Geoprocessamento Na Agricultura de Precisão

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1 a Semana Acadêmica de Engenharia de Agrimensura

29 de novembro a 03 de dezembro de 2004


UFRRJ – IT – Departamento de Engenharia

MINICURSO
Geoprocessamento na Agricultura de Precisão

UFRRJ
NOVEMBRO 2004
CONTEÚDO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................. 3
2. OBTENÇÃO DE DADOS ................................................................ 3
2.1. Amostragem direta no campo ................................................ 4
3. ANÁLISES DE DADOS E TOMADA DE DECISÕES ........................... 6
4. GEOPROCESSAMENTO COM USO DO PROGRAMA ARCVIEW ........ 7
4.1. Adicionar pontos na vista ...................................................... 8
4.2. Geração de mapas de produtividade ...................................... 9
4.3. Reclassificação para inteiro ................................................ 11
5. OBTENÇÃO DE DADOS DE ALTITUDE COM GPS ......................... 12
5.1.Geração de curvas de nível ................................................. 12
5.2.Geração do mapa de declividade .......................................... 13
5.3. Configuração do GPS ......................................................... 14
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................... 15

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1. INTRODUÇÃO
A agricultura de precisão é as vezes denominada de “agricultura
de prescrição”, “manejo de sítios específicos”, ou “tecnologia de taxa
variável”. Trata-se de uma nova tecnologia agrícola onde o “Global” é
subdividido em pequenas frações homogêneas. Assim, para que se
alcance o máximo de rendimento de acordo com as potencialidades do
solo e com o mínimo de poluição e degradação, é necessário o
acompanhamento e gerenciamento de um volume muito grande de
informações que variam no espaço e no tempo (ROCHA E LAMPARELLI,
1998) citado por ORLANDO et al.(1999). Pode-se considerar 3
tecnologias essenciais para esse sistema: o sensoriamento remoto, o
sistema de posicionamento global (GPS) e o geoprocessamento.
O geoprocessamento pode ser definido como um conjunto de
tecnologias voltadas à coleta e tratamento de informações espaciais
para um objetivo específico. As atividades que envolvem o
geoprocessamento são executadas por sistemas específicos. Estes
programas computacionais são conhecidos como Sistemas de
Informações Geográficas (SIG).
O objetivo principal de um SIG é processar informações
espaciais. Desta forma deve ser capaz de criar abstrações digitais do
real, manejar e armazenar eficientemente dados, de forma a identificar
o melhor relacionamento entre as variáveis espaciais, possibilitando a
criação de relatórios e mapas para a compreensão desses
relacionamentos.

2. OBTENÇÃO DE DADOS
Para a Agricultura de Precisão, o banco de dados de um SIG
deve ser constituído por diferentes temas, onde cada tema represente
dados espaciais georreferenciados de uma determinada variável. Para
geração dos temas é necessário o processamento de um grande volume
de dados sobre a área a ser trabalhada.
Devido ao fato da informação vir de várias fontes, a criação de
normas para a padronização de dados é fundamental para a
organização da informação. Além da padronização é importante
documentar a informação, ou seja a criação de metadados, isto é,
identificar a origem, a escala, o método de obtenção e outros. A
importância dos metadados reside no fato de que eles documentam os

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dados existentes e facilitam o compartilhamento dos mesmos. A
demanda e a oferta de dados espaciais cresce continuamente, enquanto
os custos continuam altos. Baseado nisto e no fato de que a aquisição
dos dados é crítica para um projeto, torna-se muito importante evitar a
duplicidade de dados existentes. Normalmente não existem dados
suficientes sobre todas as variáveis envolvidas. Desta forma torna-se
necessário a obtenção de dados primários, por meio de sensoriamento
remoto (imagens de satélite e fotografias aéreas) ou amostragem direta
no campo.

2.1. Amostragem direta no campo


Para determinadas variáveis a amostragem direta no campo
pode ser necessária. A coleta de dados no campo deve ser precedida
por cuidadosa análise de todas as condições envolvidas de forma a
proceder-se a um planejamento minucioso para a amostragem dos
dados. A seguir deve-se realizar um projeto piloto para o levantamento
dos dados a fim de ajustar falhas que porventura tenham ocorrido no
planejamento.
A amostragem pode ser realizada em grade regular ou dirigida. A
amostragem em grade regular é o método mais utilizado em agricultura
de precisão, porque é simples, requer pouca pesquisa sobre a área,
além de existirem programas computacionais que facilitam o processo.
Essa amostragem pode ser realizada tendo-se como elementos básicos
células ou pontos (POCKNEE, 2000). A figura 1 ilustra o resultado
obtido a partir de células e pontos.
As células são pequenas áreas georreferenciadas provenientes
da divisão da área total de cultivo, a partir da criação de um grid
usualmente quadrangular. A célula é preenchida com um valor único,
média dos valores amostrados no interior dessa célula.

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Figura 1. Mapas obtidos por células e pontos respectivamente.

Na amostragem em pontos, as amostras são coletadas ao redor


de pontos predeterminados e georreferenciados dentro da área de
cultivo. Nesse tipo de amostragem a superfície é criada a partir da
interpolação dos valores atribuídos aos pontos. A figura 2 ilustra os dois
tipos de procedimentos amostrais.

Figura 2. Amostragem em pontos e em células respectivamente.

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A amostragem dirigida consiste na divisão da área total em
determinado número de regiões que são amostradas individualmente. A
utilização dessa amostragem elimina muitos problemas observados nos
grids. A forma e o tamanho de cada região é baseado na variabilidade
espacial presente no campo e na intensidade do manejo considerado
necessário e viável. Contudo, para formular uma metodologia adequada,
é necessário o conhecimento prévio dos padrões espaciais da área.
Seriam úteis algumas fontes de informações de anos anteriores tais
como mapas de solos, mapas de produtividade e mapas amostrais, além
de mapas topográficos e de imagens aéreas. A figura 3 ilustra esse tipo
de amostragem.

Alta
Baixa variabilidade
variabilidade

Figura 3. Regiões para a amostragem dirigida.

3. ANÁLISES DE DADOS E TOMADA DE DECISÕES


Em um sistema de informações geográficas, é perfeitamente
possível o posicionamento preciso dos dados espaciais. Desta forma
permitindo ao analista relacionar a variação dos fatores envolvidos na
produção com a sua localização espacial no campo.
O SIG tem a capacidade de integrar diversas tabelas de dados,
desde que essas tabelas apresentem pelo menos um campo em comum.
Com isso é possível ao analista relacionar dados sobre variáveis
separadas temporalmente ou dados obtidos de fontes diversas. Oferece
condições para que diversas funções analíticas, tais como,
superposições booleanas, reclassificações, busca espacial, entre outras
sejam utilizadas pelos analistas para criar novas informações que serão
utilizadas para auxiliar na solução dos problemas analisados. A
capacidade de modelagem de um SIG permite aos cientistas e

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consultores o desenvolvimento de decisões em relação ao sistema
agrícola e seus efeitos na lucratividade e no meio ambiente. O
desenvolvimento de modelos espaciais permite a geração de mapas, os
quais servirão de base para posteriores análises. O uso de mapas tem a
vantagem de permitir o planejamento das aplicações antes que a
máquina vá para o campo e controle da quantidade aplicada durante a
operação, evitando a ocorrência da aplicação em excesso. Processa e
analisa os dados amostrados com antecedência, assegurando a
exatidão do método (MANTOVANI, 1998).

4. GEOPROCESSAMENTO COM USO DO PROGRAMA ARCVIEW

Geração de mapas com ArcView - produtividade

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4.1. Adicionar pontos na vista

8
4.2. Geração de mapas de produtividade

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4.3. Reclassificação para inteiro

Mapa de produtividade em classes

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5. OBTENÇÃO DE DADOS DE ALTITUDE COM GPS

Geração de curvas de nível

5.1.Geração de curvas de nível

12
5.2.Geração do mapa de declividade

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5.3. Configuração do GPS


• GPS Topográfico Marca Astech Modelo
Promark 2
• Precisão: Planimetria 5 mm + 1 ppm
Altimetria 10 mm +1 ppm
Configuração do GPS

MODO Inspeção ENTER

Configurar coleta de ENTER


dados

Menu de inspeção

Survey mode ENTER

BASE: Estático
PONTOS: Stop and go

Atributo do ponto = ID
Recording interval = 10 s
Antena = 2,069 m
Gerenciamento de arquivo
Unidade = m
ID do receptor = nome que é dado ao arquivo = GEO0

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ESRI. Environmental Systems Research Institute. Inc., 380 New York


Street, Redlands, CA 92373 USA.

MANTOVANI, E.C.; QUEIROZ, D.M.; DIAS, G.P. Máquinas e operações


utilizadas na agricultura de precisão. XXVII Congresso Brasileiro de
Engenharia Agrícola. Anais 1998.

MOORE, M. R. Tese de Doutorado. Silsoe College. 1997.

RIBEIRO, C.A.S.; VARELLA, C.A.A.; SENA JUNIOR, D.G.; SOARES,


V.P. Sistemas de informações geográficas. In: BOREM, A.; GIUDICE,
M.P.; QUEIROZ, D.M.; MANTOVANI, E.C.; FERREIRA, L.R.; VALLE,
F.X.R.; GOMIDE, R.L. Agricultura de Precisão. Viçosa: Editora UFV,
2000. p.93-108.

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