Análise Crítica

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Aluno: Amanda Magalhães Pedrosa

Direito – 10º período

Resenha Crítica

Altera a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, para instituir o piso salarial


nacional do Enfermeiro, do Técnico de Enfermagem, do Auxiliar de Enfermagem e da
Parteira. A lei 14434/22 instituiu o piso salarial para esses profissionais e alterou a lei
que estava em vigor anteriormente.
Esse piso será de R$ 4750 para enfermeiros, 70% desse valor para o técnico de
enfermagem e 50% para auxiliar de enfermagem e parteira. Além da aprovação do
projeto de lei, ainda foi necessário a aprovação da Emenda Constitucional 124, para
garantir que esses profissionais, tanto no serviço público quanto na rede privada,
tivessem seu piso nacional garantido.
No mais, a Emenda Constitucional 124 deu aos municípios o prazo até final
deste ano para adequação da remuneração e dos planos de carreira. Ou seja, a partir de
1º de janeiro de 2023, os servidores da enfermagem terão que estar com suas
remunerações ajustadas.

Além disso, A Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e


Serviços (CNSaúde) questiona, no Supremo Tribunal Federal (STF), dispositivos da Lei
14.434/2022 que fixam piso salarial para enfermeiros, auxiliares e técnicos de
enfermagem e para parteiras. A matéria é objeto da Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 7222, de relatoria do ministro Luís Roberto Barroso.

O piso estabelecido na lei para os enfermeiros é de R$ 4.750. Técnicos de


enfermagem têm como piso 70% desse valor, e auxiliares de enfermagem e parteiras
50%.

Segundo a confederação, o Projeto de Lei (PL) 2564/2020, que deu origem à lei,
foi aprovado de forma rápida e sem amadurecimento legislativo na Câmara dos
Deputados e no Senado Federal, onde não passou por nenhuma comissão, mesmo diante
da relevância da medida e de seus impactos significativos.

Outro argumento é o de quebra da autonomia orçamentária dos estados e dos


municípios, com risco de descontinuação de tratamentos essenciais em razão da
limitação dos recursos financeiros e do aumento dos serviços privados de saúde. De
acordo com a CNSaúde, deveriam ter sido realizados estudos sobre a viabilidade da
adoção de novo piso, levando em consideração os impactos econômicos diretos e
indiretos. Porém, essas questões não foram avaliadas durante a tramitação do PL.

Ainda de acordo com a confederação, qualquer lei envolvendo aumento de


remuneração de servidores públicos federais é de iniciativa privativa do chefe do Poder
Executivo. De forma subsidiária, pede que o STF exclua interpretação que obrigue a
aplicação do piso pelas pessoas jurídicas de direito privado.

O ministro concedeu liminar suspendendo o piso salarial até o julgamento pelo


STF em decorrência dos riscos às finanças de Estados e Municípios. Na oportunidade, a
CNM foi intimada a apresentar, em até 60 dias, subsídios que vão apoiar a avaliação da
Corte acerca do tema. Estimativas da entidade apontam que o piso deve gerar despesa
de R$ 9,4 bilhões aos Municípios, além de ameaçar a prestação de serviços à população
e comprometer o limite de gasto com pessoal imposto pela Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF).

Por fim, o presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski, destacou que a


suspensão é "fundamental para corrigir a situação atual, tendo em vista que, passados 31
dias desde a promulgação da medida que implementou o piso, o Congresso Nacional
não resolveu, até o momento, qual será a fonte de custeio para o mesmo, apesar de
haver se comprometido com isso no momento da votação".
O julgamento da liminar pelo Plenário do STF deve ter início na sexta-feira. Já
nesta semana, a CNM deverá apresentar os primeiros dados solicitados pela Corte em
relação aos impactos às finanças locais.

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