4 o Batismo No Espírito Santo

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O BATISMO O ESPÍRITO SANTO


O Batismo no Espírito Santo .

Texto Base: Lucas 24.45-49; Atos 1.4-8

“45 Então, abriu-lhes o entendimento para compreenderem as


Escrituras.
46 E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo
padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos;
47 e, em seu nome, SE PREGASSE O ARREPENDIMENTO E A
REMISSÃO DOS PECADOS, EM TODAS AS NAÇÕES, começando por
Jerusalém.
48 E dessas coisas sois vós testemunhas.
49 E EIS QUE SOBRE VÓS ENVIO A PROMESSA DO MEU PAI; ficai,
porém, na cidade de Jerusalém, ATÉ QUE DO ALTO SEJAIS
REVESTIDOS DE PODER.

“4 E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de


Jerusalém, mas que esperassem A PROMESSA DO PAI, que (disse ele)
de mim ouvistes.
5 Porque, na verdade, João batizou com água, MAS VÓS SEREIS
BATIZADOS COM O ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias.
6 ¶ Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo:
Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?
7 E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o
Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.
8 MAS RECEBEREIS A VIRTUDE DO ESPÍRITO SANTO, que há de vir
sobre vós; E SER-ME-EIS TESTEMUNHAS tanto em Jerusalém como em
toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”.

DEFINIÇÃO DA DOUTRINA

A Bíblia aponta em Hebreus 6.2 o fato de que a igreja primitiva reconhecia, não obstante haver
um só batismo (Ef. 4.5), uma doutrina de batismos, ou seja, diferentes expressões ou modalidades
de experiências espirituais com Deus, relacionadas à nova vida em Cristo. Através das Escrituras,
pode-se reconhecer 05 diferentes tipos de batismo:
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TIPO ELEMENTO BATIZADOR PROPÓSITO PASSAGEM


(O que?) (Como?) (Quem?) (Para quê?) (Onde?)
1. Batismo nas Águas na água Homem Arrependimento e Remissão At 2.38
2. Batismo no Corpo na Igreja Espírito Unidade e Comunhão I Co 12.13,14
3. Batismo no Espírito no Espírito Filho Poder e Capacitação At 1.5,8
4. Batismo na Morte em Cristo Pai Vitória e Identificação Rm 6.3,4
5. Batismo no Sofrimento no Martírio Pessoal Testemunho e Glorificação Mc 10.38,39

A palavra batismo significa “imersão” ou “mergulho”. Observe como estes batismos são
diferentes em seus aspectos. São também níveis de aprofundamento na experiência cristã. Todos eles
podem ser apropriadamente chamados de batismo, pois se tratam de “imersões” na vontade de Deus
para o crente.

 No BATISMO NAS ÁGUAS, um rito externo e único, representamos todos os


demais batismos. Quem batiza evidentemente é um outro discípulo do Senhor (Mt 3.6;
Mc 1.9). Como sinal de arrependimento é visível e fruto da nossa decisão pessoal, através
do qual estamos dizendo que nos submetemos à vontade plena de Deus.
 No BATISMO NO CORPO somos inseridos na Igreja Invisível, o Corpo Místico de
Cristo e quem nos batiza é o Espírito que une a todos os verdadeiros filhos de Deus no
ato da regeneração (Ef. 1.13; 4.3,4). No dia em que aceitou a Cristo, se foi sincera a
decisão, o novo discípulo passou a fazer parte da Igreja do Senhor, constituída de todos
os salvos de todas as épocas.
 No BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO quem nos batiza é Jesus (Lc 3.16b) para
revestimento de poder (Lc 24.49). Seu propósito primário é fazer-nos testemunhas
eficazes do evangelho do Senhor.
 No BATISMO NA MORTE, quando reconhecemos que morremos com Cristo, é que
alcançamos vitória sobre o pecado (Rm 6.6). Aqui, da mesma forma como Cristo foi
ressuscitado pela glória do Pai, acontece o sepultamento do “Eu”, o rompimento com a
atração do mundo e do pecado, levando-nos a uma vida vitoriosa em Cristo.
 No BATISMO DO SOFRIMENTO há a imersão no martírio por conduzir o
evangelho em meio às perseguições. Este é o batismo que implica na decisão de
sacrificar-se totalmente, em detrimento da própria vida, escolhendo a morte física como
testemunho de Cristo (Lc 12.50; 2 Tm 4.6).

Entendidas estas experiências como distintas e separadas no tempo, dependendo da


maturidade e intensidade de compromisso com o Senhor, fica fácil compreender por que há
diferentes tipos de crentes.

Isto exposto, compreendamos agora as peculiaridades da doutrina do Batismo com o Espírito


Santo.

Batismo no ( ou com o) Espírito Santo é uma experiência de


saturação do Espírito de Deus, diferente da regeneração, evidenciada
pelo falar em línguas estranhas, e com o propósito de capacitar ou
revestir os crentes para o serviço.

EXPRESSÕES EQUIVALENTES
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A partir dos dois primeiros capítulos de Atos, que preparam e narram a experiência, podemos
reconhecer outros termos bíblicos pelos quais o Batismo no Espírito Santo poderá ser reconhecido
nas Escrituras. São eles:
1. Crentes sendo“batizados com o Espírito Santo” (At 1.5; Lc 3.16, Jo 1.33; At 11.16);
2. O Espírito “vindo” ou “caindo sobre” o crente (At 1.8; 2.17,18; 8.16; 10.44; 11.15);
3. Crentes sendo “cheios do Espírito Santo (At 2.4; 4.31; 9.17; Lc 3.22; 4.1;14,18);
4. “Recebendo o dom do Espírito Santo” (At. 2.38; 8.17-20; 10.45,47; 11.16,17);
5. e, o derramamento da “Promessa do Pai” (At. 14; 2.33,39; Lc 24.49).

SUA PROMESSA

O Batismo no Espírito Santo foi anunciado como “a Promessa do Pai” (At 1.4,5).
Quatrocentos anos antes do derramamento do Espírito no dia de Pentecostes, o profeta Joel já falava
deste evento (Jl 2.28,29; At 2.16). Setecentos anos antes, Isaías profetizou a respeito (Is 28.10-12; I
Co 14.21).
Trata-se da gloriosa promessa de um Deus que não pode mentir. É a promessa de uma dádiva
inigualável! É impressionante como Lucas, o médico amado, faz questão de frisar no Evangelho do
Filho do Homem a necessidade de caminhar em uma vida plena no Espírito:

1. João Batista, cheio do Espírito desde o ventre materno (Lc 1.15);


2. Maria, na anunciação envolvida pelo Espírito (Lc 1.35);
3. Zacarias, o pai de João Batista, profetizando cheio do Espírito (Lc 1.67);
4. Simeão, coberto pelo Espírito Santo, aguardando o Messias (Lc 2.25)
5. Isabel, a mãe de João, tomada pelo Espírito Santo (Lc 1.41)
6. João Batista crescendo e se fortalecendo no Espírito (Lc 2.80)
7. O anúncio daquele que batiza com o Espírito Santo e com fogo (Lc 3.16)
8. O Espírito Santo descendo sobre o Senhor no batismo (Lc 3.22)
9. O Senhor Jesus, cheio do Espírito, na tentação do deserto (Lc 4.1)
10. O Senhor operando sinais na Galiléia, no poder do Espírito (Lc 4.14)
11. Na alegria do Salvador, exultando no Espírito (Lc 10.21)
12. No ensino do Senhor sobre a dádiva do Espírito Santo (Lc 11.13)

Todos os acontecimentos em torno da chegada do Salvador foram impregnados pela


atmosfera inundante do Espírito Santo. Tudo quanto o Senhor fazia era na plenitude do Espírito! Se
o Senhor Jesus não ousou envolver-se ministerialmente ou fazer coisa alguma sem o poder do
Espírito, quanto mais nós! Talvez seja esta a ênfase de Lucas no tocante à Promessa do Pai:

E eis que sobre vós envio A PROMESSA DO MEU PAI; ficai, porém, na
cidade de Jerusalém, ATÉ QUE do alto sejais revestidos de poder.
Lucas 24:49

Esta promessa ainda hoje está disponível, pois é “para todos quantos o Senhor chamar”:

Porque A PROMESSA VOS DIZ RESPEITO a vós, a vossos filhos e a


todos os que estão longe: A TANTOS QUANTOS Deus, nosso Senhor,
chamar. Atos 2.39
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Dizer que foi apenas para a igreja primitiva, para a sua expansão e conservação, é minimizar a
responsabilidade da igreja atual, em face da urgente salvação dos perdidos num mundo em trevas de
mais de 6 bilhões de almas. Ser cheio do Espírito trata-se de um mandamento (Ef 5.18)

LEMBRE-SE:
 O Espírito Santo mora em todo o crente (Rm 8.9);

 Mas, a plenitude do Espírito não é usufruída por todos (Ef 5.18);

 Contudo, está disponível para todos e deve ser experimentada (At 2.39).

SEU PROPÓSITO

Qual o propósito do Batismo no Espírito Santo? Poder no testemunho!


Diz assim a Palavra de Deus:

Mas RECEBEREIS A VIRTUDE DO ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre


vós; e SER-ME-EIS TESTEMUNHAS tanto em Jerusalém como em toda a
Judéia e Samaria e ATÉ AOS CONFINS DA TERRA. Atos 1.8

Trata-se de RECEBER para SER! Receber o quê? Virtude ou Poder. Esta palavra grega –
dunamis – de onde se originou a palavra “dinamite” e “dinâmico”, dá-nos a idéia de poder em
movimento. Virtude é pois a capacitação sobrenatural dada por Deus para a continuidade da
propagação do Evangelho. Não recebemos a virtude do Altíssimo para uma outra razão que não seja
a glorificação do Senhorio de Jesus Cristo (João 16.14). É poder para testemunho.

Apolo era alguém eloqüente e poderoso nas Escrituras, isto é, tinha a capacidade natural de
expressar-se com desenvoltura e sabia convencer na base de argumento. Ele era também ousado,
“fervoroso de espírito” e “ensinava diligentemente as coisas do Senhor”. No entanto, a Bíblia
destaca que ele conhecia apenas o batismo de João (At 18.24,25), de modo que foi necessário que
Priscila e Áquila lhe declarassem mais pontualmente o caminho de Deus.

Há quem considere que sua capacidade intelectual ou seu conhecimento bíblico sejam
suficientes para enfrentar todas as batalhas espirituais. Não foi o caso de Apolo. Os desafios do
presente século, com o aumento das forças do mal requererão uma vida plena no Espírito e a
manifestação do poder de Deus na vida de um discípulo que testemunha.

A MINHA PALAVRA E A MINHA PREGAÇÃO não consistiram em


palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em DEMONSTRAÇÃO
DO ESPÍRITO E DE PODER, para que a vossa fé não se apoiasse em
sabedoria dos homens, mas NO PODER DE DEUS. 1 Coríntios 2:4,5.
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SUA EVIDÊNCIA
Há alguns comentaristas que afirmam que o Livro de Atos é uma narrativa e que Lucas não
tinha a intenção de escrever um tratado doutrinário, por isso não serve de apoio doutrinário. No
entanto, o apóstolo Paulo discorda desta interpretação ao afirmar que “toda Escritura divinamente
inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, e que
“tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito” (2 Tm 3.16; Rm 15.4), razão pela qual
preferimos continuar entendendo que a Bíblia inteira serve como um sólido fundamento para a
doutrina.
Por evidência entende-se “aquilo que pode ser visto ou verificável pela observação”. Na
filosofia, é a “constatação de uma verdade que não suscita qualquer dúvida, em decorrência do grau
de clareza ou distinção que se apresenta ao espírito”. Uma vez que o Espírito Santo é quem nos
ensina e convence, aquele que tem sede deve despojar-se de seus pré-conceitos e submeter-se
humildemente ao que dizem as Escrituras. Analisemos as evidências.

Como poderemos saber se alguém foi batizado com o Espírito Santo?


Observando o mesmo fenômeno físico pelo qual foi reconhecido no Livro de Atos – O Falar
em Línguas.

Línguas Estranhas.

Houve referência às línguas como evidência física, pessoal, e ao vento e ao fogo como sinais
naturais e externos. O único sinal do derramamento de Atos 2 que foi repetível nas demais narrativas
foi o falar em línguas. Além disto, este é um sinal exclusivo desta dispensação da graça. Dos dons,
este é o único sem precedente na História. Deus confundiu as línguas em Babel e unificou-as em
Pentecostes. Constitui-se num sinal sobrenatural para os infiéis de que Deus está entre nós (I Co
14.25).
Das faculdades humanas, a língua é a que mais perverte o homem, não sendo dominada por
ninguém (Tg 3.8). Não seria, por isso, que Deus resolve iniciar seu domínio no homem que deseja
ser usado por Ele a começar da língua?

Está escrito na lei: Por gente doutras línguas e por outros lábios,
falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor. DE
SORTE QUE AS LÍNGUAS SÃO UM SINAL, não para os fiéis, mas para
os infiéis…
1 Coríntios 14:21,22

É, portanto, controlando a língua que o Espírito Santo recebe o domínio de todo o nosso ser,
delegando aos nossos lábios autoridade e graça para anunciarmos o Evangelho, rompendo com a
timidez e acrescentando ousadia.

O falar extático e sobrenatural, inspirado pelo Espírito Santo, quer seja de uma língua
conhecida pelos homens ou pelos anjos, é a principal evidência de que alguém recebeu a Plenitude
do Espírito.
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Examinemos:

1. No dia de Pentecoste

Atos 2.4: "Todos foram CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO, e


COMEÇARAM A FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS, conforme o Espírito
Santo lhes concedia que falassem".

2. Na casa de Cornélio

Atos 10.44-46: "Dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito


Santo sobre todos os que o ouviam. Os fiéis que eram da circuncisão,
que tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do
Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. POIS OS
OUVIAM FALANDO EM LÍNGUAS, e engrandecer a Deus..."

3. Sobre os discípulos em Éfeso

Atos 19.6: "Impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito


Santo, E FALARAM EM LÍNGUAS, e profetizavam".

4. Entre os samaritanos

Atos 8.14-17: "Ouvindo os apóstolos que estavam em Jerusalém


que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e
João. Quando chegaram, oraram por eles para que recebessem o
Espírito Santo, porque sobre nenhum deles tinha ainda descido,
mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus. Então
lhes impuseram as mãos e receberam o Espírito Santo". VENDO,
porém, Simão, que pelo fato de que por imporem os apóstolos as
mãos ERA CONCEDIDO O ESPÍRITO SANTO, ofereceu-lhes
dinheiro.

Saulo em Damasco

Atos 9.17,18: "Então Ananias foi, entrou na casa e, impondo-lhe as


mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no
caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver, e SEJAS
CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. Imediatamente lhe caíram dos olhos
como que umas escamas, e recuperou a vista. Levantando-se, foi
batizado.
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No texto de I Co 14.18, Paulo declara:

“Dou graças a Deus, PORQUE FALO EM OUTRAS LÍNGUAS mais


do que todos vós”.

Em todos os casos, o falar em línguas aparece como um sinal distintivo e visível de que foram
cheios do Espírito Santo. Não se tratou apenas de uma alegria efusiva ou de uma grande comoção,
mas de uma manifestação sobrenatural caracterizada por línguas estranhas. Foi algo fisicamente
notório, a um tal ponto de quem observava supor que estivessem embriagados (At 2.7) ou mesmo
loucos (1 Co 14.23).

SUA DISTINÇÃO

1. O Batismo com o Espírito Santo não é o mesmo que regeneração .

O Espírito Santo somente poderia fazer morada no crente após a glorificação de Cristo (Jo
7.39). Após a ressurreição, o Senhor Jesus soprou sobre eles para que recebessem o Espírito Santo
para novo nascimento (Jo 20.22). Depois de cerca de 40 dias, os mesmos discípulos com os demais
foram batizados com o Espírito Santo no dia de Pentecostes (At 1.13,14; 2.4). Foram duas
experiências distintas e subseqüentes.
Da mesma maneira, os crentes de Samaria (At 8.14-17) já haviam recebido a Palavra de Deus
e os doze discípulos de Éfeso já haviam sido batizados em nome de Jesus (At 19.6). Já eram,
portanto, crentes batizados, mas sem a experiência do enchimento do Espírito.
O Senhor Jesus foi gerado do Espírito (Lc 1.35), mas somente aos 30 anos foi revestido e
capacitado pelo Espírito Santo (Lc 4.1; 17-20).

Para falar das duas experiências, Jesus utiliza-se da figura da água:

Sobre o novo nascimento diz:

“Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá
sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma FONTE A
JORRAR PARA A VIDA ETERNA” - Jo 4. 14; e,

E a respeito do Batismo no Espírito Santo:

“Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior


FLUIRÃO RIOS DE ÁGUA VIVA. Isto ele disse com respeito ao Espírito
que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele
momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda
glorificado”. - Jo 7.38,39;

2. O Batismo com o Espírito Santo não é o selo do Espírito Santo .


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Quando selamos algo, estamos garantindo, assinalando, distinguindo e autenticando sua


procedência e propriedade. O selo do Espírito corresponde à regeneração e é recebido quando
cremos em Cristo (Ef 1.13). Seu propósito difere da plenitude do Espírito, pois é a salvaguarda e
garantia de nossa redenção (v. 14), enquanto que o Batismo no Espírito Santo é capacitação
sobrenatural.
Necessitamos de poder, autoridade ou habilidade espiritual para testemunhar de Cristo. Esta
segunda experiência é que transformou os tímidos discípulos de Jesus, trancados em um cenáculo,
em poderosas testemunhas do Evangelho. Isto somente é que pode explicar o fato de Pedro, inseguro
e traidor, levantar-se no dia de Pentecostes com ousadia para falar de Cristo. É esta experiência que
pode também transformar o discípulo moderno em uma testemunha eficaz às nações.

3. O Batismo com o Espírito Santo não é santificação .

O fruto do Espírito (Gl 5.22,23) é para a santidade, mas o Batismo no Espírito Santo é para o
poder. O primeiro é conseqüência de uma vida renascida que desenvolve e deixa crescer seus frutos
mediante o conhecimento da palavra, ao passo que o segundo é uma experiência obtida por graça
para acrescentar ousadia no testemunho. Santificação é operação do Espírito através da Palavra de
Deus (Jo 15.3; 17.17), mas a Plenitude do Espírito é unção para a realização da obra.

É comum, embora seja uma aberração, encontrarmos crentes com carisma, mas sem caráter,
da mesma forma que encontramos irmãos com caráter, mas sem carisma. É por isto que, para
corrigir estas distorções no crescimento, o apóstolo convoca ao equilíbrio:

“Crescei na GRAÇA e no CONHECIMENTO’’ – 2 Pd 3.18.

4. O Batismo com o Espírito Santo não é uma experiência emocional .

Talvez você tenha se alegrado na presença de Deus e, por isso, pensou que foi batizado com
o Espírito Santo. Quem sabe tenha sido tomado por um sentimento de profunda reverência diante do
Senhor. Tudo isto é bom, mas não é a evidência bíblica do batismo. A evidência inicial e física pela
Palavra, como temos visto, é o falar em línguas estranhas.
Não devemos também confundir reações humanas com manifestações espirituais. Coisas
como êxtase, arrebatamento, saltar, cair no chão, chorar e gritar são reações emocionais e, portanto,
variam de indivíduo para indivíduo. Não estão necessariamente vinculadas ao Batismo com o
Espírito Santo. Um e outro são prejudiciais, pois é sempre perigoso andar nos extremos. Lembremos
que o Espírito Santo é um cavalheiro e, tudo quanto fizer, dignificará o Evangelho de Cristo. Por
que, então, são freqüentes tais cenas? Por causa da fragilidade humana. Não é o Espírito Santo, mas
o homem que recebe a presença de Deus, o agente das extravagâncias. Dr. T. Rees assim explica: ‘O
impacto direto do Espírito Santo é de tal forma comovente, que bem podemos desculpar a frágil
natureza humana por não se comportar como se fosse sob uma influência mais gentil...Certamente é
tão injusto criticar as extravagâncias dum novo convertido como criticar as quedas e tropeços da
criancinha que aprende a andar”.

A maneira como um eletricista e uma criança reagem a um choque elétrico simples não é a
mesma. Igualmente não se pode esperar que bebês espirituais reajam da mesma forma que irmãos
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mais maduros. O que não é desejável é que em nome da reverência ou da glória de Deus
justifiquemos a frieza ou o sensacionalismo.

5. O Batismo com o Espírito Santo não é uma experiência final .

“O Batismo no Espírito Santo não é o clímax de uma vida cheia do Espírito, mas a entrada
para andar no Espírito”, alerta Raymond Carlson.
Os automóveis movimentam-se através do princípio de armazenamento. Se o tanque esvazia-
se, precisa ser reabastecido. Igualmente, muitos crentes pentecostais vivem debaixo do mesmo
princípio. Dependem de ambientes especiais (cultos de poder) para serem cheios. Entretanto, como
os bondes antigos moviam-se pelo contacto elétrico, sem se desprenderem dos cabos, necessitamos
constantemente estar cheios do Espírito, sempre ligados à fonte de energia. Lembremos que o
Batismo é apenas o início de uma intimidade com o Espírito Santo e o princípio para
compreendermos a manifestação dos dons espirituais.
“Enchei-vos do Espírito” é um imperativo contínuo, que exprime a idéia de “ser enchido
repetidas vezes”.
“Novos enchimentos com o Espírito Santo fazem parte da vontade e provisão de Deus para
todos os que receberam o Batismo no Espírito Santo. Devemos esperá-los e buscá-los” (Donald
Stamps, na Bíblia Pentecostal).

SUA RECEPÇÃO

Antes de mais nada, é preciso dizer que o Batismo com o Espírito Santo, como toda benção
de Deus, não acarreta perigo. Há os que receiam a busca da experiência por estarem
conformados com o que já receberam, outros amedrontados com a idéia de caírem ao chão,
perderem os sentidos, ou até mesmo receberem um outro espírito que não seja o Espírito de
Deus. Lembremos a Palavra que diz:

“E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará
uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma
serpente? Ou também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um
escorpião? Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos
vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo
àqueles que lho pedirem?” - (Lc 11.11-13)

Portanto, é impossível que um crente, habitação do Espírito Santo, pedindo ao Pai a dádiva
da plenitude do Espírito, recebe algo diferente. Além disto, nada virá “de fora”, por assim dizer.
Jesus explicou que “do seu INTERIOR fluirão rios de águas vivas”. Ele, o doce Espírito Santo,
já está dentro de nós e transbordará à medida que Lhe dermos espaço para atuar.
Outra barreira reside no fato da falta de compreensão de quem seja o agente a falar em
línguas. Pensam que de alguma forma o Espírito Santo falará por eles. Em Atos 2.4 está
registrado que ELES (não o Espírito) “começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito
Santo LHES CONCEDIA que [ELES] falassem”. O Espírito por certo inspirará e capacitará o
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crente a falar, mas a iniciativa de fé deverá ser do homem em submeter-se ao Senhorio do


Espírito Santo.
Batizar os crentes é obra de Jesus. Ele é o Batizador, e não os homens. Aceite por fé o fato de
que “a promessa é para tantos quantos o Senhor chamar”, e isto inclui você. Sendo uma
promessa do Pai, Ele tem prazer em cumpri-la, pois Ele “dará o Espírito a tantos quantos o
pedirem.’’
Uma recapitulação das Escrituras referentes ao assunto iluminará estes 07 passos para quem
deseja receber o Batismo:

1. Crer (Gl 3.14; Jo 7.39); 5. Obedecer (At 5.32; Lc 24.49);


2. Arrepender-se (At 2.38); 6. Receber imposição de mãos (At 19.6);
3. Pedir com sede ( Lc 11.10,13); 7. Apropriar-se da promessa (At 2.39).
4. Aguardar em oração (At 1.14);

Estes passos não são obrigatórios, tampouco cronológicos, estando submetidos ao critério de
Jesus, o Batizador, que batiza quando e como quer. No caso dos 120, estavam todos assentados e
ninguém lhes impôs as mãos quando foram batizados. Na casa de Cornélio, estavam ouvindo a
palavra quando receberam o poder do alto. Já entre os discípulos samaritanos houve a necesidade
da imposição de mãos. O importante é que estejamos suscetíveis à direção do Espírito de Deus e,
sobretudo, desejosos de receber a promessa do Pai.

“Não  conheço   coisa  mais  importante 


que  o mundo  precise  do  que  de  homens  e  mulheres 
inflamados   com o   fogo  do  Céu;
nunca  encontrei  um   homem  ( ou  mulher ) inflamado  com  o 
Espírito   de  Deus  que  fracassasse. Creio  que  isso  seja  
impossível; tais  pessoas  nunca  se  sentem   desanimadas.
Avançam  mais  e  mais  e  se    animam  mais  e  mais. Amados,
se  não  tendes   essa  iluminação, resolvei  adquiri-la, e  orai:
‘Ó  Deus, ilumina-me  com  o  teu  Espírito  Santo’!”
(“Short Talks” – Conversas Curtas, de D.L.Moody)
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ILUSTRAÇÃO:

O Batismo de Carlos Finney

Charles Finney (1792-1875), poderia ter sido apenas um desconhecido


advogado, não fosse pela gloriosa experiência do Batismo no Espírito Santo. Depois
disto, ninguém em seu século levou tantas pessoas a Cristo como ele. Calcula-se que,
durante dois anos, de 1857-1858, mais de 100 mil almas foram conquistadas para o
Senhor Jesus, pelo trabalho direto e indireto de Finney. Ele foi um apaixonado por
almas e o precursor dos apelos, pois até então já não se fazia chamadas adiante para a
salvação. Foi numa certa noite no escritório, quando preparava-se para sentar, que
algo extraordinário aconteceu:
“Ao virar-me para me sentar, recebi o poderoso Batismo no Espírito Santo. Sem o esperar,
sem me ter jamais passado pela mente que para mim existisse tal coisa, sem qualquer lembrança de
ter algum dia ouvido alguém mencionar tal coisa no mundo, o Espírito Santo desceu sobre mim, de
maneira que parecia atravessar-me o corpo e a alma. Sentia eu impressão semelhante à de uma
onda elétrica passando repetidamente através do meu ser. Na verdade, sentia-a vir como se fossem
vagas e mais vagas de amor líquido, única maneira de me poder exprimir. Parecia o próprio hálito
de Deus. Recordo-me distintamente que me davam a impressão de abanar-me quais asas imensas”.
“Palavras não poderiam exprimir o maravilhoso amor que me inundou o coração”. Em voz
alta eu chorava de amor e júbilo. Devo dizer que, literalmente eu bramia as inexprimíveis comoções
que me jorravam do coração. Essas vagas sobre mim caíam e recaíam, e tornavam a cair, umas
após as outras, até que me lembro ter exclamado; “Senhor”, disse eu, “não posso suportar mais”,
contudo, não havia em im temor algum da morte.
“Quanto tempo estive eu nesse estado, com esse batismo a rolar sobre mim e a passar
através de mim, não sei dizer”.
Na manhã seguinte, ele informou a um de seus clientes: “Não posso mais
defender a sua causa; tenho um chamado para defender a causa do Senhor Jesus.
Quando avaliava um ensino, sempre o julgava à luz desta pergunta: “Isto é bom
para converter pecadores?”
Por onde passava, deixava as marcas de um evangelista. Uma vez entrou em uma
fábrica onde comentavam sobre o poderoso culto da noite anterior e, somente em vê-
lo, os operários recebiam convicção de seus pecados. Em outra ocasião, depois de
pregar em uma cidade, não houve mais baile nem teatro durante seis anos.
“Descobriu-se, por pesquisa empolgante, que mais de 85 pessoas de cada 100 que se
convertiam sob a pregação de Finney permaneciam fiéis a Deus, enquanto 75 de cada
100 das que professavam conversão nos cultos de algum dos maiores pregadores,
desviavam-se. Parece que Finney tinha o poder de impressionar a consciência dos
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homens sobre a necessidade de um viver santo, de tal maneira que produzia fruto mais
permanente” (Deeper Experiencies of Famous Christians, p. 243).

Oremos para que mais Batismos de Fogo aconteçam entre nós!

QUESTIONÁRIO

1) Quantos batismos existem?


2) Quais são as diferentes EXPRESSÕES espirituais deste batismo?
3) Fale sobre o BATISMO NO CORPO.
4) Explique BATISMO NA MORTE
5) Que significa BATISMO NO SOFRIMENTO?
6) Defina BATISMO NO ESPÍRITO SANTO.
7) Qual o seu PROPÓSITO?
8) O que é VIRTUDE?
9) Cite 03 passagens de Lucas que falam sobre a PLENITUDE do Espírito Santo.
10) O que se aprende da experiência de APOLO?
11) Comprove a distinção entre Batismo no Espírito Santo e Novo Nascimento.
12) Dê outras expressões equivalentes ao Batismo no Espírito Santo.
13) Por que o Batismo é chamado de Promessa do Pai?
14) Como reconhecemos que alguém foi batizado com o Espírito Santo?
15) Qual a evidência inicial do Batismo com o Espírito Santo?
16) Explique Línguas Estranhas como evidência do Batismo.
17) Quais os passos para receber o Batismo no Espírito?
18) Cite algumas dificuldades ou barreiras para receber o Batismo.
19) Explique a diferença entre manifestação espiritual e reação humana.
20) Por que o Batismo no Espírito não é uma experiência final?

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