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Realizado por:
Beatriz Santana, Duarte Cruz, Eduardo Carrilho, Liliana Del Frari, Rafael Chambel, Rodrigo Crisóstomo
Grupo B
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ÍNDICE:
1. Introdução.............................................................................………3
2. Os Edifícios:
2.1- Contextualização Histórica de:………………………….....4
- Mosteiro de Santa Clara-A-Nova;
- Mosteiro São Vicente de Fora;
3. As Fachadas:
3.1- Implantação:………………………………………………….9
- Mosteiro de Santa Clara-A-Nova
- Mosteiro São Vicente de Fora
4. Conclusão………………………………………………………………13
5. Bibliografia……………………………………………………………...14
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1-INTRODUÇÃO
O presente trabalho é referente à disciplina de Introdução à Arquitetura e a
Cidade, da Universidade de Coimbra, que tem como objetivo fazer a análise e
comparação de duas obras edificadas, apresentando as diferenças e similaridades
entre elas. A primeira obra já definida é o Mosteiro de Santa Clara-A-Nova, ficando a
outra à escolha.
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2-OS EDIFÍCIOS
2.1-Contextualização Histórica
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policromática narram a história da sua vida. O uso de talha dourada no altar também
evidencia a riqueza, a importância do espaço como elemento do edificado e o seu
estilo maneirista. As suas fachadas, bem como as do dormitório, relacionam-se com a
paisagem, acompanhando o Mondego e, tendo na sua frente, a cidade universitária. A
decoração interior das mesmas era baseada na exposição de painéis de azulejo,
característico do estilo barroco. Graças a este aproveitamento de paisagem para o
leito do rio, a cerca foi introduzida na parte posterior do edifício.
Também no Corpo Religioso, o coro era o espaço mais importante na relação com o
Mosteiro por corresponder ao local de oração das religiosas e onde estas estavam
autorizadas a assistir à missa. O Mosteiro de Santa Clara-a-Nova seguia o esquema
estabelecido pela Regra das Clarissas com a entrada pública lateral e o seu interior
definido por uma arquitetura sóbria, ausente de ornamentos.
O dormitório do complexo foi idealizado como se fosse uma construção autónoma que
se destaca do restante conjunto. Organizava-se num extenso corredor dispondo de um
grande pé direito. Este espaço era definido por um corpo longitudinal de 180,5 metros
de comprimento. Esta porção do edificado ganhou importância dado que, através da
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sua composição arquitetónica com dois torreões de cúpulas quadradas na sua
extremidade e com uma fachada de nível formal, se assemelha a um alçado de um
palácio.
Mais tarde, o monumento clerical deixou de pertencer a uma ordem religiosa a partir
de 1891 a quando a última monja morreu, tornando-se assim propriedade do governo.
A 23 de junho de 1910, o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, foi considerado como
Monumento Nacional.
A sua posse por parte do governo permitiu que o edificado fosse utilizado por quase
um século como um quartel para o exército português até 2006, onde o exército o
abandonou, ficando mais uma vez vazio. Contudo, desde 2017, o programa REVIVE,
com o intuito de preservar o mosteiro enquanto monumento nacional, não deixou o
desgaste contínuo afetá-lo. Santa Clara-a-Nova abre portas para receber o Bienal
Anozero de Arte Contemporânea de Coimbra a cada dois anos.
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mais especificamente, em cima do morro de São Vicente onde se encontrava um dos
dois acampamentos dos cruzados, justificando assim a sua toponímia.
Séculos mais tarde, em 1580, dava-se início à dinastia filipina, cuja grande obra
deixada foi a construção do Mosteiro de São Vicente de Fora. Em 1590, começa a
construção deste edificado que foi suportado pelas fundações e cisternas, que ainda
hoje funcionam, daquilo que era o mosteiro medieval de São Vicente constituído por
uma igreja e um hospital aberto à população.
Este novo edificado teve como principais arquitetos Filippo Terzi, Juan Herrera e
Baltazar Álvares, considerado em 1597 o mestre da obra, deixando-nos o primeiro
grande exemplar da arquitetura maneirista em Portugal. No entanto, foi nos faustosos
reinados de D. Pedro II e D. João V (séc. XVII e XVIII) que se aplicou o rico
revestimento artístico e decorativo que vemos hoje, nomeadamente os mármores
embutidos, a talha dourada e os inúmeros painéis de azulejos, isto da autoria dos
arquitetos da Dinastia dos Tinocos, Frederico Ludovice e Machado Castro, que
utilizaram um estilo arquitetónico clássico defendido pelo arquiteto romano Vitrúvio ou
o arquiteto renascentista Sebastiano Serlio.
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mesmo comprimento que a largura das três naves; a Sala do Capítulo; o Panteão Real
e outras salas compõe o mosteiro de São Vicente de Fora.
Em termos de vida social, o Mosteiro esteve ocupado pela Ordem dos Cónegos
Regrantes de Santo Agostinho, ordem de elite e conhecimento, desde a sua fundação
até 1834, data de extinção das ordens religiosas em Portugal. Durante este período,
destaca-se a passagem de Santo António pelo Mosteiro, local onde viveu os seus
primeiros tempos como monge. No século XIX, passa a pertencer ao Estado e é
instalado o Liceu Gil Vicente, entre outros serviços estatais. Atualmente, acolhe a
Cúria do Patriarcado de Lisboa.
Tendo em conta tudo o que foi mencionado anteriormente, tanto Santa Clara a Nova
como São Vicente de Fora se relacionam mutuamente quando ao seu estilo maneirista
e barroco, sendo o segundo o modelo para outras construções contemporâneas do
séc. XVI e XVII.
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3-AS FACHADAS
3.1-Implantação
Quanto à igreja, o seu corpo foi apenas concluído em 1696, anos após a construção
dos dormitórios, obrigando à instalação provisória de uma capela no primeiro andar do
mosteiro. O edifício segue a habitual tipologia das igrejas monásticas femininas,
também presente no mosteiro de São Vicente de Fora. No interior da igreja, nós
confrontamo-nos com uma elevada clareza espacial, complementado com uma
ausência total de ornamento. Estruturalmente, a igreja é cercada por paredes com
espessuras de dimensões bastante consideráveis.
Por outro lado, a construção do claustro iniciou-se em 1704. O claustro possui dois
pisos: o inferior, composto por volumosos arcos de volta inteira, e o superior,
encerrado, com paredes adornadas e vãos direcionados para o pátio, ajuntando-se a
este conjunto um grupo nichos neoclássicos. A edificação do claustro foi iniciada após
a mudança das ordens religiosas para o mosteiro, porém a construção do mesmo
concluiu em 1760. No ano seguinte, em 1761, é iniciada a construção da portaria. Esta
zona do edifício apresenta na sua fachada um amplo portal e um marcante frontão,
suportado por quatro colunas, onde, em consolidação com o claustro, exibe nichos
não ornamentados.
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volta inteira, de feição seiscentista, ladeado por 2 pares de pilastras caneladas que se
finalizam em acrotérios e que se articulam com uma janela de sacada coroada por um
brasão de armas do reino. É a partir deste portal que se tem acesso aos claustros da
portaria.
Ambas as fachadas dos dois mosteiros apresentam uma evidente e forte inspiração
nos clássicos, sobretudo quanto ao nível da simetria, um dos aspetos defendidos pela
arte greco-romana. No caso de Santa Clara-a-Nova, a sua fachada é relativamente
austera com um longo vão de janelas de traço sóbrio que percorre pela parede, sendo
a repetição dos elementos uma característica da arquitetura francesa barroca como
acontece com o palácio de Versailles. Além disso, a parte superior do vão da entrada
que se iria considerar como o "tímpano" deste acesso é remarcado com um elemento
nacionalista (brasão).
3.3-Estruturação
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tipicamente maneirista tais como pilastras da ordem colossal romana que
descarregam o peso das coberturas interiores em abóbada, rasgadas por janelas em
capialço. Adicionalmente, a entrada principal é desenvolvida por um portal de verga
reta mais ostensivamente decorado com tabela e escudo nacional.
A sua fachada principal virada a Este, com dois dos registos definidos e marcados por
frisos, rematando-os em platibanda, tem no registo da nave a marcação das seis
pilastras de tendência artística maneirista firmadas por pináculos de bola que marcam
exteriormente os cinco tramos da nave, ou seja, os dois intermédios de menores
dimensões. No centro, o corpo da nave tem um portal de verga reta ladeado por triplas
pilastras toscanas que sustentam entablamento com friso pormenorizado por tríglifos e
uma tabela retangular que o sobrepõe. A tabela é cuidadosamente decorada pelo
escudo português sustentado por dois anjos e flanqueada por pilastras jónicas e aletas
volutadas, tendo no remate um frontão de lanços com cruz no centro. Também se
distingue, através da utilização de pilastras adossadas, as áreas culturais públicas das
privadas, cujo acesso é feito a partir de um portal enobrecido pelo brasão de armas de
Portugal, igualmente sustentado por dois anjos custódios. Contemplando o seu topo,
podemos observar que cada pano é rasgado por uma janela retilínea em capialço,
surgindo no do extremo direito uma sucessão de quatro frestas de iluminação de
escada. O corpo dos coros tem quatro janelas no registo inferior e cinco no superior,
surgindo, no extremo direito uma sucessão de frestas.
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Paralelamente, o alçado principal do mosteiro de São Vicente de Fora é integralmente
de cantaria, de um só corpo limitado por duas torres sineiras de secção quadrada
dominadas por uma cúpula e um lanternim, organizando-se em duas níveis. No
primeiro nível, rasgam-se três vãos em arco de volta inteira, de acesso à galilé,
cercados e separados por pilastras e rematados por três nichos com estátuas da
esquerda para a direita de São Vicente, Santo Agostinho e São Sebastião com os
laterais coroados por frontões triangulares e o central por frontão curvo. No nível
superior abrem-se três janelões retangulares sobrepujados de frontão curvo (os
laterais) e triangular (o central). Acima da cornija eleva-se uma platibanda de
balaústres e plintos com pináculos piramidais.
As torres de três níveis são delimitadas lateralmente por dupla pilastra, enriquecendo
no primeiro nicho com estátua erguido por frontão curvo. Já no seu nível imediato
existe um nicho com estátua dotado de frontão triangular. No alçado principal oeste,
destaca-se o portal em arco de volta perfeita, de feição seiscentista, ladeado por dois
pares de pilastras caneladas, que terminam em acrotérios e assim se articulam com
uma janela de sacada coroada por uma pedra de armas do reino enquanto as outras
quatro janelas, exatamente iguais, sucedem-se para a direita do portal.
4-CONCLUSÃO
Foi então discutido neste trabalho dois mosteiros de grande renome e imponência
paisagística onde se encontram. Primeiramente, o mosteiro de Santa Clara-a-Nova,
localizado em Coimbra, foi mandado construir para receber o corpo da Rainha Santa
Isabel e a Ordem das Clarissas. Em seguida, foi observado o mosteiro de São Vicente
de Fora, situado em Lisboa. Achámos pertinente fazer a comparação destes dois
monumentos, embora construídos em tempos diferentes, em ambos se vê traços do
estilo maneirista e barroco, como outras características idênticas.
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Conseguimos, portanto, perceber que ambos partilham uma forte influência na
paisagem em que se inserem, estando ambos elevados do nível da cota da água, e
acima dos edifícios em seu redor. Em comparação, também têm em termos de
decoração idêntica vastos painéis de azulejos e o uso da talha dourada, referenciando
a arte barroca portuguesa. O ponto de comparação mais relevante e crucial para o
desenvolvimento deste trabalho foram as suas fachadas, mais propriamente as
fachadas dos dormitórios que primam a sua similaridade pela sua simetria. Essa
parecença é reforçada com o uso do estilo barroco, embora de origens diferentes.
5-BIBLIOGRAFIA:
-Tese de Mestrado Mosteiro de Santa Clara-A-Nova: O Legado da Memória na
construção de um futuro de Mariana Costa e Silva Carvalho
-Visita guiada realizada por Joana Santos Coelho licenciada em História de Artes em
Lisboa e especialização em museulogia no ISCTE;
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-Site Lisbonneide.com- https://www.lisbonne-idee.pt/p4794-sao-vicente-fora.html
-Site Oficial do Mosteiro de São Vicente de Fora-
ttps://mosteirodesaovicentedefora.com/
-http://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/sipa.aspx?id=2678�
-https://turismodocentro.pt/artigo/convento-de-santa-clara/
-https://www.patriarcado-lisboa.pt/site/index.php?cont_=47&tem=356
-http://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/sipa.aspx?id=2678
-http://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/SIPA.aspx?id=6529
-https://www.centerofportugal.com/pt/poi/mosteiro-de-santa-clara-a-nova
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