TG2 - Benildo & Carlos
TG2 - Benildo & Carlos
TG2 - Benildo & Carlos
Discente(s):
Benildo Zunguze
Carlos Jiverage
Docente(s):
Dr. Ruy Cravo
Eng. Sultuane Jafar
Trabalho em Grupo - 1
Licenciatura em Engenharia Ferroviária
I
LISTA DE ABREVIATURAS
Acidentes Ferroviários
CE Coordenador de Emergência
GI Gestor da Infraestrutura
II
ÍNDICE DE FIGURAS
III
ÍNDICE DE TABELAS
IV
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
1.2. Objectivo
1.3. Metodologia
O presente trabalho foi realizado com base em diversas fontes relacionadas com o tema
do presente trabalho de investigação, com o auxílio da internet e livros visando a colecta de
informações por forma a complementar o trabalho. Como consta na última página (citadas as
referências bibliográficas).
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CAPÍTULO 2 – DESENVOLVIMENTO
Segundo GPIAAF (2018, pág. 9), a locomotiva 1415 descarrilou na execução de uma manobra,
na estacão da Régua, pelas 17:30 do dia 27 de setembro de 2017.
Com objectivo de incorporar a reboque uma locomotiva da série 1400 (figura 2) ao comboio
inter-regional, a locomotiva 1415, após efectuado o respectivo itinerário, movimentou-se pela
linha II em direcção ao AMV 1, e em seguida recuar para a linha X (também chamada de Linha
da Trincheira) (GPIAAF, 2018, pág. 9).
A linha X, possui no seu trajecto uma placa giratória cuja posição normal é a de garantir a
passagem pela referida linha, tendo um sistema de encravamento e de sinalização próprios.
Após o operador de manobra autorizar o prosseguimento da marcha, a locomotiva 1415 iniciou
o movimento e ao entrar na placa giratória, foi gerado um som diferente do habitual segundo o
maquinista, facto que o levou a apertar o freio imediatamente. Naquele instante a locomotiva
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começou a inclinar-se para o lado esquerdo do sentido da marcha, acabando por tombar para o
fosso da placa giratória, onde se imobilizou (GPIAAF, 2018, pág. 10).
Conforme a GPIAAF (2018, pág. 10), o maquinista não sofreu danos físicos e parou o motor
diesel, tendo posteriormente saído pela janela inferior, cujo vidro se partira durante a queda da
locomotiva. Constatou-se posteriormente que apenas um carril da placa giratória estava
alinhado com o da linha X, embora a mesma se encontrasse encravada e com a sinalização
indicando não haver impedimento na passagem.
Na estacão de Contumil, foi incorporado ao comboio de socorro uma grua pelas 00:30 do dia
28 de setembro de 2017. Após a chegada do comboio de socorro juntamente com a grua no
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local do acidente, deu-se o início as actividades de carrilamento da locomotiva 1415, porém a
grua foi incapaz de levantar a locomotiva 1415 o que levou a suspensão dos trabalhos.
O recomeço dos trabalhos de carrilamento da locomotiva 1415, ocorreu a partir do momento
em que foi mobilizado um guindaste rodoviário e a preparação dos meios disponíveis junto do
local do acidente, em seguida, deu-se a conclusão do carrilamento da locomotiva 1415 e da
desmobilização das entidades juntamente com os equipamentos no local. Por volta das 8:45 do
dia 29 de setembro de 2017, a GLE retirou-se, após a colocação de fitas de segurança no local
para limitar o acesso ao espaço do acidente (GPIAAF, 2018, pág. 20-21).
Segundo GPIAAF (2018, pág. 45), foi recomendado a entidade responsável a criação de um
procedimento interno para que o levantamento e entrega das chaves para a manobra da placa
giratória fosse alvo de registo, de modo a saber-se quem efectua esse levantamento, ficando as
respectivas horas e datas de utilização registadas.
Conforme GPIAAF (2018, pág. 45), “Essa recomendação foi também aceite pelo gestor da
infraestrutura, encontrando-se actualmente ambas as chaves juntas no gabinete do responsável
pela circulação da estação da Régua, sendo utilizado um livro de registos para inscrever cada
utilização da placa giratória”.
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2.3. Quadro de actividades realizadas para a resolução do acidente
Tabela 1: Sequência dos eventos das operações de emergência ferroviária.
Veja abaixo a árvore casual do acidente, facto que engloba todas as causas (directas, indirectas
e subjacentes) que levaram ao acidente, assim como, factores funcionais que contribuíram no
acidente
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O carril interior da via bi-bitola da A placa permite o seu aferrolhamento e
Risco não considerado aquando da Carril da placa giratória
linha X foi retirado, mas o sistema encravamento num itinerário não seguro
alteração da infraestrutura não estava alinhado
de encravamento de segurança da e em conjugação com o sinal mecânico
com o carril da linha X
placa manteve-se que autoriza a prosseguir o movimento
Rodas do lado
Maquinista apenas observou o
alinhamento do carril do lado direito da Maquinista não observou esquerdo no
Locomotiva não foi acompanhada que o carril não se
linha X com o da placa giratória e fez fé sentido do
em regime de manobra complexa encontrava alinhado
no sinal mecânico a autorizar o
movimento
movimento
deixaram de ter
carril para circular
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2.5. Causa principal do descarrilamento da locomotiva 1415
Como dito anteriormente, a linha X tem no seu trajecto uma placa giratória cuja posição normal
é a de garantir a passagem pela referida linha, tendo um sistema de encravamento e de
sinalização próprios. Após a ocorrência do acidente, constatou-se em seguida que a placa não
estava correctamente alinhada com o itinerário a percorrer (figura 5), estando apenas um carril
da placa giratória alinhado com o da linha X, embora esta se encontrasse devidamente
encravada e com a respectiva sinalização indicando não haver impedimento à passagem
(GPIAAF, 2018, pág. 28).
Segundo GPIAAF (2018, pág. 27), na actualmente designada linha X, a Este da placa giratória
existiu no passado via algaliada, isto é, com quatro carris, enquanto a Oeste existiu via mista
com três carris. Esta situação é ilustrada na figura seguinte.
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Figura 6: Placa giratória alinhada com a linha X (1977).
Conforme fica evidente na imagem, na situação de via algaliada com quatro carris as vias de
ambas as bitolas têm eixos coincidentes, resultando na posição da placa giratória para dar
continuidade a qualquer via seja está métrica (1435 mm) ou larga (1668 mm). Já a disposição
de via mista com três carris implica que o guarda-balastro do fosso da placa tem dois entalhes
muito próximos, um no eixo da bitola larga e outro no eixo da bitola métrica, para permitir o
necessário encaixe do ferrolho de encravamento da placa na posição correspondente a cada
bitola. Como é óbvio, estes dois entalhes estão distanciados de metade da diferença entre bitolas,
isto é, 334 mm (GPIAAF, 2018, pág. 28).
Segundo GPIAAF (2018, pág. 28), “mesmo após a remoção da via métrica, entre 2004 e 2006
na via mista com quatro carris e, entre 2006 e 2008, naquela com três carris, a placa giratória
ficou sempre dotada dos quatro carris, e com a possibilidade de encravamento para a bitola
métrica da via de três carris que já não existia”.
Segundo Iwnicky (2006) apud Hong (2011, pág. 58), o descarrilamento pode ser definido como
o incidente no qual a roda perde a sustentação provida pelo carril, podendo ser classificados
como internos (quando a roda se movimenta para dentro da região determinada pelos carris) ou
externos (quando a roda se movimenta para fora da região determinada pelos carris).
Segundo Iwnicky (2006) apud Hong (2011, pág. 68), o descarrilamento por falha de parâmetros
do contacto roda e carril, são:
• descarrilamento por sobreposição do flange da roda sobre o carril, que é um critério
relacionado ao descarrilamento externo;
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• descarrilamento por dimensão indevida da bitola e rolamento do carril, que é um critério
relacionado ao descarrilamento interno;
• descarrilamento causado por Aumento da Bitola, que é um critério relacionado ao
descarrilamento interno;
• descarrilamento por Instabilidade Lateral do Veículo, que está relacionado tanto ao
descarrilamento interno quanto externo.
Descarrilamento
por falha de
Descarrilamento
Causa do acidente parâmetros do Nota
Interno/Externo
contacto roda e
carril
Descarrilamento Descarrilamento A partir do momento em que
A placa giratória
interno por Instabilidade as rodas do lado esquerdo
estava encravada e
Lateral do deixaram ter o suporte e
aferrolhada uma
Veículo guiamento do carril esquerdo,
posição em que a
a componente lateral que se
continuidade do
faz sentir sobre o contacto
carril do lado
roda carril aumentou
esquerdo não
drasticamente, fazendo com
existia, deixando as
que as rodas do lado direito
correspondentes
descolassem do carril
rodas do primeiro
iniciando a sua escalada no
bogie de ter suporte
que resultou no tombamento
e guiamento
da locomotiva 1415
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CAPÍTULO 3 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
3.1. Conclusões
3.2. Recomendações
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CAPÍTULO 4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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