Mordida

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INSTITUTO TÉCNICO DE MOCAMBIQUE

Curso: Farmácia

Cadeira:

Laboral

Discentes:

Maputo, Novembro de 2022


Tema: Mordida de Cão, Homem e Macaco

Docente:

Maputo, Novembro de 2022


Índice
Introdução..........................................................................................................................1

Mordida De Cão................................................................................................................2

Tipos de mordida de cachorro.......................................................................................2

Infecção da mordida.......................................................................................................3

Transmissão de raiva.....................................................................................................4

O que fazer após uma mordida de cachorro..................................................................5

Mordida Do Homem..........................................................................................................7

Sintomas de mordidas humanas.....................................................................................7

Tratamento de mordidas humanas.................................................................................8

Mordida Do Macaco..........................................................................................................9

Doenças Transmitidas Pela Mordidas Do Macaco........................................................9

Tratamento das mordidas Do Macaco...........................................................................9

Conclusão........................................................................................................................11

Referencia Bibliográfica..................................................................................................12
Introdução
Apesar de ser conhecido como o melhor amigo do homem, milhões de pessoas são

mordidas por cães todos os anos. As crianças, principalmente aquelas entre 5 e 9 anos,

são as mais afetadas.

Não existem dados confiáveis, mas a estimativa é de cerca de 4.5 milhões de pessoas

mordidas por cachorros, com variados graus de gravidade, todos os anos. Cerca de 900

mil (20%) evoluem com infecção da ferida.

Quando uma pessoa é mordida por um cão, a primeira coisa que vem a cabeça é o risco

de contaminação pelo vírus da raiva. Atualmente, porém, a raiva não é a principal

complicação das mordias caninas, pois esta é uma doença relativamente rara nos dias de

hoje.

As complicações mais frequentes das mordidas de cães são a infecção bacteriana da

ferida provocada ou a lesão traumática da pele, músculos, vasos, nervos e dos tendões,

principalmente quando a mordida é provocada por cães grandes e com músculos

maxilares fortes, tais como Pitbull, Rottweiler, Mastim, Pastor Alemão e Fila brasileiro.

Neste Trabalho vamos explicar quais são os problemas mais comuns que podem surgir

em decorrência de uma mordida de cachorro e quais são os tratamentos e cuidados

necessários para minimizar os riscos de complicações.

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Mordida De Cão
Tipos de mordida de cachorro
Dependendo da raça do cão, as mordidas podem causar basicamente três tipos de lesão:

perfuração, dilaceração ou esmagamento.

Os dois últimos tipos de mordida são aqueles que possuem o maior risco de causar

lesões graves em estruturas internas, inclusive fratura óssea, ou deixar cicatrizes

permanentes na pele. Já as mordidas penetrantes têm como maior risco de complicação

a contaminação da ferida e o desenvolvimento de infecções bacterianas na pele.

Qualquer mordida de cachorro pode provocar uma infecção, mas as feridas penetrantes

são as mais perigosas pois elas inoculam bactérias naturais da boca do cão

profundamente na pele, o que é mais difícil de limpar.

As mordidas caninas leves, que provocam apenas arranhões superficiais, sem causar

sangramento ou exposição das camadas inferiores da pele, são menos preocupantes,

pois o risco de infecção é baixo. Para haver infecção, as bactérias precisam passar pela

barreira protetora da pele.

Nos adultos, os locais mais habitualmente atacados por cães são as mãos, braços e

pernas. Já nas crianças, braços, cabeça e pescoço são os locais mais acometidos.

Na maioria dos casos, a mordida é provocada por um cão conhecido, muitas vezes da

própria família. Crianças são as vítimas mais comuns, pois elas são mais estabanadas,

têm menos noção do perigo e menor capacidade de reconhecer quando um cachorro está

prestes a atacar.

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Infecção da mordida
A flora bacteriana natural da boca dos cães possuem mais de 60 gêneros de bactérias

diferentes, muitas delas capazes de provocar infecções no homem. Apenas a título de

exemplo, uma mordida de cachorro pode provocar uma infecção pelos seguintes

gêneros de bactérias:

 Bacteroides.

 Corynebacterium.

 Clostridium.

 Eikenella.

 Enterobacter.

 Fusobacterium.

 Haemophilus.

 Klebsiella.

 Moraxella.

 Neisseria.

 Pasteurella.

 Porphyromonas.

 Prevotella.

 Proteus.

 Staphylococcus.

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 Streptococcus.

Geralmente, uma mordida infectada de cachorro é provocada por mais de um tipo de

bactéria. Algumas vezes, por até 5 tipos de bactérias ao mesmo tempo. As bactérias do

gênero Pasteurella são as que mais frequentemente provocam infecção da ferida, sendo

responsáveis ou corresponsáveis por mais de 50% das infecções.

Os sinais e sintomas de infecção da ferida costumam aparecer dentro das primeiras 24

horas, mas, às vezes, podem surgir já nas primeiras 8 horas após a mordida. Febre,

inchaço, intensa vermelhidão, dor, drenagem de pus, formação de abcesso ou necrose da

pele são os achados clínicos mais comuns.

Se não tratada adequadamente, a infecção da mordida pode causar complicações, tais

como osteomielite (infeção do osso), artrite séptica (infecção da articulação) ou

tenossinovite (infecção dos tendões). Nos casos mais graves, as bactérias podem se

espalhar pela corrente sanguínea, provocando infecção generalizada e choque séptico.

Transmissão de raiva
A raiva é uma doença de origem viral que possui uma taxa de mortalidade de

praticamente 100%. Não há tratamento eficaz, mas a profilaxia (prevenção) é possível

através de vacina ou imunoglobulina.

A raiva é transmitida através da saliva do cão. A mordida é o principal meio de

inoculação da saliva infectada no organismo humano.

Todo indivíduo mordido por um cão deve primeiramente tentar obter sua carteira de

vacinação para saber se o animal está devidamente vacinado, uma vez que cães

vacinados não são fontes de transmissão da raiva. Se o cachorro estiver com a vacina

em dia, não há necessidade de iniciar qualquer tratamento, a não ser que o animal passe

a apresentar sintomas da raiva poucos dias depois da mordida.

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Nos cães, o tempo máximo de evolução da doença, desde o aparecimento do vírus na

saliva até a sua morte, é de apenas 10 dias. Portanto, quando alguém é mordido por um

cachorro, indica-se a observação do animal por até 10 dias. Se o cão não adoecer neste

intervalo é porque ele não estava contaminante no dia da mordida, não havendo,

portanto, risco algum de raiva para o paciente, mesmo que o cão não esteja com a

vacina em dia.

Se o animal for um cão de rua, sem dono, é importante capturá-lo para que ele possa ser

analisado por um veterinário, de modo a procurar sinais do vírus da raiva. Se a captura

do animal não for viável, o tratamento profilático (preventivo) deve ser indicado,

partindo do princípio que este esteja contaminado com o vírus da raiva. Portanto, o

tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, já que a profilaxia contra a raiva é

considerada uma urgência médica.

O que fazer após uma mordida de cachorro


O primeiro passo após uma mordida de cachorro é limpar vigorosamente a área ferida

com água e sabão por pelo menos 5 minutos. Se houver sangramento, o local deve ser

comprimido para até que a hemorragia seja estacada.

Atendimento médico deve ser buscado imediatamente em caso de sangramentos que

não cessam, lesões extensas que precisem ser suturadas, mordidas com grave lesão da

pele, principalmente se houver exposição de estruturas internas, tais como músculo,

nervos e tendões, suspeita de fratura de osso, lesão dos tendões ou mordidas penetrantes

profundas.

Lesões que parecem estar a piorar com o passar das horas também devem sempre ser

avaliadas por médicos.

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O tratamento com antibiótico está indicado em todos os casos que houver suspeita de

infecção da ferida. Porém, em alguns casos específicos, os antibióticos podem ser

iniciados de forma profilática, ou seja, antes de haver sinais claros de infecção da pele.

São eles:

 Feridas penetrantes e profundas.

 Lesões graves com esmagamento da área afetada.

 Múltiplas mordidas pelo corpo.

 Lesões com comprometimento dos vasos sanguíneos.

 Mordidas nas mãos, face ou genitália.

 Mordidas que necessitam de sutura.

 Pacientes que tenham possuam algum grau de imunossupressão.

Amoxicilina com ácido clavulânico costuma ser o antibiótico de escolha para o

tratamento de infecção por mordida.

Indivíduos cuja última dose da vacina contra tétano já tenha mais de 10 anos devem

receber uma dose de reforço da vacina, pois o Clostridium tetani é uma das bactérias

que podem ser inoculadas através da mordida.

Se o médico considerar que a ferida conseguiu ser bem lavada e há baixo risco de

infecção, a lesão pode ser suturada. Entretanto, há situações em que o risco de infecção

da ferida é muito grande, e a lesão deve ser deixada aberta para que cicatrize

naturalmente. São elas:

 Mordidas nas mãos ou pés.

 Mordidas profundas.

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 Mordidas com mais de 12 horas.

 Mordidas em pacientes imunossuprimidos.

Nestas situações citadas acima, a sutura da ferida pode aumentar o risco de infecção,

senso assim desaconselhada.

Mordida Do Homem
Uma vez que os dentes dos seres humanos não são afiados demais, a maioria das

mordidas humanas origina um hematoma e somente um rasgo (laceração) superficial,

quando muito. Há exceções, como os apêndices carnosos (tal como as orelhas, o nariz e

o pênis) que podem ser amputados.

É provável que uma lesão causada por impacto com punho cerrado, ou mordida

derivada de luta, que ocorre nos nós dos dedos de uma pessoa que dê um murro em

outra pessoa na boca, fique infectada. Um corte causado por impacto com um punho

cerrado envolve frequentemente o tendão do dedo que passa sobre o nó do mesmo.

Por vezes, a pessoa que morde transmite doenças como hepatite. A transmissão do vírus

da imunodeficiência humana (HIV) é extremamente improvável visto que a

concentração do vírus na saliva é inferior à concentração no sangue e visto que as

substâncias que se encontram na saliva inibem a atividade do vírus.

Sintomas de mordidas humanas


Mordidas humanas são dolorosas e normalmente causam marcas na pele com a forma

dos dentes. As lesões causadas por luta deixam apenas um pequeno corte reto sobre o

nó. O tendão lacerado de um dedo dificulta frequentemente seu movimento numa

direção. As dentadas infectadas tornam-se muito dolorosas, vermelhas e inchadas.

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Tratamento de mordidas humanas
 Limpeza da ferida

 Antibióticos

As mordidas do animal são limpas imergindo a ferida em água salgada estéril (salina) e

limpando-a com sabão e água.

Por vezes, as partes seccionadas podem ser novamente fixas. As partes seccionadas

devem ser envolvidas em uma toalha de papel ou pano úmido e seladas em um saco de

plástico. O saco fechado deve ser colocado em um segundo saco com gelo. As partes

seccionadas não devem ser colocadas diretamente em gelo ou submersas em água.

As rupturas, exceto as que envolvem a mão e as que ocorreram há muitas horas atrás,

são frequentemente fechadas por cirurgia.

Devem ser administrados antibióticos por via oral à maioria das pessoas que tenham

sido vítimas de mordidas humanas, cuja pele esteja rasgada, para prevenir infecção. As

mordidas infectadas são tratadas com antibióticos e, frequentemente, devem ser abertas

cirurgicamente para retirar objetos estranhos (por exemplo, um dente quebrado) e

limpar a lesão. Às vezes, um estudo por imagem, como uma radiografia ou

ultrassonografia, também é feito para localizar objetos estranhos escondidos.

Se uma mordida resultante de luta ficar infectada, pode ser necessário hospitalização

para administração de antibióticos intravenosos.

Caso se saiba ou haja a suspeita de que a pessoa responsável pela dentada sofre de uma

doença que possa ser transmitida pela mordida, pode ser necessário proceder-se a um

tratamento preventivo.

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Mordida Do Macaco
A mordida dos macacos pode transmitir diversas doenças como a herpes, que quando

transmitida ao homem pode ser fatal ao desencadear meningite, e a raiva. A doença. A

raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem,

e é transmitida para os humanos pela saliva de animais infectados, principalmente por

meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura ou lambedura

desses animais. O vírus ataca o sistema nervoso central.

Doenças Transmitidas Pela Mordidas Do Macaco


Entre as doenças que podem ser disseminadas estão: raiva, febre hemorrágica,

hepatites, herpes símia (B), tétano, amebíase e tuberculose. Não há risco quando esses

animais estão abrigados em locais seguros, como por exemplo em um mantenedora.

A raiva é causada por um vírus que se alastra pelo sistema nervoso central e se

multiplica nas glândulas de saliva, dali sendo eliminado. O contágio se dá pela saliva do

animal que está com a infecção, principalmente pela mordida, mas pode ocorrer por

arranhadura ou lambedura. Dentre as enfermidades que eles hospedam estão varíola,

sífilis, raiva e herpes. No Ceará, o sagui é um dos principais transmissores de raiva para

humanos.

Tratamento das mordidas Do Macaco


Pessoas agredidas por animais mamíferos, devem ser submetidas a tratamento anti-

rábico pós exposição: vacinação ou sorovacinação, dependendo da gravidade e local da

lesão. A dispensa deste tipo de tratamento só ocorre quando o animal agressor é

sacrificado e o exame por imunoflorescência direta do célebro for negativo.

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Ao ser agredido por animais, deve-se lavar imediatamente a ferida com água e sabão em

abundância e imediatamente procurar assistência médica, pois somente o profissional de

saúde poderá realizar avaliação do paciente, e se necessário indicar o tratamento

profilático antirrábico humano.

Lavar imediatamente o local da mordida com água e sabão, mesmo que a ferida não

tenha sangrando, pois remove bactérias e vírus que podem causar doenças graves; Ir ao

hospital levando o boletim de vacinas, pois pode ser necessário repetir a vacina contra o

tétano.

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Conclusão
As mordidas de cao domésticos, embora não tenhamos dados epidemiológicos. Com

base em dados de outros países, é possível atentar para a elevada incidência de

mordeduras de cães, e responsáveis por complicações como sangramento, lacerações e

infecções bacterianas graves. O tratamento inclui medidas iniciais (de primeiros

socorros) e tardias destinadas ao tratamento das infecções secundárias e reparos de

tecidos. Com este trabalho de revisão, pretendemos colaborar com equipes que

enfrentam o problema, levando em consideração que o médico e outros participantes de

equipes de saúde devem ter conhecimento das complicações iniciais e tardias destes

acidentes e estar atualizados acerca das medidas terapêuticas propostas.

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Referencia Bibliográfica
 https://www.scielo.br/j/ea/a/gkhKm9LHnhCrN8Z95qHnDys/?lang=pt

 https://brasil.elpais.com/brasil/2015/09/17/ciencia/1442500691_688736.html

 https://revistapesquisa.fapesp.br/nos-e-os-macacos/

 https://www.bbc.com/portuguese/geral-50514485

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