras adquiridas,

73
comprometimento das relações sociais, do desenvolvimento mental e microcefalia
progressiva.
c) Transtorno Desintegrativo de Infância – regressão pronunciada em múltiplas
áreas do funcionamento, caracteriza-se pela perda de funções e capacidades
anteriormente adquiridas pela criança. Apresenta características sociais,
comunicativas e comportamentais também observadas no autismo. Em geral, essa
regressão tem início entre 2 e 10 anos de idade e acarreta alterações qualitativas
na capacidade para relações sociais, jogos ou habilidades motoras, linguagem,
comunicação verbal e não verbal, com comportamentos estereotipados e
instabilidade emocional.
d) Transtorno do Espectro Autista (TEA) – quadro clínico caracterizado por deficiência
persistente e clinicamente significativa que causa alterações qualitativas nas
interações sociais recíprocas e na comunicação verbal e não verbal, ausência de
reciprocidade social e dificuldade em desenvolver e manter relações apropriadas ao
nível de desenvolvimento da pessoa. Além disso, a pessoa apresenta um repertório
de interesses e atividades restrito e repetitivo, manifestados por comportamentos
motores ou verbais estereotipados. Assim sendo, são comuns a excessiva adoção
de rotinas e padrões de comportamento ritualizados, bem como interesses
restritos e fixos.

Turno – período do dia em que o curso é ministrado na IES. Pode ser: matutino, vespertino,
noturno e integral.
a) Turno integral – considera‐se que um curso é integral quando suas aulas são
ofertadas inteira ou parcialmente em mais de um turno (manhã e tarde, manhã e noite
ou tarde e noite), exigindo a disponibilidade do aluno por mais de seis horas diárias
durante a maior parte da semana.
b) Turno matutino – curso em que a maior parte da carga horária é oferecida até as
12h em dias letivos.
c) Turno noturno – curso em que a maior parte da carga horária é oferecida após as
18h em dias letivos.
d) Turno vespertino – curso em que a maior parte da carga horária é oferecida entre
12h e 18h em dias letivos.

Turno (do aluno no curso) – período do dia em que o aluno cursa a maior parte das aulas,
podendo ser matutino, vespertino, noturno ou integral:
a) Integral – aluno vinculado a curso em que suas aulas são ofertadas inteira ou
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

parcialmente em mais de um turno (manhã e tarde, manhã e noite, ou tarde e noite),


exigindo a disponibilidade do aluno por mais de 6 horas diárias durante a maior
parte da semana.
b) Matutino – aluno vinculado a curso em que maior parte da carga horária é oferecida
até as 12h de todos os dias letivos.

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c) Noturno – aluno vinculado a curso em que maior parte da carga horária é oferecida
após as 18h de todos os dias letivos.
d) Vespertino – aluno vinculado a curso em que maior parte da carga horária é oferecida
entre 12h e 18h de todos os dias letivos.

Vagas autorizadas: número máximo de vagas destinadas ao ingresso de estudantes em curso


superior, expresso em ato autorizativo, correspondente ao total anual, independentemente de
turno de oferta, que a instituição pode distribuir em mais de um processo seletivo. No caso das
instituições com autonomia, consideram-se autorizadas as vagas aprovadas pelos colegiados
acadêmicos competentes e regularmente informadas ao MEC, na forma da legislação.

Vagas oferecidas de programas especiais: vagas de programas especiais que fomentam


a oferta de turmas especiais para demandas específicas. Exemplos: Plano Nacional de
Formação de Professores (Parfor), Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária
(Pronera) e Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo
(Procampo).

Vagas novas oferecidas: vagas oferecidas, durante o ano de referência do Censo, por
meio dos processos seletivos: vestibular, Enem, avaliação seriada e/ou processos seletivos
simplificados (entrevistas, redação etc.). Para o cômputo dessas vagas, deve-se considerar as
vagas autorizadas, mais as vagas do Prouni mais as vagas do Fies.

Vagas remanescentes oferecidas: vagas de anos anteriores, oferecidas durante o ano de


referência do Censo, que nunca foram ocupadas ou que foram liberadas por diversos motivos:
óbito, não cumprimento de desempenho mínimo ( jubilamento), desistência, transferência
interna (transferência entre cursos da IES) ou transferência externa (transferência de outras
IES). Essas vagas se destinam a alunos que já ingressaram na educação superior e que
no ano de referência do Censo fazem novo ingresso. O processo seletivo de oferta dessas
vagas no Censo define-se como “seleção para vagas remanescentes” (transferência externa,
transferência interna, portador de curso superior e reingresso).

DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

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RESUMO TÉCNICO DO CENSO
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

COMPLEMENTAR
APÊNDICE - QUADRO
QUADRO A
LISTA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO VOLTADOS À DOCÊNCIA NO ENSINO MÉDIO DE ACORDO
COM A DEFINIÇÃO CINE BRASIL E A NOTA TÉCNICA DO INDICADOR DE ADEQUAÇÃO DA
FORMAÇÃO DOCENTE (AFD)
(continua)

FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM ÁREAS ESPECÍFICAS (EXCETO LETRAS)

CÓDIGO_CINEBRASIL_
DISCIPLINA NOME_CINEBRASIL_RÓTULO
RÓTULO

0114A01 Artes formação de professor

0114A02 Artes visuais formação de professor

Artes 0114D01 Dança formação de professor

0114M02 Música formação de professor

0114T01 Teatro formação de professor

0114C02 Ciências naturais formação de professor


Química
0114Q01 Química formação de professor

0114C02 Ciências naturais formação de professor


Física
0114F02 Física formação de professor

0114C02 Ciências naturais formação de professor


Biologia
0114B01 Biologia formação de professor

Geografia 0114G01 Geografia formação de professor

História 0114H01 História formação de professor

Matemática 0114M01 Matemática formação de professor

Educação física 0114E03 Educação física formação de professor


DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020
RESUMO TÉCNICO DO CENSO

Sociologia 0114C03 Ciências sociais formação de professor

Filosofia 0114F01 Filosofia formação de professor

Pedagogia 0113P01 Pedagogia (*apenas a licenciatura)

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QUADRO A
LISTA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO VOLTADOS À DOCÊNCIA NO ENSINO MÉDIO DE ACORDO
COM A DEFINIÇÃO CINE BRASIL E A NOTA TÉCNICA DO INDICADOR DE ADEQUAÇÃO DA
FORMAÇÃO DOCENTE (AFD)
(continua)

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LETRAS

CÓDIGO_
DISCIPLINA CINEBRASIL_ NOME_CINEBRASIL_RÓTULO TCA TDA TAP
RÓTULO

LE11 0115L01 Letras alemão formação de professor 27 73 0


LE 0115L02 Letras espanhol formação de professor 41 58 1
LE 0115L03 Letras francês formação de professor 27 72 1
LE 0115L04 Letras inglês formação de professor 36 63 1
LE 0115L05 Letras italiano formação de professor 30 69 1
LE 0115L06 Letras japonês formação de professor 39 61 0
Letras língua brasileira de sinais formação de
LP 0115L07 68 32 0
professor
Letras línguas estrangeiras clássicas formação
LE 0115L08 11 86 3
de professor
LP12 0115L09 Letras linguística formação de professor
Letras outras línguas estrangeiras modernas
LE 0115L10 23 76 1
formação de professor
LP/LE 0115L11 Letras português alemão formação de professor 29 70 1
Letras português espanhol formação de
LP/LE 0115L12 47 52 1
professor
LP 0115L13 Letras português formação de professor 42 57 1
LP/LE 0115L14 Letras português francês formação de professor 31 64 5
LP/LE 0115L15 Letras português inglês formação de professor 36 63 1
LP/LE 0115L16 Letras português italiano formação de professor 15 85 0
LP/LE 0115L17 Letras português japonês formação de professor 36 57 7
Letras português língua brasileira de sinais
LP 0115L18 45 51 4
formação de professor
Letras português línguas estrangeiras clássicas
LP/LE 0115L19 36 61 3
formação de professor
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 2020

Letras português outras línguas estrangeiras


RESUMO TÉCNICO DO CENSO

LP/LE 0115L20 47 52 1
modernas formação de professor
Letras tradutor e intérprete formação de
LE 0115L21 7 93 0
professor
Fonte: Elaborado por Deed/Inep com base no Cine Brasil e na Nota Técnica nº 1/2021/CGCQTI/Deed.
Notas: 11 LE – Língua Estrangeira.
12
LP – Língua Portuguesa.

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