O Que São Mandalas
O Que São Mandalas
O Que São Mandalas
“Quando criamos uma mandala, geramos um símbolo pessoal que revela quem
somos num dado momento. O círculo que desenhamos contém – e até atrai – partes
conflitantes da nossa natureza. Mas, mesmo quando faz um conflito vir à tona, o ato
de criar uma mandala produz uma inegável descarga de tensão. [...] O efeito
tranquilizador de desenhar um círculo também pode ser causado por uma capacidade
de servir como símbolo do espaço ocupado pelo nosso corpo. Desenhar um círculo
talvez seja algo como desenhar uma linha protetora ao redor do espaço físico e
psicológico que identificamos como nós mesmos. ”
“[...] Quando fazemos uma criação espontânea de cor e forma dentro de um círculo;
atraímos para nós a cura, a autodescoberta e a evolução pessoal. [...]”.
Segundo o Dicionário dos Símbolos, a palavra mandala provém do sânscrito, falado na
Índia antiga e significa “círculo”. Decompondo a palavra, temos: “manda” = “essência”
e “la” = “conteúdo”, podendo ser entendida como “o que contém a essência” ou “o
círculo da essência”. A palavra mandala ainda pode designar uma figura geométrica
esquemática, sempre concêntrica, em que há um quadrado dentro de um círculo ou vice-
versa que podem ter ainda algumas subdivisões em múltiplos de quatro. Outra
designação é um círculo, sempre com um centro e irradiações a partir dele ou indo para
ele.
As mandalas são utilizadas há séculos pela humanidade em todas as culturas, inclusive
em cavernas de povos antigos, encontradas principalmente no oriente, estando cada vez
mais populares também no ocidente. São usadas desde como elementos decorativos até
como auxiliares em terapias curativas relaxantes e meditativas. Podemos afirmar que as
mandalas estão presentes em todas as culturas como um arquétipo. O mundo ocidental
conheceu mais sobre mandalas com a globalização e mais especificamente o trabalho do
psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, que utilizou a palavra “mandala” para designar
desenhos circulares feitos por ele e por seus pacientes.
E é assim com a mandala que, no oriente é usada para ser contemplada durante a
meditação. Meditar olhando para uma mandala traz serenidade, concentração e permite
um mergulho dentro de si mesmo como um caminho para a iluminação e o contato com
o divino. É usada na decoração de templos, sempre com referências religiosas,
espirituais ou mágicas como um meio de canalização deste divino. Representa o mundo,
o esclarecimento, a iluminação e a perfeição humana (Porto, 2009; Jung, 2008).
Mas, podemos nos perguntar, por que o círculo? Segundo Fincher (1991):
“[...] Crescemos a partir de um pequenino ovo redondo, abrigado no útero de nossa
mãe. Neste, somos circundados e firmemente apoiados num espaço esférico. Quando
chega a hora de nascer, somos empurrados para baixo num canal tubular por uma
série de músculos circulares e chegamos ao mundo através de uma abertura também
circular. ”
“Após o nascimento, encontramo-nos num planeta circular, que se movimenta numa
órbita circular em torno do sol. Ancorados a Terra pela gravidade, não temos
consciência de que estamos girando. No entanto, o nosso corpo sabe. Se olharmos
ainda mais profundamente, para o nível dos átomos que formam o nosso corpo,
encontramos um outro universo onde os elementos rodopiam em padrões curvos. A
experiência subliminar do movimento em círculos, como a memória do útero da mãe,
está codificada em nosso corpo. Assim, estamos predispostos a reagir ao círculo.
Compartilhamos esses fatos da vida humana com todos os outros seres da nossa
espécie, sejam eles antigos ou modernos. ”
As formas circulares não param por aí, pois há estruturas circulares em construções
antigas; as crianças brincam de roda e seus primeiros desenhos são tentativas de fazer
círculos. Podemos entender que a experiência do círculo está em nosso corpo, ambiente
e história. O círculo parece ser a disposição própria da natureza. Segundo Dibo (2006):
[...] podemos observar o padrão de mandala no caule de uma flor, como a papoula,
quando aumentamos sua imagem mil vezes, ou nas dicotamáceas, quando as aumentam
quatrocentas e cinquenta vezes, e o padrão de mandala se repete no caule de um lírio,
com aumento de cento e vinte vezes. Esse padrão de mandala pode, inclusive, ser visto
de forma nítida quando criado em um líquido por vibrações harmônicas.
Segundo Jung (2008a), há diversas variações no tema e na representação de uma
mandala, mas ele descreve os elementos formais mais comuns numa mandala, que são:
1. Forma circular, esférica ou oval;
2. O círculo se apresenta como uma flor ou roda;
3. No centro há o sol, uma estrela, ou cruz de quatro, oito ou doze raios;
4. Os círculos, esferas e cruzes aparecem em rotação, como na suástica;
5. Serpentes são representadas em forma circular ou espiraladas em torno
do centro;
6. Sua base mais comum é a quadratura do círculo, ou seja, um círculo
inserido num quadrado ou vice-versa;
7. Há representações de castelos, cidades, pátios, sempre em forma
quadrada ou circular;
8. Aparece um olho, com pupila ou íris;
9. Ao lado de figuras geométricas baseadas no quadrado ou em múltiplos
de quatro, podem aparecer também formas triangulares ou pentagonais.
Todos estes símbolos, encontrados fartamente nas mandalas orientais, possuem os
mesmos elementos que encontramos nas mandalas espontâneas feitas por pacientes
dentro de consultórios. É como se existisse uma disposição inconsciente capaz de
estimular estas mesmas representações em diferentes tempos e lugares (Jung, 2008a).
Segundo Jung:
“O fato de que imagens desse tipo tenham sob certas circunstâncias um considerável
efeito terapêutico em seus autores é empiricamente provado [...] e representam
tentativas muito audaciosas de ver e juntar opostos aparentemente irreconciliáveis e de
superar rupturas aparentemente irremediáveis. Mesmo numa simples tentativa nesse
sentido costuma produzir um efeito benéfico. ” (Jung, citado por Fincher, 1991).
Sobre o efeito terapêutico da mandala, Fincher (1991) afirma que:
“Quando criamos uma mandala, geramos um símbolo pessoal que revela quem
somos num dado momento. O círculo que desenhamos contém – e até atrai – partes
conflitantes da nossa natureza. Mas, mesmo quando faz um conflito vir à tona, o ato
de criar uma mandala produz uma inegável descarga de tensão. [...] O efeito
tranquilizador de desenhar um círculo também pode ser causado por uma capacidade
de servir como símbolo do espaço ocupado pelo nosso corpo. Desenhar um círculo
talvez seja algo como desenhar uma linha protetora ao redor do espaço físico e
psicológico que identificamos como nós mesmos. ”
“[...] Quando fazemos uma criação espontânea de cor e forma dentro de um círculo;
atraímos para nós a cura, a autodescoberta e a evolução pessoal. [...]”.
É por isso que, ao trabalhar com mandalas, podemos vivenciar momentos de clareza em
que os opostos de nossa personalidade se equilibram na consciência e experimentamos
uma realidade de harmonia, paz e significado.
consigo mesma.
com as energias da vida. Por exemplo, nas culturas orientais acredita-se que cada
cor esteja associada a um chakra. Esses centros de energia estão conectados com o
mandalas também nos favorecem. Elas são uma técnica maravilhosa que nos traz
grandes benefícios.
transformação”.
-Carl Jung-
Principais benefícios das mandalas
As mandalas promovem o relaxamento
Desenhar e colorir mandalas ajuda na concentração; portanto, elas são um
ferramenta de relaxamento.
Conexão profunda
As mandalas facilitam a conexão com o nosso eu profundo, promovendo assim
forças mais profundas e com o universo, através das energias que fluem com
Por outro lado, as mandalas são uma forma de meditação que nos ajuda a focar a
atenção. Dessa forma, promovem a harmonia, porque através das suas formas e
Não podemos esquecer que a disposição dos desenhos das mandalas do centro para
podemos comprar livros e cadernos para colorir. Como vemos, existem muitas
opções.
à criatividade porque permitem que você use as cores e as formas com total
gerar novas ideias. Além disso, cada figura e cor representa aspectos inconscientes
“Flua com qualquer coisa que aconteça e deixe a sua mente livre. Aceite o que
– Chuang Tzu –
Mandalas para decorar
As mandalas também podem ser usadas para decorar a nossa casa ou o local de
Benefícios terapêuticos
As mandalas foram reconhecidas na psicologia como um elemento
Como podemos ver, há muitos benefícios que podemos obter através das mandalas.
desse agora”.
-Celina Emborg-
Referências bibliográficas
Añaños, E., Estaún, S., Tena, D., Mas, T.M. e Valli, A. (2008). Psicologia e
comunicação publicitária. Barcelona, Espanha: Bellaterra.
Dahlke, R (2004). Mandalas, como encontrar o divino em você. Um livro
para meditar, desenhar e colorir as diferentes mandalas. Barcelona,
Espanha: Livro Robbin.
Martínez Cruz, M.C. (2008). As mandalas: essas grandes desconhecidas, 1
(3), 1-7.
MANDALAS: OS ESPELHOS DA
ALMA HUMANA
Por GUTA MONTEIRO
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Você sabe o que são Chakras? Qualquer pessoa que lida com a aura de uma
pessoa certamente já ouviu falar dos ensinamentos indianos sobre os 7 chakras.
Descubra aqui o que significam os chakras individuais e suas cores e como cada
chakra ou bloqueio pode afetar o seu bem-estar.
O que são chakras?
Se nossos chakras forem puros e abertos, eles brilharão em cores vivas e nos
sentiremos bem e poderemos aproveitar ao máximo nossas forças. Nesse caso,
trabalhar os chakras significa: ativá-los, limpá-los e abri-los. Isso é alcançado por
meio de Reiki, meditação, canto, aromaterapia, mas também Yoga, certas pedras
que parecem ter um efeito curativo e dieta podem ter uma influência positiva.
Cada chakra tem uma cor. As cores dos sete chakras principais correspondem à
sequência de cores de um arco-íris. O chakra inferior tem a cor vermelha,
seguido pelos outros seis chakras nas cores laranja e amarelo, verde, turquesa,
azul e roxo para o chakra superior, como no arco-íris.
Cada chakra não é apenas atribuído a uma cor, mas também a um símbolo de
chakra ou mandala específico. Essas mandalas têm a respectiva cor do chakra e
simbolizam seu significado e tarefa. Aqui está uma visão geral de todos os
chakras com suas cores, a mandala ou símbolo associado e a localização do
respectivo chakra.
Cor: laranja
Forma de flor viva e brilhante / mandala: flor de lótus de 6 pétalas.
Uma vez que o chacra sacro foi purificado, ele representa as áreas positivas de
sensualidade, luxúria e sexualidade, mas também para criatividade. Se o chakra
está bloqueado, isso leva a problemas sexuais, sentimentos de culpa em relação
aos outros e falta de entusiasmo pela vida.
Cor: amarelo
Forma de flor aberta / mandala: flor de lótus de 10 pétalas.
Se o chakra do umbigo estiver limpo, significa que você está em paz consigo
mesmo e que tem um bom pressentimento. Você é equilibrado e tem boa
autoestima. Se o chakra está bloqueado, muitas vezes isso causa oscilações de
sentimentos, é difícil tomar decisões, você fica inseguro e entra em conflito com
os outros, seja para dominar os outros, seja dependente deles ou entre em
conflito com os outros.
4º Chakra: Heart Chakra (Sânscrito: Anahata)
Cor: azul, espiritual,
Forma de flor calma / mandala: Flor de lótus de 96 pétalas
Se o chakra do terceiro olho for limpo, significa uma pessoa inteligente e sábia
com uma boa intuição. Também significa fantasia e conhecimento. Se o chakra
está bloqueado, causa estados depressivos, a pessoa tem medo da perda, sente-
se oprimida e sem importância. Além disso, muitas vezes há medo de perder e
você aborda muitas coisas mentalmente demais porque não está em paz consigo
mesmo.