As 7 Mascaras
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diagramação
Resumo Editorial
À Aruana,
o amor da minha vida.
APRESENTAÇÃO
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SUMÁRIO
REFERÊNCIAS 162
QUAL A RELEVÂNCIA DE
SE ESTUDAR PERFIS DE
PERSONALIDADE?
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CAPÍTULO 1
CONCEITOS BÁSICOS
O QUE É PERSONALIDADE?
Personalidade é o conjunto de características psi-
cológicas que determinam os padrões de pensar,
sentir, agir, expressar e regular emoções, estabe-
lecer os padrões de relações e os valores morais
de alguém, ou seja, sua individualidade pessoal e
social (Hall, Lindzey & Campbell, 2000).
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DEFESAS PRIMITIVAS
Compartimentalização de experiên-
cias do self e do outro, de modo que
a integração não é possível. Quando
o indivíduo é confrontado com as
contradições no comportamento, no
pensamento ou no afeto, ele encara
as diferenças com suave negação ou
indiferença. Essa defesa impede que
Cisão
o conflito surja da incompatibilidade
dos dois aspectos polarizados do self
ou do outro. Um exemplo é quando
você vê uma pessoa como boa, não
tolera a frustração e não consegue
manter o amor e transforma esse sen-
timento em ódio. Esse mecanismo
justifica as polarizações das emoções.
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DEFESAS MADURAS
A descoberta de elementos cômicos
e/ou irônicos em situações difíceis, a
fim de reduzir afetos desagradáveis
e desconforto pessoal.
Humor Este mecanismo também permite
alguma distância e objetividade dos
eventos, de modo que um indivíduo
pode refletir sobre o que está acon-
tecendo.
A tentativa de eliminar aspectos
prazerosos da experiência por cau-
sa de conflitos produzidos por esse
Ascetismo
prazer. Este mecanismo pode estar
a serviço de metas transcendentais
ou espirituais, como no celibato.
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O comprometimento do indivíduo
com as necessidades dos outros mais
do que com as próprias. O compor-
tamento altruísta pode ser usado a
Altruísmo
serviço de conflitos narcisistas, mas
pode, também, ser a fonte de grandes
realizações e contribuições construti-
vas à sociedade.
A transformação de objetivos social-
Sublima- mente reprováveis ou internamente
ção inaceitáveis em outros socialmente
aceitáveis.
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CAPÍTULO 2
PERSONALIDADE ESQUIZOIDE
CARACTERÍSTICAS E TRAÇOS DE
PERSONALIDADE
As pessoas esquizoides variam em uma faixa
que vai desde o tipo de paciente catatônico hos-
pitalizado até o gênio criativo. Costumam viver à
margem da sociedade, comumente taxados como
“estranhos” ou “esquisitos”. Essas pessoas são um
conjunto de contradições, pois apresentam iden-
tidade difusa: não estão certos de quem são e se
sentem invadidos por pensamentos, sentimentos,
desejos e impulsos altamente conflitantes. Essa
difusão de identidade faz da relação com outras
pessoas algo problemático.
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HISTÓRIA DE VIDA
Bebês calmos, dóceis, “que não dão trabalho”,
que “vão com todo mundo sem estranhar”, que
dormem demais, que pouco choram ou quase não
demonstram irritabilidade podem ter um tempe-
ramento favorável à dinâmica esquizoide.
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EMOÇÕES E DEFESAS
Na dinâmica esquizoide existe a constante amea-
ça de abandono, perseguição e desintegração.
Aproximar-se de alguém é um risco para o desen-
cadeamento de anseios intensos de dependência
e fusão. Por isso, pessoas esquizoides tendem a se
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RELACIONAMENTOS
Pessoas esquizoides tendem a evitar encontros
mais íntimos, na verdade, quando tratadas com
consideração, respeito e no seu ritmo, passam a
cooperar e apreciar uma relação. Uma pessoa pode
enfrentar longos silêncios e certa frieza antes que a
pessoa esquizoide internalize que se sente seguro
e que pode confiar.
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
ESQUIZOIDE
Nos casos graves, a dinâmica esquizoide pode se
tornar mais rígida e inflexível, com maiores queixas
associadas aos padrões de relacionamento, que
causam extrema angústia tanto para o paciente
quanto para as pessoas com quem convive. Na
tabela abaixo constam os critérios diagnósticos do
DSM-5 para o transtorno da personalidade esqui-
zoide, ou seja, a versão patológica dessa dinâmica:
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CAPÍTULO 3
PERSONALIDADE
PARANOIDE
CARACTERÍSTICAS E TRAÇOS DE
PERSONALIDADE
A dinâmica da paranoia existe em uma linha
contínua de gravidade que vai do normal ao nível
patológico psicótico.
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HISTÓRIA DE VIDA
Nancy McWilliams (2014) sugere que pessoas
que cresceram e se tornaram paranoides sofreram
sérios ataques ao seu senso de eficácia; elas repe-
tidamente se sentiam dominadas e humilhadas
pelos seus pais. Além disso, as crianças podem ter
observado atitudes desconfiadas e condenatórias
dos genitores.
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EMOÇÕES E DEFESAS
Visto que percebem as fontes de seu sofrimento
como externas a eles, os indivíduos de nível paranoide
mais perturbado tendem a ser mais perigosos para
os outros do que para eles mesmos.
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RELACIONAMENTO
Você percebe que está envolvido com uma pessoa
de caráter paranoide quando passa a viver provando
inocência, sob tensão e cobranças infindáveis que
comumente culminam em palavras ou atitudes vio-
lentas, em decorrência de DESCONFIANÇA e CIÚME
EXCESSIVO, o que geralmente se torna um vínculo
tóxico e abusivo, que é bastante comum nesse tipo de
caráter ou em sua versão mais doentia: o Transtorno
de Personalidade Paranoide, que, por sua vez, é um
problema de saúde mental marcado pela dificuldade
de estabelecer relações saudáveis ao longo da vida.
Em síntese, nas relações amorosas são pessoas exces-
sivamente ciumentas, agressivas e mal-humoradas.
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
PARANOIDE
Nos casos graves, a dinâmica paranoide pode se
tornar mais rígida e inflexível, com maiores queixas
associadas aos padrões de relacionamento, que
causam extrema angústia tanto para o paciente
quanto para as pessoas com quem convive. Na
tabela abaixo constam os critérios diagnósticos do
DSM-5 para o transtorno da personalidade para-
noide, ou seja, a versão patológica dessa dinâmica:
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CAPÍTULO 4
PERSONALIDADE
NARCISISTA
CARACTERÍSTICAS E TRAÇOS DE
PERSONALIDADE
Retomando o conceito das etapas do desenvolvi-
mento da personalidade, sabemos que o narcisis-
mo é uma etapa do desenvolvimento normal das
emoções, da constituição do ego e das relações
com as pessoas. É um composto que integra di-
versas tendências: a de fazer convergir sobre si as
satisfações sem levar em conta as exigências da
realidade e dos outros, a busca de autonomia e
autossuficiência com relação aos outros, o intento
ativo de dominar e negar a alteridade. Isso tudo
acontece porque a criança vive num estado de
egocentrismo normal em que não consegue de
fato perceber a existência de um outro separado.
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HISTÓRIA DE VIDA
Sobre as causas do narcisismo, existe carência de
pesquisas sobre a contribuição do temperamento e
das características inatas à organização de persona-
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EMOÇÕES E DEFESAS
A VERGONHA e a INVEJA são recorrentemente
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RELACIONAMENTO
Pessoas com fortes traços narcisistas podem tratar
outros indivíduos como objetos a serem usados e
descartados de acordo com suas necessidades, sem
levar em consideração quaisquer sentimentos. As
pessoas não são vistas como tendo uma existência
separada ou como possuindo necessidades próprias.
Negam as características inaceitáveis da própria
autoimagem ao projetá-las sobre as outras pessoas.
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• Idealização do outro;
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
NARCISISTA
Nos casos graves, a dinâmica narcisista pode se
tornar mais rígida e inflexível, com maiores queixas
associadas aos padrões de relacionamento, que
causam extrema angústia tanto para o paciente
quanto para as pessoas com quem convive. Na
tabela a seguir constam os critérios diagnósticos
do DSM-5 para o transtorno da personalidade nar-
cisista, ou seja, o narcisismo patológico:
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CAPÍTULO 5
PERSONALIDADE BORDERLINE
CARACTERÍSTICAS E TRAÇOS DE
PERSONALIDADE
Durante muito tempo, o termo borderline desig-
nava um estado de psiquismo da pessoa que, cli-
nicamente, estivesse na fronteira, no limite entre a
neurose e a psicose. Sendo assim, nesses indivíduos
vamos observar características psicóticas, como
“estranheza”, despersonalização (não se reconhecer,
não lembrar quem é), comportamentos associados
ao que chamamos de transtorno do sentimento de
identidade, pois não é sentida a integração e segu-
rança de ter seu self (eu) unido e essa sensação de
não saber, ou não estar seguro do que se é, deixa os
outros confusos. Apesar de apresentar características
psicóticas, esses indivíduos conservam o juízo crítico
e o senso da realidade.
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HISTÓRIA DE VIDA
Imagine um bebê por volta dos dois anos de ida-
de, ele é rebelde, confronta, diz “não!”, sai correndo,
cai, chora e corre desesperado em busca do colo da
mãe. É uma vontade enorme de ser independente
e negar que precisa de ajuda e, logo em seguida,
um desespero por se ver sozinho e vulnerável.
Quando esse bebê está com raiva ele grita, chora,
morde, se joga no chão, bate em si mesmo, pois
a raiva é intensa e incontrolável. O amor também
ainda é imaturo e pautado em forte dependência. É
nessa fase da vida, numa luta pela independência,
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EMOÇÕES E DEFESAS
A dificuldade de sentir seu eu integrado sugere
que indivíduos com caráter borderline fazem uso
excessivo da defesa de CLIVAGEM (DISSOCIAÇÃO)
dos distintos aspectos de seu psiquismo, que per-
manecem contraditórios ou em oposição entre si,
de modo que eles se organizam como pessoas am-
bíguas, instáveis e exageradamente compartimen-
tada: ora está amorosa, ora tem ataques de raiva.
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RELACIONAMENTO
Uma vez que se sentem tanto dependentes quan-
to hostis, as pessoas com dinâmica borderline de
personalidade têm relacionamentos interpessoais
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
BORDERLINE
Nos casos graves, a dinâmica borderline pode se
tornar patológica, com maior rigidez e inflexibilida-
de, somadas a expressivas queixas associadas aos
padrões de relacionamento instáveis, que causam
extrema angústia tanto para o paciente quanto para
as pessoas com quem convive. Na tabela abaixo
constam os critérios diagnósticos do DSM-5 para
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CAPÍTULO 6
PERSONALIDADE HISTÉRICA
CARACTERÍSTICAS E TRAÇOS DE
PERSONALIDADE
O objetivo do histérico é ser objeto de desejo de
outras pessoas. Sentem desconforto onde não são
o centro das atenções, usando comportamento
sexualmente sedutor para atrair, por isso investem
exageradamente na aparência física e têm pavor
do envelhecimento.
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HISTÓRIA DE VIDA
Na dinâmica da histeria, em ambos os gêneros,
observa-se que pessoas com esse tipo de caráter
tendem a encontrar dificuldades em duas das
clássicas fases psicossexuais de desenvolvimen-
to: elas experimentam relativa privação maternal
durante a fase oral e têm dificuldade em resolver
a situação edípica e desenvolver uma identidade
sexual definida.
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EMOÇÕES E DEFESAS
O estilo cognitivo é uma característica do funcio-
namento intrapsíquico que liga os transtornos da
personalidade histérica e histriônica. Shapiro (1965)
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RELACIONAMENTOS
Um encontro marcado por sedução extrema, um
certo nível de euforia e desejo é o que uma pessoa
com caráter histérico desperta nas pessoas com
quem se envolve. Quando esse estado de atração
culmina num encontro íntimo sexual, a frustração
é quase inevitável, pois na histeria o foco do prazer
está na sedução e não na sexualidade genital, isso
é coisa de “adulto” e quando é feito, torna-se car-
regado de culpas, inibições e outros comprometi-
mentos da sexualidade. A sensação é de que você
foi enganado, literalmente uma bela e encenada
“propaganda enganosa”.
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
HISTRIÔNICA
Nos casos graves e patológicos, a dinâmica his-
triônica pode se tornar mais rígida e inflexível, com
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CAPÍTULO 7
PERSONALIDADE
OBSESSIVA
CARACTERÍSTICAS E TRAÇOS DE
PERSONALIDADE
Pessoas obsessivas costumam isolar o afeto e
conduzir sua vida racionalmente, pois têm certa
fobia em demonstrar sentimentos. Procuram seguir
um roteiro “correto”, perseguidos por um ideal de
perfeição que os atormenta. Por mais que dêem
sempre o melhor de si, nunca estão satisfeitos.
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HISTÓRIA DE VIDA
A história de vida de pessoas com funcionamento
psicológico obsessivo e compulsivo envolve a convi-
vência com pais que estabeleceram altos padrões
de comportamento e esperaram que os filhos se
conformassem com tais exigências. Esses cuidado-
res tendem a ser rígidos e consistentes quanto a
recompensar um comportamento e punir uma má
conduta. Quando são pais amorosos, criam crianças
em vantagem emocional, cujas defesas as levam a
uma conduta crônica de devoção e obediência aos
pais e sua moral internalizada. Em termos culturais,
esse é o estilo de criação na cultura americana, que
criam pessoas que exigem muito de si mesmas e
têm uma boa história de realização de metas (Mc-
Clelland, 1961; McWilliams, 2014).
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EMOÇÕES E DEFESAS
Indivíduos obsessivos-compulsivos idealizam a
cognição, a razão e os processos mentais. Tendem
a relegar a maioria dos sentimentos a uma rea-
lidade desvalorizada, associada com fragilidade,
infantilidade, perda de controle, desorganização e
sujeira e, às vezes até feminina, pois homens com
esse perfil de personalidade podem sentir pavor
que a expressão de suas emoções ternas os façam
regressar a uma identificação precoce, repudiada
e pré-masculina com a figura materna.
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RELACIONAMENTOS
Costumam ser eficazes em papéis públicos e
formais, mas não têm tanta profundidade em
suas relações íntimas e domésticas. São pessoas
geralmente disciplinadas, corretas, moralistas, “que
fazem tudo certinho” e que, se marcarem um en-
contro, dificilmente irão desmarcar ou se atrasar.
Inspiram confiança, porém são muito econômicas
na expressão de afetos ou fragilidades.
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TRANSTORNO DA PERSONALIDADE
OBSESSIVO-COMPULSIVA
Nos casos patológicos, a dinâmica obsessiva pode
se tornar mais rígida e inflexível, com maiores
queixas associadas preocupações com ordem e
perfeccionismo, que causam extrema angústia
tanto para o paciente quanto para as pessoas com
quem convive. Na tabela abaixo constam os crité-
rios diagnósticos do DSM-5 para o transtorno da
personalidade obsessivo-compulsiva:
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CAPÍTULO 8
PERSONALIDADE
MASOQUISTA
CARACTERÍSTICAS E TRAÇOS DE
PERSONALIDADE
Masoquismo não é algo restrito à sexualidade.
Para distinguir um padrão geral de sofrimento do
significado estritamente sexual do masoquismo,
Freud (1924) cunhou o termo “masoquismo moral”
que está associado a características de personalida-
de marcadas por padrões de sofrimento, queixas,
atitudes autodestrutivas e autodepreciativas e para
um desejo inconsciente de torturar os outros com
a própria dor.
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HISTÓRIA DE VIDA
Poucas hipóteses foram levantadas a respeito do
temperamento inato ao masoquismo, por isso a
questão sobre uma vulnerabilidade constitucional
ao masoquismo continua sem resposta.
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EMOÇÕES E DEFESAS
As pessoas masoquistas empregam as defe-
sas de INTROJEÇÃO, VIRAR-SE CONTRA O SELF
e IDEALIZAÇÃO. Além disso, usam bastante o
ACTING OUT, ou seja, falam por atos, no caso,
expressam suas emoções através de ações des-
trutivas. Masoquistas morais também usam a
MORALIZAÇÃO para lidar com as experiências
internas (McWilliams, 2014).
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RELACIONAMENTOS
As pessoas que necessitam de fantasias ou de
ações sádicas para obterem gratificação sexual
estão, com frequência, tentando inconscientemen-
te reverter cenários infantis nos quais elas foram
vítimas de abuso físico ou sexual. Ao infligir aos
outros aquilo que ocorreu com elas quando eram
crianças, essas pessoas obtêm ao mesmo tempo
vingança e um senso de domínio sobre o trauma
infantil (McWilliams, 2014; Kernberg, 1995).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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84:1043–1059, 2003.
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