O documento discute a metodologia oralista na educação de surdos que surgiu no século 19 e proibiu o uso de linguagem de sinais. Apesar de tentar normalizar surdos e integrá-los à sociedade falante, a abordagem oralista fracassou porque é difícil para surdos aprender oralização e ler lábios sem acesso prévio à linguagem. A exclusão da linguagem de sinais causou sofrimento à comunidade surda e evasão escolar. A metodologia só começou a flexibilizar séculos depois ao reconhecer a importância
O documento discute a metodologia oralista na educação de surdos que surgiu no século 19 e proibiu o uso de linguagem de sinais. Apesar de tentar normalizar surdos e integrá-los à sociedade falante, a abordagem oralista fracassou porque é difícil para surdos aprender oralização e ler lábios sem acesso prévio à linguagem. A exclusão da linguagem de sinais causou sofrimento à comunidade surda e evasão escolar. A metodologia só começou a flexibilizar séculos depois ao reconhecer a importância
O documento discute a metodologia oralista na educação de surdos que surgiu no século 19 e proibiu o uso de linguagem de sinais. Apesar de tentar normalizar surdos e integrá-los à sociedade falante, a abordagem oralista fracassou porque é difícil para surdos aprender oralização e ler lábios sem acesso prévio à linguagem. A exclusão da linguagem de sinais causou sofrimento à comunidade surda e evasão escolar. A metodologia só começou a flexibilizar séculos depois ao reconhecer a importância
O documento discute a metodologia oralista na educação de surdos que surgiu no século 19 e proibiu o uso de linguagem de sinais. Apesar de tentar normalizar surdos e integrá-los à sociedade falante, a abordagem oralista fracassou porque é difícil para surdos aprender oralização e ler lábios sem acesso prévio à linguagem. A exclusão da linguagem de sinais causou sofrimento à comunidade surda e evasão escolar. A metodologia só começou a flexibilizar séculos depois ao reconhecer a importância
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1.
ORALISMO
Na historia da educação dos surdos, um período muito relevante a ser
estudado é a exclusão da língua de sinais, a partir de uma proposta de educação voltada à metodologia oralista, que teve seu inicio por volta dos anos 1880 no Congresso Internacional de Educação de Surdos que aconteceu em Milão, que durante o “apogeu da adoção da abordagem oralista, os surdos eram até impedidos de usar os sinais para a comunicação” (Santana, Muniz, Peixoto, 2018, p. 113), algo que seria óbvio que a esta tentativa seria rejeitada pela comunidade surda.
Essa metodologia defendia que o ensino da língua falada seria de
primordial para o desenvolvimento da comunicação da criança nascida surda, deste modo integrando o surdo à comunidade de ouvintes, buscando assim uma normalidade. Streiechen, Krause-Lemke, Oliveira e Cruz, discorrem que:
“A metodologia oralista, após o Congresso de Milão, passou a ser
praticada pela maioria das escolas na educação de surdos de muitos países. O uso da língua de sinais foi proibida, começando, assim, uma longa e sofrida batalha do povo surdo para defender o direito linguístico por meio da sua língua natural, a língua de sinais” (STREIECHEN, KRAUSE-LEMKE, OLIVEIRA E CRUZ, 2017, p. 93)
Para Kalatai e Streiechen (2012) uma pessoa que é surda guardar
informações básicas para a oralização é algo extremamente difícil, pois estes indivíduos não são capazes de assimilar as palavras orais do mesmo modo que os ouvintes que desde o seu nascimento tem a habilidade de armazenar os vocabulários na mente, ou seja, essa busca incessante a integração do surdo a partir do treino da fala ou leitura labial seria algo inútil, visto que a barreira física do surdo não permitiria um pleno desenvolvimento linguístico da linguagem oral.
Streiechen, Krause-Lemke, Oliveira e Cruz discorrem que apesar do
banimento do uso de sinais os surdos não o abandonaram, mesmo depois de ser excluída das escolas e no meio familiar. Ademais causou uma grande evasão escolar, dado que a adaptação a nova metodologia de ensino não estava sendo efetiva e agravando o isolamento do aluno surdo no ambiente escolar. No Brasil, em 1857, foi fundada a Primeira escola para surdos, conhecida como INES - Instituto Nacional de Educação de Surdos ela a priori seguia o ensino de linga de sinais, porém com o advento da nova metodologia de ensino de surdos adotou o Oralismo como pratica de ensino e do mesmo modo que em outros países também aboliu o uso de sinais. Em síntese, o Oralismo foi uma tentativa de “normalizar” os surdos de maneira imposta e desrespeitando a identidade surda, deste modo trazendo uma “longa e sofrida batalha do povo surdo para defender o direito linguístico por meio da sua língua natural, a língua de sinais” (Streiechen, Krause-Lemke, Oliveira e Cruz, 2017, p 93). Diante desse fracasso e da percepção de que o Oralismo não estava alcançando a expectativa desejada, que perdurou durante cem anos, aos poucos começaram uma flexibilização “por meio de todos os recursos (sinais, oralização, leitura labial, gestos etc.)” (Streiechen, Krause- Lemke, Oliveira e Cruz, 2017, p 94).