Fonte: PRANDI, Reginaldo Xangô, o Trovão. Cia Das Letrinhas, 2003
Fonte: PRANDI, Reginaldo Xangô, o Trovão. Cia Das Letrinhas, 2003
Deus da criação, o orixá que criou o homem. É profundamente reverenciado por
todos os adeptos da religião dos orixás, assim como pelos próprios orixás. Chamado
“o Grande Orixá”, é representado nas cerimônias de candomblé como velho, cansado
e vagaroso, quase incapaz de dançar, mal suportando a luz do sol, sempre protegidos
por panos brancos que o cobrem completamente. Os filhos de oxalá gostam do
poder, do trabalho criativo, são mandões e determinados. Oxalá, o Velho, também é
chamado de Oxalufã e Obatalá. É representado pelo cajado, o o paxorô, no qual se
apoia para dançar. Aprecia caracol, inhame, melão e comidas brancas, jamais
preparadas com azeite-de-dendê ou sal. Seu grito é Epa Babá. O branco é sua cor, a
sexta-feira é o seu dia e o seu número é o 10.
Fonte: PRANDI, Reginaldo Xangô, o trovão. Cia das Letrinhas, 2003
Ifá ou Orunmilá
Deus da adivinhação, do oráculo, do jogo de búzios. É por meio do jogo de
búzios, dedicado a ele que os pais e mães de santo determinam de que orixá
descende cada devoto do candomblé. O jogo de Ifá também é usado para se
perguntar sobre o destino das pessoas, seus caminhos, seus problemas. Ele
não se manifesta em transe. Saudado com o grito I reoia, gosta de galo branco
e de uma comida preparada com farinha de arroz, banana e ovo. Suas cores
são o amarelo e o verde, seu dia é segunda-feira e o seu número o 16.
Fonte: PRANDI, Reginaldo Xangô, o trovão. Cia das Letrinhas, 2003
Iemanjá
Deusa dos grandes rios, do mar e da maternidade. Venerada como mãe dos
orixás, dos seres humanos e dos peixes. Representada por uma sereia, sua
estátua pode ser vista em muitas cidades ao longo da costa brasileira. Os
filhos e filhas espirituais de Iemanjá são bons pais e boas mães, sempre
superprotetores. Seu maior defeito é falar demais; São incapazes de guardar
segredo. Seu símbolo é o espelho e peixes de prata. Saudação: O doiá. Iemanjá
come ovelha, pata e peixe, além de arroz e canjica. Usa branco e azul claro,
seu dia é o sábado e seu número é o 9.
Fonte: PRANDI, Reginaldo Xangô, o trovão. Cia das Letrinhas, 2003
Oxum
Deusa da água doce, do ouro, da fertilidade e do amor. Senhora da vaidade,
foi esposa favorita de Xangô. Os filhos e as filhas de Oxum são pessoas
atraentes, sedutoras, manhosas e insinuantes. São orgulhosas de sua beleza.
Podem ser muito vaidosas, atrevidas e arrogantes. Não gostam da pobreza
nem da solidão. Os símbolo de oxum é o espelho em forma de leque, o a bebé;
sua saudação, ora ieiê ô; Sua comida votiva inclui cabra, galinha e prato feito
com feijão-fradinho, camarão seco, ovo cozido e mel. Seu número é 5, seu dia
o sábado, e suas cores o amarelo e o dourado.
Iansã ou Oiá
Deusa dos raios, dos ventos e das tempestades. É a esposa de Xangô, que o
acompanha na guerra. Guia a alma dos mortos ao outro mundo e protege os
humanos da fúria dos raios. Os filhos de Iansã são brilhantes, independentes,
espalhafatosos e corajosos. Iansã é simbolizada por uma espada e pelo
espanta moscas feito de rabo de cavalo, o e ruquerê, com o qual afasta os
espíritos dos mortos. Gosta de comer cabra e galinha. Seu prato predileto é o
acarajé, é o bolinho feito de feijão-fradinho frito em azeite de dendê. É
saudada nos candomblés com E parrei, usa marrom, vermelho e branco, tem
como número o 7 e quarta-feira é o seu dia.
Fonte: PRANDI, Reginaldo Xangô, o trovão. Cia das Letrinhas, 2003
Xangô
Deus do trovão, e da justiça. Quando mortal foi um rei poderoso. Entre suas
mulheres conta-se Obá, Iansã e Oxum. Seus filhos espirituais dão-se muito
bem em atividades e assuntos que envolvam política, justiça, negócios e
burocracia. São bons dirigentes e líderes. Gostam muito do poder, são
teimosos, resolutos, glutões e gananciosos. Símbolo de Xangô é um machado
de duas lâminas chamado o xé, que representa a justiça. Seus pratos prediletos
são preparados com carneiro, galo e quiabo, e seu brado é C aô Cabiessi. 12 é o
número de Xangô, e quarta-feira é o seu dia. Suas cores são o vermelho, ou
marrom e o branco.
Fonte: PRANDI, Reginaldo Xangô, o trovão. Cia das Letrinhas, 2003
Euá
Deusa das fontes. É a dona dos segredos que guarda dentro de uma cabaça, o
adó, que é o seu símbolo. Também é representada por uma cobra metálica.
Saudada com R irró,come cabra, feijão preto com ovos cozidos e banana da
terra frita no azeite-de-dendê. Os descendentes espirituais de Euá, que são
raros, são ótimos pais e mães. Mas são pessoas misteriosas e desconfiadas, às
vezes consideradas perigosas, que se queixam com razão, de serem pouco
compreendidas. Sábado é dia de Euá, e seu número é o 3. Vermelho, terracota
e rosa são suas cores.
Fonte: PRANDI, Reginaldo Xangô, o trovão. Cia das Letrinhas, 2003
Exu
Deus mensageiro e guardião das encruzilhadas e da porta da rua. É ele quem
leva aos demais orixás as oferendas que os humanos lhes didicam para
agradá-los e assim merecer sua proteção e seus favores. Seu símbolo é um
porrete chamado Ogó. Os seguidores da religião dos orixás acreditam que as
pessoas consideradas descendentes espirituais de Exu são inteligentes,
sensuais, rápidas, espertas, não raro destemperadas e trapaceiras. Exu gosta
de receber em oferenda comidas bem apimentadas; gosta de carne de bode e
de galo; adorava farofa, azeite de dendê e aguardente. Nos candomblés, a
saudação à Exu é L aroiê. S
ua cores são o vermelho e o preto. Seu dia da
semana é segunda-feira e 1 é o seu número.
Oxóssi
Deus da caça, orixá da fartura. Esse orixá vive no mato; seus filhos são
curiosos e solitários, elegantes e graciosos. São também pacientes, amigáveis,
e muitas vezes ingênuos. Os filhos de oxóssi tem aparência jovial e dão a
impressão de estar sempre à procura de alguma coisa. Não sentem obrigados
a comparecer a um encontro marcado. Oxóssi gosta de comer animais de
caça, cabrito e pratos preparados com milho e coco. E não suporta mel de
abelha. Sauda-se Oxóssi com o grito O quê Arô, seu número é o 6 e seu dia da
semana é a quinta feira. O o fá o arco com a flecha é seu símbolo. Sua cor é ou
azul turquesa ou o verde claro.
Fonte: PRANDI, Reginaldo Xangô, o trovão. Cia das Letrinhas, 2003
Nanã
Deusa da terra, da lama e do fundo dos lagos, dos pântanos. Guardiã da
sabedoria, é a mais velha divindade do panteão afro-brasileiro. Considerada a
mãe dos orixás Omulu e Oxumarê. Gosta de carne de cabra e de capivara
acompanhada por mingau de farinha de mandioca. Os filhos espirituais de
Nanã herdam dela uma personalidade introspectiva, às vezes rabugenta, mas
sábia. são pessoas protetoras, que gostam muito de ensinar. Seu símbolo é
um cetro feito de fibras vegetais com um formato da letra jota, o ibiri, e ela é
saudada com a palavra s alubá. Veste-se com as cores branco, azul e roxo.
Louvada aos sábados, e associada ao número 11.
Omulu ou Obaluê
Deus da varíola, das pestes e de outras doenças contagiosas. É relacionado
com todo tipo de mal físico e conhece suas curas. Seus filhos espirituais tem
um aspecto deprimido. Parecem pouco amistosos, mas é porque são tímidos
e envergonhados. Quando envelhecem, alguns se tornam sábios, outros
parecem alheios à vida. Preferindo ficar sozinhos. Omulu gosta de cabrito,
porco e galo, e jamais dispensa pipoca. O símbolo de Omulu é uma espécie de
vassoura, chamada de x axará, com a qual ele varre a peste para longe de nós.
Sua saudação é A totô. Omulu é louvado às segundas-feiras, seu número é o
11, e suas cores são o branco, o vermelho e o preto.