Aula 02 - Propriedades Do Concreto

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA

DAS CATARATAS
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

ESTRUTURAS DE CONCRETO I

PROPRIEDADES DO CONCRETO

PROFESSOR: EDUARDO DAMIN


PROPRIEDADES DO CONCRETO
2

Concretos da NBR 6118

Grupo e classes dos concretos:


 ABNT NBR 8953:2015
PROPRIEDADES DO CONCRETO
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Classes de resistência
 Item 4 da ABNT NBR 8953:2015
 Os concretos com classe de resistência inferior a C20 não são estruturais
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4

Classes de consistência
 Item 5 da ABNT NBR 8953:2015
 Os concretos são classificados de acordo com o abatimento no estado fresco
(NBR NM 67)
PROPRIEDADES DO CONCRETO
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Massa específica
 Item 8.2.2 da ABNT NBR 6118:2014
 A ABNT NBR 6118 se aplica aos concretos de massa específica normal, que são
aqueles que depois de seco em estufa tem massa específica de:

2000 𝑘𝑔/𝑚3 ≤ 𝜌𝑐 ≤ 2800 𝑘𝑔/𝑚3

 Podem ser adotados os valores de:

 Concreto simples
𝜌𝑐 = 2400 𝑘𝑔/𝑚3
 Concreto armado
𝜌𝑐 = 2500 𝑘𝑔/𝑚3
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Coeficiente de dilatação térmica

 Item 8.2.3 da ABNT NBR 6118:2014

𝛼𝑐 = 1 × 10−5 °𝐶
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Resistência à compressão

 Item 8.2.4 da ABNT NBR 6118:2014


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Resistência à tração
 Item 8.2.5 da ABNT NBR 6118:2014

 Tração direta por ensaios:


𝑓𝑐𝑡 = 0,9 × 𝑓𝑐𝑡,𝑠𝑝
𝑓𝑐𝑡 = 0,7 × 𝑓𝑐𝑡,𝑓
Onde,
𝑓𝑐𝑡,𝑠𝑝 é a resistência à tração indireta (NBR 7222)
𝑓𝑐𝑡,𝑓 é a resistência à tração na flexão (NBR 12142)
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Resistência à tração
 Item 8.2.5 da ABNT NBR 6118:2014 𝑓𝑐𝑘 em MPa

 Tração direta por estimativa:


 Grupo I (C20 a C50)
3
2
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑠𝑢𝑝 = 1,3 × 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,39 × 𝑓𝑐𝑘
3 2
𝑓𝑐𝑡𝑘 = 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,3 × 𝑓𝑐𝑘
3 2
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 = 0,7 × 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 0,21 × 𝑓𝑐𝑘
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Resistência à tração
 Item 8.2.5 da ABNT NBR 6118:2014 𝑓𝑐𝑘 em MPa

 Tração direta por estimativa:


 Grupo II (C55 a C90)

𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑠𝑢𝑝 = 1,3 × 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 2,756 × ln 1 + 0,11 × 𝑓𝑐𝑘

𝑓𝑐𝑡𝑘 = 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 2,12 × ln 1 + 0,11 × 𝑓𝑐𝑘

𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 = 0,7 × 𝑓𝑐𝑡𝑚 = 1,484 × ln 1 + 0,11 × 𝑓𝑐𝑘


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Resistência à tração

 𝑓𝑐𝑘𝑗 ≥ 7 𝑀𝑃𝑎 , estas expressões podem também ser usadas para idades
diferentes de 28 dias.

 𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑠𝑢𝑝 é usado na determinação das armaduras mínimas

 𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 é usado nas análises estruturais


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Módulo de elasticidade
 Item 8.2.8 da ABNT NBR 6118:2014
Os resultados de módulo devem ser obtidos por ensaio de acordo com a NBR
8522
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Módulo de elasticidade

𝐸𝑐𝑠 𝐸𝑐𝑖
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Módulo de elasticidade tangente inicial


Podem ser estimados de acordo com as equações a seguir
 Grupo I (C20 a C50)
𝐸𝑐𝑖 = 𝛼𝐸 × 5600 × 𝑓𝑐𝑘 𝑀𝑃𝑎
𝜶𝑬 Agregado
 Grupo II (C55 a C90)
1,2 Balsato e
3 𝑓𝑐𝑘 Diabásio
𝐸𝑐𝑖 = 𝛼𝐸 × 21500 × + 1,25 𝑀𝑃𝑎
10 1,0 Granito e
Gnaisse
0,9 Calcário
0,7 Arenito
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Módulo de deformação secante


Na avaliação do comportamento de um elemento estrutural ou seção transversal,
pode ser adotado módulo de elasticidade único, à tração e à compressão, igual
ao módulo de deformação secante.

𝑓𝑐𝑘
0,8 + 0,2 × × 𝐸𝑐𝑖
𝐸𝑐𝑠 ≤൞ 80
𝐸𝑐𝑖

Valores em MPa
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Módulo de elasticidade com idade inferior a 28 dias


Na avaliação do comportamento de um elemento estrutural ou seção transversal,
pode ser adotado módulo de elasticidade único, à tração e à compressão, igual
ao módulo de deformação secante.

 Concretos com 𝑓𝑐𝑘 variando de 20 a 45 MPa:


0,5
𝑓𝑐 𝑡
𝐸𝑐𝑖 𝑡 = × 𝐸𝑐𝑖 [𝑀𝑃𝑎]
𝑓𝑐

 Concretos com 𝑓𝑐𝑘 variando de 50 a 90 MPa:


0,3
𝑓𝑐 𝑡
𝐸𝑐𝑖 𝑡 = × 𝐸𝑐𝑖 [𝑀𝑃𝑎]
𝑓𝑐
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Coeficiente de Poisson
 Item 8.2.9 da ABNT NBR 6118:2014

𝜀𝑙𝑎𝑡
𝜈=− = 0,2
𝜀𝑙𝑜𝑛𝑔
 Essa relação é constante na faixa de elasticidade, pois as deformações são
proporcionais.
 O sinal é negativo, pois em um alongamento longitudinal, que é uma
deformação positiva, gera uma contração lateral (deformação negativa). O
inverso para o caso oposto.

+ –
– +
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Módulo de elasticidade transversal


 Item 8.2.9 da ABNT NBR 6118:2014
𝐸𝑐𝑠
𝐺𝑐 = [𝑀𝑃𝑎]
2,4
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Comportamento tensão-deformação à compressão


 Item 8.2.10 da ABNT NBR 6118:2014

A norma admite uma relação linear entre as tensões e deformações do concreto


quando o nível de tensões é inferior a metade da resistência, com isso adota-se
para o módulo de elasticidade o valor secante.
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Comportamento tensão-deformação à compressão

 Efeito da dosagem
Quanto maior a resistência do concreto menor são as suas deformações na
ruptura. Os concretos mais resistentes apresentam pico acentuado de tensão na
ruptura
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Comportamento tensão-deformação à compressão

 Efeito do tempo de carregamento (Rüsch)


Quanto maior o tempo de carregamento menor será a resistência do concreto.
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Comportamento tensão-deformação à compressão


 Estado limite último

𝑓𝑐𝑘
𝑓𝑐𝑑 =
𝛾𝑐

𝜎𝑐 = 0,85 × 𝑓𝑐𝑑
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Comportamento tensão-deformação à compressão


 Estado limite último
𝑛
𝜀𝑐
𝜎𝑐 = 0,85 × 𝑓𝑐𝑑 × 1 − 1 −
𝜀𝑐2
 Grupo I (C20 a C50)
𝑛=2

2,0
𝜀𝑐 = = 2,0%0
1000

3,5
𝜀𝑐2 = = 3,5%0
1000
PROPRIEDADES DO CONCRETO
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Comportamento tensão-deformação à compressão


 Estado limite último
𝑛
𝜀𝑐
𝜎𝑐 = 0,85 × 𝑓𝑐𝑑 × 1 − 1 −
𝜀𝑐2
 Grupo II (C55 a C90)
4
90 − 𝑓𝑐𝑘
𝑛 = 1,4 + 23,4 ×
100

𝜀𝑐 = 2,0%0 + 0,085%0 × 𝑓𝑐𝑘 − 50 0,53

4
90 − 𝑓𝑐𝑘
𝜀𝑐2 = 2,6%0 + 35%0 × Valores em
100
MPa
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Fluência
 Item 8.2.11 da ABNT NBR 6118:2014
É a deformação lenta do concreto que depende do tempo de exposição e o
nível do carregamento.
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Retração
 Item 8.2.11 da ABNT NBR 6118:2014
É a deformação que corresponde a diminuição do volume do concreto pela
perda de água excedente do processo de endurecimento do concreto.
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Fluência e Retração
 Item 8.2.11 da
ABNT NBR 6118:2014
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Fluência e Retração
 Item 8.2.11 da ABNT NBR 6118:2014
Em casos onde não é necessária grande precisão, os valores finais do coeficiente
de fluência 𝜙(𝑡∞ , 𝑡0 ) e da deformação específica de retração 𝜀𝑐𝑠 (𝑡∞ , 𝑡0 ) do
concreto, submetidos a tensões menores que 0,5 × 𝑓𝑐 quando do primeiro
carregamento, podem ser obtidos, por interpolação linear, a partir da Tabela
8.2.
O coeficiente de fluência e a deformação específica de retração estão em função
𝐴
da umidade média ambiente e da espessura fictícia 2 × 𝑐, onde:
𝑢
𝐴𝑐 é a área da seção transversal
𝑢 é o perímetro da seção em contato com a atmosfera
 Os valores desta Tabela são relativos a temperaturas do concreto entre 10 °C e 20 °C, podendo-se, entretanto, admiti-
los como válidos para temperaturas entre 0 °C e 40 °C.
 Esses valores são válidos para concretos plásticos e de cimento Portland comum.
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Exercício 1
Considerando um agregado graúdo (brita) de origem basáltica e complete o quadro
abaixo:
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Exercício 2
Considerando estado-limite último (ELU), defina os diagramas tensão-deformação
idealizados (compressão) para os concretos C25, C40, C55, C70 e C90. Complete o quadro
abaixo e desenhe os diagramas:
REFERÊNCIAS
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 CARVALHO, R. C. FIGUEIREDO,J. R. Cálculo e detalhamento de estruturas


usuais de concreto armado. Editora: EdUFSCar, 2014.
 FUSCO, P.B. Estruturas de Concreto Solicitações Normais. Guanabara
Koogan.
 ABNT. NBR 6118/2014 – Projeto e execução de obras de concreto armado.
 ABNT. NBR 6120/2019 – Cargas para o cálculo de estruturas de edificações.
ESTRUTURAS DE CONCRETO I
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 PRÓXIMA AULA:

 Qualidade da estrutura e durabilidade

OBRIGADO!

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