2018 A Importância Da Torra Do Café - Etapas e Procedimentos Do Processo Industrial - ymRMb
2018 A Importância Da Torra Do Café - Etapas e Procedimentos Do Processo Industrial - ymRMb
2018 A Importância Da Torra Do Café - Etapas e Procedimentos Do Processo Industrial - ymRMb
Capim Grosso – BA
2018
FACULDADE DE CIÊNCIAS EDUCACIONAIS CAPIM GROSSO
CURSO DE ENGENHARIA DE PRRODUÇÃO
Capim Grosso – BA
2018
DEDICATÓRIA
Por ser alimento funcional e nutracêutico, o café está cada vez mais presente nas
diversas discussões, desde as comunidades médicos científica até a financeira.Além
de ser uma forte fonte de renda, o café está relacionado à prevenção de doenças
físicas, mentais e degenerativas e à manutenção da saúde. Logo, o seu processo de
fabricação também deve ser algo que deve ter sua devida atenção. Assim sendo,
buscando-se explorar as potencialidades na fabricação do café, este estudo fez uma
pesquisa descritiva e explicativa sobre a análise da importância da torragem do grão
na percepção do sabor e aromapara fabricação de um bom café. Portanto, o
presente trabalho traz o estudo, dede a produção, comercialização e área utilizada
para o cultivo de café em 2018, tipos de café (arábica e conilon), processos de torra
do café, tipos de torra de café e suas características físicas e químicas e finaliza,
concluindo, a idéia do trabalho, confirmando-se, então, que o procedimento de torra
do café é entre todas as etapas que compõem o processo de industrialização do
café torrado o mais importante.
1.INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
1.1. MOTIVAÇÃO E OBJETIVOS DA MONOGRAFIA .............................................. 14
1.1.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................... 14
1.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................. 14
1.1.3 METODOLOGIA ............................................................................................... 14
1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................................ 15
2. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 16
2.1.DADOS HISTÓRICOS E ATUAIS SOBRE O CAFÉ NO BRASIL ....................... 16
2.1.1.ORIGENS DO CAFÉ ........................................................................................ 16
2.2.CAFÉ ARÁBICA X CAFÉ CONILONN ................................................................ 16
2.2.1.COFFEA ARÁBICA .......................................................................................... 16
2.2.2.CAFÉ CONILON .............................................................................................. 17
2.2.3. DIFERENÇAS ................................................................................................. 18
2.3.PRODUÇÃO DO CAFÉ ....................................................................................... 18
3. PROCESSOS RELACIONADOS À TORRA DO CAFÉ ........................................ 28
3.1.A TORRA DO CAFÉ ........................................................................................... 28
3.1.1.DESCRIÇÃO DO PROCESSO ........................................................................ 29
3.1.2.SUBDIVISÃO DO ESPAÇAMENTO DE UMA FÁBRICA DE TORREFAÇÃO .. 31
3.2.A TORREFAÇÃO DE CAFÉ INDUSTRIAL ......................................................... 35
3.2.1.O PROCESSO DE PREPARAÇÃO DO CAFÉ PARA TORREFAÇÃO ............ 36
3.2.1.4.MÁQUINAS DE DESCASCAREM GRÃOS ................................................... 37
3.3.COMPOSIÇÕES DA TORREFADORA PADRÃO ............................................... 39
4.PROCESSOS DE TORRA E A QUALIDADE DO CAFÉ. ....................................... 39
4.1.VARIAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DE CAFÉ
DURANTE A TORRA .. ..............................................................................................42
4.1.1.CARACTERISTICA FÍSICAS ........................................................................... 42
4.1.2.CARACTERISTICA QUÍMICA .......................................................................... 43
4.2.EFEITOS DA TORREFAÇÃO SOBRE OS GRÃOS DO CAFÉ ........................... 44
4.3.PRINCIPAIS TIPOS DE TORRAGEM DO CAFE ................................................ 46
4.3.1.A TORRA CLARA ............................................................................................ 47
4.3.2.A TORRA MÉDIA ............................................................................................. 47
4.3.3.A TORRA ESCURA.......................................................................................... 48
4.4.CARACTERÍSTICAS DA INFUSÃO EM FUNÇÃO DO PONTO DE TORRA E DA
MOAGEM DO CAFÉ............................................................................................................ 48
4.5.DESCRIÇÃO DO PROCESSO ...................................................................................... 50
5.RESULTADOS....................................................................................................................54
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 53
REFERENCIAS .................................................................................................................. 53
12
1. INTRODUÇÃO
Fonte: CECAFÉ(2018)
1.1.3 METODOLOGIA
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.2.4 DIFERENÇAS
Segundo Agnoletti (2015), o café chegou ao Brasil pelo norte do país, mais
especificamente na cidade de Belém do Pará em 1927, oriundo da Guiana
Francesa. Devido às condições climáticas favoráveis, o café se espalhou
rapidamente e difundiu-se pelos atuais estados do Maranhão, Bahia, São Paulo, Rio
de Janeiro, Paraná e Minas Gerais e ao longo do tempo deixou de ser um produto
irrelevante e passando, então, a compor um ciclo importante na economia nacional
(AGNOLETTI, 2015 apud MORREIRA, 2007, NEVES, 1974).
O café brasileiro foi reconhecido internacionalmente pela primeira vez em 1979,
com uma pequena quantia exportada, 79 arrobas de café, a qual aumentou para 80
mil arrobas já em 1806 (AGNOLETTI, 2015).
De acordo com a OIC (2018), a produção mundial de café aumentou 5,7% de
2017/18, passando para 164,81 milhões de sacas. Sendo isso decorrente da
produção Arábica, que cresceu 2,2% (101,82 milhões de sacas) e a Robusta 11,7%
(62,99 milhões de sacas). O indicativo de preços composto da OIC caiu para 98,17
centavos de dólar dos EUA por libra-peso em setembro de 2018, 4,1% abaixo da
média de agosto de 2018, e a média mensal mais baixa desde outubro de 2006, que
foi de 95,53 centavos. Os indicativos de todos os grupos caíram pelo quarto mês
consecutivo em setembro de 2018. A maior queda foi da média dos Robustas, que
caiu 5%, para 76,70 centavos, seguida pela dos Naturais Brasileiros, que caiu 4,4%,
para 99,87 centavos.
Ainda de acordo com a OIC (2018), as exportações mundiais de café
totalizaram 11,10 milhões de sacas em agosto de 2018, ante 10,44 milhões em
19
Figura 3 - Área total de café (arábica e conilon) em milhares de hectares e seus respectivos anos
FONTE: CONAB(2018)
Figura 4 - Área total de café (arábica e conilon) em sacas por hectares e seus respectivos anos.
Figura 5 - Porcentagem de qual tipo de café está relacionado à área ocupada em função dos seus
respectivos anos.
Tabela 1 - Café total (arábica e conilon) - Comparativo de área em formação, em produção e total
Fonte: CONAB(2018).
Fonte: CONAB(2018).
Fonte: CONAB(2018).
25
Fonte: CONAB(2018).
O Café como fruto somente, não apresenta o aroma e sabor que se encontra
em uma xícara depois de preparado. Para isso, é necessário submetê-lo a um
processo no qual o café, até então cru, vai adquirir todas as qualidades desejadas
para ser consumido.
Segundo Gonzales (2004), “o café natural é aquele processado por via seca,
no qual o grão é seco com a polpa e a mucilagem, permitindo a transferência do
sabor adocicado”.
Para que os cafés, seja o arábica ou o robusto, atinjam um sabor
diferenciado, eles devem ser cozidos a grandes temperaturas, o que lhe garantirá
também cores diferenciadas. Assim, existe o processo chamado de torrefação.
O processo da torração pode ser descrito como sendo a passagem dos grãos
de café por um aquecimento controlado para que sejadesencadeada uma série de
reações exotérmicas (formadoras do gosto e do aroma do café), sem que tais
reações ultrapassem o ponto adequado e se inicie o processo de carbonização
(CORTEZ, 2001). Além disso, o café pode ser feito de um único grão ou de uma
combinação de grãos. O sabor e o aroma dependem da origem do grão, da
torrefação e dessa combinação. Um alto ponto de torrefação proporciona um café
forte, amargo e de cor profunda. Um ponto médio dá um café forte e homogêneo e
um baixo ponto de torrefação produz um café de sabor delicado (FOODS, 2018).
Dentro do tema proposto para o estudo, será dado um enfoque maior às
grandes torrefadoras, como fonte para as informações e discussão do tema a ser
trabalho nesta monografia.
3.1.1.2 RESFRIAMENTO
Uma vez que o café está torrado, passará ao sistema resfriador por um
sistema de resfriamento através de ar frio por um tempo de 5 minutos. Depois dos
grãos torrados e resfriados são depositados por sistema de elevador pneumático no
silo para grãos torrados com capacidade para 1350 kg. Os voláteis provenientes do
esfriamento dos grãos torrados são liberados pelo sistema de exaustão do resfriador
(GONZALEZ, 2004).
3.1.1.4 ESTOCAGEM
É a parte final do processo para a produção do café moído, no qual, ele após
ser torrado será moído para posterior embalagem, em torrefadoras mais modernas.
O café e resfriado e transportado via elevadores pneumáticos para silos metálicos,
onde deverá descansar por um período não menor que 4 horas.
Ainda, de acordo com Melita (2008), a moagem é o processo na qual os grãos
secos são triturados até que se tornem um pó fino. Os grãos devem ser conservados
inteiros e frios antes da moagem.
Continuando, segundo Melita (2008):
Deve estar em conformidade com a legislação em vigor. Para que haja essa
conformidade, as inscrições da embalagem devem contemplar na totalidade
as informações obrigatórias regulamentadas pela legislação brasileira e
qualquer informação que estiver além da obrigatoriedade deve obedecer
aos regulamentos para informações complementares.
Para que o café seja torrado em larga escala é necessária uma estrutura que
comporte esse trabalho. Assim sendo, foram criadas as fábricas torrefadoras, que
são estruturas, ou edifícios, especificamente preparados para essa função, e têm
que apresentar algumas características importantes.
enquanto as peneiras removem pedras e outras impurezas que passem por dentro
dos seus ares que possuem dimensões e formatos diferentes e todo produto não
necessário é descartado pelo sistema.
Como o próprio nome indica, essas máquinas são responsáveis por eliminar
do café a casca que o mesmo possui através do processo de fricção ou por impacto,
ambos garantem que o produto final sai limpo e pronto para a secagem pré-torra.
No método de descascagem por fricção, o café passa por um cilindro alojado
em uma calha com fundo em chapa perfuradas que impossibilita a passagem do
fruto não cascado, deixando apenas o limpo avançar, no qual mais adiante através
de um fluxo de ar concentrado o café e separado da casca.
No processo por impacto, um cilindro contendo um rotor de haste fixa
impactam-se como produto, nesse caso o café, desprendendo a casca que e
posteriormente separada do fruto.
De acordo com Matiello (1991), são fatores importantes no que diz respeito a
equipamentos torradores.
• A movimentação dos grãos para garantia de uma exposição boa e
uniforme ao calor
• A eliminação rápida da umidade e da fumaça desprendidas.
• Um bom controle de temperatura
• Um dispositivo para facilitar a tomada de amostras no
acompanhamento do processo de torração.
• A descarga e o resfriamento devem ser rápidos, tão logo o processo de
torração seja atingido.
39
Tabela 8 -Características dos cafés torrados em relação ao tempo de torrefação perdas de peso e
teor de umidade
Fonte: TRUGO,(1987)
47
Por fim, na torra escura, encontra-se o café mais robusto e mais forte,
apresentando um nível de acidez baixo, mais com grande presença do amargor, é
menos encorpado, há também a preservação dos óleos aromáticos, mais o que mais
se destaca nessa modalidade de torra é a cor do café que e bem mais escura dos
que as outras duas modalidades, com tons bem fortes. (GUIAS, 2016)
Essa torra se caracteriza por estar bem próximo da queima do grão de café
(Torra muito escura), por isso, o cuidado na sua produção deve ser total, pois,
mesmo que apenas um grão seja afetado toda a bebida produzida ficara sem
acidez, sem aroma e sabor, prevalecendo apenas o amargo (CAFÉ, 2014).
O tempo médio ideal para sua fabricação gira em torno de 13 minutos,
contudo, a observação e constante, se tudo correr perfeitamente, o resultado será
um café forte, muito saboroso e de aroma diferenciado (SCADA, 2017).
A Figura 14 mostra algumas relações com o tipo de torra, seu tempo e
algumas características.
Figura 13 - algumas relações com o tipo de torra, seu tempo e algumas características.
Fonte: TRUGO,(1987)
49
5 RESULTADOS
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS
DUARTE, J. Café: a EMBRAPA presente, in: Folha da Embrapa, ano VIII, 40,
maio 2000.
ILLY, A.; VIANI, R. Espresso coffee: the chemistry of quality. 2.ed. San Diego:
Academic, 1996. 253p.
Ruiz JA. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo
(SP): Atlas; 1992.
SIVETZ, M.; DESROSIER, N.W. Coffee technology. Westport: Avi, 1979. 716p.
TEIXEIRA, T. D. Política estratégica para cafeicultura brasileira. Palestras: I
Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, 2002.