Crises Na Vida Do Pastor e Reflexos Na Família
Crises Na Vida Do Pastor e Reflexos Na Família
Crises Na Vida Do Pastor e Reflexos Na Família
Preparado e apresentado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, em alguns encontros de
Ordens de Pastores Batistas. Isaltino faleceu em 1º/10/2013. O pastor Isaltino era filósofo,
psicólogo, teólogo e pastor. Foi o escritor batista com o maior número de livros publicados.
INTRODUÇÃO
Para iniciar esta minha palavra, apresento minhas credenciais. Tenho dois filhos, um
casal. Ele é diácono e ela é crente atuante, de testemunho evangelístico. Ambos têm
cursos seculares, mas fizeram disciplinas avulsas na Faculdade Teológica Batista de
Campinas. Ele ainda fez uma, na Faculdade Batista de Teologia do Amazonas. Minha
esposa, após 37 anos de casados, ainda anota meus sermões. Registra todos os esboços
em sua Bíblia. Costumo dizer que sua Bíblia tem mais palavras de Isaltino que palavra de
Deus. Ela me leva a sério.
Não sou melhor nem pior que outros pastores. Apenas quero ressaltar que o quesito
família deu certo em minha vida. As pessoas mais próximas de mim, que partilham de
intimidade, creem no que prego. Carrego como condecoração a apresentação que meu
filho fez quando preguei na igreja em que ele era vice-presidente: “Vai pregar o meu pai.
Meu pai é um homem da Bíblia. Ele vive o que prega e prega o que vive”. Quem me
conhece intimamente sabe quem sou eu e me admira e respeita. Isto me basta. Minha
família sabe que vivo minha fé e vivo o ministério pastoral. Vou falar com coração. E
convicção.
Mas como pastor, tive crises de pensar em abandonar o ministério. Tive crises
doutrinárias, denominacionais e de fé. Quem as nunca teve, receba meus sinceros
parabéns, sem ironia. Quem as teve sabe do que falo. Nós, que tivemos e temos crises,
não somos inferiores aos que nunca tiveram e não as têm. Mas esta não é a questão
fundamental. A questão é: como manter a família imune aos efeitos de nossas crises ou
como minimizar esses efeitos? Vamos caminhar por aqui. Dividi esta palestra da seguinte
maneira: (1) Os diferentes tipos de crise; (2) Porque elas surgem; (3) Como tratar as
nossas crises; (4) Como proteger a família; (5) Questões práticas; Conclusão.
Comecemos, então, pelos diferentes tipos de crise que enfrentamos.
Alisto quatro tipos de crises, que me parecem ser as mais comuns no ministério pastoral.
Se há uma lição que aprendi e que posso repartir é esta: não se precipite nem tome
decisões no calor da frustração. Saiba esperar. Nós, pastores, nem sempre sabemos
esperar. Queremos resultados imediatos, queremos sucesso em nosso trabalho. Desejar
sucesso no trabalho é algo justo, ainda mais quando se tem a convicção de que o que está
se fazendo é um trabalho para Deus. O problema é muitas vezes ouvimos relatos
triunfalistas e nos frustramos se não temos relatos semelhantes. Nossas ovelhas ouvem
tais relatos e nos cobram o mesmo sucesso. Então vem a pergunta: “Por que não
acontece assim comigo? Acho que não sou do ramo!”.
Como caí nesta esparrela de me comparar com alguém? Recordo-me que quando eu
estava com 26 anos, no meu quarto ano de ministério, que um colega, entrando meu
gabinete, vendo a mesa, os livros, o lugar de trabalho, me disse: “Então, este é o lugar das
grandes batalhas com Deus!”. Fiquei sem saber o que dizer. Na realidade, nunca tive
grandes batalhas com Deus. Sou mais Samuel (“Fala, pois o teu servo está escutando!” –
1SM 3.10, LH) que Jeremias (“Ó SENHOR Deus, tu me enganaste, e eu fiquei enganado.
Tu és mais forte do que eu e me dominaste. Todos zombam de mim, caçoando o dia
inteiro” – Jr 20.7-9, LH) e Jonas, com sua briga com Deus. O colega tinha batalhas com
Deus, e eu não. Não éramos um melhor ou pior que o outro, mas apenas éramos de
temperamentos diferentes. Com 26 anos eu entendia isto, e com 50 desaprendi! É que
emoções não se racionalizam. Elas vêm e nos derrubam. Cuidado com elas!
(4) O quarto tipo de crise são as familiares. Somos humanos. Somos gente como
qualquer um. Queremos amor, queremos respeito, ansiamos por um lar em que nos
sintamos bem. Ouvimos queixas da igreja e aí vamos para casa de cabeça cheia,
querendo um buraco para nos escondermos do mundo. Então, lá chegando, ouvimos
queixas dos filhos e da esposa. Com honestidade, diante de Deus: minha esposa e meus
filhos são admiráveis e nunca me criaram dificuldades. Tiraram-me, muitas vezes, como
instrumentos de Deus, do fundo do poço. Mas sei de colegas, que me abrem o coração,
que nem sempre isto é experimentado por eles. Diziam os ingleses que “o lar de um
homem é seu castelo”. O meu sempre foi, graças a Deus e à excepcional figura de Meacir
Carolina. Como eu disse na dedicatória que lhe fiz em meu comentário sobre Atos, é “a
mais extraordinária pessoa que conheci”. Mas há momentos em que o pastor chega em
casa e não tem apoio. Há lares pastorais em conflitos, e, seja quem for que esteja errado,
isto o desestrutura. Antes de dar mais bordoada no coitado, que ajuda podemos lhe dar?
Que podem as igrejas e as ordens fazer, além de demitir do pastorado e o coitado ser mal
visto na Ordem?
A alternativa que eu apontaria aqui é esta: não despejar nossas frustrações em casa nem
esperarmos ter em casa o reconhecimento que queremos da igreja. São esferas
diferentes, analisadas por perspectivas diferentes. Devemos entender que as decepções
com a igreja ou denominação não devem ser transferidas para casa, de maneira nenhuma.
Lembremos que nossa casa é nossa local de retempero, é o nosso hospital emocional, é o
nosso lugar de consolo. Nossa esposa é nossa amiga e não a rival da igreja, nem um
estorvo em nossa função. É a mulher que Deus nos deu. E os filhos são herança do
Senhor, como diz o Salmo 127.3. É sempre necessário dar mais amor à família que ao
rebanho. E sobre isto falo um pouco mais à frente.
Aponto quatro razões, dentre muitas, pelas quais nossas crises surgem.
(2) A segunda razão é um elevado nível de expectativas que o obreiro cria para si e
para seu ministério. No início de meu ministério, eu esperava que houvesse decisões e
mais decisões, conversões aos montes, e pensava em organizar três ou quatro igrejas em
curto espaço de tempo. Lia relatos mirabolantes de pastorados alheios, e pensava que
aquilo também aconteceria comigo. Era bastante ingênuo na casa dos vinte anos e cria em
tudo que ouvia; hoje dou grande desconto ao que ouço e compro a prazo. E descobri que
há obreiros que exageram em seus relatos. Mas quando não acontecia comigo o
mirabolante acontecimento alheio, eu me inquietava. Mas eu também esperava mais da
igreja. Idealizava uma igreja num nível impossível de acontecer: todos santos, todos
evangelistas, todos dizimistas, todos consagrados, todos me hipotecando apoio irrestrito.
Na realidade, ainda me frustro com as respostas lentas e com o fato de as coisas não
andarem no ritmo que eu gostaria que andassem. Estas expectativas que não se
concretizam acabam produzindo uma crise enorme, que traz profundo desconforto e
insegurança.
(3) A terceira razão é um elevado nível de cobrança. Eu me cobrava muito. Ficava
arrasado quando pregava mal (ainda acontece isto, então vejam que sempre fico arrasado
quando prego) e deprimia-me quando alguma coisa falhava. Por exemplo, se aconselhava
um casal e ele se divorciava, eu entrava em parafuso. Onde foi que eu falhara? Que
poderia ter feito melhor? Como outros pastores “consertavam” casamentos e eu não
conseguia? Via estes insucessos como derrota pessoal e me sentia indigno da vocação.
Custei a parar de me cobrar nos insucessos.
É um problema muito sério quando o pastor se identifica tanto com seu ministério que vê
as coisas que deram erradas como culpa sua. Ele não dissocia o rumo das coisas da sua
pessoa. E tão ruim quanto isso é quando ele vê as coisas que deram certas como se
fossem mérito seu. No primeiro caso, ele se deprime. Deixa de confiar na graça. No
segundo caso, ele se ensoberbece. Assume como sua a glória que é exclusivamente de
Deus. Em ambas as circunstâncias, ele deixou de ver a obra como sendo de Deus e
passou a vê-la como sua. É bom sempre ter em mente que somos apenas instrumentos e
que nossa responsabilidade é sermos instrumentos disponíveis e usáveis.
(4) A quarta razão é por nos desligarmos do mundo real. Os pastores vivemos num
mundo de conceitos e de sonhos, que não é o mundo real em que as pessoas vivem. Não
tomamos ônibus cheio nem almoçamos no refeitório da fábrica. Muitos de nós almoçamos
em casa. Não marcamos ponto, nem batemos cartão, mas fazemos nosso próprio horário,
sem prestarmos contas a ninguém disto. E lemos livros e revistas que ninguém lê.
Discutimos assuntos que a nós parecem tão importantes, mas que são absolutamente
irrelevantes para as pessoas. Vivemos num mundo paralelo ao mundo em que as pessoas
vivem. Há pastores que sequer sabem o preço dos produtos alimentícios. Mas conhecem
as nuances dos diferentes pensamentos de filósofos e teólogos. Ignorantes do mundo que
importa às pessoas, muitos nos tornamos irrelevantes para elas. Esta quarta razão
desencadeia uma série de atitudes em nossa vida que levou a alguém a definir o pastor
como “alguém invisível durante a semana e irrelevante no domingo”. Assim, muitos de nós
pregamos o que não interessa a ninguém. Será que, realmente, as pessoas reais estão
interessadas em dicotomia e tricotomia, a ponto de isto demandar uma exaustiva análise
do púlpito durante três domingos? Ninguém de vida cotidiana normal perde sono com
heteus, cananeus e jebuseus. As pessoas perdem sono com coisas reais, como
desemprego, enfermidades, vida vazia, marido pulando cerca, mulher frigida, filhos
desobedientes, e não com “a conceituação dos grandes términos escatológicos”.
RESULTADO: O resultado é a nossa incapacidade de lidar com o mundo que nos cerca. E
ficamos surpreendidos quando o mundo real, o mundo lá fora, triunfa sobre o nosso
mundo conceitual, aquele que criamos em nossa mente e projetamos como sendo o
mundo em que as pessoas devem viver. O processo hermenêutico da Universal do Reino
de Deus é, sendo gentil, inusitado. Mas funciona porque seus pastores falam de coisas
reais para as pessoas reais. As pessoas querem respostas e não lucubrações. Elas vivem
num mundo de racionalizações durante toda a semana, e no domingo tomam mais uma
dose extra de racionalização e conceitos do púlpito, quando este é o mundo em que o
pastor vive. E há o aspecto familiar, aqui. Um pastor, sabedor que seu filho estava
envolvido com drogas, disse: “Eu nunca pensei que isto fosse acontecer comigo”. Era um
bom pai, crente extraordinário, e homem de absoluta integridade, mas vivia num mundo
irreal, em que essas coisas não aconteciam com os crentes, menos ainda com pastores.
Ignorava o que era a vida real. Muito do nosso mundo ideal não existe.
A alternativa que vejo aqui é não nos colocarmos como pessoas a receber tributo em casa,
mas sim como doadores, como tributadores. Em casa devemos elogiar, agradecer,
mostrar amor e ternura à família. Dar-lhe segurança. Se temos carências, a família
pastoral mais ainda. O filho do pastor vê seu pai ser cortês e atencioso com os filhos dos
outros, e ausente com ele. A esposa do pastor vê o marido ser gentil com outras mulheres
(e isto sem segundas intenções), mas não vê o marido ser atencioso para com ela. O
ministério não pode nos colocar num mundo de ilusões e não pode nos levar a esquecer
nossa esposa e nossos filhos. Se a igreja é a cara do pastor, a família do pastor é o retrato
exato do que ele lhe dedica. O mundo real é de crianças que brigam entre si, despensa
que precisa ser enchida, contas por pagar, esposa que quer atenção, vizinhos
encrenqueiros. Muito antes de Riobaldo, personagem de Guimarães Rosa, dizer que “viver
é perigoso”, Mrs. Dalloway, de Virginia Wolf, dissera: “sempre sentia que era muito, muito
perigoso viver, por um só dia que fosse”. A vida não são ideias, mas tensões.
Isto não é um tratado sobre crises pastorais, mas apresento sugestões que podem ser
bem ponderadas e, depois de filtradas, aplicadas.
(4) A quarta maneira de tratar nossas crises é nos lembrando que o que pregamos
para os outros se aplica a nós. Dizemos ao povo para buscar a Deus quando a coisa
fica feia, mas nem sempre o fazemos quando fica feia para nós. O remédio que
prescrevemos aos outros serve para nós. Alguns pastores parecem ter se esquecido que
são crentes, no sentido de que o receituário do púlpito é para eles, também. Continuamos
membros da igreja, sujeitos a ela, dependentes dela, e aprendendo o que ela ensina. O
pastor não é dono da igreja e não está acima dela.
(5) A quinta maneira de tratar nossas crises é aprendendo delas. Elas não devem
passar em branco em termos de acrescentar alguma coisa à nossa experiência. Não é
necessário repetir os mesmos erros. Até mesmo porque há erros novos por cometer (por
favor, isto é um chiste – e, por favor, não analisem à luz do conceito freudiano de chiste).
Devemos aprender as lições e amadurecer das crises. Dizemos que elas são
oportunidades. Que sejam para nós, também.
Como proteger nossas famílias, tanto da maldade de alguns bodes travestidos de ovelhas
quanto de nossas falhas e limitações? A família pastoral sofre muito. Muita gente tenta
atingir os familiares do pastor para magoá-lo. E ela ainda sofre com atitudes nossas. Como
protegê-la?
(1) Devemos lembrar que somos os pastores da nossa família. Crentes sinceros,
amigáveis, têm o costume de chamar a esposa do pastor de “primeira dama”. É uma
maneira carinhosa (penso!). Mas devemos ter em conta que a nossa esposa não é a
primeira dama, mas é a primeira ovelha. Sempre deixei bem claro para as igrejas que
pastoreei que se tivesse que escolher entre a igreja e minha esposa, a igreja sobraria.
Igrejas há muitas. Esposa, só tenho uma, e só quero aquela. Os filhos do pastor são suas
ovelhas. Devem ser cuidados e protegidos por ele. E mais que o restante do rebanho.
Lembremos da tragicidade de Cânticos 1.6 (VR): “Não repareis em eu ser morena, porque
o sol crestou-me a tez; os filhos de minha mãe indignaram-se contra mim, e me puseram
por guarda de vinhas; a minha vinha, porém, não guardei” (o itálico é meu). Ela guardou a
vinha dos outros, mas não cuidou da sua. Pastor, nunca aconteça que você cuide dos
filhos dos outros e se esqueça de cuidar dos seus. Ou que se preocupe com a situação
das esposas dos outros e descuide da sua esposa. É dever do pastor cuidar e proteger a
sua família. Nunca deve oferecê-la no altar do sucesso ministerial. Primeiro porque Deus
não pede isto, e depois porque se arruinará também, além de ter que prestar contas pelos
seus familiares. Uma das condições sine qua non para um obreiro ter respeitabilidade é
esta: “que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com todo o
respeito (pois, se alguém não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de
Deus?)” (1Tm 3.4-5, VR).
(2) Devemos criar e manter uma cumplicidade na família. “Cumplicidade” não significa
apoio no erro, mas sim tornar a família coesa, fechada, unida contra investidas externas.
Qualquer investida contra ela fracassa, porque não há brechas no relacionamento. O
pastor é um dos responsáveis, como chefe da família, em criar um vínculo de unidade nas
relações domésticas. Como homem, ele é o chefe da família não apenas para receber
tributo (como alguns homens parecem pensar), mas para dar o rumo por onde todos
devem seguir. Ele ama os filhos e a esposa e lhes diz isto, lhes faz sentir isto e mostra isto
no trato. Ele nunca permite que gente de fora seja mais importante que gente de casa e
nunca deprecia o que é seu.
(3) Uma questão óbvia, mas que muitos ignoram: devemos sempre evitar levar os
problemas da igreja para casa. Alguém dirá: “Isto é impossível!”. Não, não é. Nas
ocasiões em que trabalhei em administração de instituições de ensino teológico, eu não
tinha um número sequer de telefone de nenhum professor em casa. Sei que com igreja é
diferente. Mas esforce-se e ensine a igreja a não ver sua casa como extensão das
reuniões administrativas da igreja e de aconselhamento pastoral. Tanto quanto possível,
evite isto. Eventualmente poderá suceder isto, mas não trivialize. Não crie o hábito. No
início de meu ministério, a casa pastoral era ao lado da igreja. Estava sentado junto ao
púlpito, pastor novo, de 23 anos, enquanto o coral cantava, quando um homem se sentou
ao meu lado e me pediu a chave da minha casa para ir ao banheiro. Eu lhe disse para usar
o da igreja e ele me respondeu que o da igreja era ruim e o da minha casa era bom,
porque a igreja o reformara. Tornei a negar e lhe disse que o banheiro da minha casa era
para mim e para minha esposa, e que ele se levantasse na assembleia e propusesse a
reforma dos banheiros da igreja. Ele foi abusado, mas só daquela vez. Nunca mais agiu
assim. Cortei-o e também cortei um costume: quando eu menos esperava havia quatro ou
cinco pessoas dentro de minha casa, simplesmente por abrirem a porta e entrarem. Não
tínhamos privacidade no lar.
Não confundam isto com ausência de hospitalidade. São valores diferentes. Ser
hospitaleiro e receber bem as pessoas são uma coisa. Mas ter uma esposa recém-casada
dividindo o banheiro com gente que ela desconhece e cinco ou seis desconhecidos
invadindo seu espaço, inclusive seu quarto, é outra.
Nunca permita a quebra de privacidade do seu lar, nem a invasão eclesiástica de seu
domicílio. Não se trata da questão do uso do banheiro, mas sim da mistura de ambientes.
Sua casa é lugar de recolhimento com sua família. Nela, você recebe quem você quer
receber ou quem precisa de sua ajuda, e não quem nada tem a fazer.
5. QUESTÕES PRÁTICAS
Atrevo-me, agora, a alinhavar algumas sugestões de ordem prática, nesta área. Algumas
dessas questões desdobram o que disse anteriormente.
CONCLUSÃO
Terminar uma palestra destas é mais difícil que começar. Mas a questão pode ser bem
simples. Ouvimos dizer, várias vezes, que nenhum sucesso na carreira compensa o
fracasso no lar. Isto pode se aplicar ao pastor. De que adianta ser um orador daqueles de
embevecer multidões ou um grande líder denominacional, e perder a família?
É mais importante ser um bom mordomo de Deus na sua própria família que ser um bom
mordomo na vida alheia. Creio mesmo que isto, uma família desestruturada, nos inviabiliza
no ministério. Ao mesmo tempo, ter uma família unida ao redor da cruz e do ministério do
pastor é uma bênção e nossa maior credencial a apresentar. Parafraseio Paulo, quando
disse: “Não negligencies o dom que há em ti” (1Tm 4.14).
Digo “Não negligencies a família que começa em ti”. Pastoreemos nossas famílias e não
permitamos que nossas crises a estraguem