Relatorio Final Gabriel
Relatorio Final Gabriel
Relatorio Final Gabriel
Relatório Final
Registro/SP
junho/2022
Resumo do proposta submetida
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No cenário mundial a cultura do café se encontra entre os produtos mais
comercializados e rentáveis representando fonte de renda para vários países. A espécie
Coffea canephora L. se destaca na cafeicultura do Brasil, possuindo grande importância para
a economia na contribuição como agente atuante positivo na balança comercial brasileira.
Diante dessa importância econômica, objetiva-se com o projeto avaliar o desempenho
reprodutivo e fitossanitário de 20 clones de cafeeiro Coffea canephora no Vale do Ribeira
Paulista, aliado à boas características agronômicas, a fim de gerar informações que
contribuam para a recomendação técnica desses clones para a região. O experimento foi
instalado em dezembro de 2018, no Câmpus Experimental da Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita filho” – UNESP, em Registro-SP, no espaçamento de 3,00 x 1,0m. O
delineamento experimental utilizado é o de blocos casualizados, com três repetições, e
parcelas de 10 plantas, sendo considerada como parcela útil as oito plantas centrais. Foram
avaliadas as seguintes características: produtividade; percentagem de frutos chochos, cerejas,
verdes e secos, incidência de cercosporiose nas folhas dos cafeeiros, incidência e severidade
da ferrugem, incidência de bicho-mineiro e incidência de phoma. As análises estatísticas dos
dados já coletados foram realizadas utilizando-se o programa computacional Sisvar (Ferreira
2000). Os dados médios das características avaliadas foram submetidos à análise de
variância pelo teste F e, as médias comparadas pelo teste de Skott Knott a 5% de
probabilidade.
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1 INTRODUÇÃO
Uma região de grande potencial para o cultivo do café no Estado de São Paulo é o
Vale do Ribeira. Essa região está localizada no sul do estado de São Paulo e norte do estado
do Paraná, abrangendo a Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape e o Complexo
Estuarino Lagunar de Iguape-Cananéia-Paranaguá. Sua área é extensa com cerca de 2,83
milhões de hectares, abriga uma população de 481.224 habitantes, de acordo com o Censo do
IBGE de 2000 e inclui integralmente a área de 31 municípios (9 paranaenses e 22 paulistas).
Existem ainda outros 21 municípios no Paraná e 18 em São Paulo que estão parcialmente
inseridos na bacia do Ribeira.
Duas espécies de café são as mais cultivadas comercialmente, no mundo e no Brasil,
sendo a Coffea arabica, que produz os cafés arábicas, considerados de melhor qualidade e a
espécie Coffea canephora, que dá origem aos cafés robusta, de qualidade inferior. No
mercado, os cafés arábica representam cerca de 65% do consumo mundial e o robusta 35%,
com crescimento grande observado para o robusta nas últimas décadas. As variedades de café
arábica são mais adaptadas às regiões de clima mais ameno, com temperaturas médias anuais
de 19-22º C, enquanto o robusta é bem adaptado a climas mais quentes, em zonas de altitudes
mais baixas, com temperaturas médias na faixa de 22-26º C. No Brasil o café robusta-conilon
é cultivado principalmente nas regiões de baixa altitude no estado do Espírito Santo, pouco
no Vale do Rio Doce em Minas e Extremo Sul da Bahia e em Rondônia.
As áreas aptas ao cultivo do café robusta são aquelas que apresentam temperatura
média anual entre 22 e 26oC e déficit hídrico inferior a 200 mm/ano, podendo-se considerar
como marginais, áreas com déficit hídrico de até 300 mm/ano (MATIELLO, 1998). Segundo
o mesmo autor, no Brasil, considerando-se as exigências térmicas e hídricas, existem áreas
aptas nos estados do Amazonas, Acre, Roraima, Amapá, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pernambuco.
O cultivo de Coffea canephora no Brasil vem se expandindo rapidamente, com forte
tendência de aumento, a despeito dos menores preços alcançados pelo produto, que tendem a
oscilar entre 10 e 15% abaixo do preço dos arábicas locais (MATIELLO, 1998). Este fato
decorre do menor custo de produção do café conilon, proporcionado por sua menor exigência
em tratos fitossanitários e de seu maior potencial produtivo.
Com o crescimento da demanda pelo robusta pelas indústrias de café expresso,
cápsulas e outras bebidas à base de café, a APTA e o Centro de Café do Instituto Agronômico
(IAC) têm se dedicado a desenvolver pesquisas para selecionar clones de robusta adaptados
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às condições paulistas. “A maior parte das torrefadoras e indústrias de café solúvel estão em
São Paulo. Por que não oferecer o produto aqui, o que implica em menor custo, do que ter
que trazê-lo do Espírito Santo?,” explica o pesquisador Júlio Cesar Mistro, responsável pelo
projeto no IAC.
Dados preliminares da Secretaria de Agricultura paulista indicam que a produção do
café robusta oferece uma rentabilidade entre 20% e 30% superior à do café arábica, mesmo
com um preço 45% menor que o da variedade mais nobre. O custo inferior e a alta
produtividade justificam o investimento no plantio em terras paulistas.
Desse modo, em contraste ao valioso patrimônio ambiental, o Vale do Ribeira, é
historicamente uma das regiões mais pobres dos estados de São Paulo e Paraná. Seus
municípios possuem índices de desenvolvimento humano inferiores às respectivas médias
estaduais, assim como os graus de escolaridade, emprego e renda de suas populações, entre
outros indicadores, são tradicionalmente menores do que os de outras populações paulistas e
paranaenses.
Os principais ciclos econômicos que se instalaram no Vale do Ribeira ao longo da
história foram a exploração aurífera, a partir do século 17, e de outros minérios até décadas
recentes, e as culturas do arroz, do chá, banana e tentativas de estabelecer a cultura do café.
Estes ciclos transformaram o Vale do Ribeira em fornecedor de recursos naturais de baixo
custo, explorados sem qualquer respeito ao patrimônio ambiental e cultural e sem geração de
benefícios para a população residente.
Apesar da pesca exercer papel fundamental na ocupação e desenvolvimento
econômico das comunidades locais do Vale do Ribeira, é importante ressaltar que a
agricultura continua sendo a principal atividade e fonte de renda da população desta vasta
região paulista. Atualmente, existe produção e comercialização de mudas de espécies nativas
da Mata Atlântica, manejo do palmito nativo de juçara aproveitando somente as frutas das
árvores, plantio de banana em grande escala, açaí, pupunha, arroz, chá-da-índia, produções de
vários tipos de flores, folhagens e frutos com o plantio de maracujá, goiaba, cupuaçu, etc.
Devido à sua proximidade com a capital de São Paulo e Curitiba-PR, outras opções
agrícolas devem ser pesquisadas para o Vale do Ribeira. Nesta região, grande número de
produtores, desenvolve agricultura de subsistência e, neste caso, o cultivo do café deveria ser
mais bem investigado a fim de proporcionar uma nova opção agrícola. De acordo com o
Sebrae, o Vale do Ribeira atualmente se caracteriza pela grande concentração de pequenas
propriedades, com até 50 hectares. Essas propriedades são representadas pela agricultura
familiar.
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Com base no exposto, objetiva-se com o trabalho avaliar o desempenho reprodutivo e
fitossanitário de 20 clones de cafeeiro Coffea canephora no Vale do Ribeira Paulista, aliado à
boas características agronômicas, a fim de gerar informações que contribuam para a
recomendação técnica desses clones para a região.
2 MATERIAL E MÉTODOS
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Percentagem de frutos verdes: amostrados frutos das seis plantas centrais de cada
parcela (500ml por parcela), em ramos plagiotrópicos localizados nos quatro
quadrantes.
Percentagem de frutos passas/secos: amostrados frutos das seis plantas centrais de
cada parcela (500ml por parcela), em ramos plagiotrópicos localizados nos quatro
quadrantes.
Percentagem de frutos chochos: utilizada a metodologia proposta por Antunes &
Carvalho (1954) em que se coloca 100 frutos cereja em água, sendo considerados
chochos aqueles que permaneceram na superfície.
Incidência de cercosporiose nas folhas dos cafeeiros: as avaliações foram mensais, a
partir agosto de 2021. O bolsista auxiliou seu orientador nas avaliações da incidência
da doença. Para cada avaliação, foram avaliadas as folhas do terceiro ou quarto par a
partir da ponta de ramos do terço médio das plantas úteis (MORAES, 1998)
Incidência da mancha de phoma nas folhas dos cafeeiros: o bolsista auxiliou seu
orientador nas avaliações da incidência da doença. Para cada avaliação, foram
avaliadas as folhas mais novas da ponta de ramos do terço médio das plantas úteis,
efetuando-se a contagem de folhas atacadas, sendo avaliadas 50 folhas de cada lado
do tratamento, totalizando 100 folhas. Também essa avaliação teve início em agosto
de 2021.
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Os dados obtidos durante o experimento foram inicialmente testados quanto às pré-
suposições e posteriormente submetido à análise de variância considerando um modelo
estatístico com medidas repetidas no tempo com a utilização do software R (R Development
Core Team 2010). Para as variáveis onde a diferença entre tratamentos for significativa, as
médias das cultivares foram agrupadas pelo teste Scott knott ( = 0,05).
As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o programa computacional
Sisvar (Ferreira, 2000). Foi verificada a significância, a 5% de probabilidade, pelo teste F. A
partir da detecção de diferenças significativas entre tratamentos e suas interações, foram
feitos os desdobramentos e as médias comparadas entre si pelo teste de Scott Knott.
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Tabela1. Produtividade inicial (sacas 60kg .ha-1), percentagem média de frutos cereja, verde, passa e seco de 20 clones de
Cafeeiro Coffea canephora, cultivados em Registro-SP
Clones Produtividade Cereja Verde Passa Seco Chocho
2V 34,5 B 38,3 B 34,6 B 22,9 A 4,2 B 2,7 A
3V 34,1 B 16,4 B 50,8 A 24,1 A 8,6 A 6,7 A
4V 19,4 B 57,8 A 12,6 B 18,0 A 11,5 A 2,7 A
5V 32,9 B 30,0 B 59,6 A 7,1 A 3,3 B 5,3 A
6V 36,5 B 41,9 B 24,3 B 23,2 A 10,5 A 3,3 A
8V 60,9 A 27,0 B 63,7 A 5,5 A 3,8 B 11,3 A
10V 30,4 B 42,1 B 37,9 B 16,1 A 3,9 B 0,7 A
13V 42,3 A 44,5 A 26,7 B 15,7 A 13,1 A 0,1 A
401 48,1 A 61,0 A 11,4 B 17,2 A 3,4 B 4,7 A
402 49,6 A 54,5 A 27,0 B 14,2 A 4,2 B 0,1 A
403 48,3 A 57,1 A 13,8 B 21,1 A 8,1 A 0,7 A
404 31,8 B 57,4 A 19,7 B 17,2 A 5,6 B 2,3 A
405 25,6 B 48,0 A 20,7 B 14,4 A 16,8 A 4,7 A
406 20,5 B 46,7 A 29,8 B 13,8 A 9,7 A 0,7 A
407 52,1 A 56,1 A 18,3 B 15,0 A 10,5 A 4,0 A
408 28,4 B 38,4 B 48,0 A 11,1 A 2,4 B 2,7 A
409 54,3 A 58,2 A 23,7 B 12,7 A 5,4 B 1,7 A
410 45,1 A 30,5 B 32,6 B 29,0 A 7,8 A 0,1 A
411 40,8 A 24,2 B 29,4 B 38,2 A 8,2 A 1,3 A
412 33,1 B 35,9 B 48,7 A 13,9 A 1,4 A 0,7 A
Média 33,10 43,30 32,03 17,53 7,13 2,80
CV(%) 38,43 26,11 51,40 49,78 49,16 162,66
Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott à 5% de probabilidade.
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As percentagens de frutos verdes observadas variaram entre 11,4 e 63,7%, sendo que
os clones 3V, 5V, 8V, 408 e 412 apresentaram os percentuais mais elevados de frutos verdes
se comparado aos demais estádios de maturação, indicando ciclo mais tardio de
desenvolvimento dos frutos, nesta fase inicial do desenvolvimento reprodutivo das plantas
(Tabela 1). A percentagem de frutos desprovidos de endosperma variou entre 0,1 e 11,3%.
Cultivares comerciais têm em média, menos de 5% de frutos chochos (Tabela 1). Os valores
observados na média apresentaram satisfatórios, não apresentando dessa forma uma anomalia
na formação dos grãos.
A incidência de pragas e doenças de importância para a cultura do café canéfora
foram avaliadas a partir de agosto de 2021. Os resultados obtidos, no período de avaliação,
são apresentados na figura 1.
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Figura 01. Percentagem de incidência de praga e doenças nas folhas de Coffea canephora
nas condições do Vale do Ribeira Paulista entre os períodos de agosto/2021 a junho/2022, da
praga bicho mineiro (BM) e das doenças fúngicas: mancha de phoma, cercospora e ferrugem.
Dentre as avaliações realizadas, a doença Mancha de Phoma foi a que mais incidiu
durante o período e em todos os clones, diferente do observado da cercosporiose e ferrugem,
o quais foram observados em apenas alguns clones. Quanto ao bicho mineiro a sua incidência
foi baixa, havendo picos de incidências nos meses de agosto, setembro e outubro.
Segundo TOMAZIELLO et aI. (1997), as principais pragas que têm provocado
prejuízos para os cafeeiros são: bicho-mineiro, broca-da-café, cigarras e nematóides nas
raízes. Esses autores afirmam também que as principais doenças são a ferrugem, a phoma e a
cercosporiose.
A Mancha de Phoma incidiu com maior frequência e de forma variada nos quatro
primeiros meses, correspondentes a agosto, setembro, outubro e novembro para praticamente
todos os clones (Figura 1). Os clones 6, 12, 15, 16 e 18 foram os que tiveram uma maior
suscetibilidade a manifestação desta doença, atingindo taxas de 8% ou mais de folhas
incididas pela doença (Figura 1). No entanto, vale destacar os clones que obtiveram médias
de incidência abaixou ou igual a 6%, podendo ser classificada como uma planta mais
tolerante a esse patógeno, sendo eles os clones: 1, 3, 5, 8, 9, 10, 13, 14, 19 e 20 (Figura 1)
Zambolim, Vale e Zambolim (2005) citam que, para favorecer a ocorrência da
Mancha de Phoma, há a necessidade de chuvas, neblina e alta umidade, entre outros fatores,
como temperatura próxima a 18 ºC e ventos frios.
Segundo Santos et al. (2014) um dos fatores que favorecem Mancha de Phoma é a
umidade relativa elevada. Almeida & Matiello (1989) quantificaram perdas de 15% a 43% na
produção de cafeeiro devido à infecção de Phoma tarda na parte superior da planta, mas isso
ocorreu em regiões favoráveis à doença com temperatura em torno de 20 °C e umidade
relativa superiora 80%.
Quanto a doença Cercosporiose e a praga Bicho Mineiro não houve grande variação
da incidência durante todo o período de análise.
Para a incidência de Bicho Mineiro vale destaque para os clones 6 e 12 (Figura 1), os
quais foram os únicos que obtiveram a maior incidência, com taxa de 3% de folhas atingidas
pela praga no mês de setembro de 2021, diferindo dos restantes, os quais obtiveram
porcentagens abaixo desta durante todo o período de avaliação.
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De acordo com REIS et al. (2010), o café conilon é considerado moderadamente
tolerante ao ataque do bicho-mineiro, no entanto, COSTA et al. (2001), relatam a praga como
sendo a principal na cafeicultura do estado de Rondônia. Lavouras conduzidas com maior
espaçamento entre plantas têm apresentado maior infestação da praga, e quando associadas a
veranicos os ataques tornam-se mais severos (FORNAZIER et al., 2017).
Segundo Reis & Souza (1986), a ocorrência do bicho-mineiro está condicionada a
diversos fatores. Entre eles estão as condições climáticas: a precipitação pluvial e a umidade
relativa influenciam negativamente a população da praga, ao contrário da temperatura, que
exerce influência positiva; a presença ou ausência de inimigos naturais, como parasitos,
predadores e patógenos, além de lavouras bem espaçadas, favorecem as infestações dessa
praga. Parra et al., (1992) menciona que a nutrição da planta também exerce influência, pois
cafezais bem nutridos resistem melhor à praga.
De acordo com Melo (2005), em Coffea canephora normalmente não são encontradas
infestações significativas do bicho-mineiro comparado ao C. arabica, o qual apresenta maior
suscetibilidade
Para a Cercosporiose, a incidência foi praticamente inexistente em todos os clones,
podendo assim dizer que todos os clones avaliados são tolerantes a esta doença nas condições
analisadas.
Talamini et al. (2003) e Santos et al. (2004) observaram menor incidência da
cercosporiose em plantas de café irrigadas em relação às desprovidas de irrigação. Maiores
umidades relativas resultaram em menores incidência da cercosporiose (Paiva et al., 2012).
Chaves et al. (2015) estudando o potássio, fósforo, boro e irrigação na distribuição
espaço-temporal da cercosporiose do cafeeiro observou que a partir do mês de outubro do
primeiro ano de avaliação, ocorreu aumento gradual da precipitação juntamente com o
aumento das temperaturas e da umidade relativa, reduzindo a intensidade da doença, fato
também observado por Talamini et al. (2003).
A ferrugem também foi pouco incidente neste período, de forma geral, os clones
tiveram uma boa tolerância a incidência deste patógeno. Vale destaque negativo para os
clones 7 e 10, os quais obtiveram os maiores índices durante o intervalo de avaliação (Figura
1).
Apesar da rusticidade, as variedades Conilon e Robusta são atacadas por diversas
pragas e doenças. Dentre as principais doenças fúngicas do cafeeiro, destacam-se a
Cercosporiose (Cercospora coffeicola Berk. & Cooke) e a Ferrugem (Hemileia vastatrix
Berkeley & Broome) que ocasionam perdas na produtividade, estimadas entre 35 e 40% na
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ausência de medidas de controle (CARVALHO & CHALFOUN, 1998). Doenças fúngicas
que neste trabalho expressaram pouca incidência, demonstrando a maior tolerância destes
clones nas condições climáticas da região. Dados estes, também preliminares, mas de grande
importância e positivas para o desenvolvimento da cultura na região do Vale do Ribeira
Paulista.
4. CONCLUSÃO
5 DIVULGAÇÃO E AVALIAÇÃO
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta inicial do trabalho foi concluída com êxito, de forma que foi caracterizado
o desempenho reprodutivo inicial, além de avaliações da incidência das principais pragas e
doenças da cultura. No entanto, o projeto sugere uma continuidade, visto que se trata de uma
cultura perene, e outras variáveis, principalmente de caráter reprodutivo, entrarão no
cronograma das avaliações da próxima etapa a fim de validar os resultados preliminares
encontrados na primeira fase do projeto.
Dessa forma, na segunda etapa do trabalho, será realizado a caracterização do
desenvolvimento reprodutivo dos clones, por meio da produtividade das plantas, além de
aprofundar na avaliação da classificação física dos grãos de café.
Também será objeto de estudo na segunda etapa do projeto a caracterização das
condições climáticas que serão realizadas a partir de dados diários de radiação global,
radiação fotossinteticamente ativa (PAR), condições de céu (cobertura do céu por nuvens),
temperatura do ar, umidade relativa do ar e precipitação
Dessa forma para o complemento do trabalho será de grande importância a
manutenção da bolsa com a prorrogação por mais um ano, a fim de possibilitar a
continuidade dos estudos na segunda etapa do projeto gerando informações importantes que
contribuam para a recomendação técnica desses clones para a região do Vale do Ribeira
Paulista.
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a conversão para sacas de 60 kg beneficiado/ha, de acordo com o rendimento real de
cada parcela;
Uniformidade de maturação: um dia antes da colheita será atribuído notas ente 1 e 3,
sendo considerado 1 clone precoce, e médio e 3 clone tardio em seu grau de
maturação
Percentagem de frutos chochos: será utilizada a metodologia proposta por Antunes &
Carvalho (1954) em que se coloca 100 frutos cereja em água, sendo considerados
chochos aqueles que permaneceram na superfície.
Classificação do café (Peneira): A classificação por peneira será feita após o
beneficiamento, passando-se uma amostra de 300 gramas em peneira com crivo
oblongo de 11 x ¾ de polegada para a retirada dos grãos moca e, posteriormente, a
amostra foi passada pelo conjunto de peneiras (12/64 a 19/64). O material retido em
cada peneira foi pesado determinando-se a porcentagem de cada peneira, sendo esta
característica expressa pela porcentagem de grãos chatos retidos nas peneiras 16/64,
17/64, 18/64 e 19/64, chamada, então, de grãos peneira 16 acima (BRASIL, 2003)..
Vigor vegetativo: será avaliado atribuindo-se notas conforme escala arbitrária de 10
pontos, sendo a nota 1 conferida às piores plantas, com o vigor vegetativo muito
reduzido e acentuado sintoma de depauperamento e a nota 10 às plantas com
excelente vigor, mais enfolhadas e com acentuado crescimento vegetativo dos ramos
produtivos, conforme sugerido por Carvalho et al. (1979).
Estudo climático: será realizado uma caracterização das condições climáticas que
ocorrerão durante o período experimental serão realizadas a partir de dados diários de
radiação global, radiação fotossinteticamente ativa (PAR), condições de céu
(cobertura do céu por nuvens), temperatura do ar, umidade relativa do ar e
precipitação. Os dados de PAR serão fornecidos pela estação de Radiometria Solar de
Registro/SP enquanto os demais serão fornecidos pela Estação Meteorológica do
INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) em Registro-SP.
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8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Coleta de dados climáticos - - - - - - - x x x x x
Condução dos experimentos e
- - - - - - - x x x x x
tratos culturais
Avaliação da produção - - - - - - - x x x - -
Avaliação do vigor vegetativo - - - - - - - x - - - -
Avaliação da uniformidade de
- - - - - - - x - - - -
maturação
Avaliação da percentagem de
- - - - - - - x x - - -
frutos chochos
Avaliação da classificação física
- - - - - - - x x x x -
dos grãos do café
2023
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Coleta de dados climáticos x x x - - - - - - - - -
Condução dos experimentos e
x x x x x x x - - - - -
tratos culturais
Avaliação da produção - - - - - x x - - - - -
Avaliação do vigor vegetativo - - - - - - - - - - - -
Avaliação da uniformidade de
- - - - - - x - - - - -
maturação
Avaliação da percentagem de
- - - - - - x - - - - -
frutos chochos
Avaliação da classificação física
- - - - - - x - - - - -
dos grãos do café
Tabulação dos dados e análise
- - - - x x x - - - - -
estatística
Redação de artigos científicos e - - - - - x x - - - - -
trabalhos para publicação em
7
8
congressos
Relatório final - - - - - - x
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10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, D. F. (2019). SISVAR: A computer analysis system to fixed effects split plot
type designs. Revista Brasileira de Biometria, 37(4), 529-535.
https://doi.org/10.28951/rbb.v37i4.450
FIGUEIREDO, L.P. et al. The potential for high quality bourbon coffees from different
environments. Journal of agricultural science,5(10),87-98,2013.
DOI:10.5539/jas.v5n10p87
9
10
11 ANEXOS
An
exos 1 e 2:Detalhes da abanação do café colhido e quantificação da produção em litros.
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frutos cereja, verde, passa, seco.
Anexos 5 e 6:Detalhe da florada e maturação dos frutos nos clones de canéfora em estudo
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em terreiro suspenso.
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