Resolução Dos Exercícios Complementares
Resolução Dos Exercícios Complementares
Resolução Dos Exercícios Complementares
TEMA I | EPISTEMOLOGIA
Cenário de resposta
1. C: 1; 3; 5; SF: 4; 6; P: 2.
7. A Isabel sabe andar de mota e move-se com facilidade no Porto, porque conhece
bem a cidade. Estamos perante:
(A) Conhecimento saber-fazer, no primeiro caso, e proposicional, no segundo.
(B) Conhecimento por contacto, no primeiro caso, e saber-fazer, no segundo.
(C) Conhecimento saber-fazer, no primeiro caso, e por contacto, no segundo.
(D) Conhecimento por contacto, no primeiro caso, e proposicional, no segundo.
10. A frase O Tomé sabe que conhecer outras línguas é importante descreve:
(A) Um conhecimento por contacto.
(B) Um conhecimento proposicional.
(C) Um conhecimento prático.
(D) Um saber-fazer.
Sócrates – Amigo, se a opinião verdadeira e o saber fossem o mesmo, nem sequer o juiz mais
competente poderia emitir uma opinião correta sem saber.
Platão (2005). Teeteto. FCG, p. 302.
13. Tendo por base a definição tradicional de conhecimento, explicita o sentido da afirmação de
Sócrates.
Cenário de resposta
A afirmação de Sócrates mostra que, para falarmos de conhecimento, não basta que exista uma opinião
verdadeira, são necessárias provas. Daí que nem mesmo o juiz mais competente possa emitir uma opinião
correta sem que ela esteja firmada em justificações. No fundo, o que se pretende dizer é que para haver
conhecimento têm de existir três condições: uma crença que seja verdadeira e justificada.
4. Verdade e justificação são condições necessárias, mas não suficientes, para que se possa
falar na existência de conhecimento.
20. A Joana acredita que existem outros planetas habitados. Esta crença não constitui
conhecimento porque:
(A) Apesar de estar justificada, a crença não é verdadeira.
(B) Apesar de poder ser verdadeira, a crença não está justificada.
(C) É uma crença defendida por um número reduzido de cientistas.
(D) É uma crença que sabemos, à partida, ser uma falsidade.
21. Amanhã a professora de filosofia entregará os testes. Entretanto, ainda não nos
disse absolutamente nada sobre a correção. Suponhamos que, em conversa, afirmo
que sei que os colegas A e B tirarão as melhores notas. Imaginemos ainda que, por
pura sorte, acerto não apenas nos nomes dos que obterão as melhores classificações
como também nos seus resultados. Poderei dizer que sabia antecipadamente (que
tinha conhecimento) dos resultados dos testes?
(A) Sim, porque a minha crença é verdadeira.
(B) Sim, porque a minha crença é justificada.
(C) Não, porque a minha crença não é verdadeira.
(D) Não, porque a minha crença não é justificada.
22. Tendo em vista os contraexemplos de Gettier, apresenta a razão pela qual eles põem em
causa a definição tradicional de conhecimento.
Cenários de resposta
22. A definição tradicional de conhecimento diz que este é crença verdadeira justificada. Gettier, com os seus
contraexemplos, sustentou que as três condições da definição tradicional podem não ser suficientes para
definir conhecimento. Os seus contraexemplos vêm mostrar que podemos ter crenças verdadeiras justificadas,
fundadas em boas razões, e, ainda assim, não termos conhecimento. Será, pois, necessária uma outra
condição, para além das três condições propostas por Platão. Todavia, Gettier limita-se a levantar o problema,
mas não identifica a solução. A definição de conhecimento, tida como resolvida desde Platão, converte-se,
com Gettier, num problema filosófico.
explicação se encontra à margem do saber. E aquilo de que não há explicação não é suscetível de
se saber – é assim que se referia a isto –, sendo, pelo contrário, cognoscível aquilo de que há
explicação.
Platão (2005). Teeteto. FCG, p. 302.
26. Tendo em conta o texto, explicita as objeções feitas à teoria tripartida do conhecimento.
Cenário de resposta
26. As objeções colocadas à definição tripartida do conhecimento estão relacionadas com as condições exigidas
para que o conhecimento seja definido dessa forma. Aparentemente, parecem ser condições necessárias para
definir o conhecimento, pois o conhecimento terá de ser necessariamente uma crença verdadeira justificada.
O problema reside em saber se, em conjunto, estas condições são suficientes para o definir.
27. A partir do texto, analisa a teoria tradicional do conhecimento, referindo as implicações das
críticas que lhe são dirigidas.
Cenário de resposta
27. Segundo a teoria tradicional do conhecimento, este é crença verdadeira justificada, quer isto dizer que
para se saber algo não basta acreditar que se sabe, é preciso que, por um lado, isso seja verdade e que, por
outro, haja provas adequadas à justificação da nossa crença. Crença e verdade são condições necessárias para
que se fale em conhecimento, mas não são suficientes; é preciso que essa crença verdadeira tenha justificação.
Edmund Gettier levantou problemas à teoria tradicional do conhecimento. Apresentou contraexemplos e
declarou que as três condições necessárias da definição tradicional não são suficientes para definir o
conhecimento, já que é possível alguém ter uma crença verdadeira justificada e, mesmo assim, não existir
conhecimento.