TCC - Carga Térmica Visando Conforto Termico
TCC - Carga Térmica Visando Conforto Termico
TCC - Carga Térmica Visando Conforto Termico
Caruaru – PE
2021
VITOR DANIEL DA SILVA BELO
Caruaru – PE
2021
Dedico esse trabalho
primeiramente a Deus por ser tão
fundamental e presente na minha vida,
segundo a minha família por me dá a
oportunidade de chegar até aqui em
minha graduação.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeira a Deus “Pois todas as coisas vêm d’Ele, existem por meio
dEle e são para Ele, A Ele seja toda a glória para sempre” Romanos 11:36, que por
sua Graça me deu sabedoria para chegar até aqui e realizar este trabalho.
Aos meus pais, irmãos, namorada e amigos por me apoiarem, entenderem a
minha ausência e me incentivar até aqui.
Ao professor orientador pelo suporte dado em toda elaboração deste trabalho
e ensinamento durante o curso.
A todos que de alguma forma contribuíram para que eu conseguisse chegar
até aqui em minha graduação.
RESUMO
From the beginning man has been looking for ways to provide well-
being and comfort in his day to day. One of the factors that directly
influences your well-being is the temperature of the environment in which
it is, in the hottest place is often that we can find people complaining about
heat, raising up to their stress level.
Thermal comfort is a man's state of satisfaction in which he feels
good in a given environment. To achieve the thermal comfort of the
environment, calculations established by standards were developed to
stipulate the appropriate thermal load to achieve thermal comfort in the
desired environment.
Due to the difference in the metabolism of each individual, it is not
possible to establish the feeling of comfort for 100% of individuals, thus
reaching about 80% of the individuals present in the environment.
Thinking about it was developed a program using office Excel, which allows
obtaining the appropriate thermal load for the environment for thermal comfort. It can
then be used to assist engineers who work in the area.
5 Conclusão.................................................................................................................. 44
1
Foi em busca de proporcionar o conforto térmico que em 1902 o jovem
engenheiro Wlillis Carrier, tentava solucionar o problema de calor na empresa
Sackett-Wilhelms Lithography and Publishing em Nova York, criando então o ar-
condicionado o qual é muito utilizado até os dias de hoje .
O conforte térmico é definido como um estado da mente que expressa
satisfação do homem em determinado ambiente, ou seja, é ver como o ambiente
permite que o indivíduo sinta-se confortável no ambiente, podendo passar o tempo
que for necessário sem que venha sofrer sensação de frio ou calor. Para que isso
aconteça, a troca de calor entre o corpo humano e o ambiente em que ele se
encontra deve ser sem haver esforços, possibilitando então uma sensação de
conforto térmico.
Para que haja o conforto no ambiente é necessário utilizar o equipamento
correto, pra escolha certa, são realizados cálculos estabelecidos por normas,
trazendo as variáveis e as formulas que deve ser levadas em consideração para um
bom dimensionamento e escolha do ar-condicionado apropriado para o ambiente. As
normas utilizadas nesse trabalho foram NBR15220,NBR6401 e ABNT2008B.
Com isso fez-se possível o desenvolvimento de um programa, baseado em
normas com o intuito de auxiliar engenheiros a desenvolver o dimensionamento de
carga térmica adequado, de forma mais automatizada, onde ele deverá informar as
variáveis de seu ambiente e terá o valor da carga térmica apropriada para o local
desejado.
2
1.2 Objetivo
Este trabalho pretende realizar uma análise nas condições de conforto
térmico, desenvolver os cálculos necessários para obtenção do valor da carga
térmica apropriada para o ambiente. Será desenvolvido um programa através do
office Excel, o qual auxiliará engenheiros no dimensionamento e calculo da carga
térmica, podendo ser feito de forma automatizada. Todas os cálculos e tabelas
utilizadas neste trabalho cumprem exigências das normas NBR 15220, NBR16401 e
ABNT2008B.
3
2 Revisão Bibliográfica
Hoje em dia os estabelecimentos em geral sendo ele comercial, industrial ou
residencial, buscam por meios que proporcionam conforto, havendo a necessidade
de manter o ambiente interno em condições favoráveis podendo fazer isso de forma
econômica. Para o desenvolvimento de um bom projeto de ventilação, aquecimento
e ar condicionado (VAAC) é necessário que haja uma serie de estudos que deve se
originar nas paredes que constituem aquele ambiente (Wilbert F. Stoecker e Jerold
W. Jones,1985).
5
atividades exercidas irão interagir diretamente com esses parâmetros que devem ser
controlados para que haja um bom dimensionamento e uma boa sensação térmica.
2.2 Qualidade do Ar
Existem ambientes aparentemente confortáveis, porém não são
ambientes saudáveis, hoje em dia o quesito “Conforto” é levado em consideração
por todos os profissionais. A saúde, segurança e custo vêm crescendo em
importância nas indústrias, porém o conforto ainda é uma das maiores
preocupações dos projetistas.
A qualidade do ar é de fundamental importância para o conforto térmico,
podendo existir as fontes de poluição interna e externa. Para garantir um ambiente
sadio, é necessário estudar formas para eliminar a poluição do ambiente, para isso
um sistema de ventilação acaba se tornando mais eficaz do que um sistema de ar
condicionado (Wilbert F. Stoecker e Jerold W. Jones,1985).
Como falado anteriormente, podem existir dois tipos de poluentes para
o ar de determinado ambiente. A poluição interna pode acontecer de variadas
formas, como por exemplo: animais, plantas e pessoas que estrão naquele ambiente
também podendo acontecer devido a materiais de limpeza, e outros meios. Já os
6
poluentes externos são devido ao ar externo que entra no ambiente, geralmente
portando de gazes e materiais poluentes.
Dentre os poluentes existentes, alguns contaminantes são mais
comuns que outros como, por exemplo:
1. Oxido de Enxofre: Produzido por combustíveis que contém enxofre, ao ser
misturado com água poderá formar ácido sulfúrico, o que estará prejudicando a
respiração no interior da estrutura.
2. CO2: Produzido pela respiração dos mamíferos, não é um risco para saúde
humana.
3. CO: É totalmente tóxico, causado pela fumaça de cigarro, e produção
incompleta de hidrocarbonetos. Casas e prédios que se localizam próximos a locais
de muito trafego, iram sofrer com um elevado nível de CO.
4. Radônio: É um gás radioativo causado pelo decaimento do radio, e pode
causar o risco até de câncer no pulmão. Penetra o ambiente através de frestas no
piso ou paredes, através de materiais contendo uranio e Tório
Além dos tipos de contaminantes citados anteriormente, ainda existe alguns
que são comuns como: óxido de nitrogênio, Compostos Orgânicos Volateis, e entre
outros.
Uma boa análise da qualidade de ar é de fundamental importância para
obtenção de um ambiente saudável, podemos notar devido à importância dada pela
publicação em 28 de agosto de 1998 da portaria N° 3.523 do Ministério da Saúde.
Essa portaria irá visar e fazer uma correlação entre o conforto interno, qualidade ar e
saúde dos ocupantes.
8
Solar: É a transferência de calor através de um componente do edifício sendo
ele transparente ou opaco.
Infiltração: É a perda ou ganha de calor que irá acontecer devido a infiltração
de ar externo para o interior do ambiente.
Geração Interna: Será a energia gerada no interior do recinto através da
iluminação, equipamentos eletrônicos pessoas e etc.
Para este trabalho, a carga térmica de resfriamento ou a taxa de calor que
deverá ser retirada do ambiente será de maior interesse. Como são resultados das
tocas térmicas, os valores da temperatura no ambiente irão variar. Para que exista a
possibilidade de mantar o ambiente em determinada temperatura, de acordo com o
desejado, será necessário um sistema de refrigeração ou aquecimento eficiente e
bem ajustado (Wilbert F. Stoecker e Jerold W. Jones, 1985)
9
Para a determinação da transmitância térmica (U) será necessário
anteriormente realizar o calcula da resistência térmica total. Existem alguns valores
de resistência térmica já normalizados, os quais devem ser utilizados sempre que
possível. Na ausência desses valores é necessário seguir a norma NBR 15220,
onde trará a sequência necessária para obtenção da resistência térmica total.
2.4.3 Câmara de ar
Em caso de matérias com câmara de ar os valores da resistência térmica
(Rar) são obtidos através da tabela B.1 da NBR 15220. Caso o tijolo ou outro
elemento contenha câmara de ar com seção circular, deve ser considerada a área
de um quadrado com centros coincidentes.
10
2.4.4 Componentes com camadas homogêneas
11
Aa, Ab, ... , An = São as áreas de cada seção, m2;
Ra, Rb,... , Rn = As resistências térmicas de superfície a superfície, (m2.K)/W.
12
No livro refrigeração e ar condicionado, Stocker e Jones também
retrata a penetração de do ar externo para dentro do ambiente e ressalta a influência
na temperatura e na umidade dentro do recinto. O efeito que estará afetando a
temperatura será o calor sensível, já o efeito que estará diretamente ligado com a
umidade será o calor latente. A perda ou ganho de calor, efeitos que ocorrem devido
à infiltração do ar, pode ser calcula pelas seguintes equações:
𝑞𝑖𝑠 = 1,23. 𝑄. (𝑇0 − 𝑇𝑖 ) 𝐸𝑞. 10
𝑞𝑖𝑙 = 3000. 𝑄̇ . (𝑊0 − 𝑊𝑖 ) 𝐸𝑞. 11
Onde:
𝑄̇ = Vazão em volume de ar externo, L/s;
W= Umidade absoluta Kg de vapor de água / Kg ar seco.
14
2.7.2 Carga térmica devido aos componentes
Os componentes ou equipamentos de trabalho interno, como os
computadores, impressoras, monitores e entre outros, irão dissipar uma quantidade
de calor variada, esse valor será disponibilizado pelo fabricante, geralmente
impresso em sua etiqueta, e estará variando de equipamento para equipamento. Os
motores elétricos, por exemplo, em qualquer ponto do fluxo de calor iram adicionar
carga térmica ao recinto devido as perdas enrolamentos e essa carga deve ser
retirada pelo equipamento de refrigeração. (Hélio Creder, 2004).
Para os casos em que a dissipação de calor não é fornecida pelo fabricante,
as tabelas C.3, C.4, C.5 e C.6 da NBR 16401-1, irão oferecer valores típicos de
dissipação de alguns equipamentos, sendo solicitados a trabalhos diferentes.
Para o calculo da carga térmica deve-se apenas somar o calor dissipado de
todos os equipamentos medido em Watts (W).
15
A resultante da insolação dessa transferência de calor depende das
características da superfície, suas propriedades se relacionam através da
expressão:
𝜏+𝜌+𝛼 =1 𝐸𝑞. 16
Onde:
𝜏 = Transmissividade
ρ = Refletividade
α = Absorvidade
Os valores de cada uma dessas propriedades irão influenciar totalmente no
valor da transferência de calor. De acordo com Stoecker e Jerold, 1985 a energia
solar que atravessa uma janela transparente é dada pela expressão:
𝑞𝑠𝑔 = 𝐴𝐼𝑡 (𝜏 + 𝑁. 𝛼) 𝐸𝑞. 17
Onde:
𝐼𝑡 = Irradiação da superfície exterior, W/m2;
N = Fração de energia solar absorvida;
Considerando que:
𝑈
𝑁= 𝐸𝑞. 18
ℎ𝑒
Logo, a expressão da transferência de calor em função de U e h e ficara:
𝑈
𝑞𝑠𝑔 = 𝐴. 𝐼𝑡 . (𝜏 + ) 𝐸𝑞. 19
ℎ𝑒
𝑈
O valor da expressão 𝐼𝑡 . (𝜏 + ℎ ) poderá ser encontrado na tabela 4-10 do livro
𝑒
16
Os valores de UVidro, FS e RS irão ser encontrados em tabelas e poderão
variar de acordo a especificação do vidro.
De acordo com a NBR 15220 o valor do fator solar de elementos
transparentes ou translucido poderá ser encontrado através da seguinte expressão:
𝐹𝑆𝑡 = 𝑈. 𝛼. 𝑅𝑠𝑒 + 𝜏 𝐸𝑞. 21
Onde:
FSt = Fator solar de elementos transparentes ou translúcidos;
U = Transmitância térmica do componente, W/(m2.K);
α = Absortância à radiação solar – função da cor dada pela tabela B.2 da
NBR 15220;
Rse = Resistência superficial externa dada pela tabela A.1 da NBR 15220,
(m2.K)/W;
𝜏 = Transmitância a radiação solar.
18
3 Metodologia
Neste trabalho foi desenvolvido um programa para axilar e proporcionar aos
engenheiros a possibilidade de realizar o cálculo da carga térmica de forma
automatizada. o sistema foi criado utilizando o Office Excel, seguindo as orientações
e exigências das normas NBR 15220 e NBR 16401, também foi utilizado equações e
tabelas dos livros Refrigeração e ar-condicionado de Wilbert F. Stoecker e Jerold W.
Jones (1985) e Instalações de ar-condicionado de Hélio Creder, 2004.
Veremos agora todos os métodos e equações utilizadas para o cálculo da
carga térmica, no desenvolvimento do programa. Onde é levado em consideração
todas as variáveis do sistema como: orientação do ambiente, temperaturas,
materiais utilizados para construção das paredes, infiltração, ventilação energia
dissipada dos componentes e entre outros.
Ao finalizar esse capitulo realizaremos um exemplo prático, com todos as
orientações mostradas, com o intuito de obter a carga térmica adequada para
determinado ambiente..
3.1 Orientação
Para o calculo da carga térmica deve ser levado em consideração a
orientação do ambiente, determinando os componentes, como as paredes,
nomeando-as da seguinte forma: parede norte, sul, leste e oeste. Essa análise é
importante, pois a temperatura das superfícies podem variar de acordo com sua
orientação como por exemplo, os valores do acréscimo de temperatura por radiação
solar.
Figura 4 - Parede de tijolos cerâmicos rebocado em ambos os lados. Figura C.3 da NBR
15220.
Para tijolos de 6 furos o calculo da resistência térmica pode ser feito de duas
maneiras, a primeira, é calculado a resistência térmica do tijolo isoladamente e
depois então calcula a resistência da parede. A segunda, a resistência térmica da
parede é calculada já com a argamassa e o tijolo ao mesmo tempo.
Primeira maneira:
Resistência térmica do Tijolo
Seção 1: Como podemos ver na figura 4 a seção 1 é composta apenas pelo
tijolo, com isso, deve ser calculada a resistência térmica, através da equação
20
mostrada no ponto 2.4.2 deste trabalho, pois o tijolo é uma superfície homogênea.
Tem-se:
𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑆𝐼 = ;
𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑊
Onde:
𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 = Espessura do Tijolo;
𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 = Condutividade térmica da cerâmica.
O valor da condutividade térmica pode ser encontrado através da tabela B.3
da NBR 15220-2
Após o cálculo da resistência térmica da seção 1 deve ser calculado também
a área da sessão 1 (S1), que será a altura da seção multiplicada pelo comprimento
total do tijolo.
𝐴𝑆1 = ℎ𝑆1 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 ; 𝑚2
Onde:
ℎ𝑆1 = Altura da seção 1;
𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 = Comprimento do tijolo.
Seção 2: Observando agora a seção 2 da figura 4, pode-se observar que a
seção será formada da seguinte forma: Tijolo + Câmara de ar + Tijolo + Câmara de
ar + Tijolo, com isso deve ser somado à resistência térmica de cada camada, como
mostrado a seguir:
𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑆2 = + 𝑅𝐴𝑟 + + 𝑅𝐴𝑟 + ;
𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑊
Onde:
𝑅𝑆2 = Resistência térmica da seção 2;
𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 = Espessura do Tijolo;
𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 = Condutividade térmica da cerâmica.
𝑅𝐴𝑟 = Resistência térmica do ar. (Tabela B.1 da NBR 15220)
Para calculo da área da seção 2 será utilizada a altura da seção 2 que será a
mesma da câmara de ar.
𝐴𝑆2 = ℎ𝑆2 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 ; 𝑚2
Onde:
ℎ𝑆2 = Altura da seção 2;
𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 = Comprimento do tijolo.
21
Depois de calcular a resistência térmica e a área das seções deve-se calcular
a resistência térmica da parede. Para o cálculo será disponibilizado equação dada
no ponto 2.4.5, pois o tijolo é um componente com camadas homogêneas e não
homogêneas. Para o tijolo de 6 furos, a equação ficaria da seguinte forma:
4. 𝐴𝑆1 + 3. 𝐴𝑆2 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 = ;
4. 𝐴𝑆1 3. 𝐴𝑆2 𝑊
+
𝑅𝑆1 𝑅2
Resistência térmica da parede
Após ter calculado a resistência térmica do tijolo separadamente, agora deve
ser calculada a resistência térmica da parede. Como feito anteriormente, deveremos
dividir duas seções (Sa e Sb), o calculo realizado deverá seguir a mesma sequência
seguida anteriormente para o calculo da resistência térmica do tijolo, utilizando
também as mesmas equações, ficando então da seguinte forma:
Seção A: Na seção A conforme mostrado na figura 4 existirá três camadas,
ficando divididas da seguinte forma: reboco + argamassa + reboco. Logo o equação
da resistência térmica será:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑎 = + + ;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑊
Onde :
𝑅𝑎 = Resistência térmica da seção A.
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = Espessura do reboco;
𝑒𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = Espessura da argamassa;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = Condutividade térmica do reboco;
𝜆𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = Condutividade Térmica da Argamassa.
Para determinas a área da seção A deverá ser calculado a área da superfície
da argamassa/reboco, ficando então da seguinte forma:
𝐴𝑎 = ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 + ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 . (ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 + ℎ𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 ) ; 𝑚2
Onde:
𝐴𝑎 =Área da seção A;
ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = Altura da argamassa;
ℎ𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 = Altura do tijolo;
𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 = Comprimento do tijolo.
O mesmo foi feito com a seção B:
22
Seção B: Será dividida em três camadas: reboco + tijolo + reboco e sua
resistência térmica será calculada da seguinte forma:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑏 = + 𝑅𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 + ;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑊
A área da seção será calculada da seguinte forma.
𝐴𝑏 = ℎ𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜
Logo, a resistência térmica da parede será:
𝐴𝑎 + 𝐴𝑏 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑡 = ;
𝐴𝑎 𝐴𝑏 𝑊
+
𝑅𝑎 𝑅𝑏
Após ser calculada, resistência térmica das paredes, é necessário então
calcular a resistência térmica total através da seguinte formula:
(𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑇 = Rse + 𝑅𝑡 + Rsi ;
𝑊
Onde:
Rse e Rsi = Será a resistência térmica superficial externa e interna. (tabela
A.1 da NBR 15220-2)
Segunda forma de calcular a resistência térmica do tijolo 6 furos
Resistência térmica da parede
Assim como na primeira forma, será necessário que o engenheiro conheça
toda a estrutura da parede, e seus dimensionamentos. Nesta forma a estrutura
deverá ser dividida em 3 seções: seção A, seção B e seção C (S a, Sb e SC) como
mostrado na figura 5.
Figura 5 - Parede de tijolos 6 furos rebocada em ambos os lados. Figura C.4 da NBR 15220
23
O calculo da resistência térmica será realizado de uma única vez,
seguindo a seguinte sequencia:
Seção A: Será dividida em 3 camadas: Reboco + Argamassa + Reboco. Para
o calculo, da resistência térmica, estaremos utilizando as mesmas equações já
utilizadas para o calculo da primeira forma. Ficando da seguinte maneira:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑎 = + + ;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑊
Calculando a área:
𝐴𝑎 = ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 + ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 . (ℎ𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 + ℎ𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 ) ; 𝑚2
Seção B: Também existira 3 camadas: reboco + tijolo + reboco, ficando então
da seguinte forma:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑏 = + + ;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑊
A área da seção B será calculada da seguinte forma:
𝐴𝑏 = ℎ𝑆𝑏 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 ; 𝑚2
Seção C: Na seção C como isto na figura 5, existirão 7 camadas: reboco +
tijolo + câmara de ar+ tijolo + câmara de ar + tijolo + reboco, com isso a resistência
térmica deverá ser calculada da seguinte forma:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝐶 = + + 𝑅𝐴𝑟 + + 𝑅𝐴𝑟 + + ;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑊
E sua área:
𝐴𝐶 = ℎ𝑆𝐶 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 ; 𝑚2
Após realização do calculo da resistência térmica das seções e suas
respectivas áreas, torna-se possível então calcular a resistência térmica da parede:
𝐴𝑎 + 𝐴𝑏 + 𝐴𝐶 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑡 = ;
𝐴𝑎 𝐴𝑏 𝐴𝐶 𝑊
+ +
𝑅𝑎 𝑅𝑏 𝑅𝐶
Calculando a resistência térmica total:
(𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑇 = Rse + 𝑅𝑡 + Rsi ;
𝑊
Onde:
Rse e Rsi = Será a resistência térmica superficial externa e interna. (tabela A.1 da
NBR 15220-2).
24
As duas formas do calculo da resistência térmica irão apresentar resultados
semelhantes, essa pequena diferença essa diferença se dá pois esta sendo adotado
regime estacionário e unidimensional de transmissão de calor.
Para elaboração do programa no Excel, foi utilizada a primeira forma de
resolução. É indicada pela NBR 15220, pois pode existir locais construídos com
diferentes paredes utilizando o mesmo tijolo e variando a espessura da argamassa e
reboco.
25
E área será:
𝐴𝑏 = ℎ𝑆𝑏 . 𝐿𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 ; 𝑚2
Como os materiais são compostos por características diferentes, então a
resistência térmica da parede será obtida pela equação:
𝐴𝑎 + 𝐴𝑏 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑡 = ;
𝐴𝑎 𝐴𝑏 𝑊
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏
Calculando então a resistência térmica total:
(𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑇 = Rse + 𝑅𝑡 + Rsi ;
𝑊
27
∆𝑡
𝑞= ; 𝑊
̇
𝑅𝑇𝑜𝑡
Para encontrar o valor da resistência térmica total, é necessário encontrar os
valores das resistências térmicas do reboco e da parede separadamente, por serem
superfícies homogêneas, a equação utilizada para o calculo resistência térmita total
a ser realizado será:
𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑅𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 𝐾
𝑅𝑇𝑜𝑡 = + ;
𝐴𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝐴𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑊
A expressão utilizada para o calculo da resistência térmica do reboco será:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝐾
𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = ;
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 . 𝐴𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑊
Para casos em que a parede tenha reboco em ambos os lados, esse calculo
deve ser multiplicado por dois, pois devem ser levados em consideração os dois
lados da superfície.
Logo, para o calculo da resistência térmica do tijolo:
𝑒𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 𝐾
𝑅𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 = ;
𝜆𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 . 𝐴𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑊
Após todos os cálculos serem realizados será possível então realizar o
calculo da resistência térmica devida a radiação para todas as paredes. Vale lembrar
que caso em algumas das paredes exista janelas ou portas as suas áreas deverão
ser retiradas no calculo da área total do reboco e da parede.
28
27 – Ventilation and infriltration. Porém não obtivemos acesso, ficando pendente
para atualização futura.
Logo, a equação utilizada para o calculo da carga térmica devido a infiltração
foi mostrada no ponto 2.6.1:
𝑞 = (ℎ𝑒 − ℎ𝑖 ). 𝜌. 𝑄 ; 𝑊
Os valores da entalpia externa (ℎ𝑒 ) e interna (ℎ𝑖 ) poderão ser
encontrados em tabelas de termodinâmica para gás ideal, podendo variar de acordo
com as temperaturas do sistema. O valor da massa especifica (𝜌) será padrão,
sendo 1.2 Kg/m3. Por fim, para obter o valor da vazão devido à infiltração será
utilizado a tabela 8 da NBR 6401 onde apresentará o valor para janelas e portas.
29
3.2.7 Carga térmica devido à iluminação
Nesta etapa caberá ao engenheiro que estará realizando o dimensionamento,
conhecer o tipo de iluminação utilizada e sua respectiva potência, nos casos em que
essa informação não seja repassada a tabela C.2 da NBR 16401 dispõe de valores
de potencias dissipadas para diferentes tipos de iluminação e diferentes locais.
30
4. Resultados e discussão
O calculo da carga térmica é de fundamental importância para proporcionar o
conforto térmico do ambiente, como já falado anteriormente, o conforto não poderá
ser sentido por 100% dos indivíduos presentes no ambiente, devido a diferença do
metabolismo de cada ser humano, porém poderá está alcançando até 80% dos
indivíduos, sendo então de grande valia, uma vez que interfere diretamente em suas
atividades.
Como visto no decorrer desse trabalho não é tarefa tão simples obter o valor
da carga térmica apropriada para determinado ambiente, pois além da necessidade
de conhecer todas as variáveis do sistema, existe uma sequencia de calculo que
deve ser seguida, obedecendo os requisitos das normas em que este trabalho foi
baseado (NBR 15220 e NBR16401).
Pensando nisto foi desenvolvido o programa de carga térmica, o mesmo
estará realizando todo calculo aqui mencionado de forma automatizada, podendo
então auxiliar engenheiros deste ramo, possibilitando então um trabalho com mais
facilidade a agilidade.
31
4.1.1 Tela inicial
32
A seguir será desenvolvido o dimensionamento de um escritório, onde será sendo
resolvido de forma manual e através do programa, fazendo então a comparação e
analisando a precisão do programa.
33
𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑒𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎
𝑅2 = + 𝑅𝐴𝑟 + + 𝑅𝐴𝑟 +
𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎 𝜆𝐶𝑒𝑟â𝑚𝑖𝑐𝑎
0,015 0,01 0,015 (𝑚2 . 𝐾)
= + 0,16 + + 0,16 + = 0.3644
0,90 0,90 0,90 𝑊
Para encontrar o valor resistência térmica do ar deve ser utilizado a tabela B.1
em conjunto com a tabela B.2 da NBR 15220.
Sendo assim, a resistência térmica do tijolo é:
4. 𝐴1 + 3. 𝐴2 4 . 0,0032 + 3 . 0,0128 0.0512 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 = = = = 0,2321
4. 𝐴1 3. 𝐴2 4 . 0.0032 3 . 0,0128 0.2206 𝑊
𝑅1 + 𝑅2 0,1111 + 0.3644
Resistência térmica da parede:
Seção A: (Reboco + Argamassa + Reboco)
𝐴𝑎 = 0.01. 0.32 + 0.01 . (0.16 + 0.01) = 0.0049 𝑚2
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝐴𝑟𝑔𝑎𝑛𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 0.02 0.10 0.02 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑎 = + + = + + = 0.1217
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝐴𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 1.15 1.15 1.15 𝑊
Seção B (Reboco + Tijolo + Reboco)
𝐴𝑏 = 0.16 . 0.32 = 0.0512𝑚2
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 0.02 0.02 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑏 = + 𝑅𝑇𝑖𝑗𝑜𝑙𝑜 + = + 0.2321 + = 0.2669
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 1.15 1.15 𝑊
Calculando então a resistência térmica da parede:
𝐴𝑎 + 𝐴𝑏 0,0049 + 0,0512 0,0561 (𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑡 = = = = 0,2417
𝐴𝑎 𝐴𝑏 0.0049 0.0512 0.2321 𝑊
+ +
𝑅𝑎 𝑅𝑏 01217 0.2669
Sendo assim, a resistência térmica total será:
(𝑚2 . 𝐾)
𝑅𝑇 = 𝑅𝑠𝑒 + 𝑅𝑡 + 𝑅𝑠𝑖 = 0,13 + 0,2417 + 0,04 = 0 ,4117
𝑊
b) Transmitância Térmica;
Como sabemos, a transmitância térmica é o inverso da resistência térmica
total, então:
1 1 𝑊
𝑈= = = 2,4290
𝑅𝑡 0,4117 (𝑚2 . 𝐾)
Após ser calculado a valor da transmitância térmica, deve ser realizado o
calculo de carga térmica por condução e radiação de todas as paredes.
c) Calculo das Cargas térmicas devido a condução e radiação através das
paredes;
- Parede Norte
34
Carga térmica devido a condução:
𝑄 = 𝑈. 𝐴. [(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖) + ∆𝑇]
𝑄 = 2,4290 . 18. [(300 − 296) + 2,7] = 177.58 𝑊
Carga térmica devido à radiação
Como a parede é rebocada em ambos os lados, deve ser multiplicado o
calculo da resistência térmica do reboco por dois, considerando os dois lados.
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 0.02 𝐾
𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = 2 . = 2. = 0,0019
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 . 𝐴𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 1.15 . 18 𝑊
Resistência térmica da parede:
𝑒𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,10 𝐾
𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = = = 0,0062
𝜆𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 . 𝐴𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,9 . 18 𝑊
Resistência térmica total:
𝑅𝑇𝑜𝑡 = 𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 + 𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒
Logo:
𝐾
𝑅𝑇𝑜𝑡 = 0.0019 + 00062 = 0,0081
𝑊
A carga térmica devido a radiação será:
∆𝑡 (300 − 296)
𝑞= = = 493,82 𝑊
̇
𝑅𝑇𝑜𝑡 0.0081
- Parede Sul
Carga térmica devido à condução:
𝑄 = 𝑈. 𝐴. [(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖) + ∆𝑇]
𝑄 = 2,4290 . [18 − (2. 1,5)]. [(305 − 296) + 0] = 327,91 𝑊
Resistência térmica do reboco:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 0.02 𝐾
𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = 2 . = 2. = 0,0023
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 . 𝐴𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 1.15 . [(6 . 3) − (2 . 1,5)] 𝑊
Resistência térmica da parede:
𝑒𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,10 𝐾
𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = = = 0,0074
𝜆𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 . 𝐴𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,9 . [(6 . 3) − (2 . 1,5)] 𝑊
Resistência térmica total:
𝐾
𝑅𝑇𝑜𝑡 = 𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 + 𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = 0,0023 + 0,0074 = 0,0097
𝑊
A carga térmica devido à radiação será:
∆𝑡 (305 − 296)
𝑞= = = 927, 83 𝑊
̇
𝑅𝑇𝑜𝑡 0.0097
35
- Parede Leste:
Carga térmica devido à condução:
𝑄 = 𝑈. 𝐴. [(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖) + ∆𝑇]
𝑄 = 2,4290 . [18 − (2. 1,2)]. [(305 − 296) + 5,5] = 346,53 𝑊
Resistência térmica do reboco:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 0.02 𝐾
𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = 2 . = 2. = 0,0053
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 . 𝐴𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 1.15 . [(3 . 3) − (2 . 1,2)] 𝑊
Resistência térmica da parede:
𝑒𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,10 𝐾
𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = = = 0,0168
𝜆𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 . 𝐴𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,9 . [(3 . 3) − (2 . 1,2)] 𝑊
Resistência térmica total:
𝐾
𝑅𝑇𝑜𝑡 = 𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 + 𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = 0,0053 + 0,0168 = 0,0221
𝑊
A carga térmica devido à radiação será:
∆𝑡 (305 − 296)
𝑞= = = 406, 60 𝑊
̇
𝑅𝑇𝑜𝑡 0.0221
- Parede Oeste:
Carga térmica devido à condução:
𝑄 = 𝑈. 𝐴. [(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖) + ∆𝑇]
𝑄 = 2,4290 . 18. [(302 − 296) + 5,5] = 267,83 𝑊
Resistência térmica do reboco:
𝑒𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 0.02 𝐾
𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 = 2 . = 2. = 0,0039
𝜆𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 . 𝐴𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 1.15 . (3 . 3) 𝑊
Resistência térmica da parede:
𝑒𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,10 𝐾
𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = = = 0,0123
𝜆𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 . 𝐴𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 0,9 . (3 . 3) 𝑊
Resistência térmica total:
𝐾
𝑅𝑇𝑜𝑡 = 𝑅𝑅𝑒𝑏𝑜𝑐𝑜 + 𝑅𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = 0,0039 + 0,0123 = 0,0162
𝑊
A carga térmica devido à radiação será:
∆𝑡 (302 − 296)
𝑞= = = 370, 37 𝑊
̇
𝑅𝑇𝑜𝑡 0.0162
d) Carga térmica através de superfícies transparentes;
36
A necessidade da carga térmica através de superfícies transparentes deverá
ser calculada devido à janela de vidro existente na parede sul. Sendo calculadas
através da seguinte equação:
𝑄 = 𝐴𝐽𝑎𝑛𝑒𝑙𝑎 . [∆𝑇. 𝑈𝑉𝑖𝑑𝑟𝑜 + 𝐹𝑆 . 𝑅𝑆]
Os valores da transmitância térmica do vidro (𝑈𝑉𝑖𝑑𝑟𝑜 ), fator solar do vidro (𝐹𝑆)
e radiação solar (𝑅𝑆) para o vidro de 3 mm, poderão ser encontrados em tabelas do
ASHRAE 1993.
Ficando então da seguinte forma:
𝑄 = (2 . 1,5). [(305 − 296). 5,79 + 0,87 . 113,5] = 255,07 𝑊
e) Carga térmica devido à Infiltração
A equação da carga térmica devido infiltração é:
𝑞 = (ℎ𝑒 − ℎ𝑖 ). 𝜌. 𝑄
De acordo com tabelas da termodinâmica para gás ideal, o valor da entalpia
para uma temperatura de 305 K é de 306,22 Kj/Kg. Aproximando a temperatura
interna para 295 K, obtemos um valor de entalpia aproximado de 295,17 Kj/Kg.
Logo:
Devido a janelas:
𝐾𝑗
𝑞 = (306,22 − 295,17). 1,2 . 3 = 39,78
ℎ
Transforma esse valor em W, tem-se:
𝐾𝑗
𝑞 = 39,78 ∗ 0,2777 = 11,05 𝑊
ℎ
Devido a portas:
𝐾𝑗
𝑞 = (306,22 − 295,17). 1,2 . 6,5 = 86,19
ℎ
Transformando esse valor em W, tem-se:
𝐾𝑗
𝑞 = 86,19 ∗ 0,2777 = 23,93 𝑊
ℎ
f) Carga térmica devido a pessoas;
𝑄𝑃 = 𝑁(𝑞𝑠 + 𝑞𝑙 )
𝑄𝑃 = 5. (75 + 55) = 650 𝑊
g) Carga Térmica devido aos componentes;
Q𝐶𝑜𝑚𝑝𝑢𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 = 5 . 77 = 385 𝑊
Q𝑀𝑜𝑛𝑖𝑡𝑜𝑟 = 5 . 57 = 285 𝑊
37
Q𝐼𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜𝑟𝑎 = 2 . 8 = 16 𝑊
h) Carga térmica devido a ventilação;
𝐹𝑃 . 𝑁 + 𝐹𝑎. 𝐴
𝑞=
1000
3, 8 . 5 + 0,5. 18
𝑞= = 0,028 𝑚3 /𝑠
1000
Transformando esse valor para m3/h deve ser multiplicado por 3600 ficando:
𝑞 = 0,028 ∗ 3600 = 100,8 𝑚3
Logo:
𝑞 = 1,2 . 1,004. 100,80 ∗ (305 − 296) = 1092,99 𝑊
i) Carga térmica devido a iluminação
𝑞 = 6 . 15 = 90 𝑊
j) Carga Térmica total:
𝑞𝑇𝑜𝑡 = 177.58 + 493,82 + 327,91 + 927, 83 + 346,53 + 406, 60 + 267,83 +
370, 37 + 255,07 + 11,05 + 23,93 + 650 + 385 + 285 + 16 + 1092,99 + 90
𝒒𝑻𝒐𝒕 = 𝟔𝟏𝟐𝟕, 𝟓𝟏 𝑾
Para BTU/h:
𝒒𝑻𝒐𝒕 = 𝟔𝟏𝟐𝟕, 𝟓𝟏 𝑾 . 𝟑, 𝟒𝟏𝟐 = 𝟐𝟎𝟗𝟎𝟕, 𝟎𝟔 𝑩𝑻𝑼/𝒉
Em TR’s:
𝑩𝑻𝑼
𝟐𝟎𝟗𝟎𝟕, 𝟎𝟔
𝒒𝑻𝒐𝒕 = . 𝒉 = 𝟏, 𝟕𝟒 𝑻𝑹′𝒔
𝟏𝟐𝟎𝟎𝟎
Através do programa criado é possível obter todos os resultados de forma
mais rápida e pratica, podendo ser calculado de forma automatizada. Veremos a
seguir a resolução do mesmo problema utilizando o programa.
Para obtenção da carga térmica apropriada o engenheiro(a) precisará
apenas preencher no programa com as informações do ambiente sem precisar
realizar nenhum calculo. conforme mostrado na resolução a seguir.
38
4.3 Resolução Através do programa
4.3.1 Dimensionamento e escolha do material:
Para inicio do dimensionamento no programa é necessário fazer o
preenchimento dos respectivos campos informando dimensões de reboco e
argamassa, escolhendo também o tipo de material utilizado na parede.
39
4.3.2 Dimensionamento do ambiente e temperaturas:
Preenchido as informações do material da parede, a próxima etapa é
preencher informação de dimensionamento do ambiente, paredes, janelas, portas e
as respectivas temperaturas.
Dimensionamentos:
40
Dimensionamento do ambiente e temperaturas (Continuação):
41
4.3.3 Acessórios e componentes
Nesta etapa foi preenchido com todas as informações do sistema que vão
gerar o calor interno: quantidade de pessoas no interior do ambiente, componentes
existentes e iluminação:
42
É possível notar uma pequena diferença entre os valores encontrados nos cálculos
manuais dos valores obtidos através do programa, essa diferença se dá acontece
devido a arredondamentos que foram feitos no calculo manual, fazendo então que o
valor obtido pelo programa seja mais preciso.
Através do problema proposto é possível ver a eficiência e o comodismo que o
programa oferece, pois as sequencia de cálculos que precisam ser realizados até
chegar à carga térmica total é de certa forma extensa e trabalhosa, enquanto que
utilizando o programa o engenheiro precisará apenas preencher as variáveis do
sistema.
Após ter sido estudado e analisado todas as equações e exigências
estipuladas pelas normas já citadas, o programa criado ainda possui algumas
limitações porem já pode ser utilizado para auxiliar o dimensionamento.
43
5 Conclusão
O calculo da carga térmica foi desenvolvido, com o intuito de proporcionar o
conforto térmico em ambientes, seja ele residencial, um local de lazer para as
pessoas e possibilita que uma grande maioria de pessoas possam se sentir bem em
seu ambiente de trabalho, podendo realizar suas atividades em um ambiente
confortável e que lhe trás boas sensações.
Um dimensionamento apropriado além do conforto no qual esse trabalho foi
voltado, poderá oferecer um maior desempenho de instituições devido o bem-estar
de seus colaboradores, está evitando o desperdício de energia, um aparelho que
consume muita energia pode até esfriar o ambiente, mas não irá proporcionar uma
economia de energia, além disso também poderá ser evitando custos
desnecessários com manutenção.
Como já visto neste trabalho, para obter o valor da carga térmica apropriada
para o ambiente, é necessário seguir uma sequencia de cálculos relativamente
trabalhosos, o que iria acabar gastando um certo tempo para chegar ao resultado
final. Foi pensando nisto que neste trabalho foi desenvolvido um sistema já
programado para desenvolver esses calculo de forma automatizada.
O programa desenvolvido poderá auxiliar engenheiros atuantes na área, a
desenvolver esta calculo de forma rápida, precisando apenas estar alimentando o
programa com as variáveis do ambiente que deseja ser realizado o
dimensionamento.
Todos os objetivos deste trabalho foram cumpridos a partir do momento em
que foi realizado todo o estudo do conforto térmico no ponto 1 deste trabalho, ter
retratado toda teoria e sequência de calculo necessária para obter o valor da carga
térmica apropriada nos pontos 2 e 3 e por fim ter sido desenvolvido um programa
onde estará realizando todos os cálculos de forma automatizada e oferecendo o
valor da carga térmica de forma simples mostrado no ponto 4 deste trabalho.
44
6 Referências Bibliográficas
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