Texto 7 - Mudanças Climáticas, Desastres Ambientais e Saúde

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MUDANÇAS CLIMÁTICAS,
DESASTRES AMBIENTAIS E SAÚDE

Cleber Matos Oliveira Reis / Daniel Delgado Queissada


Fábio Kovacevic Pacheco / José Diego Nascimento Silva
José Luiz de Jesus Santos / Priscilla Nascimento dos Santos
Renata Heloisa Santos Souza / Tainara Almeida Santos

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FUNDAMENTOS DE SAÚDE ÚNICA
Queissada & Pacheco
INTRODUÇÃO
As alterações climáticas referem-se as mudanças no estado do clima, que podem ser identificadas
pelas alterações na média e/ou na variabilidade de suas propriedades, persistentes por um longo período,
como décadas ou mais. Essas alterações podem ser visualizadas por diversos meios, a exemplo, os testes
estatísticos (PAINEL INTERGOVERNAMENTAL DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS APUD
CARVALHO; MACHADO E MEIRELLES, 2011).
As causas que desencadeiam as mudanças climáticas podem ser naturais ou decorrentes de
atividades humanas. A primeira ocorre quando há mutações nos movimentos orbitais da terra e na radiação
solar. Já a segunda é a principal responsável pelas alterações, uma vez que com a Revolução Industrial o
homem passou a emitir significativas quantidades de gases de efeito estufa (GEE), especialmente, o dióxido
de carbono, favorecendo o aquecimento global, e, consequentemente, as mudanças climáticas prejudiciais
(WORL WIDE FUND FOR NATURE, S.D).
Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas apud Carvalho; Machado e
Meirelles (2011), as principais ações humanas que geram o aquecimento são a queima de combustíveis
fósseis, conversão da utilização do solo para a agropecuária, desmatamento, descarte inadequado de
resíduos sólidos etc. Essas alterações propiciam o surgimento de doenças respiratórias, infecciosas,
cardiovasculares, hipotensão arterial e até mesmo desidratação. Além disso, contribuem também para
promoção de desastres ambientais, que afetam a vida social em diversos setores, especialmente, a saúde e
a economia (WORL WIDE FUND FOR NATURE, S.D).

4.1 UMA VISÃO HOLÍSTICA


Os desastres ambientais são fenômenos ainda não totalmente compreendidos, por isso, em diversas
situações, são difíceis de prever. No entanto, é cada vez mais frequente sua ocorrência e a relação desses
fenômenos com as ações do homem é um fato, causando impactos catastróficos para a população (NOBRE;
MARENGO, 2017).
Embora a ideia de que o mundo possa acabar seja na mente de muitas pessoas apenas uma visão
fictícia presente apenas na fantasia do universo cinematográfico, é notado que assim como é amplamente
divulgado na mídia, nos encontramos em um momento nunca experienciado. O século XXI está sendo
marcado pelas mudanças climáticas, doenças com potencial pandêmico e preocupação com o futuro, uma
vez que as ações humanas sobre o meio ambiente vêm trazendo consequências capazes de impedir a
manutenção da espécie num futuro próximo. Se não pensarmos o problema de modo holístico e a população
não mudar os seus hábitos nos próximos anos, a situação poderá se tornar irreversível (REI; GONÇALVES;
SOUZA, 2017). Segundo Freitas et al. (2014), os impactos destes desastres para a saúde das populações
não se interligam somente em curto prazo, haja vista que já foram observados em vários casos efeitos de
médio a longo prazo em diferentes proporções, tanto relacionados a saúde dos indivíduos, como na parte
econômica.
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As condições sociais de uma população influenciam diretamente na probabilidade de estarem mais
propensos a sofrerem com as mudanças climáticas e, posteriores, desastres. A precariedade em torno das
condições de vida e proteção social como trabalho, renda, saúde e educação, e aspectos ligados a
infraestrutura como saneamento básico, segurança alimentar e atenção básica em saúde, tornam as famílias
com pouca renda mais vulneráveis a esses eventos. Nesse sentido, os desastres naturais acabam afetando as
populações de forma e de maneiras diferentes, por isso, tanto as causas como os efeitos destes desastres
precisam sempre ser observados holisticamente (FREITAS et al., 2014).
Alguns eventos tiveram a pretensão de discutir os impactos das ações humanas no ambiente e os
riscos que elas podem causar. A mais atual e notória foi a Conferência das Nações Unidas sobre as
Mudanças Climáticas de 2015 (COP-21), a qual contou com a participação de quase 200 países, incluindo
o Brasil. Como resultado, foi firmado o acordo de Paris, no qual as nações se comprometeram a agir a fim
de impedir o aumento do aquecimento em até 2 °C (REI; GONÇALVES; SOUZA, 2017). No entanto,
segundo Souza e Corazza (2017), tratar da temática ambiental exige uma visão holística que compreenda
que ela não se restringe ao meio ambiente, mas também a aspectos geopolíticos, culturais, sociais e
econômicos, visto que o Sistema Capitalista desprestigia a esfera ambiental e uma economia sustentável
que reconheça o ser humano como parte integrante e dependente do meio. Assim, para reverter a situação
catastrófica que a sociedade está se aproximando, é necessária uma revisão dos hábitos, práticas,
especialmente as de produção e consumo, bem como o desenvolvimento de um pensamento coletivo e não
apenas de satisfação individual.

4.2 DESASTRES AMBIENTAIS


Os desastres ambientais são acontecimentos que abalam negatividade uma sociedade, podendo
ocorrer de forma natural ou por intervenção humana, principalmente quando o ecossistema já se encontra
vulnerável. Alguns casos, são deslizamentos de terra, endemias, pandemia, incêndios florestais, inundações
etc. (CASTRO, 2003). Sua intensidade depende muito da interação entre a magnitude do evento adverso e
a vulnerabilidade do sistema, sendo quantificada em função dos danos e prejuízos ocorridos (BRASIL,
2008).
Alguns Desastres Ambientais ocorridos no Brasil:
 Acidente radioativo do Césio-137 em Goiânia, Goiás (1987)
 Vazamento de óleo na Baía de Guanabara, Rio de Janeiro (2000)
 Vazamento de óleo nos Rios Barigui e Iguaçu, Paraná (2000)
 Incêndio na Ultracargo, Porto de Santos (2015)
 Rompimento da barragem de Mariana, Minas Gerais (2015)
 Rompimento da barragem de Brumadinho, Minas Gerais (2019)
 Derramamento de petróleo no litoral do Nordeste do Brasil (2019)

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Os desastres ambientais podem gerar enormes danos de caráter social, econômico e ambiental com
impactos intensos em proporções territoriais incalculáveis, principalmente em populações mais carentes e
vulneráveis. O comprometimento dos sistemas de comunicação, a dificuldade para o acesso ao local, à
destruição das edificações de saúde e a falta de água, alimentos e energia elétrica, associados a um número
grande de feridos, reflete em graves consequências para saúde pública (FERNANDES, 2013).

4.3 ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E SAÚDE


Questões que envolvam a saúde e melhoria da qualidade de vida dos seres humanos são observadas
ao longo do tempo na sociedade. Especialmente, a partir do desenvolvimento técnico-científico evidenciado
no final da Idade Moderna, especificadamente no século XVI. Além disso, a sociedade experimentou
profundas mudanças na sua configuração populacional e nos padrões de vida, o que também refletiu em
melhorias na saúde e no tratamento de certas doenças. Em contrapartida, o desenvolvimento de grandes
cidades e aglomerados urbanos e a massiva estratificação social, fez com que surgissem novos problemas
de cunho social (SEGURADO; CASSENOTE; LUNA, 2016).
De acordo com Segurado; Cassenote e Luna (2016), em 2009, metade da população mundial vivia
em centros urbanos, proporção que pode atingir 67% em 2050. Esse aspecto deve ser levado em
consideração, visto que viver nessas regiões acaba influenciando a saúde das pessoas tanto positivamente,
como negativamente. Entre as potencialidades desse contexto estão o maior acesso ao sistema de saúde,
maior facilidade no planejamento de ações da esfera governamental para as populações vulneráveis,
mobilidade facilitada, quando eficaz, e facilidade no acesso à educação. Contudo, verifica-se que o principal
aspecto negativo desse adensamento populacional nas cidades diz respeito a desigualdade social, problema
geralmente mais acentuado em grandes centros urbanos, o que consequentemente impacta populações de
baixa renda, que estão mais vulneráveis as alterações climáticas e eventuais desastres ambientais.
Produto dessa preocupação, em 2015 ocorreu na cidade de Paris, a Conferência das Nações Unidas
sobre as Mudanças Climáticas, que contou com a participação de 195 países, entre eles o Brasil, onde foram
discutidas várias vertentes sobre os riscos que as mudanças climáticas, em especial o aquecimento global e
o efeito estufa, podem acarretar para a atual e futuras gerações, levando em consideração setores como a
saúde, economia e desenvolvimento humano. Dentre as demandas que foram apresentadas no referido
evento, destacou-se a pretensão dos países diminuírem a emissão de gases poluentes, como o CO2, grande
responsável pelo efeito estufa. Essa ação busca impedir o aumento em 2 °C da temperatura do planeta, pois
caso venha ocorrer, poderá gerar consequências catastróficas para várias gerações (EULER, 2016). Assim,
ao tratar das mudanças ambientais, é primordial ter em vista a influência do sistema capitalista nesse
contexto. O padrão de vida consumista, momentâneo e sedentário do homem tem grande parcela de culpa
para tais mudanças, uma vez que se trata de um sistema econômico que busca a produção e o consumo de
forma exacerbada, com os recursos naturais explorados de forma insustentável e a emissão de compostos
poluentes pelas diferentes ações antrópicas (SAMPAIO et al., 2017).
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Em relação aos problemas que as mudanças ambientais podem causar para a saúde, a OPAS
(Organização Pan-Americana da Saúde) relata que se trata de uma questão complexa, que envolve tanto a
esfera individual quanto coletiva da sociedade, os padrões de produção e consumo. Com base em diversos
estudos, verifica-se que as mudanças climáticas podem influenciar de maneira direta ou indiretamente na
saúde da população de acordo com vários parâmetros (BRASIL, 2008; OPAS, 2009; ZANELLA, 2016;
SAMPAIO et al., 2017; JOLY e QUEIROZ, 2020; QUEIROZ et al., 2020).
4.3.1 Alterações de Temperatura
Frio ou calor intenso, podem provocar uma elevação nos índices de morbimortalidade. Tal
fenômeno pode ser exemplificado pela onda de calor que atingiu o Canadá (Figura 4.1) e a região noroeste
dos EUA no final de junho e início de julho de 2021, matando mais de 120 pessoas no Canadá (BBC, 2021).
Além disso, o IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change), órgão responsável em avaliar
cientificamente as alterações climáticas, destaca que países tropicais, tais como o Brasil, serão cada vez
mais afetados pelas mudanças climáticas. Podendo ocorrer uma série de inundações, em virtude da
intensificação das tempestades, e períodos longos de estiagem. Diante desse quadro, a saúde humana pode
ser afetada gravemente, podendo acarretar, por exemplo, graves doenças respiratórias. As variações podem
resultar em doenças como a gripe, que acompanha dores, febre e inflamação nas vias respiratória, além de
alergias oriundas a partir de ácaros, comuns em temperaturas mais baixas. (BRASIL, 2008)

Figura 4.1 Onda de calor que atingiu o Canadá. A imagem


mostra que a temperatura atingiu 49,6 °C na cidade de Lytton.
Fonte: BBC (2021).

4.3.2 Chuvas e Secas Intensas


As fortes chuvas, comuns na região Sudeste do Brasil, e as secas intensas no Nordeste, são
catalisadas pelas mudanças climáticas, que podem influenciar no deslocamento das massas de ar e na
precipitação de chuva nessas regiões. Esse fato pode contribuir indiretamente para o adoecimento das
populações mais abastadas que muitas vezes não têm acesso a água potável ou saneamento básico de
qualidade, o que abre espaço para o desenvolvimento de infecções transmitidas pela água como, por
exemplo, a esquistossomose e cólera, além do perigo de casos de morte por afogamento nas enchentes ou
problemas relacionados à desidratação em regiões de seca extrema.

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Nessa perspectiva, observa-se o aumento da ocorrência de desastres naturais tais como
tempestades, furacões, tufões e ciclones em um curto espaço de tempo. Segundo Carvalho e Damacena
(2012), esses fenômenos impactam a sociedade como um todo, seja diretamente pela morte de pessoas, ou
pelo impacto indireto na vida de muitas outras. Desse modo, as enchentes são resultado de fortes chuvas e,
por vezes, falta de planejamento nas cidades, aumentando a probabilidade de transmissão de diversas
doenças perigosas como: leptospirose, hepatite A, febre tifoide, diarreias bacterianas e outras infecções que
também se beneficiam dos alagamentos. No entanto, nos períodos de secas quando a umidade do ar cai em
pelo menos 30% a incidência de problemas como alergias respiratórias e viroses aumentam
consideravelmente, pois, a baixa umidade do ar desidrata as células, principalmente da pele e das mucosas.
Desencadeando doenças como rinite e conjuntivite alérgicas, já que os agentes causadores das alergias,
como a poeira, poluição e pelos de animais ficam mais tempo suspensos no ar.
4.3.3 Incêndios
Os incêndios figuram como um grande problema nos períodos mais secos do ano em todo o mundo,
pois além de causar perdas econômicas, também podem destruir a biodiversidade da região acometida e até
mesmo a morte de pessoas. Como foi o caso no Pantanal mato-grossense em 2020 (Figura 4.2), na Austrália
entre 2019 e 2020 e no Califórnia (EUA) em 2018.

Figura 4.2 Incêndio no pantanal, Mato Grosso do Sul,


Brasil, 2020. Fonte: Câmara (2021).

A fumaça proveniente dos incêndios contém diversos elementos tóxicos que são nocivos à saúde,
sendo que os sintomas mais frequentes decorrentes da inalação de fumaça são: tosse seca, falta de ar, dor
e ardência na garganta, rouquidão, cefaleia, lacrimejamento e vermelhidão nos olhos. O contato com a
fumaça também pode causar alergias, pneumonia, insuficiência respiratória e problemas cardiovasculares
(BRASIL, 2008).

4.4 MUDANÇAS CLIMÁTICAS x PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS


Os problemas respiratórios são intimamente influenciados pelas mudanças climáticas, seja por
variações da umidade no ar ou pela presença de componentes maléficos ao organismo dispersos no
ambiente. Normalmente, a população percebe que alterações temporais provocam um desequilíbrio dos

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indivíduos, é percebido, por exemplo, que a estação do inverno é aquela que torna as pessoas mais
vulneráveis a problemas respiratórios (LOPES, 2016).
Sousa et al. (2018) pontuam que as principais variáveis climáticas que podem provocar um
desequilíbrio do sistema respiratório ou que são influentes no que concerne ao surgimento de doenças nessa
parte do organismo estão as alterações na direção e velocidade do vento, sazonalidade, temperatura,
umidade, pressão atmosféricas, altitude em relação ao nível do mar, horas de sol, nebulosidade, oscilações
térmicas e radiação solar. Contudo, as mudanças climáticas e a dinâmica dos fenômenos abióticos do
planeta não influem apenas indiretamente às ações antrópicas sob o meio (UCHOA; LUSTOSA, UCHOA,
2019). Em conformidade com Maciel et al. (2019), a poluição atmosférica (Figura 4.3) é decorrente
principalmente da queima de combustíveis fósseis, tais como o dióxido de enxofre (SO2), ozônio (O3),
monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOX) e material particulado fino (PM10) e está associada
a doenças respiratórias como a pneumonia e a asma. Somado a isso, os gases conhecidos como causadores
do efeito estufa: Dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hexafluoreto de enxofre
(SF6) e os hidrofluorcarbono (HFC) e perfluorcarbono (PFC) merecem atenção, uma vez que causam o
aquecimento do planeta e impactar negativamente a vida de todos (JUNGES et al., 2018).

Figura 4.3 Poluição atmosférica. São Paulo, Brasil, 2020.


Fonte: G1 (2021)

Desse modo, tendo em vista o referido contexto, observa-se que o crescente processo de
emergência climática pode provocar impactos com um caráter grave e até mesmo letal de maneira aguda,
como crises alérgicas intensas, intoxicação, crises de asma, bronquite ou renite alérgica (SOUSA et al.,
2018). Além disso, também poderá provocar danos irreversíveis à longo prazo ao meio ambiente, os
indivíduos e seus descentes (VIANNA, 2015).

4.5 MUDANÇAS CLIMÁTICAS x SURGIMENTO DE NOVAS PATOLOGIAS


O surgimento de novas doenças, em especial as zoonoses estão intimamente relacionadas as ações
antrópicas sob o meio. Nesse sentido, de acordo com Zanella (2016) e Morais et al. (2020), os fatores que
propiciam o surgimento de novas patologias estão associados a aspectos ambientais (degradação),
socioeconômicos (condições de vida e qualidade) e produtivos (sistema capitalista e o consumismo). No
entanto, é imprescindível sublinhar que o atual contexto de emergência ambiental poderá contribuir de
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maneira decisiva para o salto de patógenos naturalmente silvestres para os seres humanos, para a invasão
desses animais no ambiente domiciliar e para alterações nos ciclos de vida e hábitos do patógeno.
Frente a isso, é importante ter em vista que, segundo Passos e Martins (2020), cerca de 75% das
novas doenças que surgem são zoonoses. Consequentemente, o avanço na degradação do ambiente natural
no qual os animais vivem, seja por meio do desmatamento, ampliação das terras agrícolas ou até mesmo
em decorrência das queimadas, contribuem de maneira decisiva na proximidade do contato entre os animais
silvestres e os seres humanos. Entretanto, tratar dessa problemática não envolve apenas um viés médico
e/ou biológico, uma vez que se trata de uma questão complexa que está atrelado a um sistema de produção
que prioriza o enriquecimento, a exploração desenfreada e o consumo, sem considerar, por vezes, o bem-
estar das diferentes formas de vida do planeta e o papel de integrante do ser humano enquanto ser que faz
parte de um “todo” (WALLACE, 2020). Convém reiterar que o processo de globalização, que se tornou
massivo a partir dos anos de 1950, pode propiciar, no caso do surgimento de novas doenças, um tempo
menor de incubação do agente causador da doença e facilita a disseminação (MORAIS et al., 2020).
Portanto, é essencial destacar a importância da intensificação das discussões na área, visto que a
humanidade pode estar caminhando rumo ao colapso e a uma grande extinção em massa, decorrente da
emergência climática marcadamente catalisada pelas ações antrópicas. Ademais, documentos e cientistas
do mundo inteiro, juntamente com outras autoridades, demonstram preocupação e o caráter emergencial no
que tange ao desenvolvimento de ações que visem barrar o agravamento de tal crise em breve, com a
finalidade de reduzir grandes impactos já previstos (PBMC, 2016).

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