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FACULDADE DE CIÊNCIAS E DAS TECNOLOGIAS

APONTAMENTOS

SISTEMAS DIGITAIS

2.º Semestre – 2020/21

1.º/ 2.º Ano de Lic. em Engenharia Informática

Professor: Eng.º Nujoma Quaresma


(Adaptações e compilações – vide Referências)
CAPÍTULO 0
INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DIGITAIS

1. Sistemas Digitais
Um sistema digital é um comjunto de funções de encapsulamento, envolvendo
variáveis binárias e que realizam determinadas tarefas. Os sistemas digitais
agrupam-se em duas categorias distintas:

a) Sistemas Digitias Combinatórios;

b) Sistemas Digitais Sequenciais.

Os sistemas combinacionais apresentam nas suas saídas, num certo instante


de tempo, valores que dependem exclusivamente dos valores aplicados nas
suas entradas nesse preciso instante.
CAPÍTULO I
SISTEMAS DE NUMERAÇÃO E CONVERSÃO DE
SISTEMAS

1. Sistemas de Numeração Binária e Conversão de


Sistemas
• SISTEMA DECIMAL
• SISTEMA BINÁRIO
• Polinómio Geral

Conversão de Binária (0,1) para Decimal utilizando o Polinómio Geral

Por divisões sucessivas encontre os seguintes valores abaixo, recordando que


os restos devem sempre menores que a base em questão e a montagem dos
números seguem de baixo para cima.

• Números Reais
• SISTEMA OCTAL
• SISTEMA HEXADECIMAL
CAPÍTULO II
CIRCUITOS LÓGICOS BÁSICOS
(PORTAS LÓGICAS)
Em 1854, o matemático inglês George Boole apresentou um sistema
matemático de análise lógica conhecido como Álgebra de Boole.

Apenas em 1938, o engenheiro norte-americano Claude Elwoode Shannom


utilizou as teorias de álgebra de Boole para a solução de problemas de
circuitos de telefone com relés, praticamente introduzindo na área tecnológica o
campo da electrónica digital.

Esse ramo da electrónica utiliza nos seus sistemas um pequeno conjunto de


circuitos básicos padronizados conhecidos como portas lógicas. Através da
utilização conveniente destas portas, podemos “implementar” todas as
expressões obtidas pela álgebra de Boole, que constituem a base dos
projectos dos sistemas atrás citados.

1. Portas Lógicas
São circuitos electrónicos destinados a executar as operações lógicas. Estes
circuitos electrónicos, compostos por transístores, díodos, etc., são
encapsulados na forma de Circuito Integrado. Cada circuito integrado pode
conter várias portas lógicas, de iguais ou diferentes Funções Lógicas.

Portas lógicas da mesma função podem ter características eléctricas


diferentes, tais como: corrente de operação, consumo, velocidade de
transmissão. Os cirtuitos integrados, serão estudados os aspectos referentes
apenas à lógica. Para a electrónica digital, os símbolos “0” e “1” da álgebra
booleana, são níveis de tensão eléctrica, onde “0” – equivale ao nível de tensão
mais baixo e “1” – equivale ao nível de tensão mais alto. Estes níveis lógicos
serão os estados lógicos das variáveis lógicas de entrada e saída dos circuitos
logicos.

• Tipos de Portas Lógicas

Adiante, apresentam-se os tipos de portas lógicas de duas entradas, dom


símbolo, função e tabela de verdade e cum circuito integrado comercial
equivalente. Algumas portas lógicas podem possuir mais do que duas entradas
e alguns circuitos integrados podem ter tipos diferentes de portas lógicas no
mesmo encapsulamento.
2. Funções Lógicas
CAPÍTULO III
FUNÇÕES LÓGICAS

Expressões Booleanas, Circuitos Lógicos, Tabela de


Verdade e Diagrama de Blocos

EXERCÍCIOS

Dada a função abaixo apresentada, construa a tabela de verdade e o circuito


lógico:
CAPÍTULO IV
ÁLGEBRA DE BOOLE

Sinais Binários

Conceito de Álgebra de Boole


• POSTULADOS

• TEOREMA DE MORGAN

• IDENTIDADES E PROPRIEDADES
• IDENTIDADES AUXILIARES

Outra Versão:
• TEOREMAS
1. MAPA DE KARNAUGH
CAPÍTULO V
CIRCUITOS DE COMBINATÓRIOS BÁSICOS

1. Circuitos Combinatórios
CAPÍTULO VI
CIRCUITOS DIGITAIS COM MEMÓRIA

O desempenho de um circuito combinatório (sem memória) apenas depende


das suas entradas de corrente e não de história anterior. Neste sentido, um
circuito digital sequencial tem uma quantidade finita de memória, cujo
conteúdo determinado pelas entradas anteriores, afecta o comportamento da
corrente de entrada/saída (I/O).

Os circuitos digitais com memória mais comuns são: latches, flip-flops e


registos.

O latch é o elemento mais simples capaz de reter um só bit (0 ou 1). Para o


latch SR, quando as entradas R e S são iguais a 0, o latch se encontra num
dos 2 estados estáveis correspondentes Q = 0 (Q’ = 1) o Q = 1 (Q’ = 0).

Desta forma, podemos dizer que existe um latch D, quando se agrega a um


latch SR dois operadores lógicos AND, depois das entradas R e S. De igual
modo, podemos afirmar que ao unir dois latch D, obtemos um flip-flop D, como
o que se apresenta de seguida:

Figura 3. Flip-Flop D mestre/escravo e Flip-Flop D


Um flip-flop D se deriva logicamente de um latch D. Também existem os flip-
flop JK e flip-flop T, que ajudam a simplificar o desenho lógico de circuitos
combinatórios com memória.

Máquinas de Estado Finito

Estas se utilizam para especificar o comportamento sequencial de um circuito


digital com memória. Uma máquina de estado finito de n bits de
armazenamento pode ter até 2^n estados (filas), daqui o difícil tem haver com
a sua representação através de tabelas de estado.

Existem duas máquinas de estado muito conhecidas: as máquinas de Moore


e as máquinas de Mealy. No primeiro caso, as saídas se associam com os
seus estados, enquanto que no segundo caso, as saídas se associam com a
transição entre os estados, quer dizer que a sua saída depende do seu estado
presente, como da entrada actual recebida.

Desenho de Circuitos Sequenciais

A realização de hardware de circuitos sequenciais inicia com a selecção dos


elementos de memória que se usarão (flip-flop), logo os estados devem
codificar-se com o uso de i variáveis de estado, para que um número adequado
de i (a escolha de i afecta a memória).

Exemplo de construção de um Flip-Flop JK

Desenhe um flip-flop JK a partir de um flip-flop D simples e elementos de lógica


combinatória. Um flip-flop JK, um elemento de memória com duas entradas (J e
K) e duas saídas (Q e Q’), conserva o seu estado J=K=0, se restabelece a 0
quando J=0 e K=1, se estabelece em 1 quando J=1 e K=0 e inverte o seu
estado (troca de 0 a 1 ou de 1 a 0) quando J=K=1.

Depois de analisar os requisitos anteriores, podemos propor a seguinte tabela


de estado para os valores de entrada J e K:

Figura 4. Tabela de estado

Logo, o circuito lógico proposto para o enunciado anterior é o seguinte:


Figura 5. Circuito lógico para um flip-flop JK

Partes Sequenciais Úteis

Um registo representa um arranjo de flip-flops com entradas de dados


individuais e sinais de controlo comuns. Os registos são comuns na construção
de sistemas digitais. Tal como um registo representa um arranjo de flip-flops,
um conjunto de registos constitui um arranjo de registos.

Figura 6. Registo de arquivo com acesso aleatório.

Um FIFO é um arranjo de registo especial cujos elementos se agrupam na


mesma ordem em que se colocam ou são introduzidos. Em consequência, não
necessita de uma entrada de direção; está equipado com uma porta de leitura,
uma porta de escrita e sinais indicadores especiais definidos, “FIFO empty”
(FIFO vazio) e “FIFO full” (FIFO cheio). O sinal de escrita chama-se push e de
leitura de pop. Concluindo, um FIFO representa uma camada implementada
com hardware com um tamanho máximo fixo.

Figura 7. Símbolo de um FIFO

Um dispositivo SRAM é muito parecido com um arquivo de registo, excepto


aquele que usualmente é de uma só porta e muito maior em capacidade. A
tecnología SRAM se usa para implementar pequenas memórias rápidas
localizadas próximas do processador.

Em contrapartida, uma DRAM requer o uso de um transístor para armazenar


um bit de dados, enquanto que SRAM necessita de muitos transístores por
cada bit. Esta diferença torna DRAM mais densa e barata, mas também mais
lenta que o SRAM.

Partes Sequenciais Programáveis

As partes programáveis consistem em agrupamentos programáveis de portas


com elementos de memória estrategicamente colocados para reter dados de
um próximo ciclo de relógio.

Os circuitos programáveis oferecem todos os elementos necessários para


implementar una máquina sequencial e também se pode usar como partes
combinatórias se assim desejar. Estes dispositivos requerem duas partes
diferentes: o arranjo de portas e a macrocélula de saída.

O arranjo de portas é no essencial um PAL ou PLA. A macrocélula de saída


contém um ou mais flip-flop, multiplexadores, buffers tri-state ou inversores.

Relógios

Um relógio constitui um circuito que produz uma senha periódica, usualmente a


uma frequência ou taxa constante. O inverso da taxa de relógio é o período do
relógio.
A operação de um circuito sequencial síncrono é orientada por um relógio.

Figura 8. Equação de desigualdade do tempo de relógio para um circuito


combinatório

Desfase = deslocamento

Retardo = atraso

Reloj = relógio
CAPÍTULO VII
SÍNTESE DE CIRCUITOS SEQUENCIAIS
ELEMENTARES

1. Sistemas Sequenciais
Os sistemas sequenciais apresentam nas suas saídas, num determinado
instante de tempo, valores que dependem dos valores presentes nas suas
entradas nesse instante e em instantes anteriores.

• FLIP-FLOP SR
• Circuitos Assíncronos

- Assim que as entradas mudam, as saídas podem mudar.

- Podem ter reacções muito rápidas, mas são (hoje) pouco usados por
serem difíceis de projectar e sofrerem problemas com ruído e “corridas”.

• Circuitos Síncronos

- Há um sinal de sincronismo (chamado CLOCK) que regula todas as


transições.

- Só há transições nos FLANCOS DO CLOCK.

- Nos diagramas temporais, basta analisar o que acontece nos flancos do


CLK.

- O ESTADO SEGUINTE é função apenas das entradas presentes ANTES


do flanco do CLK!

- Após um flanco CLK, em que potencialmente há uma série de sinais a


mudar, existe um período de “relaxamento” em que os sinais se estabilizam
antes de vir o CLK seguinte.

- São dos mais usados actualmente.

• FLIP-FLOP SR controloado por um pulso de clock


• Diagrama de Estados

Flip-Flop SR discreto com clock

Diagrama de Estados de Flip-Flop SR

FLIP-FLOP JK
Flip-Flop JK Bloco

• FLIP-FLOP JK com entradas Preset (reajustado) e Clear (livre)


• FLIP-FLOP JK Master-Slave (Mestre-Escravo)
• FLIP-FLOP T

Este é um flip-flop JK com a particularidade de possuir as entradas J e K curto-


circuitadas (uma ligada a outra), logo quando J assumir valor 1, K também
assumirá o valor q, e quando J assumir o valor zero, K terá igualmente o
mesmo valor zero.

• FLIP-FLOP D (Delay)
REFERÊNCIAS

• Arroz, Guilherme e outros, Arquitectura de Computadores: dos Sistemas


Digitais aos Microprocessadores, IST Press (3.ª Edição).

• Idoeta, I. V. CAPUANO, F. G. Elementos de Electrónica Digital. [S.I.]:


Editora Érica, 1984.

• Idoeta, I. V. CAPUANO, F. G. Sistemas Digitais- Princípios e Aplicações, .


[S.I.]: Editora Érica, 1984.

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