Criminologia

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PC-SP 2022

CRIMINOLOGIA:

 Conceito, método, objeto e finalidade da Criminologia.


 Teorias sociológicas da criminalidade.
 Vitimologia: evolução histórica, conceito, classificação vitimaria e
vitimização.
 Estado Democrático de Direito e prevenção da infração penal.
 Criminologia e o papel da Polícia Judiciária.
Criminologia pode ser definida como ciência autônoma, empírica e
interdisciplinar, que se preocupa em estudar, por meio de métodos
biológicos e sociológicos, o crime/delito, o criminoso/delinquente,
a vítima e o controle social, com escopo de controle e prevenção da
criminalidade, tratando do crime como problema social.
A Criminologia NÃO é:

 Teorética / abstrata;
 Normativa / jurídica;
 Ciência do dever-ser;
 Ciência exata.
(VUNESP - 2018 - PC-SP - Agente de Telecomunicações Policial) A criminologia
A) é uma ciência do dever ser, conceitual e teórica, que não se utiliza de
métodos biológicos e sociológicos.
B) é uma ciência do dever ser, empírica e experimental, que se utiliza de
métodos biológicos e sociológicos.
C) é uma ciência do ser, empírica e experimental, que se utiliza de métodos
biológicos e sociológicos.
D) não é uma ciência, sendo reconhecida como doutrina alicerçada no ser e que
se utiliza de métodos biológicos, sociológicos e empíricos.
E) é uma ciência do ser, conceitual e teórica, que não se utiliza de métodos
biológicos e sociológicos.
A Criminologia moderna se subdivide em dois ramos:

Criminologia Geral Criminologia Clínica


(Microcriminologia)
 Empirismo;
 Indutivo;
 Métodos biológicos;
 Métodos sociológicos.
 Delito;
 Delinquente;
 Vitima;
 Controle Social.
Sistemas de
controle social

Controle Social Controle Social


Formal Informal
(Vinculados ao (Desvinculado do
Estado) Estado-Criminal)

1ª Seleção 2ª Seleção 3ª Seleção


Exemplos: Família,
Ex: Polícias Civil e Ex: Ministério Ex: Poder igreja, amigos, etc.
Federal Público Judiciário
(VUNESP - 2018 - PC-SP - Agente de Telecomunicações Policial) É correto
afirmar que o controle social formal é representado, entre outras, pelas
seguintes instâncias:
A) Igreja, Família e Opinião Pública.
B) Escola, Igreja e Polícia.
C) Forças Armadas, Polícia e Escola.
D) Polícia, Forças Armadas e Ministério Público.
E) Família, Escola e Ministério Público.
(VUNESP - 2018 - PC-SP - Escrivão de Polícia Civil) O objeto de estudo da
Criminologia que mais traduz a função exercida pela polícia judiciária é
A) a vítima.
B) o criminoso.
C) o autor do fato.
D) o crime.
E) o controle social.
(VUNESP - 2018 - PC-SP - Investigador de Polícia) É correto afirmar que a
Polícia Civil é uma
A) Polícia Administrativa, que integra o controle social formal.
B) Polícia Administrativa, que integra o controle social formal e informal.
C) Polícia Judiciária, que não integra o controle social.
D) Polícia Judiciária, que integra o controle social formal.
E) Polícia Judiciária, que integra o controle social informal.
 Primária;

 Secundária;

 Terciária;
 Quaternária;
 Indireta;
 Difusa;
 Heterovitimização.
(VUNESP - 2013 - PC-SP - Atendente de Necrotério Policial) Entende-se por
vitimização terciária.
A) o sofrimento causado pela posterior perseguição da vítima pelo autor do
crime.
B) os prejuízos causados pelo crime praticado contra a vítima
C) aquela oriunda dos familiares e do círculo de relações sociais da vítima, que a
segregam, excluem e até humilham, em virtude do crime por ela sofrido.
D) o sofrimento causado pelos órgãos públicos encarregados da persecução
criminal.
E) aquela denominada “terceirização da vitimização”, isto é, advinda de
terceiros, estranhos ao círculo de familiares e amigos da vítima
(VUNESP - 2014 - PC-SP - Perito Criminal) Entende-se por vitimização
secundária ou sobrevitimização aquela
A) provocada pelo cometimento do crime e pela conduta violadora dos direitos
da vítima, proporcionando danos materiais e morais, por ocasião do delito.
B) que não concorreu, de forma alguma, para a ocorrência do crime.
C) que, de modo voluntário ou imprudente, colabora com o ânimo criminoso do
agente.
D) que ocorre no meio social em que vive a vítima e é causada pela família, por
grupo de amigos etc.
E) causada pelos órgãos formais de controle social, ao longo do processo de
registro e apuração do delito, mediante o sofrimento adicional gerado pelo
funcionamento do sistema de persecução criminal.
(VUNESP - 2018 - PC-SP - Papiloscopista Policial) Na questão, assinale a alternativa
contendo a informação que preenche corretamente a lacuna.
A _______ é a autorrecriminação da vítima pela ocorrência do crime contra si,
buscando razões que, possivelmente, tornaram-na responsável pelo delito.
A) sobrevitimização
B) vitimização primária
C) vitimização secundária
D) vitimização terciária
E) heterovitimização
Benjamin Mendelsohn:
Vítima Ideal / Vítima completamente inocente

Vítima menos culpada do que o delinquente / Vítima por ignorância

Vítima tão culpada quanto o delinquente

Vítima mais culpada que o delinquente / Vítima Provocadora

Vítima como única culpada / Vítima Simuladora / Vítima Agressora / Vítima Imaginária /
Pseudovítima
Vítima Inocente • Vítima completamente inocente

• Vítima menos culpada do que o delinquente


Vítima Provocadora • Vítima tão culpada quanto o delinquente
• Vítima mais culpada do que o delinquente

Vítima Agressora • Vítima como única culpada


(VUNESP - 2018 - PC-SP - Agente Policial) Assinale a alternativa que apresenta
corretamente tipos ou definições de vítimas, nos termos propostos por Benjamin
Mendelsohn.
A) Vítima depressiva, Vítima indefesa; Vítima falsa; Vítima imune; e Vítima reincidente.
B) Vítima isolada; Vítima por proximidade; Vítima com ânimo de lucro; Vítima com ânsia
de viver; e Vítima agressiva.
C) Vítima sem valor; Vítima pelo estado emocional; Vítima perverse; Vítima alcoólatra; e
Vítima por mudança da fase de existência.
D) Vítima que se converte em autor; Vítima propensa; Vítima da natureza; Vítima
resistente; e Vítima reincidente.
E) Vítima completamente inocente ou vítima ideal; Vítima de culpabilidade menor ou por
ignorância; Vítima voluntária ou tão culpada quanto o infrator; Vítima mais culpada que o
infrator; e Vítima unicamente culpada.
(VUNESP - 2018 - PC-SP - Escrivão de Polícia Civil) Com relação às classificações
de vítimas, apresentadas por Benjamim Mendelsohn, em relação aos estudos
de vitimologia,
A) vítima resistente é aquela que concorre para a produção do resultado.
B) vítima ideal é aquela que contribui, de alguma forma, para o resultado
danoso.
C) vítima como única culpada pode ser exemplificada pelo indivíduo embriagado
que atravessa avenida movimentada vindo a falecer atropelado.
D) vítima por ignorância é aquela que não tem nenhuma participação no evento
criminoso.
E) vítima completamente inocente é aquela cuja participação ativa é
imprescindível para a caracterização do crime.
Hans Von Henting:

• Indivíduo sucessivamente criminoso-vítima


Criminoso-vítima • Indivíduo simultaneamente criminoso-vítima
• Criminoso-vítima imprevisível

• Vítima Resistente
Vítima • Vítima coadjuvante e cooperadora
• Vítima imune (ex: padre)
(VUNESP - 2018 - PC-SP - Auxiliar de Papiloscopista Policial) Assinale a alternativa correta no que
diz respeito à classificação dos tipos de vítimas segundo Hans Von Henting.
A) Vítima com ânsia de viver – denomina-se assim aquela que, sob o pretexto de que a
persecução judicial lhe causaria maiores danos do que o próprio sofrimento resultante da ação
criminosa, acaba deixando de processar o autor do delito. São vistos tais comportamentos
geralmente nos roubos ocorridos nas ruas, nos crimes sexuais e nas chantagens.
B) Vítima imune – é considerada dessa forma a pessoa que, em decorrência de seu cargo, função,
ou algum tipo de prestígio na sociedade em que vive, acredita que não está sujeita a qualquer
tipo de ação delituosa que possa transformá-la em vítima. Um exemplo é o padre.
C) Vítima falsa – é taxada dessa forma a vítima que, pela cobiça, pelo anseio de se enriquecer de
maneira rápida ou fácil, acaba sendo ludibriada por estelionatários ou vigaristas.
D) Vítima que se converte em autor – denomina-se assim a vítima que, por não aceitar ser
agredida pelo autor, reage e passa a agredi-lo da mesma forma, sempre em sua defesa ou em
defesa de outrem, ou também no caso de cumprimento do dever. Nessa situação, há sempre a
disposição da vítima em lutar com o autor.
E) Vítima da natureza – denomina-se assim a pessoa que possui uma tendência natural de se
tornar vítima. Isso pode decorrer da personalidade deprimida, desenfreada, libertina ou aflita da
pessoa, sendo que esses tipos de personalidade podem de algum modo contribuir com o
criminoso.
• Incide sobre as causas do problema (desigualdade social e concretização de
direitos fundamentais);
Prevenção Primária • Destinatários: toda a população;
• Protagonista: todo o aparelho estatal, com exceção da Justiça Penal;
• Prevenção de médio a longo prazo

• Incide sobre setores mais vuneráveis à criminalidade;


Prevenção • Protagonistas: Estado, com ênfase em órgãos de segurança pública (policiamento) e
Secundária meios de comunicação;
• Prevenção de curto a médio prazo

• Incide sobre detentos e condenados a penas alternativas;


Prevenção Terciária
• Visa evitar a reincidência, já que pressupõe a condenação definitiva de crime
(VUNESP - 2013 - PC-SP - Investigador de Polícia) A atuação das polícias,
do ministério público e da justiça criminal, quando focada em
determinados grupos ou setores da sociedade, por possuírem maior risco
de praticar o crime ou de ser vitimados por este, constitui programa de
prevenção
A) secundária.
B) quaternária.
C) primária.
D) quinária.
E) terciária.
(VUNESP - 2013 - PC-SP - Escrivão de Polícia Civil) As políticas públicas de
prevenção criminal terciária têm por público-alvo
A) a vítima de violência doméstica.
B) o adolescente.
C) o preso.
D) o idoso.
E) o usuário de drogas ilícitas.
 Modelo Clássico, Retributivo ou Dissuasório

 Modelo Ressocializador

 Modelo Integrador, Restaurador, Consensual de Justiça Penal, Justiça


Negociada, Consensual de Justiça Penal ou Justiça Restaurativa
(VUNESP - 2014 - PC-SP - Atendente de Necrotério Policial) O modelo
restaurador de reação ao delito, também conhecido por modelo
integrador ou de justiça restaurativa, tem por objetivo(s)
A) aplicar pena ao condenado, buscando desestimulá-lo à prática de novos
delitos.
B) buscar a recuperação do delinquente, proporcionar assistência à vítima
e restabelecer o controle social abalado pela prática do delito.
C) punir o delinquente, como meio de castigá-lo e retribuir-lhe o mal pelo
delito praticado.
D) proteger os bens jurídicos violados pela prática delitiva.
E) reinserir o condenado à sociedade por meio da religião e da
laborterapia.
Cifra negra (cifra oculta)
Cifra cinza
Cifra branca
Cifra dourada

Cifra verde
Cifra azul (Crimes de colarinho azul)
Cifra rosa
Cifra vermelha
(VUNESP - 2014 - PC-SP - Atendente de Necrotério Policial) Entende-se
por cifras negras
A) as ocorrências criminais não registradas nos órgãos policiais
responsáveis, em prejuízo do interesse da sociedade.
B) somente os delitos praticados pelos criminosos de colarinho branco, em
prejuízo da coletividade.
C) os crimes hediondos praticados com violência ou grave ameaça.
D) os crimes de menor potencial ofensivo praticados sem violência ou
grave ameaça.
E) apenas os crimes praticados por policiais, que não são apurados, por
temor de represália.
(VUNESP - 2014 - PC-SP - Escrivão de Polícia Civil) A criminologia moderna estuda o
fenômeno da criminalidade por meio da estatística criminal. Nessa seara, a expressão
“cifra dourada” designa.
A) o total de delitos registrados e de conhecimento do poder público que são elucidados.
B) as infrações penais praticadas pela elite, não reveladas ou apuradas; trata-se de um
subtipo da “cifra negra”, a exemplo do crime de sonegação fiscal
C) as infrações penais de maior gravidade, como, por exemplo, o homicídio, que, ao ser
elucidado, permite ao poder público planejar melhor suas ações e alterar a legislação
D) as infrações penais de menor potencial ofensivo, por enquadrar-se na Lei n.º 9.099/95,
a exemplo do delito de perturbação do sossego alheio
E) o percentual de delitos praticados pela sociedade de baixa renda que não chega ao
conhecimento do poder público por falta de registro, e, portanto, não são elucidados
(VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Polícia) Os “crimes de colarinho
branco” são delitos conhecidos na Criminologia por
A) crimes contra a dignidade social.
B) crimes de menor potencial ofensivo.
C) cifras cinza.
D) cifras amarelas.
E) cifras douradas.
TEORIAS DO CONFLITO TEORIAS DO CONSENSO

 Labelling Approuch  Escola de Chicago;


 Teoria da Associação Diferencial;
(Etiquetamento ou Rotulação)  Teoria da Anomia;
 Teoria Crítica ou Radical  Teoria da Desorganização Social,
 Teoria da Neutralização
 Teoria da Subcultura Delinquente
(VUNESP - 2013 - PC-SP - Papiloscopista Policial) De acordo com a
Sociologia Criminal, pode-se citar como exemplo da Teoria de Consenso:
A) a Teoria crítica.
B) a Teoria radical.
C) a Teoria das janelas quebradas.
D) a Teoria da associação diferencial.
E) a Teoria do conflito.
ESCOLA DE CHICAGO
CARACTERÍSTICAS:

 Conclui que as cidades eram responsáveis por produzirem a criminalidade;

 Valia-se do método empírico;

 Apresentava finalidade pragmática;

 Utilizava Inquéritos Sociais (social surveys)


(VUNESP - 2014 - PC-SP - Médico Legista) São propostas da Escola de Chicago (“ecologia
criminal”) para o controle da criminalidade:
A) política de tolerância zero; criação de programas comunitários com intensificação das
atividades recreativas; aumento das áreas verdes.
B) prevalência do controle social formal sobre o informal; criação de comitês de apoios de
pais e mães para a educação das crianças; melhoria das condições das residências e
conservação física dos prédios.
C) aumento das penas para o cometimento de delitos simples; criação de zonas de
exclusão para isolamento das áreas mais perigosas; disseminação de atividades
recreativas como escotismo e viagens culturais.
D) mudança efetiva nas condições econômicas e sociais das crianças; reconstrução da
“solidariedade social” por meio do fortalecimento das forças construtivas da sociedade
(igrejas, escolas, associações de bairros); apoio estatal para redução e diminuição da
pobreza e desemprego.
E) controle individualizado, ou seja, controle específico e rígido sobre cada indivíduo;
políticas uniformes em toda a cidade, diante do fracasso das estratégias “por vizinhança”;
implantação de escolas e postos de saúde.
TEORIA CRÍTICA
CARACTERÍSTICAS:

 Conclui que o crime é produto do sistema capitalista;


 O homem não possui livre-arbítrio, estando sujeito a um sistema de produção;
 A lei penal é instrumento das elites para manter o status quo;
 Conclui que a norma penal surge como instrumento de controle social
preconceituoso, por recair apenas sobre a classe trabalhadora e menos favorecida,
não sendo aplicada da mesma forma às elites.
 Inspirou várias outras teorias, destacando-se: neorrealismo de esquerda;
abolicionismo penal e direito penal mínimo.
(VUNESP - 2014 - PC-SP - Investigador de Polícia) Pode-se afirmar que o
pensamento criminológico moderno é influenciado por uma visão de
cunho funcionalista e uma de cunho argumentativo, que possuem, como
exemplos, a Escola de Chicago e a Teoria Crítica, respectivamente. Essas
visões também são conhecidas como teorias
A) da ecologia criminal e do transtorno.
B) do consenso e do conflito.
C) do conhecimento e da pesquisa
D) da formação e da dedução
E) do estudo e da conclusão.

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