Trabalho de Física Aluna Priscilla Negreiros Lima

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Albert Einstein foi um dos pais da mecânica quântica, e ao mesmo tempo seu grande

crítico. No período de 1905 a 1925, Einstein funda três áreas da física quântica, com
repercussões até os dias atuais: a teoria quântica da luz, a teoria quântica dos sólidos e a
teoria dos gases bosônicos, incluindo a condensação de Bose-Einstein. Após esse período,
no entanto, Einstein reage fortemente contra o caráter probabilístico da nova teoria
quântica, que considera incompleta. E ao analisar implicações da nova física, aponta
aspectos extremamente sutis do mundo quântico, que só seriam mais bem entendidos
muitos anos depois.

Em 1907, Einstein inaugura a teoria quântica dos sólidos com dois artigos sobre o calor
específico [7]. Essa teoria, baseada na idéia de Planck de quantização dos osciladores
materiais, mostra que o calor específico de sólidos anula-se quando a temperatura se
aproxima do zero absoluto, e explica o valor anormalmente baixo do calor específico do
diamante, que durante muitos anos desafiava qualquer explicação baseada na física
clássica. É interessante observar que, até essa data, a hipótese de Planck sobre a
quantização de energia dos osciladores materiais desempenha um papel apenas no
problema da radiação do corpo negro. O trabalho de Einstein mostra que essa hipótese tem
implicações muito mais gerais.

Em 1909 Einstein retorna à teoria quântica da luz, em dois artigos no quais examina as
flutuações de energia da luz emitida por um corpo negro, descrita pela distribuição de
Planck [8]. Nesse trabalho, Einstein mostra que há dois tipos de contribuição para essas
flutuações, e associa uma delas ao caráter ondulatório da luz, e a outra ao caráter
corpuscular, mencionando que esse segundo termo seria o esperado “se a radiação
consistisse de quanta pontuais com energia hν movendo-se independentemente”. Assim,
muitos anos antes da introdução do conceito de complementaridade por Niels Bohr,
Einstein aponta para a dualidade onda-corpúsculo da luz.

Em 1916 e 1917, Einstein retorna ao problema da luz, com três artigos que tratam dos
processos de emissão e absorção de radiação e que introduzem dois tipos de emissão,
espontânea e induzida [9]. A emissão espontânea ocorre quando um átomo ou molécula
encontra-se em um estado excitado e emite radiação, na ausência de qualquer campo
eletromagnético. Na emissão induzida, a radiação presente estimula o átomo ou molécula
excitada a emitir. Segundo Einstein, a radiação emitida tem a mesma direção do pacote
incidente. Mais ainda, “se um pacote de radiação faz com que uma molécula emita ou
absorva uma quantidade de energia hν, então um momento hν /c é transferido para a
molécula, dirigido ao longo do pacote no caso de absorção e na direção oposta, no caso de
emissão”. Einstein associa pois, pela primeira vez, um momentum ao fóton! Muito anos
depois, o conceito de emissão induzida teria aplicações importantíssimas no maser (1956) e
no laser (1960).

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