Apostila Saúde Oral, Esofágica e Gástrica
Apostila Saúde Oral, Esofágica e Gástrica
Apostila Saúde Oral, Esofágica e Gástrica
SAÚDE ORAL
O processo de cárie começa com a produção de
O desenvolvimento dental primário ocorre nos primeiro ácidos como um subproduto do metabolismo das bactérias
trimestre gestacional, sendo o processo de mineralização da cavidade oral.
iniciado ao redor do 4º. mês e continua através dos anos
da pré-adolescência. A descalcificação da superfície do esmalte continua
até que a ação tamponante da saliva seja capaz de elevar
Os dentes são formados pela mineralização de uma o pH.
matriz protéica. Na dentina a proteína é o colágeno, já o
esmalte consiste em proteína similar à ceratina. Eventos: formação da placa, produção de ácidos e
deterioração dos dentes.
Além disso, os sais de cálcio e fósforo são depositados
em cristais de hidroxiapatita e o fluoreto, adicionado à O fluxo salivar remove os alimentos ao redor dos
hidroxiapatita, fornece resistência à cárie em ambos os dentes e por meio de um sistema tampão, neutraliza o
períodos de desenvolvimento pré e pós-natal. metabolismo ácido bacteriano.
III.GLOSSITE
IV.QUEILOSE
V.MUCOSITE E ESTOMATITE
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Ingestão de churrasco (Dan, 2009)
3
Facilitar ingestão adequada (realizar modificações) DOENÇAS DO ESÔFAGO
Evitar broncoaspiração.
Os distúrbios do esôfago podem ser causados por
Tabela 1 – Indicação e recomendações de NE no pós - transtorno do mecanismo de deglutição, obstrução,
operatório de ressecções de Boca, orofaringe e esôfago inflamação ou função anormal do esfíncter. (Krause)
(Dan, 2009). As doenças mais freqüentes são as doenças do
refluxo gastroesofágico e a hérnia hiatal. (Chemin)
Definição:
4
Deve ser avaliada a textura e a viscosidade dos
líquidos ingeridos. A maior preocupação com pacientes com refluxo de
A viscosidade é um aspecto importante da longa duração é o desenvolvimento do esôfago de Barrett
alimentação oral, uma vez que expressa a resistência do (células que recobrem a parte distal do esôfago se tornam
líquido ao fluxo. Líquidos espessados podem ser anormais e pré-malignas), que é responsável pela
utilizados, pois permitem melhor controle oral sobre o bolo incidência crescente de Adenocarcinoma de esôfago
alimentar e proporcionam um tempo maior para que o (Krause).
reflexo da deglutição seja desencadeado. Líquidos ralos
tendem a ser aspirados. A disfagia que ocorre no refluxo depende do tamanho
do bolo alimentar, do diâmetro luminal, da contração
Classificação dos líquidos conforme viscosidade: peristáltica, da inibição da deglutição e do relaxamento e
- Ralo: líquidos regulares, sem alteração (ex: leite); contração do EES e EEI, e pode ser classificada como
- Néctar: líquidos levemente espessados, mas finos o orofaringeana (alterações da deglutição) e esofagiana
suficiente para poder ser ingeridos aos goles, sem colher (Tipo obstrutiva - diminuição do lúmen esofageano e tipo
(ex: leite batido com fruta e mingau ralo); motora - alteração da peristalse ou no EEI). (Chemin)
- Mel: líquido espessado que deverá ser consumido com
colher (ex: mingau grosso); Fatores causais da esofagite AGUDA: Ingestão de agente
- Pudim: apresentam aparência sólida, devem ser corrosivo, radiação, inflamação viral e intubação. A, Krause
consumidos com colher, mas rapidamente desfazem-se na (2010) coloca os fatores causais descritos abaixo
boca (ex: flan). (esofagite crônica) como fatores causais da esofagite
aguda.
ACALÁSIA (Cuppari, 2005)
Fatores causais da esofagite CRÔNICA/REFLUXO: Hérnia
Também chamada de dissinergia esofágica é um hiatal, pressão reduzida do EEI, tabagismo, pressão
distúrbio da motilidade do esôfago inferior. A destruição do abdominal aumentada, esvaziamento gástrico retardado e
plexo de Auerbach causa diminuição da inervação vômitos recorrentes (Krause).
colinérgica da musculatura esofágica. Isso leva a
hipertonia e não relaxamento do esfíncter esofagiano * O fumo e o uso crônico de aspirina ou AINES
inferior, resultando em disfagia e dificuldade de deglutição. também podem aumentar o risco de esofagite em pessoas
A tendência é que a disfagia piore, permitindo somente a suscetíveis (Krause).
passagem de líquidos.
Fatores que influenciam a pressão do EEI: esclerodermia,
Durante a alimentação, o esôfago passa a acumular tabagismo, dietas e relaxantes da musculatura lisa,
os líquidos ingeridos e com a pressão da gravidade ocorre gestação, anticoncepcionais orais(progesterona) e estágio
a abertura do EEI, com a passagem de pequenos volumes final do período menstrual (Krause)
para o estômago.
Fatores que interferem na GRAVIDADE da esofagite:
Toda esta dificuldade em alimentar-se provoca piora Composição, freqüência e volume do refluxo gástrico;
do estado nutricional. A dieta deve ser hipercalorica, resistência da mucosa; velocidade de esvaziamento do
hiperprotéica e a consistência adequada ao grau de esôfago e velocidade de esvaziamento gástrico (Krause)
disfagia. Se houver disfagia para líquidos iniciar nutrição
enteral Recentemente foram descritas diferenças entre
DRGE erosiva e não erosiva e DRGE diurna e noturna. A
REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE) E DRGE erosiva noturna é considerada associada a
ESOFAGITE sintomas mais graves e mais prolongados. A DRGE
noturna está relacionada a alteração da fisiologia e
O refluxo do conteúdo gástrico para o esofago ocorre anatomia durante o sono por diminuição das secreções
geralmente em indivíduos saudáveis e alguns até salivares e da deglutição, diminuindo a motilidade GI e
apresentam sintomas clássicos como azia periodicamente. exposição prolongada a ácidos e posição supina (Krause).
Entretanto, de 7% a 8% da população apresenta azia
diária, resultante do refluxo freqüente do conteúdo Tratamento Nutricional
gástrico, e algumas vezes duodenal, para o esôfago
(Krause). Objetivos: (Krause e Cuppari, 2005)
1- Prevenir o RGE
Os fatores predisponentes envolvem a hérnia hiatal,
2 - Evitar dor e irritação da mucosa
os hormônios envolvidos com a gravidez e
3 - Diminuir a acidez das secreções gástricas.
anticoncepcionais orais (progesterona), a obesidade, a
4 - Corrigir e manter o peso ideal.
úlcera péptica com a presença da bactéria Helicobacter
pylori , a esclerose sistêmica progressiva e o uso de
Objetivos: (Chemin)
antiinflamatórios não esteróides (Chemin).
1 - Recuperar o estado nutricional;
2 - Promover educação nutricional;
O quadro clínico cursa com pirrose, disfagia
3 - Evitar o refluxo gastroesofágico;
regurgitações, dor retroesternal baixa ou atrás do apêndice
4 - Evitar a progressão das lesões já presentes;
xifóide co irradiação e sialorréia (Chemin). E ainda
5 Minimizar ou evitar os efeitos colaterais e as
eructações e espasmo esofageano (Krause).
interações droga – nutriente.
Manifestações como irritação da faringe, pigarro,
rouquidão e agravamento de sintomas asmáticos também
podem ocorrer (Krause).
5
Características da Dieta:
Cuppari Suficiente para manter o peso ideal, se necessário promover a perda de peso
VET Chemin ANP, evitando a obesidade, com o intuito de a pressão intra-abdominal e, com isso, a pressão
do EEI, que resultará em diminuição do refluxo.
Lipídios Cuppar e Chemin 2011 Hipolipídica (< 20% das calorias totais)
Cuppari Colecistoquinina e secretina pressão do EEI (Obs.: gastrina pressão do EEI)
Proteínas Chemin Hiperprotéica, em decorrência da liberação de gastrina, que auxiliar no da pressão do EEI e na
cicatrização.
Sacarídeos Chemin Normo tendendo a hipoglicídica, para evitar a fermentação e o desconforto abdominal.
Vitaminas Chemin ANP e às interações com fármacos.
Minerais Chemin ANP, dando importância ao ferro, em decorrência da interação medicamentosa que pode causar
anemia (antiácidos).
Evitar medicamentos Teofilina
que pressão do EEI -adrenérgicos
(Chemin)
Diminuem a pressão EEI: gorduras, álcool e carminativos (hortelã e menta), refeições grandes e de alto teor de
gordura (Krause e Dan). Segundo Cuppari/ Chemin 2011: café, mate, chá preto, chocolate. Apenas Cuppari:
teobromina e xantinas.
Irritam a mucosa inflamada: frutas cítricas, sucos cítricos, tomate (Cuppari, Dan, Chemin 2011), refrigerantes,
condimentos (pimenta vermelha e do reino). Em raras condições: alimentos ásperos (batatas fritas, bolachas
crocantes e cascas secas)
Excluir alimentos que: Estimulam secreção ácida: café, bebidas alcoólicas fermentadas (cerveja e vinho), chocolate, refeições volumosas
ricas em gordura e proteínas (Krause) Segundo Cuppari e Chemin, alimentos com alto teor de purinas (consome de
carne)
Acentuam o refluxo (Dan): álcool, alimentos xantinados (chocolate, café, chá-mate ou preto), bebidas alcoólicas,
licorosas, principalmente à base de menta e hortelã, alimentos e preparações gordurosas.
OBS: Estes alimentos devem ser evitados e quando consumidos devem ser acompanhado de outros alimentos (Dan)
Optar por alimentos que: Dan e Chemin Evitam o refluxo: leite desnatado (libera gastrina e pressão EEI)
Evitar ficar deitado após as refeições, elevar a cabeceira evitar refluxo, aspiração e outras complicações
(Cuppari/Chemin)
Elevar cabeceira da cama em 10 a 15 cm, para diminuir a probabilidade do refluxo noturno(Krause, 2010)
Fazer refeições até/ 3 a 4 horas (Krause, 2010)) / 02 horas (Cuppari) antes de dormir (medida mais eficaz)
Evitar usar roupas apertadas aumentam a pressão intra-abdominal e diminuem a pressão do EEI (Cuppari /
Chemin)
Modificação Evitar o tabagismo (reduz a pressão do EEI) (Krause / Chemin) Chemin fala ainda que o refluxo, resposta
comportamental secretora à gastrina, a habilidade da cimetidina e de outros fármacos usados para diminuir a secreção ácida
noturna.
Evitar a obesidade e se apresentar excesso de peso, emagracer (Cuppari e Krause, 2010)
Evitar atividade física vigorosa após alimentar-se diminui a pressão do EEI (Krause/Chemin)
Manter horários regulares de alimentação, para não comer demais (Cuppari)
Antagonistas de receptor de histamina-2
Tratamento clínico Inibidores da bomba de prótons – (Tratamento mais eficaz)
(Krause) Antiácidos
Agentes pró-cinéticos – São usados em pessoas com retardo do esvaziamento gástrico.
Tratamento cirúrgico Fundoplicatura (Pacientes com doença grave que não responderam ao tratamento medicamentoso após 3 a 6 meses)
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Resumindo, segundo a KRAUSE (2013) Além da CÂNCER DE ESÔFAGO (Dan 2009)
modificação comportamental, que inclui comer dentro de 3
a 4 horas antes de se deitar, deitar após as refeições, Pacientes com câncer avançado de esôfago
evitar roupas apertadas e evitar o tabagismo, fique atento: desenvolvem disfagia progressiva e persistente e, por isso,
podem desenvolver desnutrição.
Para diminuir a EVITAR:
exposição do Refeições grandes O tratamento de eleição para câncer de esôfago é a
esôfago ao conteúdo Gordura da dieta ressecção cirúrgica acompanhada, quando indicado, por
gástrico RT e QT pós – operatória. Essas terapias também podem
Álcool
ser utilizadas no pré – operatório para reduzir a massa
Para diminuir a EVITAR tumoral a ser removida.
acidez das Café
secreções gástricas Bebidas alcoólicas Tratamento cirúrgico: esofagectomia total ou distal +
fermentadas remoção do nervo vago + gastrectomia proximal.
Para prevenir dor e a Evitar qualquer alimento que
irritação Complicações mais comuns:
piore os sintomas
Deiscência de sutura e vazamento pela anastomose
Estenose da anastomose
HÉRNIA HIATAL Retardo do esvaziamento gástrico, devido a vagotomia
Fístula esofágica
Provocada por uma protrusão de parte do estômago Quilotórax (acúmulo de líquido quiloso no espaço pleural)
sobre o músculo diafragmático, causando um alargamento
da abertura diafragmática, deixando o esôfago passar e se Recomenda-se, sempre que possível, a inclusão de
juntar ao estômago (Chemin). A presença de hérnia de gastrostomia ou jejunostomia no ato cirúrgico.
hiato não é sinônimo de RGE, ela apenas aumenta o risco
(Krause). Quando iniciada a dieta via oral, esta deve ser:
Composta por alimentos “pouco fermentativos” como:
Tipos de Hérnia Hiatal: chá, ovo quente, gelatina, sopas e sucos;
Fracionamento de 5 ou mais refeições,
Deslizamento (mais comum) Consistência líquida e sua evolução de acordo com a
Paraesofágica tolerabilidade do paciente, entretanto a dieta de
consistência pastosa homogênea parece ser melhor
tolerada por estes doentes.
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Esquema de realimentação pós esofagectomia (Cap): gastroesofágico, gastrite, úlcera péptica, esvaziamento
Repercussão Nutricional da cirurgia digestiva para o gástrico retardado, doença de vesícula biliar ou câncer.
tratamento do Câncer – Dan, 2009):
1º ao 8º dia – Nutrição enteral via jejunostomia Terapia Nutricional:
8º ao 10º dia - Realizar deglutograma. Se liberado, iniciar
VO com dieta líquida ou líquida sem resíduos. Quando a dispepsia não está relacionada a um
10º dia em diante (sem complicações) – Evoluir dieta para processo patológico específico, alterações na dieta e no
papa, pastosa e branda. Hipercalórica, hiperproteica e estilo de vida podem amenizar os sintomas.
suspender jejunostomia quando VO atingir necessidades
nutricionais do paciente. Evitar volumes excessivos de alimentos, elevado
consumo de gordura, açúcar, cafeína, especiarias
Krause adiciona: Nas cirurgias de boca e esôfago, se a via e álcool.
oral for possível após a cirurgia: Alimentar-se lentamente;
Mastigar bem os alimentos;
- Utilizar alimentos líquidos ou de textura macia e úmidos Não beber e comer em excesso;
para facilitar mastigação e deglutição; Associar suporte emocional;
Limitar bebidas alcoólicas;
- Refeições frequentes e pequenas, com alta densidade Realizar refeições frugais e dietas com baixa DC,
calórica; associando com exercícios leves (aumentam o
movimento dos alimentos através do TGI e
- Preferir carboidratos complexos aos simples; aumenta a sensação de bem-estar) (Krause,
2010).
- Usar solução de saliva artificial ou aumentar consumo de
líquidos para evitar a boca seca. GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA
- Para melhorar a variedade da dieta, utilizar frutas
Rompimento da integridade da mucosa ocasionada
liquidificadas;
por anormalidades infecciosas, químicas ou neurais.
Causa mais comum: Infecção por Helicobacter pylori.
- Realizar bochechos com solução salina para melhorar a
mucosite, e anestésicos tópicos para aliviar a dor.
Apenas 10 a 15% daqueles infectados pelo organismo
desenvolvem ulceração sintomática.
DOENÇAS DO ESTÔMAGO
Características do H. pylori (Dan e Krause):
Vários elementos podem provocar danos à barreira
Bactéria gram-negativa, flagelada;
mucosa gástrica. Em relação aos alimentos, observa-se
Resistente ao meio ácido;
que:. (Chemin)
A colonização é feita abaixo da superfície mucosa
- Ocorre produção de UREASE (produz amônia,
Alimentos muito quentes levam à congestão
alcalinizando os arredores imediatos).
da mucosa gástrica, a secreção ácida e o
Induz inflamação por resposta imune humoral e
tempo de esvaziamento gástrico; sistêmica.
Condimentos picantes secreção ácida e Libera citotoxinas que destroem o epitélio;
causam irritação na mucosa; Relaciona-se com a gênese do câncer gástrico
Pimenta vermelha e páprica contém
capsaína (irritante da mucosa, secreção ácida e Os fatores que afetam a ocorrência e a gravidade dos
leva a perda de potássio); sintomas são:
Pimenta preta produz irritação gástrica, Idade do paciente no início da infecção;
secreção ácida e dispepsia; Concentração dos organismos e sua cepa
Pimenta chilli e mostarda produzem eritema específica;
e lesão gástrica; Estilo de vida;
Carboidratos concentrados estimulam Saúde geral do paciente.
osmorreceptores, gerando retardo no
esvaziamento gástrico; A erradicação do organismo resulta na eliminação
Alimentos ricos em gordura do do estado inflamatório e dos sintomas (Krause)
esvaziamento gástrico;
Distensão excessiva do estômago ou duodeno O uso crônico de aspirina ou outros AINES,
ocasiona inibição do esvaziamento gástrico; esteróides, abuso de álcool, substâncias erosivas, tabaco
Fatores psicossomáticos ou estímulos também podem comprometer a integridade da mucosa
ambientais podem diminuir ou aumentar a gástrica. A nutrição e a saúde geral precárias podem
motilidade gástrica (por vias eferentes simpáticas contribuir para o início e a gravidade dos sintomas e da
e parassimpáticas). cicatrização.
INDIGESTÃO e DISPEPSIA (Krause)
Relembrando...
Células parietais Produzem HCl e FI.
Definidas como desconforto do trato gastrointestinal
Células principais Produzem pepsinogênio
superior com sintomas de dor abdominal vaga, inchaço,
convertido em pepsina na presença de HCl.
náusea, regurgitação e eructação.
Epitélio superficial Revestido de células que
O retardo do esvaziamento gástrico e o aumento da
secretam Muco e HCO3.
sensação de enchimento são características comuns do
problema (Krause, 2010).
Três substâncias agem sobre os receptores das
Células parietais estimulando a secreção de ácido:
Os sintomas prolongados podem estar relacionados
ACETILCOLINA, HISTAMINA e a GASTRINA.
com problemas subjacentes, como o refluxo
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Células G Produzem gastrina. o Aguda Corrosiva Provocada pela ingestão de
substâncias corrosivas como álcalis e ácidos,
Estímulos: Aumento do Ph Gástrico e presença de em geral, acompanhada de esofagite aguda
proteínas. A inibição da Gastrina pelo HCl é mediada pela corrosiva.
somatostatina – produzida pelas células D (ficam lado a
lado com as células G). Sintomas: dor em queimação, náuseas e vômitos, diarréia,
rigidez abdominal, sede intensa, prostração e choque.
Fatores de Defesa da Mucosa Gástrica e Duodenal:
MUCO Aumenta com a distensão gástrica Tratamento: Dieta via oral zero e, depois da fase aguda,
Contém bicarbonato e é produzido pela ação dieta semelhante à úlcera, hidratação venosa, analgésico,
das prostaglandinas. sedativo, antiácido.
BICARBONATO Fica retido entre a mucosa e a camada o Aguda tóxica desencadeada pelo uso de
de muco. drogas à base de salicilatos, barbitúricos e etc.
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Especificação Recomendação dor abdominal ou o desconforto são mais característicos,
VET Ajustado às necessidades do paciente embora a anorexia, a perda de peso, náuseas, vômitos e
(ANP) azia possam ocorrer com freqüência (Krause).
Distribuição CHO 50-60%; PTN 10-15%; LIP 25-
calórica 30% Complicações
Consistência Geral ou adaptada às condições da
cavidade oral Pode complicar com perfuração e hemorragia,
Fracionamento 4-5 refeições (evitar jejum prolongado) infecção, divertículos, penetração em estruturas vizinha e
Alimentos com Fibras – agem como tampão, obstrução pilórica. A melena (fezes enegrecias, tipo piche)
efeito positivo reduzindo a concentração de ácidos é uma achado comum associado à úlcera no idoso, pode
biliares no estômago e diminuindo o ser sugestiva de hemorragia gastrointestinal aguda ou
tempo de trânsito intestinal, levando a crônica (Krause)
menor distensão.
Bebidas alcoólicas – irritante de Características e Comparações entre Úlceras Gástricas
Evitar mucosa; e Duodenais (Krause, e Chemin):
Café (mesmo que descafeinado) - Úlceras gástricas Ùlceras duodenais
aumenta a produção ácida -Mais comum na pequena - Maioria próxima ao piloro
gástrica; curvatura; -Aumento da massa parietal
Refrigerantes – aumento da - Ocorrem ao longo da grande - Secreção ácida ;
produção ácida (à base de cola e curvatura (Krause) -Redução de bicarbonato;
de limão); provocam distensão -Associadas a gastrite difusa, -Obstrução é mais comum;
(gasosos); inflamação das células -Pode ocorrer metaplasia
oxínticas e atrofia das células gástrica relacionada À
Pimenta vermelha – capsaicina –
produtoras de ácido e infecção por H.pylori.
irritante de mucosa;
pepsina; - Tratamento com bloq. De
Mostarda em grão chili e chocolate
- Em alguns casos ocorrem receptor H2 ou inibidor da
– irritantes.
com baixa produção de ácido; bomba de prótons –
Frutas ácidas Respeitar a tolerância do paciente. - secreção ácida normal ou supressão de ácido.
Ambiente Calmo, agradável, comer devagar e diminuída (Chemin) - Mais comum em
mastigar bem. -Hipomotilidade antral, Homens(3x mais)
estase, e aumento do refluxo - 4x mais comum que a
ÚLCERA PÉPTICA duodenal são comuns; úlcera gástrica. (Chemim)
- Hemorragia e mortalidade –
Úlcera que ocorre como resultado da índices mais elevados
desestruturação dos mecanismos de reparo e defesa
normais da mucosa. Mais de um mecanismo deve estar Aspectos gerais quanto às úlceras gástricas e duodenais
mal funcionante para que a úlcera sintomática se (Chemin):
desenvolva. Ela envolve duas regiões principais: Gástrica AINE tem relação com os dois tipos de úlcera, pois
e duodenal (Krause), e ainda, o terço inferior do esôfago inibem a produção das prostraglandinas, com eliminação
(Chemin) Fig.2 dos seus efeitos protetores e aumento da lipogênese.
Também produção de muco e bicarbonato
Aspirina: ácido fraco que penetra na célula formando
salicilato, altamente lesivo à célula.
Tabagismo associado ao da secreção ácida e do
refluxo duodeno gástrico.
Cafeína a secreção ácida
Bebida alcoólica estimula o ácido gástrico
Úlceras de estresse comuns na região média do corpo
gástrico.
Úlcera péptica:
Fig.2 Ùlcera péptica Erradicar H. pylori Combinação de 2 antibióticos +
bismuto ou inibidor de bomba de prótons (ex.: Omeprazol).
Suspender uso de tabaco, álcool , AINE e aspirina
Diferentemente da gastrite e de outras lesões
superficiais, a úlcera péptica clássica apresenta erosão Interfere na terapia e risco de complicações.
através da mucosa da camada muscular para dentro da
submucosa ou da própria camada muscular. Há Úlcera de Estresse:
evidências de inflamação e processo de cicatrização ao Podem ocorrer como uma complicação decorrente de
redor da lesão (Krause). queimaduras graves, trauma, cirurgias, choque,
insuficiência renal e radioterapia. Tem potencial
As causas primárias da Úlcera péptica são as hemorrágico significativo. A isquemia gástrica pode ser a
infecções por H. pylori, uso abusivo de aspirina e de outros etiologia de base.
AINE’s e as chamadas úlceras de estresse (Krause).
Uso de inibidores de bomba de prótons, bloq. De
Derivados do fumo – Reduzem secreção de bicarbonato, receptores H2 e antiácidos Para prevenir a úlcera nos
diminui o fluxo de sangue da mucosa, exacerba a pacientes de alto risco.
inflamação e está associado a complicações pelo H. pylori. Evitar grandes doses de corticosteróides, quando
Excesso de etanol - Danificam a mucosa gástrica, pioram possível.
os sintomas e interferem no processo de cicatrização.
Úlcera associada ao uso de AINE’s:
Os indivíduos com úlcera apresenta-se com sinais
semelhantes àqueles associados a dispepsia e gastrite. A
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Suspensão do medicamento ou a redução da Especificações: Características
dosagem, quando possível. Consistência Líq. Completa – pastosa (fase aguda)
Erradicação de H. pylori Grande parte dos Branda-Normal (fase de recuperação)
pacientes com este tipo de úlcera também apresentam Alterada em situações obstrutivas ou
infecção por H. pylori concomitante. na fase aguda (Dan).
Exitantes da EVITAR: bebida alcoólica e derivados de
Terapia Nutricional mucosa gástrica cola, cigarro, carminativos, alim.
Flatulentos e ricos em enxofre, infusos
Conduta dietoterápica ANTIGA: Dieta Sippy. concentrados e alim. Fermentáveis.
Constituída a base de leite, ovos e nata Objetivava a LEITE Não indicado para aliviar a dor ou
diluição e a neutralização dos ácidos estomacais. queimação.
Estudos posteriores mostraram o efeito lácteo de
Probióticos Tratamento e/ou prevenção da
aumento da produção de ácidos incrementado pela
(Lactobacilos) colonização por H. pylori (Dan).
hidrólise da proteína do leite.
Uso regular de alimentos protetores que
Problemas ocasionados pela dieta Sippy: teor de
Outros contenham antioxidantes fenólicos como
gordura e colesterol na dieta, síndrome leite-álcali, alcalose
(Krause, 2010) o mirtilo Podem ter a capacidade de
aguda com insuficiência renal temporária e hipercalcemia . erradicar o H. pylori.
Tempo longo de tratamento: Mín. 160 dias(Chemin).
Açafrão Pode, também, inibir a adesão
do H. pylori ao estômago.
Conduta dietoterápica ATUAL:
Obs: Os dados não referenciados são da Chemin.
Redução do tempo de tratamento para no Máx. 23 dias
Fase Aguda: 5 a 8 dias
Resumindo (KRAUSE, 2013) Incluir o uso da curcumina
Fase recuperação: 10 a 15 dias
(e não apenas açafrão), como efeito protetor à adesão do
Fase pós-ulcerosa: Alta com recomendações
H. pylori. Na terapia clínico-nutricional, observar os
principais pontos:
Finalidade: Normalizar o EN do paciente, sintomatologia
Diminuir o consumo Bebidas alcoólicas
na fase agudizada, repouso fisiológico do estômago, evitar
a distensão abdominal, efeitos colaterais de fármacos e Especiarias, especialmente
corrigir hábitos alimentares (Chemin). pimentas vermelhas
Café e cafeína
Características gerais da dieta Aumentar o consumo Ácidos graxos da série W3 e
W6 (observar relação e conteúdo
Especificações: Características de W6-GLA)
VET ANP Boa nutrição para erradicação
N/Hiper Até 1,2g/Kg (fase aguda)
do H. pylori
Proteínas Até 1,5g/Kg(fase de recuperação)
10 a 15% do VET (Cuppari) Comportamental Evitar uso de tabaco
Sacarídeos Sem [di] para evitar a fermentação
50 a 60% de HC no VET; (Cuppari) Alimentos que devem ser evitados:
Sem [ at]. Minimizar a saciedade precoce
Lipídios e a hiperlipoproteinemia o Leite PURO Estímulo à secreção ácida. Cálcio e
25 a 30% do VET (Cuppari) proteínas ocasionam o rebote ácido (20 a 40 minutos
Vit. E Minerais ANP após sua ingestão). Usar como parte integrante da dieta
Caldos [purinas] Isentos (Chemin, Dan, Cuppari).
Modificada por cocção – facilita o
o Café (mesmo que descafeinado) produção de ácido
processo digestório (Chemim).
gástrico, resultando em irritação da mucosa (Cuppari e
Rica em fibras – Evidências de um
Krause).
Fibras efeito protetor. Atuando no tempo de
esvaziamento gástrico (Dan). o Álcool Aumenta a secreção ácida gástrica (Dan) e é
Rica em fibras – Efeitos benéficos: Age irritante da mucosa GI (Cuppari). O consumo de
como tampão, reduz a concentração de quantidade elevada pode causar, no mínimo, lesões
ácidos biliares no estômago e o tempo superficiais de mucosa e piorar doenças já existentes ou
de trânsito intestinal, o que leva a menor interferir no tratamento da úlcera.
distensão (Cuppari).
Cerveja e vinhos: significativamente as secreções
Líquidos N/Hiper gástricas e dever ser EVITADOS na presença de doença
Evitar alim. Muito quente (leva a sintomática.
Temperatura congestão da mucosa, secreção ácida
e tempo de esvaz. Gástrico. o Condimentos picantes:
(fase aguda) Pimenta vermelha (possui capsaicina): Irritante GI (Dan e
Normal (fase de recuperação) Cuppari);
Refeições pequenas e freqüentes Pimenta preta: Irritante GI (Cuppari);
podem confortar, mas podem a Mostarda em grão, Chilli e chocolate: são irritantes
secreção ácida. Porém, há concordância (Cuppari);
Fracionamento que estes pacientes devem evitar o Pimentas malagueta (chili), de caiena e pimenta preta (do
consumo de refeições grandes (Krause); reino) – Em doses elevadas aumentam a secreção ácida,
4 a 5 refeições ao dia (evitar longos causam pequenas erosões superficiais e inflamação da
períodos de jejum (Cuppari). mucosa (Krause).
Volume (fase aguda) - desconforto abd. OBS: A Krause, coloca que, pequenas quantidade de
Normal (fase de recuperação) pimenta malagueta (chili) ou da sua substância cápsico,
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pode aumentar a proteção da mucosa por aumentar a alimentares, mas pode ser necessária a dieta
produção de muco, mas grandes quantidades podem líquida ou NPT.
causar dano superficial da mucosa, especialmente se
consumidas com álcool ou outros irritantes.
CÂNCER DE ESTÔMAGO (Chemin)
o Refrigerantes derivados de cola: produção ácida,
provocam distensão abd. e dispepsia. Porém, sua acidez A patogenia do câncer gástrico é multifatorial,
não causa úlcera e nem interfere na sua cicatrização envolvendo fatores genéticos e ambientais. A incidência é
(Krause). inversamente proporcional ao status socioeconômico da
população.
o Frutas e sucos de frutas ácidas: Assim como os
refrigerantes, os sucos de frutas não causam úlcera e Mudanças no ambiente social, da ingestão de sal e
nem interferem na sua cicatrização (Krause). do consumo de frutas e vegetais, assim como melhor
preservação alimentar com utilização de refrigeradores e
OBS: Pacientes com úlcera duodenal apresentam congeladores, são medidas que contribuem para a
esvaziamento gástrico retardado, se beneficiam com o uso redução da incidência deste tipo de câncer.
de soluções com baixa osmolaridade, com pouco ou
nenhum dissacarídeos e pouco sal. Alimentos com Dietas ricas em alimentos com alta [ ] de
osmolaridade retardam ainda mais o esvaz. gástrico (Dan). conservantes ( Alimentos conservados em sal,
picles e defumados) contendo nitratos e nitritos
Fase pós – ulcerosa (Chemin): são de alto risco para o câncer de estômago – o
sal pode agir como irritante e os nitratos e nitritos
Dieta ANP e aos fármacos em uso; podem ser convertidos em carcinógenos (N-
Manter atividades habituais, diminuir os fatores nitrosaminas) ativos.
agressivos físicos e psíquicos, evitar excessos
alimentares, desajustes de horário, abuso de Sabe-se que o ácido ascórbico e o betacaroteno agem
agentes medicamentosos sem prescrição médica, como antioxidantes, e o ácido ascórbico ainda inibe a
bebidas alcoólicas, etc. formação endógena de compostos nitrosos.
CÂNCER DE ESTÔMAGO (Krause e Dan, 2009) A tabela a seguir mostra os componentes da dieta e
evidências de associação com risco para Câncer Gástrico
As neoplasias Malignas do estômago podem levar à de acordo com o American Istitute for Câncer Research.
desnutrição como resultado de perdas excessivas de
sangue e proteínas ou mais comumente, por obstrução, Risco Nenhuma Risco
interferindo na ingestão alimentar. Evidência relação
Convincente Vegetais e
Fatores que AUMENTAM o risco de carcinoma: (evidência frutas
forte) Refrigeração
Infecção crônica por H. pylori; Provável Álcool
Fumo; (evidências Café Sal
Abuso de álcool; existem, mas Chá preto Conservação
são fracas e Vitamina C Nitratos em sal
Obesidade;
menos (vegetais)
Baixa ingestão de fibras consistentes)
Alto consumo de alimentos salgados, em Possível Carotenóides
conservas ou inadequado em micronutrientes. (estudos Gênero Allium
apóiam (alho, cebola, Açúcar Amido
O consumo de frutas, vegetais e selênio parece ter um relação, mas alho poro, Vitamina E Churrasco
papel modesto na prevenção deste câncer (Krause, 2010). evidências cebolinha) Retinol Grelhados
Os sintomas são lentos e o crescimento do tumor muito são Cererais integ.
rápido, portanto na maioria dos casos o diagnóstico é limitadas) Chá verde
Insuficiente
tardio, impossibilitando sua cura.
(poucos Fibras Carne defumada
estudos e Selênio N-nitrosaminas
Sintomas: Perda de apetite, fraqueza, dor abdominal, limitados) Alho
emagrecimento, aquilia gástrica (ausência de ácido
clorídrico e pepsina) ou acloridria. Sintomas: Perda de peso, dor abdominal, anorexia e
fraqueza.
Tratamento: Cirúrgico (Gastrectomia parcial ou total),
radical ou paliativo (alivia os sintomas GI quando a cirurgia Tratamento: Iminentemente cirúrgico (Gastrectomia total
curativa não é mais possível), quimioterapia e/ou ou parcial) com remoção das cadeias ganglionares.
radioterapia.
Terapia Nutricional
Fatores que influenciam a mortalidade: Idade e EN do
paciente, estágio e localização do tumor (Dan). Os objetivos da Terapia pré – operatória são mostrados a
Terapia Nutricional seguir:
- Minimizar os efeitos do jejum, garantir o fornecimento de
Determinada pela localização do tumor, pelo distúrbio
energia e prevenir a deficiência específica de nutrientes;
funcional e pelo estágio da doença.
- Recuperar ou estabilizar o estado nutricional;
Após tratamento cirúrgico (Gastrectomia parcial
- Aumentar o potencial de resposta orgânica favorável à
ou total), pode ocorrer algumas complicações ou
terapia antineoplásica;
dificuldades com a alimentação, como a
- Acelerar a recuperação dos efeitos colaterais da terapia
Síndrome de Dumping .
antineoplásica: crirugia, radio ou quimioterapia;
No câncer avançado – O paciente deve receber
- Melhorar a qualidade de vida com a manutenção das
uma dieta adaptada, observar preferências
atividades diárias.
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A piloroplastia ou gastrojejunostomia (BII) permite o
ATENÇÃO! As condutas a seguir são condizentes com o esvaziamento gástrico adequado, porém pode acarretar:
período pós – operatório, porém a Chemin coloca que síndrome de dumping, diarréia, perda de peso em cerca de
são sugestões para se atingir os objetivos PRÉ – 6% dos pacientes (Krause) e esteatorréia em 30 – 40%
OPERATÓRIOS da tabela anterior. dos pacientes (Dan).
Procedimentos cirúrgicos:
Diminui secreção ácida
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Dieta via jejunostomia pode ser iniciada dentro de Supercrescimento bacteriano
24h após a cirurgia com auxilio de bomba infusora. Rápido trânsito intestinal (Má absorção do alimento
Preferir fórmulas ISOTÔNICAS. ingerido).
Velocidade inicial: 20 ml/h.
Fórmulas elementares diluídas até 280 – 300 mOsm ATENÇÃO! Administrar B12 intramuscular a partir do
2º ou 3º mês pós – operatório.
Após adaptação intestinal, fórmulas mais concentradas
(1,5 a 2 Kcal/ml) podem ser bem toleradas. Se necessário, também prescrever vit. D, complexo B,
cálcio e Ferro para prevenir deficiências.
Com o retorno da peristalse, iniciar dieta via oral de
líquidos claros (chás, água de coco, caldos de COMPLICAÇÕES
vegetais) evoluindo para líquida completa. O
primeiro líquido permitido é a água (gelo). Síndrome de Dumping
Alguns pacientes toleram melhor os líquidos em Comum nas gastrectomias totais ou subtotais, na
temperatura ambiente ou morna do que alimentos frios. manipulação pilórica e na fundoaplicatura.
Introduzir, de maneira progressiva, alimentos de Resultado da perda de regulação normal do
consistência pastosa, hiperproteica, hipolipídica e esvaziamento gástrico Rápida passagem do
com poucos condimentos. ATENÇÃO!! Krause concentrado alimentar do estômago para o intestino
recomenda, após a dieta líquida, introdução de (Krause e Chemin).
pequenas quantidades de alimentos macios, de
amido e BAIXO TEOR DE PROTEÌNAS. Incidência: Varia dentre 5% após cirurgias menores
até 40% em gastrectomias totais (Krause).
Eliminar carboidratos simples e alternar alimentos
sólidos com líquidos para prevenir ou controlar a As intervenções dietéticas podem reduzir ou
diarréia e a síndrome de dumping. eliminar os sintomas na maioria das pessoas !
Em casos de limitação da via oral, introduzir dieta ATENÇÃO! A Krause divide a síndrome de dumping em 3
enteral para prevenir perda de tecido magro e estágios.
instalação da desnutrição.
Primeiro estágio: Sintomas de plenitude abdominal e
Na impossibilidade de via oral ou enteral por nausea dentro de 10 a 20 min após a refeição.
complicações no pós-operatorio, a nutrição
parenteral estará indicada. (Krause e Chemin) Causa: Mudança do volume da circulação sistêmica para
dentro do intestino delgado como resultado da ingestão de
Recomendações na evolução dietoterápica: alimentos hipertônicos – Rubor em face, taquicardia,
sensação de desmaio, sudorese e necessidade de sentar-
Na fase inicial se ou deitar-se.
Refeições freqüentes e em pequeno volume; Atualmente, acredita-se que os pacientes com esses
Evitar alim. fermentativos e [carboidratos simples]; sintomas iniciais apresentam uma diminuição na
resistência vascular periférica e talvez acúmulo visceral de
Lipídios – 23 a 30% do VET, evitar [ ] sangue.
Proteínas – 20% do VET de AVB
Se necessário, utilizar suplementos hipercalóricos via Estágio intermediário: Sintomas dentro de 20 min a 1
oral – Observar osmolaridade. hora após a refeição.
14
ATENÇÃO!! Em outro capítulo (Repercussão Nutricional
da cirurgia digestiva para o tratamento do Câncer), Dan , Dumping tardio: Ocorre entre 90 a 120 min após a
2009 diferencia a Sd. de dumping em 2 fases: sudorese. Os sintomas estão relacionados à hipoglicemia.
Dumping precoce: Ocorre entre 15 a 30 min após a Sudorese, taquicardia, desmaios.
alimentação. Os sintomas estão relacionados à
hipovolemia (desvio de líquidos). Taquicardia e tonturas.
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Outras complicações nutricionais associadas à gastrectomia parcial ou total
COMPLICAÇÃO CAUSA
Relação geral dos distúrbios do TGI superior, os sintomas típicos e as conseqüências nutricionais
DISTÚRBIOS SINTOMAS CONSEQUÊNCIAS NUTRICIONAIS
Esofagite e DRGE Refluxo gástrico, azia, eructação aumentada Desconforto durante e após a alimentação, alteração de
e espasmo doloroso. hábitos alimentares e ingestão reduzida.
Hérnia hiatal Azia assintomática ou prolongada após Possível desconforto após alimentar-se e pode piorar
refeições pesadas sintomas da DRGE
Câncer oral ou Dor assintomática ou epigástrica, Dificuldade de mastigação, deglutição, alteração de
esofágico dificuldade de mastigação ou deglutição, texturas, pode precisar de TNE e perda de peso é comum.
esvaziamento gástrico demorado.
Indigestão, Desconforto GI após alimentação Desconforto abdominal, dieta alterada, ingestão diminuída,
dispepsia, gastrite intolerâncias alimentares.
Úlcera duodenal Dor 2-5 horas após refeição, alívio após Desconforto abdominal, dieta alterada, ingestão diminuída,
alimentar-se intolerâncias alimentares.
Úlcera gástrica Desconforto epigástrico ou dor quando se Desconforto abdominal: ingestão diminuída e perda de peso
alimenta
Gastrectomia Saciedade precoce, náuseas, inchaço, Refeições menores e freqüentes, tolerância diminuída a
diarréia (Sd. Dumping) lactose, alteração da dieta, perda de peso, má absorção e
diarréia
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17) Na cirurgia de gastrectomia, o cuidado nutricional para 23) Na seleção de alimentos para o paciente com úlcera
evitar a Síndrome de dumping estabelece: (UFPR-2004) péptica é importante considerar que o pH do suco de
(A) Não utilizar fibras, pelo retardamento na digestão da laranja em relação ao pH gástrico é: (CEARÁ)
gordura; (A) Menos ácido
(B) Não estimular o fracionamento da dieta (B) Igualmente ácido
(C) Utilizar carboidratos em percentual mais baixo (C) Um pouco mais ácido
(D) Consumir líquidos nas refeições (D) Muito mais ácido
(E) Adotar dieta rica em carboidrato e pobre em gorduras
24) Gastrite é um termo genérico que refere-se à
18) Assinale a alternativa onde todos os alimentos pioram inflamação e lesão tecidual resultante da erosão da
os sintomas na presença de refluxo gastroesofágico: (SÃO camada mucosa e exposição das células subjacentes às
JOSÉ) secreções gástricas e às bactérias. A gastrite atrófica se
(A) Leite de vaca desnatado, maçã, chocolate e café caracteriza por: (Maricá – 2007)
(B) Chocolate, café, bebida alcoólica, alimentos (A) reação inflamatória localizada e estenose do piloro
gordurosos (B) hemorragia difusa e atrofia do antro
(C) Leite de vaca desnatado, suco de maçã, café, bebida (C) atrofia e perda das células parietais
alcoólica (D) hemorragia difusa e atrofia do fundo
(D) Maçã, chocolate, bebida alcoólica, alimentos (E) atrofia e perda das células da região do piloro
gordurosos
25) Um paciente com câncer do trato
19) A Síndrome de dumping ocorre pela perda da gastrointestinal,submetido à cirurgia Billroth II, apresenta
regulação do esvaziamento gástrico e das respostas uma: (Maricá – 2007)
gastrointestinais e sistêmicas após uma refeição, (A) esôfagojejunoanastomose
adotando-se como cuidado nutricional: (UFRJ- 2006) (B) gastroduodenoanastomose
(A) Ingerir líquidos junto com as grandes refeições (C) esôfagoduodenoanastomose
(B) Doces após grandes refeições (D) gastrojejunoanastomose
(C) Maior quantidade de leite (E) esôfagoileoanastomose
(D) Uso de TCM nos casos de esteatorréia
(E) Alimentos ricos em proteínas e lipídios 26) Marque a alternativa que descreve os alimentos que
diminuem a pressão do esfíncter esofagiano inferior (EEI)
20) A anemia pode se desenvolver após cirurgia gástrica. e pioram os sintomas do refluxo gastroesofágico: (Maricá –
Das afirmativas apresentadas abaixo não é considerada 2007)
uma causa de anemia na gastrectomia parcial: (A) gorduras, álcool, hortelã
(BOMBEIROS-2001) (B) proteínas, açúcares e café
(A) O rápido esvaziamento do estômago impede a mistura (C) gorduras, açúcares e álcool
completa do alimento com o ácido clorídrico gástrico, (D) frutas cítricas, café e álcool
impedindo a formação ferrosa absorvível (E) massas, chás e açúcares
(B) A mucosa gástrica reduzida impede a produção do
fator intrínseco em quantidades adequadas para 27) A síndrome de dumping: ( Bahia-SES-2005)
permitir a completa absorção da vitamina B12 (A) é um complexo de sintomas induzido pelo
(C) O crescimento bacteriano excessivo no intestino esvaziamneto gástrico retardado.
delgado proximal ou alça aferente se liga a vitamina (B) é a resposta da passagem rápida de uma refeição
B12 e compete com o organismo pela absorção hipertônica pelo intestino.
(D) O ferro ao desviar-se do jejuno, onde 50% da (C) se caracteriza por dor abdominal e diarréia cerca de 3
absorção do ferro ocorre, pode justificar a anemia horas após a refeição.
(E) Ingestão deficiente de ferro, vitamina B12 e ácido (D) não pode ser evitada pela dieta.
fólico (E) pode ser evitada com a ingestão de refeições de alta
osmolaridade.
21) De acordo com a Krause, um dos cuidados que os
pacientes com esofagite devem ter é evitar certos 28) Na síndrome de dumping, para o paciente é incorreto:
alimentos que podem reduzir a pressão do esfíncter (Campinas-2002)
esofagiano inferior. Um destes alimentos é o: (Adaptado da (A) deitar-se após se alimentar
Petrobrás- 2006) (B) evitar tomar líquidoscom as refeições;
(A) abacaxi (C) usar triglicrídeos de cadeia média se apresentar
(B) café esteatorréia;
(C) refrigerante; (D) consumir pequenos volumes e fracionar mais
(D) suco de limão vezes/dia as refeições.
(E) hortelã (E) ingerir doces concentrados e leite.
18
31) Dentre os cuidados nutricionais nos casos de refluxo
gastroesofágico, na fase aguda deve-se recomendar o 37) A esofagite usualmente ocorre como um resultado do
consumo de: (Secretaria de Saúde do Estado do RJ-2009) efeito irritante do refluxo gástrico ácido sobre a mucosa
(A) carminativos esofágica. Certos alimentos e fatores diminuem a pressão
(B) alimentos crocantes do EEI. Assinale o alimento que não exerce este papel:
(C) refrigerantes (São Gonçalo 2010)
(D) tomate A) Azeite
(E) dieta líquida B) Álcool
C) Chocolate
32) São cuidados nutricionais recomendados para D) Carminativos
pacientes com síndrome de dumping: (Secretaria de E) Leite desnatado
Saúde do Estado do RJ-2009)
(A) refeições copiosas 38) Um paciente eutrófico com diagnóstico de refluxo
(B) ingestão de líquidos junto com as refeições gastroesofágico deve seguir uma dieta com as seguintes
(C) alimentos ricos em lipídios características: (Petrobrás 2010)
(D) alimentos ricos em proteínas (A) normocalórica, normoproteica, normoglicídica e
(E) alimentos pobres em fibras normolipídica.
(B) normocalórica, normoproteica, hiperglicídica e
33) Paciente foi submetido à cirurgia gástrica devido a hipolipídica.
câncer gástrico. No pós–operatório, iniciou quadro de (C) normocalórica, hiperproteica, normoglicídica e
plenitude abdominal, náuseas, cólica abdominal, sudorese hipolipídica.
e esteatorréia. A resposta fisiológica apresentada e a (D) hipercalórica, hiperproteica, hipoglicídica e
conduta nutricional indicada são respectivamente: normolipídica.
(Especialização INCA/2009) (E) hipercalórica, hiperproteica, normoglicídica
(A) Síndrome Zollinger Ellison / Evitar líquidos durante ehipolipídica.
refeições
(B) Síndrome de dumping / Usar Triglicerídeo de cadeia 39) O refluxo gastroesofagiano e uma queixa comum nos
média consultorios de Nutricao. Assinale a alternativa que
(C) Úlcera de Curling / Comer em pequenas quantidades descreve adequadamente as caracteristicas quimicas e
(D) Anemia Perniciosa / Fazer dieta hiperprotéica fisicas da conduta dietetica recomendada por Reis (2003)
para essa patologia. (PM 2010)
34) A doença do refluxo gastroesofágico apresenta como (A) Normo tendendo a hiperglicidica; consistencia
quadro clínico pirose, disfagia, regurgitação e dor liquida completa.
retoesternal. (B) Normo a hipolipidica; temperatura normal
O alimento que pode ser ingerido sem restrição, pois não da preparacao.
reduz a pressão do esfíncter esofagiano inferior é o(a) (C) Normoprotidica; fracionamento diminuido.
(Petrobrás 2010) (D) Hiperglicidica; volume aumentado.
(A) leite desnatado.
(B) suco de laranja. 40)Pacientes submetidos à gastroplastia redutora com
(C) tomate. bypass gástrico Y de Roux (Marinha, 2010)
(D) chocolate.
(E) hortelã. (A)Devem receber alimentação por VO, 72 horas após a
cirurgia
35) A úlcera péptica é uma ulceração aguda ou crônica (B) Devem receber alimentação precoce, 12 horas após a
que pode ocorrer em porções do trato gastrointestinal cirurgia através de cateter nasoenterico
expostas às secreções gástricas. Um paciente, na fase ©Devem iniciar dieta com ingestão de líquidos na
aguda da doença, com 40 anos de idade e peso corporal quantidade de 130 a 150ml por hora, durante o dia
de 70 kg, deve ingerir uma quantidade máxima de (D)Devem receber diatea pastosa, sem doces e pobre em
proteína, em gramas, por dia, igual a: (Petrobrás 2010) gordura, aproximadamente 5 semanas após a cirurgia
(A) 84 (E)Apresentam, com freqüência, deficiência de vitaminas
(B) 91 lipossolúveis.
(C) 105
(D) 126 41) A conduta nutricional para pacientes disfágicos
(E) 140 apresenta como um dos seus objetivos a alimentação
segura, prevenindo a ocorrência de broncoaspiração.
36) A Síndrome de Dumping é uma das complicações que Neste sentido, é correto afirmar que: (Marinha ,2010)
um paciente que sofrera uma cirurgia de redução de peso (A)Todos os pacientes disfágicos são capazes de ingerir
do tipo Fobbi – Capella pode apresentar. Portanto, para líquidos com segurança.
evitá-la, o cuidado nutricional para este paciente deve (B)Nos casos de disfagia moderada, deve-se utilizar dieta
contemplar uma dieta: (São Gonçalo 2010) líquida.
C) Os espessantes alimentares comerciais devem ser
A) hiperproteica, hipoglicídica, normolipídica, com utilizados em substituição aos naturais, para alcançar a
fracionamento restrito; consistência desejada das preparações.
B) hiperproteica, rica em TCM e carboidratos simples e (D)Deve-se utilizar refeições e bebidas frias ou quentes
com fracionamento restrito; para estimular os músculos envolvidos na deglutição.
C) hipoproteica, rica em carboidratos complexos, (E) A ingestão de água após a alimentação deve ser
principalmente fibras solúveis, a fim de retardar o estimulada para facilitar o transito do bolo alimentar.
esvaziamento gástrico e pouco volume;
D) hiperproteica, normolipídica, rica em fibras solúveis, a
fim de retardar o esvaziamento gástrico e com volume
restrito;
E) normoproteica, hipolipídica, hiperglicídica, com
fracionamento aumentado e volume reduzido.
19
42) João, 55 anos, pardo, motorista, foi submetido há 15 GABARITO
dias à cirurgia de vagotomia mais antrectomia, devido à
úlcera péptica. Nega tabagismo e relata etilismo(4 garrafas 1 2C 3 4 5 6 7 8 9 10
de cerveja/dia – parou de beber após consulta médica). No A A B B C D A A C
momento apresenta diarréia, dor abdominal e sintomas 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
associados com hipoglicemia. O diagnóstico é de Sd de C B C C D B C B D D
Dumping. Nesse caso, o controle dietoterápico será: 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
(Residência INCA 2010) E C A C D A B E B E
A) Ingerir líquidos às refeições 31 32 33- 34- 35- 37- 38- 39- 40-
B) Baixa osmolaridade alimentar – –D B A A 36- E C B D
C) aumentar volume das refeições E D
D) Aumentar açúcares simples 41 42 43 44 45
-D -B – -E -E
43) Para redução do refluxo gastroesofágico deve-se C
adotar a seguinte conduta (FIOCRUZ 2010): Houve
Recurso!! Questão 43) A questão acima não apresenta itens
(A) evitar alimentos ricos em fibras. condizentes com conduta para REDUÇÃO do RGE.
(B) comer pelo menos uma hora antes de dormir. Apesar do item C não ser considerado errôneo, ele
(C) consumir dieta nutricionalmente completa. apresenta uma conduta vaga, que não especifica
(D) caminhar após as refeições. exatamente itens da alimentação relacionados com o
(E) usar roupas apertadas após a refeição. aumento/intensidade do refluxo. Uma dieta
nutricionalmente equilibrada em macro e micronutrientes,
44) Nos casos de gastrite crônica, devido ao papel do não necessariamente está livre de alimentos (ex:
ácido gástrico no aumento da disponibilidade de alguns carminativos, suco de frutas cítricas, café, chocolate, etc.)
nutrientes, é comum a deficiência de (FIOCRUZ 2010): ou características (Ex: fracionamento, volume e
(A) zinco, ferro e folato. temperatura) que acentuam o refluxo. Desta forma, solicito
(B) cobalamina, piridoxina e selênio. anulação da questão 47, visto que esta apresenta
(C) alfa-tocoferol, magnésio e cálcio. NENHUMA CONDUTA ESPECÍFICA direcionada à
(D) folato, manganês e iodo. REDUÇÃO do refluxo.
(E) vitamina B12, ferro e cálcio. O item A também está errado. Lembrem-se que as fibras,
de forma geral, solúveis + insolúveis, não retardam o
45) Para pacientes com úlcera gástrica, é indicada dieta transito ao ponto de aumentarem o refluxo. Se o item
(IABAS 2010): mencionasse “evitar alimentos ricos em fibras solúveis”
A)Rica em lipídios (ex: pectina), este sim estaria correto.
B)Pobre em potássio
C)Branda
D)Pobre em sódio
E)Rica em fibras
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