Classificação Completa de FACTS
Classificação Completa de FACTS
Classificação Completa de FACTS
Ilha Solteira – SP
Junho/2012
À memória de meu avô Francisco Gregório
Momenté, aos meus pais Vicente Alves Almada e
Maria Lúcia Momenté Almada e ao meu tio Antônio
Roberto Momenté.
Agradecimentos
Resumo
Abstract
This work presents a power injection model for the Thyristor Controlled Series
Compensator (TCSC), a Flexible AC Transmission Systems (FACTS) device, for small signal
stability analysis in the electric power systems. To achieve such goal, the TCSC injection
power model equations are summed up to the Power Sensitivity Model (PSM) which is used
to represent the electric power system (EPS).
For the low frequency electromechanical oscillation damping, two models are used to
represent the controller: 1. A proportional control and; 2. A supplementary control known as
Power Oscillation Damping (POD), which also comprehends lead-lag blocks. Both
controllers, previously cited, must work together with the TCSC to damp oscillations in the
EPS. In this work, the input signal for both controllers is the real power flow variation in the
transmission line where the TCSC is placed and the controllers parameters are adjusted using
the residues method and the Matlab toolbox rltool (SISO).
Several simulations in a symmetrical, two areas power system, composed of four
generators and ten busses, are provided in way to validate the power injection model and are
discussed in this work.
Lista de Figuras
Lista de Tabelas
Sumário
1. Introdução ..................................................................................................................... 12
4. Simulações e Resultados................................................................................................. 51
4.1 Introdução ......................................................................................................................... 51
4.2 Sistema Simétrico de Duas Áreas ..................................................................................... 51
4.3 Validação do Modelo de Injeção de Potência do TCSC .................................................. 53
4.4 Análise da Estabilidade: Compensação Estática .............................................................. 55
4.5 Análise da Estabilidade: Controlador de Primeira Ordem ............................................... 56
4.6 Análise da Estabilidade: Controlador POD ...................................................................... 58
4.7 Conclusões ........................................................................................................................ 62
Referências .............................................................................................................................. 68
1. Introdução
O sistema elétrico de potência pode ser dividido em três segmentos distintos
denominados geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Mais recentemente tem-
se falado em um quarto setor que é responsável pela comercialização da energia. Esta nova
divisão é justificada pela forte presença da iniciativa privada nos três primeiros segmentos,
fazendo necessária a criação de órgãos responsáveis por gerenciar e regular este mercado
como proposto pela ANEEL (LIMA, 2007; QUIZHPI, 2011).
Entende-se por geração de energia a parte responsável pela transformação de uma
determinada forma de energia em energia elétrica. No caso do Brasil a geração de energia é
composta, em sua maioria, por grandes usinas hidroelétricas que, de forma geral, se
encontram afastadas dos grandes centros de consumo. Sendo assim, a energia gerada precisa
ser levada até os consumidores disto se encarrega o segmento da transmissão. Ao chegar ao
grande centro, esta energia deve ser distribuída para as diferentes classes de consumidores e
este é o papel da distribuição de energia elétrica.
Geração, transmissão e distribuição operam de forma dinâmica devido às modificações
a que estão sujeitos que podem ter diversas causas, dentre elas a variação das cargas,
distúrbios e até mesmo surtos inerentes de sua operação.
Estas variações ou perturbações do sistema elétrico causam na sua operação o período
transitório que é caracterizado por mudanças nas suas grandezas como, por exemplo, a tensão
terminal dos geradores e a velocidade angular dos rotores dos geradores.
Quando as oscilações têm amplitudes decrescentes elas tendem a desaparecer no
decorrer do tempo e diz-se então que o sistema caminhou para um ponto de operação. Se esta
condição de operação satisfizer os requisitos exigidos do sistema elétrico ele é denominado
ponto de operação estável. Caso contrário diz-se que o sistema se tornou instável.
No estudo da estabilidade do sistema elétrico as perturbações são divididas em duas
classes: grandes e pequenas perturbações.
Exemplos de grandes perturbações são o desligamento de uma linha de transmissão,
perdas de grandes unidades geradoras ou entrada e saída de grandes cargas no sistema. O
estudo da estabilidade a grandes perturbações é chamado de estabilidade transitória
(IEEE/CIGRE JOINT TASK FORCE, 2003).
As pequenas perturbações podem ser entendidas como pequenas variações de carga na
operação normal do sistema elétrico e, neste caso, o sistema opera em torno de um ponto de
operação estável. O estudo da estabilidade a pequenas perturbações é chamado de estabilidade
13
Capítulo 1 – Introdução
ocasionar situações de conflito para a operação segura dos sistemas de energia elétrica
(PELLANDA et al., 2006; PESSANHA et al., 2007).
Com a crescente disseminação dos dispositivos FACTS (Flexible Alternating Current
Transmission Systems) (WATANABE et al., 1998; SONG; JOHNS, 1999; HINGORANI;
GYUGYI, 1999) nos sistemas de energia elétrica, especialistas passaram a pesquisar o
potencial destes dispositivos no amortecimento das oscilações eletromecânicas (MARTINS;
LIMA, 1990; WANG et al., 1997).
Deve-se ressaltar que a aplicação inicial dos dispositivos FACTS foi concebida
visando o controle dos fluxos de potência em rotas pré-estabelecidas e o aumento dos limites
de transmissão dos sistemas existentes (WATANABE et al., 1998; SONG; JOHNS, 1999;
HINGORANI; GYUGYI, 1999). Porém, estes dispositivos podem introduzir amortecimento
desde que sejam equipados com controladores suplementares de amortecimento, designados
POD (do inglês Power Oscillation Damping) e normalmente possuem estrutura idêntica ao
ESP (WANG; SWIFT, 1998, CAI; ERLICH, 2005).
No que se refere à utilização dos dispositivos FACTS no amortecimento de oscilações
eletromecânicas este trabalho possui como foco o TCSC (Thyristor Controlled Series
Compensator) (WATANABE et al., 1998; YANG et al., 1998; SONG; JOHNS, 1999;
DELROSSO et al., 2003).
O TCSC utiliza como princípio fundamental a injeção de uma reatância capacitiva
variável, de forma a diminuir a queda de tensão indutiva da linha de transmissão e assim,
aumentar a capacidade do sistema de transmissão e controlar o fluxo de potência De maneira
geral, trata-se de um compensador série composto por uma capacitância fixa em paralelo com
um reator controlado a tiristores.
No Brasil existem dois TCSCs em operação na interligação dos sistemas elétricos
Norte e Sul, um em cada extremidade da linha, para amortecer um modo interárea de baixa
frequência (0,2 Hz) presente entre os sistemas (GAMA, 1999). São 1.276 quilômetros de
linhas de transmissão em 500 kV ligando a subestação de Imperatriz, no Maranhão, à de
Samambaia, no Distrito Federal. O Linhão, como foi apelidado o projeto, tem capacidade de
transmitir até 1.300 MW em ambos os sentidos. Quando entrou em operação, a Linha Norte-
Sul diminuiu o risco de corte de fornecimento no Brasil devido à sua capacidade de transmitir
potência entre dois extremos do País, permitindo com isto um remanejamento na geração de
acordo com os índices de chuvas em cada região.
Por intermédio das CARTAS ONS-222/300/2003 e 223/300/2003, de 30 de setembro
de 2003, remetidas respectivamente para FURNAS e NOVATRANS, o Operador Nacional do
15
Capítulo 1 – Introdução
2.1 Introdução
Neste Capítulo serão feitos alguns comentários a respeito dos dispositivos FACTS
para que se tenha uma visão geral desta tecnologia e em especial para o TCSC, foco deste
estudo.
Sm que irão representar a atuação do dispositivo frente a variações do sistema elétrico.
alta potência nos extremos de suas linhas. Em 1988 com o artigo de Hingorani, Power
Electronics in Electric Utilities: Role of Power Electronics in Future Power Systems são
definidas as características físicas e operacionais dos dispositivos FACTS (Flexible
Alternating Current Transmission Sistems) que recebem esse nome devido à sua capacidade
de alterar os parâmetros que influenciam no fluxo de potência (módulo e fase de tensão e
impedância) de forma rápida e contínua.
Esta atuação dinâmica que caracteriza estes dispositivos os torna capazes de atuar na
regulação de tensão do sistema, reduzindo perdas nas linhas de transmissão e melhorando a
capacidade de transmissão de potência das mesmas. São capazes também de atuar no
amortecimento de oscilações inerentes da operação dinâmica do sistema aumentando seus
limites de estabilidade. Em 1995 é introduzido o conceito “Custom Power” que se refere à
qualidade da energia fornecida pelo sistema, levando em conta a presença de componentes
harmônicas, variações e desequilíbrios de tensão no sistema onde também se verifica a
atuação de tais dispositivos.
Os FACTS são divididos em quatro categorias de acordo com sua instalação nas linhas
de transmissão. Segundo esta classificação existem os Controladores série, os Controladores
em derivação, os Controladores combinados série-série e os Controladores combinados série-
derivação.
Dentre os dispositivos citados o TCSC é o foco deste trabalho, sendo melhor analisado
na sequência.
Os TCSCs têm três modos distintos de operação sendo o primeiro deles o modo
“Bypass”, onde o ângulo de disparo utilizado nos tiristores é 90º. Nesta situação o reator
assume toda a corrente da linha e atuando como um “jumper” para o banco de capacitores.
Tanto no primeiro como no terceiro modo de operação, não se deve operar com níveis
de compensação elevados, pois há o risco da reatância do dispositivo entrar em ressonância
com a reatância da linha de transmissão. São recomendados níveis entre 20% a 70% da
reatância da linha (HINGORANI, 1988; SONG; JOHNS, 1999).
Vm Vm m . A ligação entre estas duas barras é feita através de uma linha de transmissão de
inserido o TCSC representado por uma reatância capacitiva XTCSC submetida a uma tensão VS
conforme mostrado na Figura 2.
Vk Vm
I km – jXTCSC
Z km
+ –
Vs
vk vm
Z km
Is
VS
Is (3)
r j. x
Ik Is (5.a)
Im I s (5.b)
vk vm
Z km
Ik Im
Pk C1. Vk2 Vk .Vm .cos km . r. X TCSC
2
2.r.x. X TCSC (Vk .Vm .senkm ).( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
)
(7.a)
Qk C1. Vk2 Vk .Vm .cos km .( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
) (Vk .Vm .senkm ). r. X TCSC
2
2.r.x. X TCSC
(7.b)
Pm C1. Vm2 Vk .Vm .cos km . r. X TCSC
2
2.r.x. X TCSC (Vk .Vm .senkm ).(r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
x 2 . X TCSC )
(7.c)
Qm C1. Vm2 Vk .Vm .cos km .( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
) (Vk .Vm .senkm ). 2.r.x. X TCSC r. X TCSC
2
(7.d)
A constante C1 que está presente nas equações (7) é mostrada na equação (8).
1
C1
2
(8)
( r x ) r ( x X TCSC )2
2 2 2
Dessa forma os efeitos da compensação inserida pelo TCSC na linha que liga as barras
k e m são analisados como potências injetadas nas barras, resultando no Modelo de Injeção de
Potência para o TCSC (MIPTCSC) cujo diagrama é representado na Figura 5.
24
Capítulo 2 – Modelo de Injeção de Potência para o Dispositivo FACTS TCSC
vk vm
Z km
Aplicando este procedimento nas equações (7.a) e (7.b) são obtidas as parcelas de
potências ativa (equação (9)) e reativa (equação (10)) da potência injetada na barra k.
Pk A1k km A2k Vk A3k Vm A4k X TCSC (9)
A1k C1. Vk .Vm .senkm . r. X TCSC
2
2.r.x. X TCSC (Vk .Vm .cos km ).( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
)
(9.a)
A2k C1. 2.Vk Vm .cos km . r. X TCSC
2
2.r.x. X TCSC (Vm .senkm ).( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
)
(9.b)
A3k C1. Vk .cos km . r. X TCSC
2
2.r.x. X TCSC (Vk .senkm ).( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
)
(9.c)
A4k C2 . Vk2 Vk .Vm .cos km . r. X TCSC
2
2.r.x. X TCSC (Vk .Vm .senkm ).( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
)
C1. Vk2 Vk .Vm .cos km . 2.r. X TCSC 2.r.x (Vk .Vm .sen km ).( x 2 r 2 2.x. X TCSC
(9.d)
25
Capítulo 2 – Modelo de Injeção de Potência para o Dispositivo FACTS TCSC
Qk R1k km R2k Vk R3k Vm R4k X TCSC (10)
R1k C1. Vk .Vm .senkm .( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
) (Vk .Vm .cos km ). r. X TCSC
2
2.r.x. X TCSC
(10.a)
R2k C1. 2.Vk Vm .cos km .( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
) (Vm .senkm ). r. X TCSC
2
2.r.x. X TCSC
(10.b)
R3k C1. Vk .cos km .( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
) (Vk .senkm ). r. X TCSC
2
2.r.x. X TCSC
(10.c)
R 4k C2 . Vk2 Vk .Vm .cos km .( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
) (Vk .Vm .sen km ). r. X TCSC
2
2.r.x. X TCSC
C1. V Vk .Vm .cos km .( x r 2.x. X TCSC ) (Vk .Vm .sen km ). 2.r. X TCSC 2.r.x
k
2 2 2
(10.d)
2( x X TCSC )
C2
2
(11)
( r 2 x 2 ) r 2 ( x X TCSC )2
Pm A1m km A2m Vk A3m Vm A4m X TCSC (12)
A1m C1. Vk .Vm .senkm . r. X TCSC
2
2.r.x. X TCSC (Vk .Vm .cos km ).( x. X TCSC
2
r 2 . X TCSC x 2 . X TCSC )
(12.a)
A2m C1. Vm .cos km . r. X TCSC
2
2.r.x. X TCSC (Vm .senkm ).( x. X TCSC
2
r 2 . X TCSC x 2 . X TCSC )
(12.b)
26
Capítulo 2 – Modelo de Injeção de Potência para o Dispositivo FACTS TCSC
A3m C1. 2.Vm Vk .cos km . r. X TCSC
2
2.r.x. X TCSC (Vk .senkm ).( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
)
(12.c)
A4m C2 . Vk2 Vk .Vm .cos km . r. X TCSC
2
2.r.x. X TCSC (Vk .Vm .senkm ).( x. X TCSC
2
r 2 . X TCSC x 2 . X TCSC )
C1. Vk2 Vk .Vm .cos km . 2.r. X TCSC 2.r.x (Vk .Vm .senkm ).(2.x. X TCSC r 2 x 2 )
(12.d)
Qm R1m km R2m Vk R3m Vm R4m X TCSC (13)
R1m C1. Vk .Vm .senkm .( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
) (Vk .Vm .cos km ). 2.r.x. X TCSC r. X TCSC
2
(13.a)
R2m C1. Vm .cos km .( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
) (Vm .senkm ). 2.r.x. X TCSC r. X TCSC
2
(13.b)
R3m C1. 2.Vm VK .cos km .( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
) (VK .senkm ). 2.r.x. X TCSC r. X TCSC
2
(13.c)
R 4m C2 . Vm2 Vk .Vm .cos km .( x 2 . X TCSC r 2 . X TCSC x. X TCSC
2
) (Vk .Vm .senkm ). 2.r.x. X TCSC r. X TCSC
2
C1. Vm2 Vk .Vm .cos km .( x 2 r 2 2.x. X TCSC ) (Vk .Vm .sen km ). 2.r.x 2.r. X TCSC
(13.d)
vk P , Q
km km
Pmk , Qmk vm
PGk , QGk Z km PGm , QGm
No diagrama da Figura 2.6 PGk e QGk são as potências ativa e reativa na sua forma
incremental geradas na barra k. De maneira análoga, PGm e QGm são as potências ativa e
reativa geradas na barra m. (PLk, QLk) e (PLm, QLm) são eventuais cargas ligadas nas
barras k e m. O fluxo de potência da barra k para a barra m é (Pkm, Qkm). O fluxo de
potência inverso é (Pmk, Qmk). Destaca-se que o TCSC instalado entre as barras k e m é
representado pelas injeções de potência (Pk, Qk) e (Pm ,Qm).
t
x 1 Eq 1 E q E fd 1 E fd (16.a)
1 ng
ng
ng
ng
Δu [Δ Pm1 ΔPm ] [Δ Vref1 ΔVref ] [Δ PL1 ΔPL ] [Δ QL1 ΔQL ] X
ng ng nb nb TCSC
t
(16.c)
A matriz B2MIP é obtida pela soma das constantes A4k, A4m, R4k e R4m a
determinados elementos da matriz B2 do MSP original, de acordo com o mostrado nas
equações (18).
Quanto à matriz B1MIP, esta é obtida pela introdução de uma coluna de zeros na matriz
B1 do MSP original para se considerar a nova entrada XTCSC.
1
A J 11 J 12 J 22MIP J 21 (19.a)
1
B B1 J 12 J 22MIP B2MIP (19.b)
2.8 Conclusões
Com a modelagem utilizada o TCSC fica representado por duas injeções de potência
nas barras ligadas pela linha de transmissão onde está instalado o dispositivo (barra k e barra
m, barra inicial e final de instalação, respectivamente). Estas potências fictícias são
representadas por Pk e Pm (potências ativas) e Qk e Qm (potências reativas).
A linearização das equações que descrevem estas potências fornece quatro coeficientes
de sensibilidade de potência ativa (A1k, A2k, A3k e A4k) para Pk e quatro coeficientes de
sensibilidade de potência ativa (A1m, A2m, A3m e A4m) para Pm. Analogamente são definidos
quatro coeficientes de potência reativa para Qk (R1k, R2k, R3k e R4k) e quatro coeficientes de
potência reativa para Qm (R1m, R2m, R3m e R4m).
31
Capítulo 2 – Modelo de Injeção de Potência para o Dispositivo FACTS TCSC
Uma vez determinado o modelo de injeção de potência para o TCSC, este foi
introduzido nas equações do Modelo de Sensibilidade de Potência original (que não considera
a atuação do TCSC) para sua representação no espaço de estados.
A inserção deste modelo foi realizada pela modificação de alguns elementos das
matrizes do MSP original, preservando todo o equacionamento e toda a estrutura anteriores.
32
Capítulo 3 – Equacionamento e Projeto dos Controladores Adicionais
3.1 Introdução
Neste Capítulo serão apresentados e equacionados dois modelos de controladores
adicionais que serão acoplados ao TCSC com a função de introduzir amortecimento
suplementar às oscilações de baixa frequência do sistema elétrico de potência.
Em um primeiro momento o controlador será representado por um bloco de primeira
ordem de ganho KDIN e constante de tempo TDIN. Na sequência é apresentado um controlador
do tipo POD formado por um ganho e blocos de compensação de fase.
Em ambos os casos as equações que representam o controlador são incorporadas às
equações do MSP com a consideração do TCSC cujo estudo foi realizado no Capítulo 2.
Duas técnicas de ajuste de parâmetros para o controlador POD são apresentadas,
baseadas na teoria do controle clássico. Uma delas é o método dos resíduos da função de
transferência de malha aberta. Outra maneira de ajustar os parâmetros do POD será através da
utilização do toolbox rltool (SISO) do Matlab® que utiliza conceitos do critério de Nyquist e
Lugar das Raízes (Root Locus).
_
ΔPkm K DIN
1 ΔXTCSC
+ 1 sTDIN
ΔXref
Controlador de Dinâmica do
Primeira TCSC
Ordem
Fonte: Furini (2008)
1
X TCSC K DIN (X ref Pkm ) X TCSC (20)
TDIN
1
K1 (22.a)
TDIN
K DIN
K2 A1km (22.b)
TDIN
K DIN
K3 A2km (22.c)
TDIN
K DIN
K4 A3km (22.d)
TDIN
K DIN
K5 (22.d)
TDIN
x J 11C 1( 4 ng1 x 4 ng1 ) J 12C 1( 4 ng1 x 2 nb ) x B1C 1( 4 ng1 x 2 ng 2 nb1 )
0 J 21 u
J 22MIP( 2 nb x 2 nb ) z B 2C 1( 2 nb x 2 ng 2 nb1 )
(23)
C 1( 2 nb x 4 ng 1 )
t
x 1 Eq 1 E q E fd 1 E fd X TCSC
1 ng
ng
ng ng
(23.a)
t
Δu [Δ Pm1 ΔPm ] [Δ Vref1 ΔVref ] [Δ PL1 ΔPL ] [Δ QL1 ΔQL ] X
ng ng nb nb ref
(23.c)
Observe que nas equações (23) a grandeza XTCSC é uma variável de estado,
diferentemente do que ocorria nas equações (16) quando era considerada uma entrada para o
sistema multimáquinas. Este fato é decorrência da consideração da equação (22) que também
modifica as matrizes J11, J12, J21, B1MIP e B2MIP para J11C1, J12C1, J21C1, B1C1 e B2C1.
A matriz J11C1 é definida na equação (24) e observe que a constante K1 é inserida na
posição referente à variável de estado XTCSC.
J 114 ng x 4 ng 04 ng x 1
J 11C 1
0 1 x 4 ng K 1
(24)
A matriz J12C1 possui o mesmo número de colunas de J12, mas possui uma linha a
mais, como mostrada na equação (25).
J 124 ng x 2 nb
J 12C 1
J A12 1 x 2 nb
(25)
35
Capítulo 3 – Equacionamento e Projeto dos Controladores Adicionais
J A12 ( k ) K 2 (25.a)
J A12 ( m ) K 2 (25.b)
J A12 ( nb k ) K 3 (25.c)
J A12 ( nb m ) K 4 (25.d)
A matriz J21C1 (equação (26)) possui o mesmo número de linhas que J21 e uma coluna
a mais, denominada de JA21.
J 21C 1 J 212 nb x 4 ng JA21 2nb x 1 (26)
A matriz B1C1 possui uma linha e uma coluna a mais que a matriz B1 do MSP original
(DECKMANN; COSTA, 1994; FURINI, 2008) e é definida na equação (27).
1
A J 11C 1 J 12C 1 J 22MIP J 21C 1 (29.a)
1
B B1C 1 J 12C 1 J 22MIP B2C 1 (29.b)
1
X 1 K POD .Pkm X1 (30)
Tw
X '1 1
T1
X 2 1 s.T1 X '2
T2
T
1 s.T2 1 1
T2
T1
K POD Pkm X 1 X 2
1
X 2 1 (32)
T2 T2
38
Capítulo 3 – Equacionamento e Projeto dos Controladores Adicionais
T1
X 2' X 2 K POD Pkm X 1 (33)
T2
X '2 1
T3
X POD 1 s.T3 X 'POD
T4
T
1 s.T4 1 3
T4
T3 T
X 2 1 K POD Pkm X 1 X POD
1
X POD 1 (34)
T4 T4 T2
T3 T1
X ' X POD X 2 K POD Pkm X 1 (35)
T4 T2
POD
K DIN T3 T1 K
X POD X 2 K POD Pkm X 1
1
X TCSC X TCSC DIN X ref
TDIN T4 T2 TDIN TDIN
(36)
Substituindo-se a equação (21) nas equações (30), (32), (34) e (36) são obtidas as
equações (37), (38), (39) e (40), respectivamente.
1
K 11 (37.a)
Tw
K POD
K 12 A1km (37.b)
Tw
K POD
K 13 A2km (37.c)
Tw
K POD
K 14 A3km (37.d)
Tw
1 T
K 21 (1 1 ) (38.a)
T2 T2
1
K 22 (38.b)
T2
K POD T
K 23 ( 1 1 ) A1km (38.c)
T2 T2
K POD T
K 24 ( 1 1 ) A2km (38.d)
T2 T2
K POD T
K 25 ( 1 1 ) A3km (38.e)
T2 T2
1 T T
K P1 (1 3 ) 1 (39.a)
T4 T4 T2
1 T
K P2 (1 3 ) (39.b)
T4 T4
1
K P3 (39.c)
T4
K POD T T
K P4 ( 1 3 ) 1 A1km (39.d)
T4 T4 T2
40
Capítulo 3 – Equacionamento e Projeto dos Controladores Adicionais
K POD T T
K P5 ( 1 3 ) 1 A2km (39.e)
T4 T4 T2
K POD T T
K P6 ( 1 3 ) 1 A3km (39.f)
T4 T4 T2
K DIN T1 T3
K S1 (40.a)
TDIN T2 T4
K DIN T3
KS2 (40.b)
TDIN T4
K DIN
KS3 (40.c)
TDIN
1
KS4 (40.d)
TDIN
K DIN T1 T3
KS5 K POD A1km (40.e)
TDIN T2 T4
K DIN T1 T3
K S6 K POD A2km (40.f)
TDIN T2 T4
K DIN T1 T3
K S7 K POD A3km (40.g)
TDIN T2 T4
K DIN
KS8 (40.h)
TDIN
Agrupando-se as equações (37), (38), (39) e (40) ao conjunto de equações (16) obtém-
se a representação no espaço de estados do sistema multimáquinas com ng geradores e nb
barras representado pelo MSP e considerando a atuação de um TCSC modelado por injeções
de potências e com um controlador do tipo POD, conforme as equações (41).
x J 11POD ( 4 ng4 x 4 ng4 ) J 12POD ( 4 ng4 x 2 nb ) x B1POD ( 4 ng4 x 2 ng 2 nb1 )
0 J 21 u
J 22MIP( 2 nb x 2 nb ) z B2POD ( 2 nb x 2 ng 2 nb1 )
(41)
POD ( 2 nb x 4 ng 4 )
41
Capítulo 3 – Equacionamento e Projeto dos Controladores Adicionais
t
Δu [Δ Pm1 ΔPm ] [Δ Vref1 ΔVref ] [Δ PL1 ΔPL ] [Δ QL1 ΔQL ] X
ng ng nb nb ref
(41.c)
Observe que nas equações (41) o vetor x contém as quatro variáveis de estado
introduzidas pelo POD e que a matriz J22MIP permanece inalterada.
A matriz J11POD é composta pela matriz J11 do MSP original e de JP11 como mostrada
na equação (42).
J 114 ng x 4 ng 04 ng x 4
J 11POD
0 4 x 4 ng J P11
(42)
K 11 0 0 0
K K 22 0 0
J P11 21 (42.a)
K P1 K P2 K P3 0
K S1 KS2 KS3 KS4
Na matriz J12POD é composta pela matriz J12 do MSP original aumentada em 4 linhas
referentes às equações das novas variáveis de estado do POD como mostrada na equação (43).
J 124 ng x 2 nb
J 12POD
J P12 4 x 2 nb
(43)
Os elementos não nulos da matriz JP12 são mostrados no conjunto de equações (44)
onde os índices k e m se referem à barra inicial e à barra final de instalação do conjunto
TCSC/POD, respectivamente.
J P12 (4, k ) K S 5
(44.m)
J P12 (4, m) K S 5 (44.n)
J 21POD J 21MIP 2 nb x 4 ng J P 212nb x 4 (45)
Os elementos diferentes de zero da matriz JP21 são definidos pelo conjunto de equações
(46).
As matrizes B1POD e B2POD são dadas pelas equações (47) e (48), respectivamente.
B14 ng x 2 ng 2 nb 04 ng 3 x 1
B1POD
0 4 x 2 ng 2 nb
(47)
KS 8
B2POD B22 nb x 2 ng 2 nb 02 nb x 1 (48)
1
A J 11POD J 12POD J 22MIP J 21POD (49.a)
1
B B1POD J 12POD J 22MIP B2POD (49.b)
(51)
2 2
Uma das principais aplicações dos dispositivos FACTS equipados com controlador
POD é amortecer os modos oscilatórios presentes nos sistemas elétricos de potência e neste
aspecto, sua eficiência esta relacionada, dentre outros fatores, com a sua localização no
sistema. A melhor localização, sem considerar a influência dos zeros da função de
transferência em malha aberta (FTMA) (MOURA et al., 2010; MOURA et al., 2010;
MOURA et al., 2010m.), pode ser determinada a partir de sua representação no espaços de
estados.
Em Furini e Araujo (2008) é feita uma análise da influência exercida pela
compensação do TCSC sobre os autovalores de um sistema elétrico de potência, para
diferentes localizações do dispositivo. Para isto é determinado o fator de participação através
da combinação dos autovetores direito (i) e esquerdo (i) referentes ao autovalor relacionado
ao modo oscilatório que se deseja amortecer, calculados a partir do conjunto de equações (52)
(Martins e Lima, 1990).
i . A i . i (52.b)
Y ( s )
C i i B Ri
G( s )
U ( s ) ( s i )
( s i )
(54)
Cont ψi Bk (55.a)
Δu Δy
SEP s
+
POD(s)
i
R C( i ) (56)
K POD ijk
180o (57.a)
1 senθ / 2
α (57.b)
1 senθ / 2
1
T2 (57.c)
ωi α
T1 α T2 (57.d)
i
K POD (57.e)
Rijk C( i )
wn , damp( A) (58)
O ganho KPOD é obtido através da ferramenta gráfica rltool para a qual devem ser
fornecidas as funções de transferência envolvidas. A partir destes dados é calculado o Lugar
Geométrico das Raízes (rlocus) de onde é possível se determinar o ganho KPOD.
3.5 Conclusões
modelado e suas equações foram agrupadas às equações do MSP original o que resultou em
um modelo do sistema multimáquinas onde se considera a atuação de um TCSC equipado
com este controlador.
Para o ajuste dos parâmetros do POD (determinação das constantes de tempo e ganho)
foram apresentados dois métodos.
O primeiro método apresentado é baseado nos resíduos da função de transferência em
malha aberta do sistema a ser controlado e também foi utilizado para se determinar a
localização do TCSC e seu controlador.
No segundo método é utilizado o critério de estabilidade relativa de Nyquist para a
determinação da compensação necessária a ser introduzida pelo controlador. Para isto foi
utilizada a ferramenta nyquist do aplicativo Matlab® (a partir de são calculadas as constantes
de tempo). O ganho do controlador é determinado utilizando-se a ferramenta rltool (método
SISO).
No Capítulo 4 são apresentados os resultados e as simulações realizadas para um
sistema de potência teste utilizando-se o equacionamento desenvolvido neste Capítulo e no
Capítulo 2.
51
Capítulo 4 – Simulações e Resultados
4. Simulações e Resultados
4.1 Introdução
Neste Capítulo são apresentados os resultados, simulações e consequentes análises do
modelo de injeção de potência do dispositivo FACTS TCSC e sua aplicação no estudo da
estabilidade a pequenas perturbações de um sistema de potência teste.
Para isto será utilizado um sistema simétrico de duas áreas composto por 4 geradores,
especialmente proposto para o estudo do comportamento das oscilações de baixa frequência
associadas aos modos interárea de oscilação (KLEIN et al., 1991; SAUER; PAI, 1998).
Os modelos desenvolvidos no Capítulo 2 e no Capítulo 3 foram implementados
computacionalmente com o auxílio do software MATLAB®. As condições iniciais (caso base)
foram calculadas utilizando-se a ferramenta MATPOWER® (ZIMMERMAN; GAN, 2009)
(destaca-se estar fora do escopo deste trabalho a análise de métodos de solução de fluxo de
potência).
Inicialmente são realizadas simulações para a validação do modelo de injeção de
potência do TCSC.
Na sequência o estudo da estabilidade a pequenas perturbações é feito no domínio da
frequência através da análise dos autovalores da matriz de estados A do sistema elétrico.
Também é realizado o estudo da estabilidade no domínio do tempo analisando-se as curvas de
algumas grandezas do sistema elétrico após a ocorrência de uma pequena perturbação (neste
trabalho a perturbação considerada é uma variação em degrau de 0,01 pu na potência
mecânica de entrada do gerador 1 que também é escolhido como referência para o sistema
multimáquinas).
2 L7 L8 3
G2 Área 1 Área 2
G3
para o ponto de operação considerado é proposta a atuação de um TCSC colocado nas linhas
de transmissão entre a barra 7 e a barra 8, que fazem a interligação das duas áreas (ver
diagrama unifilar mostrado na Figura 14).
os obtidos quando o TCSC é modelado como uma reatância variável (RV-TCSC). Em ambos
os casos o TCSC atuará realizando uma compensação estática de 10% da reatância
equivalente das linhas de transmissão da interligação entre as barras 7 e 8.
Para as simulações do RV-TCSC esta compensação é realizada alterando-se as
reatâncias das linhas de transmissão diretamente no banco de dados do sistema elétrico e
depois é realizado o cálculo do fluxo de potência (através do aplicativo MATPOWER),
seguido da análise de estabilidade através do MSP. Os resultados obtidos para esta situação
podem ser vistos na Tabela 2 onde são apresentados os autovalores dominantes (), o
coeficiente de amortecimento () e a frequência natural amortecida a eles associados (n). As
mesmas grandezas são mostradas na Tabela 3 onde é considerado o MIP-TCSC.
Figura 19 – Desvio Angular: 3 - 1: Método SISO e Método dos Resíduos.
Dos valores mostrados nas Tabelas 8 e 9 conclui-se que o método dos resíduos
introduz maior amortecimento ao modo interárea que o método SISO. Entretanto, analisando
as curvas mostradas na Figura 19 observa-se que a curva referente ao ajuste realizado pelo
método SISO é mais amortecida, quando comparada com a curva obtida quando o método dos
resíduos é utilizado.
A justificativa para este comportamento é que o método dos resíduos introduziu menos
amortecimento aos modos locais de oscilação. Conforme mostrado nas Tabelas 8 e 9 o modo
local 2 apresenta os menores coeficientes de amortecimento seja o método de ajuste o SISO
ou o dos resíduos, tornando-se assim o modo dominante da resposta. Como o seu coeficiente
de amortecimento obtido pelo método dos resíduos é menor que o obtido pelo método SISO, a
curva referente ao método dos resíduos é menos amortecida que a curva relacionada ao
método SISO.
4.7 Conclusões
Neste Capítulo foram apresentadas as simulações e análise de resultados obtidos para
um sistema de potência teste, utilizando o equacionamento desenvolvido nos Capítulos 2 e 3.
O sistema teste utilizado foi um simétrico de duas áreas que, para o pontom de
operação considerado, era instável.
63
Capítulo 4 – Simulações e Resultados
Neste trabalho foi apresentado um modelo de injeção de potência para o TCSC para
ser incorporado ao Modelo de Sensibilidade de Potência (MSP) proposto por Deckmann e da
Costa (1994).
No modelo de injeção de potência do TCSC (MIPTCSC) os efeitos de compensação
inserida pelo dispositivo passam a ser consideradas como injeções de potências nas barras que
se encontram nos extremos da linha de transmissão onde o TCSC é instalado. Dessa forma,
partindo de um ponto de operação conhecido do sistema, a análise da atuação do TCSC é
desenvolvida alterando o balanço nodal de potência das barras e para isto foi utilizado o
equacionamento desenvolvido no Capítulo 2 onde as equações resultantes foram linearizadas
e agrupadas às equações do MSP original. Este procedimento forneceu um modelo do sistema
de potências multimáquinas onde se considera a atuação de um TCSC representado por
injeções de potência.
No Capítulo 3 foram apresentados e equacionados dois modelos de controladores
adicionais com a função de introduzir amortecimento às oscilações do sistema elétrico de
potência.
O primeiro controlador apresentado foi modelado através de um ganho KDIN e
constante de tempo TDIN (controlador de primeira ordem). Outro controlador estudado
apresentava uma estrutura mais sofisticada, sendo composto por blocos de avanço-atraso de
fase, além de um ganho KPOD e bloco washout. Este controlador é conhecido como POD.
Ambos os controladores foram equacionados e suas equações foram agrupadas às
equações do MSP que considera a atuação de um TCSC.
Também foi discutida a localização do conjunto TCSC/Controlador no sistema elétrico
de modo a se introduzir de maneira eficaz amortecimento aos modos oscilatórios. A técnica
escolhida para se determinar a localização do TCSC/Controlador foi o método dos resíduos.
Este mesmo método foi proposto para o ajuste dos parâmetros do POD, seguido de
outro que utiliza as ferramentas nyquist e rltool do aplicativo MATLAB. Este método foi
denominado de SISO.
No Capítulo 4 são apresentas as simulações e resultados obtidos a partir do
equacionamento desenvolvido nos Capítulos 2 e 3. As simulações foram implementadas
utilizando-se o software MATLAB. O sistema teste utilizado é formado por duas áreas e é
bastante utilizado na literatura.
65
Capítulo 5– Conclusões e Trabalhos Futuros
dos resíduos ou pelo método SISO excitou um novo modo oscilatório que foi chamado de
modo Controlador. A partir da análise realizada conclui-se que este modo oscilatório não deve
comprometer a estabilidade do sistema elétrico devido ao seu alto amortecimento.
Como conclusões finais pode-se afirmar que o MIPTCSC se prestou muito bem para a
análise da estabilidade a pequenas perturbações de sistemas elétricos e que os dois métodos de
ajuste considerados conseguem, com pequenas diferenças, atingir o objetivo de introduzir
amortecimento adicional às oscilações de baixa frequência.
Trabalhos Futuros
O ajuste de parâmetros realizado através dos métodos apresentados neste trabalho é
válido para um determinado ponto de operação, sendo necessário um novo ajuste caso ocorra
alguma mudança no sistema elétrico. Uma sugestão de trabalhos futuros é a utilização de
técnicas inteligentes como Redes Neurais e Algoritmos Genéticos para o cálculo dos
parâmetros do POD deve tornar o controlador mais robusto, de modo que um único ajuste
satisfaça de maneira aceitável diferentes pontos de operação.
A utilização do MIPTCSC em sistemas de maior porte, onde diferentes modos
oscilatórios são problemáticos, também é item de interesse para pesquisa. Nestas situações
diferentes controladores (por exemplo, POD e Estabilizadores de Sistemas de Potência)
devem atuar concomitantemente no sistema elétrico para melhorar seu desempenho e então é
necessário o ajuste coordenado de seus parâmetros.
68
Referências
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72
Apêndice: Dados do Sistema Multimáquinas
6 7 8 9
1 5 10 4
G1 G4
2 L7 L8 3
G2 Área 1 Área 2
G3