0% acharam este documento útil (0 voto)
96 visualizações13 páginas

Ozotocerus Bezoarticus Veado Campeiro

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1/ 13

Veado-campeiro – Ozotoceros bezoarticus pág.

Avaliação do Risco de Extinção do Veado-campeiro


Ozotoceros bezoarticus Linnaeus, 1758, no Brasil
José Maurício Barbanti Duarte¹, Alexandre Vogliotti¹, Eveline dos Santos Zanetti¹, Márcio Leite de Oliveira¹,
Liliani Marilia Tiepolo², Lilian Figueiredo Rodrigues³, Lilian Bonjorne de Almeida4

Subespécie
Ozotoceros bezoarticus leucogaster
Risco de Extinção
Dados vulnerável (VU)
Filo: Chordata
A3ce
Fotos: José Maurício Barbanti Duarte

Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Cervidae

Nome popular
Veado-campeiro,
veado-branco (Português),
ciervo de las pampas, ciervo
pampero, venado campero,
venado de campo, venado
de las pampas (Espanhol),
Subespécie pampas deer (Inglês),
Ozotoceros bezoarticus bezoarticus
cerf des pampas, goazu (Francês)
Risco de Extinção
Dados vulnerável (VU) Submetido em: 24 / 02 / 2010
A4cde, C1 Aceito em: 27 / 01 / 2011

Apresentação e justificativa de categorização


O estado de conservação no Brasil, das duas subespécies do veado-campeiro, Ozotoceros bezoarticus
(Linnaeus, 1758), que ocorrem no país, foi avaliado de acordo com os critérios da IUCN (2001), com base
nos dados disponíveis até 2010. A subespécie Ozotoceros bezoarticus leucogaster, que ocorre no Pantanal, foi
considerada “Vulnerável (VU)”, sob os critérios A3ce, ou seja, em função de provável redução populacional
no futuro. A subespécie Ozotoceros bezoarticus bezoarticus, que ocorre no Cerrado, foi considerada
Vulnerável (VU) sob os critérios A4cde, C1, ou seja, em função de redução populacional passada, bem como
redução projetada para o futuro, além de possuir pequeno tamanho populacional. A mudança de status
da espécie na presente avaliação deve-se tanto ao aumento de conhecimento sobre as ameaças distintas

Afiliação
1
Universidade Estadual Paulista (UNESP)/NUPECCE – Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane s/n 14884-900 – Jaboticabal, SP
2
Universidade Federal do Paraná – R. dos Funcionários, 1540 – Cabral – 80035-050 – Curitiba – Paraná
3
Consultoria PNUD – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, SQSW 103-105, Brasília, Distrito Federal
4
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – CENAP – Estrada Municipal Hisaichi Takebayashi, 8600 – Bairro da Usina – 12952-011
– Atibaia-SP

E-mails

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected],


[email protected], [email protected]

Biodiversidade Brasileira (2012) Ano II, Nº 1, 3-11


pág. 4 Número Temático: Avaliação do Estado de Conservação dos Ungulados

que colocam em risco as duas subespécies, gerando a necessidade de avaliações separadas para as duas,
quanto à intensificação destas ameaças. A avaliação de cada subespécie e a justificativa de categorização
são apresentadas separadamente para cada subespécie e as demais informações, conjuntamente.
Justificativa – Ozotoceros bezoarticus estava incluída na lista oficial de espécies ameaçadas publicada
em 1989 e foi retirada da lista publicada em 2003 (MMA 2003) devido a um aumento do conhecimento
sobre a espécie, que revelou novas populações. A mudança de status da espécie na presente avaliação
deve-se tanto a novo aumento de conhecimento sobre as ameaças distintas que colocam em risco as
duas subespécies, causando a necessidade de avaliações separadas para as duas, quanto à intensificação
destas ameaças.
Rationale – Ozotoceros bezoarticus was included in the official list of threatened fauna issued in 1989
and it was excluded in 2003 (MMA 2003) because of increased knowledge about the species which revealed
new populations. The change of status of the species in the present evaluation is caused both to a new
increase of knowledge about the distinct threats faced by the two subspecies, making it necessary to evaluate
each subspecies, and to the intensification of these threats.

Subespécie
Ozotoceros bezoarticus leucogaster

Apresentação e justificativa de categorização


Ozotoceros bezoarticus leucogaster foi categorizada como vulnerável, em função de provável
declínio populacional futuro, maior do que 30%, nos próximos 15 anos, suspeitado devido à introdução
de patógenos via ungulados domésticos (especialmente Orbiviroses – Araújo Júnior et al. 2010, Duarte et
al. 2001). Embora não seja possível uma estimativa precisa, esta porcentagem é deduzida da magnitude
da mortalidade induzida pela principal ameaça (orbivoroses) em animais de cativeiro, que pode chegar a
90%, e da presença desta doença em outros ungulados do Pantanal, sugerindo uma possibilidade de rápida
propagação para os cervídeos do bioma. Existe também a tendência de substituição das pastagens naturais
por gramíneas exóticas, reduzindo a área de ocupação da subespécie. A extensão de ocorrência é estimada
em 151.313 km² e a área de ocupação é de 125.000 km2; a população total estimada é de 40.000 indivíduos,
dos quais mais de 1.000 são maduros; desta forma esta subespécie não está ameaçada sob os critérios B a D
(vide IUCN 2001). Não há análise quantitativa da probabilidade de extinção desta subespécie.

Subespécie
Ozotoceros bezoarticus bezoarticus

Apresentação e justificativa de categorização


Esta subespécie depende da boa qualidade das fitofisionomias abertas do cerrado. Estas áreas
sofreram redução consideravelmente maior do que as áreas de cerrado fechado. Estima-se, portanto, que
as populações de veado-campeiro tenham tido reduções superiores a 30% nos últimos 15 anos, devido à
diminuição da extensão de ocorrência e qualidade do habitat, bem como caça, enfermidades e intoxicação.
Estas ameaças ainda não cessaram. A extensão de ocorrência desta subespécie é estimada em 2.000.000 km²
e a sua área de ocupação (com base em unidades de conservação com ocorrência confirmada da espécie)
tem 30.000 km2; portanto a espécie não está ameaçada sob o critério B. Não há estimativas populacionais
consistentes, com exceção do Parque Nacional das Emas (800 indivíduos – 0,6 indivíduos/km2) (Rodrigues
1996), a maior e mais bem preservada área de cerrado. Esta unidade de conservação (UC) tem sido o
foco de pesquisas com esta subespécie, justamente por sua alta densidade na área. Considerando 1/3 da
densidade do Parque Nacional de Emas para as outras UCs de ocorrência conhecida, foi estimada uma
população de 6.500 indivíduos maduros, o que a torna Vulnerável sob o critério C. A população total de
indivíduos maduros é maior que 1.000 e não há análise quantitativa da probabilidade de extinção, portanto
a subespécie não pode ser considerada ameaçada sob os critérios D e E.

Instituto Chico Mendes de Conservção da Biodiversidade


Veado-campeiro – Ozotoceros bezoarticus pág. 5

Presença em listas de espécies ameaçadas


Ozotoceros bezoarticus foi avaliada globalmente como NT (Gonzalez & Merino 2008). Está incluída
no Apêndice I da CITES (CITES 2010) e é considerada CR no Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo
(Fontana et al. 2003, IAP 2010, São Paulo 2010). Em Santa Catarina, a espécie foi classificada como VU
em uma avaliação recente ainda não oficializada. (http://ignis.org.br/lista/).

Nota taxonômica
A taxonomia e sistemática do veado-campeiro têm sido baseadas primariamente em dados
morfológicos. Além das duas subespécies que ocorrem no Brasil, existem as subespécies O. b. uruguayensis
e O. b. arerunguayensis, que ocorrem no Uruguai, e O. b. celer, da Argentina (Cabrera 1943, Gonzalez et al.
2002). Estudos preliminares realizados com material genético de uma pequena população remanescente no
Paraná (Braga 2004) apontaram a existência de haplótipos únicos nos marcadores mitocondriais utilizados,
quando comparados ao banco representativo de populações do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Este
resultado evidencia a grande importância desta unidade genética para a conservação, e aponta a necessidade
de estudos genéticos detalhados incluindo outras populações do sul do Brasil.

Características da espécie
Distribuição geográfica
A distribuição histórica do veado campeiro no Brasil é conhecida de relatos pioneiros de expedições
de naturalistas e de espécimes depositados em museus (Miranda-Ribeiro 1919). Originalmente ocorria nos
ambientes abertos entre as latitudes 5o e 41o S (Bianchini & Luna-Peres 1972, Gonzalez 1997), do Brasil, da
Bolívia, do Paraguai, do Uruguai (Gonzalez 1994) e da Argentina (Cabrera 1943). Atualmente, porém, suas
populações encontram-se restritas a áreas limitadas ao longo de sua distribuição original, e se encontram
reduzidas e isoladas geograficamente (Gonzalez 1997, Dellafiore et al. 2001, Braga 2004, Gonzalez et al.
2010). Weber & Gonzalez (2003) citam uma diminuição de 98% da sua área de distribuição. O. b. bezoarticus
ocorre no centro-oeste do Brasil nas regiões entre o sul da bacia Amazônica e o planalto matogrossense, ao
leste, até o alto rio São Francisco, em Minas Gerais (no sentido leste) e o Rio Grande do Sul (sentido sul);
O. b. leucogaster, no sudoeste do Brasil, na região do sul do Mato Grosso, no sudeste da Bolívia e Paraguai
(Gonzalez et al. 2010) (Figura 1).

Hábitat
É uma espécie característica dos ambientes abertos ao sul do rio Amazonas (Merino et al. 1997). A
subespécie O. b. bezoarticus habita a porção nordeste do bioma Cerrado e a subespécie O. b. leucogaster
está presente no Pantanal e sul do país, nos campos e manchas de cerrado nestas regiões (Cabrera 1943).

População
A maior parte das estimativas populacionais para a espécie são do final do século passado. No caso
de O. b. leucogaster, Merino et al. (1997) estimaram uma área disponível de 125.116 km2 no Pantanal
Matogrossense, que pode potencialmente suportar uma população de 20 a 40 mil indivíduos. Segundo
Mourão et al. (2000), a maior população conhecida de veados-campeiros está localizada nessa região,
estimada em 60.000 indivíduos; no entanto, dados preliminares indicaram que a densidade diminuiu a
uma taxa de cerca de 30% ao ano, de 1991 a 1993. Com relação a O. b. bezoarticus, Leeuwenberg &
Lara-Resende (1994) verificaram uma população de 101 a 130 indivíduos no Distrito Federal (APA Cabeça
de Veado). No Parque Nacional das Emas, a população estimada variou entre 1.000 e 1.300 indivíduos
(Rodrigues & Monteiro-Filho, 2000). Pinder (1994) estimou que nas áreas protegidas do Cerrado existiam
450.000 km2 de habitat disponível que poderiam potencialmente sustentar uma população de 10.600 veados
campeiros. No sul do Brasil, a maior população estudada (Paraná) possui cerca de 70 indivíduos, com 34

Biodiversidade Brasileira (2012) Ano II, Nº 1, 3-11


Figura 1 – Distribuição geográfica atual e passada de Ozotoceros bezoarticus.
Veado-campeiro – Ozotoceros bezoarticus pág. 7

óbitos registrados ao longo do estudo (Braga 2004, Braga et al. 2005). A espécie apresenta tendência global
de diminuição populacional (Gonzalez & Merino 2008).
No sul do Brasil, os estudos de Braga et al. (2000) apontam para populações relictuais composta
por poucos indivíduos nos campos do sul do Estado do Paraná. Em outra localidade com as características
naturais já convertidas para produção de grãos e pecuária, Braga & Kuniyoshi (2010) estimaram em
71,45 a população de veados em uma área de 6.000 ha, e a densidade obtida foi de 1,19 indivíduos/km2.
Outro estudo realizado no Paraná, por Miranda et al. (2008), registra a espécie nos Campos de Palmas. A
situação se mostra crítica também no planalto de Santa Catarina como demonstram os estudos de Mazzolli
& Benedet (2009) e Tortato & Althoff (2011), que apontam registros relictuais da espécie para áreas de
campo em Coxilha Rica, Rio Negrinho e Itaiópolis. Apesar dos estudos relatarem que o veado campeiro
tem convivido com ambientes alterados, tratam-se de pequenas populações isoladas – as últimas de uma
paisagem completamente modificada – e neste cenário todos os autores são unânimes sobre o crítico risco
de extinção do veado campeiro em curto prazo nos campos sulinos do Brasil em razão de diversos fatores,
entre os quais a conversão de habitats para pecuária, agricultura e plantações de pinus, manejo inadequado
de propriedade rurais, parcelamento da propriedade rural, inexistência de áreas protegidas para a espécie,
atropelamento e caça.
As orbiviroses (Língua-azul, Doença Epizoótica Hemorrágica) têm sido um fator de mortalidade
relevante em populações em cativeiro de cervídeos, podendo chegar a 90% de mortalidade em animais
que tem contato com o vírus (Duarte 2007). Estudos epidemiológicos tem determinado a existência de
ampla distribuição dessa enfermidade nas regiões sudeste, sul e parte do centro-oeste brasileiro (Arita et
al. 1997, Montassier et al. 2001, Araújo Júnior et al. 2010). Estudos sorológicos realizados com Ozotoceros
bezoarticus no Pantanal sugerem que este vírus não esteja presente nesse bioma, mas a chegada dele é
inevitável, basicamente pela movimentação de bovinos entre áreas contaminadas e o Pantanal. Ainda,
estudos sorológicos realizados em caititus (Pecari tajacu) detectaram animais positivos para Língua-Azul
(E.P. Medici, comunicação pessoal), e a doença também foi detectada em antas neste bioma (P.R. Mangini,
comunicação pessoal). A chegada desse vírus no Pantanal sugere ampla e rápida disseminação - é transmitido
por insetos picadores, que gozam de enormes densidades nesse bioma, devido a abundância de água e altas
temperaturas. Essa conjunção de fatores levaria a uma morbidade e consequente mortalidade muito alta em
todas as populações de cervídeos e dentre eles o cervo-do-pantanal e o veado-campeiro.

História natural
Veados-campeiros alimentam-se principalmente de itens suculentos e leves com alto teor energético
e de fácil digestão, como flores, folhas novas, gomos e arbustos (Jackson & Giulietti 1988, Rodrigues 1996,
Rodrigues & Monteiro-Filho 1999, Gonzalez et al. 2010). Suas necessidades nutricionais variam não apenas
sazonalmente, mas também em função do sexo, idade e eventos do ciclo de vida como o crescimento dos
chifres, cio, gravidez e lactação (Jackson citado em Cosse, 2001). São considerados pastadores-podadores
(Rodrigues & Monteiro-Filho 1999), e apesar de consumirem uma grande variedade de plantas, são seletivos
quanto às partes ingeridas, preferindo partes mais tenras como folhas novas e flores. Forrageiam de forma
contínua, deslocando-se vagarosamente, com procura visual e olfativa dos itens a serem utilizados na
alimentação (Rodrigues 1996). Em Goiás as gramíneas foram pouco consumidas, possivelmente devido ao
alto teor de sílica presente nelas (Rodrigues 1996), enquanto na Argentina as gramíneas foram os principais
itens consumidos, além de folhas de dicotiledôneas herbáceas (Jackson & Giulietti 1988). Chifres caídos
podem ser uma fonte alternativa de sais, presentes em índices muito baixos nas plantas. As queimadas
também são um fator importante na alimentação do veado-campeiro, pois resultam em fornecimento de
flores e folhas novas pela indução de floração e brotação das plantas, e ainda disponibilizam sais minerais
sob a forma de cinzas (Rodrigues 1996).
As fêmeas são poliéstricas com ciclos estrais de aproximadamente 21 dias (Gonzales-Sierra 1985,
Duarte & Garcia 1995). O período de gestação está em torno de sete meses e a época de nascimentos varia
com a localidade (Merino et al. 1997). Redford (1987) cita que a maioria dos nascimentos observados no
Brasil central ocorre de agosto a novembro, enquanto Rodrigues (1996) registrou um pico de nascimentos
nos meses de setembro e outubro. No Pantanal, a concentração dos nascimentos observada foi de agosto
a outubro, com a maioria dos neonatos aparecendo no mês de agosto (Pinder 1992, Christofolletti 2009).

Biodiversidade Brasileira (2012) Ano II, Nº 1, 3-11


pág. 8 Número Temático: Avaliação do Estado de Conservação dos Ungulados

Pinder (1992) relaciona o pico dos nascimentos de veado-campeiro com o período de maior oferta de
alimento, em consequência do alto requerimento energético de fêmeas e filhotes durante o último mês de
gravidez e primeiro mês de lactação.
No período inicial da gestação, as fêmeas mantêm suas atividades normais. Entre o quarto e o quinto
mês destaca-se o engrossamento do ventre e, a partir dessa fase, as fêmeas passam por um período de
descanso mais prolongado (Deutsch & Puglia 1988). Na época que precede o nascimento dos filhotes,
as fêmeas grávidas tendem a se isolar dos grupos, preparando o ninho em local discreto e permanecendo
isoladas por vários dias após o nascimento do filhote. Neste período as fêmeas tornam-se mais vulneráveis
à predação (Braga 2004). Os filhotes são mantidos escondidos em segurança e mamam em intervalos
frequentes (Christofolletti 2009). A proteção dos filhotes contra predadores é feita por despistamento.
Quando um suposto perigo se aproxima, o filhote permanece deitado, oculto na vegetação, enquanto
a fêmea desloca-se para o lado oposto, apenas olhando esporadicamente na direção onde o filhote se
encontra (Rodrigues 1997). O desmame ocorre por volta dos quatro meses de idade, quando a fêmea pode
novamente entrar no cio (Deutsch & Puglia 1988). Usualmente geram um filhote por vez.
Durante o período de acasalamento, os machos demarcam seu território esfregando os cascos
dianteiros e os chifres no solo, ou ainda em arbustos, e algumas vezes defecando sobre o local. Porém, apenas
machos com os chifres desencapados realizam marcação. Frequentemente machos dominantes urinam sobre
demarcações de machos mais novos. As disputas entre os machos são ritualizadas por entrechoques de
cabeça, onde os machos encaixam seus chifres e empurram-se, procurando encostar a cabeça do adversário
no chão. Geralmente o macho mais fraco afasta-se ao final do mesmo, podendo também permanecer junto
ao grupo. Quando as fêmeas entram em estro, os machos dominantes começam a persegui-las, afastando-as
do grupo para o acasalamento. Nas agressões entre as fêmeas, estas se levantam sobre as patas posteriores,
realizando movimentos de pedalagem com os membros anteriores (Rodrigues 1997).
Um aspecto característico e importante aspecto da fisiologia dos machos de veado-campeiro é o
crescimento e troca anual dos chifres. Os animais adultos possuem um par de chifres de três pontas de 30
cm cada um, sendo um ramo próximo à base mais curto e dirigido para frente, que provém da primeira
bifurcação; e os outros dois posteriores, provenientes da segunda bifurcação (Jackson 1985). A troca dos
chifres é cíclica (Tomas 1988). No Parque Nacional das Emas, a queda dos chifres se dá de abril a maio
(Rodrigues 1996, Pereira et al. 2005), e de julho a setembro na região do Pantanal Matogrossense (Tomás
1995). O crescimento de um novo chifre leva em média 30 dias (Rodrigues 1996). A perda do chifre ocorre
quando a complexa união entre o chifre e o pedicelo do crânio enfraquece, geralmente auxiliada pela
ação dos animais de esfregá-lo contra objetos. A derrubada é muitas vezes acompanhada de um breve
sangramento. Forma-se uma cicatriz e a contração da ferida permite o crescimento de um novo chifre, a
partir do pedicelo. Este novo chifre é encoberto por uma pele especializada chamada veludo, coberta por
pelos curtos. Esta pele forma uma camada aveludada que alimenta e protege o chifre em crescimento.
Quando o chifre está totalmente desenvolvido, o tegumento morre e é perdido, expondo o osso (Haigh &
Hudson 1993).
Segundo Bubenik & Bubenik (1987), os andrógenos são os mais importantes hormônios envolvidos
no desenvolvimento e mineralização dos chifres, sendo o fotoperíodo o principal fator ambiental que
influencia sua sazonalidade, mediante a secreção de melatonina pela glândula pineal. Desta maneira, pode-
se sugerir que nos machos exista uma relação direta entre a presença de chifres e o seu “status” reprodutivo.
Entretanto, em estudo realizado com O. bezoarticus no Pantanal Matogrossense e no Parque de Emas,
Duarte & Garcia (1997) notaram que alguns animais submetidos a eletro ejaculação e que estavam com
chifres desencapados em setembro não produziram sêmen, enquanto um dos animais produziu sêmen de
boa qualidade em julho, mesmo estando com os chifres recobertos por velame. Paralelamente, Jackson &
Langguth (1987) relatam, nas populações da Argentina e Uruguai, nascimentos ao longo do ano todo, o que
implicaria dizer que os machos desta espécie mantêm sua capacidade fecundante durante todo o ano.
O comensalismo entre veados campeiro e as emas (Rhea americana) foi registrado em Goiás
(Rodrigues & Monteiro-Filho 1996), e entre veados campeiro e curicacas (Theristicus caudatus) no Paraná
(Braga & Moura-Britto 1998). Seus principais predadores naturais são a onça-pintada (Panthera onca) e o
puma (Puma concolor), porém o graxaim-do-campo (Pseudalopex gymnocercus), a jaguatirica (Leopardus
pardalis) e o javali (Sus scrofa) podem ser também responsáveis pela mortalidade de recém-nascidos e
animais debilitados (Jackson & Langguth 1987). Registros de predação de veados campeiro por lobo-
guará (Chrysocyon brachyurus) e sucuri (Eunectes murinus), foram obtidos no Parque Nacional das Emas
(Rodrigues 1996, Pereira 2002).

Instituto Chico Mendes de Conservção da Biodiversidade


Veado-campeiro – Ozotoceros bezoarticus pág. 9

No Cerrado brasileiro, áreas de uso de 5,9 km2 a 175,2 km2 foram encontradas para a espécie, variando
com sexo, disponibilidade de alimentos, área estudada e métodos de estimativa (Leeuwenberg et al. 1997,
Rodrigues 1997). Segundo Rodrigues & Monteiro-Filho (1996) cada veado-campeiro sobrepõe no mínimo
80% de sua área de vida com a de outros indivíduos, facilitando a divisão dos recursos disponíveis como
água e alimento, de maneira que áreas com poucos recursos, ou onde os recursos não são uniformemente
distribuídos, possam abrigar grandes populações destes animais.
A capacidade de deslocamento diário do veado-campeiro varia entre 0,7 e 3,4 km (Leeuwenberg et
al. 1997). O período de maior atividade é à noite, mas durante o dia é possível observá-lo em locais onde
não sofre perseguição. Quando percebe algo perigoso, fica com a cabeça erguida, orelhas em pé e imóvel,
pronto para disparar em grande corrida. Mesmo quando em abundância, os veados campeiro vivem em
pequenos grupos que raramente excedem cinco ou seis indivíduos (Cabrera & Yepes 1940). Tais grupos
estão intimamente relacionados com as características do ambiente e surgem em função dele (Bianchini
& Luna-Perez 1972), porém não são fixos, formando-se e se desfazendo continuamente (Rodrigues &
Monteiro-Filho 1996), com indivíduos transitando livremente entre um grupo e outro (Rodrigues 1996).
A espécie é pouco gregária e a predominância de pequenos grupos pode estar relacionada à instabilidade
social, associada a uma baixa densidade populacional (Netto et al. 2000).

Ameaças
• A perda de habitat devido à ação antrópica, por expansão populacional e exploração agropecuária
(Jackson & Giulietti 1988) é um dos principais fatores responsáveis pela diminuição e fragmentação
das populações desta espécie. Segundo Weber & Gonzalez (2003), as principais razões da
fragmentação das populações de veado-campeiro são o uso extensivo de áreas para a pecuária e
agricultura (principalmente soja e cana-de-açúcar), e projetos florestais como explorações de pinus
e eucalipto. Muitos autores sugerem que a intensificação do uso da terra afeta negativamente a
presença e a abundância dos veados campeiro (Demaria et al. 2003, Pereira et al. 2006). Dellafiore
et al. (2001) observaram que a porcentagem de cultivos ou pastagens exóticas, densidade de
rebanhos domésticos e subdivisões internas das propriedades estão inversamente relacionadas à
densidade de veados campeiro.
• A caça é outro fator de pressão que incide sobre esta espécie, tanto no que se refere à modalidade
esportiva quanto de subsistência, e ainda o abate de animais devido aos aspectos culturais que
associam partes do corpo da espécie a propriedades curativas. Fatores que tornam o veado-
campeiro particularmente suscetível à caça são o seu padrão de atividades basicamente diurno,
os ambientes abertos ocupados pela espécie e a facilidade de aproximação dos animais.
Somente algumas populações muito perseguidas se tornam arredias, mas na maioria delas uma
movimentação cautelosa em direção aos animais permite uma aproximação de 10 a 30 metros
com certa facilidade.
• A transmissão de doenças por ungulados domésticos é outro fator que afeta as populações de
veados campeiro. A espécie também é vulnerável a enfermidades parasitárias e/ou infecto
contagiosas como: dípteros (Lipoptena spp.), larvas (Miasis forunculoide, Dermatobia hominis),
carrapatos (Ixodes spp., Amblyoma spp. e Boophilus microplus); Hemoparasitas (Neopora sp.,
Babesia sp. e Anaplasma sp.) endoparasitas (Moniezia expansa, Paramphistomun spp, Haemonchus
spp, Trchostrongylus spp); e ainda são susceptíveis à Leptospirose, Toxoplasmose, Babesiose, entre
outras (Mathias et al. 1999, Bechara et al. 2000, Pereira et al. 2000, Duarte et al. 2001, Ferreira et
al. 1997, Tiemann et al. 2005, Araújo Júnior et al. 2010, Gennari et al. 2010, Hoppe & Nascimento
2010, Szabó & Labruna 2010, Uhart et al. 2010).
• A criação de ovelhas é apontada como um dos fatores negativos que atuam sobre a espécie, seja
por competição pela alimentação (Gonzalez 1997, Cosse 2001) ou por transmissão de doenças
(Jackson et al. 1980). Segundo Cosse (2001), os veados campeiro são mais restritivos à presença
de ovinos, provavelmente devido a um grau de competição importante, determinado pelas
similaridades em relação ao tamanho corporal e estratégia alimentar de ambas as espécies. Já
rebanhos bovinos parecem limitar menos a presença da espécie, sendo tolerada em algumas
regiões. A pressão de competição ocasionada pela presença de outros ungulados determina que
os distintos grupos se concentrem em áreas onde os competidores e eventuais predadores não
sejam frequentes (Bianchini & Luna-Perez 1972).

Biodiversidade Brasileira (2012) Ano II, Nº 1, 3-11


pág. 10 Número Temático: Avaliação do Estado de Conservação dos Ungulados

Ações de conservação existentes


A espécie conta com plano de conservação no Estado do Paraná.

Presença em unidades de conservação


A Tabela 1 apresenta uma relação de unidades de conservação (UCs) com presença potencial de
veado-campeiro. Uma vez que o desconhecimento sobre a presença de espécies em UCs do Cerrado é
grande, a tabela em Excel anexa apresenta os resultados de uma consulta aos gestores destas UCs, realizada
após a Oficina, sobre a presença da espécie, sem que tenha havido uma confirmação posterior.

Tabela 1 – Relação das áreas protegidas dentro da região de ocorrência do veado-campeiro.


Nome Área (ha) Localização Vegetação Ameaças

Parque Nacional de Floresta Higrófila Subtropical e


28.155 Região sudeste do Brasil Queimadas e extração de palmito
Itatiaia campos de altitude

Parque Nacional Nordeste do Rio Grande Floresta pluvial Atlântica, floresta Caça, retirada de madeira e plantio
13.058
Aparados da Serra do Sul de araucária e campos de bananeira nas encostas

Parque Nacional Cerrado: campo, campo rupestre, Garimpo de diamante, caça, entrada
152.575 Centro do estado da Bahia
Chapada Diamantina matas e capões do gado e incêndios

Loteamentos, garimpo de ouro,


Cerrado: cerradão, mata
Parque Nacional da Região central do estado do pecuária, drenagens de veredas,
32.778 semidecídua, cerrado, campo sujo,
Chapada dos Guimarães Mato Grosso barramento dos leitos dos córregos,
campo cerrado e campo rupestre
coleta de plantas

Cerrado: campos limpos, campos


Parque Nacional da Queimadas, caça predatória,
65.035 Nordeste do estado de Goiás sujos e veredas acompanhadas de
Chapada dos Veadeiros extração ilegal de madeira e mineral
matas ciliares

Cerrado: campos rupestres,


Parque Nacional da Serra Região sudoeste do estado de Garimpo, queimadas e extração de
198.378 pequena parcela de mata ciliar e
da Canastra Minas Gerais caulim
manchas de campo-cerrado

Parque Nacional da Serra


92.228 Sudeste do estado do Piauí Caatinga Invasões, caça e queimadas
da Capivara

Área central do estado de


Parque Nacional da Serra Cerrado: campos cerrado, campos Entrada de gado, extrativismo
31.734 Minas Gerais, na parte sul da
do Cipó de altitude e matas de galeria mineral, fogo e garimpo de cristais
Cadeia do Espinhaço

Várias fisionomias do bioma


Parque Nacional das Cerrado como: mata ciliar, vereda, Queimadas e degradação do entorno
133.064 Sudeste do estado de Goiás
Emas cerradão, campo rupestre, campo (agrotóxico)
cerrado, campo limpo e sujo

Degradação do entorno, caça


Parque Nacional de
31.892 Nordeste do Distrito Federal Cerrado queimadas e presença de animais
Brasília
domésticos “ferais”

Divisa do estado de Minas Floresta tropical pluvial, campos de


Parque Nacional de
31.853 Gerais com o estado do altitude, campos limpos incrustados Queimadas e entrada de gado
Caparaó
Espírito Santo entre os afloramentos rochosos

Terço norte da Ilha do Transição entre o Cerrado, Invasões para criação de gado e
Parque Nacional do
557.714 Bananal, sudoeste do estado predominando os campos e a caça, queimadas, e o relacionamento
Araguaia
do Tocantins Floresta Amazônica conflitante com os índios

Área de contato entre as regiões


Parque Nacional do Extremo sudoeste do estado
136.047 fitoecológica do Cerrado e da Caça e queimadas
Pantanal Matogrossense do Mato Grosso
Floresta Estacional Semidecídua

Parque Nacional Grande Várias fisionomias do bioma Caça, presença de carvoarias e


231.675 No estado de Minas Gerais
Sertão Veredas Cerrado em terreno arenoso queimadas

Parque Nacional Serra


526.109 No estado do Piauí Caatinga Entrada de gado e queimada
das Confusões

Instituto Chico Mendes de Conservção da Biodiversidade


Veado-campeiro – Ozotoceros bezoarticus pág. 11

Necessidade de ações para conservação da espécie


• Incentivo à criação de novas unidades de conservação, sejam públicas ou privadas (Reservas
Particulares do Patrimônio Natural), em áreas de atual ocorrência de populações remanescentes,
priorizando aquelas regiões onde inexistam populações da espécie em unidades de conservação
já decretadas.
• Incentivo financeiro a estudos e projetos com a espécie O. bezoarticus no Brasil através de
financiamentos diretos ou indiretos (compensação ambiental, editais, processos de licenciamento).
• Criação do Comitê para Conservação dos Cervídeos Brasileiros.
• Desenvolvimento de programas de ecoturismo e/ou turismo rural nas propriedades privadas
onde a espécie ocorre. Por tratar-se de uma espécie de fácil observação, áreas onde a espécie é
comumente observada poderiam ser utilizadas para a realização de “safaris fotográficos” associado
ao repasse de informações de conservação e curiosidades sobre a espécie.
• Combate à presença de animais domésticos dentro de unidades de conservação, e controle
populacional, pricipalmente de cães, e sanitário nos centros urbanos e áreas rurais no entorno ou
perto destas áreas protegidas.
• Frente ao risco de extinção local, intensificar a fiscalização para coibir a caça na região dos Campos
Gerais do Paraná.
• Incentivar o estabelecimento de instituições mantenedoras, a partir da identificação de animais em
cativeiro.
• Elaborar um protocolo de manejo em cativeiro (recinto, alimentação, profilaxia, marcação, etc.).
• Elaborar o livro de registro genealógico da espécie e a indicação do “studbook kepeer”.
• Agilizar a transferência de espécimes, conforme determinação sugestão do comitê (“studbook
kepeer”).
• Elaboração de um protocolo de reintrodução para o veado-campeiro.

Pesquisas necessárias
• Investigação sobre a ocorrência de novas populações da espécie ao longo de sua área de
distribuição no País.
• Caracterização genética das populações existentes.
• Estudo da população disjunta da Ilha de Marajó.
• Realização de estimativas populacionais periódicas para conhecimento da dinâmica das populações.
• Avaliação de fatores impactantes como: condição sanitária, caça, espécies domésticas/exóticas e
outros, mapeando estes fatores e estabelecendo medidas para seu controle e mitigação.
• Conhecer aspectos básicos da ecologia de Ozotoceros bezoarticus, como área de vida, uso do
habitat, dieta, estrutura social.
• Identificação de padrões e características de uso do ambiente em propriedades privadas com
diferentes tipos de exploração e produção, visando a melhoria das condições para a manutenção
da espécie, e a identificação de modelos que conciliem conservação de espécies e produção
econômica (especialmente para as populações remanescentes em áreas produtivas).
• Confirmação da existência da espécie na Estação Ecológica de Santa Bárbara, SP; Coxilha Rica,
SC; Serra do Ibitipoca, MG; Agua Doce, SC; Vilhena, RO; São Francisco de Paula, RS; Banhado
do Taim, RS.
• Monitoramento intensivo de populações reduzidas (abaixo de 100 indivíduos), se possível por
rádio-telemetria (amostra representativa).

Biodiversidade Brasileira (2012) Ano II, Nº 1, 3-11


pág. 12 Número Temático: Avaliação do Estado de Conservação dos Ungulados

Referências Bibliográficas
Araújo Júnior, J.P.; Nogueira, M.F.; Cruz, T.F. & Haigh, J.C. 2010. Viral Diseases. p. 330-341. In: Duarte, J.M.B. &
Gonzalez, S. (eds.). Neotropical Cervidology, Biology and Medicine of Latin American Deer. Funep/IUCN.
393p.
Arita, G.M.M.; Morato, R.G.M. & Duarte, J.M.B. Língua Azul e/ou Doença Epizoótica Hemorrágica p.1-21. In: Duarte,
J.M.B. (ed.). Biologia e Conservação de Cervídeos Sul-Americanos: Blastocerus, Ozotoceros e Mazama.
FUNEP. 238p.
Bechara, G.H.; Szabó, M.P.J.; Duarte, J.M.B.; Matushima, E.R.; Pereira, M.C.; Rechav, Y.; Keirans, J. & Fielden, L.
2000. Ticks associated with wild animals in the Nhecolândia Pantanal, Brazil. Annals of the New York Academy of
Sciences 916: 289-297.
Beisiegel B.M. 2012. Apresentação do número temático Avaliação do estado de conservação dos Ungulados.
Biodiversidade Brasileira, 3: 1.
Bianchini, J.J. & Luna-Perez, J.C. 1972. Informe sobre la situacion del ciervo de las pampas - Ozotoceros bezoarticus
celer Cabrera, 1943 - en la provincia de Buenos Aires. Acta Zoologica Lilloana 29: 149-157.
Braga, F.G. 2004. Influência da agricultura na distribuição espacial de Ozotoceros bezoarticus (Linnaeus,
1758) (veado-campeiro), em Piraí do Sul, Paraná - parâmetros populacionais e uso do ambiente. Dissertação
(Mestrado em Ecologia). Universidade Federal do Paraná. 61p.
Braga, F.G. & Kunyioshi, Y.S. 2010. Estimativas de parâmetros populacionais e demográficos de Ozotoceros bezoarticus
(Artiodactyla, Cervidae) em Piraí do Sul, Paraná, sul do Brasil. Iheringia Zoologia, 100 (2): 105-110.
Braga, F.G. & Moura-Britto, M. 1998. Relação comensalística entre veados-campeiros, Ozotoceros bezoarticus
(Artiodactyla: Cervidae) e curicacas, Theristicus caudatus (Aves: Therskiornithidae), no município da Lapa, Paraná,
Brasil. Resumo 95. In: XXIII Jornadas Argentinas de Mastozoologia. Anais do... Mastozoologia. Sociedade Brasileira
de Mastozoologia.
Braga, F.G.; Margarido, T.C.C. & Costa, L.C.M. 2005. Depredación de venados de campo Ozotoceros bezoarticus (L.,
1758) por Puma Puma concolor (L., 1771) en el estado de Paraná. Deer Specialist Group Newsletter 20:3-4.
Braga, F.G.; Moura-Britto, M. & Margarido, T.C.C. 2000. Estudo de uma população relictual de veado-campeiro,
Ozotoceros bezoarticus (Linnaeus) (Artiodactyla: Cervidae) no município da Lapa, Paraná, Brasil. Revista Brasileira
de Zoologia 17(1): 175-181.
Bubenik, G.A. & Bubenik, A.B. 1987. Recent advances in studies of antler development and neuroendocrine regulation
of the antler cycle. p. 99-109. In: Wemmer, C.M. (ed.). Biology and management of the Cervidae. Smithsonian
Institution Press. 577p.
Cabrera, A. 1943. Sobre la sistematica del venado y su variacion individual y geografica. Revista do Museu de La
Plata 3: 5-41.
Cabrera, A. & Yepes, J. 1940. Mamíferos Sud-americanos (vidas, costumbres y descripción). Companhia de
Editores: Buenos Aires. 370 p.
Christofolletti, M.D. 2009. Perfil das progestinas fecais durante a gestação de veado-campeiro (Ozotoceros
bezoarticus) no pantanal. Dissertação (Mestrado em Ecologia). Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho”. 58p.
CITES (Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Flora and Fauna). 2010. Appendices I,II and
III. Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Flora and Fauna http://www.cites.org/
eng/app/Appendices-E.pdf. Acessado em 13 de outubro de 2010.
Cosse, M. 2001. Dieta y solapamiento de la población de venado de campo “Los Ajos”, (L. 1758)
(ARTIODACTYLA: CERVIDAE). Dissertação (Maestria en Zoologia). Faculdad de Ciências, Montevideo, Uruguay.
Dellafiore, C.M.; Demaria, M.R.; Maceira, N.O. & Bucher, E. 2001. Estúdio de la distribución y abundancia del venado de lãs
pampas em la província de San Luis, mediante entrevistas. Revista Argentina de Producción Animal 21: 137-144.
Demaria, M.R.; Mcshea, W.J.; Koy, K. & Maceira, N.O. 2003. Pampas deer conservation with respect to habitat loss and
protected área considerations in San Luis, Argentina. Biological Conservation 115: 121-130.
Deutsch, L.A. & Puglia, L.R.R. 1988. Os animais silvestres- proteção, doenças e manejo. Globo: Rio de Janeiro,
RJ. 191p.
Duarte, J.M.B. 1996. Guia de identificação de cervídeos brasileiros. 1. ed. FUNEP. 14 p.
Duarte, J.M.B. & Garcia, J.M. 1995. Reprodução assistida em Cervidae brasileiros. Revista Brasileira de Reprodução
Animal 19(1-2): 111-121.

Instituto Chico Mendes de Conservção da Biodiversidade


Veado-campeiro – Ozotoceros bezoarticus pág. 13

Duarte, J.M.B. & Garcia, J.M. 1997. Tecnologia da reprodução para propagação e conservação de espécies ameaçadas
de extinção. p.228-238. In: Duarte, J.M.B. (ed.). Biologia e Conservação de Cervídeos Sul-Americanos:
Blastocerus, Ozotoceros e Mazama. FUNEP. 238p.
Duarte, J.M.B.; Merino, M.L.; Gonzáles, S.; Nunes, A.L.V.; Garcia, J.M.; Szabó, M.P.J.; Pandolfi, J.R.; Arantes, I.G.;
Nascimento, A.A.; Machado, R.Z.; Araújo Jr., J.P.; Catão-Dias, J.L.; Werther, K.; Garcia, J.E.; Gírio, R.J.S. & Matushima,
E.R. 2001. Order Artiodactyla family Cervidae (deer). p. 402–422. In: Fowler, M.E. & Cubas, Z.S. (eds.). Biology,
Medicine, and Surgery of South American Wild Animals. Iowa State University Press. 536p.
Duarte, J.M.B. 2007. Artiodactyla – Cervidae (veado-catingueiro, veado-campeiro, cervo-do-pantanal). p. 641-664. In:
Cubas, Z.S.; Silva, J.C.R. & Catão-Dias, J.L. Tratado de Animais Selvagens: Medicina Veterinária. Editora Roca.
1354p.
Ferreira, R.A.; Mineo, J.R.; Duarte, J.M.B.; Silva, D.A.O. & Patarroyo, J.H. 1997. Toxoplasmosis In Naturaly Infected
Deer From Brazil. Journal of wildlife Diseases. 33(4): 896-899.
Fontana, C.S.; Bencke, G.A. & Reis, R.E. 2003. Livro vermelho da fauna ameaçada de extinção no Rio Grande
do Sul. EDIPUCRS. 632p.
Gennari, S.M.; Nishi, S.Y.; Soares, R.M. & Machado, R. Z. 2010. Protozoan Diseases. p. 363-375. In: Duarte, J.M.B. &
Gonzalez, S. (eds.). Neotropical Cervidology, Biology and Medicine of Latin American Deer. Funep/IUCN.
393p.
Gimenez-Dixon, M. 1986. Ozotoceros bezoarticus. Red Data Book. IUCN, Switzerland. 316p.
Gonzales-Sierra, U.T. 1985. Venado de campo- Ozotoceros bezoarticus- en semi cautividad. Comunicaciones de
estudios de comportamiento en la Estacion de cria de fauna autoctona de Piriapolis: 1 (1): 1-21.
Gonzalez, S. 1994. Situacion poblacional del venado de Campo en el Uruguay. p. 1-9. In: Gonzalez, S. (ed.). Pampas
Deer Population e Habitat Viability Assessment. Workshop Briefing Book. Ed. CBSG/IUCN.
Gonzalez, S. 1997. Estudio de la variabilidad morfologica, genetica y molecular de poblaciones relictuales
de Venado de campo (Ozotoceros bezoarticus L. 1758) y sus consecuencias para la conservacion. Tesis
(Doutorado em Zoologia). Faculdad de Ciencias, Montevideo, Uruguay.
Gonzalez, S. & Merino, M.L. 2008. Ozotoceros bezoarticus. In: IUCN (International Union for Conservation of Nature).
2010. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2010.3. International Union for Conservation of Nature
<www.iucnredlist.org>. Acessado em 13 de outubro de 2010.
Gonzalez, S.; Álvarez-Valin, F. & Maldonado, J.E. 2002. Morphometric differentiation of endangered pampas deer
(Ozotoceros bezoarticus), with description of new subspecies from Uruguay. Journal of mammalogy 83(4): 1127-1140.
Gonzalez, S.; Cosse, M.; Braga, F.G.; Vila, A.R.; Merino, M.L.; Dellafiore, C.; Cartes, J.L.; Maffei, L. & Dixon, M.G. 2010.
Pampas deer Ozotoceros bezoarticus Linnaeus1758. p. 119-132. In: Duarte, J.M.B. & Gonzalez, S. (eds.). Neotropical
Cervidology, Biology and Medicine of Latin American Deer. Funep/IUCN. 393p.
Haigh, J.C. & Hudson, R.J. 1993. Farming wapiti and red deer. Mosby: St. Luis. 369p.
Hoppe, E.G.L. & Nascimento, A.A. 2010. Helminthic diseases. p. 376-382. In: Duarte, J.M.B. & Gonzalez, S. (eds.).
Neotropical Cervidology, Biology and Medicine of Latin American Deer. Funep/IUCN. 393p.
IGNIS – Planejamento e In-formação ambiental. Lista das espécies da fauna ameaçacadas de extinção em Santa
Catarina. IGNIS. <http://ignis.org.br/lista/>. Acessado em 19 de janeiro de 2011.
Instituto Ambiental do Paraná, 2010. Mamíferos ameaçados do Paraná. SEMA/IAP. 93p.
IUCN (International Union for Conservation of Nature). 2001. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2010.2.
International Union for Conservation of Nature <www.iucnredlist.org>. Acessado em 4 de outubro de 2010.
Jackson, J. 1985. Behavioural observations on the argentine Pampas deer (Ozotoceros bezoarticus celer, Cabrera 1943).
Zeitschrift für Saügetierkunde 50: 107-116.
Jackson, J.E. & Giulietti, J.D. 1988. The food habitats of Pampas Deer Ozotoceros bezoarticus celer in relation to its
conservationin a relict natural grassland in Argentina. Biological Conservation 45: 1-10.
Jackson, J.E. & Langguth, A. 1987. Ecology and Status of Pampas Deer in the Argentinian Pampas and Uruguay. p. 402-
410. In: Wemmer, C.M. (ed.). Biology and management of the Cervidae. Smithsonian Institution Press. 577p.
Jackson, J.; Landa, P. & Langguth, A. 1980. Pampas deer in Uruguay. Oryx 15: 267-272.
Langguth, A. & Jackson, J. 1980. Cutaneous scent glands in pampas deer Blastocerus bezoarticus. Zeitschrift für.
Saügetierkunde 45: 82-90.
Leeuwenberg, F. & Lara-Resende, S. 1994. Ecologia de cervídeos na reserva ecológica do IBGE-DF: manejo e densidade
de populações. Caderno de Geociências 11:89-95.

Biodiversidade Brasileira (2012) Ano II, Nº 1, 3-11


pág. 14 Número Temático: Avaliação do Estado de Conservação dos Ungulados

Leeuwenberg, F.; Lara-Resende, S.; Rodrigues, F.H. G. & Bizerril, M.X.A. 1997. Home range, activity and habitat use of the
pampas deer Ozotoceros bezoarticus L., 1758 (Artiodactyla: Cervidae) in the Brasilian cerrado. Mammalia 61 (4): 487-495.
Machado, A.B.M.; Fonseca, G.A.B.; Machado, R.B.; Aguiar, L.M.S. & Lins, L.V. 1998. Livro vermelho das espécies
ameaçadas de extinção da fauna de Minas Gerais. Fundação Biodiversitas. 608p.
Mathias, L.A.; Girio, R.J.S. & Duarte, J.M.B. 1999. Serosurvey For Antibodies Against Brucella Abortus And Leptospira
Interrogans In Pampas Deer From Brazil. Journal of Wildlife Diseases 35(1):112-114.
Mazzolli, M. & Benedet, R.C. 2009. Registro recente, redução de distribuição e atuais ameaças ao veado campeiro
Ozotoceros bezoarticus (Mammalia, Cervidae) no Estado de Santa Catarina, Brasil. Biotemas 22(2): 137-142.
Merino, M.L.; Gonzales, S.; Leeuwenberg, F.; Rodrigues, F.H.G.; Pinder, L. & Tomas, W.M. 1997. Veado-campeiro
(Ozotoceros bezoarticus). p. 42-58. In: Duarte, J.M.B. (ed.). Biologia e Conservação de Cervídeos Sul-Americanos:
Blastocerus, Ozotoceros e Mazama. FUNEP. 238p.
Miranda-Ribeiro, A. de. 1919. A fauna vertebrada da ilha da Trindade. Arquivos do Museu Nacional Rio de Janeiro
22: 171-193.
Miranda, J.M.D.; Moro-Rios, R.F. & Passos, F.C. 2008. Contribuição ao conhecimento dos mamíferos dos Campos de
Palmas, Paraná, Brasil. Biotemas 21(2): 97-103.
MMA (Ministério do Meio Ambiente). 2003. Lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção. Instrução
Normativa n° 3 de 27 de maio de 2003. Diário Oficial da União, Seção 1, n° 101, 28/05/2003: 88-97.
Montassier, H.J.; Pandolfi, J.R.; Araújo Júnior, J.P. & Duarte, J.M.B. 2001. Língua azul (LA) e Doença Hemorrágica
Epizoótica dos Cervídeos (DHEC) em cervos-do-pantanal (Blastocerus dichotomus): estudo sorológico e identificação
viral. In: Duarte, J.M.B. (ed.). O Cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) de Porto Primavera: Resultado
de dois anos de pesquisa. Relatório técnico. FUNEP/CESP: CD ROM.
Mourão, G.M.; Coutinho, M.; Mauro, R.; Campos, Z.; Tomas, W.M. & Magnusson, W.E. 2000. Aerial surveys of caiman,
marsh deer and pampas deer in the Pantanal wetland of Brazil. Biological Conservation, 92:175-183.
Netto, N.T.; Coutinho-Netto, C.R.M.; Costa, M.J.R.P. & Bom, R. (2000). Grouping Patterns os Pampas Deer (Ozotoceros
bezoarticus) in the Emas National Park, Brazil. Revista de Etologia 2 (2): 85-94.
Pereira, M.C.; Szabó, M.P.J.; Bechara, G.H.; Matushima, E.R.; Duarte, J.M.B.; Rechav, Y.; Fielden, L. & Keirans, J. 2000.
Ticks (Acari; Ixodidae) associated with wild animals in the Pantanal region of Brazil. Journal of Medical Entomology,
37(6): 979-983.
Pereira, R.J.G. 2002. Monitoramento da atividade reprodutiva anual dos machos de veado-campeiro
(Ozotoceros bezoarticus) em cerrado do Brasil Central. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária).
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. 92p.
Pereira, R.J.G.; Duarte, J.M.B. & Negrão, J.A. 2005. Seasonal changes in fecal testosterone concentrations and their
relationship to the reproductive behavior, antler cycle and grouping patterns in free-ranging male Pampas deer (Ozotoceros
bezoarticus bezoarticus). Theriogenology, 63: 2113–2125.
Pereira, R.J.G.; Duarte, J.M.B. & Negrão, J.A. 2006. Effects of environmental conditions, human activity, reproduction,
antler cycle and grouping on fecal glucocorticoids of free-ranging Pampas deer stags (Ozotoceros bezoarticus bezoarticus).
Hormones and Behavior, 49: 114–122.
Peres, M.B.; Vercillo, U.E. & Dias, B.F.S. 2011. Avaliação do Estado de Conservação da Fauna Brasileira e a Lista de
Espécies Ameaçadas: o que significa, qual sua importância, como fazer? Biodiversidade Brasileira, 1: 45-48.
Pinder, L. 1992. Comportamento social e reprodutivo dos veados campeiro e catingueiro. p. 167-173. In: X Congresso
de Etologia. Anais do... Etologia. Sociedade Brasileira de Etologia.
Pinder, L. 1994. Status of Pampas deer in Brazil. p. 157-162. In: González, S.; Merino, M.; Gimenez-Dixon, M.; Ellis,
S. & Seal, U.S. (orgs.). Population and Habitat Viability Assessment for the Pampas Deer (Ozotoceros
bezoarticus). Report CBSG/IUCN. 171p.
Redford, K.H. 1987. The Pampas deer (Ozotoceros bezoarticus) in Central Brasil. p. 410-414. In: Wemmer, C.M. (ed.).
Biology and management of the Cervidae. Smithsonian Institution Press. 577p.
Rodrigues, F.H.G. 1996. História natural e biologia comportamental do Veado-campeiro no Parque Nacional das Emas.
p. 223-231. In: XIV Encontro Anual de Etologia. Anais do... Etologia. Sociedade Brasileira de Etologia.
Rodrigues, F.H.G. 1997. História Natural e biologia comportamental de veado-campeiro (Ozotoceros
bezoarticus) no cerrado do Brasil central. Dissertação (Mestrado em Ecologia). Universidade Estadual de
Campinas. 89p.
Rodrigues, F.H.G. & Monteiro-Filho, E.L.A. 1996. Comensalistic relation between pampas deer, Ozotoceros bezoarticus
(Mammalia: Cervidae) and rheas Rhea americana (Aves: Rheidae). Brenesia, 45-46: 187-188.

Instituto Chico Mendes de Conservção da Biodiversidade


Veado-campeiro – Ozotoceros bezoarticus pág. 15

Rodrigues, F.H.G. & Monteiro-Filho, E.L.A. 1999. Feeding behavior of the Pampas Deer: a grazer or a browser? Deer
Specialist Group News, 15: 12-13.
Rodrigues, F.H.G. & Monteiro-Filho, E.L.A. 2000. Home-range and activity of pampas deer in a Brazilian cerrado.
Journal of Mammalogy, 81 (4): 374-380.
Rodrigues, F.H.G.; Silveira, L.; Jacomo, A.T. & Monteiro-Filho, E.L.A. 1999. Um Albino parcial de veado-campeiro
(Ozotoceros bezoarticus, L.) no Parque Nacional das Emas, Goiás. Revista Brasileira de Zoologia, 16 (4): 1229-1232.
São Paulo (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. 2010. Decreto Estadual nº 56.031, de 20 de julho de 2010. Declara
as Espécies da Fauna Silvestre Ameaçadas, as Quase Ameaçadas, as Colapsadas, Sobrexplotadas, Ameaçadas de
Sobrexplotação e com dados insuficientes para avaliação no Estado de São Paulo e dá providências correlatas. Diário
Oficial do Estado de São Paulo, Seção 1, n° 136, 21/07/2010:3.
Szabó, M.P.J. & Labruna, M.B. 2010. Deer Ectoparasites. p. 383-386. In: Duarte, J.M.B. & Gonzalez, S. (eds.).
Neotropical Cervidology, Biology and Medicine of Latin American Deer. Funep/IUCN. 393p.
Tiemann, J.C.H.; Souza, S.L.P.; Rodrigues, A.A.R.; Duarte, J.M.B. & Gennari, S.M. 2005. Environmental effect on the
occurrence of anti-Neospora caninum antibodies in pampas deer (Ozotoceros bezoarticus). Veterinary Parasitology,
134: 73-76.
Tomas, W.M. 1988. Nota sobre a troca de galhadas pelo cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) e pelo veado-
campeiro (Ozotoceros bezoarticus). In: XV Congresso Brasileiro de Zoologia. Anais do… Zoologia. 539p. Sociedade
Brasileira de Zoologia.
Tomás, W.M. 1995. Seasonality of antler cycle of pampas deer (Ozotoceros bezoarticus leucogaster) from the Pantanal
wetland, Brazil. Studies on Neotropical Fauna and Environment, 30(4): 221-227.
Tortato, F.R. & Althoff, S.L. 20011. Mammalia, Myrmecophagidae, Myrmecophaga tridactyla (Linnaeus, 1758) and
Cervidae, Ozotoceros bezoarticus (Linnaeus, 1758): Contribution to the knowledge of the historical distribution in Santa
Catarina, southern Brazil. Check List, 7 (2): 146-148.
Uhart, M.M.; Mangini, P.R.; Galvez, C.E.S.; Corti, P.; Milano, F.A.; Jorge, M.C.; Girio, R.J.S.; Mathias, L.A.; Schettino,
A.M.; Catena, M.C.; Terragno, R. & Aprile, G. 2010. Bacterial Diseases. p. 342-362. In: Duarte, J.M.B. & Gonzalez, S.
(eds.). Neotropical Cervidology, Biology and Medicine of Latin American Deer. Funep/IUCN. 393p.
Weber, M. & Gonzalez, S. 2003. Latin American deer diversity and conservation: A review of status and distribution.
Ecoscience, 10 (4): 443-454.

Autores

Duarte, J.M.B., Vogliotti, A., Zanetti, E.S., Oliveira, M.L., Tiepolo, L.M., Rodrigues, L.F. e Almeida, L.B.

Ficha Técnica

Coordenador de táxon: José Maurício Barbanti Duarte


Ponto focal: Beatriz de Mello Beisiegel
Avaliadores: Adriane Aparecida de Morais, Alexandre Vogliotti, Alexine Keuroghlian, Andressa Gatti, Antônio Rossano Mendes
Pontes, Arnaud Léonard Jean Desbiez, Beatriz de Mello Beisiegel, Claudia Bueno de Campos, Cristina Farah de Tófoli, Edsel
Amorim Moraes Junior, Emília Patrícia Medici, Eveline dos Santos Zanetti, Fernanda Cavalcanti de Azevedo, Gabriela Medeiros de
Pinho, Hernani Gomes da Cunha Ramos, José Luís Passos Cordeiro, José Maurício Barbanti Duarte, Kevin Flesher, Lilian Bonjorne
de Almeida, Lilian Figueiredo Rodrigues, Liliani Marilia Tiepolo, Márcio Leite de Oliveira, Paulo Rogerio Mangini, Tarcísio da Silva
Santos Júnior, Ubiratan Piovezan, Vanessa Veltrini Abril
Colaboradores: Tathiana Bagatini, Lilian de Almeida Bonjorne e Francisco Chen de Araújo Braga, Marcos Tortato
Editor: Mônica Brick Peres

Local e data de realização da oficina de avaliação: Iperó, SP, 26 e 27 de novembro de 2010

Foto: José Maurício Barbanti Duarte – Mapa: Rodrigo Ranulpho – Diagramação: Denys Márcio de Sousa

Biodiversidade Brasileira (2012) Ano II, Nº 1, 3-11

Você também pode gostar