Conceitos Da Administração
Conceitos Da Administração
Conceitos Da Administração
DA ADMINISTRAÇÃO
PROF. HEIDER JEFERSON GONÇALVES
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
Reitor:
Prof. Me. Ricardo Benedito de
Oliveira
Pró-reitor:
Prof. Me. Ney Stival
Diretor de Ensino a Distância:
Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo Prof. Me. Fábio Oliveira Vaz
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não Diagramação:
vale a pena ser vivida.” Alan Michel Bariani/
Thiago Bruno Peraro
Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, Revisão Textual:
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica
Gabriela de Castro Pereira/
e profissional, refletindo diretamente em nossa
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim/
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
Mariana Tait Romancini
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente
e busca por tecnologia, informação e conheci-
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta /
mento advindos de profissionais que possuam Heber Acuña Berger/
novas habilidades para liderança e sobrevivên- Leonardo Mateus Gusmão Lopes/
cia no mercado de trabalho. Márcio Alexandre Júnior Lara
De fato, a tecnologia e a comunicação Gestão da Produção:
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, Kamila Ayumi Costa Yoshimura
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e
nos proporcionando momentos inesquecíveis. Fotos:
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino Shutterstock
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes
atuantes.
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
ENSINO A DISTÂNCIA
01
UNIDADE
CONCEITOS E FUNDAMENTOS
DA ADMINISTRAÇÃO
PROF. HEIDER JEFERSON GONÇALVES
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................. 5
IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................. 16
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................................. 19
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ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Nesta primeira etapa iniciaremos com um questionamento muito comum entre os que
buscam o saber administrativo: Mas afinal, o que é Administração? Esse questionamento é o que
irá nortear boa parte deste estudo, nos levando a pensar em formas de como algo deve ser gerido
ou administrado, usando a palavra derivada da administração. Administrar não é algo tão fácil
como alguns pensam, depende de muitos fatores e de muito conhecimento. Atingir uma meta ou
objetivo desejado, ou alcançar o tão desejado sucesso profissional ou empresarial depende sim de
uma boa administração.
Lembremos que até nossa própria vida cotidiana precisa ser administrada para que
não seja um grande fracasso. Nossa carreira precisa ser administrada, nosso dinheiro, e até
nossos problemas! Imaginem então como seria uma organização ou empresa qualquer sem
administração? Um caos com toda certeza. Mas vamos agora conhecer um pouco mais sobre
a história da administração, seus primórdios e principais acontecimentos para que pudesse se
desenvolver no tempo.
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Podemos destacar ainda que na história da humanidade, verifica-se que sempre existiu
alguma forma de associação entre os homens para que através do esforço conjunto, atingissem
objetivos em comum, que isoladamente, não seria possível. Pois bem, o processo de administrar
está vinculado a qualquer situação em que existam pessoas fazendo o uso de recursos para
atingir determinado objetivo, de tais formas, que em muitos casos, embora pareçam inicialmente
rudimentares, manifestava-se alguma forma de administrar organizações já naqueles tempos.
Ainda se tratando de administração, inicialmente o homem regulava as ações e práticas
de sua família, sua casa, sua tribo, sua aldeia, seu povo. Logo depois, no momento em que se
constituíram em sociedade, viram a necessidade de administrar vilas, cidades, estados e até mesmo
nações, como vemos hoje em dia, em que para que isso fosse possível, foram criadas organizações
que reuniam, pessoas, materiais, equipamentos, tecnologia, instalações e informações, entre
outros recursos.
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Muitas referências históricas mostram que até hoje, vários conceitos administrativos que
para alguns parecem ser arcaicos, que surgiram a mais de 1.200 a.C. ainda são usados atualmente
nas organizações contemporâneas.
Existem registros de que a história da administração iniciou-se aproximadamente no
ano 5.000 a.C., na Suméria, quando os antigos Sumerianos procuravam melhorar a maneira
de resolver seus problemas exercitando a arte de administrar. Logo depois, há relatos de que
no Egito, Ptolomeu dimensionou um sistema econômico planejado, que não poderia ter-se
operacionalizado sem uma administração pública bem elaborada, sistemática e organizada.
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Biografia de Confúcio
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Segundo Maximiano (1995, p. 126), por volta de 10.000 a 8.000 a. C., na Mesopotâmia e
no Egito, agrupamentos humanos desenvolviam atividades extrativistas que faziam uma transição
para atividades de cultivo agrícola e pastoreio. Iniciando-se, assim, a chamada Revolução Agrícola,
surgindo as primeiras aldeias, e marcando a mudança da economia de subsistência para a
administração da produção rural e a divisão social do trabalho. Ainda, no período compreendido
entre 3.000 e 500 a. C., a Revolução Agrícola evoluiu para a Revolução Urbana, surgindo, assim,
as cidades e os Estados, demandando a criação de práticas administrativas mais modernas e de
acordo com aquela realidade.
É importante destacar ainda que com o passar dos anos, tem-se observado que a
administração foi sendo construída por influências de diversas áreas do conhecimento humano.
A filosofia, por exemplo, deu grande contribuição para a administração, em que já antes de
Cristo, os filósofos expunham seu ponto de vista sobre esta área tão nova e fascinante que viria a
ser importante nos dias atuais.
O filósofo grego Sócrates (470 a.C. 399 a.C.), por exemplo, em sua discussão com
Nicomaquis, expõe o seu ponto de vista sobre a administração dizendo: “Sobre qualquer coisa
que um homem possa presidir, ele será, se souber do que precisa e se for capaz de provê-lo, um
bom presidente, quer tenha a direção de um coro, uma família, uma cidade ou um exército. Não
é também uma tarefa punir os maus e honrar os bons? Portanto, Nicomaquis, não desprezeis
homens hábeis em administrar seus haveres...”.
Outro importante filósofo grego, Platão, discípulo de Sócrates, (429 a.C. – 347 a.C.), deu
sua contribuição, relatando em sua obra tão famosa e intitulada “A República”, seu ponto de vista
sobre democracia e administração dos negócios públicos. Já Aristóteles, também filósofo grego, e
discípulo de Platão, estudou a organização do Estado e relata três tipos de administração pública:
monarquia, aristocracia e democracia.
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Ainda sobre as organizações militares e, sabe-se que no início do século XIX, Carl von
Clausewitz (1780 – 1831), um general prussiano, escreveu um Tratado sobre a Guerra e os
Princípios de Guerra, falando sobre como administrar os exércitos em períodos de guerra. Foi
ele o grande inspirador de muitos teóricos da administração, que posteriormente se basearam na
organização e estratégias militares defendidas por ele, para adaptá-las à organização de estratégias
empresariais. Segundo Clausewitz, toda organização requer cuidadoso planejamento e rigorosa
disciplina, pois considerava a disciplina como um requisito básico para uma boa organização.
Na medida em que nos aprofundamos nos estudos históricos a respeito da administração, nos
deparamos com muitas concepções que dão o necessário suporte para nosso entendimento, mas
podemos considerar estas, como apenas algumas das principiais contribuições teóricas históricas
a respeito das origens e do significado da administração.
E lembremos que, não se pode administrar absolutamente nada sem planejamento.
Estudar administração é estudar o planejamento de todas as suas formas possíveis, assim como
todos os outros princípios básicos, ou seja, organização, direção e controle. Mas o planejamento
é o princípio de tudo.
O que é planejamento?
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É possível encontrar muitas outras definições, onde de acordo com Ferreira (1993 p. 12),
Administração é Ação de Administrar, Quem administra; e o verbo Administrar significa Gerir
(negócios públicos ou particulares), Dar, ministrar. Mas essa definição já é considerada obsoleta
para o contexto empresarial, principalmente aos dias atuais, considerando que Administração
já envolve uma série de conceitos que vem se aperfeiçoando com o passar do tempo e com
ampla aplicação às novas práticas organizacionais atuais. Segundo Chiavenato (2007, p. 3), “A
Administração é o veículo pelo qual as organizações são alinhadas e conduzidas para alcançar
excelência em suas ações e operações para chegar ao êxito no alcance de resultados”. De modo que
a palavra Administração é oriunda do Latim, onde ad denota direção/tendência para, e minister
significa subordinação/obediência. E ele ainda afirma que, administrar significa “criar condições
ideais de solidariedade para que as pessoas possam se ajudar mutuamente e gerar valor e riqueza
de modo eficiente e eficaz”.
O que é eficácia?
Eficácia tem relação com o resultado referente a uma atividade, é
o fim e não o meio.
Dessa forma, é possível ser eficiente e não eficaz e vice-versa.
Levando em consideração então, que a palavra administração tem sua origem ligada ao
latim ad – direção para, tendência para; minister – subordinação ou obediência, e significa a
função que se desenvolve sob o comando de outro, então, administrar nada mais é que obter
resultados por intermédio de outros, ou fazer as coisas através de outras pessoas, com os melhores
resultados possíveis, onde podemos afirmar ainda que, tecnicamente, a administração constitui
fazer as coisas da maneira mais adequada possível, com o mínimo de recursos – humanos,
financeiros e materiais – com o intuito de alcançar objetivos desejáveis.
Para Maximiano (2004, p. 25),
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FONTE:
Disponível em: <http://www.portal-administracao.com/2017/04/
peter-drucker-o-pai-da-administracao.html>. Acesso em: Fev. 2018.
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Diante de tudo que já foi exposto, pode-se dizer que a Administração significa um
processo para a tomada de decisões, que devem resultar em ações de melhoria nas empresas, e
que segundo Maximiano (2004 p. 34), “(...) compreende cinco processos principais interligados:
planejamento, organização, liderança (...), execução e controle”.
Para Chiavenato (2007, p. 2),
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Assim como nas empresas e em qualquer tipo de organização, as pessoas que convivem
juntas, em um mesmo ambiente tem de se entender e conviver em harmonia, se ajudar, trabalhar
em equipe, em que isso só é possível graças a capacidade das pessoas em administrar seus lares,
negócios ou qualquer tipo de organização. Para entender a importância da administração, é preciso
ir além da interpretação da palavra. É preciso também compreender o papel que a administração
desempenha para as organizações e para a sociedade. As organizações têm objetivos a serem
cumpridos, metas a serem alcançadas, e os Administradores vão decidir quais são os melhores
recursos a serem utilizados para se chegar a tais objetivos.
De acordo com Maximiano (2004), “Administração é o processo de tomar e colocar
em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos. A administração é processo ou
atividade dinâmica, que consiste em tomar decisões sobre objetivos e recursos”. O processo de
administrar (ou processo administrativo) é inerente a qualquer situação em que haja pessoas
utilizando recursos para atingir algum tipo de objetivo. A finalidade última do processo de
administrar é garantir a realização de objetivos por meio da aplicação de recursos. Conforme
cita Drucker (1980), “A administração é importante em qualquer escala de utilização de recursos
para realizarem objetivos – individual, familiar, grupal, organizacional ou social. Inclusive, a
Administração é importante parra o desenvolvimento de um país.”
Lembremos que o processo administrativo é importante em qualquer contexto na
utilização de recursos, mas que a razão principal para estudá-lo é seu reflexo sobre o desempenho
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CONCLUSÃO
Estamos encerrando essa primeira unidade em que pudemos aprender sobre a
Administração e o Processo Administrativo, principais conceitos e fundamentos, sua importância
para a sociedade e um pouco de sua história, e também, sua importância para as empresas e
organizações nos dias de hoje. Não nos esquecendo do planejamento como premissa básica para
o sucesso organizacional, e do processo administrativo formado pelo famoso “PODC”.
Vimos que administrar não é algo tão fácil como alguns pensam, depende de muitos
fatores e de muito conhecimento, e que atingir uma meta ou objetivo desejado, ou alcançar o tão
desejado sucesso profissional ou empresarial depende sim de uma boa administração. Pudemos
entender que até nossa própria vida cotidiana precisa ser administrada para que não seja um
grande fracasso.
Por fim, a Administração encontra-se em todas as áreas, quaisquer que sejam elas,
desde as atividades domésticas, familiares, no dia a dia das pessoas, nas grandes empresas e
multinacionais, mineradoras e hidrelétricas, num consultório médico ou odontológico, escritório
de contabilidade ou advocacia, numa lanchonete ou carrinho de cachorro quente, banca de jornal
e até mesmo no pipoqueiro... Enfim, a Administração está no cotidiano, no dia a dia, ela faz parte
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02
UNIDADE
PRINCIPAIS TEORIAS DA
ADMINISTRAÇÃO – PARTE I
PROF. HEIDER JEFERSON GONÇALVES
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 21
A IMPORTÂNCIA DAS TEORIAS ............................................................................................................................. 22
TEORIA CLÁSSICA .................................................................................................................................................. 23
TEORIA CIENTÍFICA ............................................................................................................................................... 26
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS ...................................................................................................................... 29
TEORIA BUROCRÁTICA ........................................................................................................................................... 33
TEORIA ESTRUTURALISTA ..................................................................................................................................... 37
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................................. 39
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INTRODUÇÃO
Prezado aluno, agora que você já conhece um pouco sobre administração e seus
conceitos mais básicos, abordados na Unidade 1, vamos nesta unidade estudar as principais
teorias da administração, será um estudo mais focado nessas teorias históricas, seus criadores e
colaboradores, e sua importância no desenvolvimento da administração no decorrer dos tempos.
Veremos que as Teorias da Administração podem ser agrupadas de acordo com suas
variáveis, levando em conta as tarefas, a estrutura, as pessoas, o ambiente, a tecnologia e a
competitividade. Todas elas são válidas, no entanto cada autor defende uma ou mais variáveis da
sua teoria. Porém, vale ressaltar que as teorias não são contrárias umas as outras, pelo contrário, elas
se complementam. No entanto, isso não quer dizer que não haja crítica aos conceitos defendidos
por uma anterior, contudo isso vai originar o desenvolvimento de estudos e proposições ainda
mais aprofundadas e complexas, sendo pesquisados ainda mais.
Enfim, todas as teorias foram criadas com o objetivo de resolver os problemas industriais
e corporativos que surgiram em cada época onde todas elas obtiveram sucesso nas soluções para
as dificuldades enfrentadas na sua época.
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De acordo com Rossés (2014), a importância e os motivos que nos levam a estudar as
teorias são os seguintes:
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TEORIA CLÁSSICA
A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol (1841-1925) e sua
característica é a ênfase na estrutura organizacional, levando em consideração a visão do homem
econômico e também pela busca da eficiência máxima e o enfoque na organização formal,
princípios gerais da administração e funções da administração. Ele saiu de uma abordagem mais
simples e global e partiu para uma mais anatômica e estrutural.
Na visão de Carvalho (2008),
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De acordo Chiavenato (2003), Fayol apresenta seis funções básicas que considera
essenciais à toda empresa, que são as funções:
• Autoridade – os administradores devem dar ordens para que as coisas sejam feitas.
Apesar de sua autoridade formal lhes dar o direito de comandar, os administradores nem sempre
induzirão à obediência, a não ser que tenham também autoridade pessoal.
• Unidade de comando – cada empregado deve receber instruções de apenas uma pessoa.
Fayol acreditava que, quando um empregado responde a mais de um administrador, o resultado
gera instruções conflitantes e confusões de autoridade.
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• Remuneração – a compensação pelo trabalho realizado deve ser justa, tanto para os
empregados quanto para os empregadores.
• Ordem – os materiais e as pessoas devem estar no lugar certo e na hora certa. As pessoas,
em particular, devem estar nos serviços ou cargos para os quais sejam mais capacitadas.
Essa teoria, no entanto, sofreu algumas críticas como cita Carvalho (2008):
Argumentavam, também, que havia a manipulação dos trabalhadores por meio dos
incentivos salariais e materiais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade. Ainda
assim, a Teoria Clássica, ofereceu, a partir de seus principais expoentes, conhecimento para as
novas teorias que surgiram, sobretudo em seus aspectos estruturais.
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Disponível em <https://www.ebiografia.com/jules_henri_fayol/>.
Acesso em: fev. 2018.
TEORIA CIENTÍFICA
A Teoria Científica é um modelo de administração desenvolvido pelo americano
Frederick Winslow Taylor no fim do século XIX e início do século XX, que segundo Chiavenato
(2003) foi o fundador da Administração Científica, nasceu na Filadélfia – EUA, filho de família
de princípios rígidos, foi educado com forte disciplina e devoção ao trabalho. Iniciou sua
carreira como operário, passando a outros cargos maiores até chegar a engenheiro. Seu objetivo
é a aplicação do método científico na administração para garantir o melhor custo/benefício aos
sistemas produtivos. Onde expôs suas teorias pela primeira vez em 1903, com a publicação do
livro “Administração de Oficinas”. Sua teoria tinha como ênfase o chão de fábrica (tarefas) e como
enfoque a produção no nível operacional. Ou seja, seu trabalho se deu no chão de fábrica junto
ao operariado, voltado para a sua tarefa.
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Taylor não confiou nos métodos tradicionais de trabalho ele sustentou seu sistema de
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Figura 2 - Operárias em uma fábrica antiga (Experiência de Hawthorne). Fonte: Portal Administração
(2015).
A pesquisa teve maior enfoque na fadiga humana, nos acidentes de trabalho, na alta
rotatividade de pessoal e no efeito das condições de trabalho sobre a produtividade. Ela se
estendeu até 1932, devido a constatação de que os resultados da mesma eram constantemente
alterados por variáveis de natureza psicológica, fato que na época era estranho e não comprovado
cientificamente.
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Como a duração da pesquisa foi longa, ela teve quatro fases, nas quais se pode comprovar
com eficiência que a correlação pretendi da não existia, pois as operárias reagiam às experiências
de acordo com suas suposições pessoais, ou seja, houve a sobreposição do fator psicológico ao
fator fisiológico, e os pesquisador es passaram a se fixar no estudo das relações humanas, segundo
Chiavenato (2003).
1. Este período durou duas semanas foi estabelecida a capacidade produtiva em condições
normais de trabalho 2.400 pessoas que passou a ser comparadas com as dos demais períodos.
2. Este período durou cinco semanas o grupo experimental foi isolado na sala de provas
mantendo as condições e o horário de trabalho normal e medindo-se a ritmo de produção. Serviu
para verificar o efeito da mudança de local de trabalho.
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6. Neste período introduziu-se três intervalos de cinco minutos na manhã e três a tarde.
7. Neste período voltou-se a dois intervalos de dez minutos em cada período servindo
um lanche leve.
10. Neste período o grupo experimental voltou a trabalhar até as 17:00 como no sétimo
12. Neste período voltou-se as mesmas condições do terceiro período tirando todos
os benefícios dados com assentamento das moças. Esse período último e decisivo durou doze
semanas.
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Foi a partir desta fase que as pesquisas deixaram de ter o enfoque na parte científica e
passaram a ter o enfoque nas relações humanas. Depois disso, considerando a boa aceitação do
programa, foi criada a Divisão de Pesquisas Industriais para ampliar o programa de entrevistas.
Para uma empresa que tinha mais de 40.000 empregados, entre 1928 a 1930 foram entrevistados
21.126 empregados. Em 1931, o sistema de entrevista sofreu alterações onde foi adotada a técnica
da entrevista não diretiva na qual o operário se expressava livremente sem que o entrevistador
interferisse ou estabelecesse um roteiro prévio. O resultado do início do programa foi sentido
imediatamente: a produtividade dos operários aumentou e a supervisão melhorou.
Na visão de Fernandes (2010) a melhoria dos resultados dos operários foi atribuída a
um sentimento de importância desencadeado pelo programa. No caso dos supervisores, o
conhecimento dos interesses dos operários foi o responsável pelas sensíveis mudanças no modo
de supervisão.
Portanto, o programa obteve uma boa aceitação tanto por parte dos operários como pelos
supervisores, pois através dele, tiveram a oportunidade de expor seus sentimentos a respeito da
organização como um todo e em contrapartida, os supervisores puderam conhecer os problemas
e anseios de seus subordinados.
De acordo com Chiavenato (2004), “a experiência de Hawthorne foi suspensa em 1932.
Sua influência sobre a teoria administrativa foi fundamental e abalou os princípios básicos da
Teoria Clássica”.
• Integração social como determinante da produção, ou seja, quanto maior sua integração
social no grupo maior será sua vontade de produzir, ao contrário do que dizia a escola clássica,
que coloca fatores físicos como determinantes.
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Enfim, essa experiência proporcionou princípios básicos das relações humanas onde
conclui-se que o nível de produção é resultante da integração social, ou seja, é determinada pela
capacidade física ou fisiológica do empregado.
TEORIA BUROCRÁTICA
Após o surgimento de várias críticas sobre as teorias organizacionais já existentes
principalmente a teoria clássica e a teoria das relações humanas, surge então a Teoria
Burocrática com o intuito de ser uma teoria sólida e abrangente para servir de orientação para os
administradores. Essa Teoria teve como Ênfase a estrutura e como Enfoque a racionalidade com
adequação dos meios para alcance dos objetivos.
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A teoria burocrática tem como base a racionalidade, ou seja, os meios são estabelecidos
e analisados de forma totalmente formal e impessoal, com o objetivo de alcançarem os fins
pretendidos. Com isso, nessa teoria há grande destaque na eficiência. A burocracia, segundo
Weber (1947) apud Chiavenato (2003), tem as seguintes características:
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Weber distingue três tipos de sociedade. A sociedade tradicional tem por predominância as
características patriarcais e patrimonialistas, como por exemplo a família, a sociedade medieval, o
clã e assim por diante. A sociedade carismática tem por predominância as características místicas,
arbitrárias e personalistas, como por exemplo nos partidos políticos, nos grupos revolucionários
e etc. E por fim, a sociedade legal, racional ou burocrática tem por predominância normas
impessoais onde a razão predomina na escolha dos meios e dos fins, como nas grandes empresas,
nos exércitos, nos estados modernos, etc.
Ainda para Weber, a cada tipo de sociedade há um tipo também de autoridade sendo elas:
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Por outro lado, existem também consequências imprevistas e não desejadas, que podem
ocorrer nessa teoria que não devem ser esquecidas, são anomalias de funcionamento, como as
tensões internas, importantes para o contexto geral da organização. Dentre essas disfunções
pode-se citar:
Contudo, pode-se concluir que Max Weber teve uma contribuição muito relevante
para a organização das empresas e instituições. Pois ele encontrou problemas nos processos
de organização das empresas, onde contribuiu com as mesmas fornecendo seu conhecimento
avançado.
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TEORIA ESTRUTURALISTA
A Teoria Estruturalista teve origem a partir dos estudos sobre as limitações e rigidez da
teoria da burocracia onde foi considerado um modelo típico fechado, fundado em uma “teoria da
máquina”. Foi a partir daí que criaram a Teoria Estruturalista, partindo de um desdobramento da
Teoria da Burocracia como a Teoria das Relações Humanas. Esse novo modelo é considerado um
sistema aberto no estudo das organizações se relaciona com o ambiente e com outras organizações.
De acordo com Chiavenato (2003), ao final da década de 1950, as Teorias Clássica e das
Relações Humanas criaram situações sem saída que a Teoria da Burocracia não deu conta de
resolver, e a Teoria Estruturalista foi criada na tentativa de suprir essa carência de soluções na
Administração.
Ainda na visão de Chiavenato, a Teoria Estruturalista teve os seguintes fatos como origem:
• A necessidade que a organização seja vista como uma grande e complexa unidade social,
onde os grupos sociais interagem.
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A Teoria Estruturalista teve como Ênfase a estrutura e como Enfoque uma múltipla
abordagem: Organização formal e informal; Análise intra organizacional e análise inter
organizacional.
Ela está baseada no conceito de estrutura, na qual é um todo composto por partes
que se inter-relacionam. Essa teoria mostra a ideia da sociedade das organizações, na qual as
organizações tanto formais quanto informais dependem uma das outras e com isso fica claro o
papel de destaque que o homem exerce nestas organizações.
A teoria estruturalista considera que as organizações estão em constante interação com
o meio externo, onde isso influencia o comportamento das pessoas, classifica as organizações
como um sistema social cooperativo, ou seja, as pessoas estão sempre interagindo para conseguir
os objetivos organizacionais. Sendo assim, ela é considerada como “sistemas abertos”. Vale
ressaltar que essa teoria não considera somente os fatores externos, mas também os internos,
sendo considerada uma organização flexível, onde as pessoas visam atender os objetivos tanto
• A oposição surgida entre a teoria clássica e a teoria das relações humanas – incompatíveis
entre si – tornou necessária uma posição mais ampla e compreensiva que integrasse os aspectos
considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa. A teoria estruturalista pretende ser uma
síntese delas, inspirando-se na abordagem de Max Weber.
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A mesma estrutura pode ser apontada em diferentes áreas, e a compreensão das estruturas
fundamentais em alguns campos de atividade permite o reconhecimento das mesmas estruturas
em outros campos. O estruturalismo está voltado para o todo e com o relacionamento das partes
na constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de o todo ser maior
do que a soma das partes, são as características do estruturalismo.
Teoria Estruturalista
Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=UynTOJXRcVE>.
CONCLUSÃO
Caro aluno, deste ponto em diante podemos dizer que para se compreender melhor o
processo administrativo, é essencial conhecer e entender as principais teorias administrativas.
Mesmo porque podemos notar que existe uma evolução que leva de uma teoria a outra, ou seja,
é um processo de desenvolvimento constante. Ficou claro que as Teorias da Administração nada
mais são do que práticas de gestão empresarial que foram desenvolvidas segundo as necessidades
de cada época, com o intuito de solucionar determinados problemas administrativos.
E é importante considerar que na história da humanidade, grandes progressos só foram
possíveis com a aplicação sistemática e desenvolvimento científico, ou seja, de teorias comprovadas.
A Administração é uma ciência com princípios e postulados passíveis de verificação empírica e
como tal deve ser valorizada e considerada.
Abordamos nesta segunda unidade desde a Teoria Clássica até a Estruturalista, passando
por outras várias teorias tão importantes quanto, e que com certeza ainda são tão importantes e
muitas são usadas no contexto administrativo empresarial dos dias atuais. E o que iremos estudar
agora em nossa próxima unidade? Daremos continuidade nos estudos de outras importantes
teorias da administração, pois são muitas e relevantes para um aprendizado mais profundo sobre
esse tema.
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ENSINO A DISTÂNCIA
03
UNIDADE
PRINCIPAIS TEORIAS DA
ADMINISTRAÇÃO – PARTE II
PROF. HEIDER JEFERSON GONÇALVES
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 41
TEORIA COMPORTAMENTAL ................................................................................................................................. 42
TEORIA NEOCLÁSSICA ........................................................................................................................................... 46
TEORIA SISTÊMICA ................................................................................................................................................. 51
TEORIA CONTINGENCIAL ....................................................................................................................................... 53
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................................. 56
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INTRODUÇÃO
Prezado aluno, nesta unidade daremos continuidade a abordagem das principais e mais
importantes teorias administrativas, onde devemos destacar que, para um processo administrativo
coerente e eficiente, o conhecimento e aplicação dessas teorias faz toda a diferença, pois como já
vimos na unidade anterior e veremos ainda nesta unidade, as teorias estudadas constituem a base
histórica e sustentável para a prática administrativa.
Qual o empresário, agricultor, engenheiro, gestor, ou até mesmo qualquer tipo de
trabalhador, já não utilizou algumas dessas técnicas apresentadas nas teorias administrativas
para aplicar em suas organizações ou até mesmo em sua vida pessoal? As vezes até mesmo sem
saber o conhecer, utilizaram-se dessas teorias em suas empresas e organizações.
A partir daí, os administradores e empresários deverão entender que além das técnicas
ou ferramentas tão difundidas atualmente pelas organizações e pela própria sociedade, as teorias
administrativas se bem compreendidas e aplicadas poderão trazer algum tipo de vantagem
competitiva perante o mercado e seus concorrentes.
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TEORIA COMPORTAMENTAL
A Teoria Comportamental surge a partir da Teoria das Relações Humanas, mesmo
a criticando, usou de seus conceitos e os utilizou como base para se fundamentar. Seguindo a
mesma linha de se dedicar aos aspectos comportamentais, ou seja, informais e deixando para
segundo plano os aspectos formais.
Essa teoria tem como Ênfase as pessoas e como Enfoque os estilos de administração;
teoria das decisões, integração dos objetivos organizacionais e individuais. Segundo Chiavenato
(2003), a teoria comportamental fundamenta-se no comportamento individual das pessoas, para
explicar o comportamento organizacional. Para os pesquisadores, para melhorar a qualidade de
vida dentro das organizações os administradores precisam conhecer as necessidades humanas para
melhor conhecer o seu próprio comportamento. Essa teoria também considerava indispensável a
valorização do trabalhador em qualquer empreendimento baseado na cooperação.
A Teoria Comportamental é conhecida também como Teoria Behaviorista, onde os
estudos sócios psicológicos realizados pelos autores dessa teoria aprofundaram seus estudos
no campo da motivação humana. Ela deu uma nova direção para a teoria administrativa, onde
abordou as ciências do comportamento, abandonou a posições normativas e prescritivas das
teorias anteriores, adotando as posições explicativas e descritivas.
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O que é Behaviorismo?
Disponível em <https://www.significados.com.br/behaviorismo/>
Acesso em: fev. 2018.
Essa teoria é composta por um complexo sistema de decisões, em que entende-se que todos
os membros que fazem parte da empresa tomam decisões, e não somente o administrador, cada
membro tem uma participação racional e consciente, onde escolhe e toma decisões individuais
sobre alternativas racionais de comportamento. Essa decisão é uma escolha entre possibilidades
ou alternativas e ela acontece para aproveitar oportunidades ou sanar problemas.
Rossés (2014) afirma que alguns autores ponderam que seis elementos são necessários ao
processo decisório:
• Tomador de decisão – é a pessoa que faz uma escolha ou opção frente às várias existentes.
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Com isso, para que se consiga obter um resultado satisfatório ou não o tomador de decisões
precisa estabelecer preferências e formular estratégias para se conseguir o objetivo almejado.
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Pirâmide de Maslow
- Auto realização
- Autoestima
- Necessidades Sociais
- Necessidades de segurança
- Necessidades fisiológicas básicas
Disponível em <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/ar-
tigos/idiomas/definicao-de-teoria-comportamentalista/32338>.
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TEORIA NEOCLÁSSICA
A Teoria Neoclássica teve origem na década de 1950, de modo que a teoria administrativa
passou por um período de remodelação intensa. Com a chegada do desenvolvimento industrial
e econômico, apareceram as mudanças e transformações, surgiu a televisão, o motor a jato e
também o início das telecomunicações, com isso, o mundo organizacional já não poderia ser o
mesmo, se fazia necessário a reformulação também das teorias administrativas.
De acordo com Chiavenato (2003), a abordagem neoclássica nada mais é do que a redenção
da Teoria Clássica devidamente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos
atuais e ao tamanho das organizações de hoje. Ou seja, a teoria neoclássica nada mais é do que
a teoria clássica atualizada e reformulada levando em consideração as circunstâncias da época e
se apoderando das contribuições que todas as outras teorias anteriores puderam fornecer. Essa
teoria tem como Ênfase a estrutura e como Enfoque a prática da Administração onde acontece a
busca concreta e satisfatória por resultados.
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2. Reafirmação relativa dos aspectos clássicos: foi uma reação à influência enorme e
crescente das ciências social-comportamentais no campo da Administração, e em contraposição
aos aspectos administrativos e econômicos que são estruturais e que envolvem as organizações.
Um retorno às origens estruturando a Teoria Clássica, modernizando-a, dando-lhe amplitude e
flexibilidade.
4. Ênfase nos objetivos e nos resulta dos: é em função dos objetivos e resultados que
a organização deve ser dimensionada, estruturada e orienta da, como meio de avaliar seu
desempenho. A Administração por objetivos é produto da Teoria Neoclássica.
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Para a Teoria Neoclássica, a administração tem como função orientar, dirigir e controlar
os esforços de um grupo de pessoas a fim de alcançar um objetivo comum, onde é função do
administrador possibilitar esse grupo de pessoas conseguirem seus objetivos da melhor forma
possível e com menos atrito possível.
Toda organização deve ser considerada sob a perspectiva simultânea de eficácia e
de eficiência, onde a eficácia é a medida do alcance de resultados e a eficiência é a medida da
utilização dos recursos para o alcance dos resultados. Em uma empresa pode-se dizer que a
eficácia é a capacidade de suprir uma necessidade da sociedade através do fornecimento de bens
ou serviços e a eficiência é uma relação entre os recursos que foram aplicados e a obtenção do
produto final, ou seja, é uma relação entre custos e benefícios. Para que uma empresa possa ser
chamada de excelência, a mesma teria que ser igualmente eficiente e eficaz. No entanto, nem
sempre as duas andam juntas, pode-se ter uma empresa que seja eficiente em suas operações e
que não seja eficaz, que seja eficaz e não seja eficiente, ou ainda que não seja nenhuma das duas.
A Teoria Neoclássica trouxe também o conceito de amplitude administrativa, que pode
também ser chamada de ou amplitude de comando ou amplitude de controle, que é estabelecida
de acordo com o número de subordinados que um administrador poderá supervisionar. Outro
assunto muito discutido na Teoria Neoclássica é a centralização versus descentralização, onde
está relacionada a qual nível hierárquico as decisões devem ser tomadas.
Centralização significa que a autoridade para tomar decisões está centrada no topo da
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3. Direção: como terceira função administrativa, tem como papel principal: acionar
e dinamizar a empresa, atos que caracteriza m o papel dinâmico do diretor, está relacionado
aos recursos humanos da empresa e refere-se às relações interpessoais dos administrado res e
seus subordinados. Dirigir significa interpretar os planejamentos para subordinados e ordenar
instruções sobre como executá-las para alcance dos objetivos pretendidos. A direção pode atuar
no nível global, no nível departamental e no nível operacional.
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Por fim, pode-se concluir que a Teoria Neoclássica, surgiu a partir da necessidade em
reformular a Teoria Clássica de acordo com os avanços e modificações ocorridas na época, onde
se utilizou dos conceitos válidos e relevantes oferecidos pela Teoria Clássica e pelas outras teorias
administrativas.
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TEORIA SISTÊMICA
A Teoria Sistêmica surgiu entre 1950 e 1968 com os trabalhos do biólogo alemão Ludwig
von Bertalanffy, cujo um dos trabalhos é a conhecida como Teoria Geral dos Sistemas (TGS). Seu
objetivo é o de produzir teorias e formulações conceituais que seja capaz de criar condições para
aplicar na realidade empírica.
A teoria tem como Ênfase na tecnologia – é o foco das teorias que consideram a
Administração uma ciência que busca das organizações às demandas e situações que ocorrem em
seu contexto externo e como Enfoque a Administração da tecnologia (imperativo tecnológico).
Umas das características dessa teoria é que ela não trata de maneira separada os
inúmeros seguimentos de uma organização, pelo contrário, ela enxerga a organização como um
sistema composto por partes inter-relacionadas, ou seja, um sistema unificado e propositado.
Os administradores veem a organização como um todo, no entanto como parte de um sistema
maior que é o ambiente externo. Ainda sobre esse assunto, Rossés (2014) contribui dizendo
que as organizações são, por definição, sistemas abertos, pois não podem ser adequadamente
compreendidas de forma isolada, mas sim pelo inter-relacionamento entre diversas variáveis
internas e externas, que afetam seu comportamento.
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Dentro da Teoria dos Sistemas existem alguns conceitos relacionados que de acordo com
Carvalho (2008) são:
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Por fim, a Teoria Sistêmica teve uma contribuição significativa para o desenvolvimento
das organizações, onde as orientou para a busca do conhecimento global, do alcance de melhores
resultados, com o ser humano na sua totalidade.
TEORIA CONTINGENCIAL
A palavra contingência significa incerto ou eventual, que pode suceder ou não, refere-se
a uma proposição que só pode ser conhecida pela experiência e pela evidência e não pela razão.
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Ela explica que há uma relação funcional entre as condições ambientais e as técnicas
administrativas corretas para se alcançar a eficácia dos objetivos da organização. Essa Teoria tem
como Ênfase o ambiente tecnológico - é o foco das teorias que consideram a Administração uma
ciência que cuida da aplicação bem-sucedida da tecnologia na atividade organizacional e como
Enfoque a Análise ambiental (imperativo ambiental); Abordagem de sistema aberto.
Segundo Rossés (2014), a abordagem contingencial, algumas vezes chamada de teoria
situacional, foi desenvolvida por administradores, consultores e pesquisadores que tentaram
aplicar os conceitos das principais escolas a situações reais. Quando métodos altamente eficazes
numa situação deixavam de funcionar em outras, eles buscavam uma explicação. Nessa teoria o
administrador precisa identificar qual técnica será usada para melhor contribuir para a obtenção
dos objetivos da organização, considerando a especificidade da situação, a especificidade das
circunstâncias e a especificidade do momento.
De acordo com Chiavenato (2004), a Teoria da Contingência com as pesquisas para avaliar
os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de empresas.
Como resultado, puderam concluir que a estrutura e o funcionamento da organização dependem
da interface com o ambiente. E ainda que tudo é flexível não tendo um único jeito melhor de
organizar.
Carvalho (2008) cita esses pesquisadores e faz uma pequena síntese sobre elas:
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CONCLUSÃO
Prezado aluno, nesta unidade concluímos os estudos das principais teorias da
administração, completando a unidade anterior que também tratou sobre as teorias
administrativas. Atualmente, com as constantes mudanças em nossa sociedade, a administração e
o processo administrativo tornam-se cada vez mais indispensáveis para qualquer tipo de negócio,
assim como o conhecimento das principais teorias administrativas e sua aplicabilidade, pois
conhecendo essas teorias, como se desenvolveram no decorrer da história e principalmente como
usá-las para a melhoria da gestão dos negócios, pode trazer muitos benefícios e gerar vantagem
competitiva sobre os concorrentes e conquista de mercado.
Várias foram as teorias tratadas aqui, dentre elas a Clássica e a Científica, a humanística
e a burocrática, comportamental, contingencial e neoclássica. Enfim, foram muitas e todas elas
com sua importância na história da administração e nos processos administrativos da atualidade
também.
Depois de fundamentadas todas essas teorias, os administradores deverão entender sua
aplicação e benefícios, assim como o melhor momento para cada uma delas, e saber escolher as
que mais se enquadram a realidade, ao momento e necessidades da sua empresa e que supram
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04
UNIDADE
AS ORGANIZAÇÕES E O
PROCESSO ADMINISTRATIVO
PROF. HEIDER JEFERSON GONÇALVES
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 58
AS ORGANIZAÇÕES E O AMBIENTE ORGANIZACIONAL ..................................................................................... 59
CARACTERÍSTICAS, TIPOS E FUNÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES .......................................................................... 69
O PROCESSO ADMINISTRATIVO (PODC) .............................................................................................................. 72
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................................. 74
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INTRODUÇÃO
Prezado aluno, estamos chegando a última etapa da nossa jornada do conhecimento, e
aqui iremos trabalhar o chamado Processo Administrativo. De uma forma mais simples, podemos
dizer que vamos focar um pouco mais no famoso PODC, instituído por Peter Drucker, como já
fora tratado anteriormente em outras unidades desse material.
É importante destacar que para falar sobre o processo administrativo, não podemos deixar
de falar sobre as organizações como um todo, sobre o conceito de organização, suas características,
tipos e funções e também sobre o ambiente organizacional. Pois bem, conhecendo o processo
administrativo (Planejamento, Organização, Direção e Controle = PODC) e as organizações, fica
mais fácil administrar não é mesmo? Então, façamos uma pequena reflexão: Como é possível
uma organização alcançar suas metas e objetivos sem ao menos fazer um planejamento?
Imaginemos então estas sem terem organização de seus ambientes corporativos, ou seja, uma
empresa toda desorganizada, como seria? E quando não há direção e nem liderança? Ninguém
manda, ninguém obedece, ou ninguém sabe quem é quem? E o controle? Imagine uma empresa
que não controla seus gastos por exemplo, está com certeza fadada ao fracasso absoluto. É por
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Organização é uma palavra originada do Grego organon, que significa órgão, instrumento,
utensílio, ou aquilo com que se trabalha. Desse modo, podemos dizer que organização é a forma
como se dispõe um sistema e seu conjunto de atividades para atingir os resultados traçados
(planejados). Podemos falar de organização empresarial, ou organização pessoal, organização
de eventos ou doméstica, entre outras, pois em todas essas aplicações, o mesmo sentido
de organização se baseia na maneira ou forma como as pessoas se inter-relacionam, ou seja,
interagem entre si, e de como acontece a distribuição dos diversos elementos envolvidos, como
tarefas e trabalhos a serem realizados, visando assim uma mesma finalidade.
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Vejamos alguns exemplos: Onde você trabalha? Se não trabalha, onde estuda? Os
produtos que consumiu hoje em suas refeições, de onde vieram? De onde vem a água, energia
elétrica, internet? E os serviços públicos que você utiliza? Pois bem, são inúmeros os exemplos de
organizações a qual nos envolvemos no nosso dia a dia.
Destacamos que o homem moderno passa a maior parte de seu tempo dentro das
organizações, das quais depende para nascer, viver, aprender, trabalhar, ganhar seu sustento, obter
produtos e serviços que consome e necessita para o seu dia a dia, e que durante a maior parte
de nossas vidas, somos membros de alguma organização: nossa família, faculdade ou qualquer
curso, uma equipe de esportes seja qual for, grupo de trabalho ou de amigos, organização religiosa
ou uma empresa.
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Mas, não nos esqueçamos também, que esta foi aperfeiçoada pelas organizações
militares durante séculos. E que são valores herdados pela administração devido à influência das
organizações militares:
Falando em organização, é muito comum nos referirmos a ela como empresa, o que
está correto, pois toda empresa é uma organização. É importante frisar que Empresa é todo
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• Organizações do Governo – que são administradas pelo governo e têm como objetivo
prestar serviços à comunidade em geral, e são mantidas pela arrecadação de impostos, taxas e
contribuições.
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• Marketing – é o processo usado para determinar que produtos ou serviços serão ofertados
e/ou desenvolvidos e que poderão interessar aos consumidores, assim como a estratégia que
será utilizada nas suas vendas, comunicações e no desenvolvimento do negócio. A finalidade do
marketing é criar valor e satisfação no cliente, gerindo relacionamentos lucrativos para ambas as
partes. As atividades de um gestor de marketing abrangem um leque muito grande de atividades,
desde o estudo de mercado, como atividade base, definição de estratégias, comunicação, vendas
e pós-venda.
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