Bioetica Humanos
Bioetica Humanos
Bioetica Humanos
Lauany Pugina1
Resumo
Sem dúvida a experimentação com seres humanos é uma das questões de maior
peso nas discussões atuais da bioética. De fato, podemos dizer que a bioética é
uma das áreas de maior estudo , de reflexão e de maior crescimento no mundo nos
últimos séculos. A experimentação científica com seres humanos, em nossa
sociedade, é moralmente inadmissível que se utilize seres humanos como se
fossem cobaias de laboratório. Mas, para que se possa proteger ou promover a
saúde da população, muitas vezes é moralmente necessário realizar experimentos
controlados com seres humanos. É nesse dilema que se baseia a discussão da ética
em pesquisa: entre o respeito à dignidade humana e a necessidade de
experimentação imposta pelo desenvolvimento tecnocientífico, que representa
benefício para a humanidade, mas também tem sido fonte de maior preocupação,
daqueles atentos a preservação dos interesses da pessoa humana.
Abstract
Without a doubt the experimentation with human beings is one of the questions of
bigger weight in the current quarrels of the bioética. In fact, we can say that the
bioethics is one of the areas of bigger study, reflection and bigger growth in the world
in the last centuries. The scientific experimentation with human beings, in our society,
is morally inadmissible that if uses human beings as if they were laboratory
guineapigs. But, so that if it can protect or promote the health of the population, many
times it is morally necessary to carry through controlled experiments with human
beings. It is in this quandary that if bases the quarrel of the ethics in research: the
respect to the dignity enters human being and the necessity of experimentation
imposed for the scientific development, that represents benefit for the humanity, but
also has been source of bigger concern, of that intent a preservation of the interests
of the person human being.
1
Graduada do Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Maringá – CESUMAR.
1 INTRODUÇÃO
2 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A reflexão bioética não é nova, pode-se dizer que há séculos ela é realizada,
porém, enquanto a disciplina, isto é, enquanto dotada de um referencial
epistemológico próprio, de uma metodologia de trabalho própria, por isso autores
dizem que o inicio da bioética foi nos anos 70 do século XX. Nesses anos o Dr. Van
Rensselaer Potter, médico oncologista norte-americano, publica em 1970 e 1971
duas obras (Bioethics. The Science of Survival e Bioethics. Bridge to the Future), na
qual chamou a atenção da comunidade científica e a humanística.
“A Bioética não possui novos princípios básicos
fundamentais. Trata-se da ética já conhecida e
estudada ao longo da história da filosofia, mas
aplicada a uma série de situações novas, causadas
pelo progresso das ciências biomédicas”.
(Potter, 1970)
“animais são meras máquinas e assim não sentem dor nem prazer. Quando
queimados com um ferro em brasa ou cortados com uma faca seus gemidos e gritos
são mais como o atrito sobre uma corda, nada mais...” René Descartes (1596-1650).
A partir do século XVI, quando Galileu (tido como um dos marcos iniciais da
ciência) defendeu o postulado de que a verdade dos fenômenos naturais não
deveria ser aceita simplesmente, porque os autores clássicos afirmaram ser esta a
verdade, mas que a verdade deveria ser obtida por meio da experimentação
sistematizada e da observação critica, fundou-se, segundo os historiadores, um dos
alicerces do método cientifico – o experimental. Nasciam as ciências experimentais,
consideradas como berço dos demais ramos da ciência.
Em raciocínio ousado, há quem afirme que, por isso, o mundo conta hoje
com um número de cientistas vivos maior do que aquele de cientistas que já
morreram. Se a curva do crescimento do numero de cientistas não sofrer inflexão,
daqui a 10-15 anos teremos o dobro de cientistas de hoje.
Ora, os cientistas vêm gerando, em função da sua atividade, novos
conhecimentos e em velocidade tão extraordinária, a ponto de tornar obsoletos
vários conceitos expostos em livros – textos que acabam de ser lançados. Essa
soma de conhecimentos, em ultima analise, de forma direta ou indireta, acabara por
atingir o ser humano, tanto em seu beneficio quanto eventualmente em malefício. E,
por mais que o novo conhecimento seja estudado preliminarmente em laboratórios
ou em experimentação animal, sua primeira aplicação ao ser humano não pode
deixar de ser uma experimentação em seres humanos.
Daí infere-se que, cada vez mais, serão realizadas pesquisas em seres
humanos. Logo, também, torna-se cada vez mais indispensável à reflexão ética
sobre tais pesquisas. Importa, pois, que o novo conhecimento seja obtido de forma
eticamente adequada, e aplicado, também, de forma eticamente adequada. O
conhecimento vai avançando sem limites, do ponto de vista cientifico, e não deve
nos assustar, o que deve nos assustar é a ignorância e o obscurantismo. Contudo,
deve haver um limite (prefiro balizamento) para o avanço - este limite deve ser
equacionado pela ética. Fica, então, evidente que hoje e sempre a ética na
pesquisa é tema que deve permear as atividades cientificas e a reflexão ética,
atingindo eu e os outros, deve ser executada por todos e não apenas por cientistas e
filósofos.
2. 3 Código de Nuremberg
A Resolução CNS n.º 196/96, por ensejar a reflexão ética constante, por um
estruturado sistema de controle social, declara que a pesquisa em seres humanos
deve ser a ultima opção, isto é, realizada somente quando o conhecimento que se
pretende obter não possa ser obtido por outro meio (item III.3 da Resolução CNS n.º
196/96).
3 IMPORTÂNCIA DA PESQUISA
Em vista disso, imperativa se faz essa reflexão, seja partindo dos agentes
que participam das pesquisas (uma auto-reflexão), seja partindo do CONEP
(Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), para o qual, aliás, a Resolução CNS n.º
196/96, atribui o dever de motivar a reflexão ética constante e os instrumentos
necessários para tanto.Os resultados do estudo mostram que apesar da influência
tecnológica que nos cerca, ainda permanece viva um pouco da cultura popular à
respeito do chamado apocalipse “O Fim do Mundo” que permeiam os assuntos da
tecnologia levando a contradições e prévios conceitos á respeito das mesmas.
5 REFERÊNCIAS