Teoria Musical Ii 2019 VF1
Teoria Musical Ii 2019 VF1
Teoria Musical Ii 2019 VF1
Julho, 2019
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ÍNDICE
Introdução…………………………………………………………….............….................……………………...4
Prospectus da UEM………………………………………………..............…...................……………………….5
Plano temático…………………………………………………..............…................……………………………6
Lições 1 e 2……………………………………..……………..............….................……………………………..7
Lições 3 e 4……………………………………………………………………................…...............…………..11
Lições 5 e 6…………………………………………………..............…..……………………….................……13
Lições 7 e 8………………………………………..…………………..............………………….................……17
Lições 9-14……………………………………………………………………..............………….................…..23
Lições 15 e 16……………………………………………………………………………..............…...................28
Lições 17 e 18…………………………...……………………………………………..............……................…29
Lições 19 e 20…………………………………..............………………………………………….................…..33
Lições 21 e 22…………………………………..............……………………………………….................……..35
Lições 23 e 24…………………………………………..............…………………………………...................…39
Lições 25 e 26……………………………………………………..............……………………….................…..41
Lições 27 e 28………………………………………………………………................……….................………46
Lições 29 e 30…………………………………………………………………………....................................….49
Lições 31 e 32…..……………………………………………………………………..............….................……53
Considerações finais…………………………………………………………….................……………..............54
Bibliografia……………………………………………………………………………….....................................55
Pentagrama………………………………………………………………………………….................................56
4
INTRODUÇÃO
OBJECTIVOS
Prossecução do desenvolvimento de conceitos relacionados com a disciplina, abordados no
primeiro semestre.
RESULTADOS ESPERADOS
O aluno deverá, para além de desenvolver as competências no semestre anterior, adquirir um
conjunto de outras competências mais complexas relativas à Teoria da Música
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
- Dominar o conceito de Intervalos Melódicos e Intervalos Harmónicos;
- Definir Intervalos;
- Reconhecer e analisar intervalos, quer auditivamente, quer através da notação;
- Designar intervalos numérica e qualitativamente;
- Dominar o conceito de Tonalidade Maior e menor;
- Dominar a transcrição de intervalos melódicos ou harmónicos, através da audição;
- Identificar auditivamente Tonalidades Maiores e menores.
COMPETÊNCIAS GENÉRICAS
- Desenvolver a acuidade auditiva;
- Dominar os conceitos e regras da Teoria Musical;
- Perceber a utilidade dos conceitos abordados;
- Relacionar e utilizar a Teoria Musical nas outras disciplinas do curso.
TEMAS
Tons e Meios-tons | Intervalos Melódicos | Intervalos Harmónicos | Análise numérica e
qualitativa de intervalos | Cifras dos Intervalos | Tonalidade Maior | Tonalidade menor |
Exercícios de Consolidação.
BIBLIOGRAFIA INDICATIVA
- Kennedy, Michael (1994). Dicionário Oxford de Música. Publicações D. Quixote: Lisboa;
- Michelis, Ulrich (2003). Atlas de Música I – Parte Sistemática. Gradiva: Lisboa;
- Platzer, Frédéric (2001). Compêndio de Música. Edições 70: Lisboa;
- The New Groove Dictionary of Music and Musicians (2001). Macmillan: London;
- Zamacois, Joaquín (2002). Teoria de la Música I. Idea Books: Barcelona.
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PLANO TEMÁTICO
Nr.licção Conteúdos Objectivos específicos
1e2 Tons e semitons - Identificar os tons e semintos na escala de Dó maior.
Acidentes ou alterações - Quantificar os tons e semitons em qualquer intervalo;
- Identificar os acidentes musicais e a sua função;
- Estruturar tons e semitons a partir de uma determinada nota,
aplicando alterações;
- Reconhecer a quantidade de tons e semitons auditivamente.
3e4 Exercícios - Identificar os tons e semintos;
- Quantificar os tons e semitons;
- Identificar os acidentes musicais e a sua função;
- Estruturar tons e semitons a partir de uma determinada nota,
aplicando alterações;
- Reconhecer a quantidade de tons e semitons auditivamente;
5e6 Intervalos - Caraterizar e entoar os intervalos;
- Cifrar os intervalos;
- Identificar os intervalos musicais audivamente.
7e8 Qualificação e inversão de - Caraterizar e entoar os intervalos qualificáveis;
intervalos - Identificar os intervalos qualificavéis audivamente.
- Inverter intervalos;
- Cifrar os intervalos;
- Distinguir os intervalos dissonantes e consonantes
teoricamnte e auditivamente.
9, 10, 11, Exercícios - Caraterizar e entoar os intervalos
12, 13, 14 - Cifrar os intervalos;
- Distinguir os parâmetros de análise intervalar teoricamnte e
auditivamente.
15 e 16 Primeira prova - Examinar o nível de compreensão dos conteúdos aprendidos.
17 e 18 Escalas maiores - Identificar e entoar as diversas escalas maiores;
Armaduras de claves das escalas - Reconhecer e ordenar os acidentes na pauta.
maiores
19 e 20 Exercícios - Identificar e entoar as diversas escalas maiores;
- Construir escalas maiores;
- Executar escalas maiores no instrumento do estudante.
21 e 22 Armaduras de clave das escalas - Identificar as tonalidades maiores a partir de armadura de
maiores clave;
- Reconhecer e ordenar os acidentes na pauta.
23 e 24 Exercícios - Identificar as tonalidades a partir de armadura de clave;
- Reconhecer e ordenar os acidentes na pauta.
LIÇÕES 1 E 2
Conteúdo: Tons e semitons;
Acidentes ou alterações.
Objectivos: - Identificar os tons e semintos na escala de Dó maior.
- Quantificar os tons e semitons em qualquer intervalo;
- Identificar os acidentes musicais e a sua função;
- Estruturar tons e semitons a partir de uma determinada nota, aplicando as
alterações;
- Reconhecer a quantidade de tons e semitons auditivamente.
Tom e semiton
A escala diatónica é uma série de sons dispostos em graus conjuntos na sua ordem
natural, guardando as posições de tons e semitons. A escala maior é um padrão específico de
pequenos intervalos (chamados de semitom) e intervalos maiores (chamados de tom inteiro)
dentro de uma oitava. Um semitom é a distância entre uma tecla no piano para a próxima
tecla, seja ela branca ou preta. Usando somente as teclas brancas do piano, existem somente
dois semitons dentro de uma oitava, conforme a figura 1 (KOSTKA; PAYNE, 2015, p. 5).
Para obter um tom inteiro salte a nota vizinha do teclado e vai para a segunda mais
próxima. Usando somente as teclas brancas do piano, existem cinco tons inteiros em cada
oitava (figura 2).
Os tons e semitons estão resumidos na figura 4 por meio de uma escala de Dó maior
(Figura 4).
Figura 4: Tons e semitons nos tetracordes da escala maior.
Em função dos efeitos dos acidentes podemos construir quaisquer intervalos que
pretendemos, colocando um acidente na nota que queremos alterar (figura 6).
Observe que, quando escrevemos por extenso ou falamos o nome das notas e dos
acidentes, colocamos o acidente por último (por exemplo, fá sustenido), mas no pentagrama o
acidente sempre precede a nota que ele modifica como na figura 7.
LIÇÕES 3 E 4
Conteúdo: Exercícios.
Objectivos: - Identificar os tons e semintos;
- Quantificar os tons e semitons;
- Identificar os acidentes musicais e a sua função;
- Estruturar tons e semitons a partir de uma determinada nota, aplicando
alterações;
- Reconhecer a quantidade de tons e semitons auditivamente;
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6. Cante um tom (T), um semitom (S), um tom e meio (TS), etc ascendente e descendente a
partir da nota dada.
LIÇÕES 5 E 6
Conteúdo: Intervalos.
Objectivos: - Caraterizar e entoar os intervalos;
- Cifrar os intervalos;
- Identificar os intervalos musicais audivamente.
Intervalo
O intervalo é a diferença de altura entre duas notas; a relação existente entre duas
alturas; o espaço que separa uma altura da outra; a medição da distância de altura entre duas
notas (CARDOSO, MASCARENHAS, 1996, p. 85; MED, 1996, p. 60; KOSTKA; PAYNE,
2015, p. 16).
Existem duas partes para qualquer nome de intervalo: a parte numérica e seu sufixo.
Como a figura 8 ilustra, a parte numérica é uma medição de quão longe as notas estão
afastadas verticalmente no pentagrama, sem levar em consideração quais acidentes estão
envolvidos (KOSTKA; PAYNE, 2015, p. 16). Quanto à quantificação ou denominação os
intervalos podem ser de 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, etc dependendo do número de graus que abrangem.
Os intervalos podem ser superiores (ascendentes) quando a primeira nota é mais grave
que a segunda e inferiores (descendentes) quando a primeira nota é mais aguda (CARDOSO;
MASCARENHAS, 1996, p. 86; MED, 1996, p. 60, ver a figura 11). Esta classificação só faz
sentido para os intervalos melódicos.
É importante notar que o intervalo harmónico de uma segunda é escrito com a nota
mais aguda um pouco à direita da nota inferior. Acidentes são escritos da mesma forma para
intervalos harmónicos de segunda, terça ou quarta, se ambos necessitarem de um acidente
(KOSTKA; PAYNE, 2015, p. 16, ver a figura 13).
Exercícios
LIÇÕES 7 E 8
As segundas, terças e sétimas são modificadas pelo termo maior (M) ou menor (m).
Os intervalos formados pelo I-II, I-III, I-VI e I-VII na escala maior são todos intervalos
maiores, como é possível ver na figura 16.
Constatamos que uma segunda invertida se torna uma sétima, uma terça se torna uma
sexta, e assim por diante (figura 20).
Antigo sufixo m M J + O
Novo sufixo M m J o +
(ascendentes) (descendentes)
Intervalos Intervalos
Esta série é composta por intervalos consecutivos de segundas: as que têm uma
curvilínea são menores (semitom) e as restantes são maiores - (exercícios auditivos).
Todas as terças que começam no Dó, Fá e Sol da série dada são maiores (elas não
tem semitom na sua estrutura, têm apenas dois tons) e as restantes que começam no Ré, Mi,
Lá e Si são menores (têm semitom na sua estrutura) - (exercícios auditivos).
Todas as quartas da série são justas com excepção de uma que apresenta 3 tons (Fá-
Si= quarta aumentada [4+ ou #4]) - (exercícios auditivos).
Todas as quintas da série são justas com excepção de uma que apresenta 3 tons (Si-
Fá=quinta diminuta) - (exercícios auditivos).
A sexta maior (figura 23) fica 1 tom em frente de uma quinta justa (Dó-Sol=quinta
justa + um tom de Sol para Lá) e a menor fica 1 semitom em frente da quinta justa (Mi-
Si=quinta justa + um semitom de Si para Dó) - (exercícios auditivos).
A sétima maior (figura 24) fica ½ tom abaixo da tónica (Dó-Si, pois ao mudar o
registo (invrter) da tónica Dó para uma oitava acima teremos ½ tom de Si para Dó). A sétima
menor fica 1 tom abaixo da tónica (Ré-Dó, pois ao mudar (inverter) o registo da tónica Dó
para uma oitava acima teremos 1 tom de Dó para Ré) - (exercícios auditivos).
Neste nível de teoria musical é suficiente afirmar que terças e sextas maiores e
menores, e quintas e oitavas perfeitas são consonantes. Todos os outros intervalos (segundas
e sétimas maiores e menores) são dissonantes. Segundo Kostka e Payne (2015, p. 19) “Uma
excepção é a 4J, que é considerada dissonante somente quando ela ocorre acima da voz mais
grave.
Conteúdo: Exercícios.
Objectivos: - Caraterizar e entoar os intervalos
- Cifrar os intervalos;
- Distinguir os parâmetros de análise intervalar teoricamnte e auditivamente.
Estas quatro lições serão dedicadas para a realização de exercícios que foram
maioritariamente retirados do livro de Kostka e Payne (2015).
7. Escreva o intervalo específico abaixo da nota dada. (Você poderá achar útil inverter o
intervalo primeiro em alguns casos).
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9. Todos os intervalos abaixo são uníssono, quartas, quintas ou oitavas. Escreva “J” no
espaço dado somente se o intervalo é justo.
10. Todos os intervalos abaixo são segundas, terças, sextas ou sétimas. Escreva “M” ou “m”
no espaço dado.
12. A maioria dos intervalos abaixo são aumentados ou diminutos. Classifique cada intervalo.
15. Análise o intervalo circulado em 14 tendo em conta todos os elementos que aprendeu.
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17. Embaixo de cada um dos intervalos harmônicos, indique se ele é consonante (“C”),
dissonante (“D”). Nb: é relevante a execução e audição de cada intervalo.
18. Analise e execute os intervalos abaixo, caracterizando todos os elementos que aprendeste.
27
28
20. Cante diferentes intervalos a partir de uma nota sugerida pelo professor.
LIÇÕES 15 - 16
Conteúdo: Primeira prova.
Objectivos: - Examinar o nível de compreensão dos conteúdos aprendidos.
LIÇÕES 17 - 18
Conteúdo: Escalas maiores.
Armaduras de claves das escalas maiores.
Objectivos: - Identificar e entoar as diversas escalas maiores;
- Reconhecer e ordenar os acidentes na pauta.
Tonalidades de escalas
A Escala Maior
A escala diatónica é uma série de sons dispostos em graus conjuntos na sua ordem
natural, guardando as posições de tons e semitons. Nesta disciplina refletiremos sobre escalas
maiores e menores, as quais formam a base da música tonal. No entanto, é importante que
saiba que existem muitos outros tipos de escalas, algumas das quais serão abordadas nos
níveis subsequentes desta disciplina.
A escala maior, como vimos nas lições 1 e 2, é um padrão específico de pequenos
intervalos (semitom) e intervalos maiores (tom inteiro) dentro de uma oitava (KOSTKA;
PAYNE, 2015, p. 5). Portanto, a escala diatónica maior é formada por 5 tons e 2 semitons.
Os semitons se encontram do III para o IV e do VII para o VIII. Os outros graus são
separados por tons (CARDOSO; MASCARENHAS, 1996, p. 31).
“O intervalo característico que forma uma escala maior é o intervalo entre a sua tónica
e mediante – intervalo maior, consistindo em dois tons inteiros: C tom D tom E” (KÁROLYI,
1965, p. 61).
O padrão de tons e semitons da escala maior é o mesmo encontrado nas teclas brancas
de qualquer dó para o próximo dó. De acordo com Kostka e Payne (2015, p. 6) “a escala
maior pode ser pensada como dois padrões de quatro notas idênticas separadas por um tom
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inteiro. Esses padrões de quatro notas são chamados tetracordes. Um tetracorde é uma
sequência de quatro graus conjuntos de uma escala. Para uma escala maior, por exemplo,
temos dois tetracordes consecutivos iguais, cuja distância entre os graus é de dois tons e um
semitom, gerando tom-tom-semitom para cada tetracorde (figura 25)”.
Em uma partitura com clave de sol na segunda linha, os tetracordes da escala maior
se apresentam no seguinte molde (Figura 26).
Para executar uma escala de Sol maior, tería que saltar a tecla branca referente à nota
fá e tocar a tecla preta entre o fá e o sol. Desta forma, adicionará um acidente a aquela nota,
ou seja, um símbolo que eleva ou abaixa uma nota em um tom ou semitom (KOSTKA;
PAYNE, 2015, p. 7).
Em função dos efeitos dos acidentes aprendidos nas lições 1 e 2 pode construir a
escala de Sol maior ficar em conformidade com o padrão de escala maior ao adicionar um
acidente, nesse caso um sustenido na nota fá (figura 29).
Em uma partitura com clave de sol na segunda linha, os tetracordes da escala maior
em sol se apresentam no seguinte molde (Figura 30).
LIÇÕES 19 - 20
Conteúdo: Exercícios.
Objectivos: - Identificar e entoar as diversas escalas maiores;
- Construir escalas maiores;
- Executar escalas maiores no instrumento do estudante.
1. Semitons na escala maior ocorrem entre os graus ______ e ______ assim como entre os
graus ______ e ________.
2. A escala maior consiste em dois padrões idênticos de quatro notas chamados ___________
3. Escreva as escalas especificadas usando acidentes ocorrentes. Mostre o local dos tons e
semitons, como no exemplo abaixo.
Dó maior Fá# maior
4. Represente 12 escalas maiores (6 com bemóis e 6 com sustenidos) usando o ciclo lógico da
construção das escalas. Use acidentes ocorrentes e uma clave a sua escolha. Toque as escalas
construidas no seu instrumento.
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LIÇÕES 21 – 22
Lendo em sentido horário em volta do ciclo de quintas abaixo, você verá que, cada
nova tonalidade inicia no V (o quinto grau da escala) da tonalidade anterior (figura 32).
Figura 32: Ciclo das quintas.
Partindo para o lado esquerdo, isto é em 5ªs justas descendentes, temos Fá (F) maior
com 1b, Sib (Bb) maior com 2b etc (GUEST, 2009, p. 25). Na indicação de Kostka, Payne
(2015, p. 8) “existem também sete armaduras de clave que usam bemóis. Excepto para a
tonalidade de Fá maior, o nome da tonalidade é a mesmo do penúltimo bemol na armadura de
clave” (figura 34).
Como pode entender na tabela 3 existem três pares de tonalidades maiores que
soariam exactamente iguais - ou seja, elas seriam executadas nas mesmas teclas do piano. O
Si maior é igual a Dób maior, Fá# maior = Solb maior e Dó#maior = Réb maior.
Notas que têm nomes diferentes, mas soam iguais, são chamadas de
enarmônicas; assim sendo, Si maior e Dó bemol maior, por exemplo, são
tonalidades enarmônicas. Se duas tonalidades maiores não são enarmônicas,
então elas são transposições uma da outra. Transpor significa escrever ou
tocar uma música em uma tonalidade diferente da original (KOSTKA;
PAYNE, 2015, p. 8).
As armaduras de clave nas figuras 33 e 34 devem ser memorizadas não somente pelo
número de acidentes envolvidos, mas também a sua ordem e local de escrita no pentagrama.
Note que o padrão de posicionamento dos sustenidos no pentagrama muda no quinto
sustenido para ambas as claves de sol e clave de fá. Procure repetir a ordem dos acidentes
para os sustenidos (FCGDAEB) e para os bemóis (BEADGCF) até que você se sinta
confiante com ela (KOSTKA; PAYNE, 2015, p. 8). A tabela 4, então, apresenta os acidentes e a
maneira da sua organização ou ordenamento.
Nb: Cada estudante deve providênciar quatro obras em tonalidades maiores. As obras
devem constituir seu repertório de estudo. Estas peças devem ser apresentadas
preferencialmente em formato digital (electrónico) nas lições 23 e 24.
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LIÇÕES 23 - 24
Conteúdo: Exercícios.
Objectivos: - Identificar as tonalidades a partir de armadura de clave;
- Reconhecer e ordenar os acidentes na pauta.
5. Cada estudante apresenta e justifica as tonalidades das obras elegidas nas lições 21 e 22.
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LIÇÕES 25 - 26
Conteúdo: Escalas menores - natural, harmónica e melódica;
Escalas homónimas;
Exercícios.
Objectivos: - Reconhecer e entoar as diversas tonalidades menores;
- Identificar escalas homónimas;
- Construir as diversas escalas menores.
Escalas menores
O intervalo característico que forma uma escala menor é o intervalo entre a sua tónica
(I) e mediante (III) – intervalo menor, consistindo em um tom e um semitom: C tom D
semitom Eb. A abordagem das escalas menores será baseada nas escalas homónimas. Escalas
homónimas são aquelas que têm a mesma tónica, contudo modos diferentes. Portanto, “se
uma escala maior e uma escala menor compartilham o mesmo I grau, como o fazem as
escalas de Dó Maior e dó menor, por exemplo, elas são chamadas de homónimas.
Poderíamos dizer que Dó Maior é o homónimo maior de dó menor” (KOSTKA; PAYNE, 2015,
p. 13).
Menor Natural
A escala menor natural é parecida com a escala maior, mas ela apresenta o III, VI e
VIII abaixados (figura 35).
Figura 35: Escala menor natural e sua relação intervalar com tónica.
A escala menor é constituída pelo seguinte padrão intervalar TSTTSTT (figura 36).
Menor Harmónica
A escala menor é constituída pelo seguinte padrão intervalar TSTTSTSS (figura 38).
Menor Melódica
Figura 39: Escala menor melódica e sua relação dos intervalar com a tónica.
A escala menor melódica é constituída pelo seguinte padrão intervalar TSTTTTS (figura 40).
Exercícios
1. Escreva as escalas especificadas usando acidentes. Não use armadura de clave. Mostre o
local dos tons e semitons, como no exemplo abaixo.
LIÇÕES 27 - 28
Conteúdo: Armaduras de claves das tonalidades menores.
Escalas relactivas;
Exercícios.
Objectivo: - Identificar e estruturar as tonalidades menores a partir de armadura de clave;
- Reconhecer e ordenar os acidentes na pauta;
- Caracterizar escalas relactivas.
O ciclo de quintas é uma das formas de mostrar os nomes das tonalidades menores e
suas relativas maiores, assim como suas armaduras de clave. Portanto, cada escala maior tem
a sua correspondente escala menor, que possui a mesma indicação de tom. O vi grau de uma
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escala maior é também o primeiro grau da sua menor correspondente. Em outras palavras,
partindo da escala menor o III grau de uma escala menor é o I grau da sua escala maior
correspondente (figura 43).
Figura 43: Tonalidades menores e suas relativas maiores no ciclo das quintas.
Muitos casos vivenciados nas aulas de Teoria de Música demostraram que é mais
fácil aprender as escalas menores em termos de suas relactivas maiores, como está no
diagrama do ciclo de quintas (figura 43), do que em termos de suas homónimas maiores, que
foi como as escalas menores foram introduzidas. “Ao usar a abordagem da relactiva maior,
lembre-se que a armadura de clave para qualquer escala menor está de acordo com a escala
menor natural e que os acidentes devem ser usados no pentagrama de acordo com sua
variante” (KOSTKA; PAYNE, 2015, p. 13).
Particularmente, é relevante alterar ascendentemente o vii da escala menor natural
para produzir a escala menor harmónica e alterar ascendentemente o vi e vii graus da escala
menor natural para obter a forma ascendente da escala menor melódica, como foi apresentado
nas lições 25 e 26.
48
Kostka e Payne (2015, p. 13) afirma que “é muito importante practicar fielmente
todas as escalas maiores e menores em um instrumento, até que elas se tornem padrões
memorizados. Uma compreensão intelectual de escalas não substitui a familiaridade táctil e
aural que resultará dessas horas de prática”.
Nb: Cada estudante deve providênciar quatro obras em tonalidades menores. As obras devem
constituir seu repertório de estudo. Estas peças devem ser apresentadas preferencialmente em
formato digital (electrónico) nas lições 29 e 30.
LIÇÕES 29 - 30
Conteúdo: Exercícios.
Objectivos: - Identificar e estruturar as tonalidades menores a partir de armadura de clave;
- Caracterizar escalas relactivas.
5.4. Registe a tonalidade relactiva da peça nas claves de sol, fá e dó. Cante e execute no seu
instrumento as escalas construídas e compare auditivamente e reflexivamente a sua
sonoridade.
5.5. Grafe a tonalidade homónima da peça nas claves de sol, fá e dó. Cante e execute no seu
instrumento as escalas construídas e compare auditivamente e reflexivamente a sua
sonoridade.
5.6. Canta o trecho em estudo nas escalas maior natural, menor antiga (natural), harmónica e
melódica.
5.7. Prossiga com este exercício para outras tonalidades e obras obedecendo ao ciclo das
quintas. Tenha o cuidado de trabalhar um acidente na forma ascendente e assim também o
fazer na forma descendente. Nunca trabalhar todo ciclo descendente sem trabalhar
simultaneamente o ascendente, ou vice-versa. É importante selecionar as obras
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pedagógicamente - elas devem conter o III, VI e VII, pois são os graus que sofrem uma
transformação até então.
6. Cada estudante apresenta e justifica as tonalidades das obras elegidas nas lições 27 e 28.
1
As notas musicais podem ser representadas através do alfabeto musical: Lá=A, Si=B, Dó=C, Ré=D, Mi=E,
Fá=F, Sol=G, Lá=A. Essa ordem de concepção foi motivada pelo uso do diapasão, um instrumento metálico
utilizado para auxiliar a afinação de instrumentos musicais e vozes. O diapasão tem a forma de uma forquilha
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Entende-se que para construimos uma escala maior com sustenidos, colocamos a
tónica dada, depois determinamos o número de acidentes através da sétima desta escala/tom.
Por exemplo: a escala de Ré maior tem como sétima C, e ao observar a ordem dos sustenidos
vamos verificar que antes de C aparece o F, o que nos leva a constatar que o Ré maior tem
dois sustenidos no F e C.
Em outra direção, para construir uma escala com bemóis determinamos a tonalidade.
Tomamos a ordem dos bemóis para identificar a nota que conscinde com tónica a qual vamos
adicionar o próximo acidente para definir o número de acidentes previstos na escala.
Exemplo: A Escala de Ab terá 4 bemóis, pois para além dos 3 bemóis que determinamos
através da tónica adicionamos o bemol a seguir.
Voltando a interpretação dos retângulos dados na figura 44, notamos que por baixo
dos tons maiores estão colocados os seus relactivos. Analizando de forma vertical
observamos que o tom maior em relação a sua relactiva menor localiza-se à uma terça menor
abaixo (descendente) ou uma sexta maior acima (ascendente); contudo horizontalmente, a
partir do lá menor, obedece intervalo de quinta ascedente para a direita e quinta descendente
para a esquerda. Lembre que as escalas relativas tem a mesma quantidade de acidentes, mas
com modos diferentes.
LIÇÕES 31 – 32
(letra "U") e funciona com a vibração sonora. Ao vibrar, o diapasão emite a nota de referência (Lá=440 hertz)
para sintonizar o instrumento musical, afinando-o.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Enfim, tenha sempre em mente que “Para se tornar um bom músico ou pedagogo é
necessário um pouco de talento e inspiração, muito estudo e perseverança, humildade para
reconhecer as suas deficiências, e muito esforço e paciência para vencê-las” Med (1996, p.
397, grifo meu).
Bibliografia
GUEST, Ian. Harmonia: Método Prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2009.